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Desenvolvimento Sistema Cardiovascular

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Embriologia II- Embriologia dos 
Sistemas 
AULA 1- SISTEMA CARDIOVASCULAR 
(PARTE 1) 16/11/2021 
 
- Desenvolvimento dos órgãos e 
tecidos do corpo 
- Origem das anomalias e erros no 
desenvolvimento. 
 
DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS 
CORPORAIS 
 
Os celomas intraembrionários são 
cavidades presentes no embrião. 
 
Dentro dessa cavidade, formada por 
mesoderma lateral somático e 
mesoderma lateral esplâncnico há o 
espaço necessário para que os órgãos e 
sistemas possam se desenvolver. 
 As cavidades corporais são formadas 
para proporcionar o desenvolvimento 
completo dos órgãos e sistemas do 
corpo. 
 
 Sistema Cardiovascular 
 TÓPICOS ABORDADOS: 
-Desenvolvimento do coração 
-Desenvolvimento dos vasos sanguíneos 
( vasculogênese) 
- Circulação fetal e neonatal 
 
O coração humano é dividido em 4 
câmeras, sendo átrio e ventrículo direito 
e átrio e ventrículo esquerdo. 
 
 
 
 
Nota-se que há uma região de entrada, 
o SEIO VENOSO, local onde o sangue 
entra no coração para ser enviado aos 
pulmões através do TRONCO 
PULMONAR. Depois, o sangue oxigenado 
retorna pelo átrio esquerdo do coração, 
onde passa através da VÁLVULA MITRAL 
para o ventrículo esquerdo, que tem 
uma parede muscular maior que o 
ventrículo direito, visto que o sangue 
será jogado por meio da artéria aorta, 
que por sua vez, abastecerá com sangue 
oxigenado todas as regiões corporais. 
 
 
 
 
 3° SEMANA 
- Embrião não é mais capaz de 
satisfazer suas necessidades 
nutricionais apenas por difusão. 
- Necessidade de um sistema 
efetivo de captura e 
espalhamento de nutrientes e 
gases através das células 
embrionárias. 
- Primeiro sistema a se desenvolver: 
cardiovascular 
- Coração começa a bater no 21° 
dia (batimentos lentos ~ 4o 
batimentos por minuto) 
 
 DE ONDE VEM O SANGUE? 
 
 
A região do alantóide é considerada 
formadora do sangue. Encontra-se na 
mesoderma extra embrionária do saco 
vitelínico. 
Sabe-se que no interior das células extra 
embrionárias há uma diferenciação 
celular propiciada por sinalização entre 
endoderme do saco vitelínico e 
mesoderme, para que estas células extra 
embrionárias se diferenciem em células 
precursoras do sangue, denominando-
se HEMANGIOBLASTOS. 
 
Os HEMANGIOBLASTOS se diferenciam 
e dão origem aos: 
-HEMOCITOBLASTOS: correspondem às 
células precursoras sanguíneas ( 
hematopoiéticas) 
-ANGIOBLASTOS: são as células 
precursoras dos vasos sanguíneos. 
 
 
 
 
As células precursoras hematopoiéticas 
são as precursoras das células 
sanguíneas ( vários locais de produção 
de sangue durante o desenvolvimento.) 
 
 
Além das células extra embrionárias, há 
também produção hematopoiética no 
fígado, placenta, baço), até a produção 
ser majoritariamente concentrada na 
medula óssea. 
 
 
 
Os ANGIOBLASTOS caracterizam a 
VASCULOGÊNESE. (formação do leito 
capilar presente em todo corpo 
embrionário). 
 
Vale lembrar que o mesoderma extra 
embrionário se diferencia em 
angioblastos ( que terão a capacidade 
de formar vasos sanguíneos do saco 
coriônico). 
7 
DE ONDE VEM O BOMBEAMENTO PARA 
A CIRCULAÇÃO DESSE SANGUE? 
 
O disco BILAMINAR é composto por 
epiblasto e hipoblasto. 
Pesquisadores descobriram que na 
região bem cranial da fosseta primitiva/ 
linha primitiva entra as células 
epiblásticas que vão formar o coração. 
 
 
 
AZUL ESCURO= MESODERMA LATERAL 
SOMÁTICA 
VERMELHO: INTERMEDIÁRIA 
AMARELO: MESODERMA PARAXIAL 
AZUL CLARO: MESODERMA LATERAL 
ESPLÂNCNICA 
 As células que vão formar o coração 
tem origem na região do mesoderma, 
mais especificamente no mesoderma 
lateral esplâncnico. 
 
 
 
As células progenitoras do 
coração,(também chamada de células 
cardiogênicas) estão distribuídas dentro 
do mesoderma lateral esplâncnico em 
um formato de ferradura ou meia lua 
cardíaca. 
 
 
 
 
 
FORMAÇÃO DOS CORDÕES 
CARDIOGÊNICOS 
- Em formato de meia-lua estão os 
progenitores do coração. 
 
Os precursores cardíacos, provenientes 
de mesoderma lateral esplâncnico 
primeiramente se diferenciam em 
ANGIOBLASTOS, que são, por sua vez, 
precursores dos vasos sanguíneos. 
Logo, o coração é composto por um 
tubo vascular inicial. 
Os angioblastos se organizam através 
de importantes fatores gênicos, como: 
VEGF: fator de crescimento endotelial 
vascular 
VEGFR: receptor do fator do 
crescimento endotelial vascular 
 
- Angioblastos expressam o receptor, 
que captam o fator advindo de vários 
órgãos (tendo em vista o grande 
ambiente sinalizador, os órgãos que já 
estão se desenvolvendo secretam o fator 
de crescimento endotelial vascular ( 
VEGF). 
Assim, ANGIOBLASTOS se arranjam 
(vasculogênese) para formar os cordões 
cardiogênicos. 
 
* Cordões cardiogênicos sofrem 
canalização e se transformam nos tubos 
endocárdicos. 
 
Assim , os cordões cardiogênicos 
produzidos pelos angioblastos são 
canalizados e com a presença de LUZ 
há a formação dos TUBOS 
ENDOCÁRDICOS. 
 
 
 
DOBRAMENTO LONGITUDINAL 
Há a formação do EMBRIÃO em formato 
de C. 
- Por esse dobramento, os tubos 
endocárdicos vão conseguir se 
posicionar corretamente na 
região ventral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Com o dobramento longitudinal, no 
final da terceira semana, os tubos 
endocárdicos se posicionam 
ventralmente e se fundem. 
Há duas regiões importantes: 
 REGIÃO de FORMAÇÃO DO CORAÇÃO: 
mais CRANIAL. 
A continuidade da passagem do sangue 
no sistema cardiovascular primitivo será 
chamada de AORTAS DORSAIS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Haverá uma fusão dos tubos 
endocárdicos tanto na região dorsal 
quanto na região ventral. 
 
Com a FUSÃO DOS TUBOS 
ENDOCÁRDICOS- há a formação do 
coração primitivo. 
 
Para melhor visualização da formação 
cardíaca são utilizados cortes 
transversais, permitindo visualizar a 
fusão dos tubos endocárdicos. 
cordão cardíaco = cordão endocárdico 
 
 
Diferenciação das células da 
mesoderme lateral esplâncnica → 
formação do ENDOCÁRDIO e 
MIOCÁRDIO. 
 
 
 
INÍCIO DA 3° SEMANA: 
 
FUSÃO DOS TUBOS ENDOCÁRDICOS, 
fusão do endocárdio, formando um só 
tubo na região ventral. 
 
 
SEIO VENOSO: por onde o sangue entra 
no coração 
ÁTRIO COMUM 
VENTRÍCULO COMUM 
BULBO CARDÍACO ( CORNO ARTERIAL, 
TRONCO ARTERIOSO): primórdio tanto 
do tronco pulmonar quanto da artéria 
aorta. 
TRONCO ARTERIAL/ ARTERIOSO: região 
de saída do tronco do coração. 
 
 
 
PRIMEIROS BATIMENTOS CARDÍACOS: 
Começam a partir do 21° dia com as 
contrações iniciais, pelas células do 
miocárdio, devido à troca pelos sinais 
sódio-cálcio (responsáveis pelos 
batimentos cardíacos iniciais) 
*não há um sistema nervoso definido 
 
 
 
CIRCULAÇÃO PRIMITIVA 
 
 
Os arcos aórticos são pares. As artérias 
da região da cabeça são formadas pelo 
remodelamento dos arcos aórticos. 
 
O ÁTRIO encontra-se em uma porção 
mais inferior e o ventrículo 
superiormente à ele. 
 
DOBRAMENTOS DO CORAÇÃO 
“LOOPING CARDÍACO” 
 
-Dias 23 a 28 
Os átrios se dobram e o coração tem 
sua forma característica para que haja 
o posicionamento final desse órgão. 
 
 
 
 É um dobramento em S, em que: 
Bulbo cardíaco é deslocado para a 
direita e o ventrículo para a esquerda. 
Os átrios são deslocados cranialmente 
(por trás) 
 
 
 
 
 
ANOMALIAS: DEXTROCARDIA 
-Se houver uma não expressão correta 
de alguns genes que fazem o 
dobramento cardíaco pode ocasionar 
em um posicionamento errôneo dos 
ventrículos, causando anomalias, como 
a dextrocardia. 
 
 
 
SEPTAÇÃO( divisão) DAS CÂMARAS 
CARDÍACAS: 
 
-Eventos que acontecem da 4° à 8° 
semanas. 
Concomitantemente ao dobramento 
cardíaco, as câmeras sofrem septação. 
 
Anteriormente não existia uma 
separação entre átrios e ventrículos. 
 
SEPTAÇÃO ÁTRIO-VENTRICULAR 
Divisão entre os átrios e ventrículos 
pelos coxins endocárdicos (33° dia- 
septo átrio-ventricular) 
- Coxins endocárdicos 
correspondem às massas 
celulares diferenciadas a partir 
de células do endocárdio (são 
células mesenquimais). 
- Células do miocárdio envia sinais ( 
células denominadas adérons) 
que se ligamaos receptores do 
endocárdio. 
As células do endocárdio recebe esses 
sinais e algumas delas se diferenciam 
em células mesenquimais, que vão 
compor os COXINS ENDOCÁRDICOS. 
*Lembrando que o tubo do endocárdio 
é revestido por células endocárdicas. 
 
 
 
 
 
 
 
Os coxins endocárdicos crescem e 
separam a câmara atrial da câmara 
ventricular. 
 
 
 
 
 
 
Os coxins darão origem às válvulas 
átrio-ventriculares 
VÁLVULA TRICÚSPIDE ( lado direito) 
VÁLVULA MITRAL (lado esquerdo) 
 
Proliferação das células dos coxins 
endocárdicos 
- formação das válvulas. 
 
SEPTAÇÃO DOS ÁTRIOS: separação das 
circulações sistêmica e pulmonar. 
Pulmões no embrião/ feto NÃO são 
funcionais. Todo o O2 que o embrião 
precisa advém da placenta. 
 
- Entrada de sangue rico em O2 
pelo seio venoso no átrio direito 
em formação 
- Adaptações na circulação fetal 
que permite a passagem de 
sangue para que a fisiologia se 
mantenha estável. 
 
 
SEPTAÇÃO DOS ÁTRIOS: septum primum 
e foramen primum- relação com 
circulação primitiva. 
Inicialmente uma proliferação de células 
do endocárdio irá formar o septo 
primum (1° septo) entre o átrio direito e o 
átrio esquerdo. O sangue continua 
passando pelo forame primum (região 
de passagem do sangue do átrio direito 
para o esquerdo). É uma adaptação 
para não sobrecarregar com alta 
pressão sanguínea os pulmões. 
Como os pulmões são preenchidos por 
líquido, é necessário ter um alívio de 
pressão sanguínea. 
 
 
O sangue passa do átrio direito para o 
átrio esquerdo: importante para garantir 
maior aporte sanguíneo aos tecidos 
corporais em desenvolvimento. 
 
SEPTAÇÃO DOS ÁTRIOS: foramen 
secundum, septum secundum, 
-Proliferação de células do coxim vão 
fechar o foramen primum. 
A partir de então haverá uma morte 
celular programada do septo primum 
que vai formar o foramen secundum, 
tendo em vista que o 1° septo se 
obliterou, havendo a formação do 
forame seculum (secundário). 
 
 
À direita do forame secundum, um outro 
septo se formou na parede do 
endocárdio, denominado septo 
secundum. 
SEPTAÇÃO DOS ÁTRIOS: forame oval 
O septo secundum se prolifera, 
formando o FORAME OVAL, que permite 
que o sangue passe do átrio direito para 
o átrio esquerdo. Isso denomina-se 
“shunt” cardíaco (desvio de sangue) entre 
o átrio direito e esquerdo. Indispensável 
no desenvolvimento do embrião. 
*Região de entrada do sangue no 
coração: átrio direito, pela veia cava. 
 
- Há anomalias que acometem o 
FORAME OVAL ( comunicações 
interatriais- tópico de seminário) 
 
 
 SEPTAÇÃO DOS VENTRÍCULOS 
 
 
Os ventrículos ainda não estavam 
septados. Serão divididos em ventrículo 
direito e esquerdo através do SEPTO 
INTERVENTRICULAR. 
Esse septo tem duas partes: 
- uma parte muscular: derivada da 
mesoderme lateral esplâncnica do 
miocárdio, 
- outra parte membranácea: 
derivada das cristas 
troncoconais- advindas da crista 
neural + coxim atrioventricular 
 
 
-Toda a septação ocorre 
simultaneamente, seja a dos átrios, 
ventrículos e do cone/ tronco arterioso. 
As duas massas de células,denominadas 
CRISTAS DO CONE são importantes 
para a septação do ventrículo e para a 
septação do trato de saída, ou seja, do 
tronco arterioso. 
 
O trato de saída do coração será o 
tronco pulmonar e artéria aorta. 
Essa septação ocorre através do tronco 
arterioso (inicialmente comum, depois 
será septado). 
 
As massas presentes na borda cone 
ventricular, entre o cone arterioso e o 
ventrículo são denominadas massas 
troncoconais. Essas células vem da 
crista neural. 
 
As cristas troncoconais se posicionam 
na borda entre o tronco e o ventrículo + 
coxim atrioventricular. 
 
 
 
 CÉLULAS DA CRISTA NEURAL 
As células da crista neural advém da 
região vagal. 
 
Há a separação do trato de saída em 
tronco pulmonar e artéria aorta, pois 
inicialmente havia um tronco/ bulbo 
arterioso comum, que é o local de saída 
do sangue do coração. Porém , depois 
esse tronco se separa em dois vasos. E 
quem proporciona essa separação são 
as células da crista neural. 
Essa septação ajuda no posicionamento 
correto do tronco pulmonar (com saída 
para o ventrículo direito) e a aorta (com 
saída para o ventrículo esquerdo). 
Assim , ao mesmo tempo que o septo 
membranoso se forma, o tronco 
arterioso (futura aorta/ tronco 
pulmonar) sofre septação. 
 
 
 
 
 ILUSTRAÇÃO DA SEPTAÇÃO: 
 
 
Essa septação é feita em “espiral”. Assim, 
o lado esquerdo passa pelo direito e 
vice versa. 
 
SEPTAÇÃO DO TRATO DE SAÍDA E 
FORMAÇÃO DAS ARTÉRIAS AORTA E 
PULMONAR 
 
 
 
Vê-se que a aorta encontra-se por baixo 
do tronco pulmonar. Lembrando que 
essa septação é possível devido a 
presença de células de crista neural, que 
por sua vez realizam esse arranjo. 
 
 
 
- ANOMALIAS PRESENTES: 
-Comunicação inter-ventricular (CIV) 
 
-Tronco Arterioso persistente: ocorre 
quando as cristas tronco-conais não se 
formam, de modo que não há divisão da 
via de saída. Essa anomalia está sempre 
acompanhada por um defeito de septo 
interventricular. 
Assim , o tronco não dividido se 
sobrepõe, e assim, recebe sangue de 
ambos os ventrículos. 
*Os neonatos quase sempre apresentam 
nas primeiras semanas de vida, cianose). 
 
-Válvulas semilunares no trato de saída: 
pulmonar e aórtica. Impedem que o 
sangue retorne aos ventrículos. As 
válvulas semilunares são derivadas da 
mesoderme cardíaco e crista neural. 
 
 
-Anomalia da Válvula Aórtica: é 
bicúspide ao invés de tricúspide, 
prejudicando a saída de sangue do 
coração. 
 
 
 
 
 
 
AULA 2- SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 PARTE 2- 17/11/2021 
-Formação de vasos sanguíneos intra-
embrionários 
- Desenvolvimento das principais 
artérias 
-Remodelamento do arco aórtico 
-Desenvolvimento das principais veias 
 
3°SEMANA: precursores 
-Mesoderma lateral esplâncnico 
diferencia-se em: Angioblastos para 
formar os demais vasos do corpo. 
 
Os angioblastos possuem em sua 
membrana, receptores do fator de 
crescimento endotelial vascular (VEGFR). 
Já o tecido circundante, seja 
endoderme, tecido ectodérmico 
secretam o fator de crescimento 
endotelial vascular, cuja abreviação é 
VEGF. Isso será um sinal para que esses 
angioblastos se agreguem e formem o 
plexo capilar através do processo de 
VASCULOGÊNESE, que compreende a 
organização inicial do plexo capilar. 
 
 
 ANGIOGÊNESE: 
-Definição: Propagação de vasos que já 
se formaram. Ocorre no período pré-
natal e vida adulta. 
 
CÉLULAS MESENQUIMAIS formam a 
parede dos vasos. Logo, o endotélio será 
formado por células que serão 
recrutadas para compor esse tecido. 
 
Porém.. 
 -Como se dá a ESPECIFICAÇÃO em 
artérias, veias e vasos linfáticos? 
 
DIFERENCIAÇÃO DE ARTÉRIAS,VEIAS E 
SISTEMA LINFÁTICO 
 
 
 
 
Para a formação das artérias, além do 
Notch, há também a participação do 
Shh (sonic hedgehog). 
Porém, ele não se encontra na formação 
de VEIAS. 
A especificação de artérias e veias 
advém da determinação genética e da 
dinâmica de fluidos. 
 
ARTÉRIAS: Vasos que transportam o 
sangue do coração para outras partes 
do corpo. 
VEIAS: Vasos que transportam o sangue 
de todas as partes do corpo para o 
coração. 
 
O desenvolvimento do SISTEMA 
LINFÁTICO não é completamente 
conhecido. Há teorias que afirmam que 
os vasos linfáticos derivam das veias. 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DAS AORTAS 
DORSAIS E VENTRAIS 
As células que formarão as aortas tem 
origem no mesoderma lateral 
esplâncnico. 
 
Os cordões cardiogênicos sofrem 
canalização e se transformam nos tubos 
endocárdicos. Com o dobramento 
,longitudinal, no final da terceira 
semana, os tubos endocárdicos se 
posicionam ventralmente e se fundem. 
Há também a continuidade do tubo 
endocárdico, que são as aortas dorsais ( 
estão mais ao dorso em relação à região 
de formação do coração) 
O fusionamento dos tubos endocárdicos 
se dá em uma porção mais distal ( não 
muito cranial). 
 Na região dorsal, as aortas dorsais se 
fusionam. Na região ventral, a saída do 
coração é chamada “saco aórtico” ou 
“aorta ventral”.- O trato de saída do coração vai 
se ramificar primeiramente no 
saco aórtico, que irá também se 
ramificar. 
 
 
Fusão dos tubos endocárdicos (coração 
primitivo) 
A origem embrionária das aortas é a 
mesma. Porém na porção mais ventral 
há a formação do coração e na região 
mais dorsal há as aortas dorsais. 
 
SACO AÓRTICO: desenvolvimento dos 
arcos aórticos. 
Vale lembrar que o tronco arterioso é 
primórdio do tronco pulmonar e da 
artéria aorta. 
 
-RAMIFICAÇÃO DOS ARCOS AÓRTICOS 
que conectam-se à aorta dorsal 
 
 
O saco aórtico irá se ramificar para dar 
origem aos ARCOS AÓRTICOS. Os arcos 
aórticos se ramificam para abastecer os 
arcos faríngeos. 
 
 
 
A ramificação da aorta dorsal abastece 
o saco aórtico, que por sua vez se 
ramificou em arcos aórticos. Estes, por 
sua vez, abastece os arcos faríngeos. 
 
ARCOS AÓRTICOS: aporte sanguíneo dos 
arcos faríngeos. 
Há 6 pares de arcos aórticos, sendo que 
o 5° é rudimentar ( raramente é 
reconhecido). 
 
Importante observar que os arcos 
aórticos (em vermelho) desembocam na 
AORTA DORSAL e são sempre em pares, 
abastecendo os arcos faríngeos dos 
dois arcos da face. 
 
SISTEMA ARCO-AÓRTICO EMBRIONÁRIO 
 (3°-4° sem) 
 
Sabe-se que os arcos faríngeos são 
estruturas transicionais, isto é, serão 
remodeladas e importantes para o 
remodelamento da face. 
 
Assim , os arcos aórticos também são 
transientes. Haverá também um 
remodelamento dos arcos aórticos. Vai 
ocorrer uma regressão de alguns e 
remodelamento de outros. 
 
 
Irão permanecer o 3°, 4° e 6° arcos 
aórticos e dão origem a artérias 
importantes. Os demais regridem. 
 
 
 
 
Esse DUTO ARTERIOSO liga a artéria 
pulmonar esquerda ao arco da aorta 
(passagem de sangue). 
 
-Aortas dorsais se fundem/ fusionam em 
um determinado momento. 
 
 
-Ramificações da aorta dorsal vão dar 
origem a artérias importantes do corpo. 
 
 
A ramificação da aorta dorsal vai formar 
a artéria celíaca, artéria mesentérica 
superior, artéria mesentérica inferior. 
Uma desses brotamentos/bifurcações 
são as 2 artérias umbilicais ( importantes 
por levar o sangue pobre em O2 e rico 
em excretas do embrião para a mãe), 
para que esse sangue seja oxigenado. 
 
 
 
-Artérias umbilicais suprem alantóide e 
placenta. Levam o sangue do corpo 
embrionário para ser oxigenado na 
placenta. 
 
Após o nascimento, as artérias 
umbilicais serão: 
-Artérias ilíacas internas 
- Artérias vesicais 
 
 
-DESENVOLVIMENTO DAS PRINCIPAIS 
VEIAS (formação do trato de entrada do 
sangue no coração) 
1- Cardinais 
2- Vitelinas 
3- Umbilicais 
 
SEIO VENOSO: É o trato de entrada do 
sangue no coração. É composto pelas 
veias cardinais anteriores (são pares), as 
veias cardinais comuns e veias cardinais 
posteriores. 
As VEIAS CARDINAIS ANTERIORES 
drenam o sangue da porção anterior 
para o coração. 
“ “ “ POSTERIORES drenam o 
sangue da porção posterior para o 
coração. 
As VEIAS CARDINAIS COMUNS: ponto de 
encontro das veias cardinais posteriores 
e inferiores e a entrada desse sangue no 
coração. 
 
No início do desenvolvimento há duas 
veias umbilicais e há também um par de 
veias vitelínicas. 
 
 
- POSIÇÃO DO SEIO VENOSO 
 
 
 
 
 
 
Há 2 seios divididos no corno esquerdo 
no corno direito. Existe esse 
remodelamento para que se forme o 
trato definitivo de entrada do sangue, 
que se dará pelo ÁTRIO DIREITO. 
Após o looping cardíaco os átrios e 
ventrículos estarão corretamente 
posicionados. 
 
 
 
Após o looping (giro) cardíaco, nota-se 
que o corno direito é favorecido para 
que ele continue ligando ao átrio direito. 
O corno esquerdo sofre obliteração. 
Logo, apenas o corno direito possui a 
região de entrada no átrio direito. 
 
O CORNO DIREITO também se 
transformará em um só vaso, que será 
exatamente a VEIA CAVA, que terá, por 
sua vez, duas ramificações, sendo: a 
VEIA CAVA CRANIAL e a VEIA CAVA 
CAUDAL ( regiões de entrada do sangue 
no coração). Assim , pode-se dizer que a 
região de entrada sanguínea é 
favorecida do lado direito (corno direito) 
e posicionada para desembocar no átrio 
direito do coração; 
 
O remodelamento do CORNO 
ESQUERDO dará origem ao SEIO 
CORONÁRIO. 
 
 
O remodelamento/anastomose das 
veias umbilicais e vitelinas serão 
importantes p/ determinação do sistema 
venoso embrionário. 
Está acontecendo no embrião, o 
desenvolvimento de outros sistemas 
 
-VEIAS VITELINAS E UMBILICAIS: 
Tornam-se associadas ao fígado em 
desenvolvimento. 
 
 
 
Sabe-se que o fígado brota do intestino 
primitivo, que é derivado da endoderme. 
As veias vitelinas se associam ao fígado 
em desenvolvimento. 
VASCULOGÊNESE DO FÍGADO EM 
DESENVOLVIMENTO, acontece uma 
anastomose (união) do leito capilar, 
formado pelas veias vitelinas com o 
fígado em desenvolvimento. 
A veia porta hepática (vitelina) se forma 
pelo remodelamento das veias vitelinas 
e umbilicais. 
Em um certo momento, a veia umbilical 
direita se degenera e a veia umbilical 
esquerda continua e se liga à 
continuidade do leito vascular (veia cava 
inferior) por um vaso denominado DUTO 
VENOSO, desembocando com grande 
pressão no átrio direito. 
Obs! Pela veia umbilical vem o sangue 
rico em O2 que foi oxigenado nas 
vilosidades coriônicas. 
 
 
O sangue passa então pelo desvio do 
fígado (denominado duto venoso) e 
desemboca na veia cava inferior. Assim, 
o sangue oxigenado da veia umbilical 
desemboca no átrio direito. 
 
 
 
Há também a FORMAÇÃO das VEIAS 
PULMONARES (4°-8° semanas). Essa 
formação: 
-Independe do seio venoso. A veia 
pulmonar está associada ao lado 
esquerdo do coração ( ao átrio 
esquerdo) 
-No início, apenas uma veia pulmonar 
desemboca a AE 
-Com o crescimento do átrio, há 
ramificações e 4 entradas das veias 
pulmonares. 
 
Inicialmente, o sistema venoso pulmonar, 
que se abria no átrio esquerdo através 
de um único orifício, passa a se abrir 
com quatro orifícios separados, dois 
deles correspondentes às veias 
pulmonares direita, e os outros dois, a 
duas veias pulmonares esquerda. Essas 
veias pulmonares são definitivas. 
A parte lisa da parede do átrio esquerdo 
foi formada pela incorporação da 
parede da veia pulmonar primitiva. 
 
 
 
 
ADAPTAÇÕES NA CIRCULAÇÃO FETAL 
 
*1° adaptação: veia umbilical ( a 
esquerda degenera, restando apenas a 
direita). Apresenta ligação com a 
placenta e com a circulação coriônica. 
 
O sangue oxigenado chega da placenta 
através da veia umbilical. 
 
*2° adaptação: ducto venoso. Desvio 
direto que desemboca na veia cava 
inferior, que vai levar o sangue 
diretamente para o átrio direito do 
coração. 
É importante por não deixar todo o 
sangue oxigenado se espalhar pelo 
fígado. 
 
PRIMEIRA MISTURA DE SANGUE: da veia 
cava inferior, 
A hemoglobina fetal apresenta maior 
afinidade pelo oxigênio. 
 
As adaptações são essenciais, pois 
possibilitam que os tecidos absorvam o 
máximo de oxigenação possível. 
 
 
CIRCULAÇÃO FETAL 
-Durante o período fetal, os pulmões são 
não-funcionais. Logo, as trocas gasosas 
não acontecem no pulmão. O pulmão 
fetal está repleto de líquido pulmonar. 
 
3° adaptação: Vasoconstrição pulmonar 
hipóxica, que protege o pulmão fetal de 
altas pressões. 
 
O sangue chega ao sangue com muita 
pressão, seguindo o trajeto: 
VEIA UMBILICAL 
DUCTO VENOSO 
VEIA CAVA INFERIOR 
Chegando ao lado direito (do átrio). Os 
vasos do pulmão fetal apresentam 
resistência. 
 
 
 
 
4° adaptação: forame oval e duto 
arterioso. 
O sangue chega com muita pressão pelo 
lado direito do coração e passa pelo 
lado esquerdo do coração através de 
uma válvula (forame oval). Isso reduz a 
pressão. 
Assim, o sangue com grande pressão 
passa para o átrio esquerdo, porém 
parte desse sangue vai para o ventrículo 
direito e é encaminhado ao tronco 
pulmonar para os pulmões ( que estão 
em movimento e que também precisam 
de oxigênio). 
O DUTO ARTERIOSO, presente entre a 
artéria pulmonar esquerda e a artéria 
aorta. A aorta, então, distribui o sangue 
pelo corpo. 
 
Também há passagem desangue do 
átrio esquerdo para o ventrículo 
esquerdo, saindo para a a. aorta 
ascendente, abastece a metade superior 
do corpo. 
 
O forame oval é uma adaptação 
importante devido à vasoconstrição dos 
pulmões. 
 
 
 
CIRCULAÇÃO FETAL: RESUMO 
Sangue rico em O2 chegando pela 
placenta pela veia umbilical (contrações 
uterinas). Alta pressão sanguínea. 
 
Sangue rico em O2 passa pelo duto 
venoso. Há mistura de sangue rico e 
pobre em O2, já na VEIA CAVA INFERIOR. 
 
O ambiente fetal não apresenta muito 
oxigênio, por isso as adaptações são 
importantes. 
 
Mistura de sangue rico e pobre em O2, 
no átrio direito (veia cava inferior e 
superior) 
 
Sangue oxigenado passa entre os átrios (D→E) e 
para o ventrículo esquerdo. Sai pela aorta (duto 
arterioso e VE) com grande concentração de O2 e 
abastece o encéfalo. 
 
Sangue segue pela aorta dorsal 
(descendente) e parte do sangue volta 
para a placenta, através das artérias 
umbilicais para dar continuação ao 
ciclo. 
 
 
 
CIRCULAÇÃO NEONATAL 
-Cordão umbilical cortado, veia 
umbilical regride. 
 
Pulmões realizando trocas, fluxo de 
sangue maior, baixa resistência e maior 
pressão no átrio esquerdo. 
 
O sangue do ventrículo direito segue 
para o tronco pulmonar. 
 
Haverá a abertura da circulação 
pulmonar, isto é, sangue entrando com 
muito mais pressão pelo lado esquerdo 
do coração (átrio esquerdo). 
Com a abertura da circulação pulmonar, 
há maior pressão sanguínea pelo átrio 
esquerdo, fechando o septo secundum. 
Dessa forma, o sangue não vai passar 
pelo lado direito do coração, exceto se 
houver alguma anomalia. 
 
Forame oval se fecha, não há mais 
mistura de sangue arterial e venoso no 
coração. 
Duto arterioso se regenera ( pois não 
haverá mais a ligação da a. pulmonar 
esquerda e a. aorta). 
 
 
 
O septo aórtico pulmonar é derivado 
das células da crista neural. 
 
O primeiro indício de sangue é o 
mesoderma extraembrionário do saco 
vitelínico. 
 
O sangue fetal, comparado com o 
sangue de um adulto, tem baixa 
concentração de oxigênio. Uma 
adaptação a esta condição é a 
hemoglobina fetal, que tem maior 
afinidade ao oxigênio. 
 
O sexto arco aórtico dará origem ao duto 
arterioso. 
 
A circulação fetal tem como adaptações: 
● Veia umbilical, duto 
venoso, forame oval, 
duto arterioso, artérias 
umbilicais

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