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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE ECONOMIA CONCEITO, ESTRUTURA, ESPÉCIES, CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA Aluno: Alcindo Gomes de Moraes Neto (2019.0534.0055) Disciplina: Direito e Economia Professor: Wilson Rodrigues Ataíde Júnior Na academia existe a profunda discussão sobre se estruturar teoricamente e de maneira sólida a norma jurídica, determinando e formando arranjos, de maneira que o indivíduo, que se utiliza do Direito, tenha um estabelecimento consolidado na finalidade de incluir o Direito a situações factuais que anseiam um retorno e uma postura baseada nos preceitos jurídicos, afim de conservar a sociedade ordenada e segura aos indivíduos do Direito. Assim, “as normas de Direito visam delimitar a atividade humana pré- estabelecendo campo dentro do qual pode agir” (Diniz, 1999), ou seja, a norma jurídica é definida pela doutrina como uma estrutura que tem por objetivo ordenar a vida em sociedade. Seguindo este pensamento, a estrutura do Direito e da norma jurídica, está determinada no “dever ser”, da estrutura deontológica, que segundo (Braga, 2001), é “tratar das normas jurídicas e princípios doutrinários sistematizados para regular a conduta dos operadores do Direito”. Onde o Direito tem um ideal “contrafacto”, ou seja, no qual, o Direito tem como finalidade dispor critérios e normas sobre o comportamento humano, do mesmo modo, ele infere a maneira como deve ser, e o caso de o Direito articular como deve ser o comportamento humano, não significa que os indivíduos correspondam esse princípio, de modo que, essa estrutura deontológica, por fim, como dito anteriormente, o Direito tem o ideal “contrafacto”, afirma o jurista Ronaldo Bastos, na perspectiva de independentemente do que ocorra em sociedade, isso não significa que o Direito deixará de existir. E seguindo a premissa “Kelsiniana” de estrutura da norma jurídica, com o binômio preceito-sanção, sendo assim, qualquer norma jurídica é composta por um objeto principal que é o preceito, acompanhado pela presciência de uma punição, a sanção. Além disso, existem as espécies de normas jurídicas, a primeira delas são as Cogentes que podem ser obrigatórias ou proibitivas, onde não lhe há escolha que não seja de cumpri-las, a segunda é a dispositiva, tem caráter permissivo, que você tem a escolha de cumpri-las ou não, contidas sob a autonomia da vontade do sujeito pensante, se classificando quanto, interpretativa e integrativa. Com o intuito de aprofundar os conhecimentos em normas jurídicas, torna-se fundamental caracterizá-las. Primeiramente, é a Generalidade, ou seja, a norma jurídica é um preceito de ordem geral, que obriga todos que se consideram em situação jurídica igualitária, partindo da ideia de que todos são iguais perante a lei. Seguidamente, a segunda é a abstratibilidade, as normas jurídicas tem por objetivo estabelecer códigos padrão de comportamento aplicáveis a qualquer membro da sociedade, de tal modo, compreende toda situação social, tendo em vista, que os fatos sociais são infinitos e a leis tem finitude. A próxima característica é a exterioridade, então, o direito age no âmbito externo, ele atenta quanto a ação humana depois de ser exteriorizada, das ações exteriores, normatizando a conduta em sua interação social. Por conseguinte, é a característica de heteronomia, ser heterônoma, que carrega em si a impositividade, logo, o indivíduo se sujeita às leis impostas pelo o outro, o estado impõe as leis sob as quais devem ser obedecidas em sociedade. Uma outra é a coercibilidade, essa característica diz respeito ao uso da força, do aparato do Estado quanto poder jurídico agindo de forma coerciva para que as normas sejam cumpridas pelos membros do Direito. Na sequência, é a sua bilateralidade, pois as normas jurídicas são gerais, é externa aos fatos individuais, calcada na heteronomia e sob a imposição da coercibilidade, assim sendo, na perspectiva de que as normas jurídicas são calcadas na conduta humana e em interação social com outros indivíduos, ela irá então se ater em impor os direitos e obrigações. Por fim, as normas jurídicas são classificas de inúmeras formas, a doutrina jurídica diverge quanto a isso, contudo, é possível estabelecer algumas mais gerais e aceitas. A primeira delas, é quanto a integração, que pode ser: as normas codificadas, normas consolidadas, e as normas extravagantes ou espaças. A segunda classificação, é a de leis quanto a extensão territorial, essa forma de classificar a norma quanto federais, estaduais ou municipais. Seguido por, quanto ao conteúdo, que pode ser normas jurídicas de direito privado, público e de direito social. Ademais, a classificação quanto a imperatividade, podendo ser absolutas – cogentes, ou seja impositivas – ou relativa – são aquelas que não coíbem e permitam a escolha de neutralidade ou atividade – . Quanto a generalidade, podem ser gerais ou individuais, além de, quanto a natureza das disposições, podendo ser substantivas ou adjetivas. Outrossim, quanto a autonomia, se dividindo em primarias e secundárias, outra classificação fundamental, é quanto a eficácia no tempo, as normas permanentes, normas temporárias e as normas transitivas. E para evitar prolongamentos, afim de ser mais coeso textualmente, daqui em diante irá apenas ser dito as demais classificações do mainstream jurídico quanto a norma, sem os devidos comentários, as duas últimas são quanto a aplicabilidade e quanto autorização. (Honesko,2006) Portanto, conhecer e discutir as normas, são de fundamental importância no estudo da Economia, ainda mais no que diz respeito ao âmbito da jurisprudência econômica, pois elas agem como instrumento poderoso para regular as ações humanas no âmbito da Economia, emanando aos entes econômicos seguridade e estabilidade na tomada de decisão. Como foi visto na presente dissertação, o escopo completo das normas desde o seu conceito até suas classificações, consolidam o ordenamento jurídico ideal em sociedade, a sua relação quanto a peculiaridade dos agentes do direito, assim como a coercitividade que existe perante a União, na figura do Governo Federal. REFERÊNCIAS BRAGA, Wladimir Flávio Luiz. Noção dos fundamentos e fins da deontologia jurídica. 2001 HELENA, Diniz Maria. Compêndio de Introdução à Ciência do Direito. Saraiva SP, 1999. HONESKO, Vitor Hugo Nicastro. A norma jurídica e os direitos fundamentais. São Paulo: RCS, 2006.
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