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Poder constituinte derivado Conceito é criado e instituído pelo originário Ao contrário de seu “criador”, que é, do ponto de vista jurídico, ilimitado, incondicionado, inicial, o derivado deve obedecer às regras colocadas e impostas pelo originário, sendo, nesse sentido, limitado e condicionado aos parâmetros a ele impostos Derivam, pois, do originário o reformador, o decorrente e o revisor: Poder constituinte derivado reformador (competência reformadora) Tem a capacidade de modificar a Constituição Federal, por meio de um procedimento específico, estabelecido pelo originário, sem que haja uma verdadeira revolução O poder de reforma constitucional, assim, tem natureza jurídica, ao contrário do originário, que é um poder de fato, um poder político, ou, segundo alguns, uma força ou energia social. A manifestação do poder constituinte reformador verifica-se através das emendas constitucionais (arts. 59, I, e 60 da CF/88) Enfim, o originário permitiu a alteração de sua obra, mas obedecidos alguns limites como: quorum qualificado de 3/5, em cada Casa, em dois turnos de votação para aprovação das emendas (art. 60, § 2.º); proibição de alteração da Constituição na vigência de estado de sítio, defesa, ou intervenção federal (art. 60, § 1.º), um núcleo de matérias intangíveis, vale dizer, as cláusulas pétreas do art. 60, § 4.º, da CF/88 etc. Poder constituinte derivado decorrente Estados- Membros Também segue as regras estabelecidas pelo poder originário e,igual ao reformador, tem sua natureza jurídica Competência dada aos Estados para criarem sua própria Constituição, por meio de suas assembleias legislativas Seu objetivo visa a modificar ou estruturar a grande representada ao topo da pirâmide de Kelsen, conforme sua capacidade de autonomia. O poder constituinte derivado decorrente se divide em duas modalidades: poder constituinte decorrente inicial (“instituidor” ou “institucionalizador”): responsável pela elaboração da Constituição estadual poder constituinte decorrente de revisão estadual: tem a finalidade de modificar o texto da Constituição estadual, implementando as reformas necessárias e justificadas e nos limites colocados na própria constituição estadual (nesse sentido, por derivar de um poder que já derivou de outro, caracteriza-se como de segundo grau) e na federal. Os Estados têm a capacidade de auto- organizar-se, desde que, é claro, observem as regras que foram estabelecidas pelo poder constituinte originário. Havendo afronta, estaremos diante de um vício formal ou material, caracterizador da inconstitucionalidade Os princípios desta Constituição 1. Princípios constitucionais sensíveis: expressos na Constituição. Os Estados- membros deverão analisar os limites fixados no art. 34, VII, ''a-e'', da CF/88 2. Princípios const. estabelecidos: limitam, vedam ou proíbem a ação indiscriminada do Poder Constituinte, decorrentes da interpretação do conjunto de normais centrais da CF/88. Por isso mesmo, funcionam como balizas reguladoras da capacidade de auto-organização dos Estado a) limites explícitos vedatórios: proíbem os Estados de praticar atos ou procedimentos contrários ao fixado pelo poder constituinte originário b) limites inerentes: implícitos ou tácitos, vedam qualquer possibilidade de invasão de competência por parte dos Estados- Membros c) limites decorrentes: decorrem de disposições expressas. 3. Princípios constitucionais extensíveis: integram a estrutura da federação brasileira, relacionando-se, por exemplo, com a forma de investidura em cargos eletivos (art. 77), o processo legislativo (arts. 59 e s.), os orçamentos (arts. 165 e s.), os preceitos ligados à Administração Pública (arts. 37 e s.) Distrito Federal (PCDDecorrente) Regido pela lei orgânica, votada em dois turnos com interstícios mínimo de 10 dias e aprovada com 2/3 da Câmara Legislativa, na qual poderá promulgá-la. Em suma, deverá obedecer princípios da CF E os municípios ? A decorrente não se expande a estes, pois é conferida apenas aos Estados-Membros da Federação Assim, devem criar leis orgânicas determinadas como ''constituições municipais'' E os Territórios Federais ? Também não há representatividade desse poder decorrente, pois estes se integram a União, não se tange em autonomia federativa Poder constituinte derivado revisor (competência de revisão) É fruto do trabalho de criação do originário, estando, portanto, a ele vinculado. É, ainda, um “poder” condicionado e limitado às regras instituídas pelo originário, sendo, assim, um poder jurídico. Art. 3 do ADCT Revisão constitucional será realizada após 5 anos, contados da promulgação da CF, pelo voto da maioria absoluta dos integrantes do Congresso Nacional, em sessão unicameral Instituiu-se um particular procedimento simplificado de alteração do texto constitucional, excepcionando a regra geral das PECs, que exige aprovação por 3/5 dos votos dos membros de cada Casa, e obedecendo, assim, às regras da bicameralidade (art. 60, § 2.º) A eficácia desse poder foi enfraquecida.
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