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Embriologia II- Embriologia dos Sistemas AULA 1- SISTEMA CARDIOVASCULAR (PARTE 1) 16/11/2021 - Desenvolvimento dos órgãos e tecidos do corpo - Origem das anomalias e erros no desenvolvimento. DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS CORPORAIS Os celomas intraembrionários são cavidades presentes no embrião. Dentro dessa cavidade, formada por mesoderma lateral somático e mesoderma lateral esplâncnico há o espaço necessário para que os órgãos e sistemas possam se desenvolver. As cavidades corporais são formadas para proporcionar o desenvolvimento completo dos órgãos e sistemas do corpo. Sistema Cardiovascular TÓPICOS ABORDADOS: -Desenvolvimento do coração -Desenvolvimento dos vasos sanguíneos ( vasculogênese) - Circulação fetal e neonatal O coração humano é dividido em 4 câmeras, sendo átrio e ventrículo direito e átrio e ventrículo esquerdo. Nota-se que há uma região de entrada, o SEIO VENOSO, local onde o sangue entra no coração para ser enviado aos pulmões através do TRONCO PULMONAR. Depois, o sangue oxigenado retorna pelo átrio esquerdo do coração, onde passa através da VÁLVULA MITRAL para o ventrículo esquerdo, que tem uma parede muscular maior que o ventrículo direito, visto que o sangue será jogado por meio da artéria aorta, que por sua vez, abastecerá com sangue oxigenado todas as regiões corporais. 3° SEMANA - Embrião não é mais capaz de satisfazer suas necessidades nutricionais apenas por difusão. - Necessidade de um sistema efetivo de captura e espalhamento de nutrientes e gases através das células embrionárias. - Primeiro sistema a se desenvolver: cardiovascular - Coração começa a bater no 21° dia (batimentos lentos ~ 4o batimentos por minuto) DE ONDE VEM O SANGUE? A região do alantóide é considerada formadora do sangue. Encontra-se na mesoderma extra embrionária do saco vitelínico. Sabe-se que no interior das células extra embrionárias há uma diferenciação celular propiciada por sinalização entre endoderme do saco vitelínico e mesoderme, para que estas células extra embrionárias se diferenciem em células precursoras do sangue, denominando- se HEMANGIOBLASTOS. Os HEMANGIOBLASTOS se diferenciam e dão origem aos: -HEMOCITOBLASTOS: correspondem às células precursoras sanguíneas ( hematopoiéticas) -ANGIOBLASTOS: são as células precursoras dos vasos sanguíneos. As células precursoras hematopoiéticas são as precursoras das células sanguíneas ( vários locais de produção de sangue durante o desenvolvimento.) Além das células extra embrionárias, há também produção hematopoiética no fígado, placenta, baço), até a produção ser majoritariamente concentrada na medula óssea. Os ANGIOBLASTOS caracterizam a VASCULOGÊNESE. (formação do leito capilar presente em todo corpo embrionário). Vale lembrar que o mesoderma extra embrionário se diferencia em angioblastos ( que terão a capacidade de formar vasos sanguíneos do saco coriônico). 7 DE ONDE VEM O BOMBEAMENTO PARA A CIRCULAÇÃO DESSE SANGUE? O disco BILAMINAR é composto por epiblasto e hipoblasto. Pesquisadores descobriram que na região bem cranial da fosseta primitiva/ linha primitiva entra as células epiblásticas que vão formar o coração. AZUL ESCURO= MESODERMA LATERAL SOMÁTICA VERMELHO: INTERMEDIÁRIA AMARELO: MESODERMA PARAXIAL AZUL CLARO: MESODERMA LATERAL ESPLÂNCNICA As células que vão formar o coração tem origem na região do mesoderma, mais especificamente no mesoderma lateral esplâncnico. As células progenitoras do coração,(também chamada de células cardiogênicas) estão distribuídas dentro do mesoderma lateral esplâncnico em um formato de ferradura ou meia lua cardíaca. FORMAÇÃO DOS CORDÕES CARDIOGÊNICOS - Em formato de meia-lua estão os progenitores do coração. Os precursores cardíacos, provenientes de mesoderma lateral esplâncnico primeiramente se diferenciam em ANGIOBLASTOS, que são, por sua vez, precursores dos vasos sanguíneos. Logo, o coração é composto por um tubo vascular inicial. Os angioblastos se organizam através de importantes fatores gênicos, como: VEGF: fator de crescimento endotelial vascular VEGFR: receptor do fator do crescimento endotelial vascular - Angioblastos expressam o receptor, que captam o fator advindo de vários órgãos (tendo em vista o grande ambiente sinalizador, os órgãos que já estão se desenvolvendo secretam o fator de crescimento endotelial vascular ( VEGF). Assim, ANGIOBLASTOS se arranjam (vasculogênese) para formar os cordões cardiogênicos. * Cordões cardiogênicos sofrem canalização e se transformam nos tubos endocárdicos. Assim , os cordões cardiogênicos produzidos pelos angioblastos são canalizados e com a presença de LUZ há a formação dos TUBOS ENDOCÁRDICOS. DOBRAMENTO LONGITUDINAL Há a formação do EMBRIÃO em formato de C. - Por esse dobramento, os tubos endocárdicos vão conseguir se posicionar corretamente na região ventral. *Com o dobramento longitudinal, no final da terceira semana, os tubos endocárdicos se posicionam ventralmente e se fundem. Há duas regiões importantes: REGIÃO de FORMAÇÃO DO CORAÇÃO: mais CRANIAL. A continuidade da passagem do sangue no sistema cardiovascular primitivo será chamada de AORTAS DORSAIS. Haverá uma fusão dos tubos endocárdicos tanto na região dorsal quanto na região ventral. Com a FUSÃO DOS TUBOS ENDOCÁRDICOS- há a formação do coração primitivo. Para melhor visualização da formação cardíaca são utilizados cortes transversais, permitindo visualizar a fusão dos tubos endocárdicos. cordão cardíaco = cordão endocárdico Diferenciação das células da mesoderme lateral esplâncnica → formação do ENDOCÁRDIO e MIOCÁRDIO. INÍCIO DA 3° SEMANA: FUSÃO DOS TUBOS ENDOCÁRDICOS, fusão do endocárdio, formando um só tubo na região ventral. SEIO VENOSO: por onde o sangue entra no coração ÁTRIO COMUM VENTRÍCULO COMUM BULBO CARDÍACO ( CORNO ARTERIAL, TRONCO ARTERIOSO): primórdio tanto do tronco pulmonar quanto da artéria aorta. TRONCO ARTERIAL/ ARTERIOSO: região de saída do tronco do coração. PRIMEIROS BATIMENTOS CARDÍACOS: Começam a partir do 21° dia com as contrações iniciais, pelas células do miocárdio, devido à troca pelos sinais sódio-cálcio (responsáveis pelos batimentos cardíacos iniciais) *não há um sistema nervoso definido CIRCULAÇÃO PRIMITIVA Os arcos aórticos são pares. As artérias da região da cabeça são formadas pelo remodelamento dos arcos aórticos. O ÁTRIO encontra-se em uma porção mais inferior e o ventrículo superiormente à ele. DOBRAMENTOS DO CORAÇÃO “LOOPING CARDÍACO” -Dias 23 a 28 Os átrios se dobram e o coração tem sua forma característica para que haja o posicionamento final desse órgão. É um dobramento em S, em que: Bulbo cardíaco é deslocado para a direita e o ventrículo para a esquerda. Os átrios são deslocados cranialmente (por trás) ANOMALIAS: DEXTROCARDIA -Se houver uma não expressão correta de alguns genes que fazem o dobramento cardíaco pode ocasionar em um posicionamento errôneo dos ventrículos, causando anomalias, como a dextrocardia. SEPTAÇÃO( divisão) DAS CÂMARAS CARDÍACAS: -Eventos que acontecem da 4° à 8° semanas. Concomitantemente ao dobramento cardíaco, as câmeras sofrem septação. Anteriormente não existia uma separação entre átrios e ventrículos. SEPTAÇÃO ÁTRIO-VENTRICULAR Divisão entre os átrios e ventrículos pelos coxins endocárdicos (33° dia- septo átrio-ventricular) - Coxins endocárdicos correspondem às massas celulares diferenciadas a partir de células do endocárdio (são células mesenquimais). - Células do miocárdio envia sinais ( células denominadas adérons) que se ligamaos receptores do endocárdio. As células do endocárdio recebe esses sinais e algumas delas se diferenciam em células mesenquimais, que vão compor os COXINS ENDOCÁRDICOS. *Lembrando que o tubo do endocárdio é revestido por células endocárdicas. Os coxins endocárdicos crescem e separam a câmara atrial da câmara ventricular. Os coxins darão origem às válvulas átrio-ventriculares VÁLVULA TRICÚSPIDE ( lado direito) VÁLVULA MITRAL (lado esquerdo) Proliferação das células dos coxins endocárdicos - formação das válvulas. SEPTAÇÃO DOS ÁTRIOS: separação das circulações sistêmica e pulmonar. Pulmões no embrião/ feto NÃO são funcionais. Todo o O2 que o embrião precisa advém da placenta. - Entrada de sangue rico em O2 pelo seio venoso no átrio direito em formação - Adaptações na circulação fetal que permite a passagem de sangue para que a fisiologia se mantenha estável. SEPTAÇÃO DOS ÁTRIOS: septum primum e foramen primum- relação com circulação primitiva. Inicialmente uma proliferação de células do endocárdio irá formar o septo primum (1° septo) entre o átrio direito e o átrio esquerdo. O sangue continua passando pelo forame primum (região de passagem do sangue do átrio direito para o esquerdo). É uma adaptação para não sobrecarregar com alta pressão sanguínea os pulmões. Como os pulmões são preenchidos por líquido, é necessário ter um alívio de pressão sanguínea. O sangue passa do átrio direito para o átrio esquerdo: importante para garantir maior aporte sanguíneo aos tecidos corporais em desenvolvimento. SEPTAÇÃO DOS ÁTRIOS: foramen secundum, septum secundum, -Proliferação de células do coxim vão fechar o foramen primum. A partir de então haverá uma morte celular programada do septo primum que vai formar o foramen secundum, tendo em vista que o 1° septo se obliterou, havendo a formação do forame seculum (secundário). À direita do forame secundum, um outro septo se formou na parede do endocárdio, denominado septo secundum. SEPTAÇÃO DOS ÁTRIOS: forame oval O septo secundum se prolifera, formando o FORAME OVAL, que permite que o sangue passe do átrio direito para o átrio esquerdo. Isso denomina-se “shunt” cardíaco (desvio de sangue) entre o átrio direito e esquerdo. Indispensável no desenvolvimento do embrião. *Região de entrada do sangue no coração: átrio direito, pela veia cava. - Há anomalias que acometem o FORAME OVAL ( comunicações interatriais- tópico de seminário) SEPTAÇÃO DOS VENTRÍCULOS Os ventrículos ainda não estavam septados. Serão divididos em ventrículo direito e esquerdo através do SEPTO INTERVENTRICULAR. Esse septo tem duas partes: - uma parte muscular: derivada da mesoderme lateral esplâncnica do miocárdio, - outra parte membranácea: derivada das cristas troncoconais- advindas da crista neural + coxim atrioventricular -Toda a septação ocorre simultaneamente, seja a dos átrios, ventrículos e do cone/ tronco arterioso. As duas massas de células,denominadas CRISTAS DO CONE são importantes para a septação do ventrículo e para a septação do trato de saída, ou seja, do tronco arterioso. O trato de saída do coração será o tronco pulmonar e artéria aorta. Essa septação ocorre através do tronco arterioso (inicialmente comum, depois será septado). As massas presentes na borda cone ventricular, entre o cone arterioso e o ventrículo são denominadas massas troncoconais. Essas células vem da crista neural. As cristas troncoconais se posicionam na borda entre o tronco e o ventrículo + coxim atrioventricular. CÉLULAS DA CRISTA NEURAL As células da crista neural advém da região vagal. Há a separação do trato de saída em tronco pulmonar e artéria aorta, pois inicialmente havia um tronco/ bulbo arterioso comum, que é o local de saída do sangue do coração. Porém , depois esse tronco se separa em dois vasos. E quem proporciona essa separação são as células da crista neural. Essa septação ajuda no posicionamento correto do tronco pulmonar (com saída para o ventrículo direito) e a aorta (com saída para o ventrículo esquerdo). Assim , ao mesmo tempo que o septo membranoso se forma, o tronco arterioso (futura aorta/ tronco pulmonar) sofre septação. ILUSTRAÇÃO DA SEPTAÇÃO: Essa septação é feita em “espiral”. Assim, o lado esquerdo passa pelo direito e vice versa. SEPTAÇÃO DO TRATO DE SAÍDA E FORMAÇÃO DAS ARTÉRIAS AORTA E PULMONAR Vê-se que a aorta encontra-se por baixo do tronco pulmonar. Lembrando que essa septação é possível devido a presença de células de crista neural, que por sua vez realizam esse arranjo. - ANOMALIAS PRESENTES: -Comunicação inter-ventricular (CIV) -Tronco Arterioso persistente: ocorre quando as cristas tronco-conais não se formam, de modo que não há divisão da via de saída. Essa anomalia está sempre acompanhada por um defeito de septo interventricular. Assim , o tronco não dividido se sobrepõe, e assim, recebe sangue de ambos os ventrículos. *Os neonatos quase sempre apresentam nas primeiras semanas de vida, cianose). -Válvulas semilunares no trato de saída: pulmonar e aórtica. Impedem que o sangue retorne aos ventrículos. As válvulas semilunares são derivadas da mesoderme cardíaco e crista neural. -Anomalia da Válvula Aórtica: é bicúspide ao invés de tricúspide, prejudicando a saída de sangue do coração. AULA 2- SISTEMA CARDIOVASCULAR PARTE 2- 17/11/2021 -Formação de vasos sanguíneos intra- embrionários - Desenvolvimento das principais artérias -Remodelamento do arco aórtico -Desenvolvimento das principais veias 3°SEMANA: precursores -Mesoderma lateral esplâncnico diferencia-se em: Angioblastos para formar os demais vasos do corpo. Os angioblastos possuem em sua membrana, receptores do fator de crescimento endotelial vascular (VEGFR). Já o tecido circundante, seja endoderme, tecido ectodérmico secretam o fator de crescimento endotelial vascular, cuja abreviação é VEGF. Isso será um sinal para que esses angioblastos se agreguem e formem o plexo capilar através do processo de VASCULOGÊNESE, que compreende a organização inicial do plexo capilar. ANGIOGÊNESE: -Definição: Propagação de vasos que já se formaram. Ocorre no período pré- natal e vida adulta. CÉLULAS MESENQUIMAIS formam a parede dos vasos. Logo, o endotélio será formado por células que serão recrutadas para compor esse tecido. Porém.. -Como se dá a ESPECIFICAÇÃO em artérias, veias e vasos linfáticos? DIFERENCIAÇÃO DE ARTÉRIAS,VEIAS E SISTEMA LINFÁTICO Para a formação das artérias, além do Notch, há também a participação do Shh (sonic hedgehog). Porém, ele não se encontra na formação de VEIAS. A especificação de artérias e veias advém da determinação genética e da dinâmica de fluidos. ARTÉRIAS: Vasos que transportam o sangue do coração para outras partes do corpo. VEIAS: Vasos que transportam o sangue de todas as partes do corpo para o coração. O desenvolvimento do SISTEMA LINFÁTICO não é completamente conhecido. Há teorias que afirmam que os vasos linfáticos derivam das veias. DESENVOLVIMENTO DAS AORTAS DORSAIS E VENTRAIS As células que formarão as aortas tem origem no mesoderma lateral esplâncnico. Os cordões cardiogênicos sofrem canalização e se transformam nos tubos endocárdicos. Com o dobramento ,longitudinal, no final da terceira semana, os tubos endocárdicos se posicionam ventralmente e se fundem. Há também a continuidade do tubo endocárdico, que são as aortas dorsais ( estão mais ao dorso em relação à região de formação do coração) O fusionamento dos tubos endocárdicos se dá em uma porção mais distal ( não muito cranial). Na região dorsal, as aortas dorsais se fusionam. Na região ventral, a saída do coração é chamada “saco aórtico” ou “aorta ventral”.- O trato de saída do coração vai se ramificar primeiramente no saco aórtico, que irá também se ramificar. Fusão dos tubos endocárdicos (coração primitivo) A origem embrionária das aortas é a mesma. Porém na porção mais ventral há a formação do coração e na região mais dorsal há as aortas dorsais. SACO AÓRTICO: desenvolvimento dos arcos aórticos. Vale lembrar que o tronco arterioso é primórdio do tronco pulmonar e da artéria aorta. -RAMIFICAÇÃO DOS ARCOS AÓRTICOS que conectam-se à aorta dorsal O saco aórtico irá se ramificar para dar origem aos ARCOS AÓRTICOS. Os arcos aórticos se ramificam para abastecer os arcos faríngeos. A ramificação da aorta dorsal abastece o saco aórtico, que por sua vez se ramificou em arcos aórticos. Estes, por sua vez, abastece os arcos faríngeos. ARCOS AÓRTICOS: aporte sanguíneo dos arcos faríngeos. Há 6 pares de arcos aórticos, sendo que o 5° é rudimentar ( raramente é reconhecido). Importante observar que os arcos aórticos (em vermelho) desembocam na AORTA DORSAL e são sempre em pares, abastecendo os arcos faríngeos dos dois arcos da face. SISTEMA ARCO-AÓRTICO EMBRIONÁRIO (3°-4° sem) Sabe-se que os arcos faríngeos são estruturas transicionais, isto é, serão remodeladas e importantes para o remodelamento da face. Assim , os arcos aórticos também são transientes. Haverá também um remodelamento dos arcos aórticos. Vai ocorrer uma regressão de alguns e remodelamento de outros. Irão permanecer o 3°, 4° e 6° arcos aórticos e dão origem a artérias importantes. Os demais regridem. Esse DUTO ARTERIOSO liga a artéria pulmonar esquerda ao arco da aorta (passagem de sangue). -Aortas dorsais se fundem/ fusionam em um determinado momento. -Ramificações da aorta dorsal vão dar origem a artérias importantes do corpo. A ramificação da aorta dorsal vai formar a artéria celíaca, artéria mesentérica superior, artéria mesentérica inferior. Uma desses brotamentos/bifurcações são as 2 artérias umbilicais ( importantes por levar o sangue pobre em O2 e rico em excretas do embrião para a mãe), para que esse sangue seja oxigenado. -Artérias umbilicais suprem alantóide e placenta. Levam o sangue do corpo embrionário para ser oxigenado na placenta. Após o nascimento, as artérias umbilicais serão: -Artérias ilíacas internas - Artérias vesicais -DESENVOLVIMENTO DAS PRINCIPAIS VEIAS (formação do trato de entrada do sangue no coração) 1- Cardinais 2- Vitelinas 3- Umbilicais SEIO VENOSO: É o trato de entrada do sangue no coração. É composto pelas veias cardinais anteriores (são pares), as veias cardinais comuns e veias cardinais posteriores. As VEIAS CARDINAIS ANTERIORES drenam o sangue da porção anterior para o coração. “ “ “ POSTERIORES drenam o sangue da porção posterior para o coração. As VEIAS CARDINAIS COMUNS: ponto de encontro das veias cardinais posteriores e inferiores e a entrada desse sangue no coração. No início do desenvolvimento há duas veias umbilicais e há também um par de veias vitelínicas. - POSIÇÃO DO SEIO VENOSO Há 2 seios divididos no corno esquerdo no corno direito. Existe esse remodelamento para que se forme o trato definitivo de entrada do sangue, que se dará pelo ÁTRIO DIREITO. Após o looping cardíaco os átrios e ventrículos estarão corretamente posicionados. Após o looping (giro) cardíaco, nota-se que o corno direito é favorecido para que ele continue ligando ao átrio direito. O corno esquerdo sofre obliteração. Logo, apenas o corno direito possui a região de entrada no átrio direito. O CORNO DIREITO também se transformará em um só vaso, que será exatamente a VEIA CAVA, que terá, por sua vez, duas ramificações, sendo: a VEIA CAVA CRANIAL e a VEIA CAVA CAUDAL ( regiões de entrada do sangue no coração). Assim , pode-se dizer que a região de entrada sanguínea é favorecida do lado direito (corno direito) e posicionada para desembocar no átrio direito do coração; O remodelamento do CORNO ESQUERDO dará origem ao SEIO CORONÁRIO. O remodelamento/anastomose das veias umbilicais e vitelinas serão importantes p/ determinação do sistema venoso embrionário. Está acontecendo no embrião, o desenvolvimento de outros sistemas -VEIAS VITELINAS E UMBILICAIS: Tornam-se associadas ao fígado em desenvolvimento. Sabe-se que o fígado brota do intestino primitivo, que é derivado da endoderme. As veias vitelinas se associam ao fígado em desenvolvimento. VASCULOGÊNESE DO FÍGADO EM DESENVOLVIMENTO, acontece uma anastomose (união) do leito capilar, formado pelas veias vitelinas com o fígado em desenvolvimento. A veia porta hepática (vitelina) se forma pelo remodelamento das veias vitelinas e umbilicais. Em um certo momento, a veia umbilical direita se degenera e a veia umbilical esquerda continua e se liga à continuidade do leito vascular (veia cava inferior) por um vaso denominado DUTO VENOSO, desembocando com grande pressão no átrio direito. Obs! Pela veia umbilical vem o sangue rico em O2 que foi oxigenado nas vilosidades coriônicas. O sangue passa então pelo desvio do fígado (denominado duto venoso) e desemboca na veia cava inferior. Assim, o sangue oxigenado da veia umbilical desemboca no átrio direito. Há também a FORMAÇÃO das VEIAS PULMONARES (4°-8° semanas). Essa formação: -Independe do seio venoso. A veia pulmonar está associada ao lado esquerdo do coração ( ao átrio esquerdo) -No início, apenas uma veia pulmonar desemboca a AE -Com o crescimento do átrio, há ramificações e 4 entradas das veias pulmonares. Inicialmente, o sistema venoso pulmonar, que se abria no átrio esquerdo através de um único orifício, passa a se abrir com quatro orifícios separados, dois deles correspondentes às veias pulmonares direita, e os outros dois, a duas veias pulmonares esquerda. Essas veias pulmonares são definitivas. A parte lisa da parede do átrio esquerdo foi formada pela incorporação da parede da veia pulmonar primitiva. ADAPTAÇÕES NA CIRCULAÇÃO FETAL *1° adaptação: veia umbilical ( a esquerda degenera, restando apenas a direita). Apresenta ligação com a placenta e com a circulação coriônica. O sangue oxigenado chega da placenta através da veia umbilical. *2° adaptação: ducto venoso. Desvio direto que desemboca na veia cava inferior, que vai levar o sangue diretamente para o átrio direito do coração. É importante por não deixar todo o sangue oxigenado se espalhar pelo fígado. PRIMEIRA MISTURA DE SANGUE: da veia cava inferior, A hemoglobina fetal apresenta maior afinidade pelo oxigênio. As adaptações são essenciais, pois possibilitam que os tecidos absorvam o máximo de oxigenação possível. CIRCULAÇÃO FETAL -Durante o período fetal, os pulmões são não-funcionais. Logo, as trocas gasosas não acontecem no pulmão. O pulmão fetal está repleto de líquido pulmonar. 3° adaptação: Vasoconstrição pulmonar hipóxica, que protege o pulmão fetal de altas pressões. O sangue chega ao sangue com muita pressão, seguindo o trajeto: VEIA UMBILICAL DUCTO VENOSO VEIA CAVA INFERIOR Chegando ao lado direito (do átrio). Os vasos do pulmão fetal apresentam resistência. 4° adaptação: forame oval e duto arterioso. O sangue chega com muita pressão pelo lado direito do coração e passa pelo lado esquerdo do coração através de uma válvula (forame oval). Isso reduz a pressão. Assim, o sangue com grande pressão passa para o átrio esquerdo, porém parte desse sangue vai para o ventrículo direito e é encaminhado ao tronco pulmonar para os pulmões ( que estão em movimento e que também precisam de oxigênio). O DUTO ARTERIOSO, presente entre a artéria pulmonar esquerda e a artéria aorta. A aorta, então, distribui o sangue pelo corpo. Também há passagem desangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, saindo para a a. aorta ascendente, abastece a metade superior do corpo. O forame oval é uma adaptação importante devido à vasoconstrição dos pulmões. CIRCULAÇÃO FETAL: RESUMO Sangue rico em O2 chegando pela placenta pela veia umbilical (contrações uterinas). Alta pressão sanguínea. Sangue rico em O2 passa pelo duto venoso. Há mistura de sangue rico e pobre em O2, já na VEIA CAVA INFERIOR. O ambiente fetal não apresenta muito oxigênio, por isso as adaptações são importantes. Mistura de sangue rico e pobre em O2, no átrio direito (veia cava inferior e superior) Sangue oxigenado passa entre os átrios (D→E) e para o ventrículo esquerdo. Sai pela aorta (duto arterioso e VE) com grande concentração de O2 e abastece o encéfalo. Sangue segue pela aorta dorsal (descendente) e parte do sangue volta para a placenta, através das artérias umbilicais para dar continuação ao ciclo. CIRCULAÇÃO NEONATAL -Cordão umbilical cortado, veia umbilical regride. Pulmões realizando trocas, fluxo de sangue maior, baixa resistência e maior pressão no átrio esquerdo. O sangue do ventrículo direito segue para o tronco pulmonar. Haverá a abertura da circulação pulmonar, isto é, sangue entrando com muito mais pressão pelo lado esquerdo do coração (átrio esquerdo). Com a abertura da circulação pulmonar, há maior pressão sanguínea pelo átrio esquerdo, fechando o septo secundum. Dessa forma, o sangue não vai passar pelo lado direito do coração, exceto se houver alguma anomalia. Forame oval se fecha, não há mais mistura de sangue arterial e venoso no coração. Duto arterioso se regenera ( pois não haverá mais a ligação da a. pulmonar esquerda e a. aorta). O septo aórtico pulmonar é derivado das células da crista neural. O primeiro indício de sangue é o mesoderma extraembrionário do saco vitelínico. O sangue fetal, comparado com o sangue de um adulto, tem baixa concentração de oxigênio. Uma adaptação a esta condição é a hemoglobina fetal, que tem maior afinidade ao oxigênio. O sexto arco aórtico dará origem ao duto arterioso. A circulação fetal tem como adaptações: ● Veia umbilical, duto venoso, forame oval, duto arterioso, artérias umbilicais
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