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Conhecendo as Agências Marítimas de Cargas SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte Fale Conosco 0800 728 2891 ead.sestsenat.org.br Curso on-line – Conhecendo as Agências Marítimas de Cargas – Brasília: Sest/Senat, 2016. 86 p. : il. – (EaD) 1. Administração portuária. 2. Transporte de carga. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. CDU 656.615:658 3 Sumário Apresentação 5 Módulo 1 7 Unidade 1 | Agência Marítima de Cargas 8 1. A Agência 10 2. As Responsabilidades de uma Agência Marítima de Cargas 11 Glossário 14 Atividades 15 Referências 17 Unidade 2 | Funções da Agência Marítima de Cargas 18 1. Fatores Relacionados aos Objetivos da Agência Marítima de Cargas 20 2. Os Conhecimentos Específicos sobre as Cargas 22 Glossário 25 Atividades 26 Referências 28 Unidade 3 | Responsabilidades da Agência Marítima de Cargas 29 1. As Responsabilidades sobre as Cargas 31 Glossário 35 Atividades 36 Referências 38 Módulo 2 39 Unidade 4 | Cargas Nacionais e Internacionais 40 1. Importação de Cargas 42 2. Exportações de Cargas 43 3. Legislação Pertinente 45 Glossário 47 Atividades 48 Referências 49 Unidade 5 | Agência Marítima de Cargas Sediada no Exterior 50 1. A Legislação 52 2. A Tributação 55 4 Glossário 56 Atividades 57 Referências 59 Módulo 3 60 Unidade 6 | A Burocracia Envolvida 61 1. A Burocracia nas Instituições 63 2. Burocracia e Desenvolvimento 64 3. A Burocracia na Atividade da Agência Marítima de Cargas 67 Glossário 69 Atividades 70 Referências 72 Unidade 7 | O Seguro de Cargas 73 1. O Seguro Marítimo 75 2. As Modalidades de Seguros 75 3. Obrigações da Agência Marítima de Cargas 76 4. Custos e Cobrança dos Seguros 78 5. Contratação do Seguro 78 6. Os Seguros Internacionais 79 Glossário 81 Atividades 82 Referências 84 Gabarito 85 5 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Conhecendo as Agências Marítimas de Cargas! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. • O curso possui carga horária total de 40h e foi organizado em 7 unidades, conforme a tabela a seguir. Módulos Unidades Carga Horária 1 1 - Agência Marítima de Cargas 5 horas 2 - Funções da Agência Marítima de Cargas 5 horas 3 - Responsabilidades Legais da Agência Marítima de Cargas 5 horas 2 4 - Cargas Nacionais e Internacionais 5 horas 5 - Agência Marítima de Cargas Sediada no Exterior 5 horas 3 6 - A Burocracia Envolvida 7 horas 7 - O Seguro de Cargas 8 horas 6 Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat. org.br ou pelo telefone 0800 72 82 891. Bons estudos! Conhecendo as Agências Marítimas de Cargas MÓDULO 1 8 UNIDADE 1 | AGÊNCIA MARÍTIMA DE CARGAS 9 Unidade 1 | Agência Marítima de Cargas f Você sabe o que é uma agência marítima de cargas? Sabe como surgiram as agências marítimas de cargas? Entende o que uma agência marítima de cargas faz? A agência marítima de cargas é uma entidade que representa o armador em uma localidade e tem como função agenciar as cargas a serem transportadas. Quando se trata de uma agência marítima de cargas, sua importância é aumentada, já que os armadores não costumam estar fixos em qualquer localidade. Uma agência marítima de cargas tem diversas funções e pode exercer um papel fundamental na captação de clientes para os armadores, além de ser responsável pelos trâmites relacionados à importação e exportação de mercadorias e também do apontamento de impostos a serem recolhidos. 10 Nesta unidade você vai aprender um pouco sobre o que é uma agência marítima de cargas e qual é a concepção teórica desse serviço. Também vai conhecer algumas entidades relacionadas a essas agências e conhecer um pouco sobre os serviços por ela oferecidos. 1. A Agência As agências marítimas de carga surgiram da necessidade de uma representação local de um armador, ou seja, da carência que os operadores do transporte marítimo tinham por serem representados em algumas localidades. Uma agência marítima de cargas pode ser independente ou de propriedade de um armador, além de poder trabalhar para diversos armadores, realizando diversos tipos de serviços diferentes. Existem três tipos de agência marítima de cargas que são, por definição, diferentes: • Agência única Uma agência marítima de cargas única tem a prerrogativa de realizar todos os serviços possíveis referentes ao agenciamento de cargas em uma determinada localidade. Ela cuida de todos os trâmites e todos os processos operacionais necessários ao transporte contratado. • Agência comercial Uma agência marítima de cargas comercial realiza somente uma parte dos trâmites referente ao transporte marítimo de mercadorias. Normalmente ela é responsável pela parte comercial do agenciamento, ou seja, a captação de clientes, cobrança e demais itens relacionados somente a parte comercial. 11 • Agência operacional Uma agência marítima de cargas operacional se encarrega normalmente dos trâmites operacionais relacionados ao transporte marítimo de cargas. É comum que esses agentes realizem somente a operacionalização do transporte, com o despacho de documentos, guias de transporte, pagamento de taxas, vistorias na alfândega entre outros. 2. As Responsabilidades de uma Agência Marítima de Cargas Uma agência marítima de cargas tem diversas responsabilidades, entre elas estão: • O devido conhecimento sobre as especificações de diversos tipos de cargas diferentes As agências devem conhecer as principais características das cargas, procedimentos de segurança relacionados, perecibilidade, amparo legal para importações e exportações do produto em questão, autorizações necessárias para o transporte da determinada carga, entre outros; • Conhecer as especificações dos navios aos quais os armadores dispõem As agências devem conhecer bem as características dos navios, haja vista que existem tipos diferentes de navios que costumam ser apropriados para o transporte de mercadorias específicas. Por exemplo, ao se contratar o transporte de uma carga específica, a agência deve ter a certeza de que há espaço suficiente no navio para determinada carga, além de saber se a carga é apropriada para aquele navio específico do armador. • Conhecer as especificações dos portos de origem e destino das cargas Como sabemos, os portos ao redor do mundo possuem características diferentes. Alguns não possuem profundidade suficiente para o suporte a determinados navios, e também pode haver casos de não existirem terminais portuários que possuam a superestrutura específica para o atendimento às cargas contratadas, por esse motivo é necessário esse conhecimento. 12 • Capacidade de captação de clientes As agências marítimas de carga devem ter a plena capacidade de realizar a captação dos clientes para o armador, caso contrário, não há motivo para sua existência. A captação de clientes tem de ser feita com vistas a manter a lucratividade do armador, considerando sempre os elevados custos de manutenção de um navio vazio, tanto em um porto, quanto em alto mar. Talvez essa seja a principal responsabilidade de uma agência marítima de cargas, já que dela dependetodo o negócio e a chance de subsistência, tanto dela própria, quanto do armador, além das outras entidades relacionadas. • Controle das operações de carga e descarga dos navios A agência marítima de cargas também tem a responsabilidade de controlar todos os procedimentos de carga e descarga dos navios dos armadores representados. Este procedimento pode ser feito por conta própria ou subcontratando os serviços dos terminais portuários na localidade de origem ou de destino da carga. Esse controle pode ser de difícil operacionalização. Pode haver casos onde o porto de destino da carga não possua o maquinário necessário para a descarga da carga, ou não comporte o navio contratado para realizar o transporte, por esse motivo exige-se o conhecimento de todas essas características. • Formação do contrato de prestação de serviços As agências marítimas de carga são responsáveis pelo contrato a ser assinado pela prestação do serviço, tanto dela própria, quanto do armador e dos demais que se fizerem necessários, como despachantes aduaneiros, impostos, entre outros. • Representação do armador junto às autoridades competentes A agência marítima de cargas também deve exercer a função de representação local do armador contratante. Essa representação se dá junto a vários órgãos competentes, além dos clientes, empresas prestadoras de serviços, portos, terminais portuários, etc. • Recolhimento das taxas e valores referentes à prestação do serviço A agência marítima de cargas também deve ser capaz de recolher todos os valores referentes ao transporte, repassar a parte que cabe ao armador, recolher os impostos, taxas locais, entre outras. 13 • Capacidade de realização de serviços extras A agência marítima de cargas pode exercer algumas funções bastante específicas para o armador, como a administração do navio, a contratação de mão de obra, o atendimento às necessidades da tripulação, a contratação da própria tripulação, o suprimento das necessidades do navio, entre outras. e O grande número de atividades envolvidas em um transporte marítimo de mercadorias faz com que as responsabilidades das agências marítimas de cargas sejam enormes. Cada tipo de carga de navio com que se trabalha, a origem e destino com suas diferentes legislações e métodos de operação tornam o desempenho das funções complexas. Toda essa complexidade que se apresenta é aumentada pela burocracia de alguns países como o Brasil, que de certa forma, dificulta os processos relacionados à importação e exportação de mercadorias. Também são dificultados os processos referentes à além da obtenção de documentos e realização de inspeções diversas por parte das autoridades competentes. Então, espera-se que você tenha aprendido um pouco do que uma agência marítima de cargas faz e de todas as responsabilidades a que ela deve se ater no atendimento de seus clientes. Aprendeu também que a agência pode ter dois tipos de clientes, o que deseja contratar o transporte de uma carga e o armador que deseja obter a representação de seu navio na localidade em questão. b Conheça mais sobre agências marítimas de cargas, acesse o portal oficial da Santos Bay no link a seguir. http://www.santosbaylogistica.com.br/ 14 Resumindo A agência marítima de cargas é uma entidade que representa o armador em uma localidade e tem como função agenciar as cargas a serem transportadas, tanto para o próprio país quanto para o exterior. As agências marítimas de carga surgiram da necessidade de uma representação local de um armador, ou seja, da carência que os operadores do transporte marítimo tinham por serem representados em algumas localidades. Uma agência marítima de cargas pode ser independente ou de propriedade de um armador, além de poder trabalhar para diversos armadores, realizando diversos tipos de serviços diferentes. Glossário Aduaneiro: Alfandegário; próprio da alfândega, do órgão público que fiscaliza a entrada e saída de mercadorias, em aeroportos e fronteiras, cobrando as taxas que lhe são correspondentes: taxas aduaneiras. Alfândega: Órgão público que, normalmente em aeroportos ou regiões de fronteiras, inspeciona bagagens e mercadorias, cobrando as taxas referentes à entrada e saída de produtos. Perecibilidade: Característica, particularidade ou condição do que é perecível; qualidade daquilo que se estraga. 15 d 1) Entre as responsabilidades de uma agência marítima de cargas estão: a. ( ) O devido conhecimento sobre as especificações de tipos diferentes de cargas. b. ( ) Conhecer as especificações dos navios aos quais os armadores dispõem. c. ( ) Conhecer as especificações dos portos de origem e destino das cargas. d. ( ) Capacidade de captação de clientes. e. ( ) Controle das operações de carga e descarga dos navios. f. ( ) Formação do contrato de prestação de serviços. g. ( ) Todas as alternativas anteriores. 2) O pequeno número de atividades envolvidas em um transporte marítimo de mercadorias faz com que as responsabilidades das agências marítimas de cargas sejam enormes. Cada tipo de carga, cada navio com que se trabalha, cada origem e destino com suas diferentes legislações e métodos de operação tornam o desempenho das funções bastante complexos. ( ) Certo ( ) Errado 3) A agência marítima de cargas também tem a responsabilidade de controlar todos os procedimentos de carga e descarga dos navios dos armadores representados. ( ) Certo ( ) Errado Atividades 16 4) Uma agência marítima de cargas pode ser: a. ( ) Agência estatal. b. ( ) Agência comercial. c. ( ) Agência de fomento. d. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores. 5) A agência marítima de cargas também deve ser capaz de recolher todos os valores referentes ao transporte, repassar a parte que cabe ao armador, e recolher os impostos. ( ) Certo ( ) Errado 17 Referências BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasil, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. BRASIL. Decreto nº 61.867, de 07 de dezembro de 1967. Regulamenta os seguros obrigatórios previstos no artigo 20 do Decreto-lei nº 73, de 21.11.66, e dá outras providências. Brasília, 1967. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto/1950-1969/d61867.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. BRASIL. Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as operações de seguros e resseguros e dá outras providências. Brasília, 1966. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto-lei/Del0073.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. DINIZ, M. H. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil de acordo com o novo Código Civil (Vol. 7). São Paulo: Saraiva, 2003. LEFORT, C. Que es la burocracia? México: Paidos, 1970. RIZZARDO, A. Contratos. Rio de janeiro: Forense, 1988. 18 UNIDADE 2 | FUNÇÕES DA AGÊNCIA MARÍTIMA DE CARGAS 19 Unidade 2 | Funções da Agência Marítima de Cargas f Você já conhece algumas das funções de uma agência marítima de cargas, mas sabe como ela exerce essas funções? Sabe quais são os métodos de atuação? Pode imaginar a quantidade de fatores que estão relacionados ao cumprimento dos objetivos traçados por uma agência marítima de cargas? Como vimos na unidade anterior, uma agência marítima de cargas tem diversas responsabilidades e funções. Pode-se concluir que os métodos de atuação, além de todo um arcabouço ético são extremamente necessários para o desempenho de todas as atividades. Desse modo, como em qualquer outra empresa, em que são necessários o angariamento de clientes e a execução de serviços a terceiros, é preciso que haja o conhecimento em diversas áreas da economia, administração, marketing, sociologia, entre outros campos de estudo, para quese possa compreender o setor que se está trabalhando. 20 Nesta unidade, conheceremos um pouco dos métodos utilizados para se atingir os objetivos propostos pela agência marítima de cargas, além de áreas que exercem influência extrema nas atividades da companhia. 1. Fatores Relacionados aos Objetivos da Agência Marítima de Cargas Como é de conhecimento geral, o principal objetivo de uma empresa é a obtenção de lucros. Para que esse objetivo seja cumprido em uma agência marítima de cargas são necessários que diversos fatores sejam observados. Em qualquer empresa, os administradores devem se atentar a conhecimentos oriundos de diversas áreas da ciência para que seu negócio seja bem-sucedido. Algumas dessas áreas e suas contribuições são: • Economia A observância da economia é extremamente relevante para qualquer empresa, tanto quanto pela ciência em si, quanto pelo acontecimento de aspectos positivos ou negativos na sociedade. Em uma agência marítima de cargas, onde se lida com importações e exportações, diversos fatores como variação do câmbio, políticas de incentivo ao comércio internacional, imposição de barreiras à entrada de produtos, são fortemente impactantes ao negócio em questão. • Administração As teorias de administração também se fazem presentes constantemente no cotidiano de uma agência marítima de cargas. O gerenciamento satisfatório da empresa depende de fatores como o controle das contas a pagar e a receber, da gestão de pessoas, da implantação de estratégias de competição, entre outros. 21 • Marketing Como o negócio de uma agência marítima de cargas depende, em grande parte, da captação de clientes, as estratégias de marketing apropriadas são essenciais para que haja maior poder de concorrência por parte da empresa. As estratégias de marketing utilizadas podem ser muito diferentes das que normalmente se observa pelas ruas, devido ao tipo de negócio em questão. A agência deve tanto se preocupar em concorrer pelos clientes, quanto em não perder os armadores que são representados por ela. • Direito Este é um campo da ciência que está diretamente relacionado com o tipo de atividade exercida por uma agência marítima de cargas. Como se tratam muitas vezes de importações e exportações, deve-se atentar às leis de cada localidade envolvida na prestação do serviço, para que não se cometam delitos deliberadamente. Como se sabe, existem produtos que não podem ser importados ou exportados para determinados países, ou precisam de autorizações especiais, ou até mesmo de documentos específicos. Por exemplo, não se pode importar veículos usados para o Brasil, logo, ao se deparar com um cliente que queira fazer tal transporte, deve-se tomar as medidas cabíveis, que vão desde a rejeição do frete, até a tomada de providências especiais, como a busca por autorizações. • Relações internacionais O estudo das relações internacionais também se faz essencial às operações de uma agência marítima de cargas. Não se pode manter relações comerciais com outros países sem se atentar aos aspectos inerentes a tais transações. É necessário que sejam observados fatores como, restrições ao comércio, embargos legais, acordos bilaterais ou de bloco, além do conhecimento sobre as autoridades do país em questão, entre outros fatores. 22 • Ciências contábeis A contribuição das ciências contábeis é bastante relevante em uma relação comercial de qualquer natureza. São sempre necessários o cálculo de impostos, o levantamento de taxas e tarifas de diversas naturezas, além do controle das contas da própria empresa em questão. 2. Os Conhecimentos Específicos sobre as Cargas Para que se possam realizar os fretes, alguns outros fatores também são importantes de serem aferidos para que se possa fazer o planejamento estratégico da companhia. Uma empresa que agencia fretes precisa do conhecimento detalhado sobre o tipo de carga que se vai transportar e, além disso, precisa conhecer profundamente o armador com quem se está trabalhando. Para a realização do planejamento estratégico é necessária a observação dos fatores relativos: • Ao armador Quanto ao armador, a agência marítima de cargas deve se preocupar com a idoneidade da empresa em questão, do histórico de serviços realizados, do nível da prestação de serviços.Também deve-se atentar ao preço cobrado, das condições das embarcações e da capacidade real da companhia. Quando se vai vender um serviço que, tecnicamente, não é você mesmo que vai prestar, você assume a responsabilidade legal pelo estrito cumprimento do contrato, logo, se não se confiar no armador, não se pode continuar a vender seus serviços. 23 • Às cargas e Em relação às cargas, deve-se observar alguns indicativos da produção dos produtos. Por exemplo, quando uma agência representa um único armador que somente transporta grãos, essa agência deve observar as épocas de safra, estimativas de colheitas, possibilidade de ocorrência de desastres ambientais, entre outros. Novamente, nesse caso, entram os conhecimentos em diversas áreas. Será preciso conhecer um pouco dos fatores impactantes na produção dos produtos em questão, mudança na legislação, políticas de comércio exterior, consumo interno, além de inúmeros outros. Outro fato a ser mencionado é a necessidade de contratação de pessoal especializado nas operações referentes aos trabalhos desempenhados pela agência marítima de cargas. Como se sabe, não existe a possibilidade de uma só pessoa executar todos os processos desempenhados na empresa, logo, é preciso que a escolha dos profissionais a serem contratados seja feita da melhor forma possível. Normalmente, constam nos quadros de funcionários de uma agência marítima de cargas, entre outros, os seguintes profissionais: • Economistas • Contadores • Administradores • Profissionais de relações internacionais 24 • Advogados • Despachantes aduaneiros • Lobistas internacionais • Engenheiros • Especialistas em logística • Especialistas em estocagem a Além do quadro de funcionários permanentes ou esporádicos, ainda pode haver a necessidade da subcontratação de empresas terceirizadas para a realização de alguns trabalhos. Essas empresas podem prestar diversos tipos de serviços que venham a complementar os trabalhos desenvolvidos pela agência marítima de cargas. Por fim, considera-se de extrema importância o entendimento dos fatores que se relacionam à prestação do serviço de uma agência marítima de cargas. Deve-se ter a consciência de que a complexidade das operações desempenhadas é grande e não se pode negligenciar os modos corretos de atuação. b Conheça mais a respeito de comércio exterior, acesse o portal Invest & Export Brasil, Guia de Comércio Exterior e Investimento, no link a seguir e confira! http://www.investexportbrasil.gov.br/ 25 Resumindo Como em qualquer outra empresa, onde são necessários o angariamento de clientes e a execução de serviços a terceiros, é preciso que haja o conhecimento em diversas áreas da economia, administração, marketing, sociologia, entre outros. Em qualquer empresa, os administradores devem se atentar a conhecimentos oriundos de diversas áreas da ciência para que seu negócio seja bem-sucedido. Como se sabe, não existe a possibilidade de uma só pessoa executar todos os processos desempenhados na empresa, logo, é preciso que a escolha dos profissionais a serem contratados seja feita da melhor forma possível. Glossário Negligenciar: Não ter cuidado com; ter negligência nos modos como se trata algo ou alguém; desleixar. Câmbio: Troca de uma coisa por outra. Operação que consiste em trocar uma moeda por outra. Lobistas: Pessoa que faz lobby, rede de influência, pressão ou campanha realizada por um grupo organizado que busca exercer. 26 d 1) Alguns dos campos de estudo que podem se relacionar às atividades desempenhadas pela agênciamarítima de cargas são: a. ( ) Economia b. ( ) Administração c. ( ) Marketing d. ( ) Ciências Contábeis e. ( ) Relações Internacionais f. ( ) Todas as alternativas anteriores. 2) Em relação às cargas, deve-se observar alguns indicativos da produção dos produtos, por exemplo, quando uma agência representa um único armador que somente transporta grãos, esta agência deve observar as épocas de safra, estimativas de colheitas, possibilidade de ocorrência de desastres ambientais. ( ) Certo ( ) Errado 3) O principal objetivo de uma empresa é o bem-estar social. Para que esse objetivo seja cumprido em uma agência marítima de cargas, são necessários que diversos fatores sejam observados. ( ) Certo ( ) Errado Atividades 27 4) Quanto ao armador, a agência marítima de cargas deve se preocupar com a idoneidade da empresa em questão, do histórico de serviços realizados, do nível da prestação de serviços, além do preço cobrado, das condições das embarcações e da capacidade real da companhia. ( ) Certo ( ) Errado 5) É costume que conste nos quadros de funcionários de uma agência marítima de cargas os seguintes profissionais: a. ( ) Médicos b. ( ) Enfermeiros c. ( ) Despachantes aduaneiros d. ( ) Jornalistas e. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores. 28 Referências BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasil, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. BRASIL. Decreto nº 61.867, de 07 de dezembro de 1967. Regulamenta os seguros obrigatórios previstos no artigo 20 do Decreto-lei nº 73, de 21.11.66, e dá outras providências. Brasília, 1967. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto/1950-1969/d61867.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. BRASIL. Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as operações de seguros e resseguros e dá outras providências. Brasília, 1966. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto-lei/Del0073.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. DINIZ, M. H. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil de acordo com o novo Código Civil (Vol. 7). São Paulo: Saraiva, 2003. LEFORT, C. Que es la burocracia? México: Paidos, 1970. RIZZARDO, A. Contratos. Rio de janeiro: Forense, 1988. 29 UNIDADE 3 | RESPONSABILIDADES DA AGÊNCIA MARÍTIMA DE CARGAS 30 Unidade 3 | Responsabilidades da Agência Marítima de Cargas f Você sabe quais são as responsabilidades da agência marítima de cargas na realização dos fretes? Pode ressaltar as normas contratuais e extracontratuais que estão envolvidas nessas transações? Sabe quais são os direitos do remetente em caso de perdas ou danos à sua mercadoria? As responsabilidades legais que recaem sobre a agência marítima de cargas são inúmeras. Todas as normas referentes a preservação do direito do contratante são devem ser cumpridas à risca para que as leis nacionais sejam resguardadas. Como o transporte, neste caso, é realizado a partir da subcontratação de empresas transportadoras, deverá ser analisada essa responsabilidade conjunta das partes envolvidas. 31 Nesta unidade conheceremos um pouco dessas responsabilidades, além dos mecanismos de proteção do contratante do serviço e da imputação do direito ao transgressor das normas. 1. As Responsabilidades sobre as Cargas O transportador, ao exercer a atividade de transportar as cargas, estará submisso a assumir todas as responsabilidades contratuais e extracontratuais sobre o frete. • Responsabilidade contratual A responsabilidade contratual refere-se ao contrato formal acordado entre as partes interessadas na prestação de serviço, ou seja, do transportador e do contratante, por exemplo avarias nas mercadorias, quebra de prazo de entrega, por culpa do transportador, etc. • Responsabilidade extracontratual Já a responsabilidade extracontratual resume algumas situações que trazem a responsabilidade do transportador para casos não previstos no contrato de prestação de serviço. Por exemplo, acidentes de trânsito com vítimas graves ou mortes, ou acidentes de trânsito com vítimas com lesões permanentes. a No caso de uma agência marítima de cargas, ela assume a responsabilidade simultaneamente ao transportador contratado, dividindo assim, a obrigação de cuidar de todo e qualquer problema referente à carga. À agência marítima de cargas também compete à observância do transportador, quanto ao integral cumprimento das normas estabelecidas pelo contrato. Em caso de alguma ocorrência, as responsabilidades e cuidados sobre a carga serão divididos por todas as partes envolvidas nesse transporte. 32 Além das responsabilidades previstas e imprevistas citadas, existem também alguns procedimentos que devem ser seguidos ao se transportar qualquer carga, como: • Realizar o recebimento, o transporte e a entrega das mercadorias no tempo e lugar previstos no contrato; • Realizar a emissão do conhecimento de transporte (Nacional); • Realizar o cumprimento estrito do itinerário que estiver descrito no contrato, se as partes o determinarem. Caso não seja observado esse item, o transportador e a agência responderão pelos riscos, inclusive os que caberiam ao remetente; • Devem aceitar alteração de destinatário, inclusive de via de encaminhamento e do destino, caso haja o manifesto por parte do remetente; • Devem permitir ao proprietário da carga ou portador de procuração, o desembarque em trânsito das mercadorias mediante a apresentação do conhecimento, salvo se tratarem de mercadorias sujeitas a transporte com regulamentação especial, ou se tratar de endossatário em penhor. Segundo Rizzardo (1988), em caso de perdas, furtos ou avarias nas mercadorias transportadas, a agência e o transportador deverão ser responsabilizados a partir do momento em que realizarem o recebimento das mercadorias até a sua entrega. Deve-se também se lembrar do fato de que cabe ao transportador e a agência, demonstrar a ocorrência de força maior ou vício intrínseco, caso queira eximir-se da responsabilidade de danos ou ocorrências de desastres naturais, impossibilidades diversas, entre outras. a Os danos ou perdas, causados às mercadorias podem ser ocasionadas por deficiências nas embalagens dos produtos. Porém, se o transportador, ou a agência não tiverem ressaltado tal circunstância no ato do recebimento das mercadorias para transporte, a responsabilidade de indenizar o prejuízo será totalmente imputada. 33 Quando se refere ao parâmetro de valor de referência para cobertura de um eventual prejuízo causado, deve-se observar o preço constante no conhecimento de embarque do produto. Caso não haja o preço no conhecimento, aplicar-se-á o preço de mercado do produto como parâmetro de reparação. Outro aspecto bastante importante, e que não se pode negligenciar é que, caso a mercadoria tenha apenas o seu valor diminuído pelo dano ou avaria, a apuração do prejuízo deve levar em consideração a diminuição do valor do produto. Entre as principais características do transporte marítimo de cargas estão a baixa velocidade e questões referentes à aduana e inspeções governamentais. Não são raros os casos de descumprimento ao prazo de entrega. Então, mantem-se a responsabilidade pelo atraso na entrega por parte do transportador e da agência marítima de cargas contratada. e Caso não haja acordo para o prazo, ficará subentendido que este será o necessário para a duração da viagem, do ponto de partida até o ponto de chegada, devidamente acrescido o tempo de embarque e desembarque da mercadoria, além dos trâmites legais cabíveis. Mais uma situação que costuma ocorrer é o descumprimento de formalidades fiscais durante a viagem, ocasionados pelo transportador. Mais uma vez,havendo perdas ou danos por razão dessa desatenção, como atraso na entrega, perecimento da mercadoria e multas, a responsabilidade será imputada ao transportador e a agência. Quando se refere ao prazo inicial da responsabilidade do transportador e da agência, este iniciará desde realização do recebimento da mercadoria para transporte e chegará ao fim com a entrega ao destinatário. Ainda é importante fazer referência que o inicio da responsabilidade do transportador e da agência sobre a carga, é o momento que eles a recebem e passam o conhecimento de carga ao remetente. 34 e Mais um ponto a ser ressaltado pelo direito, neste caso, ainda sobre a responsabilidade extracontratual, é a regulação pelo Código Civil brasileiro, em seus artigos 186, 188, 927, 928 e 954. Nesses artigos, são expressos que ao contratante caberá a prova de que a agência e o transportador agiram com imprudência ao ocasionar danos à mercadoria, mesmo com o artigo 927, que prevê a existência de responsabilidade sem culpa (DINIZ, 2003). Um exemplo que pode ilustrar este caso anterior é a ocorrência de um desastre natural marítimo, em que há danos a carga, porém não pode ser atribuída a culpa aos envolvidos. Para concluir, precisa-se ressaltar que, mesmo que o modo de transporte marítimo possua um alto custo de manutenção e de transbordo, além da acessibilidade reduzida em relação aos demais. Este ainda é um meio de transporte bastante eficaz por sua grande capacidade de transporte de cargas. A partir deste contexto, conclui-se também que as agências marítimas de cargas possuem responsabilidade direta ou indireta em relação aos danos causados por seus empregados, ou contratados no exercício da realização do serviço contratado. Existe também a além de responsabilidade objetiva em relação aos danos causados a terceiros envolvendo seu frete. b Leia na íntegra os artigos 186, 188, 927, 928 e 954 do Código Civil brasileiro. Acesse as leis através do link a seguir. Vale a pena! http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm 35 Resumindo As responsabilidades legais que recaem sobre a agência marítima de cargas são inúmeras. Todas as normas referentes à preservação do direito do contratante devem ser cumpridas à risca para que as leis nacionais sejam resguardadas. À agência marítima de cargas também compete à observância do transportador, quanto ao integral cumprimento das normas estabelecidas pelo contrato. Em caso de alguma ocorrência, as responsabilidades e cuidados sobre a carga serão divididos por todas as partes envolvidas nesse transporte. O prazo inicial da responsabilidade do transportador e da agência iniciará desde a realização do recebimento da mercadoria para transporte e chegará ao fim com a entrega ao destinatário. Glossário Intrínseco: Que faz parte da essência de alguém; que é característico, próprio, essencial ou fundamental. Subentendido: o que se percebe, embora não tenha sido demonstrado ou dito explicitamente. 36 d 1) Um aspecto importante que não se pode negligenciar é que, caso a mercadoria tenha apenas o seu valor diminuído pelo dano ou avaria, a apuração do prejuízo deve levar em consideração a diminuição do valor do produto. ( ) Certo ( ) Errado 2) Algumas das responsabilidades previstas e imprevistas da agência marítima de cargas são: a. ( ) Realizar o recebimento, o transporte e a entregar das mercadorias no tempo e lugar previstos no contrato. b. ( ) Realizar a emissão do conhecimento de transporte (Nacional). c. ( ) Devem aceitar alteração de destinatário, inclusive de via de encaminhamento e do destino, caso haja o manifesto por parte do remetente. d. ( ) Todas as alternativas anteriores. 3) Caso não haja acordo para o prazo de realização do frete, ficará subentendido que este será determinado pelo transportador, ou seja, até um ano, devidamente acrescido o tempo de embarque e desembarque da mercadoria, além dos trâmites legais cabíveis. ( ) Certo ( ) Errado 4) Os danos ou perdas, causados às mercadorias podem ser ocasionadas por deficiências nas embalagens dos produtos. ( ) Certo ( ) Errado Atividades 37 5) A agência marítima de cargas deve permitir ao proprietário da carga ou portador de procuração, o desembarque em trânsito das mercadorias mediante a apresentação do conhecimento, mesmo quando se tratarem de mercadorias sujeitas a transporte com regulamentação especial, ou se se tratar de endossatário em penhor. ( ) Certo ( ) Errado 38 Referências BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasil, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. BRASIL. Decreto nº 61.867, de 07 de dezembro de 1967. Regulamenta os seguros obrigatórios previstos no artigo 20 do Decreto-lei nº 73, de 21.11.66, e dá outras providências. Brasília, 1967. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto/1950-1969/d61867.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. BRASIL. Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as operações de seguros e resseguros e dá outras providências. Brasília, 1966. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto-lei/Del0073.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. DINIZ, M. H. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil de acordo com o novo Código Civil (Vol. 7). São Paulo: Saraiva, 2003. LEFORT, C. Que es la burocracia? México: Paidos, 1970. RIZZARDO, A. Contratos. Rio de janeiro: Forense, 1988. Conhecendo as Agências Marítimas de Cargas MÓDULO 2 40 UNIDADE 4 | CARGAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS 41 Unidade 4 | Cargas Nacionais e Internacionais f Você conhece os procedimentos adotados para a exportação e importação de cargas? Sabe quais são os trâmites legais para o transporte dessas cargas? Imagina o que deve ser feito para o transporte de cargas entre territórios do Brasil pelo modo aquaviário? A importação e a exportação de produtos no Brasil exigem diferentes trâmites a serem seguidos pelas agências marítimas de cargas. Alguns trâmites variam e necessitam de atenção especial em relação a alguns fatores, como documentação, autorizações, vistorias, entre outros. Também existe o transporte aquaviário de cabotagem e de navegação interior, que são entre territórios do país. Para essas modalidades os procedimentos são um pouco diferentes e alguns trâmites são dispensados, porém há algumas peculiaridades que serão ressaltadas nessa unidade. 42 Além disso, será abordado nesta unidade o embasamento legal que rege o transporte marítimo de cargas no Brasil, bem como os aspectos relativos à importação e exportação de mercadorias. 1. Importação de Cargas O portal do guia de Comércio Exterior e Investimento do Brasil define a importação como o ingresso e a internalização de mercadorias estrangeiras no território aduaneiro do Brasil. Legalmente só se considera a mercadoria internalizada após a sua entrada no país, com o desembaraço aduaneiro e o recolhimento dos tributos exigidos em lei. Esse processo pode ser dividido em três fases: • Administrativa A fase administrativa trata dos procedimentos e exigências dos órgãos governamentais em um período anterior à efetivação da importação, e podem variar de acordo com cada operação e mercadoria. Pode-se dizer que essa fase é referente ao licenciamento das importações. • Fiscal A fase fiscal é composta pelo tratamento da carga na aduana brasileira. É realizado o despacho da importação, onde são verificados com exatidão os dados declarados pelo importador referentes às mercadorias importadas, aos documentos apresentados e à legislação específica, para que haja o desembaraço aduaneiro. Essa etapa deve ocorrer em ambientes próprios, imediatamente após a chegada damercadoria no Brasil, e engloba a cobrança dos tributos referentes à importação. Depois do desembaraço aduaneiro, a mercadoria é considerada importada e pode ser liberada para seus compradores. 43 • Cambial Na fase cambial realiza-se a operação de compra de moeda estrangeira destinada a efetivação do pagamento das importações, quando há esse pagamento, devendo ser lavrada por entidade financeira autorizada pelo Banco Central do Brasil a operar em câmbio. 2. Exportações de Cargas A agência marítima de cargas deve estar ciente de todo o processo referente à exportação de mercadorias. Atualmente existem duas modalidades de exportação: • A exportação direta A exportação direta trata-se da operação em que o produto exportado é faturado pelo próprio produtor ao importador. Essa operação estabelece que a empresa conheça o processo, que é composto por • Pesquisa de mercado; • Contato com o importador; • Documentação de exportação; • Acordos comerciais internacionais; • Embalagem; • Transações bancárias específicas da exportação; • Transporte. e Ressalta-se ainda que a contratação do agente comercial por parte da empresa exportadora não deixa de caracterizar a operação como exportação direta. O serviço da agência marítima de cargas não muda a especificação da operação. 44 Estando nessa categoria, o produto exportado fica isento do imposto sobre produtos industrializados (IPI), além de não haver a incidência do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS). • A exportação indireta A exportação indireta é aquela realizada por meio de empresas estabelecidas no Brasil que compram produtos com o objetivo de exportá-los. Então, a empresa fabricante do produto não se atenta à comercialização externa do produto, nem do transporte para o país de destino, nem da localização de compradores externos, nem da realização de pesquisas de mercado e nem da promoção externa do produto. a A exportação indireta é comumente utilizada por empresas sem, ou com pouca experiência na comercialização externa de produtos. Essas empresas que compram os produtos com o objetivo de exportá-los podem ser: • Trading companies; • Empresas comerciais exclusivamente exportadoras; • Empresas comerciais que operam no mercado interno e externo; • Outros estabelecimentos de empresa produtoras; • Consórcios de exportação. Todas essas empresas podem ser usuárias das agências marítimas de cargas para realizarem suas exportações. 45 3. Legislação Pertinente As agências marítimas de carga devem estar atentas também às diversas legislações referentes à importação e a exportação de mercadorias. As etapas pertinentes à exportação de mercadorias são as seguintes: • Registro da DDE (Declaração de Despacho de Exportação) no Siscomex (Sistema Integrado de Comercio Exterior); • Confirmação da presença de carga; • Entrega de documentos; • Fiscalização aduaneira parametrizada; • Desembaraço aduaneiro; • Registro dos dados de embarque; • Averbação do embarque; • Emissão do comprovante de exportação. Para a importação: • Registro da empresa; • Incoterms; • Classificação fiscal; • Câmbio e cond. de pagamento; • Tratamentos administrativos; • Documentos; • Despacho aduaneiro. 46 Também é necessário que a agência se atente as seguintes legislações: • Legislação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); • Legislação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO); • Legislação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); • Legislação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); • Legislação da Receita Federal do Brasil; • Legislação da Câmara de Comércio Exterior. Assim, pode-se constatar que a enormidade de itens que devem ser checados pela agência marítima de cargas é, por demais, extensa. b Conheça mais a respeito de comércio exterior, acesse o portal Invest & Export Brasil, Guia de Comércio Exterior e Investimento, no link a seguir e confira! http://www.investexportbrasil.gov.br/ 47 Resumindo A importação e a exportação de produtos no Brasil exigem diferentes trâmites a serem seguidos pelas agências marítimas de cargas. Alguns trâmites variam e necessitam de atenção especial em relação a alguns fatores, como documentação, autorizações, vistorias, entre outros. Importação é definida como o ingresso e a internalização de mercadorias estrangeiras no território aduaneiro do Brasil. Legalmente só se considera a mercadoria internalizada após a sua entrada no país, com o desembaraço aduaneiro e o recolhimento dos tributos exigidos em lei. A agência marítima de cargas deve estar ciente de todo o processo referente à exportação de mercadorias Glossário Aquaviário: Relativo a aquavia (ex.: tráfego aquaviário). Pessoa habilitada profissionalmente para operar embarcações. Averbação: Fazer uma anotação ou registro. 48 d 1) As exportações são classificadas em diretas ou indiretas. ( ) Certo ( ) Errado 2) A exportação direta trata-se da operação em que o produto exportado é faturado pelo próprio produtor ao importador. ( ) Certo ( ) Errado 3) A exportação direta é comumente utilizada por empresas sem ou com pouca experiência na comercialização externa de produtos. ( ) Certo ( ) Errado 4) As agências marítimas de carga devem estar atentas às diversas legislações referentes à importação e a exportação de mercadorias. ( ) Certo ( ) Errado 5) As três fases de uma importação são a administrativa, a fiscal e a cambial. ( ) Certo ( ) Errado Atividades 49 Referências BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasil, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. BRASIL. Decreto nº 61.867, de 07 de dezembro de 1967. Regulamenta os seguros obrigatórios previstos no artigo 20 do Decreto-lei nº 73, de 21.11.66, e dá outras providências. Brasília, 1967. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto/1950-1969/d61867.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. BRASIL. Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as operações de seguros e resseguros e dá outras providências. Brasília, 1966. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto-lei/Del0073.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. DINIZ, M. H. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil de acordo com o novo Código Civil (Vol. 7). São Paulo: Saraiva, 2003. LEFORT, C. Que es la burocracia? México: Paidos, 1970. RIZZARDO, A. Contratos. Rio de janeiro: Forense, 1988. 50 UNIDADE 5 | AGÊNCIA MARÍTIMA DE CARGAS SEDIADA NO EXTERIOR 51 Unidade 5 | Agência Marítima de Cargas Sediada no Exterior f Você sabe como uma agência marítima de cargas localizada no exterior deve se portar para realizar exportações ao Brasil? Sabe quais são as regras para a entrada de produtos estrangeiros em território nacional? Conhece a legislação vigente? A legislação vigente no Brasil regula todas as atividades de agências marítimas do exterior no Brasil. Nos casos de exportação de mercadorias de outros países para o território nacional, existe uma série de trâmites a serem seguidos. Diversos órgãos governamentais brasileiros regulam a entrada de mercadorias em territórios nacionais. Essa regulação, muitas vezes pode ser complexa e imputa uma série de taxas e impostos às cargas provenientes de exportações ao Brasil. 52 Nessa unidade serão aprofundadas as legislações referentes à entrada de mercadorias estrangeiras no Brasil, pelas exportações vindas de outros países. Também serão vistos alguns impostos referentes aos trâmites realizados pelas agências marítimas de cargas. 1. A Legislação A legislação a que as agências marítimas de cargas tanto estrangeiras quanto nacionais devem se atentaré bastante vasta e complexa, como visto na unidade anterior. Essa legislação é muitas vezes complexa e requer um maior cuidado por parte das agências marítimas de cargas sediadas no exterior. Essa legislação é composta, entre outras regras, por: • Legislação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) A Anvisa trata das importações e exportações a partir das seguintes pesagens: a) A importação de bens e produtos sujeitos ao controle especial de que trata a Portaria SVS/MS n.º 344, de 1998 e suas atualizações. Na forma de matéria- prima, produto semielaborado ou produto acabado, conforme enquadramento dos bens e produtos disponível no portal da ANVISA, estará sujeita ao registro de Licenciamento de Importação no SISCOMEX e autorização prévia favorável de embarque, submetendo-se à fiscalização pela autoridade sanitária antes de seu desembaraço aduaneiro; b) A autorização prévia favorável de embarque dar-se-á mediante manifestação da área técnica competente da ANVISA, em sua sede, em Brasília, DF; c) Caberá à empresa interessada encaminhar à ANVISA requerimento para autorização de embarque no exterior, mediante preenchimento de Petição de Autorização de Embarque no Exterior. 53 h Além dessas passagens, há ainda a portaria SVS/MS n.º 344, de 1998 e suas atualizações, que define que somente poderão entrar em território nacional pelos seguintes portos e aeroportos: Porto do Rio de Janeiro, Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, Aeroporto Maestro Antônio Carlos Jobim (RJ), Porto de Santos (SP), Aeroporto Internacional de São Paulo e Aeroporto Governador André Franco Montoro, Guarulhos (SP). • Legislação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) O INMETRO regula a entrada de mercadorias estrangeiras no Brasil através da Portaria de nº 548/2012. • Legislação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) A legislação brasileira e os acordos internacionais referentes ao trânsito de produtos vegetais e insumos agrícolas entre países fazem o estabelecimento de regras para a manutenção da qualidade, segurança e conformidade dos produtos, além da avaliação do risco de disseminação de pragas. Nacionalmente, a fiscalização e o controle são executados pelo Ministério da Agricultura, por meio do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). Os métodos e exigências fitossanitárias são específicos para cada tipo de produto, como sementes e mudas, bebidas, alimentos e insumos agropecuários. • Legislação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, através do Sistema Integrado de Comércio Exterior – SISCOMEX, constituído pelo Decreto nº 660, de 25 de setembro de 1992. O SISCOMEX é um sistema informatizado incumbido por integrar as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior, através de um fluxo único e automatizado de informações. 54 O referido Sistema permite o acompanhamento da saída e o ingresso de mercadorias no país, uma vez que as entidades do governo interventoras no comércio exterior podem controlar e interferir no processamento de operações para uma melhor gestão de processos. Por intermédio do próprio Sistema, o exportador (ou o importador) trocam informações com os órgãos responsáveis pela autorização e fiscalização. • Legislação da Receita Federal do Brasil A Receita Federal do Brasil é encarregada de ditar diversas regras em relação às importações e exportações de mercadorias. Há diversas normas para a entrada dos produtos, taxação e especificações, descritas na Portaria MF nº 350, de 16 de outubro de 2002. • Legislação da Câmara de Comércio Exterior À Comex cabe o estabelecimento das seguintes normas, entre outras: a) A definição das diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio exterior; b) A coordenação e orientação das ações dos órgãos que possuem competências na área de comércio exterior; c) O estabelecer das diretrizes para as negociações de acordos e convênios relativos ao comércio exterior, de natureza bilateral, regional ou multilateral; d) A orientação da política aduaneira, observada a competência específica do Ministério da Fazenda; e) A formulação das diretrizes básicas da política tarifária na importação e exportação; f) O estabelecimento das diretrizes e medidas dirigidas à simplificação e racionalização do comércio exterior; e g) O estabelecimento de diretrizes e procedimentos para investigações relativas a práticas desleais de comércio exterior. 55 2. A Tributação A Receita Federal do Brasil estipula que haverá tributação para importações de mercadorias de qualquer valor, caso o remetente seja uma pessoa jurídica. No Brasil, o imposto de importação é estipulado em 60% do valor do item importado, mais o ICM de cada estado, como no caso do Rio de Janeiro, onde o ICMS é de 19%. Deve-se lembrar que, para importações de qualquer valor acima de U$ 3.000,00, deve- se realizar um desembaraço aduaneiro. Para as exportações, a alíquota de imposto depende do produto exportado. Por exemplo, para produtos têxteis, automóveis e equipamentos industriais, a alíquota é de 6%, já para alimentos, couros e aço, a alíquota é de 0%. Então, nota-se que há uma complexidade grande na apuração da legislação referente às relações comerciais do Brasil com o resto do mundo, além de inúmeras regras para a tributação dos produtos comprados ou vendidos ao exterior. b Conheça mais a respeito de tributação de bens importados e exportados acessando o portal da Receita Federal. Confira e aprofunde-se! http://idg.receita.fazenda.gov.br/ 56 Resumindo Diversos órgãos governamentais brasileiros regulam a entrada de mercadorias em territórios nacionais. Essa regulação, muitas vezes pode ser complexa e imputa uma série de taxas e impostos às cargas provenientes de exportações ao Brasil. A legislação brasileira e os acordos internacionais referentes ao trânsito de produtos vegetais e insumos agrícolas entre países fazem o estabelecimento de regras para a manutenção da qualidade, segurança e conformidade dos produtos, além da avaliação do risco de disseminação de pragas. A Receita Federal do Brasil estipula que haverá tributação para importações de mercadorias de qualquer valor, caso o remetente seja uma pessoa jurídica. Glossário Alíquota: percentual ou valor que serve de base para o cálculo de um imposto. Fitossanitário: diz-se das medidas sanitárias adotadas na defesa dos vegetais. 57 d 1) A Receita Federal do Brasil estipula que haverá tributação para importações de mercadorias de qualquer valor, caso o remetente seja uma pessoa física. ( ) Certo ( ) Errado 2) O SISCOMEX permite o acompanhamento da saída e o ingresso de mercadorias no país, uma vez que as entidades do governo interventoras no comércio exterior podem controlar e interferir no processamento de operações para uma melhor gestão de processos. ( ) Certo ( ) Errado 3) Entre as atribuições da Câmara de Comércio Exterior estão: a. ( ) A definição das diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio exterior. b. ( ) A coordenação e orientação das ações dos órgãos que possuem competências na área de comércio exterior. c. ( ) A formulação das diretrizes básicas da política tarifária na importação e exportação. d. ( ) O estabelecimento das diretrizes e medidas dirigidas à simplificação e racionalização do comércio exterior. e. ( ) Todas as alternativas anteriores. 4) No Brasil, a fiscalização e o controle são executados pelo Ministério da Agricultura, por meio do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). ( ) Certo ( ) Errado Atividades 58 5) A autorização prévia favorável de embarque dar-se-á mediantemanifestação da área técnica competente da Receita Federal, em sua sede, em Brasília (DF). ( ) Certo ( ) Errado 59 Referências BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasil, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. BRASIL. Decreto nº 61.867, de 07 de dezembro de 1967. Regulamenta os seguros obrigatórios previstos no artigo 20 do Decreto-lei nº 73, de 21.11.66, e dá outras providências. Brasília, 1967. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto/1950-1969/d61867.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. BRASIL. Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as operações de seguros e resseguros e dá outras providências. Brasília, 1966. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto-lei/Del0073.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. DINIZ, M. H. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil de acordo com o novo Código Civil (Vol. 7). São Paulo: Saraiva, 2003. LEFORT, C. Que es la burocracia? México: Paidos, 1970. RIZZARDO, A. Contratos. Rio de janeiro: Forense, 1988. Conhecendo as Agências Marítimas de Cargas MÓDULO 3 61 UNIDADE 6 | A BUROCRACIA ENVOLVIDA 62 Unidade 6 | A Burocracia Envolvida f Você tem noção da burocracia envolvida nas atividades de uma agência marítima de cargas? Pode imaginar o quanto essa burocracia atravanca o desenvolvimento do setor? Conseguiria contabilizar quanto as empresas e o governo perdem com a burocracia? Pode-se entender burocracia como um conjunto de regras e procedimentos que, muitas vezes podem ser implícitos e, na maioria das vezes, são explícitos (LEFORT, 1970). Esse conjunto de regras existe no setor de transporte marítimo de cargas, principalmente no Brasil e pode fazer com que o desenvolvimento da indústria em questão, venha a ser prejudicado. Nesta unidade, veremos um pouco dos efeitos da burocracia a qual as agências marítimas de cargas estão submetidas, além de analisarmos os custos referentes a exacerbação dessas regras. 63 1. A Burocracia nas Instituições A burocracia atualmente é um termo bastante utilizado de maneira pejorativa. Refere- se a essa palavra para expressar ineficiência de algum processo, ou a presença de regras inúteis, ou em demasia. Como se sabe, a burocracia está presente em qualquer instituição e não está isenta de culpabilidade quando há intenção de se realizar melhorias nos métodos de atuação das empresas. a A burocracia é necessária, o problema é quando não se tem o cuidado de mantê-la adequada aos parâmetros da instituição, além de não se ater às reais necessidades da entidade que a utiliza. O governo é, normalmente, a instituição que mais utiliza a burocracia, provavelmente, por causa de seu tamanho. Como há relação do governo com todos os setores da economia, além de certa dependência para algumas realizações, acaba-se por tornarem- se reféns do sistema criado. Vamos a um pequeno exemplo. Uma pessoa deseja abrir uma empresa. Os passos que essa pessoa precisa seguir são: 1º passo – Decidir quem será o sócio administrador e quem serão os sócios quotistas; 2º passo – Decidir e registrar o nome da empresa, fazendo uma pesquisa na junta comercial do município e pesquisar na prefeitura se o local escolhido permite a abertura desse negócio; 3º passo – Elaboração de um contrato social e registro na junta comercial do município; 4º passo – Obtenção do CNPJ junto a Receita Federal; 5º passo – Inscrição na secretaria estadual de fazenda; 6º passo – Registro na previdência; 64 7º passo – Obtenção de autorização para emissão de notas fiscais. Desse modo, para se abrir uma empresa no Brasil, é necessário o seguimento desses sete passos. Esse processo é considerado burocracia. Para algumas pessoas, o processo para se abrir empresas no Brasil é muito oneroso e atrapalha o desenvolvimento da economia, já que dificulta aos interessados o acesso à abertura de seus negócios. Há em outros países, como Estados Unidos e Canadá, uma facilitação desse processo, tornando-o mais eficiente e menos carregado, com menos estágios e, principalmente, mais rápido. O tempo médio para se abrir uma empresa no Brasil é de 107 dias, segundo o Banco Mundial, enquanto que nos Estados Unidos e Canadá, esse tempo chega a apenas cinco dias. 2. Burocracia e Desenvolvimento Há uma relação estreita entre burocracia e desenvolvimento econômico ou setorial. Essa relação se dá pela maior dificuldade que os indivíduos encontram para desenrolar os trâmites necessários aos seus diversos afazeres do cotidiano. Um exemplo que pode ser dado pode ser quando um cidadão começará a trabalhar em uma agência marítima de cargas, como em qualquer outra empresa, ele precisa apresentar uma série de documentos como: • Comprovante da escolaridade declarada; • Carteira de trabalho; • Carteira de identidade; • CPF. 65 Caso o cidadão tenha perdido sua carteira de identidade, ele precisa providenciar uma nova, caso tenha deixado de votar na última eleição, precisa regularizar a situação, caso tenha perdido sua carteira de trabalho, precisa ir até a agência do Ministério do Trabalho para solicitar outra. Esses procedimentos requerem de tempo, alguns desses procedimentos requerem semanas para serem feitos. Todos esses procedimentos podem fazer com que uma pessoa possa, até mesmo, desistir de trabalhar no mercado formal devido ao processo extremamente oneroso e cansativo. Esse processo poderia ser resolvido, caso o governo possuísse um sistema integrado, que tivesse todas essas informações e os tornasse disponíveis para o empregador. Existe um consenso comum que estabelece um paralelo entre os países mais desenvolvidos do mundo com os que possuem menos burocracia para seus processos internos. 66 Para expor essa teoria, observe o gráfico a seguir. Fonte: Banco Mundial, 2016. Como expresso no gráfico, nota-se que alguns dos países menos burocráticos do mundo estão entre os mais ricos e desenvolvidos economicamente, como Estados Unidos, Noruega, Reino Unido, Suécia e Dinamarca, comprovando a teoria de que a relação é válida. Posição em 2016 País 1º Cingapura 2º Nova Zelândia 3º Dinamarca 4º Coreia do Sul 5º Hong Kong 6º Reino Unido 7º EUA 8º Suécia 9º Noruega 10º Finlândia 51º Rússia 73º África do Sul 84º China 116º Brasil 130º Índia 67 3. A Burocracia na Atividade da Agência Marítima de Cargas A burocracia, como não poderia ser diferente, está presente no cotidiano da agência marítima de cargas constantemente. Por se tratar de um serviço de transporte, onde diversos indivíduos e bens estão envolvidos, o negócio em si, exige cuidados por parte das entidades governamentais. Para que uma agência marítima de cargas possa realizar suas atividades, ela precisa ser contratada, ou contratar um transportador. Esse transportador precisa estar devidamente autorizado a operar em território nacional, além de precisar estar adequado às exigências para a atuação no tipo de transporte desejado. Para o transporte de longo curso (para fora do país), o navio precisa de autorizações do governo, além de se adequar as normas nacionais e internacionais. Já para o transporte de cabotagem e navegação interior, é preciso que sejam cumpridas as seguintes regras: • o navio deve ser de bandeira brasileira; • o navio precisa estar registrado por uma empresa brasileira; • o navio deve possuir tripulação brasileira; • o navio precisa possuir todos os registros e autorizações para o transporte das mercadorias as quais deseja transportar. Além disso, a agência marítima de cargas precisa seguir todas as normas nacionais, como qualquer empresa, como: • manter todos os registros em ordem; • obter e manter todas as autorizações necessárias; • contabilizar e recolher os impostos municipais, estaduais e federais;68 • realizar a declaração de ajuste anual de imposto de renda junto a Receita Federal; • pagar os passivos trabalhistas e fornecedores de serviços; • entre outras. Então, conclui-se que os processos burocráticos aos quais as empresas, de forma geral, precisam se enquadrar, são necessários para que haja uma padronização dos procedimentos requeridos, porém, o problema é a intensidade dessa burocracia. Em uma agência marítima de cargas, existe uma infinidade de processos a serem seguidos, devido às características de sua atividade. O governo teria que priorizar a diminuição, ou facilitação do arcabouço, para que o desenvolvimento do setor seja propiciado. b Entenda mais sobre burocracia, leia o artigo disponível no link a seguir sobre a opinião de Max Weber sobre este tema. Confira! http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rap/article/ viewFile/4847/3585 69 Resumindo Pode-se entender burocracia como um conjunto de regras e procedimentos que, muitas vezes, podem ser implícitos e na maioria das vezes são explícitos. O governo é, normalmente, a instituição que mais a utiliza, provavelmente, por causa de seu tamanho e como há relação do governo com todos os setores da economia, além de certa dependência para algumas realizações, acaba-se por tornarem-se reféns do sistema criado. Os processos burocráticos aos quais as empresas, de forma geral, precisam se enquadrar, são necessários para que haja uma padronização dos procedimentos requeridos, porém, o problema é a intensidade dessa burocracia. Glossário Cabotagem: Navegação mercante ao longo da costa e, especialmente, entre portos do mesmo país, por oposição a navegação de longo curso. Arcabouço: Esboço. Preparo; competência para desenvolver e/ou produzir algo. 70 d 1) Os sete passos para abrir uma empresa no Brasil, descritos nesta unidade, podem ser considerados parte da burocracia do setor. ( ) Certo ( ) Errado 2) Pode ser considerado integrante do conjunto de normas para a cabotagem (burocracia) os seguintes itens: a. ( ) O navio deve ser de bandeira brasileira. b. ( ) O navio precisa estar registrado por uma empresa brasileira. c. ( ) O navio deve possuir tripulação brasileira. d. ( ) O navio precisa possuir todos os registros e autorizações para o transporte das mercadorias as quais deseja transportar. e. ( ) Todas as alternativas anteriores. 3) A agência marítima de cargas precisa seguir normas como: a. ( ) Recolher impostos nos Estados Unidos. b. ( ) Realizar a declaração de imposto de renda em todos os países por onde seu navio representado passar. c. ( ) Manter seus funcionários em regime de férias coletivas enquanto não houver cargas para serem transportadas. d. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores. Atividades 71 4) Para que uma agência marítima de cargas possa realizar suas atividades, ela precisa ser contratada, ou contratar um transportador, que por sua vez necessita estar devidamente autorizado a operar em território nacional. ( ) Certo ( ) Errado 5) O processo de abertura de uma empresa no Brasil é bastante simples e contribui para o desenvolvimento empresarial nacional. ( ) Certo ( ) Errado 72 Referências BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasil, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. BRASIL. Decreto nº 61.867, de 07 de dezembro de 1967. Regulamenta os seguros obrigatórios previstos no artigo 20 do Decreto-lei nº 73, de 21.11.66, e dá outras providências. Brasília, 1967. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto/1950-1969/d61867.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. BRASIL. Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as operações de seguros e resseguros e dá outras providências. Brasília, 1966. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto-lei/Del0073.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. DINIZ, M. H. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil de acordo com o novo Código Civil (Vol. 7). São Paulo: Saraiva, 2003. LEFORT, C. Que es la burocracia? México: Paidos, 1970. RIZZARDO, A. Contratos. Rio de janeiro: Forense, 1988. 73 UNIDADE 7 | O SEGURO DE CARGAS 74 Unidade 7 | O Seguro de Cargas f Você sabe o que é o seguro de cargas? Sabe como se faz o seguro de cargas? Conhece os aspectos referentes ao pagamento e cobertura de perdas e danos pelas seguradoras? As agências marítimas de cargas, normalmente contam com empresas seguradoras para promover a cobertura de eventuais prejuízos que a carga vier a sofrer. Esse prejuízo pode ser pago tanto para o comprador como para o vendedor da carga, a depender do acordo celebrado. A ideia principal da criação do seguro para as cargas é a diluição dos riscos envolvidos em uma cadeia de distribuição, muitas vezes, extensa. Essa medida se justifica também por se tratar de um meio de transporte que envolve o manuseio constante da mercadoria, com embarque e desembarque em vários veículos, e pela ocorrência de imprevistos causados pelas vias por onde trafegam os navios. 75 Nesta unidade, serão apresentados alguns aspectos referentes aos seguros para as cargas, suas modalidades, custos, modos de pagamento, entre outros fatores relevantes. 1. O Seguro Marítimo O transporte aquaviário tem várias vantagens em relação aos outros modos de transporte. Suas características mais marcantes são a grande capacidade de carga e o baixo consumo de combustível, em relação ao peso deslocado. Além dessas vantagens, ainda é possível ressaltar o baixo índice de roubos e furtos de cargas, o pequeno número de acidentes, proporcionalmente ao número de embarcações, a baixa probabilidade de afundamentos, etc. Mesmo com tantas vantagens e benefícios do transporte aquaviário, ainda é necessário que se contrate um seguro para as cargas para evitar-se que algum imprevisto cause transtornos ou perdas irreparáveis. As peculiaridades dessa modalidade de transporte fazem com que não seja uma tarefa difícil a contratação de uma seguradora para cuidar de seu patrimônio. Atualmente, no mercado brasileiro, existem diversas empresas que oferecem esse serviço. 2. As Modalidades de Seguros As modalidades mais conhecidas de seguros marítimos referem-se aos seguintes itens, entre outros: • Equipamentos utilizados para a carga e descarga dos navios; • Embarcações de apoio; • Embarcações de carga; • Cargas em geral; • Cargas especiais (mercadorias valiosas, perigosas, muito específicas, etc.); 76 • Trabalhadores envolvidos. Os danos que, normalmente são cobertos pelos seguros são: • Danos físicos Nesta modalidade, normalmente são indenizáveis os danos físicos às mercadorias e embarcações, perdas totais ou parciais, além de avarias de diversas naturezas; • Danos financeiros Nesta modalidade, são cobertos prejuízos diversos com taxas portuárias. Esses prejuízos compreendem combustíveis, despesas de armazenagem das cargas, funcionários para o manuseio das cargas, salários e prejuízos referentes a eventuais multas, entre outros; • Danos causados por responsabilidade civil Nesta modalidade, são indenizáveis os danos referentes a derramamentos de combustíveis, ou prejuízos causados pelo afundamento das embarcações, morte ou trauma de trabalhadores, remoção de resíduos, suspensão de atividades por medidas judiciais, entre outras. 3. Obrigações da Agência Marítima de Cargas As agências marítimas de cargas têm diversas obrigações para que possam contar com o seguro. Algumas dessas obrigações são: • Devem estar cientes de que a conservação e a preservação das embarcações e cargas são de sua inteira responsabilidade, tomando as mesmas precauções caso não possuísse o seguro. Também devem comunicar e estabelecer qualquer nova providência adotadacom a seguradora; 77 • Devem contratar funcionários devidamente qualificados as funções conforme a lei e as exigências das autoridades portuárias; • As agências marítimas de cargas e os armadores têm a obrigação de conhecer as leis e regulamentos, principalmente em relação à navegação e ao serviço para o qual a embarcação irá prestar; • Cumprir ou fiscalizar o cumprimento de todas as normas de conservação e funcionamento das embarcações, impostas pelas vistorias da Capitania dos Portos, das sociedades classificadoras e de peritos indicados pela seguradora. Caso esses deveres sejam descumpridos, a seguradora deterá o direito de recusar-se a pagar por eventuais danos que de derem. Os seguros marítimos são regulados pelas seguintes legislações: • Acordos e convenções internacionais; • Código Comercial Brasileiro; • Decreto-Lei 73/66; • Regulamento do tráfego marítimo; • Lei 2.180/54 – Tribunal Marítimo; • Lei 7.203/84; • Código Civil Brasileiro; • Circulares e resoluções da Superintendência de Seguros Privados(SUSEP), particularmente a Circular SUSEP 01/85, alterada pelas Circulares 08/85, 40/85 e 27/87. 78 4. Custos e Cobrança dos Seguros Os custos dos seguros são variáveis e sofrem a influência de diversos fatores como: • O local por onde as cargas serão transportadas (para que se saiba quais são as condições marítimas, histórico de acidentes, etc.); • As características da embarcação, além do histórico do armador; • Quantidade de embarcações representadas pela agência marítima de cargas; • As especificações das cargas transportadas (preço, peso, fragilidade, etc.) O valor a ser segurado tanto das cargas quanto das embarcações é determinado pelo tipo de cobertura desejado, categoria da embarcação e da avaliação realizada pela seguradora. 5. Contratação do Seguro O Decreto 61.867 (BRASIL, 1967) regulamenta os seguros obrigatórios no Brasil, tanto o transportador quanto para o proprietário da carga. Ambos devem contratar seguros para a operação de transporte e os seguros de cada uma das partes são específicos, então as apólices têm especificações diferentes e não se confundem. O seguro do proprietário da carga é um seguro de patrimônio, destinado a assegurar a garantia de um determinado patrimônio durante o seu transporte marítimo, fluvial ou lacustre. a A depender do percurso, pode ser contratada uma única apólice que envolva o transbordo das cargas, além do percurso que ela seguirá de caminhão ou trem para chegar a seu destino. 79 Já o seguro de responsabilidade da operação de transporte, é um seguro porta a porta que garante os bens transportados desde o momento do embarque da carga no veículo que o levará até o navio e o desembarque, isto é, quando as mercadorias são descarregadas do veículo no destino final. Existe ainda, a necessidade de contratação de seguro adicional para o carregamento e descarregamento do navio. Assim, vamos reforçar que tanto o proprietário das cargas como a agência marítima de cargas podem ter que realizar a contratação de seguros, além de muitas vezes, ter que fazer a contratação de seguros adicionais. 6. Os Seguros Internacionais Os seguros internacionais tratam-se da modalidade utilizada para as operações de comércio exterior, ou seja, importação ou exportação. O contrato deve ser lavrado de acordo com fatores como: • O risco da viagem; • A condição de venda da mercadoria; e • A condição de compra da mercadoria. Os proprietários das mercadorias normalmente contratam um seguro multimodal ou intermodal para a cobertura dos riscos referentes a todos os meios de transporte que vierem a ser utilizados para o transporte da carga, durante todo o percurso, desde a origem ao destino final. e Além da indenização de perdas e danos à mercadoria transportada que, por ventura, vierem a ocorrer, esse tipo de seguro cobre impostos, fretes, lucros esperados e despesas diversas. 80 Os seguros de transportes internacionais de cargas devem seguir a estrutura dos contratos de importação e exportação, já que sua contratação é baseada nos chamados Incoterms (International Commercial Terms, ou Termos Internacionais de Comércio), que determinam, a partir da estrutura de um contrato de compra e venda internacional, os direitos e deveres tanto do exportador quanto do importador. Estes termos tratam-se de um instrumento que constitui um conjunto modelo de definições, com normas e métodos neutros, como a localidade onde o exportador – neste caso a agência marítima de cargas – deve entregar a mercadoria, quem pagará o frete, quem será o responsável pela contratação do seguro, etc. e Os Incoterms indicam formatos de acordos entre os vendedores e compradores, em relação aos serviços necessários para a condução do produto do local onde é fabricado até o local de destino, com o nome de “zona de consumo”. Entre os termos presentes no acordo, devem estar: • Embalagem; • Transportes internos; • Licenças de exportação e importação; • Movimentação nos terminais portuários; • Transporte; • Seguros internacionais. Portanto, podemos constatar que o assunto referente aos seguros de cargas é um fator de extrema relevância para ser constatado pela agência marítima de cargas. Pode-se afirmar que não é possível, até por imposição legal, que se deixe de considerar este item em uma operação de transporte aquaviário. 81 b Conheça um exemplo de seguro marítimo, acesse o portal da Superintendência de Seguros Privados, através do link a seguir, e aprofunde-se neste conteúdo. http://www.susep.gov.br/ b Resumindo As agências marítimas de cargas, normalmente contam com empresas seguradoras para promover a cobertura de eventuais prejuízos que a carga vier a sofrer. Esse prejuízo pode ser pago tanto para o comprador, como para o vendedor da carga, a depender do acordo celebrado. As agências marítimas de cargas têm diversas obrigações para que possam contar com o seguro. Os proprietários das mercadorias normalmente contratam um seguro multimodal ou intermodal para a cobertura dos riscos referentes a todos os meios de transporte que vierem a ser utilizados para o transporte da carga, durante todo o percurso, desde a origem ao destino final. Glossário Apólice: Documento de contrato de seguro. Certificado de obrigação mercantil. Ação de companhia. Título da dívida pública. Lacustre: Relativo a lago. Que vive nas águas ou à margem de um lago. 82 d 1) O contrato de um seguro internacional de cargas deve ser lavrado de acordo com fatores como: a. ( ) O risco da viagem. b. ( ) A condição de venda da mercadoria. c. ( ) A condição de compra da mercadoria. d. ( ) Todas as alternativas anteriores. 2) O valor a ser segurado tanto das cargas quanto das embarcações é determinado pelo tipo de cobertura desejado, categoria da embarcação e da avaliação realizada pela seguradora. ( ) Certo ( ) Errado 3) Os seguros normalmente são contra: a. ( ) Danos físicos. b. ( ) Danos financeiros. c. ( ) Danos por responsabilidade civil. d. ( ) Danos por defeitos nos produtos. e. ( ) 1º, 2º e 3º alternativas. 4) O seguro do proprietário da carga é um seguro de patrimônio, destinado a assegurar a garantia de um determinado patrimônio durante o seu transporte marítimo, fluvial ou lacustre. ( ) Certo ( ) Errado Atividades 83 5) Os Incoterms indicam formatos de acordos entre os vendedores e compradores, em relação aos serviços necessários para a condução do produto do porto de Salvador até o local de destino. ( ) Certo ( )Errado 84 Referências BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasil, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016. BRASIL. Decreto nº 61.867, de 07 de dezembro de 1967. Regulamenta os seguros obrigatórios previstos
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