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PRESCRIÇÃO PÓS-OPERATÓRIA: É dividida em medicamentosa e ordens/cuidados. 1. Medicamentosa a. Reposição hidroeletrolítica: As perdas diárias de líquidos incluem 800-1.500ml de urina, 250ml nas fezes e 600-900ml de perspiração insensível, que aumentam com hipermetabolismo, hiperventilação e febre. Quando a temperatura ambiente é elevada, a capacidade de perda insensível através da pele é excedida e ocorre sudorese, que pode ser > 250mVdia/grau de febre, e, em casos graves, chegar a 4.000mVh. b. Analgesia: Deve ser feita regularmente e não apenas nos momentos da sintomatologia dolorosa. ANTIEMÉTICOS: Metoclopramida (Uso cuidadoso – Síndrome Extrapiramidal); Ondansetrona (Casos mais acentuados) Opióides: IM/EV (analgesia EV controlada pelo paciente); peridural contínua; transdérmico/ transmucoso; AINES ou analgesia regional c. Profilaxia de TVP: Acontece em 40% dos pacientes em PO de cirurgia geral e 1% morre de TEP. Local mais comum: panturrilhas. Em pacientes de baixo risco: meia e deambulação. Escore de Wells. d. Antibióticos e. Profilaxia de gastrite por estresse: acontece em grandes queimados, traumas graves, choque hipovolêmico, sepse, insuficiência respiratória, insuficiência de múltiplos órgãos. Profilaxia realizada com bloqueadores de receptores H2, anti-ácidos e sucralfate. 2. Cuidados a. Dieta: No PO há redução da atividade propulsiva do TGI pelo manuseio das alças e aumento da atividade simpática dos nervos esplâncnicos; geralmente tem reinício da peristalse no delgado em 24h, a gástrica 24-48h e cólon 48h; O reinício da alimentação oral ocorre após o efeito da anestesia administrada, p/ que o paciente esteja consciente. Se jejum prolongado → parenteral ou cateternasogástrico. O uso de sondas é recomendado de acordo com o pré op, peri op. complicações e idade do paciente. b. Cateter Nasogástrico: principal indicação → operações do tubo digestivo alto; diminui a distensão e a ocorrência de vômitos; deve ser retirado quando volume drenado < 400 ml e RHA presentes; dificilmente ultrapassa 72h. c. Sonda vesical: há necessidade de monitoramento da perfusão tecidual em operações pélvicas ou das vias urinárias; é retirado logo que possível (reestabelecimento e manutenção do estado hemodinâmico). d. Drenos: usado de forma profilática ou terapêutica (coleções ou abscessos) em sistema fechado. Sua inserção deve ser contra- incisão. Retirar o mais precocemente possível. e. Mobilização/respiração: no PO imediato de intervenções abdominais→posição de Fowler; Se limitação prolongada→mobilização ativa e passiva. f. Curativos: a síntese primária das incisões reepitelizam em 24h, sendo impermeáveis, por isso, precisa manter o curativo cirúrgico, por até 48h desde que limpo e seco; Incisões deixadas abertas para fechamento por segunda intenção precisam ser limpas diariamente com SF, desbridamento físico ou químico (S/N) e oclusão com curativos estéreis; Os antissépticos e desinfetantes tem efeito irritativo e devem ser evitados.
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