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INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA E ANIMAIS VENENOSOS E PEÇONHENTOS- OK

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS- CECA
UNIDADE EDUCACIONAL VIÇOSA
MONITORIA CLÍNICA DE PEQUENOS 
“É O BICHO”
Monitora: Franciely Feijó
Orientadora: Prof.ª Drª Márcia Notomi
INTOXICAÇÃO 
MEDICAMENTOSA E ANIMAIS 
PEÇONHENTOS/ VENENOSOS
INTOXICAÇÃO 
MEDICAMENTOSA
CAUSAS
• Altas doses;
• Dose de cão administrada para gatos;
• Medicação sem prescrição;
• Desinformação do med.vet./ Tutor;
• Ingestão acidental.
INTRODUÇÃO
AINE
Analgésicos/ AINE: Diclofenaco 
de potássio; flunixin meglumine; 
Paracetamol; AAS
Gatos apresentam deficiência 
relativa na atividade da enzima 
glicuraniltransferase, 
resultando em uma 
metabolização mais lenta 
ocasionando intoxicação 
quando administrada 
medicações em altas doses
Principais Fármacos Causadores de Intoxicação na 
Medicina Veterinária
Ansiolíticos e 
Tranquilizantes 
• Benzodiazepínicos 
• Fenotiazínicos
Anticonvulsivantes
• Barbitúricos
Analgésicos e 
Antiinflamatórios
• Paracetamol 
• Diclofenaco
• AAS (Ácido Acetilsalicílico)
• Dipirona 
• Flunexin Meglumine
• Cetoprofeno (Brasil); 
• Ibuprofeno (EUA e Bélgica)
• Fenazopiridina
Medicamentos 
usados em 
dermatologia
• Benzoato de benzila
• Cetoconazol
• Griseofulvina
• Ivermectina
• Milbemicina
(Endoectoparasita
• Amitraz
Antibiótico
• Oxitetraciclina
ANTIINFLAMATÓRIOS 
NÃO ESTEROIDES
• É um dos medicamentos mais utilizados do mundo;
• Principal causa de intoxicação em cães e gatos;
PARACETAMOL
• Fácil aquisição e frequente uso entre humanos;
• Causa depleção das reservas de glutationa
(antioxidante), o que acarreta susceptibilidade a
lesões oxidativas;
• É muito tóxico para gatos, não devendo ser
administrado em situação alguma;
Lesões mais focadas no 
fígado, resultando em 
hepatite aguda.
Acomete principalmente 
as hemácias, resultando 
em meta-hemoglobinemia.
Apatia, anorexia, 
êmese e hipotermia
Mucosas pálidas, dificuldade 
respiratória, edema de face, 
hipotermia, cianose e coma.
USO PROIBIDO 
EM GATOS
Fonte: http://www.vetanimalis.com.br/intoxicacao-de-felinos-por-acetaminofen-paracetamol-tylenol/ Fonte:https://www.fielamigo.pt/_o_p
aracetamol_ex_benuron_mata
Indução de 
êmese
Carvão ativado: 
2g/Kg, VO
N-acetilcisteína: 
280mg/Kg, VO
Oxigenoterapia
Transfusão de 
sangue
http://www.vetanimalis.com.br/intoxicacao-de-felinos-por-acetaminofen-paracetamol-tylenol/
https://www.fielamigo.pt/_o_paracetamol_ex_benuron_mata
DICLOFENACO
• Antiinflamatório e analgésico;
• Extremamente tóxico para animais, pois não é bem
metabolizado por cães (principalmente) e gatos;
• Uso fortemente contra indicado para cães e
gatos;
• Lesões gastrointestinais, renais e hepática;
• Cão: grave gastroenterite hemorrágica
Hematêmese; 
Melena;
Anorexia; Prostação;
Gastrite; Úlcera
USO PROIBIDO 
EM 
CÃES/GATOS
FENAZOPIRIDINA
• Utilizada na medicina humana como antisséptico e 
analgésico do trato urinário;
• Torna-se comum a administração por tutores quando 
seus animais apresentam problemas urinrários;
• Uso contra-indicado em cães e gatos;
• Resulta em:
• Meta-hemoglobinemia (hipóxia);
• Hemólise.
USO PROIBIDO 
EM 
CÃES/GATOS
AAS (ÁCIDO 
ACETILSALICÍLICO)
• Analgésico, antitérmico, anti-inflamatório e inibidor de
agregação plaquetária.
• Inibidor não-seletivo da COX;
• Gatos são mais predispostos a intoxicação do que
cães;
• Gatos não metabolizam os salicilatos rapidamente, devido à
deficiência das enzimas de glicuroniltransferase;
• Idosos e filhotes >predisposição;
• Não utilizar: distúrbios hematológicos e hemorrágicos
(incluindo trombocitopenia e doença de von
Willebrand).
USO PROIBIDO 
EM GATOS
AAS (ÁCIDO ACETILSALICÍLICO)
• Tratamento
• Fluidoterapia;
• Lavagem gástrica ou indução do vômito;
• Carvão ativado 2g/KgV.O.;
• Protetor gástrico: ranitidina ou omeprazol;
• Transfusão sanguínea: anemia ou hemorragia grave
SINAIS CLÍNICOS PODENDO EVOLUIR 
Anorexia;
Depressão;
Hiperpneia;
Hipersensibilidade;
Salivação profusa;
Êmese;
Hipermetria;
Anemia;
Nistagmo;
Gastroenterite
hemorrágica;
Icterícia;
Convulsão
Acidose metabólica;
Ataxia;
Óbito.
FLUNIXIN MEGLUMINE
• Analgésico, anti-inflamatório e antipirético utilizado 
em cães e gatos;
• Inibidor não seletivo da COX;
• Sinais: gastrite erosiva, úlcera péptica e 
hemorragia, alterações hepáticas, hipersensibilidade 
e nefropatia;
CETOPROFENO
• Anti-inflamatório, analgésico e antipirético;
• O Cetoprofeno é um inibidor não seletivo das 
COXs;
• Seu uso é considerado seguro, sendo tóxico em
casos de ingestão acidental e superdosagem;
• Pode causar efeitos adversos nos sistemas:
• Gastrointestinal;
• Renal;
• Hepático;
• Hemático;
• Imune;
• Nervoso;
• A dose letal para cães e gatos não é conhecida.
MEDICAMENTOS 
COMPOSTOS
MEDICAMENTOS 
USADOS EM 
DERMATOLOGIA
INVERMECTINA E 
MILBEMICINA
• Antiparasitário;
• Bastante utilizados na clínica médica de pequenos 
animais;
• Raças Predisponentes
• cães de raças Collie;
• Old English Sheepdog;
• Pastor de Shetland;
• Pastor Alemão;
• Afgan Honds; 
• Fácil passagem da ivermectina pela barreira 
hematoencefálica;
• Animais jovens, menores que 4 meses.
• Sinais clínicos: Ataxia, perda dos reflexos pupilares, 
fraqueza, midríase, bradicardia, depressão, letargia, 
tremores, sialorreia, coma, morte.
AMITRAZ
• Mais comum em animais jovens entre 3 e 4 meses de 
idade;
• Raças de pequeno porte são mais susceptíveis;
• Sinais clínicos: depressão, incoordenação motora, 
midríase, prolapso de terceira pálpebra, ataxia, 
bradicardia, êmese, salivação, poliúria, hipotensão, 
hipotermia, hiperglicemia, convulsões, coma, morte.
• Tratamento
• Banhar o animal;
• Administrar antídoto:
• Ioimbina 0,1mg/kg, IV ou IM;
• Atipamezol 0,1- 0,2 IV ou IM;
• Diazepam (em animais que apresentem convulsão);
• Fluidoterapia;
• Provocar êmese ou lavagem estomacal.
FATORES IMPORTANTES DO PROCESSO 
DE INTOXICAÇÃO
• Tempo de exposição: quanto maior for o tempo de exposição, maior será a possibilidade de danos à saúde;
• Concentração do agente: quanto maior for a concentração do agente químico, maior será a chance de
poder causar um efeito danoso à saúde;
• Toxicidade: algumas substâncias são mais tóxicas que outras, se comparadas a uma mesma concentração;
• Natureza da substância química: se é um gás, um líquido, vapor, etc. Isto tem relação com a forma de
entrada deste tóxico no organismo;
• Susceptibilidade individual: algumas indivíduos são mais sensíveis do que outros a determinados agentes
químicos.
TRATAMENTO GERAL- INTOXICAÇÃO 
MEDICAMENTOSA
• Tratamento emergencial: Deve-se estabilizar o animal;
• Deverá realizar tratamento de suporte e amenizar os sinais apresentados;
• Fluidoterapia;
• Oxigenioterapia;
• Lavagem gástrica ou indução do vômito;
• Carvão ativado 2g/Kg V.O.;
• Banhar o animal (caso seja tópico);
• Aquecer em casos de hipotermia;
• Transfusão sanguínea.
TRATAMENTO GERAL- INTOXICAÇÃO
Eliminar o contato 
com o agente
• Via de 
penetração;
• Cutâneo: banhar;
• Oral: lavar
Diluição
• Administração 
oral de água;
Remoção do 
produto tóxico
• Provocar êmese;
• Lavagem gástrica.
Adsorvente
• Carvão ativado
Diluição
• Catárticos: osmótico/ 
oleoso;
• Remover o adsorvente 
e o veneno.
ACIDENTES COM ANIMAIS 
PEÇONHENTOS E VENENOSOS
• ESCORPIÕES
• COBRAS
• ARANHAS
• SAPOS
• ABELHAS
Animal Peçonhento
• É aquele que tem veneno 
e apresenta estrutura 
para inoculá-lo;
• Presas em serpentes;
• Aguilhão em escorpião;
• Quelíceras em aranhas;
• Cerdas em lagartas.
Animal Venenoso
• É o que tem veneno, mas 
não dispõe de nenhuma 
estrutura para inocula-lo;
• Sapos.
ACIDENTES OFÍDICOS
• Acidente botrópico- 73%
• Acidente crotálico- 7,4%
• Acidente laquético- 3%
• Acidente elapídico- 0,7%
ACIDENTE BOTRÓPICO
• Jararaca pintada;
• Todo território nacional, exceto no 
Norte.
Bothrops
neuwiedi
• Jararaca;
• Sul e Sudeste.
Bothropsjararaca
• Jararacussu;
• Cerrado da região central; Florestas 
tropicais do sudeste
Bothrops
jararacussu
Rhinocerophis
alternatus
• Urutu;
• Sul e Sudeste.
VENENO BOTRÓPICO
Ação coagulante, proteolítica e vasculotóxica;
Metaloproteinases (toxinas hemorrágicas –
jararagina);
Fosfolipase A2 (miotoxina);
Serinoproteases (enzimas tipo trombina);
Peptídios que agem sobre a bradicinina e o 
sistema angiotensina.
SINAIS CLÍNICOS LOCAIS OU FOCAIS
• Edema;
• Dor;
• Eritema; Petéquias; Equimoses;
• Pústulas; Bolhas;
• Necrose local
ACIDENTE BOTRÓPICO
Fonte: SAKATE et. al., 2015.
SINAIS CLÍNICOS SISTÊMICOS
• Gengivas (gengivorragias); Hematúria; Epistaxe; 
Hematomas; Hematêmese; Petéquias Hemorragias 
genitais.
• Fibrinogênio e hematócrito (hemólise intravascular);
• CID.
• Nefrotoxicidade: Diminuição da filtração glomerular; 
Insuficiência renal aguda.
Cão apresentando gengivorragia
após acidente botrópico.
Fonte: SAKATE et. al., 2015.
EXAMES LABORATORIAIS
• Teste de coagulação: 
• Tempo de coagulação (TC);
• Tempo de protrombina (TP);
• Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA);
• Tempo de coagulação ativado (TCA);
• Aumento de produtos de degradação da fibrina 
(PDF).
• Hemograma: leucograma de estresse; 
Trombocitopenia.
Sinais
clínicos
Reconhecimento 
do gênero da 
serpente
Diagnóstico
ACIDENTE BOTRÓPICO
Exames 
laboratoriais
Valores de referência para os exames de 
avaliação da hemostasia secundária.
ESPÉCIE TC TCA TP TTPA PDF
CÃO
3 a 
13min
60 a 
110s
4 a 9,5s
12 a 
18,3s
<10mg/
ml
GATO ±8min 50 a 75s
7 a 
11,5s
10 a 15s
<10mg/
ml
ACIDENTE BOTRÓPICO
• Soroterapia:
• Soro antiofídico antibotrópico-crotálico 
(SABC); 
• Soroterapia antibotrópica (SAB);
• Quantidade mínima (Crotalus e Bothrops): 50 
ml, IV (independente do tamanho do animal)
• Após 12 h do tratamento inicial (sem melhora): 
repetir a soroterapia
TRATAMENTO
NÃO FAZER:
Torniquete;
Incisão no local;
Sucção;
Uso de produtos químicos.
• Fluidoterapia:
• Correções hidreletrolíticas (quadro de acidose);
• Preservação da função renal;
• Prevenção da instalação de IRA;
• Observação mínima de 72h: lugar silencioso e 
confortável;
• Diuréticos: furosemida 2-4 mg/Kg
• Antibiótico (amplo espectro): Enro 5mg/Kg, IM, BID
• Heparina, reposição de fatores de coagulação, 
plasmaférese e extratos vegetais: estão em discussão
.
Fonte: SAKATE et. al., 2015.
ACIDENTE CROTÁLICO
Crotalus
durissus (C. 
d.)
C. d. terrificus,
C. d. collilineatus,
C. d. cascavella,
C. d. ruruima
C. d. marajoensis.
VENENO CROTÁLICO
Ação neurotóxica, coagulante e hemolítica, miotóxica
sistêmica e nefrotóxica.
Crotoxina (50%): SNC, SNP, lesões na junção neuromuscular 
e fibras musculares, podendo causar paralisia respiratória.;
Crotamina: menos tóxica que a crotoxina; Ação analgésica;
Giroxina: produz sinais labirínticos;
Convulxina: causa agregação plaquetária; Aparecimento de 
convulsões; Perturbações circulatórias e respiratórias.
MAIS LETAL
SINAIS CLÍNICOS LOCAIS
• Edema;
• Dor;
• Desconforto;
• Inquietação.
ACIDENTE CROTÁLICO
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia, nº 75 - dezembro de 2014
• NEUROTÓXICOS:
• distúrbios de locomoção (ataxia e fasciculações); 
• Apatia; Decúbito; Sedação;
• flacidez da musculatura da face;
• Ptose palpebral, ptose mandibular;
• midríase responsiva à luz;
• Oftalmoplegia;
• Disfagia;
• dificuldade de fonação;
• Sialorreia;
• Vômitos e diarreia
ACIDENTE CROTÁLICO
SINAIS CLÍNICOS SISTÊMICOS
Animais apresentando ptose mandibular, midríase e sialorreia em 
decorrência de acidente crotálico. Fonte: SAKATE et. al., 2015.
ACIDENTE CROTÁLICO
SINAIS CLÍNICOS SISTÊMICOS
• COAGULANTES:
• Redução do número de plaquetas in vivo; 
• Indução de agregação plaquetária in vitro;
• Aumento do TC;
• MIOTÓXICO:
• Rabdomiólise: Mioglobina e mioglobinúria;
• NEFROTÓXICO:
• Ação direta do veneno;
• Secundário à rabdomiólise: mioglobinúria;
• Oligúria, anúria;
• Desidratação, hipotensão arterial, acidose metabólica, 
choque. 
Alterações na cor da urina de um cão intoxicado 
com veneno crotálico 2h e 8h após. 
Fonte: SAKATE et. al., 2015.
EXAMES LABORATORIAIS
• Aumento de CK e AST;
• Aumento de TP e TTPA; 
• Hemograma: 
• Anemia, leucocitose, trombocitopenia;
• Aumento de ALT.
Sinais
clínicos
Reconhecimento 
do gênero da 
serpente
Diagnóstico
ACIDENTE CROTÁLICO
Exames 
laboratoriais
EXAME FÍSICO
• Taquicardia;
• Taquipneia;
• Hipotermia ou hipertermia
ACHADOS DE NECROPSIA
• Mionecrose; 
• Hemorragia: SNC, pulmões;
• Gastrite aguda;
• Glomerulonefrite;
• Processo degenerativo hepático.
ACIDENTE CROTÁLICO
• Soroterapia:
• soro anticrotálico (SAC) específico ou bivalente SABC,IV;
• Terapia auxiliar:
• Fluidoterapia: Ringer com lactato ou de NaCl a 0,9%, associada ao bicarbonato.
• Diurético: furosemida;
• Nutrição parenteral ou enteral;
TRATAMENTO
SOROTERAPIA-ACIDENTE OFÍDICO
Casos benignos
• 1 frasco reconstituído 
contendo 50ml, SC, em 
dose única;
Casos médios
• 1 frasco reconstituído 
contendo 50ml, SC, em 
dose única;
• 1 frasco reconstituído de 
50ml, IV, em dose única;
Casos graves
• 1 frasco reconstituído 
contendo 50ml, SC, em 
dose única;
• 3 frascos reconstituído de 
50ml, IV, em dose única.
Pequeno porte: desprezar 30 mL do 
diluente na seringa, reconstituíndo a fração 
liofilizada com o restante. 
No momento da aplicação diluir o 
conteúdo do frasco do produto liofilizado, 
com o diluente (50mL) da seringa 
acompanhante. 
Após reconstituído o produto deve ser 
aplicado imediatamente.
ESCORPIONISMO
• Tityus serrulatus (escorpião amarelo)
• Tityus bahiensis (escorpião-marrom)
Bahia, regiões centro-oeste, sudeste e sul.
• Tityus stigmurus (escorpião-amarelo-do-
nordeste)
Nordeste, São Paulo, Paraná, Santa Catarina
ESCORPIONISMO
• Dor;
• Coceira e vermelhidão;
• Sudorese;
• Êmese;
• Hipermotilidade gastrintestinal;
• Agitação, hiperatividade;
• Taquicardia ou bradicardia,
• Taquipneia ou bradipneia;
SINAIS CLÍNICOS: LEVE-GRAVE
• Miose;
• Priapismo;
• Piloereção;
• Hipotermia;
• Hipotensão ou hipertensão;
• Edema pulmonar;
• Convulsões e choque.
ESCORPIONISMO
• Hemograma: leucocitose com neutrofilia;
• Hiperglicemia, aumento de AST;
• Urinálise: glicosúria, proteinúria, 
mioglobinúria.
ACHADOS LABORATORIAIS
• Soro antiescorpiônico ou antiaracnídico;
• Não disponível para veterinária;
• Terapia de suporte:
• Observação de 4- 6h, podendo chegar a 48h;
• Analgésico: Meloxicam 0,1mg/Kg, SC, SID; Carprofeno
2,2mg/Kg, VO, BID.
• Lidocaína s/vasoconstritor no local da picada;
• Antieméticos: Ondasetrona 0,22mg/Kg, IV, SID ou BID
TRATAMENTO
ACIDENTES POR VENENO 
DE SAPO
Rhinella sp.
• As mesmas espécies de sapos podem ter 
comunidades mais ou menos venenosas:
• Dieta;
• Clima;
• Adaptações evolutivas.
• Veneno de aspecto leitoso;
• Ação antipredatória ou de defesa;
• Cães: abocanha ou ingere o sapo;
ACIDENTES POR VENENO DE SAPO
• Pode levar à morte em até 15min;
• Cardiotóxica;
• Vômito e sialorreia: auxilia na eliminação de parte do veneno;
SINAIS CLÍNICOS
LEVE MODERADO GRAVE
irritação da mucosa oral e 
sialorreia;
Irritação da mucosa oral;
Sialorreia;
Vômitos;
Depressão;
Fraqueza;
Ataxia com andar em círculos;
Anormalidades do ritmo cardíaco;
Evacuação e micção
Irritação da mucosa oral;
Sialorreia; Vômitos; Diarreia;
Dor abdominal;
Depressão;
Fraqueza;
Decúbito esternal;
Pupilas não responsivas à luz;
Convulsões;
Anormalidades do ritmo cardíaco;
Sinais de edema pulmonar;
Cianose;
Óbito.
ACIDENTES POR VENENO DE SAPO
• Lavar a boca ou mucosa afetada;
• Fluidoterapia;
• Analgésicos;
• Propranolol (bloqueador adrenérgico não seletivo), 0,5 mg/kg IV, com 
repetição a cada 20 min (3 a 4 vezes)
• Controlar arritmias cardíacas;
TRATAMENTO
ACIDENTES POR PICADA 
DE ABELHA
• Apis mellifera (Abelhas)
• Polistes spp. (Marimbondos)
• Bombus spp. (Mamangavas)ACIDENTES POR PICADA DE ABELHA
• Reação alérgica (por uma picada);
• Reação tóxica local ou reação habitual (envenenamento por poucas);
• Reação tóxica sistêmica ( múltiplas ferroadas);
• Edema localizado/ Dor no local da inoculação/ Visualização do ferrão no local da picada;
• Edema de orofaringe (picada em cavidade oral);
• Sinais leves: urticária, prurido, edema, vômito e diarreia;
• Sinais graves: sistemas respiratório e cardiovascular, 
• Dispneia, tosse, broncoconstrição, podendo evoluir para a morte por hipoxia ou parada respiratória;
• Sinais anafiláticos:
• Micção, defecação, fraqueza muscular, depressão respiratória e, finalmente, convulsão.
SINAIS CLÍNICOS
ACIDENTES POR PICADA DE ABELHA
• Única picada (sem complicações anafiláticas):
• Aplicação de gelo, compressas frias;
• Anti-histamínicos;
• Múltiplas picadas:
• Avaliar vias respiratórias anteriores;
• Suplementação de oxigênio quando preciso
• Monitoramento cardíaco. 
• Corticosteroide: succinato sódico de prednisolona 10 mg/kg IV, seguido de prednisolona 1 mg/kg, VO, BID durante 5 dias.
• Anafilaxia: Adrenalina (1:10.000) IV na dose de 0,5 a 1 ml.
TRATAMENTO
.
Fonte: SAKATE et. al., 2015.
ACIDENTES POR ARANHAS
• Loxosceles sp. (Aranha marrom)
• Phoneutria sp. (Aranha armadeira)
Ferrão: 
cefalotórax;
Acidentes (Raros): 
cão>gato.
ACIDENTES POR ARANHAS
PHONEUTRIA SP. (ARANHA ARMADEIRA)
Classificação da gravidade do acidente causado por aranha Phoneutria e tratamento proposto.
CLASSIFICAÇÃO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
ORIENTAÇÃO E TRATAMENTO 
INESPECÍFICO
Leve
Quadro somente local: dor, edema, 
eritema, sudorese
Observação clínica
Anestésico local e/ou analgésico
Moderado
Quadro local associado a êmeses
ocasionais, agitação, hipertensão 
arterial
Internamento
Anestésico local e/ou analgésico
Grave
Além dos quadros anteriormente 
citados: sudorese profusa, priapismo, 
êmeses frequentes, arritmia, choque, 
edema agudo pulmonar
Internamento com terapia intensiva
Aranhas 
agressivas;
Efeito 
neurotóxico
• Aranhas calmas;
• Edema discreto- Dor moderada no local- Surgimento de halo 
necrótico (eritema, prurido, hemorragia bolhosa focal, áreas 
isquêmicas e necrose);
• Necrose pode ser limitada ou se estender;
• Hemólise; Anemia; Icterícia; Hemoglobinúria (24 a 48 h após o 
acidente);
• Petéquias;
• Equimoses,
• CID;
ACIDENTES POR ARANHAS
LOXOSCELES SP. (ARANHA MARROM)
Lesão necrótica focal por acidente loxoscélico. Fonte: SAKATE et. al., 2015.
TRATAMENTO:
• Soro antiloxoscélico: não disponível para 
veterinária;
• Curativos locais: Compressas frias; Limpeza; 
Antissepticos;
• Antibiótico (amplo espectro): Enrofloxacina
5mg/Kg, IM, BID
• Analgesia: Morfina (0,5-1,0mg/Kg, IM ou SC) ou 
Metadona (0,2-0,5 mg/Kg, IM);
• Fluidoterapia: Ringer c/ lactato
• Corticoides: Hidrocortisona 50mg/Kg, IV
• Transfusão sanguínea;
• Cirurgias reparadoras
RELATO DE CASO
Medicamento 
permitido Medicamento 
proibido
CAUSAS
• Altas doses; 
• Dose de cão administrada para gatos;
• Medicação sem prescrição;
• Desinformação do med.vet./ Tutor;
• Ingestão acidental.
RELATO DE CASO
• Fêmea, canina, SRD, aproximadamente 3 meses 
de idade, pesando 1.2 Kg;
• Resgatada a 30 dias: Antiparasitário e vermífugo;
• Após 14 dias apresentou:
• Apatia;
• Hiporexia;
• Abdômen distendido com severa sensibilidade 
dolorosa ao toque;
• Mucosas claras;
• Medicada (?) e suplemento vitamínico;
• Persistência dos sinais:
• Prescrito: Nimesulida 100mg, SID;
• Agravamento do quadro;
Dose ideal: 0,8 
mg 
≈ 119X maior
• Atendido no HVU- UFAL:
• Erliquiose;
• Úlcera estomacal;
• Sucralfato (suspensão: 2 g/10 ml) na dose de 30 
mg/kg, VO, TID, durante 7 dias; 
• Cloridrato de ranitidina (xarope: 150 mg/10 ml) 2,5 
mg/kg, VO, BID durante 10 dias;
• Simeticona (gotas: 75 mg/15 ml) 2 mg/kg, VO, BID 
durante 5 dias. 
• Cloridrato de tramadol (gotas: 100 mg/ml) 4 mg/kg, 
VO, TID durante 5 dias;
• Enrofloxacino 2,5% na dose de 4 mg/kg, SC, SID 
(Erlichia spp);
Filhote canino de aproximadamente 3 meses, recém-
resgatado. Fonte: Juliana Nascimento.
Dose ideal: 0,8 
mg 
≈ 119X maior
RELATO DE CASO
• Hospital Veterinário Colosso vip dog;
• Cão macho, 3 anos de idade, da raça Chow-Chow;
• Queixa principal: falta de apetite;
• Anamnese: 
• Apresentado vômito esverdeado, claudicação de membro 
pélvico direito;
• Tutor administrou: 50mg de diclofenaco de potássio por um 
período de 48 horas para alívio da dor (em um total de 3 
comprimidos). 
• Houve melhora da dor;
• Após 5 dias do tratamento: apatia e falta de apetite;
• Distensão abdominal e dor no local.
• Fezes com coloração escura e pastosa, com aspecto de “borra 
de café”;
• Durante a noite não resistiu e veio a óbito. 
• Necropsia.
http://revista.faciplac.edu.br/in
dex.php/Revet/article/view/301
http://revista.faciplac.edu.br/index.php/Revet/article/view/301
• Figura 1- A) Fotografia da cavidade abdominal 
de um cão. Observa-se grande quantidade de 
líquido serosanguinolento, turvo preenchendo 
toda a cavidade. Esse achado é compatível com 
peritonite.
• B) Serosa do estômago de cão. Evidencia-se 
fibrina em quantidade moderada recobrindo a 
superfície do órgão.
• Figura 2- Fotografia da região de transição gastroduodenal cão. 
Úlcera perfurada de aproximadamente 2 cm de diâmetro, 
permitindo a visualização da mucosa gástrica. As bordas 
apresentam elevação e coloração vermelha enegrecida (contorno 
de seta), compatível com área de necrose. Nota-se a serosa com 
coloração amarelada devido depósito de fibrina (seta). 
• O animal apresentou um quadro clínico agudo de 
gastrite ulcerativa;
• A úlcera observada na transição gastroduodenal era 
perfurada, o que gerou um quadro de peritonite e 
pode ter desencadeado um quadro de sepse, levando 
o animal a morte.
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS
• SAKATE, M.; CAMPLESI, A. C.; MOTTA, Y. P.;
Intoxicação Medicamentosa em Pequenos Animais.
In: Jericó, M.M.; Andrade Neto, J.P.; Kogika,
M.M.; Tratado de Medicina Interna de Cães e
Gatos. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Roca, 2015. Cap. 66, P.
1848- 1861.
• ANDRADE, S. F.; Intoxicação por Amitraz,
Avermectinas e Milbemicinas. In: Jericó, M.M.;
Andrade Neto, J.P.; Kogika, M.M.; Tratado de
Medicina Interna de Cães e Gatos. 1ª Ed. Rio de
Janeiro: Roca, 2015.Cap. 68, P. 1928-
• SAKATE, M.; JARK, P.C.; Intoxicação e
envenenamentos. In: Crivellenti, L. Z.; Borin-
Crivellenti, S.; Casos de Rotina em Medicina
Veterinária de Pequenos Animais. 2ª Ed. Editora
MedVet, 2015. Cap. 10 P. 400- 404.
• CONCEIÇÃO, JOHON LENNON DOS SANTOS;
ORTIZ, MARIANA APARECIDA LOPES.
INTOXICAÇÃO DOMICILIAR DE CÃES E
GATOS. REVISTA UNINGÁ REVIEW, [S.l.], v. 24,
n. 2, nov. 2015. ISSN 2178-2571. Disponível em:
<http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/arti
cle/view/1692>.Acesso em: 16 jun. 2020.
INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA
http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/view/1692
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS
• SAKATE, M.; NOGUEIRA, R. M. B.; MOTTA,Y.
P.; Acidentes por Animais Peçonhentos e
Venenosos. In: Jericó, M.M.; Andrade
Neto, J.P.; Kogika, M.M.; Tratado de
Medicina Interna de Cães e Gatos. 1ª
Ed. Rio de Janeiro: Roca, 2015. Cap. 72, P.
2044- 2086.
• SAKATE, M.; JARK, P.C.; Intoxicação e
envenenamentos. In: Crivellenti, L. Z.;
Borin- Crivellenti, S.; Casos de Rotina
em Medicina Veterinária de Pequenos
Animais. 2ª Ed. Editora MedVet, 2015. Cap.
10 P. 389- 400.
• https://www.vetsmart.com.br/cg/produto/60
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