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SÍNDROME NEFRÓTICA PRIMÁRIA Lesão mínima GESF Nefropatia membranosa Membranoproliferativa Epidemio Causa MAIS COMUM de síndrome nefrótica em CRIANÇAS (80-95%). › 1-6 anos, sexo masculino Principal causa de síndrome nefrótica em ADULTOS. Acomete pacientes jovens (antes dos 40 anos de idade), com maior prevalência em homens e afrodescendentes. Adultos acima de 40 anos, principalmente do sexo masculino (60 a 70%). Corresponde a 2ª causa mais comum (20-40% dos casos) de síndrome nefrótica primária em adultos (primeira em brancos). Crianças e adultos jovens, com discreta predominância em mulheres. É rara na raça negra e a forma idiopática geralmente se apresenta na infância. Sua incidência vem caindo ao longo das últimas décadas. Patogenia › Redução da carga negativa da barreira de filtração glomerular → proteinúria seletiva (albumina). › Fisiopatologia obscura → Alguns aspectos sugerem envolvimento da imunidade celular. Ainda é controversa. Nas formas idiopáticas, supõe-se que alguns fatores circulantes podem aumentar a permeabilidade da barreira de filtração glomerular. São eles CLC-1 (citocina membro da IL-6) e suPAR (receptor solúvel de uroquinase). Formação de imunocomplexos in situ na região subepitelial. Proliferação (das células) do mesângio, com invasão das alças capilares. • Depósito de imunoglobulina/imunocomplexo (imunoglobulinas + complemento/ IgG (+) ± C3): geralmente associada a causas secundárias como infecções, doenças autoimunes e gamopatias; • Glomerulopatia do C3 e depósito denso (deposição de complemento/ IgG (-) + C3): desregulação e ativação da via alternativa do complemento. Forma 2ª AINEs (associada a nefrite intersticial aguda), linfoma de Hodgkin Anemia falciforme; HAS; refluxo vesicureteral; obesidade mórbida; HIV; uso de heroína. Neoplasias sólidas (trato gastrintestinal, próstata, ginecológicas, renal, pulmão), doenças autoimunes (LES – classe V, tireopatias) e infecções crônicas (sífilis, hepatite B, hanseníase, parasitoses). Hepatite C (com ou sem crioglobulinemia), LES (classes III e IV), esquistossomose. Quadro clínico › Síndrome nefrótica clássica, sem HAS, hematúria ou azotemia. › Complemento normal › Períodos de remissão e atividade >> proteinúria-nada-proteinúria-nada. Principal complicação: PERITONITE bacteriana por PNEUMOCOCO. › Síndrome nefrótica típica com ou sem hematúria, hipertensão e azotemia. › Complemento normal › Síndrome nefrótica (70-80%), com proteinúria de 5-10g/24h; › Proteinúria assintomática (20-30%); › Hematúria microscópica, HAS e azotemia podem ocorrer. › Complemento sérico NORMAL › Complicações tromboembólicas são comuns (trombose de veia renal >> TEP >> TVP). Sobreposição das síndromes nefrótica e nefrítica (ou seja, proteinúria franca com presença de hematúria glomerular). Consumo de complemento (C3) que persiste por MAIS de 8 semanas; proteinúria nefrótica (> 3,5 g/24 h) associada à hematúria (microscópica em quase todos os casos e macroscópica em 1/3 destes); e queda da filtração glomerular. ↪ Complicação → trombose de veia renal. Diagnóstico A biópsia renal não é requerida em casos nefróticos puros em crianças. Opta-se por iniciar terapêutica e observar resposta. Em adultos é obrigatória. › ACHADOS DA BIÓPSIA: Diagnóstico por exclusão. MO: glomérulos tem aspecto normal. ME: retração com apagamento (fusão) dos pedicelos. IF: negativa. › ACHADOS DA BIÓPSIA: lesões escleróticas SEGMENTARES (ou seja, acometem parte de cada glomérulo) e FOCAIS (não acometem todos os glomérulos). MO: expansão mesangial, colapso de alças capilares, depósitos hialinos, sinequias. ME: retração com apagamento de podócitos. IF: negativa, ou depósitos de IgM e C3 nas áreas de esclerose. OBS.: Forma colapsante → evolução rápida. Associação com HIV. › ACHADOS DA BIÓPSIA: MO: Espessamento difuso das alças capilares (fases mais avançadas), sem qualquer hipercelularidade. Coloração por prata → espículas. ME: Depósitos eletrodensos subepiteliais. IF: depósito de IgG e C3, padrão GRANULAR difuso. › ACHADOS DA BIÓPSIA: MO: proliferação mesangial e endocapilar com espessamento e duplicação da membrana basal (sinal do duplo contorno). IF: depósitos de imunoglobulinas e/ou complemento em diferentes locais do glomérulo diferenciando a GNMP em subtipos. ME: depósito de imunocomplexos subepitelial e subendotelial. Tratamento Corticoterapia, com resposta dramática! • Prednisona 1 mg/kg/dia • Dieta hipossódica • Controle rigoroso da PA • Usar iECA ou BRA e estatina quando indicado Pela possibilidade de remissão espontânea e pelo prognóstico razoavelmente bom, pacientes com baixo risco devem ser apenas acompanhados. No entanto, para aqueles com maior chance de evolução p/ IRC ou que desenvolvem fenômenos trombóticos → associação de um imunossupressor (ciclofosfamida ou clorambucil ou micofenolato mofetil) com a prednisona. › Investigar causa associada, pois o TTO principal é voltado a ela! (especialmente hepatite C crônica – TTO ⇨ interferon + ribavirina). › IECA/BRA para controle de proteinúria e PA (objetivo: prot. < 1,0 g/24 h e PA < 130/80 mmHg). › Quanto ao TTO específico, as opções terapêuticas incluem corticoide, ciclofosfamida, agentes antiplaquetários (aspirina e dipiridamol) e varfarina.
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