AD 1 PRATICA DE ENSINO ANA PAULA

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
 Centro de Educação e Humanidades
Faculdade de Educação / Coordenação das Licenciaturas – EAD
Avaliação a Distância (AD1) 
DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO I
Coordenadoras: Maria Letícia Machado e Paula Cid
CURSO: Letras
POLO: Piraí
ALUNO: Ana Paula Lemos Souza
MATRÍCULA: 19213120293 DATA: 09 / 09 /
2021
 
Querida(o) aluna(o),
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importante valorizar a dimensão ética da formação nas Licenciaturas.  
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Desejamos que esta atividade seja uma oportunidade para a reflexão e
elaboração de conceitos trabalhados em nossa disciplina!
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Assumo o compromisso de confidencialidade e de sigilo escrito, fotográfico e verbal sobre
as questões do exame ou avaliação pessoais que me serão apresentadas, durante o
curso desta disciplina.
Comprometo-me a não revelar, reproduzir, utilizar ou dar conhecimento, em hipótese
alguma, a terceiros e a não utilizar tais informações para gerar benefício próprio ou de
terceiros.
Reitero minha ciência de que não poderei fazer cópia manuscrita, registro fotográfico,
filmar ou mesmo gravar os enunciados que me são apresentados.
Declaro, ainda, estar ciente de que o não cumprimento de tais normas caracterizará
infração ética podendo acarretar punição nas esferas penal, civil e administrativa de
acordo com a legislação vigente.
Nome completo: Ana Paula Lemos 
Data: 09/09/2021
Polo: Piraí
Curso: Letras 
Avaliação: ( x ) AD1 ( ) AD2 ( ) AP1 ( ) AP2 ( ) AP3
Queridas/os alunas/os,
No decorrer da disciplina “Prática de Ensino I – Didática”, você poderá verificar a
diversidade de questões históricas, sociais e políticas que atravessam diretamente o
cotidiano escolar. A Didática, portanto, se constrói em sentidos contemporâneos se puder
contribuir para a construção de conhecimentos e práticas que considerem essas
questões. 
Nesta AD1 vamos nos colocar em um movimento pesquisador e autoral, buscando
também a sistematização de conceitos essenciais nesta disciplina. Para isso, você deverá
imaginar-se na seguinte situação hipotética: 
Uma escola de Ensino Fundamental e Médio, selecionou o tema “Arte, ciência e vida: a
genialidade de Leonardo Da Vinci” como tema norteador para o trabalho pedagógico
que será desenvolvido em todas as disciplinas. A ideia é que todas as turmas aprofundem
os estudos sobre a vida e a obra deste expoente Renascentista.
Sua equipe de trabalho elegeu como uma das atividades a visita interativa à exposição
digital Leonardo da Vinci – 500 anos de um gênio, exposta no Museu da Imagem e do
Som de SP, disponível em https://exposicaodavinci500anos.com.br/#/experience . 
https://exposicaodavinci500anos.com.br/#/experience
Para apresentar a proposta numa reunião pedagógica da escola, você elaborou o
seguinte roteiro.
Parte 01 - EDUCAÇÃO
1. Defina Educação: (0,5 ponto) 
“A educação é uma prática humana direcionada por uma determinada concepção
teórica.” (LUCKESI, 1994, p 30-31). 
A partir dessa premissa, podemos definir a educação como uma tendência humana
de praticar uma concepção previamente teorizada de maneira direcionada a
determinada capacidade de aprendizagem. Podemos ver que a educação se
manifesta como uma instrumento que fomenta a manutenção e/ou transformação
de uma sociedade.
2. Destaque um aspecto EDUCACIONAL que possa ser abordado a partir da visita
interativa à exposição digital Leonardo da Vinci. (0,5 ponto)
A exposição digital de Leonardo da Vinci pode ser considerada um exímio
detalhamento de uma das mentes mais privilegiadas do mundo, por conseguinte, é
possível abordar diversos assuntos através da mostra da exposição. É possível
ressaltar que os alunos poderiam organizar, em pequena estância, uma organizada
linha do tempo e posterior análise da contribuição de alguns dos códices
mensurados pela mostra, reforçando assim a experimentação do trabalho de Da
Vinci como formador de base à cultura nos mais diversos campos das artes,
educação e outras civilidades que julgassem pertinentes. Ainda, para estreitar um
pouco o tema, os alunos poderiam elencar uma área de sua preferência para
detalharem, isto porque trata-se de uma obra vasta e riquíssima em conhecimento
e instrumentação educacional.
Parte 02 - DIDÁTICA
3. A partir da leitura do artigo A Didática Hoje: reinventando caminhos, de Vera
Maria Ferrão Candau, Adélia Maria Nehme Simão e Koff, disponível em
https://graduacao.cederj.edu.br/ava/mod/resource/view.php?id=344411 (Aula 02),
defina Didática. (1,0 ponto) 
O termo “Didática” nasce e toma ascendência desde os tempos de Comenio, em
sua Didática Magna, e vai interagindo com o mundo a medida que este se
desenvolve. Como termo, esta quer referir-se a “arte de ensinar” ou mesmo a
https://graduacao.cederj.edu.br/ava/mod/resource/view.php?id=344411
“técnica de ensinar”, como prática esta referir-se-á a amplos caminhos que levam
em direção a concretização do saber pedagógico bem como sua transmissão. Por
parte da pedagogia, o termo vai em direção ao melhor fazer da prática docente;
desde a técnica a realização. 
4. O que as autoras chamam de Reinvenção da Escola e da Didática? (1,0 ponto)
As estudiosas elencadas nesse trabalho, de fato, apresentam inúmeras situações
problema que merecem atenção enquanto a eficiência das inúmeras e significativas
práticas do fazer escolar; elencam uma série de problemas que, desencadeados,
norteiam a base do presente estudo. E, ainda, vão entrar em linhas sinuosas para a
resolução dessas problemáticas, seja por meio de abordagens que ‘ofereçam um
caminho inspirador para a construção de uma Didática que favoreça a reinvenção
da escola e das práticas pedagógicas”, ou mesmo, completando através da
privilegiada intervenção nas “estruturas de gestão mais eficazes , sistemas de
controle e monitoramento (…)” ou ainda “fomentando uma maior analise do
desempenho dos alunos e dos professores”. Todos esses são grifos direto do texto,
eles enumeram a preocupação das autoras com o bem estar da escola, que
precisa ser restaurado, desde o aluno ao professor que, segundo elas, também
vivem em condições péssimas, condicionando uma contra producenteno que
tangencia o assunto. Para finalizar, deve-se afirmar que a medida que apareçam
novas dificuldades e/ou tendências no campo, devemos tencionarmo-nos para a
direção de tornar obsoletas as dificuldades por meio de práticas instigadoras e que,
de fato, representem abordagens cíclicas de reconstrução dos parâmetros
observados como inapropriados para o desenrolar da escola bem como da Didática
utilizada ali. 
5. Qual é a relação entre a História e a Didática? (1,0 ponto)
A Didática conversa com o tempo ao qual ela pertence, como mencionaram as
autoras em seu resumo: “A Didática constitui um campo do conhecimento
pedagógico que possui um longo recorrido histórico. De (desde) Comênio (1592-
1670) e sua Didática Magna (1631)”, portanto é possível inferir que há uma estrita
relação entre essas máximas. Esta ultima, por sua vez, anuncia o que o mundo
saberia através dos tempos sobre o que é a pratica enquanto técnica de ensinar.
Com o desenrolar das situações vivenciadas pela humanidade, as tendências de
cada momento histórico, haverá, portanto, uma nova linha que adjungirá suas
entrelinhas concatenas ao tempo daquele referido. 
6. Selecione algo apresentado na exposição digital Leonardo Vinci para desenvolver
um trabalho DIDÁTICO. Justifique a sua resposta. (1,0 ponto)
A notação dos códices de Da Vinci, por exemplo, pode constituir um trabalho bem
elaborado, apesar de minucioso. Os objetivos traçados devem ser em direção a
absorção do conteúdo neles postulados, desde os menos relevantes ao mais
geniais, um escaneamento raso da obra que satisfizesse uma pequena parcela da
culturalidade e múltipla interação do autor com seu tempo e o tempo do aluno,
fomentando uma discussão sobre anacronismo e o terrível engajamento contrário
que não pode ser cometido, levando em consideração sua época de veiculação.
Este trabalho tenderia a mostrar aos alunos como o fazer intelectual é obra viva
que permeia o tempo e o transpassa, os levaria a um estado de compreensão
sobre o poder do conhecimento e de sua empreitada em direção ao
empoderamento por ele apresentado. 
Parte 03 - DIDÁTICA E INTERCULTURALIDADE
7. Ainda a partir do estudo do texto A Didática Hoje: reinventando caminhos, de
Vera Maria Ferrão Candau, Adélia Maria Nehme Simão e Koff, disponível em
https://graduacao.cederj.edu.br/ava/mod/resource/view.php?id=344411 (Aula 02),
como você poderia explicar “uma educação intercultural crítica”? (1,0 ponto)]
Segundo Candau e Koff, as escolas mantêm a ideia de que há a necessidade
primeira de formar crianças, jovens e adultos e esta está completamente bem
colocada, visando o papel que desempenham na formação de indivíduos. Mas que
indivíduos devem ser estes? Este questionamento surge enquanto a pluralidade e
tendência democráticas que precisam ser adequadas nas instituições de ensino,
como um todo. Com a construção do que elas chamam carinhosamente de ‘outra
escola’ há o surgimento de ‘outra educação’ e, diretamente proporcional, do ‘outro
aluno. É nesse contexto que será empregada a questão da educação intercultural
crítica, justamente na formação desse ‘outro’ indivíduo que devem ser abordadas
as máximas escolhidas pelas autoras em seu trabalho. Esta pratica de abordagem
irá constituir-se a partir de um núcleo de pesquisas já estruturado há alguns anos e
que tangencia o multiculturalismo e a interculturalidade crítica, bem como suas
relações com os processos de ensino. Preconiza que deve haver, em algum
https://graduacao.cederj.edu.br/ava/mod/resource/view.php?id=344411
momento oportuno, uma situação de intercâmbio cultural, objetivando minimizar o
papel ferrenho das relações de poder que se concretizam em uma sala de aula
multicultural. Os conflitos são imagináveis até que se tornam reais e proporcionam
choque em diversos aspectos e a interculturalidade crítica tem papel fundamental
nesse dissolvimento de ideias preconcebidas. Fica bem explícita a necessidade de
questionamento por parte dos discentes sobre esses aspectos, lembrando que
essas ideias vão abranger uma gama de outros temas polêmicos, tais como a
homossexualidade, a divergência de opiniões e caráter. É necessária uma
reciclagem dessas ideias que eram, até então, apenas preconceitos para que elas
se tornem abrangentes; e possam, de fato, permitir aos alunos viverem em
comunhão com essas tantas múltiplas formações de esteriótipos. E, por fim,
através dessas reformulações internas, fomentar uma concepção concatenada com
a realização de um ensino-aprendizagem voltado para a construção real de um
indivíduo capaz de lidar com todo e qualquer tipo de pluralidade e ciente de que
está formando não tão somente sua história como também a história dos
elementos a sua volta. 
8. O que caracteriza o Trabalho Centrado em Projetos, de acordo com Candau e
Koff? (1,0 ponto)
O estudo, nesse caso, enfatiza a formação e criação do ensino através da diretriz
focada em projetos, o que é previamente existente, mas até então não tanto
funcional. O que as autoras defendem é exatamente a visão central estar focada no
interesse do aluno, afim de despertá-lo ao que lhe cerca, de maneira crítica,
através de mostra e realização de projetos que combinem com seus interesses.
Deve funcionar com um estudo binário, primeiro no interesse do aluno, logo após
na concatenação deste com os projetos que podem ser desenvolvidos para a
consolidação e transformação desse interesse em conhecimento construído. 
Vale realçar que esta é uma iniciativa que derruba os antigos parâmetros de
aprendizagem passiva em detrimento do surgimento da real possibilidade de um
trabalho ativo, motivador, que tenha como o norte e o centro o aluno, que comece e
termine no que o aluno precisa, tende e, principalmente, deseja aprender. Esse
objetivo pode ser considerado utópico para os tradicionalistas do ensino passivo,
aqueles que visam a transmissão de conhecimento acabados, porém para o novo
cenário proposto pelas autoras é necessária ruptura com essas tendências, em
primeiro lugar. É comum que para esse objetivo se alcance haja toda uma
(re)estruturação por parte da equipe docente, o que é deveras trabalhoso, porém
os resultados vão além do suor derramado acerca dessa afirmação. Para elas, o
enfoque que pode ser relacionado é muito mais interessante que o modus operandi
envolvido aí. Ainda que trabalhoso, costuma-se dizer que não existe trabalho que
não dê trabalho. Alicerçadas nessa diretriz, as conteudistas visam uma melhoria na
área crítica e organizacional das escolas para a realização dos câmbios
necessários par que esse enfoque seja adotado.
9. De que forma, a visita interativa à exposição digital Leonardo da Vinci – 500 anos
de um gênio, poderia representar um Trabalho Centrado em Projetos? (3,0 pontos)
(Responda através de exemplos hipotéticos para os seguintes aspectos a serem
trabalhados com sua turma: Processo de definição do eixo, Definição de múltiplas
fontes e critérios de categorização e interpretação, Protagonismo dos/as alunos/as,
Registro das descobertas e conhecimentos produzidos, entre outras) 
Essa exposição, em geral, é um prato cheio para o Trabalho Centrado em Projetos
uma vez que adota diversas dimensões desse modelo. A hipótese de formulação
de um trabalho centrado nessas diretrizes pode ser bem explicado seguindo a
estrutura relacionada: os alunos identificam, na exposição, a multiplicidade de
conhecimentos a serem absorvidos por si, determinam, portanto, de maneira ativa,
com pouca intervenção do professor, o eixo da pesquisa e em seguida do projeto
que irão desenvolver. Pode ser um projeto de observação, como já explicitado em
uma das questões, ou um projeto analítico, visando melhor absorção dos
conteúdos da mostra expositiva. Em uma ficha, por exemplo,poderiam anotar
relatos daquilo que consideraram interessante, visando a construção do saber
crítico próprio. O professor, neste momento, instrui os alunos sobre a importância
da visualização da mostra de Da Vinci com um olhar centrado em descobrir o que
há de trigo e joio, por exemplo, para a formação destes como indivíduos pensantes
e críticos. Visto que muito pouco ou quase nada seria entregue ao joio, os alunos
fariam um levantamento das descobertas, uma proposta pode ser feita nesse
momento, para que os alunos possam conversar entre si, comparar suas fichas e
adentrarem ainda mais num debate coerente sobre as descobertas individuais. Em
um momento posterior a esse debate, pode-se fazer um desafio focado em um
novo projeto, partindo da Obra vista. Esperando que os alunos sejam capazes de
inferir criticamente o que estariam vendo, deixá-los como protagonistas para a
confecção de uma segunda mostra, desta vez da perspectiva do aluno, a ser
apresentada na escola. Seria elencado como objetivo geral dessa atividade
depreender sobre a compreensão do aluno acerca da magnitude não somente da
Obra, mas sim do conhecimento inerente a ela e sua necessidade para a formação
desse indivíduo. Esse projeto pode ser apresentado de diversas formas, seja entre
os próprios alunos, em um cenário de pouco recurso, ou, em um melhor cenário,
para a comunidade que os cerca, seus familiares, amigos e demais interessados.
Uma grande oportunidade para se criar, ainda, uma semana acadêmica de
conhecimentos gerais, em uma oportunidade futura. O importante é que os alunos
estejam cientes da contribuição imensurável para a sua formação o tocante desse
projeto e que o professor deixe-os a vontade para criarem e desenvolverem suas
próprias ideias, estas elencadas aqui na questão não passam de instrumentação
para encaminhá-los a realidade do que encontrarão nesse caminho de
descobertas.