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Abertura - PROBLEMA 2 - drogadição LEITURA DO PROBLEMA BRAINSTORM Filho fica se debatendo: Parece ser um delírio Delírio X Alucinação X Delirium qual a diferença? Pode ser devido a uma crise de abstinência - Pessoa deixa de usar uma substância em que o organismo está viciado; - Quando você usa muito uma substância o organismo aumenta o número de receptores; para substância e quando a utilização para ocorre um efeito rebote; - Pode estar relacionado ao centro de recompensa; - Existem alimentos e drogas que liberam serotonina e essa liberação gera dependência -Aiaroasca (Chá) Planta alucinógena que ajuda na reabilitação, mas deve ter supervisão; Qual o remédio com maior dependência nos EUA? Analgésico opioides (Morfina, Heroina, Codeína) Quando é possível saber quando o uso da medicação deixa de ser terapêutico e passa a ser uma dependência? -Quando existe uma urgência em tomar o medicamento específico (vício), não um terceiro com um princípio semelhante; No caso de um tratamento como é realizado? Ocorre só a retirada do medicamento? 6º ETAPA - MÓD 1 - PSIQUIATRIA 09/08/2021 ALICE ROCCO 1. Conceituar abstinência, tolerância, abuso, dependência, alucinação, ilusão, delírio, delirium, delirium tremens e fissura 2. Compreender a quantidade saudável para o consumo de álcool e os critérios diagnósticos para abuso 3. Definir a fisiopatologia e tratamento dos efeitos do álcool, morfina e derivados e cocaína (neurológicos e psiquiátricos) 4. Explicar o mecanismo de dependência química e não química do álcool, opióides e cocaína 5. Explicar a fisiopatologia e o tratamento da doença e abstinência (álcool, morfina e derivados e cocaína) 6. Definir internação voluntária, involuntária, compulsória e critérios de internação 7. Discutir como é organizado o cuidado em saúde mental (RAPS) para alcoolismo e dependência de drogas REFERÊNCIAS RECOMENDADAS DSM V —-> para ver os critérios Kaplam —-> de forma geral Golan —-> dependência e mecanismos Ministério da Saúde —-> RAPS Artigo —-> sobre internação (enviado pela profe) OBJETIVOS -Processo de internação, formação de um plano (Medicações que substituem os efeitos da abstinência, redução gradativa das doses da droga); -Relação da aceitação do vício e extrema dificuldade de cura sem ajuda; -Atividade física; -Tratamento da família; -Terapia (Acompanhamento com psicólogos e psiquiatras); -As reuniões como alcoólicos anônimos podem ajudar no processo de cura? Sim, mas é importante a persistência e compromisso com a recuperação; Uma pessoa que era dependente de álcool que conseguiu largar após o tratamento possui ainda dependência ou vício? —-> Sim. Tio do Leo que possui reações ao ingerir álcool após se reabilitar, ainda possui vontade de utilizar o álcool; -Utilização de cigarro eletrônico para reduzir o uso do tabaco, falta de segurar o tabaco é referida não apenas o fumo em si; -Medicação que pode induzir ao vomito ao tomar bebida alcoólica! Qual é? Cigarro eletrônico causa um problema intersticial muito grave! CAPS – Centro de atenção psicossocial: Apoio de dependência alcoólica dentre outros serviços de apoio social e psicológico; No caso de um paciente que está em um estado extremo quebrando a casa, roubando, sendo agressivo como se deve proceder? O paciente é internado contra a vontade? -Relação da internação provisória para uma avaliação psicológica, que vai decidir se existe incapacidade psicológica para a tomada de decisões; Qual a diferença de internação compulsória de involuntária? Qual o mecanismo de ação das drogas? Eles são iguais? ABSTINÊNCIA: ato de abster-se, de privar-se do uso de alguma coisa; moderação ou sobriedade no comer, no beber e na vida sexual TOLERÂNCIA: - FARMACOLOGIA: fenômeno caracterizado por uma diminuição dos efeitos sobre o organismo de uma dose fixa de substância química à medida que se repete sua administração - TOXICOLOGIA: capacidade de o organismo suportar doses de determinada substancia sem apresentar sinais de intoxicação —-> esse aqui é o certo pra esse problema *** CURVA DOSE/EFEITO ——> A TOLERÂNCIA DESVIA A DOSE P/ ESQUERDA OU DIRETA? ————->>>>>>> PROVAAAAAAAA ****** ——-> PEGAR LIVRO FARMACO - FIXA O EFEITO DESEJADO - PRA ATINGIR AQUELE EFEITO, TEM QUE AUMENTAR A DOSE —-> DESVIA P/ DIREITA ABUSO: uso incorreto ou ilegítimo; abusão, excesso; uso excessivo ou imoderado de poderes DEPENDÊNCIA: estado ou qualidade de dependente; subordinação, sujeição; necessidade de proteção, de arrimo ALUCINAÇÃO: - PSICOPATOLOGIA: perturbação mental que se caracteriza pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensação sem objeto - POR EXTENSÃO: impressão ou noção falsa, sem fundamento ou realidade; devaneio, delírio, engano, ilusão; insanidade mental, desvario, doidice, loucura ILUSÃO: DELÍRIO: Fechamento - PROBLEMA 2 - drogadição CONCEITUAR ABSTINÊNCIA, TOLERÂNCIA, ABUSO, DEPENDÊNCIA, ALUCINAÇÃO, ILUSÃO, DELÍRIO, DELIRIUM, DELIRIUM TREMENS E FISSURA 6º ETAPA - MÓD 1 - PSIQUIATRIA 12/08/2021 ALICE ROCCO - PSICOPATOLOGIA: convicção errônea mantida por uma pessoa, baseada em falsas conclusões tiradas dos dados da realidade exterior, e que não se altera mesmo diante de provas ou raciocínios em contrário - PSIQUIATRIA: problema mental orgânico reversível, cujos sintomas são: decréscimo da vigilância, desorientação espaçotempora, confusão, alucinações visuals, auditivas, etc. - POR EXTENSÃO: confusão mental, profundo entusiasmo, exaltação DELIRIUM: rebaixamento da consciência DELIRIUM TREMENS: quadro patológico que surge após um longo tempo de consumo excessivo de álcool etílico; delírio alcoólico FÍSSURA: é uma vontade muito forte de usar a droga, que pode ocorrer sob diversos estímulos, por exemplo, a visão de outras pessoas usando. É o que pode ocorrer quando um usuário de cocaína, sem usar droga há um mês, vê alguém usando-a. No Brasil, não há definições oficiais para dose padrão e consumo moderado no Brasil. OMS: não existe um padrão de consumo de álcool que seja absolutamente seguro. Consumo moderado pela OMS: Dose padrão 10g de etanol puro; Homens e mulheres não devem exceder duas doses/dia e abstenham-se de beber dois dias/semana NIAAA - National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism Dose padrão: 14g de etanol puro Mulheres: 1 dose/dia Homens: 2 doses/dia CISA - uma dose padrão corresponde a 14g de etanol puro no contexto brasileiro COMPREENDER A QUANTIDADE SAUDÁVEL PARA O CONSUMO DE ÁLCOOL E OS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA ABUSO DIVIDIDO POR SUBSTÂNCIAS NA DISCUSSÃO DO FECHAMENTO ÁLCOOL O alcoolismo está entre os transtornos psiquiátricos mais comuns observados no mundo ocidental. Problemas relacionados ao álcool nos Estados Unidos contribuem para 2 milhões de ferimentos a cada ano, incluindo 22 mil mortes. Nos últimos anos, tem-se observado aumento de pesquisas clinicamente relevantes sobre abuso e dependência de álcool, incluindo informações sobre influências genéticas específicas, curso clínico dessas condições e o desenvolvimento de tratamentos novos e proveitosos. O álcool é uma droga potente que causa alterações tanto agudas quanto crônicas em quase todos os sistemas neuroquímicos. Dessa forma, o abuso de álcool pode produzir sintomas psicológicos temporários graves, incluindo depressão, ansiedade e psicoses. Em longo prazo, níveis cada vez maiores de consumo de álcool podem produzir tolerância, bem como adaptação do corpo tão intensa que a interrupção do uso pode precipitar uma síndrome de abstinência normalmente caracterizada por insônia, evidência da hiperatividade do sistema nervoso autônomo e ansiedade. Portanto, em uma avaliação adequada dos problemas de vida e sintomas psiquiátricos em um paciente, o profissional deve considerar a possibilidade de que a situação clínica reflete os efeitos do álcool. EPIDEMIOLOGIA Psiquiatrasprecisam estar atentos ao alcoolismo porque se trata de uma condição comum; intoxicação e abstinência são semelhantes a vários transtornos psiquiátricos maiores, e o indivíduo usual com alcoolismo não se encaixa em estereótipos (i.e., os chamados “cachaceiros que bebem até cair”). - PREVALÊNCIA DO CONSUMO DEFINIR A FISIOPATOLOGIA E TRATAMENTO DOS EFEITOS DO ÁLCOOL, MORFINA (E DERIVADOS) E COCAÍNA (NEUROLÓGICOS E PSIQUIÁTRICOS) EXPLICAR O MECANISMO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA E NÃO QUÍMICA DO ÁLCOOL, OPIÓIDES E COCAÍNA EXPLICAR A FISIOPATOLOGIA E O TRATAMENTO DA DOENÇA E ABSTINÊNCIA (ÁLCOOL, MORFINA E DERIVADOS E COCAÍNA) Em algum momento durante a vida, 90% da população nos Estados Unidos consome álcool, sendo que a maioria começa a ingeri-lo entre o início e a metade da adolescência (Tab. 20.2-1). Até o fim do ensino médio, 80% dos estudantes consomem álcool, e mais de 60% ficam intoxicados. Em qualquer faixa etária, 2 em cada 3 homens consomem álcool, com uma proporção de ingestão persistente de aproximadamente 1,3 homem para 1,0 mulher, sendo que a prevalência mais elevada de consumo de álcool vai da metade para o fim da adolescência, ou do fim da adolescência até a metade da faixa dos 20 anos. Homens e mulheres com educação superior e renda elevada têm mais chances de consumir álcool, e, entre as denominações religiosas há maior proporção de judeus que o consomem, mas que apresentam os índices mais baixos de dependência da substância. Outras etnias, como irlandeses, têm índices mais elevados de problemas graves com álcool, mas também índices significativamente elevados de abstenção. Algumas estimativas demonstram que mais de 60% dos homens e mulheres em algumas tribos de índios norte- americanos e inuítes foram dependentes de álcool em algum momento. Nos Estados Unidos, o adulto médio consome 8,3 litros de álcool absoluto por ano, uma redução em relação aos 10,2 litros per capita em 1981. O consumo de bebidas alcoólicas costuma ser considerado um hábito aceitável nos Estados Unidos. Cerca de 90% de todos os moradores desse país consumiram uma bebida alcoólica pelo menos uma vez na vida, e cerca de 51% de todos os adultos norte-americanos são usuários de álcool. Atrás de doenças cardíacas e câncer, transtornos relacionados ao álcool constituem o terceiro maior problema de saúde nos Estados Unidos atualmente. A cerveja responde por cerca de metade de todo o consumo de álcool; destilados, por cerca de um terço; e vinho, por cerca de um sexto. Aproximadamente 30 a 45% de todos os adultos nos Estados Unidos tiveram pelo menos um episódio temporário de problema relacionado ao álcool, geralmente um episódio amnésico induzido por álcool (p. ex., um apagão), condução de veículo motorizado em estado de embriaguez ou falta a aulas ou ao trabalho devido ao excesso de consumo. Cerca de 10% das mulheres e 20% dos homens satisfizeram os critérios diagnósticos para abuso de álcool durante a vida, e de 3 a 5% das mulheres e 10% dos homens satisfizeram os critérios para o diagnóstico mais grave de dependência de álcool durante a vida. Cerca de 200 mil mortes todo ano estão diretamente relacionadas ao abuso de álcool. As causas comuns de morte entre indivíduos com transtornos relacionados ao álcool são suicídio, câncer, doença cardíaca e doença hepática. Embora indivíduos envolvidos em acidentes automotivos letais nem sempre satisfaçam os critérios para um transtorno relacionado ao álcool, motoristas embriagados estão envolvidos em cerca de 50% de todas as mortes no trânsito, e essa porcentagem aumenta para em torno de 75% quando são considerados apenas acidentes com ocorrência tarde da noite. O uso de álcool e os transtornos relacionados ao álcool estão associados a cerca de 50% de todos os homicídios e 25% de todos os suicídios. O abuso de álcool reduz a expectativa de vida em cerca de 10 anos, e o álcool lidera o ranking de todas as substâncias em mortes relacionadas a esses agentes. A Tabela 20.2-2 lista outros dados epidemiológicos sobre o uso de álcool. COMORBIDADE Os diagnóst icos ps iquiátr icos mais comumente associados aos transtornos relacionados ao álcool são transtornos relacionados a outra substância, transtorno da personalidade antissocial, transtornos do humor e transtornos de ansiedade. Embora os dados sejam controversos, a maioria sugere que indivíduos com transtornos relacionados ao álcool apresentam um índice de suicídio acentuadamente mais elevado do que a população em geral. - TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL Relata-se com frequência uma associação ent re t rans torno da personal idade antissocial e transtornos relacionados ao álcool. Alguns estudos sugerem que o transtorno da personalidade antissocial é particularmente comum em homens com transtorno relacionado ao álcool e que pode antecedê-lo. Outros estudos, no entanto, sugerem que o transtorno da personalidade antissocial e transtornos relacionados ao álcool são entidades completamente distintas, não havendo uma relação causal. - TRANSTORNOS DO HUMOR Aproximadamente 30 a 40% dos indivíduos com um transtorno relacionado ao álcool satisfazem os critérios diagnósticos para transtorno depressivo maior em algum momento da vida. Depressão é mais comum em mulheres do que em homens com esses transtornos. Vários estudos relataram que ela provavelmente ocorre em pacientes com transtornos relacionados ao álcool que apresentam um consumo diário elevado e história familiar de abuso de álcool. Indivíduos com transtornos relacionados ao álcool e transtorno depressivo maior correm grande risco de tentativa de suicídio e provavelmente apresentam outros diagnósticos de transtornos relacionados a substâncias. Alguns profissionais recomendam terapia com fármacos antidepressivos para sintomas depressivos que persistem após 2 a 3 semanas de sobriedade. Acredita-se que pacientes com transtorno bipolar tipo I corram risco de desenvolver um transtorno relacionado ao álcool;eles podem usar a substância como automedicação para seus episódios maníacos. Alguns estudos demonstraram que pessoas com ambos os diagnósticos, de transtorno relacionado ao álcool e transtorno depressivo, apresentam concentrações de metabólitos de dopamina (ácido homovanílico) e de ácido γ-aminobutírico (GABA) no líquido cerebrospinal (LCS). OPIÓIDES Opióides vêm sendo usados há milhares de anos com finalidades analgésicas e médicas, mas também têm uma longa história de uso inadequado devido a seus efeitos psicoativos. O uso indevido contínuo de opioides pode resultar em síndromes de abuso e dependência e causar perturbações no humor, no comportamento e na cognição similares às de outros transtornos psiquiátricos. Em países desenvolvidos, a droga opioide associada com maior frequência a abuso e dependência é a heroína; contudo, há crescente preocupação da saúde pública com opioides sob prescrição médica, que estão amplamente disponíveis, apresentam risco de abuso significativo e são usados cada vez mais com esse propósito. A adição a opioides afeta jovens e idosos, ricos e pobres, profissionais e desempregados. Ao longo das últimas décadas, houve avanços significativos no tratamento e na compreensão da dependência dessas substâncias. Aceita-se cada vez mais que a dependência de opioides seja um transtorno crônico passível de recaída, receptivo a tratamento médico e intervenção. A Tabela 20.7-1 enumera os vários opioides usados terapeuticamente nos Estados Unidos, com exceção da heroína. A dependência de opioides é um grupo de sintomas fisiológicos, comportamentais e cognitivos que, juntos, indicam o uso contínuo e repetido de fármacos opioides, apesar de problemas significativos relacionados a esse uso. A dependência de fármacos, de modo geral, foi definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma síndrome na qual o uso de um fármaco ou classe de fármacos assume prioridade muito maior para determinado indivíduo do que outroscomportamentos que em outro momento já apresentaram valor mais elevado. Cada uma dessas definições breves tem como característica central a ênfase no comportamento de uso de drogas em si, em sua natureza desadaptativa e em como a escolha de se entregar a esse comportamento se modifica para ficar restrita ao resultado da interação com a substância ao longo do tempo. Abuso de opioides é a expressão utilizada para designar um padrão de uso desadaptativo de um fármaco opioide que leva a prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo em um período de 12 meses, mas cujos sintomas nunca satisfizeram os critérios para dependência de opioides. Os transtornos induzidos por opioides incluem fenômenos comuns, como transtornos por uso de opioides, intoxicação por opioides, abstinência de opioides, transtorno do sono induzido por opioides e disfunção sexual induzida por opioides. Delirium por intoxicação por opioides eventualmente é observado em pacientes hospitalizados. Transtorno psicótico induzido por opioides, transtorno do humor induzido por opioides, e transtorno de ansiedade induzido por opioides, em contrapartida, são bastante raros com opioides mi (μ), mas foram observados com determinados agonistas opioides mistos agonistas-antagonistas que atuam em outros receptores. O diagnóstico de transtorno relacionado a opioides não especificado é usado para situações que não satisfazem os critérios para nenhum dos outros transtornos relacionados a opioides. Além da morbidade e da mortalidade associadas diretamente aos transtornos relacionados a opioides, a associação entre a transmissão do vírus HIV e uso de opioides e opiatos por via intravenosa atualmente é reconhecida como uma das principais preocupações sanitárias nos Estados Unidos. As expressões opiato e opioide derivam da palavra ópio, o sumo da papoula de ópio Papaver somniferum, que contém aproximadamente 20 alcaloides de ópio, incluindo morfina. Muitos opioides sintéticos são fabricados, incluindo meperidina, metadona, pentazocina e propoxifeno. A metadona é o padrão atual para o tratamento de dependência de opioides. Antagonistas de opioides foram sintetizados para tratar overdose e dependência de opioides. Essa classe de fármacos inclui naloxona, naltrexona, nalorfina, levalorfano e apomorfina. Compostos com atividade mista agonista e antagonista em receptores de opioides foram sintetizados e incluem a pentazocina, o butorfanol e a buprenorfina. Estudos revelaram que a buprenorfina é um tratamento eficaz para dependência de opioides. ÁLCOOL FISIOPATOLOGIA (MECANISMO) O álcool modula os principais sistemas de neurotransmissores inibitórios e excitatórios do cérebro por meio de seus efeitos sobre receptores GABAA e NMDA, respectivamente. Ele é um modulador alostérico positivo dos receptores GABAA. O álcool aumenta a condutância do cloreto pelos receptores GABAA, resultando em hiperpolarização celular. Também diminui a condutância do Ca pelos receptores NMDA, diminuindo ainda mais a excitação celular. Essa dupla ação sobre os receptores GABAA e NMDA contribui para os efeitos ansiolíticos, sedativos e depressores do SNC suscitados pelo álcool. As adaptações moleculares à exposição crônica ao álcool incluem: 1) internalização e diminuída expressão dos receptores GABAA “normais” contendo a subunidade α1 na superfície; 2) aumento da expressão dos receptores GABAA contendo a subunidade α4 “de baixa sensibilidade ao álcool”na superfície 3) Fosforilação aumentada dos NMDA-R contendo as subunidades NR-2B de “alta condutância”. Logo, a neuro adaptação produz tolerância aos efeitos depressores agudos do álcool e ocorrem concomitantemente com dependência Durante a abstinência, essas adaptações provocam hiperexcitabilidade generalizada nos neurônios. A excitação do SNC manifesta-se como ansiedade, insônia, delírio e potencialmente, convulsões. ESSE PROCESSO CHAMA ALOSTASE ————>>>>>>> PROVAAAAAAAAAA TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO O tratamento não farmacológico é parte essencial da abordagem à dependência de álcool, e deve englobar estratégias motivacionais, de suporte, individuais ou em grupos terapêuticos. Mesmo em contextos não especializados, como na Atenção Primária à Saúde, ou de urgência e emergência, podem-s e realizar intervenções breves e bus car a adesão do usuário a um tratamento específico. Pode-se realizar o aconselhamento com foco na mudança de comportamento. Grupos de ajuda mútua também mostram benefícios. O envolvimento da família também deve ser enfatizado. Quando as intervenções psicossociais são associadas ao tratamento farmacológico, os resultados são melhores. É importante também avaliar, diagnosticar e tratar comorbidades clínicas e psiquiátricas, bem como as outras possíveis consequências do consumo excessivo de álcool. O tratamento não farmacológico ainda deve estimular “a procura de alternativas que possam contribuir para o sucesso no tratamento, ajudar o usuário a identificar habilidades pessoais, apoiar a tomada de decisão, encorajar a busca de fontes informais de assistência, trabalhar para identificar e resolver barreiras para o tratamento”. A SES oferece o atendimento em grupos nos CAPS-AD. FARMACOLÓGICO DISSULFIRAM É um medicamento metabolizado no fígado, cuja principal ação é a de interferir no metabolismo hepático do álcool por meio da inativação da enzima acetaldeídodesidrogenas e e assim impede a conversão do acetaldeído (substância resultante da desidrogenação hepática do álcool) em ácido acético/acetato que participa de outras vias metabólicas. O acúmulo de acetaldeído na corrente sanguínea, por excessivo consumo de álcool, provoca várias reações físicas desagradáveis que fazem com que a pessoa desenvolva aversão e rejeição à ingestão de álcool. Este efeito aversivo leva a pess oa a evitar o consumo de qualquer bebida alcoólica ou ter contato com substância que contenha álcool (perfumes, xaropes). Muitas pessoas que fazem uso de Dissulfiram e que, acidentalmente ou não, venham a ter contato com álcool apresentam o chamado efeito antabuse em grau leve, outros, com alguma complicação clínica prévia, podem ser muito afetados com rápida evolução até o óbito. Daí a importância do engajamento ativo no tratamento e do compromisso do usuário em s e manter em abstinência caso venha a utilizar o Dissulfiram. Os s intomas do efeito antabuse são: rubor facial, náus eas, vômitos, hipotensão, alteração do nível de consciência, precordialgia, taquipneia, sudorese, visão borrada, vasodilatação. Há duas formas de administração de � INTERNAÇÃO VOLUNTÁRIA: aquela que se dá com o consentimento do usuário; ________________________________________________________________________________ INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; Há perda da autonomia do indivíduo decorrente de sua doença mental, que o impede de compreender e entender o caráter desadaptativo de seu estado - Exemplos: Quadros psicóticos graves, cursando com delírios e alucinações, e casos de depressão com risco de suicídio - Há também quadros psiquiátricos que, mesmo não apresentando desorganização das funções psíquicas, demandam internação contra a vontade do paciente, como nos transtornos alimentares BRASIL: Lei Federal 10.216/2001 Se dispõe a proteger os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redirecionar o modelo assistencialem saúde mental. - Substitui o Decreto 24.559, de 1934, que até então dispunha “sobre a assistência e proteção à pessoa e aos bens dos psicopatas” Lei define as modalidades de internações psiquiátricas: No parágrafo único do artigo 6º define-se que: “São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica: I – internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário; II – internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e III – internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.” Qualquer paciente que se encontre numa enfermaria psiquiátrica se enquadra numa dessas categorias: afora as judicialmente determinadas (compulsórias) – casos nos quais a vontade do paciente não interfere –, a internação só é voluntária se o paciente declara por escrito que a aceita. Artigo 7º: “A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento.” As categorias podem mudar ao longo do tempo se o paciente voluntariamente internado pede a alta, ou se esta é conferida ou a internação se torna involuntária. Parágrafo único: “O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente.” PROVAAAAAAAAA!!!!!! DEFINIR INTERNAÇÃO VOLUNTÁRIA, INVOLUNTÁRIA, COMPULSÓRIA E CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO ——> ARTIGO “PARÂMETROS LEGAIS PARA A INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA NO BRASIL” “Art. 8o – A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina – CRM do Estado onde se localize o estabelecimento. § 1o – A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta. § 2o – O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento.” Pontos importantes: - Necessidade de comunicar o MP da internação e da alta —-> anexando um “Termo de Comunicação de Internação Psiquiátrica Involuntária” aos documentos médicos necessários para a internação - Sendo responsável por fazê-lo, o próprio hospital; e responsável técnico, o Diretor Clínico - Fim da internação involuntária —-> além do evento da alta médica, os responsáveis legais tem direito de retirar o paciente - Se um indivíduo tem a capacidade de discernimento preservada, ele pode aceitar se tratar ou não (a não ser que isso implique iminente risco de morte) Da mesma forma que uma pessoa em sã consciência decide sobre si, é a família que decide sobre um parente com transtorno mental que o prive de entendimento. Artigo 1.775 do Novo Código Civil: “O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmente ou de fato, é, de direito, curador do outro, quando interdito. § 1º – Na falta do cônjuge ou companheiro, é curador legítimo o pai ou a mãe; na falta destes, o descendente que se demonstrar mais apto. § 2º – Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos mais remotos. § 3º – Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete ao juiz a escolha do curador.” PAPEL DO MÉDICO Decide nos casos em que não há família no momento ou se o risco da não internação é extremo. Nesse último caso a alta pode ser recusada. Artigo 46º do Código de Ética Médico: “É vedado ao médico: efetuar qualquer procedimento médico sem o esclarecimento e o consentimento prévios do paciente ou de seu responsável legal, salvo em iminente perigo de vida ” ________________________________________________________________________________ INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA: aquela determinada pela Justiça. Não é rara, mas é comumente encontrada em hospitais psiquiátricos, exceto em Hospitais de Custódia e Tratamento. Artigo 9º: “A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários” FLUXOGRAMA ——> Sugestão de fluxograma para decisão quanto á internação. � DEFINIÇÃO Rede de saúde mental integrada, articulada e efetiva nos diferentes pontos de atenção para atender as pessoas em sofrimento e/ou com demandas decorrentes dos transtornos mentais e/ou do consumo de álcool, crack e outras drogas; • Deve-se considerar as especificidades loco-regionais; DISCUTIR COMO É ORGANIZADO O CUIDADO EM SAÚDE MENTAL (RAPS) PARA ALCOOLISMO E DEPENDÊNCIA DE DROGAS • Ênfase nos serviços com base comunitária, caracterizados por plasticidade de se adequar às necessidades dos usuários e familiares e não os mesmos se adequarem aos serviços; • Atua na perspectiva territorial, conhecendo suas dimensões, gerando e transformando lugares e relações. DIRETRIZES • Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia, a liberdade e o exercício da cidadania; • Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde; • Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e • assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar; • Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, diversificando as estratégias de cuidado com participação e controle social dos usuários e de seus familiares; • Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado; • Desenvolvimento da lógica do cuidado centrado nas necessidades das pessoas com transtornos mentais, incluídos os decorrentes do uso de substâncias psicoativas OBJETIVOS • Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral; • Promover a vinculação das pessoas em sofrimento/transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas famílias aos pontos de atenção; • Garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às urgências. COMPONENTES ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ESTRATÉGICA Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas CAPS AD III (24 horas) Definição: • Serviço 24 horas que oferece tratamento diário e continuado a pessoas com problemas relacionados ao uso abusivo e/ou dependência de álcool, crack e outras drogas que interferem na diversas dimensões da vida (família, trabalho, educação, saúde etc.); • O CAPS AD III poderá constituir-se como referência regional, de acordo com implantação pactuada pela Comissão Intergestores Regional (CIR) respectiva e desde que previsto no plano de Ação da Região de Saúde ou em instrumento equivalente; • O CAPS AD III Regional será retaguarda para grupo populacional de 200 a 300 mil habitantes. • Constitui-se em serviço aberto, de base comunitária que funciona segundo a lógica do território e fornece atenção contínua a pessoas com necessidades relacionadas ao consumo de álcool, crack e outras drogas; • Lugar de referência de cuidado e proteção para usuários e familiares em situações de crise e maior gravidade (recaídas, abstinência, ameaças de morte, etc); • Ter disponibilidade para acolher casos novos, sem agendamento prévio e sem qualquer outra barreira de acesso, em todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, das 07 às 19 horas e para casos já vinculados, nas 24h; Características do CAPS AD III 24h: Estrutura física: Espaço para atendimento ambulatorial individual, para atividades de grupo, refeições, sala de observação/enfermagem, espaço de convivência, etc. Atividades: Atendimento individual e em grupos, oficinas, visitas domiciliares, atendimento aos familiares e articulações intersetoriais,permanência noturna. • Acolhimento noturno: leitos de atenção integral para realizar intervenções em situações de crise sem intercorrência clínica grave ou comorbidade; também utilizados para repouso e observação. • A Regulação dos leitos será realizada pela própria equipe do serviço, garantindo a alimentação dos sistemas de informação. A permanência de um mesmo paciente no acolhimento noturno do CAPS AD III fica limitada a 14 (catorze) dias, no período de 30 (trinta) dias. • Caso seja necessária permanência no acolhimento noturno por período superior a 14 (catorze) dias, o usuário será encaminhado a uma Unidade de Acolhimento. Se não houver uma UA de referência para o município essa regra poderá ser excepcionada. De acordo com PT 130, art 5o, itens V, VI e VII • produzir, em conjunto com o usuário e seus familiares, um PTS que acompanhe o usuário nos contextos cotidianos, promovendo e ampliando as possibilidades de vida e mediando suas relações sociais • regular o acesso aos leitos de acolhimento noturno, com base em critérios clínicos, em especial desintoxicação, e/ou critérios psicossociais, como a necessidade de observação, repouso e proteção, manejo de conflito, dentre outros • promover inserção, proteção e suporte de grupo para os usuários, no processo de reabilitação psicossocial ARCABOUÇO LEGAL PORTARIA/GM No 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011 Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de saúde (SUS). PORTARIA No 130, DE 26 DE JANEIRO DE 2012 Redefine o Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e outras Drogas 24 h (CAPS AD III) e os respectivos incentivos financeiros. PORTARIA No 121, DE 25 DE JANEIRO DE 2012 Institui a Unidade de Acolhimento para pessoas com necessidades decorrentes do uso de Crack, Álcool e Outras Drogas (Unidade de Acolhimento), no componente de atenção residencial de caráter transitório da Rede de Atenção Psicossocial PORTARIA No 148, DE 31 DE JANEIRO DE 2012 Define as normas de funcionamento e habilitação do Serviço Hospitalar de Referência para atenção a pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades de saúde decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, do Componente Hospitalar da Rede de Atenção Psicossocial, e institui incentivos financeiros de investimento e custeio. PORTARIA No 131, DE 26 DE JANEIRO DE 2012 Institui incentivo financeiro de custeio destinado aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal para apoio ao custeio de Serviços de Atenção em Regime Residencial, incluídas as Comunidades Terapêuticas, voltados para pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, no âmbito da RAPS.
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