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os ramos do direito publico e do direito privado terceiro trabalho direito e economia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
FACULDADE DE ECONOMIA 
 
OS RAMOS DO DIREITO PÚBLICO E OS RAMOS DO DIREITO 
PRIVADO 
 
Aluno: Alcindo Gomes de Moraes Neto (2019.0534.0055) 
Disciplina: Direito e Economia 
Professor: Wilson Rodrigues Ataíde Júnior 
 
Nota-se que a primeira divisão do direito em público e privado, remota do Direito 
Romano, principalmente à Ulpiano, onde o mesmo, através da dicotomia em Direito 
Público e Direito Privado, no Digesto Romano, coloca em análise estes dois aspectos 
distintos e que mereciam ser observados com certa atenção. Em viés de análise inicial, o 
Público se determina como aquele relacionado às situações diversas do Estado e, por sua 
vez, o Privado coloca em observação às utilidades relacionados aos assuntos particulares. 
Muitos são os doutrinadores que buscam formulações adequadas para tal divisão 
e, mesmo sendo antiga, a mesma ainda desperta grandes debates acerca de possíveis tórias 
viáveis para o seu uso e desenvolvimento. Muitos, dentre os doutrinadores, consideram 
várias situações estipuladas por esta divisão como falhas, mas não excluem a mesma e 
buscam, cada vez mais, procurar meios para criar laços fixos e que entrem em 
concordância entre todos que a estudam. 
Teóricos como Ruggiero e Maroi (1955), colocam em seus estudos que o Direito 
Público pode ser definido como uma gama de normas voltadas para a regulamentação e 
organização, além de promoção de variadas atividades voltados ao setor público do 
Estado, assim como possíveis outros entes políticos; assim como, para outros, a função 
deste tipo de direito se resume como uma possível relação existente entre as pessoas e as 
instituições públicas. 
Por sua vez, outros doutrinadores colocam que o Direito Privado pode ser 
classificado como um conjunto de novas voltadas também para regulamentar, mas, por 
sua vez, aos indivíduos entre si, ou seja, as relações que existam entre estas pessoas e o 
Estado, ou ainda, em viés de outras agregações com precedência, que em alguns casos 
não se comparecem com funções determinadas ao poder político e soberano. 
Resumindo, o Direito Público volta-se ao interesse público e, por sua vez, o 
Direito Privado está relacionado ao interesse mediato ou secundário. Neste sentido, 
determina-se que são pertencentes ao Direito Público o Direito Constitucional, Direito 
Tributário, Direito Administrativo e Direito Penal. No que compete ao Direito Privado 
têm-se em si o Direito Civil e Direito Empresarial. 
Detalhando um pouco acerca de cada um dos direitos e de suas ramificações, 
pode-se determinar, o Direito Público é formado como um conjunto de normas públicas, 
com grande participação do Estado, tanto em viés sociais quanto em organizacionais, 
dentro da própria sociedade. O Direito Privado, por sua vez, é responsável por discutir as 
relações individuais e os interesses dos entes privados. 
Nos ramos dentro do Direito Público, pode-se encontrar o Direito Constitucional, 
em que as normas são detalhadas como internas e com variadas estruturas que se 
fundamentam dentro de cada Estado, ou seja, estas normas são responsáveis por estruturar 
a sociedade, assim como determinar como funcionam os modelos geradores de direitos 
voltados às pessoas em si e que correspondem aos moldes determinados pelo Estado ao 
criar suas leis. 
Ainda na esfera do Direito Público, encontra-se o Direito Administrativo, 
responsável por prover atividades dentro do Estado que se competem aos serviços 
públicos que estão em disposição da sociedade, com finalidades voltados para a 
convivência comum entre todos os envolvidos. O objetivo deste tipo de direito, encontra-
se na prestação do serviço público, onde molda-se a atuação e ordena-se o relacionamento 
entre a esfera pública e privada, criando relações entre os indivíduos e a administração 
pública. 
O Direito Tributário é focado especialmente nos meios de arrecadações, ou seja, 
aqueles voltados aos impostos, taxas e contribuições das pessoas ao Estado. Ainda pode-
se notar a existência do Direito Financeiro, em que o foco está na aplicação, assim como 
administração e gerenciamento dos recursos públicos que se provém da sociedade para 
serem aplicados em prol da mesma. (LEMKE, 2011) 
Por fim, nas vertentes do Direito Público, têm-se o Direito Penal, responsável por 
criar meios para disciplina perante as variadas condutas humanas e, que por algum 
motivo, podem pôr em risco a capacidade de viver em sintonia entre os indivíduos na 
sociedade. Este ramo se fundamenta na criação de meios voltados para a proteção dos 
princípios que devem ser guiados e seguidos por todos, respeitando o convívio social de 
todas as pessoas. O Direito Penal se responsabiliza por determinar as condutas sociais, ou 
seja, determinar se as mesmas são crimes ou contravenções, sendo o meio, dentro do 
Estado, responsável por criar punições de acordo com cada tipo de ato desenvolvido pelas 
pessoas. 
No âmbito do Direito Privado, nota-se a existência do Direito Civil, ou seja, aquele 
responsável por disciplinar possíveis relações existentes entre as pessoas e que possam 
ser estabelecidas por ordens de direitos e punições impostas. É o responsável por ordenar 
todos os campos de interesse individual, assim como os agrupamentos de normas dentro 
do Código Civil, ou seja, aquele estruturado em viés geral e especial, com normas mais 
abrangentes e aqueles com as mais específicas. 
No Direito Privado, ainda pode-se encontrar o Direito Empresarial, responsável 
por regular a prática comercial e o direito que envolve todas as suas partes, impondo, 
dentre seu princípio as regras determinantes às relações entre todos os atores dentro do 
comércio, assim como criar regras que se relacionam com todos os títulos, como 
pagamentos que se encontram nas práticas comerciais dentro de uma empresa. 
Com isso, dentro dos ramos do Direito Público e do Direito Privado, em tempos 
modernos, pode-se visualizar relações distintas entre estes. No primeiro há uma grande 
participação do Estado, ou seja, a criação de uma relação de supremacia, isto é, quando 
Estado desenvolve o domínio estatal perante todos. No que compete ao Privado, observa-
se que há a ausência do Estado e há uma relação determinada apenas pelas partes iguais. 
O Direito Público em si leva em consideração o conteúdo dentro da norma e o Direito 
Privado é responsável por analisar aspectos formais relacionados ao poder jurídico. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. 
Acesso em 24 de Outubro de 2020. 
LEMKE, Nardim Darcy. Dicotomia direito privado x direito público. 2011 
Ruggiero e Maroi, Instituzioni di diritto privato, Milano, 1955, v1, §35.

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