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Hiperglicemias A cetoacidose diabética (CAD) e o estado hiperosmolar hiperglicêmico (EHH) são as duas complicações agudas relacionadas a hiperglicemias mais relevantes. No EHH temos uma importante hiperglicemia com desidratação e aumento da osmolaridade. Na CAD, além da alteração do metabolismo temos também alteração do metabolismo lipídico com produção de cetoácidos e consumo de bicarbonato. A CAD é definida pela tríade: Glicemia maior que 250 mg/dL; *Embora raramente, em pacientes em jejum prolongado podem ocorrer euglicemia e até hipoglicemia. pH arterial < 7,3 (excluídas outras causas de acidose); Cetonemia positiva (ou cetonúria fortemente positiva). O EHH, por sua vez, é definido por: Glicemia > 600 mg/dL; Osmolaridade > 320 mOsm/kg; pH arterial > 7,3. Os pacientes podem apresentar concomitantemente CAD e EHH. Semanticamente nos referimos a esses pacientes como CAD com hiperosmolaridade, pois o termo englobaria todas as alterações que os pacientes apresentam. Os extremos de idade (pacientes muito jovens ou muito idosos) apresentam maior risco de evolução desfavorável; outras situações com maior risco de evolução ruim incluem presença de hipotensão ou choque e os fatores relacionados aos fatores precipitantes. Definições e apresentação clínica de cetoacidose diabética e estado hiperosmolar hiperglicêmico Parâmetros Cetoacidose Leve Cetoacidose Moderada Cetoacidose Grave Estado Hiperosmolar Glicêmico Glicemia (mg/dL) > 250 > 250 > 250 > 600 pH arterial ou venoso 7,25 – 7,30 7,00 – 7,24 < 7,00 > 7,30 Bicarbonato sérico (mEq/L) 15 – 18 10 – 14,9 < 10 > 15 Acetoacetato sérico ou urinário Positivo Positivo Positivo Negativo ou francamente positivo β-hidroxibutirato sérico ou urinário > 3 > 3 > 3 < 3 Osmolalidade efetiva (mOsm/kg) > 10 > 12 > 12 < 12 Ânion gap > 3 > 10 > 12 > 12 < 12 Nível de consciência Alerta Alerta ou sonolento Estupor ou coma Estupor ou coma ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DM ↓ Insulina ou Resistência à ação da insulina Dificuldade no transporte de glicose para o meio intracelular Glicopenia intracelular Nova homeostase glicêmica. CAD é precipitada por uma ausência absoluta ou relativa da insulina. José Vitor Cambuí – Resumos Internato - UniFASB 2 É mais esperado em pacientes com DM tipo 1. CAD pode ser precipitada por infecção ou outros fatores estressores. o Ocorre uma resistência à ação insulínica extrema causada pelos hormônios contrarreguladores (GH, cortisol e catecolaminas) que levam ao aumento de glucagon e lipólise. A indisponibilidade da glicose para servir de substrato para produção de energia intracelular e a alteração da relação insulina/glucagon levam a um aumento na gliconeogênese (produção de glicose através de outros substratos como gorduras e proteínas) e glicogenólise (quebra de glicogênio em glicose). o Desta forma, o paciente apresenta-se com glicemias progressivamente maiores, ocorrendo assim o processo de diurese osmótica levando a desidratação e aumento da osmolaridade. A acidose se soma ao quadro quando há alteração do metabolismo dos lipídios. Isso ocorre quando a ausência relativa de insulina for absoluta ou quase absoluta, pois mesmo pequenas quantidades de insulina são capazes de suprimir toda a produção de glucagon por efeito parácrino nas ilhotas pancreáticas. Nestas circunstâncias, há o aumento da produção de glucagon. o Com o aumento do glucagon diminui a produção de uma enzima denominada malonil coenzima A, que tem a função de inibir a produção da carnitinapalmitil-transferase. o Com a diminuição da malonil coenzima A ocorre o aumento da já citada carnitina- palmitiltransferase, que faz o transporte de ácidos graxos para as mitocôndrias hepáticas. o Desta forma, há produção de energia usando como substrato os lípides. O problema é que esse processo produz ácido aceto-acético, ácido betahidróxibutírico e acetona, estabelecendo o quadro de cetoacidose. Há consumo da reserva alcalina e diminuição posterior do pH sanguíneo. Ocorre também uma grande produção de lípides e triglicérides, podendo inclusive ser desencadeadas complicações da hipertrigliceridemia como a pancreatite. São frequentes discretas elevações de amilase e lipase na CAD. Outras alterações encontradas incluem: o Aumento da atividade da lipase hormônio-sensível. Aumenta a conversão de triglicérides em ácido graxo e glicerol, também contribuindo para a produção de corpos cetônicos. o Aumento da produção de prostaglandinas vasodilatadoras e vasoconstritoras pelo tecido adiposo causando hipotensão, náuseas e vômitos. A produção de prostaglandinas vasoconstritoras em circulação esplâncnica justifica o quadro de dor abdominal associado a CAD. o Glicemias acima de 180 mg/dL ultrapassam a capacidade de reabsorção de glicose renal e ocorre glicosúria, com desidratação e perda de eletrólitos, com aumento da osmolaridade e lesão renal aguda por desidratação. o Aumento de citocinas e fatores pró-coagulantes como o inibidor do plasminogênio tecidual (PAI1), aumentando o risco de tromboembolismo. No EHH, ao contrário da CAD, a deficiência de insulina é apenas relativa, de forma que não ocorre uma elevação tão importante do glucagon, e assim a alteração do metabolismo lipídico não ocorre com produção de cetoácidos. Entretanto, esses pacientes se apresentam com desidratação muito maior. A diurese osmótica pela hiperglicemia leva à perda importante de eletrólitos e perda ainda maior de água livre, de forma que a osmolaridade aumenta significativamente. Entre os fatores precipitantes da CAD e EHH se destacam os processos infecciosos, sendo responsáveis por 30- 50% dos casos de CAD e 30-60% dos casos de EHH. Os focos infecciosos mais frequentes incluem pneumonia, infecção urinária, sepse de origem determinada, infecções cutâneas e gastroenterites. Em 20-30% dos pacientes com DM tipo 1 a CAD ocorre por descontinuação da medicação, frequentemente associada a problemas psiquiátricos. Cada vez mais tem aumentado a incidência de pacientes que apresentam como primeira manifestação do diabetes a cetoacidose diabética, mesmo naqueles que depois evoluem clinicamente como diabéticos do tipo 2. José Vitor Cambuí – Resumos Internato - UniFASB 3 Assim, a CAD pode ser a primeira manifestação de DM em cerca de 20% dos pacientes. Fatores contribuintes para fisiopatologia de cetoacidose diabética e estado hiperosmolar hiperglicêmico ↓ Insulina + ↑ Hormônios contrarregulatórios Cetoacidose Produção de ácidos graxos (lipólise) fígado produção de corpos cetônicos (ácido aceto-acético, cetona e beta-hidroxibutírico). Cetonemia e acidose metabólica. Estado hiperosmolar Ocorre produção de insulina diminuída, mas suficiente para inibir a produção de corpos cetônicos. Frequentemente associado a condições que dificultam o acesso à água, como acidente vascular cerebral (AVC). ACHADOS CLÍNICOS CAD: população mais jovem com média etária entre 20-29 anos, podendo ocorrer nos dois extremos de idade, com aparecimento por vezes abrupto. Normalmente os pacientes apresentam pródromos com duração de dias de POLIÚRIA, POLIDIPSIA, POLIFAGIA e MAL-ESTAR INDEFINIDO. O paciente apresentará, na maioria das vezes, DESIDRATAÇÃO, podendo estar HIPOTENSO e muitas vezes TAQUICÁRDICO, embora possa eventualmente estar com extremidades quentes e bem perfundido, devido ao efeito de prostaglandinas. Sinais e sintomas da acidose podem aparecer com TAQUICARDIA, surgindo ritmo respiratório de Kussmaul quando o pH do paciente se encontra entre 7,0 e 7,2; HÁLITO CETÔNICO por conta da volatilidade da cetona. O paciente normalmente se encontra ALERTA, sendo manifestações neurológicas e alterações do nível de consciência muito mais correlacionadas com a osmolaridade (mais comum no EHH). O achado de febre não é frequentenos pacientes com cetoacidose. Pacientes com CAD apresentam frequentemente dor abdominal (30%), náuseas e vômitos. o Melhoram com a hidratação. O paciente pode ainda apresentar as manifestações clínicas da doença que for fator precipitante para o episódio de cetoacidose, como infecção do trato urinário e infarto agudo do miocárdio. Diferença entre cetoacidose diabética e estado hiperosmolar hiperglicêmico CETOACIDOSE DIABÉTICA ESTADO HIPEROSMOLAR HIPERGLICÊMICO Idade 20-29 anos Idade usualmente > 50 anos Instalação abrupta em horas Instalação insidiosa em dias a semanas Presença de polis Presença de polis Sinais de desidratação Desidratação muito intensa Dor abdominal e vômitos Usualmente sem dor abdominal e vômitos Sinais de acidose metabólica com taquipneia e respiração de Kussmaul Sem sinais de compensação de acidose Normalmente alerta Geralmente há rebaixamento de nível de consciência (consciência tem importante correlação com osmolaridade) Déficit de água de 6 litros Déficit de água de 6-9 litros K pode estar aumentado (acidose) K usualmente normal ou diminuído pH < 7,30 pH geralmente > 7,30 EXAMES COMPLEMENTARES O diagnóstico de CAD e EHH é baseado em critérios laboratoriais. José Vitor Cambuí – Resumos Internato - UniFASB 4 Assim, é necessária a coleta de glicemia, gasometria, corpos cetônicos e sódio para avaliação da presença de acidose, cetonemia e aumento da osmolaridade. Outras alterações incluem leucocitose secundária ao episódio de estresse, embora valores de leucócitos > 25.000 céls./mm3 sugiram a presença de infecção. Pode ocorrer também o aumento de hematócrito e hemoglobina e a desidratação, assim como o aumento de ureia e creatinina. O potássio sérico inicialmente tenderá a estar elevado devido ao quadro de acidose, mas o potássio corporal total estará diminuído. Fósforo e outros elementos também podem ser espoliados devido à diurese osmótica desses pacientes. Os seguintes exames complementares devem ser solicitados nas emergências hiperglicêmicas: Gasometria arterial inicialmente e depois venosa (repetir a cada 4 horas). Glicemia e posteriormente glicemia capilar (de preferência a cada 1/1 hora). Potássio, sódio, fósforo, cloro e outros eletrólitos (dosagem sérica de K inicialmente a cada 2 horas. Os outros, inclusive fósforo, a cada 12 horas). Hemograma completo. Urina tipo 1. Cetonemia ou cetonúria: preferencialmente dosar o beta-hidroxibutirato, pois cerca de 80% da produção de corpos cetônicos é na forma de beta-hidroxibutirato, mas as fitas reagentes de urina só avaliam o ácido acetoacético. Em situações de sepse associada, o beta-hidroxibutirato se torna 100% dos corpos cetônicos, assim as fitas reagentes de urina podem ter resultados falso-negativos para corpos cetônicos. Eletrocardiograma. Radiografia de tórax (procura de foco infeccioso associado). Outros exames solicitados conforme suspeita clínica. Ao avaliar pacientes com suspeita de EHH, lembre-se de que é necessário avaliar a osmolaridade, que é calculada através da seguinte fórmula: Osmolaridade efetiva = 2 x (Na+ corrigido) + glicemia / 18 Valores > 320 mOsm/kg indicam hiperosmolaridade. Vale lembrar que a hiperglicemia pode falsear o resultado da mensuração de sódio, assim o ideal é sempre usar a fórmula do sódio corrigido para calcular a osmolaridade: Na+ corrigido = Na+ medido + 1,6 x glicemia medida – 100 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL CAD: o Cetoacidose alcoólica. EHH: o Confusão mental ou alteração de nível de consciência. TRATAMENTO A CAD existe quando o pH é menor que 7,30. A existência de hiperglicemia com cetose e sem acidemia (pH > 7,30) é denominada de cetose diabética. O esteio do tratamento é a hidratação, insulinoterapia e correção de fatores precipitantes. Hidratação A hidratação a princípio tem como alvo inicial a estabilização hemodinâmica. José Vitor Cambuí – Resumos Internato - UniFASB 5 Iniciamos com 1.000-1.500 mL de solução de NaCl a 0,9% na primeira hora. o Se o paciente permanece hipotenso, pode ser necessário repetir ainda na primeira hora (no EHH, em particular, podem ser necessários vários litros). Na segunda fase da hidratação mantemos 250-500 mL (4 mL/kg) por hora. Em pacientes com Na corrigido < 135 mEq/L mantemos solução salina a 0,9%. Caso a natremia seja normal ou aumentada deve-se utilizar salina a 0,45%. Quando a glicemia chegar a 250-300 mg/dL a hidratação continua, mas associando glicose a 5-10% com a solução salina. A diluição pode ser feita usando-se 1 litro de solução glicosada acrescido de 20 mL de solução de NaCl 20%. A velocidade de infusão continua de 250-500 mL/hora. INSULINOTERAPIA Realizada concomitantemente com a hidratação endovenosa, exceto quando o paciente apresenta hipocalemia (com K < 3,3 mEq/L) e hipotensão arterial, caso em que se deve aguardar a hidratação e a reposição de potássio para iniciar o uso da insulina. Se K < 3,3 mEq/L: o Repor 25 mEq de potássio antes de iniciar a insulinoterapia (aproximadamente 1 ampola de 10 mL de solução de KCl 19,1%). Geralmente utiliza-se bomba de infusão contínua endovenosa, com dose inicial de 0,1 U/kg de insulina em bolus e depois inicia-se a infusão da bomba em 0,1 U/kg/hora. Outra opção é infusão contínua inicial de 0,14 U/kg/hora sem bolus inicial. A solução de insulina para infusão contínua pode ser preparada com 50 unidades de insulina em 250 mL de solução fisiológica; assim, 5 mL correspondem a 1 U de insulina. o O ideal no preparo desta solução é que se desprezem 50 mL da solução, pois a insulina é adsorvida no plástico. Alternativamente, pode-se utilizar insulina regular IM ou subcutânea (SC), usando dose em bolo inicial de 0,4 unidades/kg, metade dessa dose inicial em bolus EV e metade via IM ou SC e depois mantendo dose de 0,1 unidade/kg/hora IM ou SC, observando a taxa de queda da glicemia, que deve ser mantida entre 50 a 70 mg/dL/hora. A glicemia capilar é mensurada de 1/1 hora. Espera-se uma queda da glicemia de 50-70 mg/dL/hora. Caso a glicemia caia em níveis menores que 50 mg/dL é recomendável dobrar a taxa de infusão; se ocorrer redução maior que 70 mg/dL, recomenda-se diminuir a taxa de infusão pela metade. A bomba de infusão pode ser desligada quando pelo menos dois dos três critérios estão presentes: o pH > 7,3 o Ânion gap ≤ 12 o Bicarbonato ≥ 15 Para desligar a bomba de infusão contínua deve-se esperar pelo menos 1 hora da ação da primeira dose de insulina regular SC, e posteriormente prosseguir com insulina SC conforme glicemia capilar a cada 4/4 horas. Calcula-se a dose de insulina de longa duração verificando as doses de insulina nas últimas 24 horas e utilizando dois terços dessa dose total ou 0,6 U/kg de insulina NPH, outra forma de longa duração. Geralmente a insulina basal é dividida em 2/3 pela manhã e 1/3 à noite, mas diferentes autores têm diversas recomendações, nenhuma delas com validação suficiente para uma recomendação definitiva. REPOSIÇÃO DE POTÁSSIO (K) Em relação à reposição de K, caso os níveis de K sejam menores que 3,3 mEq/L, deve-se repor 25 mEq de potássio em 1 L de solução de NaCl 0,9% e repetir a dosagem de K. Só se inicia a insulinoterapia após níveis de K > 3,3 mEq/L. Pacientes com K entre 3,3-5,0 mEq/L devem repor 25 mEq de potássio a cada litro de solução de hidratação e dosar K a cada 2 ou 4 horas. José Vitor Cambuí – Resumos Internato - UniFASB 6 Pacientes com K > 5 mEq/L só devem iniciar a reposição de K quando os valores forem < 5 mEq/L. REPOSIÇÃO DE BICARBONATO Só é indicada em pacientes com pH < 6,9 com reposição de 100 mEq EV de bicarbonato em 2 horas com coleta de gasometria após 1-2 horas (100 mL de solução de bicarbonato 8,4%). REPOSIÇÃO DE FÓSFORO A reposição de fósforo só é indicada em pacientes com asseguintes condições: o Disfunção cardíaca grave e arritmias; o Fraqueza muscular e insuficiência respiratória; o Rabdomiólise e anemia significativa; o Concentração sérica < 1,0 mEq/L. Quando indicada, a reposição é realizada com 25 mEq de fosfato de potássio, que repõe K além de fósforo, substituindo a solução de cloreto de potássio (KCl). Por fim, e não menos importante, deve-se lembrar de sempre procurar e corrigir o fator precipitante da emergência hiperglicêmica. COMPLICAÇÕES A hipoglicemia é a principal complicação do tratamento da cetoacidose, por isso a necessidade de verificação da glicemia capilar de hora em hora até a correção da cetoacidose diabética. A hipocalemia e suas complicações também podem aparecer após a instituição do tratamento com insulina. O edema cerebral é a complicação de maior frequência em crianças, apresentando correlação importante com o uso de soluções hipotônicas para hidratação do paciente. Com o uso inicial de salina fisiológica para hidratação, essa complicação se tornou rara. O desenvolvimento da síndrome do desconforto respiratório do adulto pode ocorrer principalmente com utilização de soluções coloides para recuperação da pressão arterial do paciente. O tromboembolismo pulmonar é uma complicação relativamente frequente em pacientes com estado hiperosmolar, mas é rara em pacientes com cetoacidose diabética. A distensão gástrica aguda também pode ocorrer, sendo inclusive indicação para internação em ambiente de terapia intensiva. Representa complicação de neuropatia autonômica, sendo o extremo da gastroparesia diabética. A mucormicose é uma infecção fúngica que atinge principalmente os seios da face e ocorre pela alteração do metabolismo de ferro que atinge esses pacientes, durante o episódio de cetoacidose. A alcalose metabólica paradoxal pode ainda ocorrer durante o tratamento, assim como sobrecarga de volume, principalmente nos pacientes cardiopatas, sendo importante salientar que a terapêutica adequada pode prevenir a maioria dessas complicações. INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO, TERAPIA INTENSIVA, ALTA HOSPITALAR E SEGUIMENTO Todos os pacientes com CAD e EHH devem ser internados. Pacientes com cetose diabética isolada (sem acidose) ou apenas com hiperglicemias sem cetose geralmente não necessitam de internação hospitalar. Nesses casos, podese dar alta hospitalar entre 12-24 horas após controle de fator precipitante e reversão da CAD e EHH. As indicações de internação em UTI incluem as seguintes ocorrências: o Desconforto respiratório agudo; o Acidose com pH < 6,9; o Choque cardiogênico; o Edema cerebral.
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