FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO III

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação e Humanidades 
Faculdade de Educação / Coordenação das Licenciaturas – EAD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caro(a) estudante de nosso curso de Fundamentos da Educação III, nos encontramos 
novamente num momento de avaliação. Esta deve ser compreendida como um momento de 
reflexão e construção do conhecimento. 
Caro(a) estudante de nosso curso de Fundamentos da Educação III, nos encontramos 
novamente num momento de avaliação. Esta deve ser compreendida como um momento de 
reflexão e construção do conhecimento. 
Para as questões que demandam uma resposta discursiva, observe as seguintes 
orientações: 1) Digite o seu texto utilizando fonte Times New Roman tamanho 12, espaço 
simples ou número 1; 2) ao responder as questões, procure sempre redigi-las a partir de sua 
própria reflexão sobre os temas propostos. Não serão aceitas respostas que contenham apenas 
cópias integrais de trechos dos módulos da disciplina, de livros, da internet ou de qualquer 
outra fonte. As citações devem ser colocadas entre aspas e com referências; 3) coloque um 
título em seu texto e desenvolva-o de modo dissertativo/argumentativo, procurando seguir o 
formato de um texto acadêmico com início, desenvolvimento e conclusão. Defina um tema 
central a partir do qual desenvolverá a sua argumentação; 4) o número de linhas especificado na 
formulação da questão é o número de linhas especificado para que você desenvolva a sua 
resposta. 
Esperamos que as questões apresentadas possam ser úteis para a construção de saberes a 
respeito de temas importantes para a educação. Boa avaliação. 
 
 
 
Quadro avaliativo das questões dissertativas (atentar para o fato de que a primeira 
questão vale 4 pontos e, neste caso, o quadro abaixo será adaptado a esta nota): 
Avaliação Presencial (APX1) 
 
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO III 
Coordenador: Prof. William Soares dos Santos 
CURSO: 
lPOLO: 
ALUNO: 
MATRÍCULA: 
111 
DATA:30/9/ 2021 
Língua Portuguesa e Literatura Brasileira 
 Paracambi 
 Maria Alíniza da Silva 
 19113120324 
Entre 0,0 e 1,4: Texto insuficiente, apresentando muitos problemas tanto no plano estrutural 
quanto na articulação de ideias. 
Entre 1,5 e 1,9: Texto regular, apresentando alguma dificuldade no 
desenvolvimento estrutural e/ou no plano das ideias. 
Entre 2,0 e 2,4: Texto suficiente, apresentando satisfatório desenvolvimento 
estrutural e de ideias. 
Entre 2,5 e 3,0: Texto entre bom e excelente com clara articulação textual e de ideias, 
apresentando exemplos que correlacionam teoria e prática docente de modo 
adequado e apontando encaminhamentos. 
 
1ª Atividade (4,0) (máximo de 20 linhas) 
Em nossa segunda aula foi pedido que você lesse o livro Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire. 
Em um trecho do livro o autor diz “A pedagogia do oprimido, como pedagogia humanista e 
libertadora, terá dois momentos distintos. O primeiro, em que os oprimidos vão desvelando o 
mundo da opressão e vão comprometendo-se na práxis, com a transformação; o segundo, em 
que, transformada a realidade opressora, esta pedagogia deixa de ser do oprimido e passa a ser a 
pedagogia dos homens em processo de permanente libertação.” (1970:23). Com base em sua 
leitura do livro, explique o que é a “pedagogia do oprimido” e em qual perspectiva de educação 
esta concepção está ancorada teoricamente. 
 
Resposta: 
Educação uma utopia para os mais pobres e oprimidos 
 
 Primeiramente, a Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire enfatiza a relação dualista opressor e 
oprimido, reflexo de uma sociedade burguesa, estruturalizada pelos mais ricos em que o patriarcado a 
todo momento cria mecanismos que impossibilitam a educação como forma de libertação do povo. 
Inúmeros projetos em pauta para privatização das universidades públicas, professores sem 
recolhecimento, fadados a uma educação que diante dos fatos tornar-se uma utopia para os pobres, 
negros e oprimidos, tirando-os o direito a uma educação libertadora. 
 Cabe ressaltar que, a mesma elite que grita via manchetes sobre igualdade conforme parágrafos 
em nossa Constituição Federal é a mesma que privatiza uma educação que não é libertadora, que reflete 
ideários de uma concepção opressora, trazendo alienação e estagnação social para as classes 
desfavorecidas. Portanto, a perspectiva e concepção da Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire tem 
como objetivo a libertação de toda farsa instalada pela elite, para que todos tenham acesso a uma 
educação que possa ser libertadora, planejada e que todos tenham direito a fala. De modo que, haja a 
superação aos desafios sociais, que homens e mulheres, negros e brancos, tenham igualdade e sejam 
respeitados independente da sua classe social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2ª Atividade (3,0) (máximo de 10 linhas) 
 
A fotografia abaixo é retirada da página 45 do livro O Berço da desigualdade, que traz 
texto de Cristovam Buarque e fotografias de Sebastião Salgado. A imagem retratada é a de uma 
sala de aula no interior do Brasil em um local não especificado. Há poucas crianças na sala, a 
menina que se encontra à frente, está atenta a algo que pode ser o quadro ou a professora. Não 
obstante à sua postura digna e de compromisso com o que está realizando, a sua pobreza é 
patente pelo fato de ela não ter nada que cubra os seus pés e por utilizar uma sacola plástica 
em lugar de uma mochila para guardar o seu material escolar. 
 
 
 
Questão: Em nossa quinta aula foi pedido que você fizesse uma pesquisa a respeito do livro O 
berço da desigualdade. Do que trata esse livro? Que saberes históricos ele traz e como esses 
saberes podem nos ajudar em nosso trabalho pedagógico cotidiano? 
 
Resposta: O berço da desigualdade retrata as filas dos bancos, no nascer da criança da periferia 
que luta pelo direito de ir e vir da escola, enquanto o sistema assassina os negros por questões raciais e 
sociais, alegando “bala perdida”, “local e hora errada”, na refeição do pobre que no abrir da geladeira 
só tem uma garrafa de água. No sistema de sáude público, onde crianças e adultos morrem por falta de 
estrutura, nas lacunas sociais que ataca o outro pela barriga, desde o berço, impossibilitando que as 
crianças pobres consigam ter a mesmas chances de desenvolvimento psíquico e escolar que os filhos 
da elite. 
Logo, a educação é, e sempre será a única esperança para o pobre alcançar uma cultura 
democrática, uma política humanitária com condições sociais para todos, rompendo com os círculos da 
desigualdade por meio da socialização, criando mecanismos igualitários para todos, a fim de eliminar a 
desigualdade e garantir uma educação de qualidade a todos, do berço ao primeiro emprego. Portanto, 
como educadores precisamos ajudar nossas crianças a terem as mesmas condições de aprendizagens que 
os filhos da elite com uso de mecanismos e recursos didáticos e de uso digital, mesmo que seja só via 
sala de aula já que não é acessível a todos. 
 
 
 
 
 
 
3ª Atividade (3,0) (máximo de 10 linhas) 
 
Em nossa quarta aula abordamos o tema das ações afirmativas na educação. Vimos que os 
mecanismos de “discriminação positiva” e de “política compensatória” podem ser amplos e 
complexos. Particularmente em relação àquelas ações que envolvam políticas que permitam as 
pessoas entrarem e permanecerem em instituições de ensino como escolas e universidades. 
Disserte sobre qual a importância de políticas compensatórias em um país de histórico como o 
Brasil. 
Na foto acima, que eternizou um dos momentos mais importantes pela luta dos direitos civis nos 
Estados Unidos, a estudante negra Ruby Bridges, de seis anos, é acompanhada à escola por três 
policiais à escola primária William Frantz em New Orleans, estado da Louisiana. 
 
Foto consultada em 22/02/2018 em: http://www.dailymail.co.uk/news/article-2413509/Civil- 
rights-icon-Ruby-Bridges-thanks-US-Marshal-protected-attend-white-school-1960.htmlResposta: As políticas compensatórias são extremamente importantes pois tentam deter 
a pobreza, produzem perspectivas de melhorias e igualdade social para população, ampliam as 
estratégias de mecanismos para a transformação das classes oprimidas, reconhecimento do 
sujeito, enquanto seus direitos e protagonismo. Maior garantia para efetividade de programas 
sociais para recolocação de homens e mulheres ao mercado de trabalho, oportunidades para 
todos, liberdade social às pessoas em situação de exclusão social. Dignidade, autonomia, 
através da funcionalidade de escolas e universidades para todos, sistema participativo, garantia 
dos direitos e qualidade de vida. Logo, são políticas criadas para o bem-estar geral da 
população, destinada principalmente aos menos favorecidos, visando a eliminação da podreza 
e criando condições igualitárias para todos, principalmente no âmbito escolar.
http://www.dailymail.co.uk/news/article-2413509/Civil-
Referência bibliográfica: 
 
 
FREIRE, P. (1998). Pedagogia do Oprimido. 25 ª ed. (1ª edición: 1970). Rio de Janeiro: Paz e Terra. 
 
SALGADO, Sebastião; BUARQUE, Cristovam; O berço da desigualdade. 2.ed.Brasília:Grupo 
Santillana,2006.