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INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS - ISTs Caxias – ma UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS - CESC LIGA ACADÊMICA DE CLÍNICA MÉDICA Abordagens sindrômicas ULCERA GENITAL E ADENOPATIA INGUINAL Sífilis primária, herpes genital, cancro mole, linfogranuloma venereo, donovanose CORRIMENTO URETRAL Uretrite gonocócica, uretrite não gonocócica CORRIMENTO CERVICAL E VAGINAL Tricomoníase, candidíase, vaginose bacteriana DESCONFORTO OU DOR PELVICA Cervicite gonocócica e não gonocócica, DIP Sífilis Infecção bacteriana causada pelo Treponema pallidum Transmissao sexual, vertical e transfusão sanguínea Estágios: primaria, secundaria, latente e terciária. Dignosticos: testes sorológicos treponemicos (FTA-bs) e não treponemicos (VDRL), testes rápidos. O VDRL é dado em titulações, sendo útil no acompanhamento da doença. Exame de líquor – comprometimento do sistema nervoso central Tratamento: penicilina benzatina, doxiciclina e azitromicina. Herpes vírus O herpes genital é transmitido, predominantemente, pelo contato sexual (inclusive orogenital), pelo contato direto com lesões ou objetos contaminados, com período de incubação de três a 14 dias É a doença ulcerativa genital mais frequente. Etiologia Vírus herpes-simples (HSV), tipos 1 e 2, pertencentes à família Herpesviridae: o 1 é mais comumente relacionado a herpes labial, e o 2, a herpes genital. As lesões iniciais são vesículas agrupadas com conteúdo claro ou citrino, que se rompem, originando ulcerações, posteriormente recobertas por crostas sero-hemáticas Herpes vírus As lesões iniciais são vesículas agrupadas com conteúdo claro ou citrino, que se rompem, originando ulcerações, posteriormente recobertas por crostas sero-hemáticas O diagnóstico, na maioria das vezes, pode ser realizado unicamente com a inspeção Não existe tratamento que proporcione cura definitiva. aciclovir 400 mg, VO, a cada 8 horas, por 7 a 10 dias, ou 200 mg, VO, a cada 4 horas, por 7 a 10 dias Cancro Mole A doença é denominada, ainda, cancroide, cancro venéreo, é conhecida, popularmente, por “cavalo”. O período de incubação é, geralmente, de três a cinco dias e pode estender-se por até duas semanas. A doença é causada por bacilo Gram negativo denominado Haemophilus ducreyi. O cancro mole apresenta lesão ulcerada de base mole, rasa, com bordas irregulares, envolta por halo eritematoso vivo e recoberta por exsudato necrótico e purulento, odor fétido. Revela tecido de granulação com sangramento fácil. As lesões são dolorosas, geralmente múltiplas, com apresentação em número, formas e tamanhos variados. Cancro Mole Linfadenopatia satélite é comum no cancro mole. Em 30 a 50% dos casos, ocorre enfartamento ganglionar regional, formando o chamado “bubão”. Podem evoluir com flutuação e fistulização, drenando material purulento. São unilaterais na maioria dos casos. Tratamento: a escolha de medicamento é a azitromicina 1 g via oral, em dose única. A segunda opção é a ceftriaxona 250 mg intramuscular, dose única, ou ainda ciprofloxacino 500 mg, 1 comprimido, via oral, a cada 12 horas, por 3 dias Linfogranuloma venereo Tem como agente etiológico a Chlamydia trachomatis, espécie sorológica e biologicamente distinta das demais espécies de Chlamydia. Os sorotipos responsáveis são L1, L2 e L3. A infecção genital provoca linfadenite supurativa, com eventual disseminação do processo inflamatório para o tecido adjacente. Os linfonodos acometidos aumentam de volume, com formação de abscessos necrosantes, que, por sua vez, coalescem, rompem-se e formam fístulas que drenam grande quantidade de material purulento por orifícios múltiplos O acometimento ganglionar é usualmente unilateral. Os gânglios acometidos são firmes, dolorosos, móveis e rapidamente se aderem à pele, configurando o chamado bubão inguinal. Linfogranuloma venereo O tratamento de escolha é feito com doxiciclina 100 mg VO, a cada 12 horas, por 21 dias. Como segunda opção de tratamento, o Ministério da Saúde recomenda azitromicina 500 mg, dois comprimidos, via oral, 1x/semana, por 21 dias. Donovanose É uma doença de evolução progressiva e crônica, de localização genital, que ocasiona lesões granulomatosas e destrutivas. O período de incubação é de 30 dias a seis meses. Também pode ser conhecida como granuloma inguinal. É causada por Klebsiella granulomatis, bactéria Gram negativa. A doença inicia-se por lesão nodular, única ou múltipla, de localização subcutânea, que evolui produzindo ulceração bem definida, com fundo granulomatoso, de crescimento lento, que sangra com muita facilidade. Donovanose Tratamento: Escolha: azitromicina 1 g, VO, 1x/semana por 3 semanas; Tratamentos alternativos: • Doxiciclina: 100 mg VO, a cada 12 horas, por 3 semanas; • Ciprofloxacino: 750 mg VO, a cada 12 horas, por 21 dias; • Sulfametoxazol-trimetoprima: 800/160 mg VO, a cada 12 horas, por 21 dias ou até a cura clínica das lesões. TRICOMANÍASE Manifestações clínicas: Mulher sintomática; Homens assintomáticos (são vetores) - uretrite não gonocócica, epididimite ou prostatite; Corrimento é amarelo ou amarelo-esverdeado, abundante, fétido e bolhoso; pH vaginal >4,5; Ardência, edema e hiperemia; Disúria, polaciúria e dor pélvica. Colo em framboesa. TRATAMENTO VAGINOSE BACTERIANA Desordem mais frequente do trato genital em mulheres de idade reprodutiva e a causa mais comum de odor fétido no corrimento; Desequilíbrio na flora vaginal; Agente etiológico mais comum: Gardenerella vaginalis; Outras: Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum e Mobiluncus spp. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Corrimento de odor fétido, bolhoso e branco a acinzentado. Não há irritação nem inflamação vulvar ou vaginal. TRATAMENTO Por não ser considerada uma doença sexualmente transmissível, não está indicado o tratamento do parceiro. CANDIDÍASE Agente etiológico: 80% - 90% dos casos é a Candida albicans; O restante é causado por outras espécies específicas de Candida: Candida glabarata, tropicalis, krusei; CLASSIFICAÇÃO: -Não-complicada: esporádica ou infrequente, leve a moderada, cujo provável agente é a Candida albicans e em pacientes não-imunocomprometidas; -Complicada: Infecção recorrente, infecção grave; candidíase não-albicans; diabetes não controlado; imunossupressão; debilidade ou gravidez. TRATAMENTO: • Prurido; • Ardência; Corrimento geralmente grumoso, inodoro, com aspecto de queijo coalhado e aderente à parede vaginal; • Dispareunia de introito vaginal; • Disúria; QUADRO CLÍNICO DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA: Síndrome clínica aguda atribuída a ascensão de microorganismos provenientes da vagina e/ou da endocérvice. Estes micro-organismos podem acometer o útero, trompas de falópio, ovários, superfície peritoneal e/ou estruturas contíguas (fígado). Agentes etiológicos: Neisseria gonorrhoeae e Clamydia trachomatis. Mycoplasma hominis, Mycoplasma genitalium, Ureaplasma urealyticum, Gardnerella vaginalis, Bacteróides spp. FATORES DE RISCO: Idade <25 anos; Vulvovaginite ou cervicite; Início precoce da vida sexual Múltiplos parceiros Parceiro portador de uretrite Tabagismo/alcoolismo/drogas Nuliparidade DIP prévia Tampões e duchas vaginais Sexo desprotegido DIU** DIAGNÓSTICO: - Três critérios maiores e um critério menor ou então presença de um critério elaborado. Hemograma completo VHS/PCR Bacterioscopia Cultura e antibiograma de material cervico-uterino USG pélvica ou RM Radiografia simples de abdome Laparoscopia EAS Urocultura Beta- HCG. EXAMES COMPLEMENTARES ESTADIAMENTO TRATAMENTO
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