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1 Priscila Hipólito | T 16 Cirurgia | Teórica | Aula A OMS dede 2002 – 2004 vem se preocupando em assegurar a saúde e tecnologia de forma igualitária em todo o mundo. A OMS pensando no projeto de tecnologia segura criou grupos que a cada 2 anos propõe novas mudanças e a cada ano ela tenta implementar as mudanças a fim de melhorar a saúde a nível mundial. Por exemplo, antigamente, via-se nos hospitais maior nível de mortalidade por intervenções cirúrgicas por conta do ambiente no qual era feito o procedimento, e assim a OMS instituiu a lavagem obrigatória das mãos antes do procedimento cirúrgico. Apesar de todo conhecimento atualmente, não são todos os países que possuem, por isso as informações devem ser divulgadas de forma simples para que a maior parte dos países possam ter acesso. Levando a universalização da saúde no centro cirúrgico em conta, procedimentos simples, como a lavagem das mãos, e procedimentos complexos como melhores equipamentos que garantissem a segurança do paciente, foram incorporados à estrutura cirúrgica hospitalar. Com isso, é possível diminuir o número de óbitos. As mudanças devem ser simples, aplicáveis e mensuradas. O checklist cirúrgico envolve desde antes o paciente entrar na sala de cirurgia pelo cirurgião, pelo anestesista e no pós operatório. As falta de revisão seja antes da cirurgia, durante ou depois pode acabar custando a vida do paciente. 234 Milhões de cirurgias/ ano em todo o mundo 63 milhões de pessoas sofrem traumas anualmente Até 25% dos pacientes dos paciente cirúrgicos sofrem complicações pós operatórias Desde infecção no sítio cirúrgico até decorrente de prejuízos em cirurgias que poderiam ser estáveis e evitáveis. Metade dos prejuízos decorrentes de cirurgias são evitáveis Protocolos de cirurgia segura eram aplicados de modo inconsistente no passado Medidas de segurança dependiam de cada equipe(experiência individual) Falhas de segurança: trocas de plantão, excesso de pacientes, jornadas prolongadas, transferência do paciente para outros setores etc. Tais momentos acaba deixando fragilidade no processo Fornece evidências e orientações a respeito dos componentes essenciais da assistência cirúrgica segura, que compõem a LISTA DE VERIFICAÇÃO (CHECKLIST) Traz a importância de aplicarmos cada passo a passo cirúrgico corretamente. LISTA DE VERIFICAÇÃO: Ferramenta prática que pode ser usada em qualquer hospital do mundo. Assegurar que as etapas pré, trans (durante a cirurgia) e pós-operatórias sejam cumpridas Antes da cirurgia, os profissionais se certificarão se o local, procedimento e o paciente estão corretos e se todos os equipamentos necessários funcionam adequadamente. Cirurgia Segura Índice: 1. Introdução 2. Epidemiologia – Estatísticas OMS 3. Bases históricas 4. Manual para cirurgia segura da OMS 2009 5. Check -List Introdução Epidemiologia – estatísticas OMS Bases históricas Manual para cirurgia segura da OMS 2009 2 Priscila Hipólito | T 16 Cirurgia | Teórica | Aula Pode ocorrer de começar o procedimento e faltar algum material para que ele seja realizado corretamente. Relato do professor: ele é endoscopista e muitos profissionais na sua área ignoram o risco anestésico, com isso o paciente tendo uma hipovolemia relativa ele pode ter uma intercorrência durante o ato anestésico. Para que não haja nenhuma intercorrência os médicos devem se certificar que têm em sala todos os materiais necessários para reverter um quadro potencialmente perigoso causado pela anestesia. ANTES DE BUSCAR O PACIENTE CIRÚRGICO: 1. Centro cirúrgico (CC) liga para a unidade em que o paciente se encontra 2. Checagem da identificação do paciente, de sua pulseira, de seu prontuário e de seus exames pré- operatórios 3. Checagem de TCLE (cirurgia e anestesia), de Avaliação pré-anestésica e demarcação de LATERALIDADE Para que não ocorram erros de lateralidade de ocorrer a cirurgia em um órgão potencialmente sadio. 4. Preenchimento de ficha de movimentação 5. Solicitação de transporte do paciente NA CHEGADA DO PACIENTE AO CENTRO CIRÚRGICO 1. Equipe de Enfermagem se identifica para o paciente e checa sua pulseira de identificação contendo nome completo e data de nascimento junto ao prontuário 2. Checagem a demarcação de LATERALIDADE e faz a monitorização do paciente A lista de verificação da cirurgia segura está na última página do resumo SIGN IN Antes da indução anestésica O cirurgião e anestesista tem que se apresentar, ele não pode ser diferente daquele que foi proposto ao paciente O anestesista tem que bolar a estratégia de ventilação a partir da via aérea do paciente, por isso a sua importância A garantia do acesso venoso do paciente é muito importante pois é através desse que muitas vezes é feita a anestesia durante a cirurgia. Anticoagulantes e metforminas devem ser analisados nos medicamentos a serem suspensos SIGN OUT Antes do paciente sair da sala de cirurgia Check-List 3 Priscila Hipólito | T 16 Cirurgia | Teórica | Aula REVENÇÃO DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) E EMBOLIA PULMONAR (EP) EP e TVP são responsáveis por 5 a 10% de todas as mortes hospitalares nos EUA. Por isso a importância de se fazer a profilaxia Heparina, heparina de baixo peso molecular, heparina não fracionada EP: taxa de mortalidade de 30% quando não diagnosticada e tratada de modo adequado EP: mortalidade de 8% se tratada corretamente Avaliação dos fatores de risco individuais de TEV: De acordo com a pontuação final vemos se o risco de TEV do paciente é baixo, moderado ou alto. Medidas não farmacológicas: deambulação precoce, meias elásticas, compressão pneumática intermitente (CPI – aparelhos que fazem a compressão dos membros inferiores), exercícios ativos/passivos no leito (fisio) diminui a possibilidade de tromboembolismo venoso. Fatores de risco de tromboembolia venosa: Categoria Fatores Fatores gerais Idade avançada Hospitalização ou enfermagem domiciliar (com ou sem operação) Cuidados venosos de longa permanência Doença neurológica (plegia e paresia) Cardiomiopatia, infarto do miocárdio ou insuficiência cardíaca secundária a doença valvar Trauma pulmonar agudo (síndrome da angústia respiratória do adulto e pneumonia) Doença pulmonar obstrutiva crônica Veias varicosas Trombofilias hereditária Deficiência de proteína C e S Deficiência de antitrombina III Disfibrinogenemia Mutação do fator V de Leiden Mutação do gene da protrombina Hiper-homocisteinemia Anticorpo anticardiolipina Hemoglobinemia paroxística noturna Trombofilias adquirida Malignidade Doença intestinal inflamatória Trombocitopenia induzida por heparina Trauma Operação grande Gravidez/Pós-parto Síndrome nefrótica Síndrome de behçet Lúpus eritematoso sistêmico História de tromboembolia venosa 4 Priscila Hipólito | T 16 Cirurgia | Teórica | Aula PREVENÇÃO DE HIPOGLICEMIA E CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS EM PACIENTES DIABÉTICOS Diabetes Mellitus (DM): Alteração no metabolismo de carboidratos → hiperglicemia e morbimortalidade perioperatória DM descompensado → ↑infecções, ↓Cicatrização, ↑ Internamento, ↑Custos Hiperglicemia vs. Hipoglicemia Não pode ser indicada uma cirurgia para um paciente descompensado Avaliação pré operatória: níveis de HbA1c→ forte valor preditivo para complicações decorrentes do DM. Se o valor tiver elevado deveremos, antes, equilibrar o paciente. METAS: Redução do tempo de jejum DM1: insulina em jejum → evitar cetoacidose DM2: evitar estado hiperosmolar hiperglicêmico (natural do pós operatório) PLANEJAMENTO CIRÚRGICO EM PACIENTES DIABÉTCOS: ↓Tempo de jejum HGT entre 108 e 180mg/dl Manter a rotina do paciente (alimentação equilibrada) Cirurgia no 1° horário PLANEJAMENTO CIRÚRGICO EM PACIENTES DIABÉTCOS: ↓Tempo de jejum HGT entre 108 e 180mg/dl Manter a rotina do paciente Cirurgia no 1° horário HGT: na admissão do CC, antes da indução anestésica e cada hora durante o procedimento (para saber se há necessidade de administração de insulina ou glicose) Metformina e GLP(Glucagon Like Peptide)previnem níveis altos de glicose: não precisam ser suspensos Suspender Metformina no dia da cirurgia em portadores de disfunção renal (pode causar alcalose metabólica na indução anestésica); reiniciar após 24-48h. Sulfaniluréias induzem secreção de insulina: suspendera dose do dia da cirurgia Sempre solicitar avaliação e orientação do Endócrino sobre os hipoglicemiantes orais e Insulina 5 Priscila Hipólito | T 16 Cirurgia | Teórica | Aula
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