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Tutoria 2 - Drogadicao

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Abertura - PROBLEMA 2 - drogadição
LEITURA DO PROBLEMA
BRAINSTORM
 Filho fica se debatendo: Parece ser um delírio 
Delírio X Alucinação X Delirium qual a diferença? 
Pode ser devido a uma crise de abstinência 
- Pessoa deixa de usar uma substância em que o organismo está viciado; 
- Quando você usa muito uma substância o organismo aumenta o número de receptores; para 
substância e quando a utilização para ocorre um efeito rebote; 
- Pode estar relacionado ao centro de recompensa; 
 - Existem alimentos e drogas que liberam serotonina e essa liberação gera dependência 
-Aiaroasca (Chá) Planta alucinógena que ajuda na reabilitação, mas deve ter supervisão; 
Qual o remédio com maior dependência nos EUA? Analgésico opioides (Morfina, Heroina, Codeína) 
Quando é possível saber quando o uso da medicação deixa de ser terapêutico e passa a ser uma 
dependência? 
-Quando existe uma urgência em tomar o medicamento específico (vício), não um terceiro com um 
princípio semelhante; 
No caso de um tratamento como é realizado? Ocorre só a retirada do medicamento? 
 6º ETAPA - MÓD 1 - PSIQUIATRIA 09/08/2021 ALICE ROCCO
 
1. Conceituar abstinência, tolerância, abuso, dependência, alucinação, ilusão, delírio, delirium, 
delirium tremens e fissura 
2. Compreender a quantidade saudável para o consumo de álcool e os critérios diagnósticos 
para abuso 
3. Definir a fisiopatologia e tratamento dos efeitos do álcool, morfina e derivados e cocaína 
(neurológicos e psiquiátricos) 
4. Explicar o mecanismo de dependência química e não química do álcool, opióides e cocaína 
5. Explicar a fisiopatologia e o tratamento da doença e abstinência (álcool, morfina e 
derivados e cocaína) 
6. Definir internação voluntária, involuntária, compulsória e critérios de internação 
7. Discutir como é organizado o cuidado em saúde mental (RAPS) para alcoolismo e 
dependência de drogas 
REFERÊNCIAS 
RECOMENDADAS
DSM V —-> para ver os critérios 
Kaplam —-> de forma geral 
Golan —-> dependência e mecanismos 
Ministério da Saúde —-> RAPS 
Artigo —-> sobre internação (enviado pela profe)
OBJETIVOS
-Processo de internação, formação de um plano (Medicações que substituem os efeitos da 
abstinência, redução gradativa das doses da droga); 
-Relação da aceitação do vício e extrema dificuldade de cura sem ajuda; 
-Atividade física; 
-Tratamento da família; 
-Terapia (Acompanhamento com psicólogos e psiquiatras); 
-As reuniões como alcoólicos anônimos podem ajudar no processo de cura? Sim, mas é 
importante a persistência e compromisso com a recuperação; 
Uma pessoa que era dependente de álcool que conseguiu largar após o tratamento possui ainda 
dependência ou vício? —-> Sim. Tio do Leo que possui reações ao ingerir álcool após se reabilitar, 
ainda possui vontade de utilizar o álcool; 
-Utilização de cigarro eletrônico para reduzir o uso do tabaco, falta de segurar o tabaco é referida 
não apenas o fumo em si; 
-Medicação que pode induzir ao vomito ao tomar bebida alcoólica! Qual é? 
Cigarro eletrônico causa um problema intersticial muito grave! 
CAPS – Centro de atenção psicossocial: Apoio de dependência alcoólica dentre outros serviços de 
apoio social e psicológico; 
No caso de um paciente que está em um estado extremo quebrando a casa, roubando, sendo 
agressivo como se deve proceder? O paciente é internado contra a vontade? 
-Relação da internação provisória para uma avaliação psicológica, que vai decidir se existe 
incapacidade psicológica para a tomada de decisões; 
Qual a diferença de internação compulsória de involuntária? 
Qual o mecanismo de ação das drogas? Eles são iguais? 
ABSTINÊNCIA: ato de abster-se, de privar-se do uso de alguma coisa; moderação ou 
sobriedade no comer, no beber e na vida sexual 
TOLERÂNCIA: 
- FARMACOLOGIA: fenômeno caracterizado por uma diminuição dos efeitos sobre o 
organismo de uma dose fixa de substância química à medida que se repete sua 
administração 
- TOXICOLOGIA: capacidade de o organismo suportar doses de determinada 
substancia sem apresentar sinais de intoxicação —-> esse aqui é o certo pra esse 
problema 
*** CURVA DOSE/EFEITO ——> A TOLERÂNCIA DESVIA A DOSE P/ ESQUERDA OU 
DIRETA? ————->>>>>>> PROVAAAAAAAA ****** ——-> PEGAR LIVRO FARMACO 
- FIXA O EFEITO DESEJADO 
- PRA ATINGIR AQUELE EFEITO, TEM QUE AUMENTAR A DOSE —-> DESVIA P/ DIREITA 
ABUSO: uso incorreto ou ilegítimo; abusão, excesso; uso excessivo ou imoderado de 
poderes 
DEPENDÊNCIA: estado ou qualidade de dependente; subordinação, sujeição; 
necessidade de proteção, de arrimo 
ALUCINAÇÃO: 
- PSICOPATOLOGIA: perturbação mental que se caracteriza pelo aparecimento de 
sensações (visuais, auditivas, etc) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, 
inexistem; sensação sem objeto 
- POR EXTENSÃO: impressão ou noção falsa, sem fundamento ou realidade; 
devaneio, delírio, engano, ilusão; insanidade mental, desvario, doidice, loucura 
ILUSÃO: 
DELÍRIO: 
Fechamento - PROBLEMA 2 - drogadição
CONCEITUAR ABSTINÊNCIA, TOLERÂNCIA, ABUSO, DEPENDÊNCIA, 
ALUCINAÇÃO, ILUSÃO, DELÍRIO, DELIRIUM, DELIRIUM TREMENS E FISSURA
 6º ETAPA - MÓD 1 - PSIQUIATRIA 12/08/2021 ALICE ROCCO
- PSICOPATOLOGIA: convicção errônea mantida por uma pessoa, baseada em falsas 
conclusões tiradas dos dados da realidade exterior, e que não se altera mesmo 
diante de provas ou raciocínios em contrário 
- PSIQUIATRIA: problema mental orgânico reversível, cujos sintomas são: decréscimo 
da vigilância, desorientação espaçotempora, confusão, alucinações visuals, auditivas, 
etc. 
- POR EXTENSÃO: confusão mental, profundo entusiasmo, exaltação 
DELIRIUM: rebaixamento da consciência 
DELIRIUM TREMENS: quadro patológico que surge após um longo tempo de 
consumo excessivo de álcool etílico; delírio alcoólico 
FÍSSURA: é uma vontade muito forte de usar a droga, que pode ocorrer sob diversos 
estímulos, por exemplo, a visão de outras pessoas usando. É o que pode ocorrer 
quando um usuário de cocaína, sem usar droga há um mês, vê alguém usando-a. 
No Brasil, não há definições oficiais para dose padrão e consumo moderado no Brasil. 
OMS: não existe um padrão de consumo de álcool que seja absolutamente seguro. 
Consumo moderado pela OMS: 
Dose padrão 10g de etanol puro; 
Homens e mulheres não devem exceder duas doses/dia e abstenham-se de beber dois 
dias/semana 
NIAAA - National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism 
Dose padrão: 14g de etanol puro 
Mulheres: 1 dose/dia 
Homens: 2 doses/dia 
CISA - uma dose padrão corresponde a 14g de etanol puro no contexto brasileiro 
COMPREENDER A QUANTIDADE SAUDÁVEL PARA O CONSUMO DE ÁLCOOL E 
OS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA ABUSO
 
 
DIVIDIDO POR SUBSTÂNCIAS NA DISCUSSÃO DO FECHAMENTO 
ÁLCOOL 
O alcoolismo está entre os transtornos psiquiátricos mais comuns observados no 
mundo ocidental. Problemas relacionados ao álcool nos Estados Unidos contribuem 
para 2 milhões de ferimentos a cada ano, incluindo 22 mil mortes. Nos últimos anos, 
tem-se observado aumento de pesquisas clinicamente relevantes sobre abuso e 
dependência de álcool, incluindo informações sobre influências genéticas específicas, 
curso clínico dessas condições e o desenvolvimento de tratamentos novos e 
proveitosos. 
O álcool é uma droga potente que causa alterações tanto agudas quanto crônicas em 
quase todos os sistemas neuroquímicos. Dessa forma, o abuso de álcool pode produzir 
sintomas psicológicos temporários graves, incluindo depressão, ansiedade e psicoses. 
Em longo prazo, níveis cada vez maiores de consumo de álcool podem produzir 
tolerância, bem como adaptação do corpo tão intensa que a interrupção do uso pode 
precipitar uma síndrome de abstinência normalmente caracterizada por insônia, 
evidência da hiperatividade do sistema nervoso autônomo e ansiedade. Portanto, em 
uma avaliação adequada dos problemas de vida e sintomas psiquiátricos em um 
paciente, o profissional deve considerar a possibilidade de que a situação clínica reflete 
os efeitos do álcool. 
EPIDEMIOLOGIA 
Psiquiatrasprecisam estar atentos ao alcoolismo porque se trata de uma condição 
comum; intoxicação e abstinência são semelhantes a vários transtornos psiquiátricos 
maiores, e o indivíduo usual com alcoolismo não se encaixa em estereótipos (i.e., os 
chamados “cachaceiros que bebem até cair”). 
- PREVALÊNCIA DO CONSUMO 
DEFINIR A FISIOPATOLOGIA E TRATAMENTO DOS EFEITOS DO ÁLCOOL, 
MORFINA (E DERIVADOS) E COCAÍNA (NEUROLÓGICOS E PSIQUIÁTRICOS)
EXPLICAR O MECANISMO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA E NÃO QUÍMICA DO ÁLCOOL, 
OPIÓIDES E COCAÍNA
EXPLICAR A FISIOPATOLOGIA E O TRATAMENTO DA DOENÇA E ABSTINÊNCIA 
(ÁLCOOL, MORFINA E DERIVADOS E COCAÍNA)
Em algum momento durante a vida, 90% da população nos Estados Unidos consome 
álcool, sendo que a maioria começa a ingeri-lo entre o início e a metade da 
adolescência (Tab. 20.2-1). Até o fim do ensino médio, 80% dos estudantes consomem 
álcool, e mais de 60% ficam intoxicados. Em qualquer faixa etária, 2 em cada 3 homens 
consomem álcool, com uma proporção de ingestão persistente de aproximadamente 
1,3 homem para 1,0 mulher, sendo que a prevalência mais elevada de consumo de 
álcool vai da metade para o fim da adolescência, ou do fim da adolescência até a 
metade da faixa dos 20 anos. Homens e mulheres com educação superior e renda 
elevada têm mais chances de consumir álcool, e, entre as denominações religiosas há 
maior proporção de judeus que o consomem, mas que apresentam os índices mais 
baixos de dependência da substância. Outras etnias, como irlandeses, têm índices mais 
elevados de problemas graves com álcool, 
mas também índices significativamente 
elevados de abstenção. Algumas estimativas 
demonstram que mais de 60% dos homens e 
mulheres em algumas tribos de índios norte-
americanos e inuítes foram dependentes de 
álcool em algum momento. Nos Estados 
Unidos, o adulto médio consome 8,3 litros de 
álcool absoluto por ano, uma redução em 
relação aos 10,2 litros per capita em 1981. 
O consumo de bebidas alcoólicas costuma 
ser considerado um hábito aceitável nos 
Estados Unidos. Cerca de 90% de todos os moradores desse país consumiram uma 
bebida alcoólica pelo menos uma vez na vida, e cerca de 51% de todos os adultos 
norte-americanos são usuários de álcool. Atrás de doenças cardíacas e câncer, 
transtornos relacionados ao álcool constituem o terceiro maior problema de saúde nos 
Estados Unidos atualmente. A cerveja responde por cerca de metade de todo o 
consumo de álcool; destilados, por cerca de um terço; e vinho, por cerca de um sexto. 
Aproximadamente 30 a 45% de todos os adultos nos Estados Unidos tiveram pelo 
menos um episódio temporário de problema relacionado ao álcool, geralmente um 
episódio amnésico induzido por álcool (p. ex., um apagão), condução de veículo 
motorizado em estado de embriaguez ou falta a aulas ou ao trabalho devido ao excesso 
de consumo. 
Cerca de 10% das mulheres e 20% dos homens satisfizeram os critérios diagnósticos 
para abuso de álcool durante a vida, e de 3 a 5% das mulheres e 10% dos homens 
satisfizeram os critérios para o diagnóstico mais grave de dependência de álcool 
durante a vida. Cerca de 200 mil mortes todo ano estão diretamente relacionadas ao 
abuso de álcool. As causas comuns de morte entre indivíduos com transtornos 
relacionados ao álcool são suicídio, câncer, doença cardíaca e doença hepática. Embora 
indivíduos envolvidos em acidentes automotivos letais nem sempre satisfaçam os 
critérios para um transtorno relacionado ao álcool, motoristas embriagados estão 
envolvidos em cerca de 50% de todas as mortes no trânsito, e essa porcentagem 
aumenta para em torno de 75% quando são considerados apenas acidentes com 
ocorrência tarde da noite. O uso de álcool e os transtornos relacionados ao álcool estão 
associados a cerca de 50% de todos os homicídios e 25% de todos os suicídios. O 
abuso de álcool reduz a expectativa de vida em cerca de 10 anos, e o álcool lidera o 
ranking de todas as substâncias em mortes relacionadas a esses agentes. A Tabela 
20.2-2 lista outros dados epidemiológicos sobre o uso de álcool. 
COMORBIDADE 
Os diagnóst icos ps iquiátr icos mais 
comumente associados aos transtornos 
relacionados ao álcool são transtornos 
relacionados a outra substância, transtorno 
da personalidade antissocial, transtornos do 
humor e transtornos de ansiedade. Embora 
os dados sejam controversos, a maioria 
sugere que indivíduos com transtornos 
relacionados ao álcool apresentam um 
índice de suicídio acentuadamente mais 
elevado do que a população em geral. 
- TRANSTORNO DA PERSONALIDADE 
ANTISSOCIAL 
Relata-se com frequência uma associação 
ent re t rans torno da personal idade 
antissocial e transtornos relacionados ao 
álcool. Alguns estudos sugerem que o 
transtorno da personalidade antissocial é 
particularmente comum em homens com 
transtorno relacionado ao álcool e que pode 
antecedê-lo. Outros estudos, no entanto, 
sugerem que o transtorno da personalidade 
antissocial e transtornos relacionados ao 
álcool são entidades completamente 
distintas, não havendo uma relação causal. 
- TRANSTORNOS DO HUMOR 
Aproximadamente 30 a 40% dos indivíduos com um transtorno relacionado ao álcool 
satisfazem os critérios diagnósticos para transtorno depressivo maior em algum 
momento da vida. Depressão é mais comum em mulheres do que em homens com 
esses transtornos. Vários estudos relataram que ela provavelmente ocorre em pacientes 
com transtornos relacionados ao álcool que apresentam um consumo diário elevado e 
história familiar de abuso de álcool. Indivíduos com transtornos relacionados ao álcool e 
transtorno depressivo maior correm grande risco de tentativa de suicídio e 
provavelmente apresentam outros diagnósticos de transtornos relacionados a 
substâncias. Alguns profissionais recomendam terapia com fármacos antidepressivos 
para sintomas depressivos que persistem após 2 a 3 semanas de sobriedade. 
Acredita-se que pacientes com transtorno bipolar tipo I corram risco de desenvolver um 
transtorno relacionado ao álcool;eles podem usar a substância como automedicação 
para seus episódios maníacos. Alguns estudos demonstraram que pessoas com ambos 
os diagnósticos, de transtorno relacionado ao álcool e transtorno depressivo, 
apresentam concentrações de metabólitos de dopamina (ácido homovanílico) e de 
ácido γ-aminobutírico (GABA) no líquido cerebrospinal (LCS). 
 
OPIÓIDES 
Opióides vêm sendo usados há milhares de anos 
com finalidades analgésicas e médicas, mas 
também têm uma longa história de uso 
inadequado devido a seus efeitos psicoativos. O 
uso indevido contínuo de opioides pode resultar 
em síndromes de abuso e dependência e causar 
perturbações no humor, no comportamento e na 
cognição similares às de outros transtornos 
psiquiátricos. Em países desenvolvidos, a droga 
opioide associada com maior frequência a abuso 
e dependência é a heroína; contudo, há 
crescente preocupação da saúde pública com 
opioides sob prescrição médica, que estão 
amplamente disponíveis, apresentam risco de 
abuso significativo e são usados cada vez mais 
com esse propósito. A adição a opioides afeta 
jovens e idosos, ricos e pobres, profissionais e 
desempregados. 
Ao longo das últimas décadas, houve avanços significativos no tratamento e na 
compreensão da dependência dessas substâncias. Aceita-se cada vez mais que a 
dependência de opioides seja um transtorno crônico passível de recaída, receptivo a 
tratamento médico e intervenção. A Tabela 20.7-1 enumera os vários opioides usados 
terapeuticamente nos Estados Unidos, com exceção da heroína. A dependência de 
opioides é um grupo de sintomas fisiológicos, comportamentais e cognitivos que, 
juntos, indicam o uso contínuo e repetido de fármacos opioides, apesar de problemas 
significativos relacionados a esse uso. A dependência de fármacos, de modo geral, foi 
definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma síndrome na qual o uso 
de um fármaco ou classe de fármacos assume prioridade muito maior para 
determinado indivíduo do que outroscomportamentos que em outro momento já 
apresentaram valor mais elevado. Cada uma dessas definições breves tem como 
característica central a ênfase no comportamento de uso de drogas em si, em sua 
natureza desadaptativa e em como a escolha de se entregar a esse comportamento se 
modifica para ficar restrita ao resultado da interação com a substância ao longo do 
tempo. 
Abuso de opioides é a expressão utilizada para designar um padrão de uso 
desadaptativo de um fármaco opioide que leva a prejuízo ou sofrimento clinicamente 
significativo em um período de 12 meses, mas cujos sintomas nunca satisfizeram os 
critérios para dependência de opioides. 
Os transtornos induzidos por opioides incluem fenômenos comuns, como transtornos 
por uso de opioides, intoxicação por opioides, abstinência de opioides, transtorno do 
sono induzido por opioides e disfunção sexual induzida por opioides. Delirium por 
intoxicação por opioides eventualmente é observado em pacientes hospitalizados. 
Transtorno psicótico induzido por opioides, transtorno do humor induzido por opioides, 
e transtorno de ansiedade induzido por opioides, em contrapartida, são bastante raros 
com opioides mi (μ), mas foram observados com determinados agonistas opioides 
mistos agonistas-antagonistas que atuam em outros receptores. O diagnóstico de 
transtorno relacionado a opioides não especificado é usado para situações que não 
satisfazem os critérios para nenhum dos outros transtornos relacionados a opioides. 
Além da morbidade e da mortalidade associadas diretamente aos transtornos 
relacionados a opioides, a associação entre a transmissão do vírus HIV e uso de 
opioides e opiatos por via intravenosa atualmente é reconhecida como uma das 
principais preocupações sanitárias nos Estados Unidos. As expressões opiato e opioide 
derivam da palavra ópio, o sumo da papoula de ópio Papaver somniferum, que contém 
aproximadamente 20 alcaloides de ópio, incluindo morfina. 
Muitos opioides sintéticos são fabricados, incluindo meperidina, metadona, 
pentazocina e propoxifeno. A metadona é o padrão atual para o tratamento de 
dependência de opioides. Antagonistas de opioides foram sintetizados para tratar 
overdose e dependência de opioides. Essa classe de fármacos inclui naloxona, 
naltrexona, nalorfina, levalorfano e apomorfina. Compostos com atividade mista 
agonista e antagonista em receptores de opioides foram sintetizados e incluem a 
pentazocina, o butorfanol e a buprenorfina. Estudos revelaram que a buprenorfina é um 
tratamento eficaz para dependência de opioides. 
ÁLCOOL
FISIOPATOLOGIA (MECANISMO)
O álcool modula os principais sistemas de neurotransmissores inibitórios e excitatórios do cérebro por 
meio de seus efeitos sobre receptores GABAA e NMDA, respectivamente. Ele é um modulador alostérico 
positivo dos receptores GABAA. O álcool aumenta a condutância do cloreto pelos receptores GABAA, 
resultando em hiperpolarização celular. 
Também diminui a condutância do Ca pelos receptores NMDA, diminuindo ainda mais a excitação celular. 
Essa dupla ação sobre os receptores GABAA e NMDA contribui para os efeitos ansiolíticos, sedativos e 
depressores do SNC suscitados pelo álcool. 
As adaptações moleculares à exposição crônica ao álcool incluem:
1) internalização e diminuída expressão dos receptores GABAA “normais” contendo a subunidade α1 na 
superfície;
2) aumento da expressão dos receptores GABAA contendo a subunidade α4 “de baixa sensibilidade ao 
álcool”na superfície
3) Fosforilação aumentada dos NMDA-R contendo as subunidades NR-2B de “alta condutância”.
Logo, a neuro adaptação produz tolerância aos efeitos depressores agudos do álcool e ocorrem 
concomitantemente com dependência
Durante a abstinência, essas adaptações provocam hiperexcitabilidade generalizada nos neurônios. A 
excitação do SNC manifesta-se como ansiedade, insônia, delírio e potencialmente, convulsões. 
ESSE PROCESSO CHAMA ALOSTASE ————>>>>>>> PROVAAAAAAAAAA
TRATAMENTO
NÃO FARMACOLÓGICO
O tratamento não farmacológico é parte essencial da abordagem à 
dependência de álcool, e deve englobar estratégias motivacionais, de 
suporte, individuais ou em grupos terapêuticos. Mesmo em contextos não 
especializados, como na Atenção Primária à Saúde, ou de urgência e emergência, 
podem-s e realizar intervenções breves e bus car a adesão do usuário a um 
tratamento específico. Pode-se realizar o aconselhamento com foco na 
mudança de comportamento. Grupos de ajuda mútua também mostram 
benefícios. O envolvimento da família também deve ser enfatizado. Quando 
as intervenções psicossociais são associadas ao tratamento farmacológico, os 
resultados são melhores. 
É importante também avaliar, diagnosticar e tratar comorbidades clínicas e 
psiquiátricas, bem como as outras possíveis consequências do consumo 
excessivo de álcool. O tratamento não farmacológico ainda deve estimular 
“a procura de alternativas que possam contribuir para o sucesso no 
tratamento, ajudar o usuário a identificar habilidades pessoais, apoiar a 
tomada de decisão, encorajar a busca de fontes informais de assistência, 
trabalhar para identificar e resolver barreiras para o tratamento”. A SES 
oferece o atendimento em grupos nos CAPS-AD. 
FARMACOLÓGICO
DISSULFIRAM 
É um medicamento metabolizado no 
fígado, cuja principal ação é a de 
interferir no metabolismo hepático do 
álcool por meio da inativação da enzima 
acetaldeídodesidrogenas e e assim 
impede a conversão do acetaldeído 
(substância resultante da 
desidrogenação hepática 
do álcool) em ácido acético/acetato 
que participa de outras vias 
metabólicas. O acúmulo de 
acetaldeído na corrente sanguínea, 
por excessivo consumo de álcool, 
provoca várias reações 
 
físicas desagradáveis que fazem com que 
a pessoa desenvolva aversão e rejeição à 
ingestão de 
álcool. Este efeito aversivo leva a 
pess oa a evitar o consumo de 
qualquer bebida alcoólica ou 
ter contato com substância que contenha 
álcool (perfumes, xaropes). 
Muitas pessoas que fazem uso de 
Dissulfiram e que, acidentalmente ou 
não, venham a 
ter contato com álcool apresentam o 
chamado efeito antabuse em grau 
leve, outros, com 
alguma complicação clínica prévia, 
podem ser muito afetados com 
rápida evolução até o 
óbito. Daí a importância do 
engajamento ativo no tratamento e 
do compromisso do usuário 
em s e manter em abstinência caso 
venha a utilizar o Dissulfiram. Os s 
intomas do efeito 
antabuse são: rubor facial, náus eas, 
vômitos, hipotensão, alteração do 
nível de consciência, 
precordialgia, taquipneia, sudorese, visão 
borrada, vasodilatação. 
Há duas formas de administração de 
� 
INTERNAÇÃO VOLUNTÁRIA: aquela que se dá com o consentimento do usuário; 
________________________________________________________________________________ 
INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a 
pedido de terceiro; 
Há perda da autonomia do indivíduo decorrente de sua doença mental, que o impede 
de compreender e entender o caráter desadaptativo de seu estado 
- Exemplos: Quadros psicóticos graves, cursando com delírios e alucinações, e casos 
de depressão com risco de suicídio 
- Há também quadros psiquiátricos que, mesmo não apresentando 
desorganização das funções psíquicas, demandam internação contra a vontade 
do paciente, como nos transtornos alimentares 
BRASIL: Lei Federal 10.216/2001 
Se dispõe a proteger os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e 
redirecionar o modelo assistencialem saúde mental. 
- Substitui o Decreto 24.559, de 1934, que até então dispunha “sobre a assistência e 
proteção à pessoa e aos bens dos psicopatas” 
Lei define as modalidades de internações psiquiátricas: No parágrafo único do artigo 
6º define-se que: 
“São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica: 
I – internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário; 
II – internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a 
pedido de terceiro; e 
III – internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.” 
Qualquer paciente que se encontre numa enfermaria psiquiátrica se enquadra numa 
dessas categorias: afora as judicialmente determinadas (compulsórias) – casos nos quais 
a vontade do paciente não interfere –, a internação só é voluntária se o paciente declara 
por escrito que a aceita. 
Artigo 7º: “A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, 
deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime 
de tratamento.” 
As categorias podem mudar ao longo do tempo se o paciente voluntariamente 
internado pede a alta, ou se esta é conferida ou a internação se torna involuntária. 
Parágrafo único: “O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do 
paciente ou por determinação do médico assistente.” 
PROVAAAAAAAAA!!!!!! 
DEFINIR INTERNAÇÃO VOLUNTÁRIA, INVOLUNTÁRIA, COMPULSÓRIA E CRITÉRIOS DE 
INTERNAÇÃO ——> ARTIGO “PARÂMETROS LEGAIS PARA A INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA NO BRASIL”
“Art. 8o – A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico 
devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina – CRM do Estado onde se 
localize o estabelecimento. 
§ 1o – A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser 
comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento 
no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da 
respectiva alta. 
§ 2o – O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do familiar, ou 
responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo 
tratamento.” 
Pontos importantes: 
- Necessidade de comunicar o MP da internação e da alta —-> anexando um 
“Termo de Comunicação de Internação Psiquiátrica Involuntária” aos 
documentos médicos necessários para a internação 
- Sendo responsável por fazê-lo, o próprio hospital; e responsável técnico, o 
Diretor Clínico 
- Fim da internação involuntária —-> além do evento da alta médica, os 
responsáveis legais tem direito de retirar o paciente 
- Se um indivíduo tem a capacidade de discernimento preservada, ele pode 
aceitar se tratar ou não (a não ser que isso implique iminente risco de 
morte) 
Da mesma forma que uma pessoa em sã consciência decide sobre si, é a família que 
decide sobre um parente com transtorno mental que o prive de entendimento. 
Artigo 1.775 do Novo Código Civil: 
“O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmente ou de fato, é, de direito, 
curador do outro, quando interdito. 
§ 1º – Na falta do cônjuge ou companheiro, é curador legítimo o pai ou a mãe; na falta 
destes, o descendente que se demonstrar mais apto. 
§ 2º – Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos mais remotos. 
§ 3º – Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete ao juiz a escolha do 
curador.” 
PAPEL DO MÉDICO 
Decide nos casos em que não há família no momento ou se o risco da não internação é 
extremo. Nesse último caso a alta pode ser recusada. 
Artigo 46º do Código de Ética Médico: “É vedado ao médico: efetuar qualquer 
procedimento médico sem o esclarecimento e o consentimento prévios do paciente ou 
de seu responsável legal, salvo em iminente perigo de vida ” 
________________________________________________________________________________ 
INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA: aquela determinada pela Justiça. 
Não é rara, mas é comumente encontrada em hospitais psiquiátricos, exceto em 
Hospitais de Custódia e Tratamento. 
Artigo 9º: “A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação 
vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do 
estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e 
funcionários” 
FLUXOGRAMA ——> Sugestão de fluxograma para decisão quanto á internação. 
� 
DEFINIÇÃO 
Rede de saúde mental integrada, articulada e efetiva nos diferentes pontos de atenção 
para atender as pessoas em sofrimento e/ou com demandas decorrentes dos 
transtornos mentais e/ou do consumo de álcool, crack e outras drogas; 
• Deve-se considerar as especificidades loco-regionais; 
DISCUTIR COMO É ORGANIZADO O CUIDADO EM SAÚDE MENTAL (RAPS) PARA 
ALCOOLISMO E DEPENDÊNCIA DE DROGAS
• Ênfase nos serviços com base comunitária, caracterizados por plasticidade de se 
adequar às necessidades dos usuários e familiares e não os mesmos se adequarem 
aos serviços; 
• Atua na perspectiva territorial, conhecendo suas dimensões, gerando e 
transformando lugares e relações. 
DIRETRIZES 
• Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia, a liberdade e o exercício da 
cidadania; 
• Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde; 
• Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e 
• assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar; 
• Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, diversificando as estratégias de 
cuidado com participação e controle social dos usuários e de seus familiares; 
• Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com 
estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado; 
• Desenvolvimento da lógica do cuidado centrado nas necessidades das pessoas com 
transtornos mentais, incluídos os decorrentes do uso de substâncias psicoativas 
OBJETIVOS 
• Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral; 
• Promover a vinculação das pessoas em sofrimento/transtornos mentais e com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas famílias aos 
pontos de atenção; 
• Garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no 
território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento 
contínuo e da atenção às urgências. 
COMPONENTES 
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ESTRATÉGICA 
Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas CAPS AD III (24 horas) 
Definição: 
• Serviço 24 horas que oferece tratamento diário e continuado a pessoas com 
problemas relacionados ao uso abusivo e/ou dependência de álcool, crack e outras 
drogas que interferem na diversas dimensões da vida (família, trabalho, educação, 
saúde etc.); 
• O CAPS AD III poderá constituir-se como referência regional, de acordo com 
implantação pactuada pela Comissão Intergestores Regional (CIR) respectiva e desde 
que previsto no plano de Ação da Região de Saúde ou em instrumento equivalente; 
• O CAPS AD III Regional será retaguarda para grupo populacional de 200 a 300 mil 
habitantes. 
• Constitui-se em serviço aberto, de base comunitária que funciona segundo a lógica 
do território e fornece atenção contínua a pessoas com necessidades relacionadas ao 
consumo de álcool, crack e outras drogas; 
• Lugar de referência de cuidado e proteção para usuários e familiares em situações de 
crise e maior gravidade (recaídas, abstinência, ameaças de morte, etc); 
• Ter disponibilidade para acolher casos novos, sem agendamento prévio e sem 
qualquer outra barreira de acesso, em todos os dias da semana, inclusive finais de 
semana e feriados, das 07 às 19 horas e para casos já vinculados, nas 24h; 
Características do CAPS AD III 24h: 
Estrutura física: Espaço para atendimento ambulatorial individual, para atividades de 
grupo, refeições, sala de observação/enfermagem, espaço de convivência, etc. 
Atividades: Atendimento individual e em grupos, oficinas, visitas domiciliares, 
atendimento aos familiares e articulações intersetoriais,permanência noturna. 
• Acolhimento noturno: leitos de atenção integral para realizar intervenções em 
situações de crise sem intercorrência clínica grave ou comorbidade; também utilizados 
para repouso e observação. 
• A Regulação dos leitos será realizada pela própria equipe do serviço, garantindo a 
alimentação dos sistemas de informação. A permanência de um mesmo paciente no 
acolhimento noturno do CAPS AD III fica limitada a 14 (catorze) dias, no período de 30 
(trinta) dias. 
• Caso seja necessária permanência no acolhimento noturno por período superior a 14 
(catorze) dias, o usuário será encaminhado a uma Unidade de Acolhimento. Se não 
houver uma UA de referência para o município essa regra poderá ser excepcionada. 
De acordo com PT 130, art 5o, itens V, VI e VII 
• produzir, em conjunto com o usuário e seus familiares, um PTS que acompanhe o 
usuário nos contextos cotidianos, promovendo e ampliando as possibilidades de vida e 
mediando suas relações sociais 
• regular o acesso aos leitos de acolhimento noturno, com base em critérios clínicos, 
em especial desintoxicação, e/ou critérios psicossociais, como a necessidade de 
observação, repouso e proteção, manejo de conflito, dentre outros 
• promover inserção, proteção e suporte de grupo para os usuários, no processo de 
reabilitação psicossocial 
ARCABOUÇO LEGAL 
PORTARIA/GM No 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011 
Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e 
com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema 
Único de saúde (SUS). 
PORTARIA No 130, DE 26 DE JANEIRO DE 2012 
Redefine o Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e outras Drogas 24 h (CAPS AD III) e os 
respectivos incentivos financeiros. 
PORTARIA No 121, DE 25 DE JANEIRO DE 2012 
Institui a Unidade de Acolhimento para pessoas com necessidades decorrentes do uso de 
Crack, Álcool e Outras Drogas (Unidade de Acolhimento), no componente de atenção 
residencial de caráter transitório da Rede de Atenção Psicossocial 
PORTARIA No 148, DE 31 DE JANEIRO DE 2012 
Define as normas de funcionamento e habilitação do Serviço Hospitalar de Referência para 
atenção a pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades de saúde 
decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, do Componente Hospitalar da Rede de 
Atenção Psicossocial, e institui incentivos financeiros de investimento e custeio. 
PORTARIA No 131, DE 26 DE JANEIRO DE 2012 
Institui incentivo financeiro de custeio destinado aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal 
para apoio ao custeio de Serviços de Atenção em Regime Residencial, incluídas as 
Comunidades Terapêuticas, voltados para pessoas com necessidades decorrentes do uso de 
álcool, crack e outras drogas, no âmbito da RAPS.

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