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02 - Eletrofisiologia do coracao

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Mariana Queiroz 
Eletrofisiologia do coração 
*O coração é dotado de um sistema especial para gerar impulsos elétricos rítmicos que causam contrações rítmicas do 
miocárdio e conduzir esses impulsos rapidamente por todo o coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRÇÃO CARDÍACO 
1. Um potencial de ação que entra em uma célula contrátil se move pelo sarcolema e entra nos túbulos T, onde abre 
canais de Ca2+ dependentes de voltagem tipo L na membrana das células. 
2. O Ca2+ entra nas células através desses canais, movendo-se a favor do gradiente do eletroquímico. A entrada de 
cálcio abre canais liberadores de cálcio tipo rianodínico (RyR) no retículo sarcoplasmático. 
3. Quando os canais RyR se abrem, o cálcio estocado flui para fora do retículo sarcoplasmático e entra no citosol. 
4. A entrada de cálcio no citosol cria uma fagulha – vista por métodos bioquímicos especiais. 
5. A abertura múltipla de diferentes canais RyR se somam para criar o sinal de Ca2+. 
6. O cálcio difunde-se pelo citosol para os elementos contráteis, onde se liga à troponina e inicia o ciclo de formação 
de pontes cruzadas e movimentos. 
7. Com a diminuição das concentrações citoplasmáticas de cálcio, o Ca2+desliga-se da troponina, liberando a actina 
da miosina, e os filamentos contráteis deslizam de volta para sua posição relaxada. 
8. O Ca2+ é transportado de volta para o retículo sarcoplasmático com a ajuda da Ca2+- ATPase. 
9. O Ca2+ também é removido de dentro da célula pelo trocador Na+-Ca2+ (NCX). 
10. Um Ca2+ é movido para fora da célula contra seu gradiente eletroquímico em troca de 3Na+ para dentro da célula 
a favor do gradiente eletroquímico. O sódio que entra na célula durante essa troca é removido pela Na+-K+-ATPase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
!!!Resuminho sobre anatomia e histologia de Coração: 
✓ O coração é, na verdade, formado por duas bombas distintas: o coração direito, que bombeia o sangue para 
os pulmões, e o coração esquerdo, que bombeia o sangue para os órgãos periféricos. Por sua vez, cada um 
desses corações é uma bomba pulsátil de duas câmaras, composta por um átrio e um ventrículo. 
✓ O coração é composto por três tipos principais de músculo: o músculo atrial e o músculo ventricular, que se 
contraem quase como os músculos esqueléticos, mas com duração muito maior; e a fibras excitatórias e 
condutoras, que só se contraem fracamente por conterem poucas fibras contráteis, mas apresentam descargas 
elétricas rítmicas automáticas. 
✓ A fibras musculares cardíacas compõe o músculo do coração (miocárdio) e é encontrado também na porção 
inicial da aorta; 
▪ As fibras musculares têm a forma de cilindros curtos cujas extremidades são relativamente achatadas e 
perpendiculares ao eixo da fibra; possuem um ou dois núcleos no centro; contém miofibrilas típicas, com 
filamentos de actina e miosina. 
▪ Seu sarcoplasma possui estriação transversais. 
▪ As fibras aderem-se umas às outras nas suas extremidades, por meio de disco intercalares; em cada disco 
intercalar, as membranas celulares se fundem entre si, de modo a formarem junções “comunicantes” 
permeáveis que permitem rápida difusão dos íons. Assim, do ponto de vista funcional, os íons se movem 
com facilidade pelo fluído intracelular, ao longo do eixo longitudinal das fibras miocárdicas, com os 
potenciais de ação se propagando facilmente de uma célula muscular cardíaca para outra, através dos 
discos intercalares – miocárdio funciona como um sincício. 
 
 
Mariana Queiroz 
POTENCIAL DE AÇÃO DAS CÉLULAS MIOCÁRDICAS CONTRÁTEIS 
• FASE 4 (Potencial de membrana em repouso): aproximadamente 
igual a – 90mV. 
• FASE 0 (Despolarização): os canais de Na+ dependentes de 
voltagem se abrem, permitindo que a entrada de sódio depolarize 
rapidamente a célula – o potencial de ação atinge cerca de +20mV 
antes dos canais de Na+ se fecharem. 
• FASE 1 (Repolarização inicial): quando os canais de Na+ se fecham, 
a célula começa a repolarizar à medida que o K+ deixa a célula pelos 
canais de K+ abertos. 
• FASE 2 (Platô): devido a uma diminuição na permeabilidade ao K + 
e a um aumento na permeabilidade de Ca2+, o potencial de ação se 
achata e forma um platô. 
* Os canais de Ca2+ dependentes de voltagem ativados pela despolarização foram abertos lentamente durante as fases 
0 e 1. Quando eles finalmente abrem, o Ca2+ entra na célula. Ao mesmo tempo, alguns canais “rápidos” de K+ se fecham. 
A combinação do influxo de cálcio com a diminuição do efluxo de potássio faz o potencial de ação se achatar e formar 
um platô. 
 
• FASE 3 (Repolarização rápida): o platô termina quando os canais de Ca2+ se fecham e a permeabilidade ao potássio 
aumenta mais uma vez. Os canais lentos de K+ se abrem, o potássio sai rapidamente e a célula retorna para seu 
potencial de repouso (FASE 4). 
!!!O potencial de ação miocárdio mais longo ajuda a impedir a contração sustentada, chamada de tétano; ou seja, no 
músculo cardíaco, o longo potencial de ação faz o período refratário (período após um potencial de ação durante o 
qual um estímulo normal não pode ser desencadear um segundo potencial de ação) e a contração terminarem 
simultaneamente. Assim, quando um segundo potencial de ação pode ocorrer, a célula miocárdica está quase 
completamente relaxada (não há somação). 
CÉLULAS MIOCÁRDICAS AUTOEXCITÁVEIS 
• Essas células têm um potencial de membrana instável (potencial marcapasso), o qual inicia em -60mV e 
lentamente ascende até o limiar; e sempre que o potencial marcapasso depolariza até o limiar, as células 
autoexcitáveis disparam um potencial de ação. 
1. Quando o potencial de membrana é -60mV, os canais If, que são permeáveis tanto ao K+ quanto ao Na+, estão 
abertos – o influxo de sódio excede o efluxo de potássio. 
2. O influxo resultante de carga positiva despolariza lentamente a célula autoexcitável. 
3. A medida que o potencial de membrana se torna mais positivo, os canais If fecham-se gradualmente, e alguns 
canis de Ca2+ se abrem. 
4. O resultante d influxo de cálcio continua a despolarização, e o potencial de membrana move-se 
continuamente em direção ao limiar. 
5. Quando o potencial de membrana atinge o limiar, canais de adicionais de Ca2+ dependentes de voltagem se 
abrem. 
6. O cálcio entra rapidamente na célula, gerando a fase de despolarização rápida do potencial de ação. 
7. Quando os canais de Ca2+ se fecham no pico do potencial de ação os canais lentos de K+ estão se abrindo. 
8. A fase de repolarização do potencial de ação autoexcitável é devida ao resultando do efluxo de potássio. 
 
Mariana Queiroz 
NODO SINUSAL (SINUATRIAL) 
• É uma faixa pequena, achatada e elipsoide, de músculo especializado (quase sem filamentos musculares 
contráteis); está situado na parede posterolateral superior do átrio direito, imediatamente abaixo e pouco lateral 
à abertura da veia cava superior. 
• As fibras do nodo sinusal se conectam diretamente às fibras musculares atriais, de modo que qualquer potencial 
de ação que se inicie no nodo sinusal se difunde de imediato para a parede do músculo atrial. 
VIAS INTERNODAIS 
• As extremidades das fibras do novo sinoatrial conectam-se diretamente ao tecido muscular atrial circundante. 
Assim, o potencial de ação se espalha por toda a musculatura atrial e, por fim, até o nodo A-V. 
• Uma delas, denominada banda intermodal anterior, cursa pelas paredes anteriores dos átrios, alcançando o átrio 
esquerdo. Adicionalmente, três outras pequenas faixar teciduais se curvam pelas paredes anterior, lateral e 
posterior dos átrios, terminando no nodo A-V – vias intermodais anterior, média e posterior. 
NODO ATRIOVENTRICULAR 
• Está situado na parede posterior do átrio direito, imediatamente atrás da vala tricúspide. 
*A condução lenta, nas fibras transicionais, nodais e do feixe penetrante A-V, é explicada em grande parte pelo 
reduzido número de junções comunicantes entre assucessivas células das vias de condução, de modo que existe grande 
resistência para a passagem de íons excitatórios de uma fibra condutora para a próxima. 
SISTEMA DE PURKINJE 
• A condução do nodo A-V, pelo feixe A-V, para os ventrículos é feita pelas fibras de Purkinje especializadas. 
*Exceto em sua porção inicial, onde atravessam a barreira fibrosa A-V, elas têm características funcionais que são 
praticamente opostas às das fibras do nodo A-V. São fibra muito calibrosas, mesmo maiores que as fibras musculares 
normais do ventrículo. 
• A transmissão rápida do potencias de ação, pelas fibras de Purkinje, é creditada à permeabilidade muito alta das 
junções comunicantes nos disco intercalados, entre as sucessivas células que constituem as fibras de Purkinje.

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