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3 LICENCIATURA EM PEDAGOGIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GESTÃO ESCOLAR QUIXERAMOBIM 2021 4 LICENCIATURA EM PEDAGOGIA CINTIA MARIA ALVES NOGUEIRA CHARLES NATANAEL TEIXEIRA COSTA ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GESTÃO ESCOLAR Relatório de Estágio elaborado sob a orientação da Professora Esp. Carla Patricia P. Silva, como requisito obrigatório da disciplina de Estágio Supervisionado em Gestão Escolar. ARAPIRACA 2021 5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 03 2 O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES...........................................................................................................................04 3. O PAPEL DA GESTÃO NA ESCOLA......................................................................05 3.1 O PAPEL DO DIRETOR ESCOLAR...................................................................06 3.2 O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO..............................................08 4 PLANO DE INTERVENÇÃO ................................................................................... 09 e 10 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 11 6 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 12 6 1. INTRODUÇÃO A disciplina Estágio Supervisionado em Gestão e Coordenação de Ensino, em sua ementa objetiva propiciar articulação entre os saberes acadêmicos e os saberes da prática entrelaçados com a reflexão sobre as formas de organização da escola e a compreensão da dinâmica de atuação do gestor e do coordenador como principais articuladores do trabalho coletivo, bem como se constitui ainda como uma das competências desta disciplina a problematização das práticas desenvolvidas pela gestão e coordenação de ensino e por fim permite o registro da experiência e avaliação compartilhada. O presente trabalho tem por objetivo identificar e caracterizar a natureza do trabalho do coordenador pedagógico por meio da articulação entre o referencial teórico e o diálogo com os profissionais conhecendo o cotidiano de profissionais que desempenham papéis estratégicos na gestão de instituições educacionais, a fim de observar a prática pedagógica exercida na escola escolhida. A confecção do mesmo se orientou por dois caminhos: um teórico e outro prático. No aspecto teórico contêm conceitos e definições que correspondem aos fundamentos da prática pedagógica, ferramentas essenciais para a produção do nosso conhecimento como estudante futuro profissional do campo da educação. No aspecto prático, destaca-se o trabalho de campo e a integração das informações, a fim de facilitar a leitura e a compreensão do assunto estudado, com a correspondência entre os dispositivos e a observação enquanto espaço escolar. O Estágio Supervisionado em Gestão Escolar é primordial na formação do profissional pedagogo, visto que, de acordo com Pimenta e Lima (2009), o estágio é um campo de conhecimento e eixo curricular central nos cursos de formação de professores. Esse eixo curricular proporciona aos acadêmicos do curso de Licenciatura em Pedagogia possibilidade de relacionar a teoria estudada no decorrer da formação à prática das instituições escolares, de forma que contribua para seu conhecimento teórico-prático. Nesse sentido, pontuamos que: [...] o estágio precisa ser, em seus fundamentos teóricos e práticos, esse espaço de diálogo e de lições, de descobrir caminhos, de superar os obstáculos e construir um jeito de caminhar na educação de modo a favorecer resultados de melhores aprendizagens dos alunos. De modo que, possibilite que sejam trabalhados aspectos indispensáveis à construção da identidade, dos saberes e das posturas específicas do exercício profissional docente (PIMENTA; LIMA, 2009, p. 129- 130). 7 Este trabalho se constitui em descrever e analisar a importância do estágio supervisionado e a observação do cotidiano do coordenador pedagógico. Almeja ainda compreender como se tem caracterizado o papel do coordenador pedagógico na teoria e como tem funcionado esta ação na prática, da instituição observada, a fim de viabilizar possibilidades de uma ação/prática pedagógica, que seja capaz de minimizar as dificuldades encontradas e que também esta mesma prática possa assegurar o sucesso do trabalho conjunto de uma equipe gestora no âmbito educacional. 2. O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES. O pedagogo ocupa um amplo espaço na organização do trabalho pedagógico, sendo um articulador no processo de formação cultural que se dá no interior da escola. Sua presença é fundamental na organização das práticas pedagógicas e consequentemente na efetivação das propostas. É o mediador no processo de ensino e aprendizagem, de forma a garantir a consistência das ações pedagógicas e administrativas. Podemos pois dizer que a natureza humana não é dada ao homem, mais é por ele próprio produzida sobre a base da natureza biofísica. Consequentemente, trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. (SAVIANI, 1996, p. 146) De acordo com a citação acima, é através da educação que o homem produz emoções, história, tenta explicar suas atitudes, suas emoções e o que é mais importante, através da educação que os indivíduos conseguem entender sua importância e atuação no meio ao qual está inserido. O pedagogo escolar, de forma específica, é o profissional que irá atuar nas escolas em seus diversos níveis de ensino (na educação básica ou no ensino superior). Ou seja, ―o pedagogo é aquele que domina sistemática e intencionalmente à supervisão e a orientação educacional‖ (SAVIANI, 1985, p. 28). O pedagogo é preparado para atuar de forma especifica nas atividades que lhe são determinadas, sempre fazendo com que sua orientação seja benéfica nas soluções de cada problema. Como profissional da educação, o pedagogo deve ter o domínio das formas através das quais o saber sistematizado - a ciência em suas diversas áreas específica, como a história, a geografia, a matemática entre outras – ―é convertido em saber escolar, tornando-o, pois, transmissível-assimilável na relação professor-aluno‖. (SAVIANI, 1985, p.28). 8 Conforme pesquisas realizadas nos últimos anos, a profissionalização docente não se pode confinar a uma ―pedagogia do dom natural‖, mas exige formação profissional (FREIRE, 2000, p. 28). Por isso, compete ao educador refazer a educação, reinventá-la, criar as condições objetivas para que uma educação democrática seja possível, criar uma alternativa pedagógica que favoreça o aparecimento de novas pessoas, solidárias e preocupadas com o novo projeto social e político (DEMO, 1995). A partir das experiências vividas no âmbito do Estágio em Gestão Escolar, concordamos com Dourado (1998), ao pontuar que o pedagogo-gestor é responsável pela organização escolar adequada a sua instituição de ensino, a fim de nos diferentes momentos da prática pedagógica seja considerado o ato de ensinar, as lutas políticas, o planejamento, a organização e o relacionamento efetivo com a comunidade no processo de tomada de decisões. Ressaltamos que, a gestão democrática escolar é um desafio na operacionalização das políticas de educação e no cotidiano escolar (VIEIRA, 2007). A mesma é definida no art. 14, da LDB n.º9394/1996, e deve seguir os princípios de participação dos profissionais da educaçãona elaboração do projeto político pedagógico da escola e tendo a participação da comunidade escolar e local nos conselhos escolares ou equivalentes. Portanto, a gestão democrática envolve toda a comunidade na escola, organizando ações e mecanismos institucionais para o planejamento e tomadas de decisão acerca das necessidades que envolvem as instituições de ensino. 3. O PAPEL DA GESTÃO NA ESCOLA 3.1 O PAPEL DO DIRETOR ESCOLAR É papel do diretor escolar manter o bom funcionamento da escola. Além disso, cabe a ele incentivar, motivar e inspirar tanto a sua equipe quanto os seus alunos. As responsabilidades desse profissional dentro de uma instituição de ensino não são poucas: é dele a função de manter o bom funcionamento da escola em suas esferas física, material, política, financeira, pedagógica e emocional. Também faz parte do papel do diretor escolar — como um líder — incentivar, motivar e inspirar, diariamente, tanto a sua equipe quanto os seus alunos. Além disso, o profissional ainda precisa promover a integração entre a escola e os pais, responsáveis e demais familiares dos alunos. Pedagogicamente falando, está entre as responsabilidades do diretor escolar aprimorar, constantemente, a qualidade de ensino da instituição que dirige. Isso pode 9 ser realizado por meio de algumas práticas, tais como: Estabelecer e manter um bom planejamento educacional — a curto, médio e longo prazo — com objetivos, metas e estratégias bem definidas; Estabelecer, em conjunto com os professores, as estratégias didáticas e de trabalho em sala de aula — por meio de reuniões pedagógicas, por exemplo; Qualificar, constantemente, o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola; Buscar garantir que professores, demais funcionários e alunos tenham à disposição todas as ferramentas necessárias para um processo de educação eficaz. A função do diretor é muito complexa, abrangendo os aspectos de autoridade escolar: o de educador e o de administrador. (DIAS, apud, MENESES, 1998). 3.2 O PAPEL O COORDENADOR PEDAGÓGICO Ele é o responsável pela qualidade do trabalho dos professores dentro da sala de aula e também pela relação sadia entre os docentes e alunos. É esse profissional que vai ajudar os educadores a transmitirem o conhecimento de forma prática, direta e de fácil compreensão. O coordenador é também a pessoa responsável por mostrar a todo corpo escolar as diretrizes e regras que o colégio estabelece. Ele é quem sabe os problemas e busca as melhores soluções para resolver qualquer crise de ordem pedagógica. Saber de forma prática qual o trabalho realizado pelo coordenador pedagógico é um dever de todo diretor de instituição de ensino. A importância desse especialista é enorme e, por isso, os tópicos abaixo vão ajudá-lo a entender a rotina desse profissional dentro da escola: reunião com professores: planejamento de aulas e estratégias para melhorar o aprendizado dentro da sala; encontros de docentes: reuniões entre professores da mesma área ou série para trocas de experiências e discussões sobre possíveis melhorias nos resultados; estratégias de aula: conversas individuais com educadores que precisam de auxílio para melhorar as aulas e as formas de avaliação; 10 relação com os pais: encontros com pais para definir quais decisões tomar com o intuito de melhorar o relacionamento e a interação dos filhos na classe; resolução de problemas: solucionar os atritos que ocorrem entre pais, estudantes e professores; desempenho escolar: responder pelos resultados em avaliações externas como o Enem, Ideb e outros; inovações: atualizar e trazer novidades para os professores implementarem nas salas de aula. Essas são as principais atribuições que esse necessário profissional tem em uma organização educacional. Ele é um verdadeiro mediador no ambiente escolar. O papel do coordenador pedagógico é o da pessoa de confiança da direção, dos docentes, dos estudantes e dos pais. PRADO (2015, p.29) afirma que o coordenador pedagógico: (...) pode auxiliar os professores a estabelecer relações entre as disciplinas do currículo além de conhecer os alunos e a realidade social em que a escola está circunscrita, além das relações pedagógicas e interpessoais que se desenvolvem na sala de aula e na escola...PRADO (2015, p.29). 4 PLANO DE INTERVENÇÃO Roteiro Básico para Plano de Intervenção / Ação Plano de Intervenção / Plano de Ação Estágio Supervisionado em GESTÃO ESCOLAR. 11 I. Dados de Identificação: Estagiário (a): CINTIA MARIA ALVES NOGUEIRA CHARLES NATANAEL TEIXEIRA COSTA. Qual o segmento se destina ao plano de ação: Estágio em Gestão Escolar II. Conteúdo 2.1 O PAPEL DO DIRETOR ESCOLAR É papel do diretor escolar manter o bom funcionamento da escola. Além disso, cabe a ele incentivar, motivar e inspirar tanto a sua equipe quanto os seus alunos. As responsabilidades desse profissional dentro de uma instituição de ensino não são poucas: é dele a função de manter o bom funcionamento da escola em suas esferas física, material, política, financeira, pedagógica e emocional. 2.2 O PAPEL O COORDENADOR PEDAGÓGICO Ele é o responsável pela qualidade do trabalho dos professores dentro da sala de aula e também pela relação sadia entre os docentes e alunos. É esse profissional que vai ajudar os educadores a transmitirem o conhecimento de forma prática, direta e de fácil compreensão. O coordenador é também a pessoa responsável por mostrar a todo corpo escolar as diretrizes e regras que o colégio estabelece. Ele é quem sabe os problemas e busca as melhores soluções para resolver qualquer crise de ordem pedagógica. III. Objetivos Objetivo geral: Levar a equipe gestora a refletir sua pratica no cotidiano da gestão escolar. Objetivos específicos: A possibilidade de desenvolver capacidades para: analisar e resolver problemas, elaborar e desenvolver projetos e atividades na área de gestão com o suporte das novas tecnologias de informação e comunicação. IV. Desenvolvimento Da atividade proposta do plano de ação: Atualização do PPP, reuniões e planejamento. 12 V. Recursos didáticos: PPP, data show, papel, caneta e telão. VI. Avaliação: Para implantar um sistema de gestão participativa na escola, que exige uma maior participação de todos os interessados, é necessário que o diretor dedique uma quantidade considerável de tempo, para capacitar os profissionais e desenvolver um sistema de acompanhamento escolar e de experiências pedagógicas distintas pela reflexão-ação. (LUCK, H. Et al, 2002). Porque optar pela participação na gestão escolar? Para melhorar a qualidade pedagógica do processo educacional das escolas. Para garantir ao currículo escolar maior sentido de realidade e atualidade. Para aumentar o profissionalismo dos professores. Para combater o isolamento físico, administrativo e profissional dos diretores e professores. Para motivar o apoio comunitário. Fonte: Luck; 2002, p.16. Não existe uma receita pronta para trabalhar com todas essas diversidades, mas sugere-se uma proposta de trabalho centrada na ação-reflexão-ação que visa contribuir para a problematização das práticas pedagógicas tendo como recorrência: • O conhecimento e a experiência pedagógica dos professores; • O princípio da ―construção coletiva‖, sem mascarar as diferenças e tensões existentes entre todos aqueles que convivem na instituição, considerando que as situações vividas nela se inscrevem num tempo de longa duração bem como as histórias de vida de cada professor. 13 • Uma metodologia de trabalho que possibilite aos professores e aos coordenadores atuarem como protagonistas sujeitos ativos no processo de identificação, análise e reflexão dos problemas existentes na instituição e na elaboração depropostas para sua superação. Nessa proposta metodológica de ação-reflexão-ação podemos identificar 3 grandes etapas: A) Compreensão da realidade da instituição; B) Análise das raízes dos problemas ( compreendendo a realidade escolar); C) Elaboração e proposição de formas de intervenção de ação coletiva. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O Estágio Supervisionado em Gestão Escolar nos dá a oportunidade de conhecer, vivenciar e perceber que o trabalho pedagógico desenvolvido dentro da escola deve ser organizado e coletivo. Por isso a importância e necessidade, em se ter um Plano de Ação da Equipe Pedagógica que seja claro e objetivo em relação às atividades a serem desenvolvidas no decorrer do ano letivo. Construir um ambiente democrático não é tarefa fácil e, por isso, não é empreitada para apenas um elemento. ―Uma gestão participativa também é a gestão da participação‖, afirma José Carlos Libâneo (1996, p.200). Quem ocupa cargos de liderança – como diretor ou coordenador pedagógico – precisa despir-se do posicionamento predominantemente autocrático para possibilitar o desenvolvimento de um clima em que todos contribuam com ideias, críticas, encaminhamentos, pois a gestão e participação pedagógica pressupõem uma educação democrática, ou seja, envolve muito mais do que estabelecer o que é urgente e prioritário (é claro que isto terá que ser discutido), mas se assenta nas dimensões do ouvir, sugestionar em benefício do coletivo, revisitar posicionamentos, quando necessário, e primar pela análise e desdobramento do que é imprescindível para o processo ensino- aprendizagem discente, da formação do professor e das metas que a escola se propõe em determinada situação ou realidade escolar. 6 BIBLIOGRAFIA 14 FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 9ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. LIBÂNEO. j.c. Pedagogia, Ciência da educação? Selma G. Pimenta (Org.). São Paulo; Cortez,1996,p.127. LIBANÊO, José Carlos. Organização e gestão da escola: Teoria e Prática. Goiás: Alternativa, 1996. LUCK, H. et al. A Escola Participativa: o trabalho do gestor escolar. Rio de Janeiro: DP SA, 2002. PARO, V.H. Administração Escolar: Introdução Critica. São Paulo: Cortez, 2006. PILETTI, N. Estrutura e funcionamento do ensino fundamental. Estrutura e funcionamento do ensino fundamental. Estrutura e funcionamento do ensino fundamental. São Paulo: Ática, 1998. PIMENTA, Selma Garrido.; LIMA, Maria do Socorro Lucena. Estágio e Docência. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2009. SAVIANI, Demerval. Educação: do senso comum a consciência filosófica, Campinas, 1980. https://www.sophia.com.br/blog/gestao-escolar/descubra-o-real-papel-do-diretor- escolar-na-instituicao-de-ensino PRADO, Gilsete da Silva. A formação continuada pela via do Coordenador Pedagógico. 2015. 116 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) -
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