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CLINICA CIRURGICO

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C l í n i c a C i r ú r g i c a P á g i n a | 1 
Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
1. História da Cirurgia: 
 
Conceito de Cirurgia: É um método de tratamento de doenças, lesões ou 
deformidades externas ou internas, por meio de técnicas realizadas, com auxílio de 
instrumentos e requerendo do cirurgião habilidade manual. 
Existem relatos que desde 1.500 a.C. eram feitas cirurgias como: hérnias, 
aneurismas arteriais e fraturas de crânio. Com a queda do Império Romano as 
mulheres realizavam os partos e as cirurgias eram feitas por quem “manejava melhor 
a faca”. 
No século XII houve uma separação entre os médicos e os cirurgiões, os 
barbeiros realizavam pequenas cirurgias, existiam grandes conflitos entre as classes. 
Com o passar do tempo essas classes se uniram. 
Com a descoberta da anestesia em 1.846, o bom cirurgião era aquele que 
fazia a cirurgia mais rápida e que saísse com o avental mais sujo. Os primeiros 
anestésicos foram o Éter e o Óxido Nitroso. Mas a religião trazia controvérsias, pois 
está escrito “Com dores dará a luz..”, mesmo assim a rainha Vitória da Inglaterra 
usou anestesia no seu quarto parto. 
A descoberta de anestésicos fou de suma importância, pois as cirurgias 
podiam ser mais invasivas e já não dependiam mais da rapidez do cirurgião. Com o 
passar da história vieram as descobertas de assepsia e dos fios de sutura. As 
infecções eram transmitidas pelas mãos, então em 15 de maio de 1847, por meio de 
Semmelweis, veio a obrigatoriedade da lavagem das mãos e a esterelização dos 
materiais. Joseph Lister iniciou a utilização de Ácido Carbólico nas feridas e nos 
instrumentos. Também foi ele que continuou os estudos sobre os fios de sutura finos, 
como o de seda e derivados de animais. 
Robert Kock, que descobriu o bacilo de Kock da tuberculose, abriu espaço 
para a esterelização com vapor de água. 
Apenas em 1.890 Halsted descobriu o primeiro par de luvas de borracha. 
* Pontos importantes: Descoberta da anestesia e Luta contra infecção. 
 
2. Classificação das Cirurgias: 
 
2.1. Cirurgia eletiva ou programada: É uma cirurgia necessária que pode ser 
programada para uma data conveniente, sem que haja risco para o paciente. Nesses 
casos há mais tempo para um estudo mais completo das condições do paciente, bem 
como um preparo mais adequado para o ato cirúrgico. Ex: postectomia, 
amigdalectomia.. 
 
2.2. Cirurgia de emergência: Tem que ser ealizada o mais rápido possivel, 
devido ao estado do paciente, existindo um risco de morte se não for realizada. Ex: 
apendicite aguda, úlcera gástrica perfurada, fratura exposta e hemorragia interna. 
 
2.3. Cirurgia opcional: É realizada de acordo com a vontade do paciente, não 
existindo necessidade fisiológica para ser realizada. Ex: plásticas, em geral com 
finalidade estética, mamoplastia.. 
 
Quanto ao risco envolvido: Todo procedimento cirúrgico sempre envolve um 
certo risco para o paciente. Esse risco não depende somente da cirurgia, mas 
principalmente das condições gerais do paciente (idade, estado geral, condições 
respiratórias, circulatórias..), da anestesia e dos recursos disponíveis. 
Cirurgias de alto risco, médio risco e de baixo risco. 
C l í n i c a C i r ú r g i c a P á g i n a | 2 
Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 
Quanto ao tamanho da cirurgia: Pequenas, médias e grandes. 
 
3. Períodos operatórios: 
 
3.1. Pré – Operatório: Antecede a cirurgia. 
 
3.1.1. Mediato: Consultas e exames. Começa quando o paciente 
descobre que tem que operar até a cirurgia. 
 
3.1.2. Imediato: 24 horas antes da cirurgia. 
 
3.2. Transoperatório: Desde a admissão do paciente no Centro Cirúrgico até 
a ida dele para a RA. 
 
3.3. Intraoperatório: Começa a anestesia, cirurgia e terminou a anestesia. 
 
3.4. Recuperação anestésica: Alta cirúrgica até alta da sala de recuperação 
anestésica. 
 
3.5. Pós – Operatório: Compreende desde o témino da cirurgia até a alta 
hospitalar. 
 
3.5.1. Imediato: 24 horas após a cirurgia. 
 
3.5.2. Mediato ou Tardio: Desde o término do período imediato até a 
alta hospitalar. 
 
3.6. Perioperatório: Compreende o pré – operatório imediato até o pós – 
operatório imediato. 
 
4. Cuidados de enfermagem no pré e pós – operatório: 
 
 4.1. Pré – Operatório: 
Objetivo: Preparar o paciente para a cirurgia, diminuindo os riscos de 
complicações durante e após a cirurgia. 
 
 4.1.1. Mediato: 
 Preparo psicológico adequado; 
 Controle de sinais vitais, observando e anotando anormalidades como: 
febre, dispnéia, hipertensão, hipotensão, bradicardia ou taquicardia.. 
 Preparo, orientação e auxílio na realização do exame físico geral; 
 Preparo, orientação e auxílio na realização de exames radiólogicos, 
laboratoriais, endoscópicos e outros; 
 Controle de peso e eliminações urinárias, gastrintestinais, drenagens, 
etc; 
 Observação e orientação sobre dietas especiais; 
 Observação e orientação na higiene; 
 Orientação sobre exercícios respiratórios, que são indicados em 
cirurgias cardíacas e do aparelho respiratório, ou paciente que vai ficar 
muito tempo acamado após a cirurgia. 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 
 
4.1.2. Imediato: 
 
 Compreende o conjunto de cuidados prestados ao paciente 
imediatamente 24 horas antes da cirurgia. Se for uma cirurgia de 
emergência esses cuidados também devem ser tomados. 
 
4.1.3. Véspera da Cirurgia: 
 
 Preparo da pele com finalidade de diminuir a possibilidade de 
contaminação. Incluindo a tricotomia de acordo com a região e a 
limpeza da região com água e sabão ou soluções especiais conforme 
prescrição e indicação médica; 
 Preparo intestinal: prevenindo complicações como perfuração de 
alças, formação de flatulências no pós – operatório; 
 Cuidados de higiene corporal e dos cabelos, no caso de paciente 
feminino observar a presença de esmalte, para removê – lo; 
 Colher sangue para tipagem, conforme rotina; 
 Orientar sobre o jejum, o período pode variar de acordo com a 
cirurgia, de 8 à 12 horas. Para evitar vômitos durante a cirurgia e 
outras complicações. 
 Prestar outros cuidados especiais conforme a cirurgia e prescrição. 
 
4.1.4. No dia da cirugia: 
 
 Higiene Corporal, que pode ser limitada à face, mãos e àrea 
operatória. A higiene oral também é importante; 
 Remover dentaduras e próteses, que devem ser rotuladas e 
guardadas; 
 As unhas devem estar limpas, curtas e sem esmalte; 
 Vestir roupas limpas, normalmente a camisola do hospital, retirar até 
as roupas íntimas. 
 Retirar as jóias e adornos, rotulá – las e guardá – las, outros objetos 
de valor também, se caso seja entregue a família, assinar um 
documento; 
 Solicitar ao paciente que esvasie a bexiga, para evitar algum trauma 
na cirurgia, em alguns casos será realizada a sondagem vesical. 
 Controlar sinais vitais; 
 Administrar as medicações pré – anestésicas. 
 
*Sempre que medicações forem administradas, informar ao paciente o 
que é, para que serve e seus efeitos, no caso dos pré – anestésicos, o paciente 
deve ficar no leito. 
 
*Verificar se o prontuário está completo, se os cuidados foram feitos, se 
o termo de responsabilidade foi assinado, se as anotações estão completas. 
 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
*O paciente deve ser levado ao centro cirúrgico apenas no momento 
certo, por um membro da clínica cirúrgica, deve – se evitar comentários 
inapropiados. Passar o plantão do paciente e qualquer recomendação especial. 
 
*Não deixar o paciente sozinho na maca ou cama. 
 
 4.2. Pós – operatório: 
 
 Objetivo: Prestar cuidados e assistência integral ao paciente, assegurando sua 
volta às atividades normais e prevenir complicações. 
 
4.2.1. Imediato: 
 
 Transportar o pacientede maneira rápida e segura, evitando 
movimentação desnecessária; 
 Posicionar o paciente, observando o local e o tipo da cirurgia, é 
importante saber qual foi o tipo de anestesia: geralmente deixa – se a 
cabeça do paciente lateralizada para evitar aspiração, mas não usa 
travesseiro em anestesia raquidiana até completar 24 horas, na 
anestesia geral até recuperação total da anestesia, na anestesia 
peridural até que o paciente esteja totalmente consciente. 
 Observar o paciente, sempre com atenção ao nível de consciência e 
coloração da pele. 
 Controlar sinais vitais: T, PA, P e R. 
1ª à 2ª hora: 15’ em 15’ 
2ª à 4ª hora: 30’em 30’ 
4ª à 12ª hora: 1 em 1 hora 
12ª à 24ª hora: 2 em 2 horas. 
 Manter o paciente aquecido e confortável; 
 Conectar sondas e dreno se houver; 
 Fazer balanço hídrico; 
 Estimular a respiração profunda e a tosse, para evitar complicações 
respiratórias; 
 Estimular a movimentação, mudança de decúbito, de acordo com a 
cirurgia; 
 Observar a coloração e a temperatura da pele, principalmente 
extremidades, procurar por sinais de cianose; 
 Aspirar secreções conforme prescrição médica, para aliviar as vias 
aéreas superiores; 
 Promover conforto e manter a segurança do paciente. 
 
4.2.2. Mediato ou Tardio: 
 
 Higiene e conforto; 
 Curativo, geralmente é trocadoa partir do segundo dia, conforme 
prescrição médica. O ideal é que o médico veja a ferida operatória, se 
não der, a enfermagem deve anotar os aspectos gerais da ferida, a 
evolução da cicatrização e sinais de possíveis complicações; 
 Controlar sinais vitais; 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Estimular a deambulação precoce, desde que não haja contra – 
indicação, isto irá favorecer a recuperação. 
 Observar o funcionamento intestinal e urinário; 
 Observar o funcionamento de sondas, drenos e cateteres; 
 Administrar medicações; 
 Orientar sobre a dieta; 
 Executar os cuidados especiais de acordo com a cirurgia; 
 Orientar o paciente sobre os exercícios que deverá realizar, incluindo 
os respiratórios, circulatórios e específicos; 
 Retirada de pontos (ablação), realizada em geral de 7 a 8 dias após a 
cirurgia, conforme as condições de cicratrização da cirurgia; 
 
 Orientar o paciente quanto os cuidados após a alta hospitalar. 
 
5. Organização da Clínica Cirúrgica (Local destinado ao atendimento de pacientes 
antes e depois do ato cirúrgico): 
 
 Posto de enfermagem com sala de prescrição; 
 Sala de curativos; 
 Unidade do paciente (quartos, enfermaria) 
 Sala de utilidades, preparo das medicações; 
 Expurgo; 
 Sanitários; 
 Copa; 
 Sala de estar; 
 Sala de reuniões; 
 Sala de materiais. 
 
5.1. Equipamentos Essenciais na Clínica Cirúrgica: 
 
 Suprimento de oxigênio; 
 Aspiradores; 
 Ambu; 
 Carrinho de emergência completo; 
 Laringoscópio; 
 Otoscópio; 
 Negatoscópio; 
 Material de traqueostomia; 
 Material de flebotomia; 
 Material estéril; 
 Lâmpada auxiliar; 
 Suportes de soro; 
 Equipamentos de drenagem; 
 Sondas, drenos, cateteres esterelizados. 
 
6. Complicações Pós – Operatórias: 
 
6.1 Pós – Operatórias Imediatas: 
 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
6.1.1. Náuseas e vômitos são transtornos freqüentes, além do 
desconforto que provocam, podem gerar maiores complicações, como: 
aspiração do vômito e desequilíbrio hidroeletrolítico. 
 
6.1.2. Principais causas do vômito: 
 
 Efeito dos anestésicos, principalmente se for anestesia geral; 
 Deglutição de sangue e secreções em cirurgias de nariz e garganta; 
 Não respeitar o jejum no pós – operatório. 
 
6.1.3. Cuidados de enfermagem: 
 
 Manter a cabeça do paciente lateralizada; 
 Realizar a higiene oral a cada episódio de êmese; 
 
 Não administrar nada via oral, para não piorar o quadro, se for dar 
água dar em pequenas quantidades; 
 Administrar uma medicação antiemética, que esteja prescrita como: 
plasil; 
 Observar e anotar o número de vezes e quantidade eliminada; 
 Manter o paciente em ambiente higienizado; 
 
 6.2. Dor: Hoje em dia é classificado como o 5º sinal vital, seu aparecimento é 
esperado depois de qualquer cirurgia, principalmente nas primeiras 48 horas. 
 
 6.2.1. Principais Causas: 
 
 O ato cirúrgico, por ter tido algum tipo de agressão ao organismo, tanto 
no aspecto físico quanto psíquico da dor; 
 Ansiedade e nervosismo. 
 
 6.2.2. Cuidados de enfermagem: 
 
 Identificar o tipo, local e intensidade da dor, saber se está irradiando 
para outros locais, se está relacionada com algum movimento; 
 Observar sinais de palidez, sudorese intensa, náuseas, vômitos, 
freqüência respiratória, limitação de movimentos e agitação; 
 Administrar a medicação prescrita, se houver a real necessidade, 
cuidar com o uso de narcóticos. 
 
 6.3. Hemorragias: Caracterizada por perda anormal de sangue, seus efeitos 
dependem do estado geral do paciente e quantidade de sangue perdido. 
 
 6.3.1. Classificação: 
 
 Primária: acontece durante a cirurgia, é controlada pela equipe, se for 
preciso faz – se transfusão; 
 Secundária: acontece no pós – operatório, deve – se tomar medidas 
imediatas, sabendo que em geral o paciente já recebeu sangue; 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Externa: existe um sangramento externo, que aparece através da 
ferida ou por orifício natural; 
 Interna: hemorragia não visível, o sangue escoa para dentro de uma 
cavidade fechada, crânio, tórax, abdômen, é a mias grave, pois 
quando descoberta já houve uma grande perda. 
 
 6.3.2 Sinais e sintomas da hemorragia interna: 
 
 Pulso rápido e fino; 
 Dispnéia; 
 Sede; 
 Hipotensão; 
 Pele úmida e fria; 
 Ansiedade; 
 Conforme o local: crânio, súbita perda de consciência, no abdômen, 
distensão e rigidez da parede abdominal. 
 
*A hemorragia pode ser arterial ou venosa. 
 
 6.3.3. Causas da hemorragia no pós – operatório: 
 
 Problema com a ligadura de vasos; 
 Tensão exagerada sobre a sutura; 
 Distúrbios hemorrágicos, trombocitopenia, hemofilia. 
 
 6.3.4. Cuidados de enfermagem na hemorragia interna: Visam a 
detectação precoce e evitar agravamentos. 
 Manter o paciente em repouso absoluto; 
 Manter o paciente aquecido; 
 Colocar o paciente em posição de Trendelemburg (cabeça mais baixa 
que o restante do corpo), dependendo o tipo da hemorragia; 
 Não dar nada para o paciente por via oral; 
 Controlar sinais vitais. 
 
 6.3.5. Cuidados de enfermagem na hemorragia externa: 
 Manter o paciente no leito; 
 Fazer compressão direta sobre o local, utilizando gazes; 
 Fazer compressão sobre as artérias próximas; 
 Aquecer o paciente; 
 Controlar os sinais vitais; 
 Se o sangramento for nas VAS, aspirar com a cabeça lateralizada. 
 
* A enfermagem deve anotar o tipo, local e quantidade da hemorragia. 
 
 6.4. Choque (Definido como uma deficiência do suprimento de sangue e 
oxigênio para o organismo): 
 
 6.4.1. Tipos de choque: 
 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Hipovolêmico: Causado por uma diminuição acentuada do volume 
circulante, sangue, plasma e líquidos do organismo. Causado por 
hemorragias, queimaduras, desidratação. 
 Neurogênico: Resultado de uma alteração do sistema nervoso central, 
ocorrendo uma dilatação anormal dos vasos sangüíneos. Causado 
por anestésicos, narcóticos, lesão cerebral e transtornos emocionais. 
 Cardiogênico: Se instala devido a uma deficiência cardíaca, o coração 
não consegue bombear sangue suficiente para o organismo. 
Causado por alguma lesão traumática do coração, IAM e ICC. 
 Séptico: Resultante de processos infecciosos graves, desenvolve - se 
hipovolemia com depressão cardíaca.Causado por septicemia, 
especialmente por gran negativas. 
 Anafilático: Resulta de uma reação antígeno – anticorpo, devido à 
hipersensibilidade do organismo, traz sensação de calor, pruridos, 
urticária, formigamento, vermelhidão, dispnéia, cefaléia, opressão no 
peito, podendo ocorrer uma parada respiratória e morte. 
 Pirogênico: Caracterizado por uma reação febril, devido à presença de 
pirogenos e contaminação de soluções e material que são utilizados 
na administração endovenosa. 
 
 6.4.2. Sinais e sintomas: 
 
 Hipotensão acentuada; 
 Pele pálida, sudoreica, podendo ter cianose de extremidades; 
 Hipotermia; 
 Pulso rápido e fino; 
 Sede; 
 Alterações emocionais; 
 Respiração rápida e superficial; 
 Diminuição do volume urinário. 
 
 6.4.3. Cuidados de enfermagem: 
 
 Avisar o médico; 
 Avaliar nível de consciência; 
 Manter 2 (dois) acessos venosos de grosso calibre; 
 Monitorar perdas volêmicas de todas origens; 
 Manter o paciente calmo e aquecido; 
 Monitorização hemodinâmica contínua, SSVV; 
 Colocar o paciente na posição de Trendelemburg; 
 Manter VAS livres e oxigenar conforme necessidade; 
 Manter a medicação de emergência e materiais de emergência 
prontos; 
 Avaliação da perfusdão capilar periférica; 
 No choque pirogênico parar a infusão. 
 
 6.5. Hipoxia (Oxigenação deficiente dos aparelhos, órgãos e sistemas): 
 
 6.5.1. Causas: 
 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Depressão respiratória causada por medicamentos; 
 Obstrução das VAS, por sangue e secreções; 
 Quedas e relaxamento da língua; 
 Respiração inadequada devido dor. 
 
 6.5.2. Sinais e sintomas: 
 
 Cianose, dispnéia, agitação, mal – estar, sensação de sufocamento. 
 
 6.5.3. Cuidados de enfermagem: 
 
 Aspirar VAS; 
 Observar se existe objeto estranho causando obstrução, tracionar 
língua; 
 Colocar em posição adequada; 
 Oxigenar. 
 
7. Complicações pós – operatórias tardias: 
 
 7.1. Complicações Pulmonares: São complicações graves que afetam 
principalmente idosos e pacientes debilitados. 
 
 7.1.1. Causas: 
 
 Presença de infecção na boca. Nariz, garganta, que mais tarde afeta o 
pulmão; 
 Irritação das mucosas por anestésicos inalados que provocam aumento 
de secreção; 
 Acúmulo de secreção, devido à posição inadequada; 
 Paciente muito tempo acamado; 
 Aspiração de vômito. 
 
 7.1.2. Sinais e sintomas: 
 
 Febre; 
 Expectoração purulenta ou sanguinolenta; 
 Dispnéia; 
 Mal estar geral; 
 Tosse; 
 Dor torácica. 
 
 7.1.3. Tratamento e cuidados de enfermagem: 
 
 Antibióticos, nebulização, tapotagens, drenagem postural e exercícios 
respiratórios para eliminar as secreções e melhorar a função 
respiratória; 
 Estimular a movimentação e ingestão de líquidos, se não houver contra 
– indicações. 
 
 7.1.4. Profilaxia: 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 
 Estimular exercícios pré – operatório; 
 Estimular a respiração profunda; 
 Orientar quanto à importância da mobilização no leito e a deambulação 
precoce; 
 Manter a higiene oral constante e aspirar secreções. 
 
 7.2. Distenção abdominal (Ocasionada por acúmulo de gases e fezes nos 
intestinos): 
 
 7.2.1. Causas: 
 
 Peristaltismo diminuído; 
 Engolir ar; 
 Manipulação dos intestinos na cirurgia; 
 Imobilidade do paciente; 
 Uso de narcóticos. 
 Falta de preparo intestinal; 
 Alimentação inadequada; 
 Traumatismo cirúrgico dos intestinos. 
 
7.2.2. Sinais e sintomas: 
 
 Distenção do abdômen; 
 Dor abdominal; 
 Dificuldades respiratórias. 
 
7.2.3. Tratamento e cuidados de enfermagem: 
 
 Estimular a deambulação e movimentos; 
 Orientação a uma dieta equilibrada; 
 Sondagem retal conforme prescrito; 
 Administrar medicação para ativar o peristaltismo; 
 Administrar laxantes suaves, ou pequenos enemas; 
 
 7.3. Dilatação gástrica (Acontece quando o estômago se distende com suco 
gástrico, sangue ou alimentos que não passam para o intestino, devido à falta de 
peristaltismo): 
 
 7.3.1. Causas: 
 
 Falta de peristaltismo; 
 Não observação do jejum pré e pós – operatórios; 
 Falta de movimentação; 
 Falta de cuidados com a SNG. 
 
 7.3.2. Sinais e sintomas: 
 
 Regurgitação de pequenos volumes de líquidos; 
 Distenção da região do estômago; 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Prostração; 
 Desconforto abdominal; 
 Hipotensão e pulso rápido. 
 
 7.3.3. Tratamento e cuidados de enfermagem: 
 
 Aspiração através da SNG; 
 Lavagem gástrica; 
 Colocar em decúbito ventral; 
 Estimular a movimentação no leito. 
 
 7.4. Infecção da ferida operatória: 
 
 7.4.1. Causas: 
 
 Falta de assepsia entes, durante e após a cirurgia. Em alguns casos a 
própria cirurgia já é contaminada. 
 7.4.2. Sinais e sintomas: 
 
 Febre, calafrios, anorexia, cefaléia, no local da incisão: hiperemia, dor, 
tumefação e presença de secreção purulenta. 
 
 7.4.3. Cuidados de enfermagem: 
 
 Isolar o paciente e manter assepsia rigorosa; 
 Colher material para cultura; 
 Fazer curativos freqüentes na técnica correta; 
 Administrar medicação e executar os cuidados conforme prescrito. 
 
 7.5. Deiscência de Sutura (Separação total ou parcial dos bordos da ferida 
operatória): 
 
 ### Eviscerarão: é a separação dos bordos da ferida com a saída de 
órgãos abdominais pela ferida. 
 
 ** Essas complicações podem surgir antes ou logo após a retirada 
dos pontos. 
 
 7.5.1. Causas: 
 
 Infecção; 
 Tensão sobre a sutura; 
 Materiais e métodos de sutura defeituosos; 
 Rejeição ao fio; 
 Obesidade; 
 Desnutrição; 
 Diabetes, anemia. 
 
 7.5.2. Sinais e sintomas: 
 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Secreção purulenta no local; 
 Queixa de sutura solta; 
 Dor; 
 Separação dos bordos; 
 Aparecimento de vísceras. 
 
 7.5.3. Cuidados de enfermagem: 
 
 Deixar o paciente imóvel; 
 Se só deiscência, fazer curativo compressivo aproximando os bordos. 
 Se existir eviscerarão, colocar uma gaze estéril e fazer curativo sem 
comprimir. 
 
7.6. Retenção Urinária: 
 
 7.6.1. Causas: 
 
 Traumatismo operatório; 
 Posição inadequada; 
 Bloqueio psicológico; 
 Infecção das vias urinárias; 
 Uso prolongado de SVD. 
 
 7.6.2. Cuidados de enfermagem: 
 
 Proporcionar ambiente e posição confortável; 
 Estimular a micção usando métodos: abrir torneiras, bolsa de água 
quente, banhos de assento..; 
 Levar ao banheiro o paciente; 
 SVA; 
 Anotar rigorosamente o volume da cada micção. 
 
7.7. Complicações Circulatórias: 
 
## Flebite: inflamação de uma veia. 
 
## Tromboflebite: inflamação de uma veia com a formação de coágulo. 
 
 7.7.1. Causas: 
 
 Imobilidade; 
 Compressão das veias dos MMII, através de coxins, faixas, gessos; 
 Posição durante a cirurgia; 
 Pacientes que predispõe esses problemas; 
 Pacientes idosos e obesos. 
 
 7.7.2. Sinais e sintomas: 
 
 Extremidades quentes, vermelhas, edemaciadas e doloridas; 
 Febre e mal estar. 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 
 7.7.3. Cuidados de enfermagem: 
 
 Repouso no leito; 
 Manter membro elevado; 
 Compressas quentes e úmidas, se prescrito; 
 Aplicação de pomadas; 
 Aplicação de anticoagulantes nos casos mais graves; 
 Observaçãodo paciente em busca de sinais de complicação. 
 
7.8. Embolismo Pulmonar (Um coágulo se desprende e obstrui uma artéria 
pulmonar, deixando de levar sangue para o pulmão): 
 
 7.8.1. Causas: 
 
 Tromboflebite; 
 Imobilidade. 
 
 7.8.2. Sinais e sintomas: 
 Aparecimento súbito de dor torácica aguda,cianose, dispnéia e 
choque. 
 
 7.8.3. Cuidados de enfermagem: 
 
 Avisar o médico imediatamente; 
 Administrar anticoagulantes e O2; 
 Controlar SSVV; 
 Observação rigorosa do paciente; 
 Manter o paciente calmo. 
 
7.9. Escaras de decúbito (lesões necróticas da pele e tecido subcutâneo): 
 
 7.9.1. Causas: 
 
 
 Pressão exagerada no leito; 
 Permanência prolongada numa mesma posição; 
 Lençóis molhados, enrugados; 
 Obesidade, caquexia, anemia, deficiência circulatória, diabete, 
desnutrição. 
 
 7.9.2. Cuidados de enfermagem: 
 
 Curativos no local; 
 Mudança de decúbito; 
 Rodas de conforto, colchão caixa de ovo, de água. 
 
8. Preparo da unidade pós – operatória: 
 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Preparo do leito: Deve estar desinfetado, com roupas trocadas e 
arrumado, para facilitar a chegada do paciente e o transporte da maca 
para o leito; 
 
 Ambiente: Deve ser, calmo, arejado, limpo, sem correntes de ar, se 
possível com umedecido (ar), aquecido e semi – escuro, para 
proporcionar mais conforto. Se possível deixar no quarto o material de 
limpeza oral e de cuidados gerais. 
 
9. Feridas e Curativos: 
 
9.1. Feridas (É a perda da continuidade de qualquer estrutura interna ou 
externa): 
 
 9.1.1. Classificação: 
 
 ## Quanto à infecção 
 
 Feridas limpas: Não apresentam germes patogênicos. 
 Feridas contaminadas: Apresentam germes patogênicos. 
 
 ## Quanto à presença ou ausência de ruptura no tecido superficial: 
 Feridas abertas: São todas as feridas que apresentam ruptura da 
pele. 
 Feridas fechadas: Não existe ruptura da pele. 
 
 ## Quanto à época: 
 
 Feridas agudas: São recentes, não possuem tecido necrosado nem 
infecção, são fáceis de tratar. 
 Feridas crônicas: São feridas antigas, apresentam tecido necrosado 
e infecção, são difíceis de tratar. 
 
 ## Quanto à causa: 
 
 Feridas traumáticas ou acidentais: Ocorrem acidentalmente. 
 Feridas intencionais: Realizadas com algum propósito. 
 
 
## Quanto à característica: Toda ferida apresenta fundo, bordo e paredes. 
 
 Feridas erosantes: Ou escoriação, atinge somente as camadas 
superficiais da pele ou mucosas. Ocasionadas por fricção ou 
raspadura. 
 Feridas incisas: Apresentam bordos e paredes lisas, em geral 
sangram e doem muito, produzidas por bisturi, facas. 
 Feridas contusas: Bordos e paredes esmagadas sangram e doem 
menos, mais difíceis para cicatrizar, são produzidas por objetos sem 
pontas. 
 Feridas lacerantes: Lacerações em que se perde tecido. 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Feridas transfixantes: Apresentam dois orifícios, entrada e saída. 
 Feridas penetrantes: O objeto causador da ferida penetra e se aloja 
nas profundidades do corpo, são ferimentos graves pois provocam 
hemorragia interna. 
 Feridas punciformes: São produzidas por objetos pontiagudos, se 
infectam com facilidade por serem profundas. 
 
 ## Quanto ao processo inflamatório: Sempre que algum tecido é lesado o 
organismo reage provocando um processo inflamatório, há um aumento da irrigação 
sangüínea e as células lesadas liberam algumas substâncias, como: 
 
 Leucotoxina: atrai os glóbulos brancos para auxiliar na a destruição 
das bactérias e células em decomposição. 
 Necrosina: aumenta a permeabilidade das paredes capilares, 
também ativa os mecanismos de coagulação. 
 
 9.1.2. Sinais e sintomas de inflamação: 
 
 Dor; 
 Rubor; 
 Calor; 
 Edema; 
 Alteração de função do órgão. 
 
9.2. Cicatrização (É a reparação do tecido lesado, pode ocorrer por diferentes 
maneiras): 
 
 ## Por primeira intenção: Ocorre uma união direta dos bordos da 
ferida, pela presença de uma película fina de sangue, linfa, fibrila e fibrina com ou 
sem sutura, sem infecção. Existe pouca formação de tecido de granulação, a cicatriz 
é pequena. Acontece em mais ou menos 4 dias; 
 ## Por segunda intenção: Tem formação de tecido de granulação com 
união indireta dos bordos. O tecido necrosado vai se desintegrando e o tecido de 
granulação toma conta, vermelho, mole e que sangra facilmente; 
 ## Por terceira intenção: É uma combinação dos dois modos acima, 
primeiro deixa a ferida aberta e depois sutura, se ocorrer deiscência, deixa a ferida 
aberta e cicatriza sozinha; 
 ## Por quarta intenção: Se dá sob crostas. Ex: escoriação. 
 
 9.2.1. Fatores que interferem na cicatrização: 
 
 
 
 ## Grau de lesão: Quanto maior, mais difícil; 
 ## Irrigação sangüínia: Se o aporte de sangue for defeituoso a 
cicatrização vai ser atrasada também, um curativo compressivo ou uma posição 
errada do membro ou local pode atrapalhar o processo; 
 ## Presença de corpos estranhos: Corpos estranhos causam rejeição 
por parte do organismo, dificultando a circulação; 
 ## Presença de hematomas: Afastam os bordos da ferida, facilitam o 
processo infeccioso; 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 ## Edema: Dificulta o transporte de material de reconstrução, 
favorecendo a necrose celular; 
 ## Infecção: Aumenta a permeabilidade capilar, edema, hemorragia 
espontânea, coagulação e morte celular; 
 ## Idade do paciente: Circulação deficiente; 
 ## Estado geral do paciente: 
 Estado nutricional; 
 Presença de doenças; 
 Uso prolongado de corticoesteróides; 
 Radiação. 
 
9.3. Curativos (É o tratamento da ferida que tem por finalidade auxiliar no processo 
de recuperação da área lesada, prevenir ou tratar infecções, trazer mais higiene e 
conforto ao paciente): 
 
 Curativos secos: Em feridas secas e limpas; 
 Curativos úmidos: Auxiliam na drenagem, utiliza – se medicamentos 
como, furacim, permaganato. 
 Curativos com irrigação: Quando existe infecção dentro de uma 
cavidade, assim consegue – se uma limpeza mais eficaz e aplica – se 
medicamentos. 
 Curativos fechados: Proporcionam mais comodidade ao paciente e 
evitam contaminação. 
 Curativos abertos: Favorecem a aeração da ferida, indicados em 
feridas limpas e sem risco de contaminação. 
 Curativos com drenagem: Um dreno é colocado para drenar 
secreções. 
 
 9.3.1. Cuidados na realização de curativos: 
 
 Preparar o ambiente; 
 Lavar as mãos; 
 Preparar o material conforme o curativo; 
 Realizar na técnica. 
 
 
10. Exames complementares: 
 
 Biópsia: Retirada de um fragmento de tecido com finalidade de exame 
anatomopatológico. 
 Flebotomia: Inserção de um catéter em uma veia através de um 
pequeno corte. 
 Safenectomia: Retirada das varizes dos MMII, principalmente da 
safena magna. 
 Paracentese: Punção de uma cavidade por uma agulha ou por outro 
instrumento oco, com a finalidade de retirar um líquido potológico 
acumulado. É denominada de acordo com local onde foi feito: 
abdominocentese, toracocentese.. 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Broncoscopia: Utiliza – se um tubo iluminado para olhar dentro dos 
tubos resperatórios grandes, e pode detectar certas doenças ou retirar 
amostras para exames. 
 Endoscopia: Exame realizado para ter uma vizualização dos órgão do 
trato digestivo alto, por meio de fibras ópticas. 
 
 
11. Cirurgias do aparelho digestivo: 
 
 11.1. Gastrostomia (Abertura artificial do estômago através da parede 
abdominal, por essa abertura é introduzida uma sonda com finalidade de levar 
líqüídos diretamente ao estômago do paciente): 
 
 11.1.1. Indicações: 
 
 Estenose de esôfago; 
 Atresia de esôfago; 
 TU de boca, faringe e esôfago; 
 Fístula traqueo – esofágica. 
 
 11.1.2. Cuidados pré – operatórios: 
 
 Orientação ao paciente e sua família sobre a cirurgia; 
 Cuidados gerais prescritos. 
 
 11.1.3. Cuidados pós – operatórios: 
 Cuidados geraisdeste período. 
 
 11.1.4. Cuidados específicos: 
 
 Manter o curativo limpo seco ao redor da sonda; 
 Fazer o curativo da incisão separado do curativo da sonda; 
 Cuidados com a higiene oral, pois o paciente não pode ingerir 
nada via oral. 
 
 11.1.5. Cuidados com a dieta: 
 
 Deve ser equilibrada; 
 Só é iniciada após total recuperação anestésica; 
 Deve ser servida morna, liquidificada e fracionada, intervalos de 3 
a 4 horas; 
 Primeiras alimentações inicião – se em pequenas quantidades 30 
a 60 ml, em geral não vai ultrapassar 350ml; 
 Lavar a sonda após refeição, 10 a 20 mlde água; 
 Sevir líqüidos no intervalo das refeições; 
 Manter a sonda fechada e limpa; 
 Deixar o paciente em posição Fowler, após refeições; 
 Observar estase gástrica e funcionamento intestinal; 
 
 Controlar peso; 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Orientar o paciente e a família sobre dieta e o preparo da mesma. 
 
 11.1.6. Complicações: 
 
 Emagrecimento; 
 Distúrbios intestinais. 
 
11.2. Gastrectomia (Ressecção parcial ou total do estômago): 
 
 11.2.1. Indicações: 
 
 CA de estômago; 
 Obstrução pilórica; 
 Úlcera péptica perfurada. 
 
 11.2.2. Cuidados pré – operatórios: 
 
 Tricotomia da região axilar até o períneo; 
 Período de jejum 12 horas; 
 Seguir prescrições. 
 
 11.2.3. Cuidados pós – operatórios: 
 
 Manter a SNG aberta; 
 Medir drenagem e aspesto da secreção drenada; 
 Higiene oral; 
 Controlar diurese; 
 Cuidados com a infusão venosa, líqüidos e sangue; 
 Jejum absoluto no POI; 
 SNG é retirada no terceiro PO; 
 Estimular movimentação no leito e deambulação; 
 Cuidados com a dieta. 
 
 11.2.4. Complicações: 
 
 Choque; 
 Hemorragia; 
 Deficiência de Vit. B12. 
 
11.3. Colecistectomia: Retirada da vesícula biliar. 
 
 Colecistostomia: Abertura da vesícula para drenagem. 
 
 Coledocostomia: Abertura do colédoco. 
 
 11.3.1. Indicações: 
 
 Colecistite aguda e crônica; 
 Colelitíase; 
 TU de vesícula; 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Mal formações. 
 
 11.3.2. Cuidados pós – operatórios: 
 
 Verificar o dreno e anotar o valor drenado; 
 Manter SNG aberta; 
 Aspirar e medir drenagem; 
 Higiene oral; 
 Estimular mudança de decúbito; 
 Colocar em posição Fowler; 
 Alimentação em 24 horas; 
 Anotar aspecto e quantidade de fezes e urina; 
 Estimular respiração; 
 Trocar curativos; 
 Orientar para alta quanto dieta. 
 
11.4. Colostomia (Abertura do cólon, intestino grosso, para a parede abdominal com 
finalidade de possibilitar a eliminação das fezes, que pode ser temporária ou 
definitiva): 
 
 11.4.1. Indicações: 
 
 TU de intestino; 
 Anomalias congênitas; 
 Megacólon, pode ser chamado de doença de Hirschprung, é uma 
grande dilatação da ampola retal com retenção de fezes, a 
evacuação só acontece a cada 15 dias. A dilatação é causada 
por obstáculos no trânsito intestinal. 
 Pólipos múltiplos; TU pequenos. 
 Perfuração intestinal. 
 
 11.4.2. Cuidados pré – operatórios: 
 
 Se não for de emergência, preparar o paciente por vários dias; 
 Preparo psicológico; 
 Preparo intestinal; 
 Dieta geral, rica em calorias e pobre em resíduos; 
 Controlar eliminações; 
 SNE; 
 Preparo da pele (tricotomia). 
 
 11.4.3. Pós – Operatório: 
 
 Manter SNE para drenagem; 
 Observar curativos no local do ostoma; 
 Estimular exercícios no leito e respiratórios; 
 Jejum absoluto por 24 a 48 horas; 
 Controlar eliminações; 
 Cuidados com a pele em volta da colostoma, limpeza; 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Estimular a deambulação; 
 Orientar sobre a dieta; 
 Estimular o paciente a cuidar da colostomia; 
 Auxiliar na escolha da melhor bolsa; 
 
 Cuidados especiais como lavagens intestinais pela bolsa; 
 Orientar para alta, mostrar ao paciente a vida normal que ele 
pode ter; 
 Evitar roupas apertadas. 
 
11.5. Hemorroidectomia (Remoção das veias dilatadas do reto): 
 
 11.5.1. Fatores predisponentes para hemorróida: 
 
 Obstipação intestinal crônica; 
 Postura, por permanecer muito tempo sentado; 
 Gravidez. 
 
 11.5.2. Pré – operatórios: 
 
 Tricotomia da pele; 
 Lavagem intestinal leve, 2 horas antes a cirurgia; 
 Cuidado na introdução da sonda; 
 Higiene rigorosa perineal. 
 
11.5.3. Pós – operatórios: 
 
 Cuidar com o tipo de decúbito usado, ventral, lateral ou dorsal, 
nessa, colocar roda de conforto; 
 Observar sinais de hemorragia no local; 
 Observar a diurese e estimular a micção espontânea; 
 Banhos de acento mornos podem ser realizados 3 a 4 vezes, 
para minimizar a dor e o edema, manter o curativo úmido com 
vaselina; 
 Estimular a deambulação; 
 Dieta líqüida e depois normal; 
 Administrar laxantes e acompanhar os episódios de evacuação; 
 Orientar para alta, sobre banhos e curativos; 
 Evitar atrito com papel higiênico. 
 
11.6. Herniorrafia ou hernioplastia (Correção de hérnias): 
 
 ##Hérnia: É a saída de uma ou mais vísceras de sua cavidade normal através 
de um ponto fraco na musculatura que a sustenta. Podem ocorrer em qualquer parte 
do corpo, mais ocorrem mais freqüentemente no abdômem. 
 
 11.6.1. Classificação: 
 
 ## Inguinal: Na virilha, mais em homens; 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 ## Umbilical: Na cicatriz umbilical, resultante do fechamento do orifício 
umbilical, mais em mulheres obesas e crianças; 
 ## Incisional: Surgem próximos a uma cicatriz cirúrgica, decorrente a 
um defeito na cicatrização muscular; 
 ## Femural: Abaixo da virilha, mais em mulheres; 
 ## Redutível: Desaparece quando comprime – se o local da hénia ela 
reaparece quando esforço; 
 ## Irredutível: Não retorna para cavidade; 
 ## Estrangulada: Não consegue retornar para a cavidade, existe uma 
obstrução do fluxo sangüíneo e intestinal. Tem dor no local, edema do saco herniário, 
cólicas, vômitos e não eliminação de gases e fezes. Cirurgia de emergência. 
 
 11.6.2. Pré – operatórios: 
 
 Ajudar no tratamento de problemas respiratórios, para evitar 
tosse, espirros no pós – operatório. Fumantes diminuir o máximo 
possível 15 dias antes da cirurgia. 
 
 11.6.3. Pós – operatórios (Dependem do paciente e da anestesia): 
 
 Observar o funcionamento intestinal; 
 Estimular a diurese espontânea, evitando distensão vesical; 
 Deambulação 24 h depois; 
 Em hérnias inguinais, pacientes homens podem ter edema de 
escroto, elevar o escroto com toalhase aplicar compressas frias; 
 Orientar quanto ao uso de cintas e faixas; 
 Orientar para a alta, quanto ao repouso, e esforço. 
 
11.6.4. Hérnia de hiato: O esôfago penetra no abdomem através de uma 
abertura no diafragma e desemboca a sua extremidade inferior dentro da parte 
superior do estômago. 
 
11.7. Apendicite: o apendice enche – se de alimento e se esvasia, está propenso a 
ser obstruído por ser de lúmem pequeno, e então infecciona – se. Possivelmente por 
fecaloma, TU oe corpo estranho, pode ficar cheio de pús. 
 
 11.7.1. Cuidados pré - operatórios: 
 
 Infusão venosa para repor líqüidos; 
 Antibioticoterapia; 
 SNG se necessário; 
 
 11.7.2. Pós – operatórios: 
 
 Posição semi – flower; 
 Analgésicos; 
 Se tolerado pode dar dieta normal, conforme prescrito; 
 Cuidados com o curativo; 
 Cuidados com dreno se houver, em caso de peritonite; 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Orientações para alta, como os cuidados de curativo e retirada de 
pontos. 
 
11.8. Pancreatite: É uma inflamação do pâncreas, um distúrbio grave. Uma das 
teorias é de que acontece umahipersecreção no dúcto pancreático e essa secreção 
entra no dúcto biliar e se encontra com a bile, onde são ativadas, e refluem para 
dentro do dúcto pancreático, inflamando o mesmo. 
 
 
12. Cirurgias do Aparelho Respiratório: 
 
 
12.1. Amigdalectomia: Remoção das amígdaldas. 
 
Adenoidectomia: (Retirada dos adenóides). Massa de tecido no fundo 
das fossas nasais, no ponto em que essas desembocam na garganta, atua 
como barreira de germes. 
 
 12.1.1. Indicações: 
 
 Amigdalites crônicas; 
 Hipertrofia das amígdalas, prejudicando a respiração, deglutição 
e fonação. 
 
 12.1.2. Pré – operatórios: 
 
 O paciente normalmente vem e se interna no mesmo dia da 
cirurgia, ele deve vir em jejum, é uma pequena cirurgia; 
 Observar gripes ou resfriados. 
 
 12.1.3. Pós – operatórios: 
 
 Manter a cabeça lateralizada; 
 SSVV; 
 Sinais de hemorragia, um pouco é normal; 
 Evitar tossis ou falar, logo após o procedimento; 
 Higiene oral, alcalino, pH maior 7; 
 Dieta inicia – se com líquidos gelados, logo pode começar com 
semi – líquidos, evitar coisas quentes; 
 Orintar para alta, dieta, pouca fala e 5 a 8 dias repouso, sinais 
de hemorragia ou febre comunicar o médico. 
 
 
 12.2. Traqueotomia (Abertura da traquéia): 
 
 Traqueostomia: Abertura da traquéia e introdução de uma cânula para 
respiração. 
 
 12.2.1. Indicações: 
 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 OVACE, edema de glote; 
 Secreção excessiva traquiobrônquica; 
 Estados de coma em que o paciente não respira corretamente; 
 Paralizia dos músculos respiratórios. 
 
 12.2.2. Pré – operatório: 
 
 Se não for de emergência, fazer um bom preparo psicológico, 
principalmente se for definitivo sua traqueo; 
 Preparo físico, tricotomia da pele em homens; 
 
 12.2.3. Pós – operatórios: 
 
 
 Unidade preparada com O2, aspirador, cateteres de aspiração, 
frascos com água, SF, luvas e gazes; 
 Controlar SSVV; 
 Aspirar secreções, 30’ em 30’. 
 
A técnica de aspiração deve ser seguida, pois é uma técnica invasiva e 
que incomoda. 
 
12.3. Pneumonectomia (Retirada de um pulmão inteiro): 
 Lobotomia 
 
 12.3.1. Indicações: 
 
 CA pulmão; 
 Tuberculose unilateral; 
 Abcessos pulmonares múltiplos; Infecção e necrose do 
parênquima pulmonar; 
 Bronquiectasia. 
 
 12.3.2. Pré – operatórios: 
 
 Exercícios respiratórios por vários dias; 
 Orientar tosse e expectoração correta; 
 Higiene oral constante, para prevenir infecções de orofaringe e 
qualquer processo infeccioso deve ser notificado, para 
tratamento prévio; 
 Prepará – lo para exames de escarro; 
 Cuidados gerais. 
 
 12.3.3. Pós – operatórios: 
 
 Manter VA livres, aspirar se necessário; 
 DDH, depois elevar um pouco a cabeceira e mudar decúbito 
freqüênte; 
 Ambiente umidificado e aquecido; 
 SSVV; 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Estimular a tosse; para drenar secreção; 
 Deambulação precoce; 
 Orientar quanto exercícios respiratórios; 
 Hidratação; 
 Cuidados na administração de analgésicos, para não deprimir; 
 Observar cianose de extremidades; 
 Controlar diurese; 
 Prevenir complicações. 
 
12.4. Drenagem torácica (Colocação de um dreno no tórax): 
 
12.4.1. Finalidades: 
 
 Drenar secreções; 
 Favorecer a expansão do pulmão operado; 
 
 
 Restabelecer a pressão pulmonar. 
 
 12.4.2. Tipos de drenagem: 
 
 ## Por gravidade: Drenagem de líquidos ou ar gradualmente. Neste 
sistema é utilizado um frasco com duas vias. 
 
 ## Por sucção: Promove uma saída mais rápida que a drenagem por 
gravidade, podendo ser utilizada a drenagem com 2 ou 3 frascos, conectadas no 
aspirador. 
 
 12.4.3. Cuidados com a drenagem: 
 
 Trazer todo o material necessário; 
 Manter o fraco abaixo do nível do tórax do paciente; 
 Marcar o selo de água com esparadrapo; 
 Observar todas conecções; 
 Estimular tosses; 
 Evitar dobras ou compressãona borracha; 
 Anotar todas as trocas e quantidade drenada, não esquecer o 
selo de água. 
 
13. Cirurgias do aparelho genito urinário: 
 
 13.1. Nefrectomia (Retirada de um rim): 
 
 13.1.1. Indicações: 
 Anomalias congênitas; 
 Hidronefrose; Dilatação dos cálices renais pela contração dos 
ureteres; 
 TU renais; 
 Traumatismos graves; 
 Cistos renais; 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Cáculos renais. 
 
 13.1.2. Pré – operatórios: 
 
 Ingesta hídrica, para promover o aumento de secreção dos 
detritos (restos) antes da cirurgia; 
 Tricotomia; 
 Cuidados gerais. 
 
 13.1.3. Pós – operatórios 
: 
 Observar e medir rigorosamente a drenagem urinária; 
 Manter o paciente em decúbito confortável; 
 Cuidado com as pinças deixadas na incisão; 
 Estimular a tosse e a respiração; 
 Cuidados com a dieta; 
 Curativos conforme prescrição; 
 Orientações sobre a alta, o paciente não deve erguer pesos ou 
fazer exercícos violentos por 1 ano; 
 
 13.2. Prostatectomia (Retirada parcial ou total da próstata): 
 
 13.2.1. Indicações: 
 
 Hipertrofia da próstata; 
 TU de próstata. 
 
 13.2.2. Pré – operatório: 
 
 SV; 
 Controle hídrico; 
 Observar sinais de hematúria, febre e outros; 
 SSVV; 
 Orientar sobre a cirurgia e suas complicações. 
 
 13.2.3. Pós – operatórios: 
 
 SVD; 
 SSVV rigorosos; 
 Controle hídrico rigoroso; 
 Dor; 
 Manter o paciente quieto nas primeiras horas; 
 Curativo conforme prescrição; 
 Anotar presença de sangue, urina e secreções; 
 Estimular a ingestão de líqüidos; 
 Orientações sobre alta. 
 
 13.3. Postectomia (Remoção do prepúcio com finalidade de expor a glande): 
 
 13.3.1. Indicação: 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 
 Fimose. 
 
 13.3.2. Pré – operatório: 
 
 Uma pequena cirurgia, o paciente deve vir em jejum. 
 
 13.3.3. Pós – operatório: 
 
 Até voltar da anestesia o paciente fica internado, depois recebe 
alta no mesmo dia; 
 Sinais de sangramento; 
 Orientar sobre curativo. 
 
 13.4. Histerectomia: (Retirada total ou parcial do útero). 
 
 13.4.1. Indicações: 
 
 TU benígnos; 
 TU malígnos. 
 
 13.4.2. Pré – operatório: 
 
 Preparo psicológico; 
 Tricotomia. 
 
 13.4.3. Pós – operatório: 
 
 Conectar sonda VD; 
 Observar sinais de sangramento; 
 SSVV; 
 Mudanças de decúbito; 
 Dieta zero até que o intestino volte a funcionar; 
 Higiene externo e curativos no perineo; 
 Fazer exercícios vesicais, antes de tirar a sonda; 
 Enfaixamento do abdômem; 
 Deambulação precoce; 
 Orientação sobre alta 
 
 13.5. Mastectomia: (Retirada do tecido mamário). 
 
 13.5.1. Indicação: 
 
 Doenças benignas ou malignas; 
 CA de mama. 
 
 13.5.2. Pré – operatório: 
 
 Preparo psicológico; mutilação. 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Exercícios no braço do lado da cirurgia, depois da mesma 
continua; 
 Tricotomia; No local e no local de retirada para enxerto; 
 Lavegem intestinal. 
 
 13.5.3. Pós – operatório: 
 
 Observar o dreno, se localizado certo; 
 Curativo e sinais de hemorragia; 
 SSVV; 
 Manter o braço apoiado; 
 Estimular respiração profunda; 
 Colocar a paciente em posição semi – sentada logo após 
anestesia passar; 
 Orientar sobre alta; 
 
14. Cirurgias do sistema nervoso: 
 
 14.1. Exames neurológicos: É um processo que inclui inúmeros exames, 
histórico e observações destinados a avaliar um sistema complexo. 
O cérebro e a medula espinhal não podem ser examinados de forma direta, 
por isso grande parate do exame consiste em um histórico indireto, o qual investigaa 
função da parte específica do corpo que é controladaou inervada pelo sistema 
nervoso. 
 
 
Grande parte da função neurológica é avaliada durante a história e durante as 
partes iniciais do exame físico, como: padrão de fala, estado mental, marcha 
eqüilíbrio, força motora e coordenação. 
 
 14.1.1. Tomografia Computadorizada: (TC) utiliza um feixe estreito de raios 
X para escanear a cabeça em camadas, obtendo imagens transversais do cérebro, 
com densidas perceptíveis nas densidades teciduais do cérebro, córtex, estruturas 
subcorticais e ventrículos. Imagens que viram fotos. 
 Pode usar contraste para ver a região da coluna vertebral, o exame é indolor 
e não invasivo possui um grande grau de sensibilidade para detecção de lesões. 
 
 14.1.2. Tomografia com emissão de Pósitrons: (PET) é um imageamento 
nuclear, baseada em um computador, que produz imagens do funcionamento 
orgânico real. O paciente inala ou recebe EV uma substância radioativa que emite 
partículas positivamente carregadas. Através desse sistema consegue – se obter 
imagens bidimensionais em vários níveis, assim o computador mostra uma imagem 
do órgão a em funcionamento. 
 A PET possibilita a mensuração do fluxo sangüíneo, composição tecidual e 
metabolismo cerebral. O cérebro utiliza 80% da glicose que o corpo utiliza. O exame 
é útil para detectar o mau uso da glicose, o mal de Alzheimer, TU, vascularização 
em pacientes com AVE’s e diagnóstico de doença mental. O único problema é que 
essa solução radioativa utilizada dura apenas 2h, portanto acaba inviabilizando o 
exame em vários centros de saúde 
 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
14.1.3. TC com emissão de fóton único: É uma técnica de imageamento 
tridimensional, é útil na detecção da extensão e localização de áreas cerebrais com 
perfusão anormal, permitindo dessa maneira, a deteção, localização e quantificação 
do AVC, localização de focos convulsivos e avaliação no pré e pós cirúrgico 
neurológico. A gestação e a lactação são contra indicadas para o procedimento. 
 
 
 ## Cuidados de enfermagem: 
 
 Preparo do paciente para o exame, explicação sobre o exame; 
 O ensino do método de inalação da medicação e possíveis 
sensações, como tonteiras, vertigens, cefaléias; 
 Falar sobre a VEV e efeitos; 
 Realizar exercícios de relaxamento. 
 
14.1.4. Ressonância magnética: (IRM) utiliza um poderoso campo 
magnético para obter imagens, identifica anormalidades no cérebro, informações 
químicas de dentro das células, permitindo um melhor acompanhamento da resposta 
de um TU. É muito útil no diagnóstico de esclerose múltipla, não envolve radiação 
ionizante. 
 
 ## Cuidados em RM: 
 
 Retirar do paciente todos objetos metálicos; 
 Saber se o paciente tem algum objeto de metal dentro dele como: 
grampos de aneurisma, órtoses ortopédicas, marcapassos; 
 O paciente é colocado em uma plataforma e deslocado para dentro de 
um tubo, prestar atenção em sinais de claustrofobia, se necessário 
sedar; 
 Ensino das técnicas de relaxamento e dizer que ele pode conversar 
com a equipe por um microfone dentro do scanner. 
 
14.1.5. Angiografia cerebral: É um estudo radiográfico da circulação cerebral 
com um contraste injetado em uma artéria selecionada, investiga a doença vascular, 
aneurismas e mal formações ateriovenosas. 
 Ela é realizada pela inserção de um catéter na veia femural, ascendendo até 
o vaso desejado. Pode usar a carótida, braquial ou a atéria vertebral. 
 
 ## Cuidados de enfermagem: 
 
 Hidratar o paciente; 
 Antes de ir para o exame, orientar para o paciente urinar; 
 Orientar o paciente para ficar imóvel durante o exame; 
 Explicar para o paciente que ele poderá sentir calor na face durante o 
exame; 
 Tricotomia na virilha; 
 Após o exame: observar consciência; 
 Observar sinais de e sintomas de fluxo sangüíneo cerebral anormal; 
 Observar sinais de hematomas no local da punção; 
 Aplicar bolsa de gelo no local da punção; 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Monitorizar os pulsos periféricos com freqüência; 
 Observar a coloração e temperatura do membro afetado para detectar 
possível embolia. 
 
14.1.6. Angiografia por subtração digital: As imagens radiográficas da área 
são obtidas antes e depois da injeção de contraste, o computador analisa as 
diferenças entre as duas imagens e produz uma imagem estimulada dos sistemas 
arterial carotídeo e vertebral, a injeção pode ser feita em uma veia periférica. 
 
14.1.7. Mielografia: É uma radiografia do espaço subaracnóide espinhal, 
obtida através de contraste no espaço subaracnóide através de punção lombar. Ele 
delineia o espaço subaracnóide e mostra qualquer distorção da medula espinhal ou 
saco dural espinhal provocada por TU, cistos, discos vertebrais herniados ou outras 
lesões. 
 
## Cuidados de enfermagem Mielografia: 
 
 Explicar o que vai acontecer, como é o exame; 
 Orientar que a dieta antes do exame fica suspensa; 
 Administrar sedativo se prescrito; 
 Orientar sobre a punção lombar; 
 Depois: Manter o paciente deitado no leito com cabaceira elevada em 
30º a 45º; 
 Orientar sobre a ingestão de líqüidos; 
 SSVV freqüêntes; 
 Oservar sinais de cefaléia, febre, rigidez de nuca, fotofobia, 
convulsões e meningite química ou bacteriana. 
 
14.1.8. Ecoencefalografia: É o registro das ondas sonoras refletidas pelas 
estruturas do cérebro em resposta aos sinais de ultra – som, criados por um 
transdutor posicionado sobre as áreas da cabeça. Determina a posição das 
estruturas do cérebro, é um bom exame para detectar a hidrocefalia, pois pode 
achar a dilatação dos ventrículos. 
 
14.1.9. Eletroencefalografia: (EEG) representa um registro da atividade 
elétrica produzida no cérebro e é obtido através de eletrodos aplicados no couro 
cabeludo. Ele fornece a avaliação fisiológica da atividade cerebral. Diagnostica TU, 
síndromes convulsivas, coma, síndrome cerebral orgânica, abscessos cerebrais e 
morte cerebral. 
 
## Cuidados: 
 
 Orientar o paciente que vai realizar o exame para síndrome 
convulsiva, não dormir na noite anterior; 
 Não administrar sedativos ou estimulantes 24 a 48h antes; 
 Orientar sobre dieta antes do exame, nada de alimentos estimulantes; 
 Dieta não é suspensa; 
 Tranqülizar o paciente sobre o exame dizer que o procedimento é 
demorado. 
 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
14.2. Abscesso cerebral: É coleção de material infeccioso dentro do tecido 
do cérebro. Pode ocorrer por invasão direta: cirurgias e traumas, por disseminação: 
a partir de locais próximos. Para prevenir o abscesso, deve tratar imediatamente 
otite média, mastoidite, sinusite, infecções dentárias e infecções sistêmicas. 
 
## O melhor tratamento é eliminar o abscesso, com antibióticoterapia, 
incisão cirúrgica ou drenagem. 
 
14.3. Aneurisma intracraniano: É a dilatação das paredes de uma atéria 
cerebral que se desenvolve em conseqüência da fraqueza na oarede arterial. Um 
aneurisma pode ser causado por aterosclerose; defeito congênito da parede 
vascular; avanço da idade; traumatismo. 
Normalmente acontecem nas bifurcações das grandes artérias cerebrais. 
 
 ## O tratamento inclui redução de sangramento e prevenção, repouso no 
leito com sedação e tratamento cirúrgico. 
 
14.4. Hérnia de disco: O disco intervertebral é uma placa cartilaginosa que 
forma uma acolchoamento entre os corpos vertebrais. Existe um acolchoamento 
dentro do disco que é chamado de núcleo pulposo. A herniação acontece quando o 
núcleo do disco sai do seu lugar em direção ao anel fibroso ao redor do disco e 
chega comprimir as terminações nervosas, gerando muita dor. 
 
## O tratamento acontece com o uso de medicações e repouso, pode 
acontecer o tratamento cirúrgico. Exercícios de relaxamento e fisioterapia sãoindicados. 
 
14.5. Cirurgias medulares: 
 
 Discectomia: Retirada de fragmentos herniados; 
 Laminectomia: Retirada da lâmina para expor os elementos neurais 
do canal espinhal; 
 Hemilaminectomia: Parte da lâmina e do arco posterior das vértebras 
é removida; 
 
 Laminotomia: Divisão da lâmina de uma vértebra; 
 Discectomia com fusão: Um enxerto ósseo é feito para estabilizar a 
coluna vertebral; 
 Foraminotomia: Remoção do forâmen intervertebral para aumentar o 
espaço para a saída de um nervo espinhal, reduzindo a dor e a 
compressão. 
 
15. Cirurgias do sistema circulatório: 
 
 15.1. Revascularização do miocárdio: A revascularização cardíaca pode ser 
feita por métodos diferentes, a decisão médica vem através do quadro clínico e o 
acometimento cardíaco que o paciente está apresentando, ainda hoje qualquer 
decisão médica pode ser discutida entre a equipe, elegendo prós e contras, alguns 
exemplos: O método utilizando a toracotomia e em seguida a realização de “pontes”, 
onde são utilizadas normalmente a veia Safena ou Mamária, este método depende 
de uma preparação psicológica e física do paciente e de sua família, o pós-
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operatório é longo e com riscos de maiores complicações; Também pode ser 
realizada a colocação de STENT, onde por método angioplastia o mecanismo que 
lembra uma “mola” mantém abertas as paredes do vaso acometido, mantendo o 
fluxo sanguíneo; Existe ainda a forma medicamentosa, que é a menos invasiva, mas 
a falta de aderência dos pacientes ao tratamento pode ocasionar a morte. 
 
15.2. Cateterismo Cadíaco: Procedimento diagnóstico invasivo em que os 
cateteres arteriais e venosos são introduzidos em vasos sangüíneos selecionados, 
do lado direito e esquerdo do coração. Observa bloqueios e conseqüêntemente 
dimiuição de O2. 
 
**Direito: Quando utilizado contraste passa a se chamar Angiografia. Esse 
tipo de exame é realizado antes que o esquerdo acontece uma passagem de um 
catéter desde a veia femoral até o átrio direito, ventrículo direito, árteria pulmonar e 
capilares pulmonares. As pressões e saturações de oxigênio são registradas. 
 
**Esquerdo: Pode ser feito por duas técnicas: No cateterismo retrógrado, o 
médico insere o cateter dentro da artéria braquial direita ou artéria femoral e o 
avança para dentro da aorta e ventrículo esquerdo. 
Na técnica transeptal, o mádico avança o cateter a partir da veia femoral 
direita até dentro do átrio direito, em seguida é introduzida uma agulha para 
puncionar o septo que separa os átrios, a agulha é retirada e o catete segue até o 
ventrículo esquerdo. 
Esse exame é realizado para avaliar a permebilidade das artérias coronárias 
e a função do ventrículo esquerdo, e as vávulas mitral e aótica. 
Complicações como: arritimias, IM, perfuração do coração ou de grandes 
vasos e embolia. 
 
## Cuidados de enfermagem: 
 
 Instruir sobre o jejum de 8 a 12 horas antes; 
 Falar sobre a duração do procedimento 2h ni mínimo; 
 Ir um acompanhante para voltar para casa; 
 Tranqüilizar o paciente; 
 Orientar sobre possíveis sensações de peso no peito durante o 
exame; 
 Encorajar o paciente a dizer seus medos e ansiedades; 
 No pós: Observar o local da inserção do cateter, procurar 
hemorragias, hematomas, aferir pulsos periféricos; 
 Observar o membro afetado, sinais de dormência, formigamento; 
 Instruir o paciente a dizer se sentir dor torácica e sangramento; 
 Ingesta hídrica; 
 Garantir segurança ao paciente quando se levantar a primeira vez. 
 
15.3. Eletrocardiograma: É um traçado elétrico da atividade do coração, que 
se altera nas doenças cardíacas, e é útil para detectar certos tipos de doença, como 
a trombose coronária, IAM. 
 
15.4. Ecocardiograma: Utiliza o ultra-som para gerar imagens, para avaliar a 
função cardíaca, especificamente a função ventricular. Ele pode ser empregado para 
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auxiliar no diagnóstico de IM, o exame pode observar a anatomia cardíaca, fluxo 
sanguíneo e movimentação das estruturas cardíacas. 
 
16. Cirurgias do sistema vascular periférico: 
 
 16.1.1. Úlcera de perna: Úlcera de perna é uma escavação da superfície 
cutânea que ocorre quando o tecido necrótico inflamado se desprende. Cerca de 
75% das úlceras de perna resultam da insuficiência venosa crônica. 
 
 16.1.2. Úlceras venosas: A insuficiência venosa crônica caracteriza – se por 
dor descrita como dolorimento ou peso. O pé e o tornoselo podem estar 
edemaciados. As úlcerações são em geral grandes, superficiais e altamente 
exsudativas. 
 
 ** Achados: A história do paciente de doenças pré - existentes é importante, 
alguns exames são feitos para melhor diagnóstico como: ultra – som, arterigrafia e 
venografia. Importante sempre examinar os pulsos dos membros inferiores. 
 
 ** Tratamento: Todas as úlceras apresentam um potencial para se tornarem 
infectadas. 
 ## Terapia farmacológica: Usa – se antibiótico se a úlcera estiver 
contaminada, o antibiótico será escolhido baseado na cultura de bactérias feita. A 
medicação é feita por via oral. 
 
 ## Debridamento: A ferida é mantida limpa, sem drenagem e tecido 
necrótico. O debridamento consiste na retirada do tecido inviável das lesões. 
Remover o tecido morto é importante, principalmente nos casos de infecção. 
 
 ## Terapia tópica: Vários agentes tópicos são usados e saponácios 
também, é utilizado em conjunto com outras terapias. Esse tratamento não deve 
destruir o tecido em desenvolvimento, aterapia nutricional deve ser adequada. 
 
 ## Curativo da lesão: Usa pomadas que auxiliem na reconstrução do 
tecido epitelial e de granulação. Se for uma lesão contaminada não usar curativos 
hidrocolóides, pois promovem um ambiente anaeróbico e pode aumentar a 
incidência de infecção. 
 
 ** Cuidados de enfermagem: 
 
 Ajudar na restaura da ferida; 
 
 Realizar curativos conforme prescrição; 
 Realizar exercícios no leito ou fora dele; 
 Dieta balanceada. 
 
16.2. Gangrena: É uma degenereção por necrose da extremidade de um 
membro. Uma parte do corpo morre, ocorre geralmente por problemas de circulação, 
e pode resultar de um coágulo de sangue na veia que abastece tal parte. Pode 
também ocorrerpor um estreitamento progressivo dos vasos sngüíneos que mantêm 
essa parte viva. Esse tipo de gangrena não é raro nos idosos, geralmente ataca o 
dedo do pé, que fica escuro e enrrugado. 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 
16.3. Embolia: Coágulo de sangue ou outra partícula carregada ao longo da 
corrente sangüínea, que pode alojar – se em um vaso sangüíneo e obstruí – lo. O 
coágulo pode ser dispersado com algum tratamento urgente e são receitados 
remédios anticoagulantes para evitar ouras embolias, também pode ser causada por 
bolhas de ar que pode bloquear um vaso grande, pode ocorrer por uma partícula de 
gordura procedente de alguma fratura. 
 
 16.3.1. Sintomas: 
 
 Elevação da temperatura; 
 Taquicardia; 
 
 16.3.2. Embolia gasosa dos mergulhadores: Acontece quando os 
mergulhadores sobem até a superfície muito rápido, a pressão reduz muito rápido e 
os gases saem do sangue causando dores nos membros e no abdomem. O 
tratamento consiste na recompressão numa câmara especial. 
 
 16.4. Trombose venose profunda (TVP): Acontece uma obstrução nas veias 
profundas, causando edema e dor. 
 
 16.4.1. Achados: Pacientes com história de veias varicosas, 
hipercoagulação, doença neoplásica, doença cardiovascular ou cirurgia recente. 
Pessoas obesas, idodos e as mulheres que recebem contraceptivos orais também 
estão em risco. 
 
 16.4.2. Prevenção: Aplicação de meias eláticas, e no pós operatório 
aplicação de heperina. 
 
 16.4.3. Tratamento: 
 
Administração de anticoagulantes como heparina; 
 Tratamento cirúrgico. Introduz um filtro na veia cava e esse filtro 
aprisionará grandes êmbolos, evitando a embolia pulmonar. 
 
 16.4.4. Cuidados de enfermagem: 
 
 Inclui a monitorização do paciente; 
 Avaliação da dor; 
 Ensinar usar a meia compressiva; 
 Encorajar exercícios; 
 Observar sinais de sangramento. 
 
 16.5. Arteriosclerose: É uma doença degenerativa das artérias, 
caracterizada pelo espessamento das paredes, por acúmulo de material depositado, 
principalmente placas de ateroma (colesterol) e calcificação. Esse endurecimento 
das coronárias causa angina, enquanto nas pernas causa dor na panturrillha. 
Fumantes e pessoas com dieta errada são maior alvo. 
 
 16.5.1. Tratamento: 
 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Parar de fumar; 
 Reduzir o colesterol; 
 Balencear a dieta; 
 Aumentar a ingestão de alho, cebola e óleo de peixe, pois são 
bons para diminuir as taxas do gordura no sangue. 
 Remédios; 
 Exercícios físicos. 
 
16.6. Lupus eritematoso: Acontece uma produção exagerada de auto – 
anticorpos, que é gerido por alguma combinação de fatores genéticos, hormonais e 
ambientais (luz solar, queimaduras térmicas). 
 
 16.6.1. Manifestações: 
 
 ## Musculoesqueléticas: Artralgias, artrite, edema articular, 
sensibilidade, dor matutina. 
 
 ## Cutâneas: Manchas avermelhadas e úlceras na pele, que 
podem descamar e também pode ser o percusor para o acometimento sistêmico. 
 
 ## Cardiopulmonares: A pericardite é a manifestação mais 
freqüênte, pode ser assintomática e é acompanhada por derrame pleural. 
 
 ## Vasculares e linfáticas: Inflamação das arteríolas, lesões 
papulares, eritematosas e podem progredir para necrose. 
 
 ## Renais: Afeta os gromérulos renais. 
 
 ## Neurológicas: Doença neurológica, depressão e psicose. 
 
17. Cirurgias e cuidados de enfermagem em ortopedia: 
 
 As cirurgias ortopédicas visam corrigir problemas do sistema músculo – 
esquelético, (ossos, músculos e articulações), como fraturas, deformidades 
articulares, anomalias congênitas e outros. 
 
 17.1.1. Cuidados pré – operatórios gerais em ortopedia: 
 
 Apoio psicológico, pois os pacientes apresentam medo de ficar com 
deformidades e dor, falar sobre o pós – operatório que provavelmente 
vai ser longo; 
 Cuidados físicos; 
 Preparo da pele, tricotomia; 
 Lavagem intestinal, nem sempre necessária, depende do local da 
cirurgia; 
 
 Nutrição e hidratação adequada para um melhor pós – operatório. 
 
17.1.2. Cuidados de enfermagem no pós – operatório: 
 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Manter o alinhamento correto do corpo do paciente, o leito deve ser 
firme, se necessário colocar prancha rígida; 
 Elevar a extremidade operada para evitar e reduzir edema e melhorar a 
circulação. Usar aparelhos se for o caso; 
 Avaliar a dor, local, caracterização, quando aparece. Pode estar 
acontecendo por posição incorreta, pressão no local, cansaço e até 
pelo aparelho gessado; 
 Ajudar na movimentação, deve ser com cuidado; 
 Pode ser prescrito aplicação de calor, para estimular a circulação e 
relaxar; 
 Observar a extremidade operada, procurar sinais de circulação, 
edemas, pulsação, temperatura e formigamento; 
 SSVV; 
 Auxiliar na higiene corporal; 
 Mudança de decúbito freqüente; 
 Estimular partes não afetadas; 
 Cuidados com alimentação; 
 Observar e controlar as eliminações intestinais e urinárias; 
 Cuidados com o gesso, tração e aparelhos ortopédicos. 
 
 17.1.3. Complicações: 
 
 Dor; 
 Complicações respiratórias e circulatórias; 
 Atrofia muscular e articular; 
 Deformidades; 
 Escaras de decúbito; 
 Infecções; 
 Embolia. 
 
17.2. Gesso: 
 
 17.2.1. Indicação: 
 
 Imobilização de parte do corpo; 
 Manter os ossos alinhados no caso de fraturas e cirurgias; 
 Aplicar uma compressão uniforme sobre tecidos moles e corrigir 
defeitos. 
 
## Antes de aplicar o gesso, coloca – se um algodão ortopédico para proteger 
proeminências ósseas. 
 
 17.2.2. Cuidados: 
 
 Observar o tipo de aparelho; 
 Manter o membro elevado; 
 Evitar pressão sobre o gesso, pois o gesso demora em média 48 horas 
para secar; 
 
 Auxiliar na higiene; 
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 Manter o corpo em posição anatômica; 
 Observar edema, cianose, formigamento, dor e palidez; 
 Em caso de cirurgia, verificar sinais de hemorragia; 
 Verificar os movimento dos dedos em gesso nos MMII e MMSS; 
 Observar o cheiro se muito fétidos pode ser infecção; 
 Orientar o pacientes a não umedecer o gesso. 
 
 17.2.3. Cuidados após a retirada do gesso: 
 
 Limpar a pele com água e sabão; 
 Aplicar talco ou lubrificar a pele com lanolina; 
 Orientar o paciente a não coçar a pele, pois está muito sensível; 
 Falar para o paciente que a dor e a rigidez é normal e que irá 
gradualmente voltar ao normal; 
 Orientar sobre exercícios gradativos. 
 
 17.2.4. Complicações: 
 
 Circulatórias pela imobilidade; 
 Edema; 
 Escoriações formadas pelo gesso ou escaras; 
 Deformidades articulares; 
 Atrofia muscular; 
 Complicações respiratórias; 
 Escaras de decúbito. 
 
17.3. Tração: (Força aplicada em direções opostas). 
 
 17.3.1. Indicação: 
 
 Recuperar o comprimento e alinhamento de um osso; 
 Imobilizar fraturas; 
 Diminuir a contração muscular e aliviar a dor. 
 
 17.3.2. Tipos de tração: 
 
 Transcutânea: Utiliza faixas adesivas diretamente na pele, o peso não 
pode passar de 4,5 k. 
 
 Tansesquelética: A fixação é feita através de fios metálicos, pinos, 
introduzidos no osso. 
 
## A tração pode ser contínua ou intermitente, a segunda fica alguns minutos 
por dia. 
 
17.3.3. Cuidados: 
 
 Manter o membro em posição anatômica; 
 Verificar os pesos, cabos e roldanas em posição correta; 
 Observar curativos, são trocados diariamente; 
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 Observar a pele, procurar escoriações; 
 
 Cuidar e orientar visitantes para não mexer na tração; 
 Manter pesos livres, nunca apoiados; 
 Orientar o paciente quanto a movimentação; 
 Auxiliar na higiene; 
 Mudança de decúbito; 
 Nunca mover os pesos sem ordem médica. 
 
17.3.4. Complicações: 
 
 Tromboflebite; Coágulos em uma veia com inflamação. 
 Complicações respiratórias; 
 Escaras de decúbito; 
 Escoriação na pele; 
 Infecção no local de inserção dos pinos ou fios na tração; 
 Deformidades. 
 
18. Cirurgias de olhos e ouvidos: 
 
 18.1. Enucleação: (Extração total do globo ocular). 
 ## Evisceração: (Extração do globo ocular). 
 
 18.1.1. Indicações: 
 
 Traumatismos oculares com destruição do órgão; 
 TU malignos. 
 
 18.1.2. Cuidados pré – operatórios: 
 
 Preparo psicológico; 
 Ajudar o paciente a se adaptar – se no ambiente hospitalar; 
 Administrar medicações prescritas; 
 Enema, para evitar força na evacuação; 
 Cortar os cílios se prescrito, ou fazer no C.C. com o paciente 
anestesiado; 
 Observar sinais de infecção, alergias ou qualquer transtorno que 
cause tosse ou espirros, tratar para prever hemorragias. 
 
 18.1.3. Cuidados pós – operatórios: 
 
 Manter a cabeça do paciente imobilizada; 
 Orientar o paciente quanto às localizações das coisas do quarto 
como, campainha, banheiro etc...; 
 Elevar grades da cama; 
 Auxiliar com a alimentação; 
 Auxiliar na deambulação, 1 ou 2 dias no PO; 
 Estimular o auto cuidado; 
 Manter o curativo por 5 dias, observar sinais de hemorragias e 
infecção; 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck Orientar ao paciente a não realizar movimentos bruscos com a 
cabeça; 
 Ajudar o paciente a se adaptar a prótese, se for o caso. 
 
 
18.1.4. Complicações: 
 
 Hemorragia; 
 Infecção; 
 Deiscência da sutura. 
 
 18.2. Catarata: (Acontece uma opacidade da lente do cristalino, podendo ser 
congênita ou adquirida. Há queixas de visão turva, enevoada, distorcida, perda 
progressiva da visão e que a pupila torna se acinzentada e mais tarde branco 
leitosa). 
 
 18.2.1. Tratamento: 
 
 Cirúrgico, retirada do cristalino. 
 
 18.2.2. Cuidados pré – operatórios: 
 
 Psicológico; 
 Lavagem intestinal; 
 Prender os cabelos; 
 Tricotomia na face nos homens e cortar os cílios; 
 Lavar os olhos com SF ou água boricada; 
 Aplicação de colírios específicos, se prescritos; 
 Proteção do olho com tampão estéril umedecido com SF; 
 Orientar para que o paciente não aperte os olhos após a cirurgia. 
 
 18.2.3. Cuidados pós – operatórios: 
 
 DDH, colocar um travesseiro baixo e firme sob a cabeça, elevar 
um pouco a cabeceira; 
 O tampão é trocado pelo médico; 
 Dieta liquida e depois leve; 
 Prevenir vômitos e espirros; 
 Elevar as grades; 
 Se dor intensa avisar ao médico; 
 Sempre acalmar o paciente evitando que ele deite do lado 
operado; 
 Após 24h por prescrição pode ocorrer a deambulação com 
cuidado sem movimentos bruscos; 
 Só ocorre a alta quando o paciente se habitua a luz do dia, 
orientar para que ele aplique a medicação e use vendas para 
dormir; 
 Orientar sobre o uso de óculos e para não sair sozinho até total 
habilitação. 
 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 18.2.4. Complicações: 
 
 Hemorragias; 
 Deiscência de sutura. 
 
 18.3. Mastoidectomia: (Retirada do processo mastóide). 
 
 18.3.1. Indicação: Mastoidite crônica recorrente, infecção do mastóide 
resultante de uma otite média, existindo risco de perda de audição. Miringotomia: 
Paracentese da membrana do tímpano. 
 
 18.3.2. Cuidados pré – operatórios: 
 
 Limpeza da região pós – auricular; 
 Prender os cabelos; 
 Cuidados gerais. 
 
 18.3.3. Cuidados pós – operatórios: 
 
 Manter o paciente calmo, se necessário sedar; 
 Observar curativo, observar dreno; 
 Dieta líquida, até RA; 
 Observar sinais de paralisia facial, comunicar o médico; 
 Evitar tossir, espirrar. 
 
18.3.4. Complicações: 
 
 Paralisia facial e complicações gerais. 
 
 18.4. Timpanoplastia: (Reconstituição da membrana do tímpano). 
 
 18.4.1. Finalidade: 
 
 Fechar a cavidade do ouvido médio com enxerto; 
 Melhorar a audição. 
 
18.4.2. Indicação: 
 
 Perfuração do tímpano. 
 
 18.4.3. Cuidados pré – operatórios: 
 
 Idem aos da mastoidectomia; 
 Medidas conforme prescrição. 
 
 18.4.4. Cuidados pós – operatórios: 
 
 Manter o paciente deitado com o ouvido para cima, evitando 
mover a cabeça; 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 Observar curativo, geralmente com secreção sanguinolenta, 
só troca o curativo após 6 dias; 
 Auxiliar o paciente, pois vertigens são comuns; 
 Não molhar o curativo, evitar assoar o nariz ou espirrar com a 
boca fechada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
19. Bibliografia: 
 
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*CALIL, A. M. PARANHOS. W. Y. O Enfermeiro de as Situações de Emergência. 
Editora Atheneu. São Paulo, 2007. 
 
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Porto Alegre, 2001. 
 
*GUIMARÃES, D. T. Dicionário de Termos Médicos e de Enfermagem. Editora 
Rideel. São Paulo, 2002. 
 
*MOZACHI, N. O Hospital: Manual do ambiente hospitalar. 6a Ed. Editora Manual 
Real. Curitiba, 2006. 
 
*SMELTEZ, S. C.; BARE, B. G. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgico. 9ª ed. 
Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2006. 
 
*TRIVELATO, G. Guia Prático de Primeiros Socorros: O que fazer em casos de 
Emergência. Editora Casa Publicadora Brasileira. São Paulo, 2001. 
 
PERIÓDICOS: 
*MOÇO, A. Por dentro das Artérias. Revista Saúde é Vital. Número 283. Página 42. 
Editora: Abril. São Paulo, Março/ 2007. 
 
*MOÇO, A.; OLIVEIRA, F.; PEREIRA, R. C. RIBEIRO, S.; CAVALHEIRO, T. 23 Boas 
Novas sobre: medicina, nutrição, fitoterapia, fitness e muito mais para você viver 
melhor. Revista Saúde é Vital. Número 278. Página 32. Editora: Abril. São Paulo 
Out/ 2006. 
 
*OLIVEIRA, F. Uma controvérsia no fundo do Coração. Revista Saúde é Vital. 
Número 284. Página 58. Editora: Abril. São Paulo, Abril/ 2007. 
 
 
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Elaborado por: Enfermeira Rachel A. O. C. Renck 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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