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Tutoria- UC4- SP 4 Fernanda Silveira Vieira- RA: 25172- T4-B 1- Descreva as principais partes anatômicas do sistema renal e urinário? (masculino e feminino, aferente e eferente). Órgãos do sistema urinário: Rim, é o órgão mais importante do sistema urinário humano, pois possui funções muito importantes, como: • A eliminação, pelo sistema excretor, das substâncias estranhas ao organismo e das que derivam do metabolismo celular, particularmente dos metabólitos tóxicos; • a regulação do equilíbrio aquoso; • a regulação do equilíbrio mineral; • a manutenção da pressão osmótica; • a manutenção da concentração de H+(pH) do sangue dentro dos limites normais. A estrutura e o funcionamento dos rins são únicos, especialmente pela quantidade de trabalho praticamente continuo que realizam numa área tão pequena. Embora cada rim meça apenas cerca de 10x5x2,5 cm, passam através deles, de acordo com certos cálculos, mais de 600 litros de sangue em 24 horas. A maior parte desse sangue continua seu caminho sem ser afetada, mas cerca de 10% dela, ou seja, 60 litros ou mais, é retirada seletivamente pelos rins à medida que passa. A excreção de um volume tão grande de líquido pela urina esgotaria drasticamente as provisões do corpo; por esse motivo, a maior parte desses 60 litros é reabsorvida pelo sangue ao passar por outra porção dos rins. Juntamente com ele os aminoácidos, as proteínas, os açúcares e cloretos são também reabsorvidos. Cerca de 3%, ou seja 1 litro e meio, é finalmente eliminado como urina. Esta contém todas as substâncias rejeitadas: em primeiro lugar, os resultados da separação das proteínas em seus elementos: ureia, ácido úrico e creatinina, que o organismo deve retirar do sangue. O aparelho que realiza tarefa tão difícil é, em certo sentido, um feixe de pequenos tubos e filtros recoletores. Em cada um dos rins existem aproximadamente 1.200.000 tubos desse tipo, chamados bacinetes. Os rins, situados na parte posterior do abdome, na região lombar, um de cada lado da coluna vertebral, são constituídos essencialmente por dois sistemas de canais que se põem em íntimo contato. Ureter O ureter é um tubo muscular de paredes grossas pelo qual passa a urina, dos rins até a bexiga. Há um ureter de cada lado da pelve. No sistema urinário humano, o ureter atua por um processo de contração ou peristalse, que força a urina para baixo em borbotões. Tem aproximadamente 30 cm de comprimento e 0,5 cm de diâmetro. Bexiga A bexiga é o órgão do sistema excretor humano onde armazena-se a urina. É composta por tramas musculares (formando o músculo detrusor). A bexiga possui uma capacidade volumétrica para cerca de 700 a 800 ml de urina, sendo que sua musculatura tem a propriedade de contrair-se para acomodar-se ao volume de líquido correspondente. Essas contrações são controladas pelo sistema nervoso autônomo parassimpático. Uretra A uretra é um tubo que se estende da bexiga urinária ao óstio externo da uretra e, assim, permite que a urina contida na bexiga seja expelida do corpo. No sistema urinário masculino, a uretra atravessa o órgão copulador, o pênis, e é utilizada para outra função, ou seja, a de oferecer uma via de passagem para o sêmen (uma suspensão de espermatozoides em líquido) a ser ejaculado no ato da cópula. No sistema urinário feminino, a uretra não tem função genital, mas somente urinária. A uretra feminina é dita variar entre 2 a 6 cm de comprimento. Há alguma diferença de opinião estimativas entre cerca de 3 cm a cerca de 4,5 cm acerca de seu comprimento médio, divergindo-as. É um tubo muscular retilíneo forrado por uma túnica mucosa. Entretanto, uretra feminina é mais larga do que no homem e está sujeita a maior dilatação. Formação da urina no sistema excretor A formação da urina pelo sistema urinário humano começa com um simples processo de filtração do plasma sanguíneo a nível dos corpúsculos de Malpighi. O líquido filtrado na cápsula de Bowman passa depois aos túbulos e sofre uma complexa série de modificações em consequência dos fenômenos de reabsorção e de secreção seletivas que ocorrem no sistema excretor através do epitélio tubular. Processo de micção Características da urina A urina é o liquido excretado pelos rins, armazenado na bexiga e eliminado pela uretra. Em condições normais no sistema excretor, a urina possui uma cor amarelo-âmbar e contém ureia, sais inorgânicos, pigmentos e outros produtos finais do metabolismo das proteínas e sais minerais do sistema. A urina tem um cheiro mais ou menos forte e, se permanece depositada por algum tempo, há produção de amoníaco, facilmente perceptível pelo cheiro. A quantidade diária de urina produzida pelo sistema urinário humano varia segundo o estado de saúde. Capacidade da bexiga no sistema excretor humano Todavia, esta capacidade de acomodação pelo sistema excretor tem um limite, alcançado quando o conteúdo da bexiga chega aos 400 ou 500 ml; a partir deste volume, a entrada de novas porções de liquido determina incrementos consideráveis de pressão. Existem na parede vesical certos receptores sensíveis à distensão, que são excitados quando o volume de urina acumulado na bexiga supera os 400/500 ml. Os impulsos nervosos iniciados em ditos receptores chegam à região sacra da medula espinhal e estimulam os neurônios parassimpáticos que inervam a própria bexiga urinária e o esfíncter interno. Em consequência, no sistema urinário humano, contraem-se as paredes da bexiga e se relaxa o esfíncter. Porém, a urina não pode sair porque é impedida pelo esfíncter externo. Ao mesmo tempo, parte da corrente nervosa gerada nos receptores se propaga até os centros superiores do sistema nervoso, onde determina o desejo consciente de urinar. No sistema urinário humano, o esfíncter externo está subordinado à vontade, e não se efetua a micção até que voluntariamente não se o relaxe, o que é feito em resposta ao desejo de urinar se o momento é oportuno. Com a inibição voluntária do reflexo automático da micção desaparece o desejo de urinar durante certo tempo, embora reapareça mais tarde com mais intensidade. Administração da água pelo sistema excretor A quantidade total de água do organismo mantém-se sensivelmente constante, o que traduz a existência de mecanismos adequados do sistema excretor para manter um equilíbrio entre a água que ingressa e a que é eliminada. A ingestão de água é regulada pela sensação de sede, que por sua vez depende da dessecação da cavidade oral e, provavelmente, da desidratação celular. Por outro lado, o controle da eliminação de água promovido no sistema urinário humano é exercido principalmente a nível renal, por meio do hormônio antidiurético da hipófise, que modifica a reabsorção tubular de água. Líquido Intracelular O líquido contido em todas as células do organismo humano representa cerca de 41 % do peso corporal, o que equivale a cerca e 29 litros. Ainda que sua composição química varie de acordo com o tecido considerado, modificando-se inclusive ao variar seu estado funcional, são patentes as grandes diferenças que se observam ao compará-lo com os líquidos extracelulares. Líquidos extracelulares O volume do líquido extracelular no homem adulto é de cerca de 17 litros, dos quais 14 correspondem ao liquido intersticial e três ao plasma sanguíneo. A composição química de ambos é muito semelhante; a diferença mais notável entre eles é seu conteúdo em proteínas. O líquido intersticial e o plasma se relacionam através das paredes dos capilares sanguíneos, e é precisamente a existência de uma maior concentração de proteínas —não difusíveis— no plasma que explica as pequenas diferenças de concentração dos restantes eletrólitos em ambos os espaços. É função do sistema excretor humano promover o equilíbrio também nesse líquido. https://www.anatomiaemfoco.com.br/sistema-urinario/2- Sobre o sistema renal: https://www.anatomiaemfoco.com.br/sistema-urinario/ a- Filtração A filtração renal é a primeira etapa, que ocorre quando o sangue passa pelo rim, mais especificamente no glomérulo. A diferença de pressão, faz com que as substâncias saiam dos vasos do glomérulo e passem para a cápsula de Bowman, formando o filtrado glomerular. Esse processo não é seletivo, passando todas as moléculas e substâncias pequenas e ficando retidas as macromoléculas. b- Reabsorção O papel da reabsorção é de recuperar as moléculas que foram filtradas, mas são essenciais ao organismo e devem retornar para a circulação. Esse processo acontece, principalmente, no túbulo proximal do néfron. São exemplos dessas moléculas: aminoácidos, glicose, ureia, sódio e água. ➫ Curiosidade. Quando a glicose começa a aparecer na urina significa que o limiar de reabsorção foi atingido, que no caso da glicemia é de 160- 180 mg/dL. c- Secreção (composição da urina) Do mesmo modo que existem moléculas que devem retornar à circulação, existem as que precisam ser eliminadas, mas não são filtradas. O papel da secreção é remover essas moléculas. A remoção de íons hidrogênio, potássio e amônia estão entre os processos de secreção mais importantes. Medicamentos e macromoléculas também são secretados. Excreção Depois desses três processos, citados anteriormente, a urina está formada e pronta para ser eliminada, sendo primeiramente armazenada na bexiga. A excreção ocorre quando a urina é eliminada do corpo, através da micção. d- Gliconeogênese Gliconeogênese ou neoglicogénese ou ainda neoglucogénese("formação de novo açúcar") é a rota pela qual é produzida glicose a partir de compostos aglicanos (não-açúcares ou não-carboidratos), sendo a maior parte deste processo realizado no fígado (principalmente sob condições de jejum) e uma menor parte no córtex dos rins. Em humanos, os principais precursores são: lactato, glicerol e aminoácidos, principalmente alanina. Exceto por três sequências específicas (Piruvato para PEP, Frutose1.6-bifosfato para frutose-6-p, Glicose-6-p para glicose), as reações da gliconeogênese são inversas às da glicólise. Quando a concentração de glicose circulante vinda da alimentação diminui, o glicogênio hepático e muscular é degradado (glicogenólise) fazendo com que a glicemia volte a valores normais. Entretanto, o suprimento de glicose desses reservatórios não é sempre suficiente; entre as refeições e durante longos jejuns, ou após exercícios vigorosos, o glicogênio é depletado (consumido), situação que também ocorre quando há deficiência do suprimento de glicose pela dieta ou por dificuldade na absorção pelas células. Nessas situações, os organismos necessitam de um método para sintetizar glicose a partir de precursores não- carboidratos. Isso é realizado pela via chamada gliconeogênese, a qual converte piruvato e compostos relacionados de três e quatro carbonos em glicose. As modificações que ocorrem no metabolismo da glicose durante a mudança do estado alimentado para o estado de jejum são reguladas pelos hormônios insulina e glucagon. A insulina está elevada no estado alimentado, e o glucagon se eleva durante o jejum. A insulina estimula o transporte de glicose para certas células, tais como as dos músculos e tecido adiposo, e também altera a atividade de enzimas chave que regulam o metabolismo, estimulando o armazenamento de combustível. O glucagon contrarregula os efeitos da insulina, estimulando a liberação dos combustíveis armazenados e a conversão de lactato, aminoácidos e glicerol em glicose. Guyton https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/12/entendendo-o-que- e-filtracao-reabsorcao.html 3- Descreva a ação do sistema urinário no equilíbrio ácido básico? (acidose,alcalose metabólicas) O pH do meio interno tem grande importância na atividade enzimática e no estado das proteínas do organismo, é necessário que este pH se mantenha ao redor de 7,4 para o funcionamento adequado dos processos biológicos intra e extracelulares. Entretanto, o metabolismo celular tende a submeter o meio interno a uma sobrecarga de ácidos, pois os produtos catabólicos são, em geral, ácidos. O papel dos rins na manutenção do equilíbrio ácido-base é, pois, facilitar a excreção de radicais ácidos e conservar bases, o que é feito através da secreção tubular de hidrogênio e amônio e da reabsorção tubular de bicarbonato. SECREÇÃO DE HIDROGÊNIO O íon H+ secretado para a luz tubular pose ser gerado no interior da célula tubular, a partir da reação entre CO2 e H2O. H2O + CO2 <----> H2CO3 <-----> H + HCO3- andrase carbônica Esta secreção de H+ ocorre no túbulo proximal preferencialmente pelo trocador Na+/H+ num processo eletroneutro (1 para 1). O túbulo proximal também secreta íons hidrogênio atravês de uma bomba de H+ dependente de hidrólise de ATP ( H+ ATPase) localizada na membrana luminal que é responsável por cerca de 10 a 35% da secreção proximal de H+. No ramo grosso ascendente, a secreção de hidrogênio também se dá através do tracador Na+/H+. Na porção distal do néfron também há secreção de H+ que envolve uma H+ ATPase do tipo vacuolar e outros mecanismos como trocadores Na+/H+ e H+ ATPase. REABSORÇÃO DE BICARBONATO Em condições normais, todo o bicarbonato filtrado é reabsorvido ao longo do néfron num processo que não ocorre saturação. https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/12/entendendo-o-que-e-filtracao-reabsorcao.html https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/12/entendendo-o-que-e-filtracao-reabsorcao.html A reabsorção de HCO3- é indireta, uma vez que é removido do fluido tubular na forma de CO2 e H2O. Depois o bicarbonato sai pela membrana basolateral de co-transporte Na+ (HCO3-) e outros mecanismos como o tracador Cl- / HCO3- e Na+ (HCO3-). EXCREÇÃO DE SAIS DE AMÔNIO. Do ponto de vista de equilíbrio ácido-base, a excreção de amônio é extremamente importante. A amônia (NH4+) é formada a partir da metabolização da glutamina: Glutamina <----> NH4+ + alfa-cetoglutarato O amônio é secretado e eliminado na urina final. O alfa-cetoglutarato é metabolizado a gás carbônico, a glicose ou a bicarbonato o qual é reabsorvido. Assim para cada íon Hidrogênio que é excretado (na forma de NH4+), um novo íon HCO3- é transferido para o sangue, repondo o bicarbonato que foi perdido devido a ingestão ou geração de ácidos no organismo, mantendo-se o equilíbrio ácido-base do indivíduo. CONTROLE DO pH PLASMÁTICO Com o aumento do pH arterial ocorre um aumento da disponibilidade intracelular de íons Hidrogênio, elevando assim a sua secreção para o lúmen tubular. Como cada íon H+ secretado resulta na adição de um íon bicarbonato ao plasma, o pH do sangue tende a se normalizar. Opostamente, numa alcalose a excreção renal de H+ é diminuída para corrigir o pH. CONCLUSÃO O mecanismo renal para a regulação do equilíbrio ácido-básico não pode reajustar o pH em segundos como os sistemas tampões do líquido extracelular, nem em minutos, como o mecanismo compensatório respiratório, mas é diferente destes outros dois porque pode manter-se em funcionamento durante horas ou dias até que o pH retorne quase exatamente ao normal. Em outras palavras, sua capacidade final de regular o pH dos líquidos corporais, apesar de sua ação lenta, é infinitamente mais potente que a dos outros dois mecanismos reguladores. https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/ funcao-dos-rins-no-controle-do-ph-plasmatico/360 4- Como é feita o balanço hidroeletrolítico (Volemia, renina angiotensina e aldosterona, íons, arginina, vasopressina, controle hormonal da secreção e bsorção do cálcio e o controle da sede pelo hipotálamo)? A água é distribuída no organismo entre os compartimentos intra eextracelular. O fluido extracelular é composto pelos fluidos do espaço vascular e intersticial e sua distribuição é controlada principalmente pela pressão hidrostática capilar e a pressão oncótica do plasma (Dunn, 1998) (Figura 1). O controle endócrino do equilíbrio hidro-eletrolítico se dá por dois parâmetros: pela regulação do volume através do Sistema Renina / Angiotensina / Aldosterona,onde os baro-receptores localizados no aparelho justa glomerular renal detectam variações mínimas de pressão sanguínea e liberam a renina que inicia um sistema em cascata que, como resultado final, estimula a liberação pela córtex adrenal da aldosterona. A aldosterona aumenta a reabsorção Na+ (e de água) e normaliza a pressão arterial. O segundo parâmetro é a regulação da osmolaridade mediada por osmoreceptores que controlam a liberação do hormônio antidiurético hipofisário, cujo efeito também é o de estímulo da reabsorção de água (livre de solutos) nas porções finais do néfron. A vasopressina (VP), também conhecia como hormônio antidiurético (ADH), é um hormônio hipotalâmico com ação nas células renais, hepatócitos e células vasculares, produzindo antidiurese, aumentando a gliconeogênese e atuando como um importante vasoconstritor (SACHS, et al., 1969). É encontrada nas espécies vertebradas e invertebradas e sua estrutura de aminoácidos é altamente conservada entre os mamíferos (LANDRY et al., 1997). A vasopressina e correspondente carreador neurofisina (NP), são sintetizadas na forma de um precursor comum que é clivado por proteólise para tornar-se o peptídeo funcionalmente ativo (SACHS et al., 1969). Este peptídeo é primeiramente sintetizado nos núcleos supraótico e paraventricular do hipotálamo (pré-pro- vasopressinaneurofisina que tem 164 aminoácidos em sua cadeia), https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/funcao-dos-rins-no-controle-do-ph-plasmatico/360 https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/funcao-dos-rins-no-controle-do-ph-plasmatico/360 depois é transportado e estocado nas vesículas secretoras da glândula pituitária posterior na sua forma madura (COWLEY, 1988). Mais recentemente foi encontrada a expressão da vasopressina em coração e pâncreas de ratos por análise por transcriptase reversa (RT-PCR) (HUPF, 1999). Os núcleos supraótico e paraventricular funcionam como osmo- receptores, porém, o supraótico tem um papel mais importante nesse processo. Um aumento na osmolaridade plasmática estimula as células deste núcleo a sintetizarem a VP que é transmitida via axon para ser liberada no lobo posterior. A VP circula no plasma sem uma ligação significante com proteínas do soro (BROOK & SHARE, 1966). A neurosecreção (exocitose) da VP ocorre em quantidades substanciais para compensar 3 sua diluição e é liberada diretamente na corrente sanguínea para poder agir em seus órgãos alvo. Conseqüentemente, as taxas de transcrição e níveis de ácido ribonucléico mensageiro (mRNA) para este peptídeo são consideravelmente altos no sistema hipotalâmico- hipofisário e a secreção do peptídeo no lobo neural é excepcionalmente robusto (LENG, et al., 1999). A VP tem papel fisiológico principal na regulação da reabsorção de água nas células tubulares renais e também é um potente constritor nas células musculares lisas dos vasos. O papel deste hormônio no controle da pressão arterial é controverso, porém a concentração vasopressina plasmática foi elevada em vários experimentos em humanos com hipertensão (COWLEY, 1988). Um aumento nos níveis plasmáticos da VP resulta no aumento na retenção de água que mantém a osmolaridade plasmática dentro dos valores normais. O efeito antidiurético é obtido por promover a reabsorção de água livre de solutos nos túbulos distal e túbulos coletores do rim (HOLMES et al., 5 2003). A ativação da vasopressina nas células tubulares é mediada pelos receptores que, depois da ligação, acabam por aumentar o AMPc intracelular (JARD, 1983; ORLOFF & HANDLER, 1967). Renina A renina é uma enzima sintetizada pelas células justaglomerulares do córtex renal e sua secreção é controlada pela pressão sangüínea renal e concentração de sódio do fluido tubular sentida pela mácula densa e atividade nervosa simpática. A renina cliva seu substrato, o angiotensinogênio (411aa), que é sintetizado no fígado para produzir um decapeptídeo, angiotensina I. A angiotensina I é rapidamente convertida a angiotensina II pela enzima conversora da angiotensina (ECA) nos pulmões, endotélio vascular e outros tecidos para formar o octapeptídeo ativo. Uma outra enzima chamada angiotensinase pode ainda clivar o resíduo Asp da porção N-terminal da angiotensina II 8 para formar um heptapeptídeo, angiotensina III. A angiotensina II e III estimulam a secreção de aldosterona e atuam como uns potentes vasoconstritores. A angiotensina II é um vasoconstritor mais potente do que a angiotensina III (ARAI et al., 2002). Angiotensinogênio É uma alfa-2 globulina formada por 411 aminoácidos, produzida no fígado na presença de glicocorticóides e estrógenos, que circula no plasma como um peptídeo biologicamente inativo. Pela ação da renina, o angiotensinogênio de converte em angiotensina I, dando início a cascata do S-RAA (DO et al., 1987). Angiotensina I É um decapeptídeo (DRVEIHPFHL) de baixa ação biológica que se converte no octapeptídeo biologicamente ativo, angiotensina II. 2.4 Angiotensina II É um octapeptídeo (DRVEIHPF) ativo derivado da clivagem proteolítica da angiotensina I, pela enzima conversora da angiotensina (ECA), uma dipeptidil-carbolase encontrada principalmente no endotélio vascular pulmonar e sistêmico. O sistema renina-angiotensina é considerado um dos mais importantes sistemas regulatórios da homeostase cardiovascular. A angiotensina II (AngII) é um potente vasoconstritor que através de seus receptores AT1 e AT2, atuam nos vasos sangüíneos, rins e coração. O receptor AT1 é responsável pela ação vasoconstritora (GAVRAS & GAVRAS, 1996) e também é o receptor predominante que media a secreção de aldosterona (TANABE, 1998). Tanto a angiotensina II como a III possuem uma resposta bifásica à pressão arterial, primeiro aumentando e depois diminuindo. O receptor AT2 parece estar 9 envolvido com a pequena vasodilatação fisiológica posterior a vasopressão em alguns leitos vasculares, porém as funções do receptor AT2 permanecem obscuras (ROWE & NASIELETTI, 1983). Angiotensina III Componente do S-RAA circulante, a angiotensina III (AngIII) é um poderoso indutor da secreção da VP, potencializadora da atividade simpática, indutora da secreção da aldosterona e possui efeitos vasoconstritores semelhantes aos da AngII. O efeito vasopressor da AngIII é cerca de um quinto comparado a AngII em todas as espécies. O nível de degradação deste efeito é mais rápido e os efeitos sobre a secreção da aldosterona são semelhantes (SAITO et al., 1977). A angiotensina III também tem ação bifásica sobre a pressão arterial e seu efeito vasodilatador mediado pelos receptores AT2 parece ser mais potente do que o da Ang II (ROWE & DIXON, 2000). Aldosterona A aldosterona é sintetizada principalmente na zona glomerulosa da glândula adrenal. Recentemente foi relatada a síntese extra-adrenal da aldosterona tanto nas células endoteliais como no cérebro. Seus receptores estão presentes também nos miócitos cardíacos, células endoteliais endocardiais e fibroblastos cardíacos (YOUNG et al., 1994). Também foi relatada a presença de um S-RAA cardíaco com formação local de angiotensina (DE LANNOY ET AL., 1998) e a síntese cardíaca da própria aldosterona (TAKEDA et al., 2000). É um hormônio esteroidal, portanto derivado do colesterol. Sua biossíntese na glândula adrenal se dá principalmente pela ação de quatro enzimas: colesterol desmolase, 21- hidroxilase, aldosterona sintetase e 3β-hidroxiesteroidedesidrogenase. As três primeiras são citocromos 450 que aceitam elétrons de NADPH por proteínas acessórias e usam o oxigênio molecular para realizar as hidroxilações ou outras conversões oxidativas. A enzima colesterol desmolase converte o colesterol em pregnenolona na mitocôndria, esta volta ao compartimento citosólico e é convertida em progesterona. A progesterona é hidroxilada pela enzima 21-hidroxilase, que se localiza no retículo endoplasmático, para formar deoxicorticosterona (DOC) que forma corticosterona. Os últimos dois passos para transformar a corticosterona em aldosterona são catalisados pela aldosterona sintetase (ARAY, et al., 2002). O controle endócrino do equilíbrio hidro-eletrolítico se dá, portanto, por dois mecanismos principais que interagem para manter a homeostase corporal: a retenção de água livre de solutos via vasopressina e a retenção de sódio via sistema reninaangiotensina- aldosterona. Além desses efeitos conjuntos em nível renal, tanto a VP e a AngII e III tem ação sistêmica agindo como vasopressores contribuindo com a manutenção da pressão sanguínea. https://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/controle_hidroeletrolitico.pdf 5- Compreenda o controle do sistema urinário pelo sistema nervoso? O mecanismo de continência urinária possui, apesar da aparente simplicidade em seu funcionamento, um complexo controle em vários níveis. Uma vez adquirida a capacidade de armazenar urina na infância, a decisão de eliminá-la envolve percepção de enchimento completo da bexiga; decisão de esvaziá-la sem completo enchimento e decisão social de quando é apropriado iniciar a micção. Este controle em estados conscientes e inconscientes envolve a atividade de nervos periféricos, medula sacral e de área centrais que envolvem parte do bulbo, ponte, mesencéfalo e córtex cerebral. Na última década, com o advento da utilização de técnicas de imagem funcional do cérebro, diferentes aspectos centrais sobre o funcionamento da bexiga humana foram descobertos, sendo Fukuyama et al, os pioneiros nestes estudos. Como consequência desses estudos, mostrou-se pela primeira vez a ativação de centros superiores durante a micção, evidenciando-se in loco em humanos o núcleo de Barrington3 (descrito em 1921). Considerando-se que o controle miccional e de armazenamento urinário envolve uma interação complexa entre diversas áreas do sistema nervoso central, e sua sintonia e integridade são fundamentais para o adequado gerenciamento dessas funções. Áreas do sistema nervoso central e controle miccional Diferentes áreas pontinas e suprapontinas têm sido evidenciadas como sendo importantes para o controle da micção. Estruturas pontinas A https://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/controle_hidroeletrolitico.pdf região do encéfalo mais importante para o controle central da micção é o tronco encefálico, composto pelo bulbo, ponte e mesencéfalo. As microrregiões dentro do tronco que, por sua vez, destacam-se no controle da micção são o centro miccional pontino (PMC), o centro pontino da continência (PCC) e a substância cinzenta periaquedutal (PAG). A primeira porção do tronco encefálico, em que se demonstrou em modelos animais a relação com a atividade miccional, foi a ponte, em particular, o PMC, também conhecido como núcleo de Barrington3. A estimulação deste centro resultou em relaxamento do esfíncter uretral e contração detrusora, enquanto lesões neste evoluem para abolição da micção e retenção urinária completa. O PMC é um ponto de convergência de estímulos pró e antimicção. Sua principal função é ser o centro de comando para o início e harmonia do esvaziamento vesical. A associação de dificuldades na micção com tumores em fossa posterior, pequenas lesões pontinas4,5, gliomas6 em tronco encefálico e lesões vasculares, demonstrou a importância da integridade da ponte dorsolateral para a manutenção dessa função. Nos humanos, esta região encontra-se amplamente ativa em situações de bexiga repleta. Diferentemente dos humanos, o PMC possui localização medial em relação ao PCC em gatos, por este motivo, tal centro recebeu a denominação de região M7. O PMC é caracterizado como núcleo pré- motor da micção por possuir múltiplas projeções diretas para a medula espinhal e, desse modo, é responsável por modular a atividade da bexiga. Alguns dos neurônios do PMC disparam o gatilho para iniciar a micção, outros para mantê-la8,9, e não há evidências de neurônios atuando em ambas as situações. Duas vias distintas partem do PMC: uma via direta contendo o neurônio pré-ganglionar parassimpático, que é responsável por estimular diretamente o músculo detrusor; e outra via indireta, que passa pela formação reticular medial e permite o relaxamento esfincteriano1. O PMC possui vários tipos de conexões aferentes e eferentes (Figura 1). Dentre as aferências, destacam-se: a região lateral da PAG envia fortes impulsos estimulatórios ao PMC na vigência de distensão detrusora10; enquanto o tegumento ponto medular modula o PMC alterando o nível de sensibilidade de seus neurônios11. Microrregiões próximas ao PMC continuam disparando durante o relaxamento vesical, imediatamente após a micção, o que sugere a existência de neurônios que sinalizam quando se deve finalizar o processo contrátil vesical e quando deve ser iniciado o processo de relaxamento detrusor. Eles pertencem ao centro pontino da continência também conhecida como região L. As projeções desta área parecem ser restritas ao núcleo de Onuf, que contém neurônios motores do esfíncter uretral. Portanto, o PCC tem função limitada em finalizar a micção com disparos precedendo o fim da micção1 . Não há evidências de conexões entre o PMC e o PCC, o que sugere que estas áreas funcionem de modo independente12. O PCC, localizado caudoventrolateralmente ao PMC, portanto, é o responsável por parar a micção, excitar a musculatura pélvica e contrair o esfíncter uretral. A PAG também representa uma importante área no controle central do trato urinário inferior. Recebe informações de aferentes vesicais, além de constituir um grande centro integrador de informações em virtude de sua extensa gama de conexões com diferentes estruturas, como a amígdala, o córtex orbital e pré-frontal, a área pré-óptica hipotalâmica, o núcleo do trato solitário (NTS) e o PMC. As aferências sacrais terminam nas regiões centrais da PAG e suas eferências ao PMC saem lateralmente. No entanto, regiões dorsorrostrais e ventrocaudais, quando estimuladas, impedem a micção por inibirem o PMC. Não existem também descrições de conexões entre a PAG e o PCC. A PAG recebe modulação da região posterior hipotalâmica, a qual está envolvida com o mecanismo de defesa (luta ou fuga – flight or fight) que inibe a PAG e que, por sua vez, levará a um novo estímulo inibitório ao PMC causando retenção urinária. Estudos de imagem demonstraram ativação considerável da PAG em situações de dor e distensão vesical, o que reforça sua provável participação no processamento de informações sensitivas aferentes14- 16. A PAG juntamente com outras áreas como o núcleo pré-óptico hipotalâmico estão envolvidas na inibição do PMC via liberação de GABA17. Outros centros pontinhos parecem participar, independentes ao PMC, no processo de início da micção, entre eles estariam a área reticular gigantocelular e magnocelular. Ambos apresentam ativação (também via medula espinhal) pouco antes ou concomitante às contrações vesicais. Ainda permanece desconhecido se estes seriam mecanismos redundantes ou protetores, em caso de falha do PMC, bem como ainda permanece incerto como é organizada a circuitaria nos núcleos do tronco encefálico no controle da micção. Estruturas suprapontinas As regiões suprapontinas possuem função primordialmente moduladora às estruturas do tronco encefálico, no que diz respeito ao controle miccional e de inibiçãoda micção. O reflexo bulbo-espinal por si só poderia levar ao esvaziamento involuntário da bexiga, assim que essa atingisse um nível crítico. Por ser socialmente inaceitável, a inibição do esvaziamento provém de modulações dos centros suprapontinos. A PAG parece ter importância chave no registro de sensações de enchimento vesical e ao promover a modulação sobre quando seria o momento ideal para esvaziá-la sob influência cortical. Durante o enchimento vesical, centros cerebrais superiores podem suprimir qualquer estímulo excitatório da PAG ao PMC. Portanto, a excitação do PMC, via PAG, só é permitida em situações de segurança e aceitabilidade social ou quando tal modulação encontra-se ausente ou lesada. A ínsula parece estar envolvida no processamento de informações aferentes vesicais. O desejo consciente de micção é perdido após lesões frontais, o que sugere que a integração do córtex frontal com a ínsula é essencial para a existência de tal sensação18. O hipotálamo parece ter função inibitória sobre a PAG e, consequentemente, sobre o PMC, em situações não seguras. O hipotálamo anterior e caudal possui conexões monossinápticas com esses núcleos, e estudos recentes de imagem com cérebros humanos denotam atividades nestas áreas durante enchimento vesical19. Estudos utilizando ressonância magnética mostraram que estruturas suprapontinas, como o córtex pré-motor medial, núcleos da base e cerebelo são ativadas por contração do assoalho pélvico de voluntários20. A hipótese levantada por este estudo era de que contrações da musculatura do assoalho pélvico resultariam em desejo de micção. A importância do cerebelo também foi evidenciada em pacientes com atrofia múltipla central, nos quais se observou diminuição da atividade do vermis cerebelar durante enchimento vesical21. O giro anterior do cíngulo (GAC) também parece ser importante para o aparecimento de todas as etapas de funcionamento do trato urinário inferior: armazenamento, micção e interrupção voluntária miccional, visto que a incontinência era observada após infarto, pósacidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico bilateral desta região encefálica. O GAC é crítico para o controle vesical e em pacientes portadores de urgeincontinência, esta área apresenta ativação exacerbada durante o enchimento vesical, mesmo na ausência de contrações detrusoras, sugerindo envolvimento tanto aferente quanto eferente18. Outra evidência de que estruturas suprapontinas seriam relevantes no controle da micção deve-se à doença do lobo frontal22, descrita por Andrew e Nathan22. Essa doença apresenta característica peculiar: os atos miccionais ocorrem normalmente, todavia, a lesão do lobo frontal leva a frequentes episódios de urgências miccionais (às vezes, urgeincontinência), quando o paciente está acordado, e incontinência, quando dorme. Nenhum dos pacientes estudados apresentava demência ou era indiferente quanto aos seus sintomas. Ao contrário, mostravam-se extremamente insatisfeitos com suas condições e inclusive buscavam ajuda médica frequentemente. Em 2005, Dasgupta et al. realizaram um estudo abordando pacientes hígidas em um grupo e pacientes portadoras de síndrome de Fowler, caracterizada por disfunção primária de relaxamento esfincteriano da bexiga, costumeiramente levando à retenção urinária aguda e alta pressão de repouso em jovens23. O grupo com a doença apresentou perda progressiva da sensação de enchimento e perda do desejo de urinar, no entanto, a simples estimulação elétrica dos nervos sacrais restaurou a sensibilidade e a habilidade miccional, apesar de a doença permanecer. A análise dos mecanismos centrais demonstrou que, no Grupo Controle, havia intensa atividade no mesencéfalo anterior e nas regiões ventrais e dorsais do giro do cíngulo. No grupo com síndrome de Fowler, com o enchimento vesical pleno, havia apenas estímulo em regiões difusas do córtex e, após terapia de eletroestimulação, normalizou-se a atividade no giro do cíngulo e, especialmente, no mesencéfalo. Portanto, sugeriu-se uma função sensitiva do mesencéfalo na percepção de enchimento vesical. Os pacientes portadores de sintomas urinários com lesões em regiões corticais apresentam descontrole do trato urinário inferior, evidenciando a importância do córtex frontal sobre seu funcionamento. Apesar de o sistema nervoso central conter importantes estruturas envolvidas no controle da micção, seu funcionamento é profundamente dependente de sinais periféricos que são provenientes e também são dirigidos ao trato urinário inferior. Sistema nervoso periférico: aferências, eferências e controle da micção A coordenação nervosa periférica da bexiga e esfíncter inferior externo ocorre por inervação parassimpática, simpática e somática, que emergem da região sacral e toracolombar da medula espinhal24-25. Os nervos sacrais parassimpáticos (pélvicos) exercem ação excitatória (colinérgica e purinérgica) na bexiga e apresentam caráter inibitório na uretra. Os nervos hipogástricos representam a principal inervação simpática da bexiga24-26. A inervação simpática toracolombar excita (por liberação de noradrenalina) o esfíncter uretral, assim como inibe a atividade parassimpática e a contração das células musculares lisas do detrusor. As mais importantes aferências para início da micção são provenientes dos nervos pélvicos, na região sacral. São compostos por fibras mielinizadas (A-delta) e não-mielinizadas (fibras C), as quais conduzem impulsos nervosos referentes à tensão, barorrecepção e nocirrecepção na parede vesical27. Informações aferentes do trato urinário inferior ascendem ao sistema nervoso central em direção à PAG e ao NTS que, por sua vez, realizam modulações no hipotálamo e amígdala. Estas projeções, portanto, possibilitam a modulação hierarquizada dos reflexos somatossensoriais. http://files.bvs.br/upload/S/1983-2451/2011/v36n1/a1925.pdf http://files.bvs.br/upload/S/1983-2451/2011/v36n1/a1925.pdf 6- Fale sobre a diálise? Quando os rins deixam de realizar sua função, filtrar e eliminar substâncias tóxicas do corpo, é indicada a diálise. Pessoas que tem 50% ou mais dessa função renal preservada não precisam desse tratamento e podem levar uma vida normal. Tipos de diálise – Existe a diálise peritoneal e a hemodiálise. Na diálise peritoneal o sangue é filtrado e fluidos excedentes removidos através de um dos filtros naturais do próprio corpo, a membrana peritoneal. Essa membrana é o revestimento que circunda o peritônio, ou cavidade abdominal, que contém seu estômago, baço, fígado e intestinos. Para que ocorra essa diálise é introduzido um cateter no abdômen do paciente. O SUS disponibiliza um aparelho para que os pacientes realizem o procedimento em casa, com o auxílio de alguém que o faça com cuidado e assepsia. Já a hemodiálise é o tipo mais comum de diálise. Cerca de 93% das pessoas que tratam problemas renais recorrem a este procedimento. Atualmente, cerca de 86 mil pacientes realizam tratamentos de diálise pelo SUS. Nela, o sangue é filtrado em uma máquina que controla a velocidade, a pressão do filtro e o volume de sangue, funcionando como um rim artificial, retirando as toxinas e devolvendo o sangue limpo. Uma pessoa adulta tem aproximadamente 5 litros de sangue e esse volume é filtrado diversas vezes durante a hemodiálise. Em 2012 foram realizadas 12 milhões de sessões pela rede pública. http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/32851- entenda-como-funciona-o-procedimento-de-dialise 7- Como funciona a fisiopatologia da e coli no sistema urinário? E-COLI http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/32851-entenda-como-funciona-o-procedimento-de-dialise http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/32851-entenda-como-funciona-o-procedimento-de-dialise Escherichia coli cultivada em membrana filtranteem meio M-FC . Microscopia óptica de células de Escherichia coli após coloração de Gram. Biofilme de Escherichia coli em microscopia eletrônica de varredura. Morfologia da E-coli • As células de E. coli apresentam são bacilos com as extremidades arredondas (Figura 03), mas podem alterar sua morfologia sob diferentes condições ambientais. • Como os demais coliformes são bactérias Gram-negativas (Figura 02). • As linhagens de E. coli são geralmente móveis pela presença de flagelos peritríquios presentes em toda a periferia celular. (Figura 03) • Podem apresentar dezenas de tipos diferentes de fímbrias (curtos pelos de adesão) que aderem especificamente a determinados receptores. • Algumas linhagens apresentam cápsula ou uma camada limosa em torno das células importantes na formação de biofilmes. Fisiologia • A E. coli é uma bactéria anaeróbia facultativa, vivendo tanto na presença quanto na ausência de oxigênio, fermentando carboidratos como a lactose com a produção de ácido e de gás, sendo está a base de alguns métodos para sua detecção em água e em alimentos. • Prolifera melhor em temperaturas em torno de 36ºC (mesófila), mas é classificada como um coliforme termotolerante, pois consegue proliferar em cultura em temperaturas de 45ºC que é comum no intestino de animais de sangue quente. • É uma bactéria neutrofílica, proliferando melhor em pH próximo à neutralidade, mas sobrevive em solo, na água e em alimentos ácidos por ser capaz de gerar compostos básicos a partir da degradação de aminoácidos. Ecologia • As linhagens de E. coli colonizam o intestino do homem e de vários animais vertebrados e invertebrados. • Estas bactérias são liberadas nas fezes contaminando o solo, a água e, consequentemente, as plantas, os animais e os seres humanos que ocupam a mesma área ou mesmo áreas relativamente distantes. • Podem se deslocarem na camada de água ou serem carregadas em enxurradas ou migrarem no perfil do solo juntamente com a água de infiltração. Taxonomia • A Escherichia coli ou E. coli pertence à família Enterobacteriaceae, uma grande família de bactérias composta por aproximadamente 46 gêneros e mais de 190 espécies. • Foi descrita pela primeira vez em 1885 pelo pediatra alemão Theodor Escherich com o nome de Bacterium coli, recebendo a denominação atual em 1919. • A E. coli é a principal espécie de interesse como agente de doenças de veiculação hídrica humana dentro desta família e no grupo dos coliformes. Doenças em Humanos • A E. coli causa uma variedade de infecções em humanos como meningite em crianças, infecções urinárias, infecções de feridas e infecções gastrointestinais. • Existem pelo menos seis grupos diferentes de E. coli enteropatogênicas (causadores de doenças gastrointestinais em humanos) que são veiculadas pela água e alimentos. • Elas recebem denominações específicas: Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC), E. coli enteropatogênica • (EPEC), E. coli enterohemorrágica (EHEC), E. coli enteroinvasiva • (EIEC), E. coli enteroagregativa (EAEC) e E. coli difusamente adesiva (DAEC) que apresentam diferentes mecanismos de agressão ao sistema gastrointestinal. • Os sorotipos mais relatados em doenças de veiculação hídrica pertencem aos grupos das ETEC, EHEC e EIEC. • Os surtos por EHEC são os que geram maior preocupação devido à severidade dos quadros clínicos e potenciais sequelas resultantes da infecção. Prevenção • Higienizar as mãos após contato com fezes, solo e animais. • Higienizar alimentos que serão consumidos crus. • Evitar o contato de alimentos crus com alimentos já cozidos ou com vasilhames, facas, tábua de carne e outros utensílios onde serão dispostos e servidos os alimentos cozidos. • Usar água potável com nível de cloro residual adequado. • Proteger os reservatórios de água (caixas d´água) do contato com fezes de animais e humanas. Presença em água para consumo humano • A detecção da presença de E. coli em amostras de água ou de alimentos é empregada como indicadora de contaminação fecal das amostras. • Sua detecção em água tratada é um indicador de falhas na etapa de desinfecção da água para consumo ou no sistema de distribuição da água. • A sua motilidade lhe permite deslocar na água do solo e da água de mananciais superficiais atingindo a água dos mananciais subterrâneos. • As células de E. coli resistem à baixas temperaturas da água no ambiente. • A E. coli é encontrada em biofilmes no interior de tubulações de água que foram submetidas a tratamento com produtos clorados, na presença de teores residuais recomendados. • O estado VBNC (viável, mas não cultivável) no qual as células estão viáveis, mas não crescem em meios de cultivo tradicionalmente utilizados em laboratório é induzido em águas com baixa disponibilidade de nutrientes e na presença do cloro, duas características marcantes da água potável aprovada para consumo humano. • Alguns sorotipos proliferam até mesmo em água estéril com baixíssimo teor de carbono orgânico. • Sobrevive no interior de vários tipos de protozoários presentes na água. https://www.luciacangussu.bio.br/atlas/escherichia-coli/ 8- Quais os tipos de incontinência urinária? A incontinência urinária de esforço A incontinência urinaria de esforço ocorre porque os músculos pélvicos do esfíncter enfraquecem e em decorrência o esfíncter é incapaz de conter a urina quando se exerce pressão sobre o abdômen. Costuma aparecer após um parto, uma lesão na área uretral, alguns fármacos ou cirurgia pélvica. Pode se manifestar quando a pessoa tosse, ri, levanta algo pesado, tem relações sexuais ou faz exercício. Pode ser tratada com uma mudança de hábitos de ingestão hídrica e reeducação dos músculos afetados. A incontinência de urgência Na incontinência de urgência, há um vazamento de urina porque os músculos da bexiga contraem-se em um momento errado. Estas contrações ocorrem independentemente da quantidade de urina que há na bexiga, causando uma forte e repentina necessidade de urinar. A bexiga pode ser contraída muitas vezes devido a problemas no sistema nervoso ou irritação da vesícula: cálculos na bexiga, infecção, lesões do cérebro, ... O tratamento da incontinência de urgência pode ser compreendido por dieta, fármacos, cirurgia, exercícios de kegel e reeducação da bexiga. A incontinência por transbordamento Este caso de incontinência urinária ocorre porque a bexiga encontra-se distendida por obstrução e impossibilidade de esvaziamento. Quando a bexiga é distendida por uma obstrução, https://www.luciacangussu.bio.br/atlas/escherichia-coli/ esta impede a passagem da urina e é incapaz de se esvaziar; no momento que a bexiga não pode distender-se mais se produz o transbordamento e, por consequência, a perda de urina. Por outro lado, pode ocorrer um dano neurológico ou do nervo pélvico que faz com que o detrusor (músculo que deve permaneça relaxado para que a bexiga possa ser expandida) não tenha força. A incontinência mista Na incontinência mista a perda de urina é produzida por uma hiperatividade do músculo detrusor e um transtorno nos mecanismos esfincterianos. Neste caso, a incompetência do colo da bexiga permite a entrada de urina na uretra proximal e, como consequência, o detrusor entende que se iniciou a micção e libera o reflexo que produz sua contração. É a mistura da incontinência urinária por esforço e da de urgência. Trata-se com reabilitação vesical. https://saude.umcomo.com.br/artigo/quais-sao-os-tipos-de- incontinencia-urinaria-8725.html https://saude.umcomo.com.br/artigo/quais-sao-os-tipos-de-incontinencia-urinaria-8725.html https://saude.umcomo.com.br/artigo/quais-sao-os-tipos-de-incontinencia-urinaria-8725.html
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