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3 Ian Dondoni | Técnica Operatória | Medicina Ufes AMBIENTAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA – Dr. Luziélio Alves HISTÓRICO DA CIRURGIA 1. Bisturi e agulhas (Cirurgião egípcio SKAR 4000 a.C) 2. Casa do Cirurgião (século I – Celsus) 3. Ambroise Paré (século XVI – “pai da cirurgia”) 4. Era moderna da cirurgia – Guerra civil americana – século XIX 5. 1977, Halsted e Bilrroth – instrumentos de hemostasia 6. Final do século XIX – anestesia e princípios de antissepsia AMBIENTAÇÃO CIRÚRGICA CENTRO CIRÚRGICO • Antes da antissepsia eram salas expostas onde os grandes cirurgiões faziam cirurgias ao vivo • Atualmente, temos centros cirúrgicos modernos, com tecnologia de ponta. E também centros de simulação para médicos e estudantes aprenderem novas técnicas. EQUIPE CIRÚRGICA 4 Ian Dondoni | Técnica Operatória | Medicina Ufes POSIÇÕES OPERATÓRIAS Depende de cada cirurgia e qual órgão endereçado. Posições para cirurgia torácica. PREPARO PARA A CIRURGIA 5 Ian Dondoni | Técnica Operatória | Medicina Ufes Mão → outra mão → punho → outro punho → antebraço → outro antebraço. ANTISSEPSIA E CAMPOS OPERATÓRIOS Feito do local onde vou incisar para a periferia • Campos operatórios: são campos estéreis que vão delimitar onde será minha incisão. Devem ser tanto quanto o tamanho previsto para minha incisão. Barreira de proteção para todas as estruturas ao redor. MATERIAIS CIRÚRGICOS • Materiais específicos de cada especialidade. • Aço inoxidável composto de: ferro, carbono, cromo, manganês, silício, molibdênio, enxofre e fósforo. o Ferro: elemento predominante o Cromo: confere a característica inoxidável ao aço o Carbono: dureza (porém permite a oxidação) TEMPOS CIRÚRGICOS 1. Diérese → incisão (abertura dos tecidos) 2. Hemostasia → quando se detém um sangramento 3. Síntese → fechamento dos tecidos OBS.: entre a hemostasia e a síntese existe um tempo cirúrgico chamado de exérese que é a retirada do material. 6 Ian Dondoni | Técnica Operatória | Medicina Ufes DIÉRESE • Latim: diarese • Grego: diaíreses • Divisão o Incisão – ato de separar os tecidos (ferimento) o Secção – ato de cortar (tesoura, serra) o Separação – ato de separar o Punção – introduzir elemento perfurante o Divulsão – separação romba dos tecidos o Dilatação – ampliação do diâmetro • Qualquer uma das etapas de diérese tem que ser muito cuidadosas para que façamos apenas o necessário: o Incisão proporcional ao procedimento o Técnica adequada a cada plano anatômico o Dissecção apropriada com hemostasia o Manipulação cuidadosa • Instrumentos 7 Ian Dondoni | Técnica Operatória | Medicina Ufes A rugina serve para separar os tecidos de forma romba. Rugina de Doyen é usada para separar os músculos intercostais das costelas. Pinça anatômica ou de dissecção. É um instrumento acessório que faz parte dos três tempos cirúrgicos. Pinça dente de rato. HEMOSTASIA • Grego: deter o sangue • Temporária: pinçamento e compressão Pinça hemostática Kelly. Pode ser curva ou reta. 8 Ian Dondoni | Técnica Operatória | Medicina Ufes Pinça hemostática Crile. Pinça hemostática Kocher. Tem o serrilhado até o final e dente de rato na ponta. Pode ser reta ou curva. Pinça hemostática Halsted – mosquito. É parecida com a pinça Crile, mas é menor/mais delicada. Pinça hemostática Mixter (ou passar fio ou pinça de pedículo). Tem o serrilhado até o final e é angulada em 90º. Pinça hemostática Rochester. Maior que a Crile. 9 Ian Dondoni | Técnica Operatória | Medicina Ufes • Definitiva: fios e ligaduras Fios. o Fios orgânicos: causam bastante reação inflamatória. o Fios sintéticos: causam menos reação inflamatória. o Na síntese de um vaso (aorta, coronária, pulmonar) utilizamos fios inabsorvíveis para não correr risco de rompimento e sangramento. 10 Ian Dondoni | Técnica Operatória | Medicina Ufes SÍNTESE • Reconstituição anatômica ou funcional do tecido Porta agulhas de Mayo Hegar. Porta agulhas de Mathieu. Porta agulhas Castroviejo. INSTRUMENTAL VÍDEO 11 Ian Dondoni | Técnica Operatória | Medicina Ufes Grasper (pinça de preensão). Medline. Tesoura. Porta agulhas da cirurgia por vídeo. Grampeador endoscópio. Quando a gente o endereça no tecido, ele vai fazer o grampeamento aonde ele faz a síntese do tecido, detém o sangue (hemostasia) e corta (diérese) para o tecido ser retirado. SINALIZAÇÕES CIRÚRGICAS “Eu quero aquele instrumento que corta”. Bisturi. 12 Ian Dondoni | Técnica Operatória | Medicina Ufes “Eu quero aquele instrumento que vai clampear/fechar um no outro”. Kelly ou Crile. “Eu quero aquele instrumento que vai pinçar”. Pinça anatômica. Afastador de Farabeuf. Tesoura reta ou curva. 13 Ian Dondoni | Técnica Operatória | Medicina Ufes Gaze. Mão espalmada é compressa. Colocar fio na mão. Porta agulhas. 14 Ian Dondoni | Técnica Operatória | Medicina Ufes O movimento de entrega tem que ser firme, único e forte para que o cirurgião sinta que o material chegou na mão e não precise de tirar o olho do campo cirúrgico. Forma de guardar um instrumental que será usado muitas vezes durante a cirurgia. Treine em casa! MONTAGEM DA MESA 15 Ian Dondoni | Técnica Operatória | Medicina Ufes Sempre agregar os iguais com os iguais e organizar pelo tamanho. É bom também deixar organizado de acordo com os tempos cirúrgicos deixando os materiais para hemostasia mais próximos para se caso precise com urgência. CONCLUSÃO • Papel da instrumentação cirúrgica • Habilitação em instrumentação cirúrgica • Particularidades e finalidades de cada instrumento e de cada material • Treinamento contínuo, pois novas técnicas vão surgindo • Novos materiais e novas tecnologias que vão fazendo com que estejamos em constantes estudos e aprendizados REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. MARQUES R.G. Técnica operatória e cirurgia experimental. 1ª ed Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 2. TOLOSA, E.M.C., PEREIRA, P.R.B., MARGARIDO, N.F. Metodização cirúrgica: conhecimento e arte. 1ª ed São Paulo: Atheneu, 2005 3. KALIL, M., LOUREIRO, E.R., PAULO, D.N.S. Técnica operatória. 3ª ed. Vitória: EMESCAM, 2013.
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