Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXPEDIENTE EQUIPE DIRETIVA Oswaldo Luiz Saenger Presidente – Grupo Projeção José Sérgio de Jesus Reitor e Diretor de Educação Henrique Vinícius Ramos e Silva Diretor de Operações Jonathan Rosa Moreira Pró-Reitor e Diretor Acadêmico da Educação Superior ORGANIZAÇÃO José Sérgio de Jesus Jonathan Rosa Moreira Francisca Carla Santos Ferrer Daniel Barbosa Santos Fabrício Vieira de Santana Thamires de Oliveira Alencar EQUIPE EDITORIAL Daniel Barbosa Santos Francisca Carla Santos Ferrer Luis Eduardo Gauterio Fonseca Fabrício Vieira de Santana DESENVOLVIMENTO E SUPORTE TÉCNICO José Gustavo Dias Alves Thamires de Oliveira Alencar Wellington Douglas Cordeiro de Souza Junior SUPORTE ADMINISTRATIVO E LOGÍSTICO Érika Silva Nascimento ITIL Coleção Projeção lato sensu Volume 5 JOSÉ SÉRGIO DE JESUS (Org) JONATHAN ROSA MOREIRA (Org) FRANCISCA CARLA SANTOS FERRER (Org) DANIEL BARBOSA SANTOS (Org) FABRÍCIO VIEIRA DE SANTANA (Org) THAMIRES DE OLIVEIRA ALENCAR (Org) Copyright © Projeção Brasília - 2020 Diagramação: Fabrício Vieira de Santana Capa: Thamires de Oliveira Alencar Coleção: Projeção lato sensu Volume: 5 DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) Elaborada pelo processamento técnico da Biblioteca Central do Centro Universitário Projeção Bibliotecário Luís Eduardo Gauterio Fonseca - CRB 01/1597 004 ITIL / Organizadores, José Sérgio de Jesus ... [et al.] – Brasília: Projeção, 2020. 76 p. ; 30 cm. (Coleção Projeção latu sensu, v. 5) ISBN: 978-65-89213-25-3 1. Tecnologia da informação 2. Gestão de TI 3. Serviçoso de TI I. Jesus, José Sérgio de. IV. Título V. Coleção CDU 004 SUMÁRIO 06 .................................................................. Módulo 01 Gerenciamento de Serviços de TI 21 ........................................................................ Módulo 02 Ciclos de Estratégia de Serviços e Desenho de Serviços 44 ........................................................................ Módulo 03 Ciclos de Transição de Serviços, Operação de Serviços e Melhoria Continuada dos Serviços 65 ........................................................................ Módulo 04 Melhoria Continuada dos Serviços GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS DE TI MÓDULO 1 7 APRESENTAÇÃO A Tecnologia da Informação (TI) possui um papel fundamental nas organizações de hoje. Não somente para aquelas empresas que possuem a tecnologia como finalidade do seu ne- gócio, mas também empresas de diversas áreas, que possuem a TI como área meio, capaz de mantê-las competitivas e atualizadas com as demandas dos consumidores. Em função dos diferenciais competitivos proporcionados pela TI, essa é uma área que ne- cessita de constante atenção por parte da gestão estratégica organizacional. Como a TI figura como um dos mais importantes ativos dentro de uma empresa, é fundamental que haja seu bom gerenciamento, como forma de consolidar os diferenciais competitivos da organização. Por isso, são utilizadas ferramentas que serve como guia para que os serviços oferecidos pela TI, tanto internamente como externamente, estejam adequados às necessidades organi- zacionais, provendo o suporte necessário para que as operações da empresa sejam desempe- nhadas com qualidade. O ITIL é uma dessas ferramentas. Ele é um framework que tem a finalidade de auxiliar a gestão organizacional quanto ao gerenciamento dos serviços de TI executados dentro da em- presa, organizando soluções para várias questões enfrentadas pelas organizações no âmbito da TI. 1. O que é um Framework? O termo framework é constantemente utilizado nas mais diversas áreas de TI. Uma forma simples de entender o que é um fra- mework é considerá-lo como um template, um guia, um roteiro, um conjunto de regras ou etapas padronizadas, que irá guiar quem o está utilizando (um gestor, um desenvolve- dor, uma área, uma empresa) a resolver deter- minado problema. Obviamente, as empresas não são todas iguais. Elas possuem tamanhos diferentes, objetivos diferentes, modelos de negócios diferentes. Portanto, o framework deve propor uma abordagem genérica para a solução dos problemas, permitindo que, quem o esteja utilizando, foque esforços na solução, de acordo com a realidade de cada organização. Com a utilização de um framework, a orga- nização ganha tempo e agilidade, pois não precisa gastar esforços para buscar soluções para questões que já foram mapeadas e já possuem um roteiro para o seu enfrentamen- to. Por isso, a adoção de frameworks também é capaz de reduzir custos e aumentar a pro- dutividade. Os frameworks são constituídos de uma base de informações, que devem ser consul- tadas para que se implemente a solução de- sejada. Podem ser constituídos, por exemplo, de uma biblioteca, de guias, de sistemas ou de um conjunto de componentes, que criam a base de informações a serem observadas no desenvolvimento das soluções a que ele se propõe. Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce 8 2. O Gerenciamento da TI Com o aumento da importância da área de TI para as organizações em geral, também surgiu a necessidade de se efetuar uma gestão com- petente acerca da sua utilização. É necessário gerenciar pessoas, processos, funções, papéis e todo o arcabouço de serviços disponibilizados pela TI. Tudo, com vistas a alcançar os reais obje- tivos da organização. 3. Serviços prestados pela TI Um serviço pode ser compreendido como uma atividade desenvolvida e que atende às ne- cessidades de indivíduos ou organizações. Os serviços de TI de uma organização podem ser prestados aos clientes (que compram os produ- tos) dessa empresa e também internamente, para todos aqueles que fazem uso da TI. Por exemplo, quando um departamento que cuida da manu- tenção de equipamentos de TI fornece suporte para que o departamento de contabilidade de- sempenhe as suas funções. A área de TI é um setor organizacional que provê a tecnologia necessária para que os de- mais setores possam realizar as suas tarefas. Mas, a TI também pode ser uma prestadora de serviços para clientes externos, como no caso de oferta de serviços tecnológicos específicos para os clientes da empresa. Portanto todos os usu- ários da tecnologia (sejam eles internos ou ex- ternos à organização) são compreendidos como clientes da TI. Seja como for, as atividades da TI precisam estar focadas na satisfação do cliente/usuário desta tecnologia, bem como os resultados que ela poderá gerar. O que poderá resultar em maior produtividade por parte de quem está usando os serviços de TI ou, simplesmente, em maior sa- tisfação na utilização desses serviços. Seja como for, devemos compreender os serviços da TI como uma forma de entregar valor no âmbito da organização. 4. Ativos de serviço de TI Um ativo de serviço é qualquer componente necessário para a entrega de um serviço. No âm- bito da TI, qualquer elemento pode constituir-se de um ativo de serviço: os trabalhadores da área de TI, os sistemas que são utilizados, compo- nentes de hardware, documentação técnica, etc. Perceba que esses ativos podem ser tangíveis ou intangíveis. Um conjunto físico de servidores ou um laboratório de informática, por exemplo, são ativos tangíveis. Já os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo, pelos profissionais que tra- balham na área TI, são intangíveis. O conjunto de ativos faz parte de um componente maior, cha- mado de serviço. Os ativos de serviço podem ser categorizados como: pessoas, processos, produ- tos e parceiros. 5. Serviços prestados pela TI Para conseguirmos identificar quais são os serviços prestados pela área de TI, é necessário compreendermos primeiro que atribuições a TI possui no âmbito da organização. De maneira geral as principais atividades estão relacionadas ao desenvolvimento e à manutenção dos siste- mas,às atividades de suporte à infraestrutura e às operações, além do planejamento e gestão dos recursos tecnológicos. De maneira abrangente, Laudon e Laudon (2007), organizam os serviços de TI em alguns grandes grupos. • Serviços de manutenção das plataformas computacionais: correspondem aos serviços que garantem que os diversos dispositivos computacionais de propriedade da organiza- ção, desde computadores de grande porte Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce 9 até laptops e notebooks, sejam mantidos em pleno funcionamento. • Serviços de telecomunicações: que forne- cem conectividade para dados, voz e vídeo, aos funcionários, clientes e fornecedores que fazem uso desses recursos. • Serviços de desenvolvimento e suporte de aplicações: correspondem às atividades de construção e manutenção das aplicações de negócio, como por exemplo, sistemas ERP, sistemas gerenciais, sistemas CRM, etc. • Serviços de gestão das instalações físicas: responsáveis por administrar e desenvolver as instalações físicas necessárias aos servi- ços de informática, telecomunicações e ad- ministração de dados. • Serviços de gestão de TI: corresponde ao planejamento e à organização da infraestru- tura, à coordenação das atividades de TI, à administração dos gastos em TI, à gestão de projetos, etc. • Desenvolvimento de padrões de TI: ativida- des que definem as políticas que determinam como a TI será empregada na organização. • Serviços educacionais de TI: que oferecem capacitação e treinamento aos usuários no uso dos sistemas corporativos e nos demais aplicativos. • Serviços de pesquisa e desenvolvimento em TI: que correspondem às atividades de pesquisa em sistemas e tecnologias com vis- tas à inovação em TI na organização. Perceba que esse conjunto de serviços su- portados pela TI é fundamental para a operação da empresa. Esse conjunto de serviços está dire- tamente relacionado ao corpo funcional da em- presa (departamentos, colaboradores), envolve fornecedores e clientes, além de abarcar toda a cadeia produtiva da empresa. 6. Gerenciamento de Serviços de TI O Gerenciamento de Serviços de TI (GSTI) auxilia as organizações a alinharem a TI com as necessidades da empresa. Isso significa que to- dos os investimentos realizados nos serviços ofertados pela TI, devem ter como foco atender às necessidades dos usuários ou clientes da or- ganização. Quando isso acontece, dizemos que a TI agrega valor à organização e que ela justifica os investimentos que são feitos na área. Esse gerenciamento também ajuda a empre- sa em aspectos de conformidade. Ou seja, ela passa a estar de acordo como as necessidades impostas por leis e regulamentos que regem sua área de atuação. Além disso, o gerenciamento também proporciona transparência, promove a segurança das informações e a consolidação dos conhecimentos organizacionais. Portanto, é possível citarmos os seguintes benefícios do gerenciamento de serviços de TI: • Alinhamento com a estratégia do negócio - Na medida em que a estruturação dos servi- ços e dos processos envolvidos com a TI fa- vorece o cumprimento da missão e o alcance da visão da empresa, possibilitando também o cumprimento do seu planejamento estra- tégico. • Qualidade na entrega dos serviços - Pois o gerenciamento dos serviços de TI é realizado a partir do entendimento das necessidades dos usuários e clientes. • Satisfação dos usuários e clientes - Uma vez que o gerenciamento dos serviços da TI pro- porciona condições para que os serviços se- jam considerados satisfatórios por quem os está utilizando. Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce 10 • Redução de custos - Pois proporciona uma melhor organização financeira da empresa quanto ao planejamento e gerenciamento dos seus recursos tecnológicos, principal- mente no que diz respeito a aquisições, in- vestimentos e gastos. • Redução de riscos - Pois possibilita identifi- car os serviços essenciais à continuidade do negócio e priorizá-los, uma vez que a inter- rupção dos serviços de TI pode causar gra- ves danos financeiros à empresa. 7. Governança As empresas possuem estruturas organiza- cionais composta por diversos atores: proprie- tários, gestores, diretores, gerentes, área ope- racional, clientes, mercado; e uma infinidade de pessoas envolvidas, de uma maneira ou de outra, com a operação da empresa. Os proprietários, por exemplo são responsáveis pelo rateio dos lucros da empresa, além da definição do planeja- mento estratégico que irá traçar o futuro da em- presa. Os proprietários podem ser constituídos por fundadores da empresa, sócios, herdeiros ou acionistas, no caso de empresas de capital aber- to, por exemplo. Mas também podem ser repre- sentados pelo governo, como no caso das em- presas estatais ou dos serviços públicos. Os gestores são responsáveis por garantir o que as definições estabelecidas pelos proprietá- rios sejam colocadas em prática no âmbito da or- ganização. Portanto, principalmente em grandes organizações, nem sempre os proprietários são os responsáveis por efetuar a gestão da empre- sa. No caso de empresas de capital aberto, por exemplo, os acionistas estão mais preocupados com os investimentos e com o preço das ações, do que com efetuar a gestão do negócio em si. Para ilustrar melhor essa questão, Freitas (2013) nos apresenta o seguinte modelo de rela- cionamento de gestão entre proprietários, gesto- res, área operacional, clientes e mercado. Figura 1: Relacionamento entre os atores de uma organização Fonte: FREITAS (2013) Portanto, veja que o planejamento estratégi- co elaborado pelos proprietários, orienta os ges- tores (que são os que gerenciam) a implementa- rem processos que irão nortear o funcionamento da empresa, tanto a sua área tática como opera- cional. Assim, os gestores contribuem para a ge- ração de lucro aos proprietários da organização (acionistas, por exemplo), em um ciclo que inclui a entrega de produtos/serviços que satisfazem a um mercado consumidor. A governança corporativa surgiu como uma maneira de implementar boas práticas de gestão para minimizar conflitos de interesse existentes entre gestores e proprietários da empresa, defi- nindo papéis e responsabilidades para cada um deles. Para Freitas (2013), o objetivo da gover- nança é criar mecanismos eficientes de gestão, monitoramento e controle, visando garantir que as decisões dos gestores executivos e os proces- sos empresariais estejam alinhados com os inte- resses dos proprietários ou acionistas. Assim, é possível conferir transparência à gestão empresarial, reduzindo os riscos para os investidores da empresa e garantindo o retorno Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce 11 para os seus investimentos. Portanto, a adoção de boas práticas de governança corporativa au- menta a confiança do mercado acionário na em- presa e a disposição dos investidores em adquirir novas ações da empresa, o que aumenta seu va- lor de negócio. 8. Governança de TI A governança de TI está dentro da governan- ça corporativa. Como a Tecnologia da Informa- ção está presente em todas as áreas da empresa, fornecendo suporte essencial para todas as suas atividades, sejam elas de gestão ou de operação, a governança corporativa não consegue ser efi- ciente se não houver um correto gerenciamento dos recursos de TI. Segundo Freitas (2013), A governança de TI possui duas linhas de ação principais: • O objetivo de proporcionar insumos para o atendimento das especificações da go- vernança corporativa - uma vez que a go- vernança de TI surge como um componente fundamental paraa execução da governança corporativa. • A melhoria dos processos de gestão de TI através do gerenciamento de serviços de TI - uma vez que a governança de TI surge como instrumento de aprimoramento, acon- selhamento e auditoria da qualidade dos ser- viços de TI, aumentando o grau de confiança dos recursos tecnológicos utilizados na em- presa. Portanto, para fornecer suporte para a go- vernança corporativa e também para melhorar os processos de gestão da TI, a governança de TI deve promover a integridade dos processos e dos componentes tecnológicos envolvidos no armazenamento e na divulgação de informações sobre a empresa, o que inclui informações sobre o desempenho e manutenção dos sistemas, aqui- sição e manutenção de ativos de TI, segurança das comunicações em rede e no armazenamen- to de dados, entre outros aspectos relacionados aos serviços de TI dentro da organização. 9. ITIL ITIL (Information Technology Infrastructure Li- brary) ou Biblioteca de Infraestrutura de Tecno- logia da Informação) é o framework mais famoso e mais amplamente utilizado no mundo, que dá suporte à entrega dos serviços oferecidos pela TI. Ele foi desenvolvido inicialmente pela CCTA (Central Computing and Telecommunications Agen- cy), em meados dos anos de 1980, como um guia de recomendações para empresas de telecomu- nicações e de informática que operavam junto ao governo britânico. Tinha como objetivo do- cumentar e arquivar o máximo de informações e conhecimentos possíveis, sobre as melhores práticas e desenvolvimentos envolvendo o uso do BPM (Business Process Management) na área de TI. Ao longo do tempo, o ITIL acumulou co- nhecimentos de outras organizações, inclusive estrangeiras, consolidando-se na Europa nos anos de 1990. Atualmente, está sob o domínio da AXELOS (https://www.axelos.com/), uma joint venture criada em 2014, pelo Governo do Rei- no Unido, para desenvolver, gerenciar e operar qualificações nas melhores práticas em metodo- logias anteriormente pertencentes ao Office of Government Commerce do Reino Unido. 10. O que é ITIL? De acordo com o Portal GSTI (2020), o framework ITIL é uma biblioteca que reúne as melhores práticas em Gestão de Serviços de Tecnologia da Informação. Ele é constituído de um conjunto de livros que documenta o que as empresas costumam fazer de melhor a respeito Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce 12 da Gestão dos Serviços de TI, após décadas de aprendizado. Apesar da sigla ITIL significar, em português, Biblioteca de Infraestrutura de Tecnologia da In- formação, ele não trata somente da infraestru- tura de TI. O termo infraestrutura é herdado da década de 1980, quando ainda existiam poucos estudos a respeito de Governança de TI e da Gestão de Serviços de TI. Figura 2: Os cinco principais livros da ITIL Fonte: https://www.portalgsti.com.br/itil/sobre/ O ITIL contém uma biblioteca estruturada por processos, funções e outras habilidades, ne- cessárias para entregar é suportar todos os servi- ços da TI de forma satisfatória. É um conjunto de melhores práticas, reconhecidas em nível mun- dial, para que as organizações tenham eficiência é eficácia em seus serviços de TI. Esse conjun- to de melhores práticas pode ser utilizado por empresas de quaisquer segmentos e de qualquer porte, desde que o seu modelo de negócio seja suportado por serviços de Tecnologia da Infor- mação. O Portal GSTI elenca algumas vantagens de se utilizar a ITIL. • Conhecimento acumulado, praticado e dis- cutido há mais de 20 anos. • A estrutura da ITIL garante proteção dos investimentos, na medida em que confere utilização correta da TI no âmbito da orga- nização. • Oferece um esquema de certificações pro- fissionais que são amplamente requisitadas pelo mercado. • Oferece uma linguagem em comum, pois seus termos, conceitos e processos estão se tornaram um padrão de mercado. • Proporciona um esquema de certificação empresarial, conferindo mais credibilidade às organizações que adotam o framework. • Um dos objetivos implícitos da ITIL é trans- formar a Tecnologia da Informação e o Ge- renciamento de Serviços numa vantagem competitiva para a empresa. • Uma vez que as tecnologias estão dispo- níveis para todas as empresas, a vantagem competitiva de cada negócio está na habili- dade de seus profissionais e/ou fornecedo- res em aplicar a tecnologia. O ITIL favorece essa aplicação eficiente. • O framework inclui orientações sobre como gerar mais valor com TI e com os serviços suportados pela TI. • Oferece orientações para melhorar a eficiên- cia de custos de TI. • Aplica-se a qualquer Provedor de Serviços (interno ou externo). • Incorpora e se integra a conceitos de outros modelos: CMMI®, TOGAF™, Etom®, Six Sigma®, PMBOK®, PRINCE2™, SOA, CO- BIT®, etc. • Seus conceitos de Serviço e Ciclo de Vida do Serviço removem barreiras tradicionais entre TI e Negócio, sistemas e infraestrutura, pro- jetos e operação. • Oferece orientações sobre sourcing (fato da empresa suprir suas as necessidades mate- riais para a operação do negócio; está rela- cionado à sua gestão de compras). Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce 13 11. Versões ITIL Em sua primeira versão, o ITIL era compos- to por 31 livros que abordavam aspectos fun- damentais sobre o fornecimento dos serviços de TI. Nessa época ele era usado basicamente no Reino Unido e na Holanda. Em 2000, o ITIL foi revisado, para que fosse publicada a sua se- gunda versão. Essa nova versão consistia de 7 livros que abarcavam os processos de gerencia- mento de serviços de TI bem como os processos de melhoria contínua. Os antigos 31 livros foram organizados em função de 10 processos relacio- nados entre si. Com essa versão, o ITIL passou a ser adotado mundialmente. Em 2007, foi lançada a terceira versão do ITIL, composta de 5 livros. Nela a visão de processos adquirida na segunda versão foi reorganizada em ciclos de vida, que continham 5 fases. Atualmente, o ITIL está em sua 4ª versão (ITIL V4). A documentação foi completamente revisa- da e simplificada para facilitar a leitura, contendo também muitos exemplos práticos. A versão 4 do ITIL dá mais suporte às transformações digitais e às novas formas de abordagens de trabalho, entre elas as metodologias: DevOps, Agile, Lean, etc. O framework também se tornou mais fle- xível e fornece uma base prática para apoiar as organizações em um novo mundo, permeado por transformações digitais e tecnologias emergen- tes. Portanto, o ITIL V4 é uma evolução da ver- são anterior, baseada na consolidação das prá- ticas de gerenciamento de serviços de TI que já eram adotadas. A versão 4 possui também, com estrutura principal, o Sistema de Valor de Serviço (SVS), que possibilita a geração de valor a partir das oportunidades identificadas ou das deman- das efetuadas pelas áreas de negócios da orga- nização. 12. Escopo do ITIL A biblioteca ITIL é estruturada através de processos, funções e papéis. Processos Os processos são conjuntos de atividades elaboradas para alcançar um determinado obje- tivo. Cada processo pode utilizar uma ou mais entradas, que são transformadas em saídas es- pecíficas. Os processos constituem o principal objeto de estudo da biblioteca, pois visam pro- duzir resultados que criem valor para um cliente ou stakeholder. Todos os livros da ITIL organizam suas boas práticas em torno dos processos. Os chamados gestores de processos fazem a coor- denação das atividades contidas em cada pro- cesso. Funções São unidades organizacionais especialistas em determinado trabalho. Estão sob responsa- bilidade de um gerente funcional. As funções fazem parte do organograma da empresa. Dão estrutura à organização. As funções são consti- tuídas por equipes ou grupos de pessoas, que utilizam ferramentasespecíficas para conduzir um ou mais processos ou atividades. Papéis São conjuntos de responsabilidades defini- das dentro de um Processo. Podem ser desem- penhados por um indivíduo ou um grupo de pes- soas. Uma pessoa pode acumular vários papéis. 12. Ciclo de Vida dos Serviços A estrutura do ITIL é baseada no chamado ciclo de vida dos serviços. O ciclo de vida do ser- viço divide o gerenciamento dos serviços de TI em 5 etapas. Para cada etapa, há uma publica- ção (livro) ITIL, que contém processos, funções, Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce 14 papéis, recomendações e insights, que servem de referência para quem está adotando o fra- mework. O ciclo de vida do serviço inicia bem antes do início de qualquer projeto e termina muito depois que a equipe de projeto entrega o seu produto. Portanto, o ciclo de vida do serviço só tem fim quando o serviço é totalmente retirado ou substituído por um outro serviço mais atual. Para o ITIL, o serviço de TI deve ser pensado, projetado, implementado, entregue, suportado, melhorado, para um dia ser aposentado. Figura 3: Ciclo de Vida dos Serviço de TI Fonte: Portal GSTI As cinco etapas do ciclo de vida dos serviços são: 1. Estratégia de Serviços 2. Desenho de Serviços 3. Transição de Serviços 4. Operação de Serviços 5. Melhoria Contínua dos Serviços Vejamos cada uma das etapas do ciclo de vida dos serviços, bem como o conteúdo atrela- dos a cada uma delas. Tabela 1: Ciclo de vida dos serviços Fonte: Freitas (2013) Veremos cada uma dessas etapas com deta- lhes nas próximas duas unidades do nosso con- teúdo. 13. Processos no ITIL Os processos no ITIL estão distribuídos den- tro dos ciclos de vida dos serviços. A estrutura de processos dispostas ao longo das etapas do ciclo de vida dos serviços é a seguinte: Ciclo: Estratégia de Serviço Processos: • Gerenciamento da Estratégia para os Servi- ços de TI • Gerenciamento do Portfólio de Serviços • Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI • Gerenciamento da Demanda • Gerenciamento do Relacionamento com o Negócio Ciclo: Desenho de Serviço Processos: • Coordenação do Desenho • Gerenciamento de Nível de Serviço • Gerenciamento de Catálogo de Serviço Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce Laiane Realce 15 • Gerenciamento da Capacidade • Gerenciamento da Disponibilidade • Gerenciamento da Continuidade de Serviço • Gerenciamento de Segurança da Informação • Gerenciamento de Fornecedores Ciclo: Transição de Serviço Processos: • Gerenciamento de Mudanças • Gerenciamento da Configuração e de Ativos de Serviço • Gerenciamento do Conhecimento • Planejamento e Suporte da Transição • Gerenciamento de Liberação e Implantação • Validação e Teste de Serviço • Avaliação da Mudança Ciclo: Operação de Serviço Processos: • Gerenciamento de Eventos • Gerenciamento de Incidentes • Cumprimento de Requisição • Gerenciamento de Problemas • Gerenciamento de Acesso Ciclo: Melhoria Contínua dos Serviço É uma etapa que documenta as melhores práticas requeridas para melhorar a eficácia e a eficiência dos processos e serviços, bem como sua relação custo-benefício. 14. Entradas e saídas Cada processo possui as suas respectivas en- tradas e saídas. As entradas são os requisitos ou requerimentos necessários para que o processo seja executado. As saídas são compostas pelo re- sultado, após a correta execução de cada um dos processos. Um determinado processo pode ter como entrada documentos, ações, procedimen- tos ou mesmo as saídas de um outro processo. Assim como as saídas dos processos podem ser compostas por artefatos (subprodutos) ou insu- mos que serviram de entrada para outros proces- sos. Portanto, essas entradas e saídas definem os relacionamentos que cada processo possui, com relação ao seu exterior (suas necessidades e suas entregas), incluindo processos que podem fazer parte até mesmo de um outro Ciclo. 15. Responsabilidade e papéis O ITIL prevê papéis e responsabilidades para a correta execução de cada um dos Proces- sos, presentes em cada Ciclo. Em geral, cada Pro- cesso possui um Gerente para o Processo, que tem a função de garantir a execução de todas as entregas do processo, assim como cuidar da do- cumentação, da comunicação, da revisão, entre outros, no âmbito de cada processo. Dependen- do das características de cada processo, também podem ser previstos os papéis de Gerente mais específicos, Comitês, Diretores, entre outros. Uma grande corporação empresarial que atua no ramo de alimentos con- gelados está enfrentando problemas com frequentes devoluções de seus produtos. A empresa tem planta industrial na região metropolitana de São Paulo e atende o mercado consumidor do estado de São Paulo e Rio de Janeiro. Conta com 2400 m² de área de produção, 1200 funcionários, tem frota própria refrigerada para entrega aos pontos de venda, produz em mé- dia 100 toneladas de alimentos congelados ao mês e vende para redes de supermercados, restaurantes e lojas de conveniência. A empresa tinha um bom retorno sobre os investimentos, o que deixava os investidores felizes. Mas, ultimamente vem apresentando resultados ne- gativos acumulados que preocupam os gestores. A empresa está carente de novos investimentos e caso os resultados negativos permaneçam esses investimentos se tornarão cada vez mais difíceis. Um dos fatores que está causando os resultados negativos são as devolu- ções de produtos, o que gera retrabalho e perda de receita para a empresa. Os usuários dos serviços de TI também não conseguem acesso ao setor de tecnologia quanto se deparam com algum problema nos sistemas que utili- zam. Outro problema é que o maquinário está defasado, assim como os softwa- res utilizados, que já não atendem mais às necessidades da empresa e estão muito aquém dos softwares utilizados no mercado. Você, então, foi contratado para melhorar a comunicação da empresa e a infraestrutura de serviços de TI. Inicialmente, imagine: o que você faria para melhorar os indicadores e serviços de TI da empresa? Elabore um documento formal à alta gestão da empresa justificando neces- sidade de implantação de mecanismos de Gestão de Serviços de TI. 16 DESAFIO 17 Este trabalho teve como objetivo analisar organizações através de uma pesquisa, com a finalidade de obter a percepção do alinhamento entre as áreas de negócios e tecnologia da informação - TI, visto o uso dos principais frameworks de gestão e governança da TI, sejam eles, o ITIL, COBIT e o CMMi. Para tal processo, foram explanados os conceitos básicos referentes aos modelos de ali- nhamento estratégico de negócios e de TI, bem como o uso da metodologia de pesquisa descritiva com estatísticas quantitativas, tendo como foco as maiores empresas de diversos segmentos de mercado, representadas pelos seus gestores de ambas as áreas. Os resultados foram tratados em uma análise sistemática e comparativa, embasadas no comportamento atual das empresas em re- lação ao uso dos frameworks, visto o tipo de organização, e a relação com o nível organizacional. Portanto, verificando que adoção do ITIL é mais integrada com os níveis tático e operacional, ao contrário do COBIT e CMMi, que se relacionam com maior efetividade junto ao nível estratégico das organizações. ROSA, Adriano Adonis da; SILVA, Paula Maines da. Alinhamento entre negócios e TI com o uso de frameworks de gestão de TI. Administração de empresas em revista, [S. I], v. 2, n. 16, 2019. Disponível em: http://revista.unicuri- tiba.edu.br/index.php/admrevista/article/view/382/371372469. Acesso em: 5 out. 2020. Este artigo apresenta o verdadeiro potencial da Gestão da Tecnologia da Informação como um recurso competitivo em uma rede de ensino particular. Um dos motivos que norteou a escolha do tema foi o fatode que a gestão da tecnologia da informação passou a ser, de fato, uma importante ferramenta de gestão dentro das organizações e uma grande facilitadora nas tarefas. O objetivo do estudo foi caracterizar os processos relacionados à gestão de tecnologia da informação trabalhado em uma rede de ensino particular, para isso, teve como objetivos específicos, estudar os padrões de gestão da tecnologia da informação, caracterizar o cenário que a gestão irá usufruir e propor um padrão de processos ideal para o cenário estudado. Para esse fim, foi estudado detalhadamente todo o processo que envolve a área de gestão da tecnologia da informação e o modelo de padrão de gestão da tecnologia da informação ITIL (Information Technology Infrastructure Library). Trata- -se de uma pesquisa descritiva e explicativa, utilizando as técnicas da pesquisa bibliográfica e de estudo de caso voltada à área de gestão da tecnologia da informação. ALMEIDA, Cibele de Paiva; ARAÚJO, Rhogério Correia de Souza. Estão da inovação em um ambiente educacional- -aplicação da metodologia ITIL. Revista acadêmica do curso de administração, [S. I], v. 1 n. 1, 2019. Disponível em: http://anais.unievangelica.edu.br/index.php/racau/article/view/5311/3012. Acesso em: 5 out. 2020. 1. Alinhamento entre negócios e TI 2. Gestão da inovação em um ambiente educacional - Aplicação da metodologia ITIL LEITURA COMPLEMENTAR A título de leitura complementar, para se aprofundar nas questões tratadas nessa unidade, são sugeridas três leituras: 18 19 O papel da Governança Corporativa, da qual deriva a Governança de Tecnologia de Informação, é relevante para o sucesso de uma empresa, haja vista envolver as decisões sobre a estrutura das organizações. Salienta-se então a necessidade de identificar os possíveis ganhos que a Governança de Tecnologia da Informação pode trazer para uma Instituição Educacional, verificando os dife- renciais competitivos, o conjunto de melhores práticas que pode facilitar o trabalho e as possíveis influências da ITIL nos processos. A metodologia utilizada caracterizou a pesquisa como qualitativa exploratória descritiva documental e estudo de caso. Tendo como objeto de estudo a instituição educacional superior, onde os dados foram coletados de por meio de observação e entrevista. O estudo apresenta uma contribuição para que a organização avalie determinadas práticas e corre- lacione com os ganhos que estas podem oferecer a empresa, percebendo a ferramenta estratégica que é para o desenvolvimento do negócio. Percebe-se então com o estudo que como parte da governança corporativa, a Governança de TI surge com a finalidade de fornecer garantias de que os investimentos em projetos de TI estarão alinhados com a matriz estratégica da empresa. SOUZA JÚNIOR, Armando Araújo de; MATTA NETO, Robercy Moreira da. Governança de tecnologia de informa- ção: os desafios para sua implantação em uma instituição educacional em Porto Velho-RO. Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 5, p. 28576-28593 may. 2020. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/ BRJD/article/view/10223/8545. Acesso em: 5 out. 2020. 3. Governança de tecnologia de informação: Os desafios para sua implantação em uma instituição educacional em Porto Velho - RO A Governança Corporativa oferece mecanismos para assegurar que o com- portamento dos executivos de uma grande empresa esteja sempre alinhado com os interesses dos seus proprietários, ou seja, seus acionistas. Já a Go- vernança de TI promover o alinhamento da TI ao negócio (suas estratégias e objetivos); providencia tecnologia para garantir a continuidade do negócio; e, viabiliza o controle interno, o compliance e a gestão de riscos no âmbito da TI. O vídeo abaixo traz alguns desse conceitos fundamentais para a compreen- são de Governança Corporativa e Governança de TI https://youtu.be/7MMkTgt9Gvc No vídeo abaixo, também do Portal GSTI, saiba mais sobre o que é ITIL, em um vídeo da série “5 Minutos” com Fernando Palma, professor e consultor em Gestão de TI. https://www.youtube.com/watch?v=5zm-ruBIfYg SAIBA + 19 20 Referências ALMEIDA, Cibele de Paiva; ARAÚJO, Rhogério Correia de Souza. Estão da inovação em um am- biente educacional-aplicação da metodologia ITIL. Revista acadêmica do curso de administração, [S. I], v. 1 n. 1, 2019. Di sponível em: http://anais.unievangelica.edu.br/index.php/racau/article/ view/5311/3012. Acesso em: 5 out. 2020. BON, Jan Van. Guia de referência ITIL. São Paulo: Elsevier, 2011. FREITAS, Marcos André dos Santos. Fundamentos do gerenciamento de serviços de TI. 2.ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2013. ITIL TRAINING ACADEMY. Benefits of ITIL. London, c2017. Disponível em: https://www.itil.org.uk/ itil-benefits. Acesso em: 04 jun. 2018. ITIL TRAINING ACADEMY. ITIL books. London, c2017. Disponível em: https://www.itil.org.uk/itil-- books. Acesso em: 03 jun. 2018. ITIL TRAINING ACADEMY. What is ITIL? London, c2017. Disponível em: https://www.itil.org.uk/ what-is-itil. Acesso em: 03 jun. 2018. LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informações gerenciais. São Paulo: Pearson, 2007. PORTAL GSTI. Valor. [S. l.], 2016. Disponível em: https://img.portalgsti.com.br/3LXaz6wsSkTK0sd-NK- GvpPI_QKjg=/700x260/https://www.portalgsti.com.br/media/uploads/article/25/2016/10/09/va- lor.png. Acesso em: 03 jul. 2020. ROSA, Adriano Adonis da; SILVA, Paula Maines da. Alinhamento entre negócios e TI com o uso de frameworks de gestão de TI. Administração de empresas em revista, [S. I], v. 2, n. 16, 2019. Dis- ponível em: http://revista.unicuritiba.edu.br/index.php/admrevista/article/view/382/371372469. Acesso em: 5 out. 2020. SOUZA JÚNIOR, Armando Araújo de; MATTA NETO, Robercy Moreira da. Governança de tecnologia de informação: os desafios para sua implantação em uma instituição educacional em Porto Velho- -RO. Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 5, p. 28576-28593 may. 2020. Disponível em: https:// www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/10223/8545. Acesso em: 5 out. 2020. CICLOS DE ESTRATÉGIA DE SERVIÇOS E DESENHO DE SERVIÇOS MÓDULO 2 22 Ciclo: Estratégia de Serviço No ciclo de vida dos serviços ITIL, a pri- meira etapa é a da Estratégia de Serviços de TI. Essa etapa está documentada no livro ITIL (Service Strategy), que contempla boas prá- ticas de mercado referentes à concepção de um serviço novo ou alterado. É a fase que está mais preocupada com o valor que o ser- viço oferece para o negócio. A estratégia de serviços de TI considera a necessidade de criar valor para os clientes, através de servi- ços, transformando o gerenciamento de ser- viços em um ativo estratégico. Figura 1: Estratégica de Serviço de TI Fonte: Portal GSTI Os Processos que compõem o Ciclo da Estratégia de Serviços são: • Gerenciamento da Estratégia da os Ser- viços de TI • Gerenciamento do Portfólio de Serviços de TI • Gerenciamento Financeiro Para Serviços de TI • Gerenciamento da Demanda • Gerenciamento do Relacionamento com o Negócio 1. Gerenciamento da Estratégia para os Ser- viços de TI De acordo com Freitas (2013), esse pro- cesso tem como objetivo definir e manter a estratégia dos serviços de TI, articulando-os com as estratégias do negócio. A estratégia do negócio define a razão de ser da empre- sa. E a estratégia de TI existe para suportar essa razão de ser. Ou seja, não há sentido em existir TI, se não for para atender e viabilizar a estratégia do negócio. Para Freitas (2013), definir uma estratégia para os serviços de TI consiste em entender as estratégias do negó- cio, definir objetivos para a TI e priorizar os investimentos de TI para atender as estraté- gias do negócio. O ITIL prevê as seguintes atividades para o gerenciamento da estratégia para os servi- ços de TI são as seguintes: • Avaliação estratégica - Consiste na análi- se da situação atual do provedor de servi- ços de TI. É realizada com base na conhe- cida análise SWOT – Strengts, Weaknesses, Opportunitiese Threats, (em português: APRESENTAÇÃO No ITIL, as cinco etapas do ciclo de vida dos serviços são: (1) Estratégia de Serviços; (2) Desenho de Serviços; (3) Transição de Serviços; (4) Operação de Serviços; (5) Melhoria Con- tínua dos Serviços. Neste módulo, nos concentraremos nos Ciclos de Estratégia de Serviços e Desenho de Serviços, bem como seus respectivos Processos. Além disso, elencaremos tam- bém as atividades que possibilitam o alcance dos objetivos em cada um dos Processos. 23 matriz FOFA: Forças, Fraquezas, Oportu- nidades e Ameaças). Essa análise identifica possibilidades de melhoria, através da aná- lise de fatores internos (forças e fraquezas), que são controláveis pela organização; e fa- tores externos (ameaças e oportunidades), que nem sempre podem ser controlados pela organização. • Análise do ambiente interno – Reforça a identificação das forças e fraquezas com relação aos serviços de TI existentes, o que inclui as análises: financeira, de retorno do investimento, da capacidade, dos conheci- mentos e também da alocação dos recursos humanos de TI. • Análise do ambiente externo – Reforça a identificação de oportunidades e ameaças, incluindo análise e tendências de mercado, identificação de potenciais clientes e suas necessidades, identificação dos fornecedo- res e parceiros disponíveis, entre outros as- pectos. É uma análise para saber se existem vantagens disponíveis no mercado que são melhores o que as disponíveis atualmente na TI da empresa. • Definição de espaços de mercado - Consis- te em documentar o resultado das análises interna e externa para verificar a viabilidade da continuidade da prestação dos serviços internos ou se há necessidade de mudan- ça. Além de analisar também a possibilida- de de eventual contratação de fornecedores de serviços, com qualidade maior e a custos menores. • Indicação de fatores estratégicos da indús- tria ao mercado - Consiste em verificar os fatores de sucesso ou fracasso para cada es- paço de mercado identificado. • Estabelecer os objetivos – Os objetivos são resultantes das análises anteriores, que vão definir como o provedor de serviços irá aten- der aos objetivos estratégicos. Quanto mais claros estiverem definidos os objetivos, mais fácil será o entendimento organizacional a respeito deles e, consequentemente, mais fácil eles serão atingidos. • Geração, avaliação e seleção da estratégia - Após a avaliação do cenário e a definição dos objetivos, a estratégia dos serviços de TI é gerada, moldando a visão e a missão da TI dentro da organização. Isso possibilita a cria- ção do planejamento estratégico de TI. • Execução da estratégia - Consiste na defini- ção de um plano tático e operacional para a execução do planejamento estratégico e do que foi projetado no âmbito da TI. • Alinhamento entre os ativos de serviço e os objetivos dos clientes - Consiste em garantir que os ativos de serviços tenham sido plane- jados e sejam gerenciados para prover os ní- veis de serviços apropriados para os clientes. • Otimizar fatores críticos de sucesso - É ali- nhar conhecimento, ferramentas, recursos financeiros, suporte executivo e todas as atividades relacionadas à estratégia da em- presa. • Priorizar investimentos - Analisar e determi- nar o grau de investimento necessário, bem como o retorno deste investimento, para submeter a aprovação executiva. • Medição e avaliação - Consiste em medir os níveis de atendimento e satisfação dos clien- tes e usuários, bem como acompanhar as métricas dos processos e atividades neces- sárias para promover a Medição da perfor- mance da estratégia e a melhoria contínua. 24 Vimos que cada processo possui as suas res- pectivas entradas e saídas. Enquanto as entradas são os requisitos ou requerimentos necessários para que o processo seja executado, as saídas referem-se ao resultado, após a execução de cada processo. De acordo com Freitas (2013), o processo de Gerenciamento Estratégico para os Serviços de TI, possui as entradas e saídas des- critas abaixo. Entradas: • Planos estratégicos da empresa; • Entrevista com clientes e executivos de ne- gócios; • Informações do portfólio de serviços de TI; • Relatórios sobre o andamento das estraté- gias do negócio; • Relatórios de auditoria interna externa. Saídas: • Planejamento estratégico para os serviços de TI, destinados ao ciclo Desenho e Tran- sição de Serviço (próxima etapa do ciclo de vida dos serviços) • Informações sobre priorização de investi- mentos para o Gerenciamento do Portfólio de Serviços e Gerenciamento Financeiro para Serviços (outros dois processos presen- tes na etapa da Estratégia de Serviços) • Planos táticos sobre como a estratégia deve ser executada para todo o ciclo de vida do serviço de TI. • Revisões periódicas do Planejamento Estra- tégico organizacional, no que se refere aos serviços suportados pela TI. O ITIL prevê papéis e responsabilidades, que possibilitam a correta execução das atividades definidas nos processos que compõem cada um dos Ciclos. No caso deste Processo de Estratégia para os Serviços de TI, o ITIL prevê um Gerente do Processo de Estratégia para os Serviços de TI. Esse Gerente tem a responsabilidade de formu- lar, documentar e manter a estratégia do serviço de TI; garantir à execução das atividades, garan- tir a implementação e a operação da estratégia para os serviços de TI, revisar a operação, entre outros. Além dele, também há previsão para um Gerente da Estratégia do Negócio, responsável por formular, documentar e manter a estratégia do negócio e também pela prestação de contas da implementação e operação da estratégia do negócio. Também existe a previsão de um Co- mitê de TI, formado pelos diretores, gerentes e outros interessados, que são consultados para auxiliar nas tomadas de decisão. Por fim, o Dire- tor de TI, responsável por estabelecer e geren- ciar os recursos de processos do gerenciamento de serviços de TI. 2. Gerenciamento do Portfólio do Serviço O Gerenciamento do Portfólio de Serviços tem como objetivo garantir que o provedor de serviços de TI ofereça um conjunto de serviços capaz de atender aos resultados do negócio. Quando os clientes ou usuários demandam por novos serviços de TI, é necessário tomar deci- sões a respeito de quais serviços deverão ser providos ou não, e ainda, quais desses serviços deverão ter prioridade. Essa decisão é tomada com base em uma análise de risco e de retorno do investimento para o negócio. De acordo com Freitas (2013), o portfólio de serviços é o documento que contém os serviços que serão gerenciados, devendo abranger os se- guintes componentes: funil de serviços, catálo- go de serviços e serviços obsoletos. • Funil de serviços - É um documento que lis- ta os serviços que estão sendo considerados 25 e avaliados, mas ainda não foram desenvol- vidos e disponibilizados para os clientes ou usuários. • Catálogo de serviços - Quando a demanda por um serviço é selecionada, então ela se torna disponível no catálogo de serviços. Esse é o documento que disponibiliza infor- mações úteis sobre cada serviço oferecido pela TI, devendo ficar disponível para ser consultado por clientes e usuários. O catálo- go deve disponibilizar informações úteis para o uso do serviço no dia a dia, o que inclui in- formações de suporte, de solicitação do ser- viço, janela de disponibilidade, entre outros. • Serviços obsoletos - São serviços que es- tavam no catálogo de serviços e por uma questão estratégica não serão mais disponi- bilizados. Abaixo, você acompanha um esquema que demonstra as atividades do gerenciamento do portfólio de serviços. Figura 2: Gerenciamento do portfólio de servi- ços Fonte: Freitas (2019) As atividades do Processo de Gerenciamen- to do Portfólio de Serviços são descritas abaixo. • Definir - Consiste em levantar, documen- tar e identificar as informações básicas a respeito dos serviços. Isso é feito atravésdo preenchimento dos chamados Casos de Negócio, que são os cenários definidos para cada serviço, contendo a relação dos ativos de serviço requeridos, bem como os inves- timentos necessários, os riscos, os impactos e as oportunidades para se gerar valor aos clientes da TI. • Analisar - Consiste em analisar os Casos de Negócios de acordo com a estratégia defini- da para os serviços de TI. • Aprovar - Consiste em autorizar o investi- mento e o planejamento tático para um de- terminado Caso de Negócio. • Contratar - Consiste em documentar a au- torização do Caso de Negócio escolhido e formalizar a entrada do insumo necessário para o início do Ciclo Desenho de Serviço. As entradas e saídas do Processo de Geren- ciamento do Portfólio do Serviço são as seguin- tes: Entradas: • Planos estratégicos para os serviços de TI • Planos de melhoria dos serviços • Informações financeiras • Requisições dos clientes • Sugestões ou reclamações dos clientes • Atualizações do andamento dos serviços descritos nos contratos de serviço Saídas: • Portfólio de serviços atualizado • Contrato de serviço atualizado • Relatório de status dos serviços • Relatório de investimentos realizados no portfólio de serviços • Retorno do investimento dos riscos identifi- 26 cados durante a análise do portfólio de ser- viços. As responsabilidades do Dono do Processo de Gerenciamento do Portfólio de Serviços in- cluem: garantir que o processo seja adequado ao seu propósito e trabalhar em conjunto com os donos dos outros processos para garantir uma abordagem integrada a respeito do desenho e da implementação do Gerenciamento do Portfólio de Serviços. Já os gerentes do Processo de Gerenciamen- to do Portfólio de Serviços precisam garantir a execução das atividades, gerenciais manter o portfólio de serviços, divulgar o portfólio de ser- viços para os clientes e potenciais clientes e aju- dar a formular os contratos de serviço. 3. Gerenciamento Financeiro para os Serviços de TI O objetivo desse Processo é o de garantir os recursos financeiros necessários para a entrega dos serviços de TI aos clientes. Um bom geren- ciamento financeiro deve permitir que a empre- sa controle as suas despesas, para evitar gastos desnecessários, e planeje sua receita, para tomar as melhores decisões a respeito de investimen- tos. O gerenciamento financeiro para os serviços de TI tem esse mesmo objetivo, ou seja, deve identificar todos os custos envolvidos na entrega dos serviços de TI para que eles caibam dentro do orçamento que foi definido para a área. De acordo com Freitas (2013), esse geren- ciamento financeiro auxilia os provedores de ser- viços de TI a quantificar os valores dos serviços, o que apresenta os seguintes benefícios para o negócio: • Melhoria dos processos de tomada de deci- são; • Agilidade na mudança da estratégica; • Auxílio no gerenciamento do portfólio de serviços; • Aprimoramento do controle financeiro sobre a TI; • Possibilidade de tangibilizar o valor dos ser- viços de TI. Com relação às atividades definidas para o Gerenciamento Financeiro dos Serviços de TI, Freitas (2013) define o seguinte esquema para representá-las. Figura 3: Atividades do Gerenciamento Fi- nanceiro dos Serviços de TI Fonte: Freitas (2013) Orçamento consiste em estimar e negociar os gastos e recursos necessários para a área de TI. Geralmente, esse orçamento é planejado no segundo semestre do ano anterior à sua vigên- cia. Para a elaboração do orçamento, devem ser observadas todas as lições aprendidas no orça- mento anterior. Além disso deve ser feita a aná- lise do portfólio de serviços, para identificar as necessidades detectadas pelo funil de serviços. A contabilidade é a atividade de identificar e alocar corretamente os custos dos serviços de TI, de acordo com as regras contábeis. Entre as notificações necessárias para a área de conta- bilidade estão: aquisição de hardware, licencia- mentos de software, serviços e equipamentos 27 de manutenção, salários dos profissionais, cus- tos com projetos, entre vários outros. Todos es- tes cursos devem ser classificados e registrados contabilmente, para posterior avaliação de con- formidade, frente aos investidores e serviços de auditoria. A cobrança é a atividade realizada mediante identificação dos valores dos serviços. Também envolve a definição de um preço a ser cobrado pela sua solicitação ou utilização. Os preços dos serviços devem ser identificados no catálogo de serviços (descrito no Processo de Gerenciamen- to do Portfólio de Serviços). Como o objetivo da TI em uma organização pode não ser o de ter fins lucrativos, a mensuração do valor desses serviços é utilizado para calcular o retorno dos investimentos efetuados na área de TI. Como entradas e saídas do Gerenciamento Financeiro para os Serviços de TI, temos: Entradas: • Dados a respeito dos custos dos serviços de TI, bem como de todos os outros processos. Saídas: • Informações financeiras a respeito do valor do serviço para auxílio nas tomadas de de- cisão. Entre as responsabilidades do Dono do Pro- cesso de Gerenciamento Financeiro para Servi- ços de TI, estão a de garantir que o processo siga de forma adequada, além de identificar, negociar e aprovar os valores dos serviços de TI e manter a conformidade com a política de gerenciamento financeiro da empresa. Já as responsabilidades dos Gerentes do Processo de Gerenciamento Financeiro incluem: garantir à execução das ati- vidades do processo, prestar informações sobre o custo dos serviços de TI, preparar o orçamento anual de TI e submetê-lo à aprovação, analisar e preparar os relatórios financeiros, entre outros. 4. Gerenciamento da Demanda De acordo com Freitas (2013), os objetivos do Processo de Gerenciamento da Demanda são: entender, antecipar e influenciar a deman- da dos clientes com relação aos serviços de TI. Além de garantir que o provedor de serviços de TI possua capacidade para atender à demanda pelos serviços. As atividades do Gerenciamento da Deman- da incluem: • Identificar Fontes de Previsão de Demanda - Consiste em identificar os níveis de deman- da do negócio com relação aos serviços de TI. Isso pode feito a partir da análise do pla- no de negócio da organização, além da veri- ficação dos planos de marketing, dos planos estratégicos da empresa, das projeções de vendas, por exemplo. • Identificar Padrões de Atividade do Negó- cio - Consiste em compreender qual é a di- nâmica do negócio e quais as suas interfaces com os serviços de TI. Isso inclui analisar, por exemplo, a frequência das solicitações dos serviços, volume dessas solicitações, as lo- calidades onde elas ocorrem, a duração dos serviços, entre outros. • Identificar Perfis de Usuário - Consiste em mapear os perfis dos usuários dos serviços de TI, bem como a sua relação com os Pa- drões de Atividade do Negócio. • Gerenciamento da Demanda Baseada em Atividades – Consistem em identificar, analisar e classificar as atividades dos usu- ários dos serviços de TI, para compreender os padrões de demanda dos serviços e os componentes de TI a serem utilizados para atendê-las. 28 • Desenvolver Ofertas Diferenciadas - Con- siste em definir Pacotes de Serviços de acor- do com os padrões de atividade e perfis de usuários identificados. • Gerenciamento da Demanda Operacional - É gerenciar a demanda dos serviços, o que inclui identificar a utilização desses serviços para avaliar se a capacidade da TI está supe- restimada ou subutilizada. Como entradas e saídas do Processo de Ge- renciamento da Demanda, temos: Entrada: • Informações sobre os serviços elencados no Processo de Gerenciamento do Portfólio de Serviços. • Informações sobre o valor dos serviços defi- nido no Processo de Gerenciamento Finan- ceiro para Serviços de TI • Plano de melhoria de serviços, obtido no Ci- clo Melhoria Continuada dos Serviços. Saídas: • Pacotes de nível de serviço paraos Proces- sos de Gerenciamento do Portfólio de Ser- viços e Gerenciamento do Nível de Serviço (do Ciclo Desenho de Serviços). Com relação às responsabilidades definidas neste processo, o Dono do Processo de Geren- ciamento da Demanda precisa garantir que o processo esteja adequado. Para isso, é necessá- rio que ele trabalha em conjunto com os outros donos de processos, para identificar informações de demandas de serviços. Já o Gerente do Pro- cesso de Gerenciamento da Demanda, precisa garantir a execução das atividades deste proces- so, identificando as demandas dos serviços de TI, o padrão de atividade do negócio, o perfil de usuário, entre outros. Esse papéis garantem que os recursos adequados estejam disponíveis nos seus níveis apropriados. 5. Gerenciamento do Relacionamento com o Negócio Os objetivos do Processo de Gerenciamen- to do Relacionamento com o Negócio são esta- belecer e manter o relacionamento do provedor de serviços de TI com os clientes. O que pode ser conseguido através da compreensão das ne- cessidades do negócio e das expectativas dos clientes. Essa compreensão é importante para garantir que haja um balanceamento entre as ex- pectativas dos clientes e o valor que eles estão dispostos a pagar pelos serviços. Portanto, de acordo com Freitas (2013), ge- renciar o relacionamento com os clientes signifi- ca compreender as necessidades e as expecta- tivas de valor dos clientes, direcionando ações para elevar o seu nível de satisfação. É bem verdade que os outros Processos também estão relacionados com o grau de satisfação e com o atendimento das necessidades dos clientes. En- tretanto eles estão mais relacionados a questões táticas e operacionais. O Gerenciamento do Re- lacionamento com o Negócio trata das questões mais estratégicas que envolvem o relacionamen- to com os clientes. As atividades definidas no Processo de Ge- renciamento do Relacionamento com o Negócio são descritas abaixo. • Representar o provedor dos serviços de TI junto aos clientes. • Trabalhar em conjunto com o Gerenciamen- to do Portfólio de Serviços para garantir a satisfação das expectativas dos clientes. • Advogar pelos clientes durante o ciclo de vida dos serviços de TI. 29 Entrada: • Requerimentos dos clientes • Requisições dos clientes, reclamação ou elo- gios • Estratégia do negócio • Portfólio de Serviços • Acordos de Nível de Serviço • Aquisições de mudanças • Padrões de Atividade do Negócio Saídas: • Expectativas de satisfação dos clientes iden- tificadas • Portfólio de clientes • Portfólio de Acordo de Cliente • Alinhamento de requerimentos dos clientes para os Ciclo de Estratégia de Serviços, De- senho de Serviços e Transição de Serviços. • Pesquisas de satisfação dos clientes. • Planejamento do envolvimento dos clien- tes nas atividades requeridas dos processos contidos no ciclo de vida dos serviços de TI. Com relação às responsabilidades, o Dono do Processo de Gerenciamento do Relacionamento com o Negócio, precisa garantir que o Processo esteja adequado ao seu propósito, o que envolve trabalhar junto com os outros donos de proces- sos para garantir uma abordagem integrada para o Gerenciamento do Relacionamento com o Ne- gócio. Já o Gerente do Processo, precisa garantir a execução das atividades, o que inclui identi- ficar as necessidades dos clientes, garantir que as expectativas dos clientes não excedam o que eles desejam pagar, garantir que o provedor de serviços de TI esteja apto a entregar os serviços, garantir altos níveis de satisfação dos clientes, mediar conflitos de interesse entre diferentes unidades de negócio com relação aos serviços de TI, entre outras atribuições. Ciclo: Desenho de Serviço Após uma estratégia de TI será aprovada, através do Funil de Serviços (Ciclo Estratégia de Serviços), e antes dela ser colocada em produ- ção, no Ciclo Transição de Serviço, a inclusão de um novo serviço no Catálogo de Serviço não se constitui de uma tarefa isolada. É necessário que o serviço seja desenhado. Figura 4: Desenho de Serviço de TI Fonte: Portal GSTI Segundo Bom (2011), o objetivo do Ciclo Desenho de Serviço é desenhar os serviços de TI apropriados para atender aos requisitos atu- ais e futuros do negócio. É necessário considerar o impacto desse serviço em todo o Portfólio de Serviços. O desenho de um serviço pode envol- ver: • Desenho de soluções de serviços para ser- viços novos ou modificados - Quando são originados dos Pacotes de Serviço, do Ciclo Estratégia de Serviço. Nesse caso, cada re- quisito é analisado para que seja criado um desenho de solução para atendimento desse requisito. • Desenho do sistema e ferramentas de ge- renciamento da informação - Que envolve as ferramentas necessárias para gerenciar o 30 serviço durante o seu ciclo de vida. • Desenho da arquitetura tecnológica – Que envolve todos os componentes de TI neces- sários para atender ao desenho da solução. • Desenho dos processos requeridos - Que envolve processos, atividades, papéis, res- ponsabilidades e capacidades requeridas para o gerenciamento do ciclo de vida do serviço. • Desenho das métricas - Que envolve as me- dições que vão garantir que os serviços es- tejam atendendo aos desenhos da solução. Os Processos do Ciclo Desenho de Serviço que estudaremos são os seguintes: 1. Coordenação do Desenho 2. Gerenciamento de Nível de Serviço 3. Gerenciamento de Catálogo De Serviço 4. Gerenciamento da Capacidade 5. Gerenciamento da Disponibilidade 6. Gerenciamento da Continuidade De Serviço de TI 7. Gerenciamento de Segurança Da Informa- ção 8. Gerenciamento de Fornecedores 1. Coordenação do Desenho O objetivo do Processo de Coordenação do Desenho é garantir que as metas e os objetivos do desenho do serviço sejam atendidos. O pro- cesso de Coordenação do Desenho é responsá- vel por definir documentos, políticas e padrões para os processos do Ciclo Desenho de Serviço. Veremos que cada processo que compõem esse Ciclo contribui para a construção do Pacote de Desenho de Serviço. As atividades do Processo Coordenação do Desenho são divididas em duas categorias: aquelas relacionadas com o Ciclo Desenho de Serviço e as relacionadas com cada desenho de solução individual. Atividades relacionadas com o ciclo de vida do Desenho de Serviço: • Coletar requerimento dos Pacotes de Servi- ço e Pacotes de Nível de Serviço do Ciclo Estratégia de Serviço. • Definição de padrões, políticas e documen- tos para o Ciclo Desenho De Serviço. • Coordenação de atividades durante todo o Ciclo Desenho de Serviço. • Planejar os ativos de serviços necessários para o Ciclo Desenho de Serviço. • Gerenciar riscos durante as atividades dos Processos do Ciclo Desenho de Serviços. • Medir e planejar ações de melhoria do Ciclo Desenho de Serviço (junto com o Ciclo Me- lhoria Continuada dos Serviços). • Reproduzir pacotes de Desenho de Serviço. Atividades relacionadas com cada desenho de solução individual: • Planejar, coordenar e monitorar desenhos individuais de solução. • Revisar desenho de solução incluídos no pa- cote de Desenho de Serviço. Como entradas e saídas do Processo de Co- ordenação do Desenho, são definidas as seguin- tes: Entradas • Contratos de serviços do Ciclo Estratégia de Serviço. • Pacotes de Serviços e Pacotes de Nível de Serviço do Ciclo Estratégia de Serviço. • Análise de impacto do negócio para a identi- 31 ficação de riscos associados a cada desenho de solução. • Portfólio de Serviços. • Programação de mudança do Processo Ge- renciamento de Mudança (Ciclo Transição de Serviço). • Sistema de Gerenciamento da Configuração do Processo Gerenciamento da Configura- ção (Ciclo Transição de Serviço). • Feedback de todos os outros processos com relação aos Pacotes de Desenho de Serviço. Saídas • Pacotes de Desenho de Serviço para o Ciclo Transição De Serviço. • Modelo de arquitetura tecnológica da em- presa.• Sistemas de gerenciamento para o Desenho de Serviço. • Atualização do Portfólio de Serviços. 2. Gerenciamento do Nível de Serviço O objetivo do Processo de Gerenciamento de Nível de Serviço é garantir os serviços de TI junto aos respectivos clientes, monitorando a entrega desses serviços. De acordo com Freitas (2013), um dos fatores críticos para o sucesso do Gerenciamento de Nível de Serviços é a qua- lidade do Portfólio de Serviços, gerado no Ciclo Estratégia de Serviços. O papel do Gerenciamen- to de Nível de Serviços é atualizar informações, como um ponto de partida para desenhar as me- tas dos serviços de TI e os acordos com os clien- tes desses serviços. Segundo Bom (2011), o Processo de Geren- ciamento de Nível de Serviço trabalha junto com o Processo de Gerenciamento de Relacionamen- to com o Negócio (Ciclo Estratégia De Serviço) no sentido de identificar as necessidades dos clientes, bem como negociar e acordar os níveis de garantia dos serviços, medindo também o ní- vel de atendimento desse serviço. As atividades do processo de Gerenciamen- to de Nível de Serviço são descritas a seguir. • Documentar os requisitos de qualidade para serviços novos ou alterados através dos Re- quisitos de Nível de Serviço (RNS). • Definir, negociar, acordar e medir a perfor- mance dos Serviços Principais e dos Serviços de Apoio, comparando com as Metas de Ní- vel de Serviço definidas nos acordos. • Produzir relatórios de nível de serviço. • Avaliar o nível de serviço e instigar melho- rias. • Suportar o Gerenciamento de Fornecedores na definição, na negociação e no acordo com os fornecedores. • Analisar e rever Acordos de Nível de Serviço, Acordos de Nível Operacional e contratos de apoio. • Desenvolver e documentar os contatos de relacionamento com clientes de negócios. • Registrar é gerenciar reclamação de elogios dos clientes em conjunto com o Gerencia- mento de Relacionamento com o Negócio, em conjunto do o Gerenciamento de Rela- cionamento com o Negócio. • Prover informações gerenciais sobre perfor- mance e nível de serviços atingidos. As entradas e saídas do Processo de geren- ciamento de Nível de Serviço são descritas a se- guir. Entradas • Informações sobre os serviços do Ciclo Es- tratégia de Serviço. 32 • Informações sobre mudanças no Processo de Gerenciamento de Mudanças (Ciclo Tran- sição de Serviços). • Elogios ou reclamações de clientes. • Qualquer informação relativa aos níveis de serviço promovida por qualquer processo. Saídas • Acordos de Nível de Serviço, Acordos de Ní- vel Operacional e Contratos de Apoio para os Ciclos Transição de Serviço e Operação de Serviço. • Relatórios de nível de serviço. • Oportunidades de melhoria identificadas através da análise dos relatórios de nível de serviço para o Ciclo Melhoria Continuada de Serviço. • Atas de reuniões para revisão de Acordos de Nível de Serviço, Acordos de Nível Opera- cional e Contratos de Apoio. 3. Gerenciamento de Catálogo de Serviço O objetivo do Processo de Gerenciamento de Catálogo de Serviço é prover uma fonte única de informação a respeito de todos os serviços operacionais e também aqueles que estão sendo preparados para entrar em produção, garantin- do que o Catálogo de Serviços esteja disponível para todos aqueles que desejem utilizá-lo. Observando o processo de Gerenciamento do Portfólio de Serviços, presente no Ciclo da Estratégia de Serviço, percebemos que o Catá- logo de Serviços é parte integrante do Portfólio de Serviços. Todas as informações úteis sobre os serviços em produção devem constar no Catálo- go de Serviços. As atividades do Processo de Gerenciamen- to de Catálogo de Serviço são as seguintes. • Documentar as informações sobre cada ser- viço. • Gerenciar as interfaces de dependência en- tre o Catálogo de Serviços e o Portfólio de Serviço. • Produzir que manter o Catálogo de Serviços. • Gerenciar as interfaces e dependências en- tre o Catálogo de Serviço e o Sistema de Ge- renciamento de Configuração do Gerencia- mento de Configuração. • Gerenciar as interfaces com o Gerencia- mento de Relacionamento com o Clientes e o Gerenciamento de Nível de Serviço, para garantir que as informações do Catálogo de Serviços estejam alinhadas com o negócio. As entradas e saídas do Processo Gerencia- mento de Catálogo de Serviço são descritas a seguir. Entradas • Informações sobre os serviços do Gerencia- mento do Portfólio de Serviço (Ciclo Estraté- gia de Serviço). • Informações sobre preços dos serviços do Gerenciamento Financeiro para os Serviços de TI (Ciclo Estratégia de Serviço). • Análise de Impacto do Negócio, fornecen- do informações sobre impacto, prioridade e riscos associados ao serviço do Processo de Gerenciamento da Continuidade de Serviço. • Qualquer informação relativa ao catálogo de serviços providos por qualquer processo. Saídas • Atualização do status dos serviços no por- tfólio de serviço. • Catálogo de serviço disponível para consulta de qualquer processo. 33 As responsabilidades do Dono do Proces- so de Gerenciamento do Catálogo de Serviços são, basicamente, garantir que o processo esteja adequado e trabalhar com os outros donos de processo, garantindo uma abordagem integrada para o gerenciamento do Catálogo de Serviços. Enquanto o Gerente deste Processo deve coor- denar as interfaces com o Catálogo de Serviços e os outros Processos, garantindo informações integras e atualizadas. 4. Gerenciamento da Capacidade O objetivo do Processo Gerenciamento da Capacidade é garantir que exista uma capacida- de de TI adequada, a um custo adequado, e que essa capacidade esteja alinhada com as necessi- dades do negócio. De acordo com o PORTAL GSTI (2020), O capacidade do negócio está relacionada a quan- tidades, volumes e velocidade de acesso. Inclui também uma análise de desempenho a respeito de espaço em memória e velocidade de trabalho dos componentes de TI. Também está relaciona- da com as demandas do negócio (Processo de Gerenciamento da Demanda). Aumentar a capacidade de um serviço sem planejamento pode não trazer benefícios para o negócio ou até mesmo acarretar prejuízo. Princi- palmente, se isso for feito para um serviço de TI que possui menos prioridade com relação há um outro mais urgente. As atividades do Processo de Gerenciamen- to da Capacidade podem ser divididas em três sub processos: • Gerenciamento da Capacidade de Negócio, que traduz os requisitos do negócio em re- quisitos de serviço atrelados à capacidade de TI, garantindo que os serviços sejam ofe- recidos de acordo com os níveis de serviços definidos. • Gerenciamento da Capacidade de Serviço, que planeja, gerencia e controla a perfor- mance da capacidade dos serviços de TI uti- lizados em produção. • Gerenciamento da Capacidade de Compo- nente, que gerencia a utilização e controla a performance dos componentes individuais de TI (equipamentos, impressoras, proces- sadores, dispositivos de memória, entre ou- tros). As atividades do Gerenciamento da Capaci- dade podem ser reativas ou proativas, durante o ciclo de vida de cada serviço. Quando o serviço já está disponível no Catálogo de Serviços e está em produção, as atividades reativas do Geren- ciamento da Capacidade são: • Monitorar, medir e reportar a performance atual de serviços e componentes de TI. • Responder aos alertas de eventos de capaci- dade e solicitar correção. • Prover informações sobre performance para outros processos do ciclo de vida do serviço. Com relação às atividades proativas do Ge- renciamento da Capacidade, elas podem acon- tecer quando o serviço está sendo planejado ou quando ele já está em produção. São elas: • Produzir e manter um Plano de Capacidade, onde constem os requisitos de demandas do serviço e as tendências de utilização para planejamento futuro. • Identificar e antecipar falhas de performan- ce, solicitando ações corretivas. • Produzir análises de tendência deutilização dos componentes de TI, bem como estimati- va de utilização futura. • Modelar e analisar tendências de mudança 34 no serviço de TI, identificando os compo- nentes que deverão ser modificados. • Garantir que os custos de atualizações e me- lhorias de TI estejam planejados em conjun- to com o gerenciamento financeiro. • Melhorar a performance do serviço, mesmo que não haja orçamento para atualizações. Nesse sentido, Freitas (2013) ilustra da se- guinte forma a escala de evolução da maturidade do Gerenciamento da Capacidade. Figura 5: Gerenciamento da Capacidade Fonte: Freitas (2013) Seguem-se as entradas e saídas para o Ge- renciamento da Capacidade. Entradas • Requisitos do negócio, originados do Ciclo Estratégia de Serviço. • Planos de TI, originados no Ciclo Estratégia de Serviço. • Custos e orçamento de TI do Gerenciamen- to Financeiro para os Serviços de TI (Ciclo Estratégia de Serviço). • Informações sobre capacidade e performan- ce, originadas dos fornecedores dos compo- nentes de TI. • Informações sobre falhas de performance e sobre o seu respectivo tratamento. • Detalhes dos serviços do Portfólio de Servi- ços e Catálogo de Serviços. • Informações sobre as requisições de mudan- ça, do Processo Gerenciamento de Mudan- ça, bem como seu impacto na capacidade de TI. Saídas • Informações sobre a capacidade dos compo- nentes de TI, que podem ser úteis para ou- tros Processos. • Plano de Capacidade, para auxílio na tomada de decisão em outros Processos. • Relatório de Análise de Performance de TI, útil para outros Processos. • Relatório de Previsões de Capacidade de TI, útil para outros processos. • Alertas de Monitoramento de Capacidade, para a Central de Serviços, e para os Pro- cessos de Gerenciamento de Incidentes e Gerenciamento de Eventos (Ciclo Operação de Serviço). Além da responsabilidade do Dono desse Processo em garantir que ele esteja adequado, trabalhando com outros donos de Processos para que ele esteja integrado, destaca-se a res- ponsabilidade do Gerente do processo de Ge- renciamento da Capacidade, que é de garantir a capacidade de TI adequada para atender os serviços, buscando balancear a capacidade de TI com as demandas pelos serviços, a um custo jus- tificável. Além de coordenar as interfaces desse processo com as demandas de outros Processos, monitorando e provendo relatórios. 5. Gerenciamento da Disponibilidade O objetivo do Processo de Gerenciamen- to da Disponibilidade é garantir que os níveis de disponibilidade entregues pelo serviço de TI atendam às necessidades acordadas com os clientes. Quando os clientes não conseguem uti- lizar o serviço conforme previamente planejado e acordado, dizemos que o serviço está indispo- nível. 35 De acordo com Freitas (2013), nesse Proces- so também são previstas atividades reativas e proativas. As reativas abarcam o monitoramento, análise e gerenciamento de eventos e incidentes, analisando a disponibilidade dos serviços depois que esses eventos já ocorreram. As atividades proativas envolvem planejamento, desenho e melhoria da disponibilidade, quando os serviços estão sendo planejados ainda no Portfólio de Serviços. Portanto, as atividades do Gerencia- mento da Disponibilidade são: • Desenhar os requisitos de disponibilidade para um novo serviço de TI ou para uma mu- dança em um serviço de TI, incluindo os cri- térios de restauração do serviço e dos com- ponentes. • Determinar a Função de Negócio Vital, em conjunto com as áreas de negócio e com o processo de Gerenciamento da Continuida- de de Serviço de TI. • Definir, monitorar e reportar as metas de dis- ponibilidade, confiabilidade e sustentabilida- de para os serviços de componentes de TI. • Monitorar a tendência de disponibilidade confiabilidade e sustentabilidade dos servi- ços de componentes de TI. • Investigar as causas de indisponibilidade de serviços de componentes de TI. • Produzir e manter um Plano de Disponibili- dade. As entradas e saídas desse processo são as seguintes: Entradas: • Informações sobre a estratégia do negócio e também dos requerimentos atuais e futuros do negócio, Ciclo Estratégia de Serviço. • Análise de Risco, do Processo de Gerencia- mento de Continuidade de Serviços. • Informações de serviço do Portfólio de Ser- viço e Catálogo de Serviço. • Níveis de serviço do Processo de Gerencia- mento de Nível de Serviço. • Custo do serviço e custo dos recursos e componentes de TI do Gerenciamento Fi- nanceiro para os Serviços de TI (Ciclo Estra- tégia de Serviço). • Informações de Mudanças do processo Ge- renciamento de Mudanças (Ciclo Transição de Serviço). • Informações sobre desempenho de capaci- dade dos serviços e componentes de TI do Processo de Gerenciamento da Capacidade. • Informações sobre relacionamentos dos serviços e componentes de TI do Gerencia- mento de Configuração (Ciclo Transição de Serviço). • Informações de Incidentes e Problemas dos Processos Gerenciamento de Incidentes e Gerenciamento de Problemas (Ciclo Opera- ção de Serviço). Saídas: • Informações do Sistema de Informações do Gerenciamento da Disponibilidade para os outros processos. • Critérios de medição e metas de disponibili- dade para o Gerenciamento de Nível de Ser- viço e para o Ciclo Melhoria Continuada de Serviço. • Plano de Disponibilidade para o Gerencia- mento de Segurança da Informação e Ge- renciamento da Continuidade de Serviço de TI. • Informações de causas de falhas e procedi- mentos para restauração para o Gerencia- 36 mento de Incidentes e Gerenciamento de Problemas (Ciclo Transição de Serviço). • Relatórios de Disponibilidade, Confiabilidade e Sustentabilidade para os outros processos. • Plano de Indisponibilidade do Serviço, plane- jada em conjunto com o Gerenciamento de Mudanças e o Gerenciamento de Liberação e Implantação (Ciclo Transição de Serviço). • Propostas de melhorias para o Plano de Me- lhorias do Serviço (Ciclo Melhoria Continua- da do Serviço). O dono desse Processo precisa garantir que ele esteja adequado, trabalhando em conjunto com os outros Donos de Processos para garantir que as questões de disponibilidade sejam trata- das de acordo com o Plano de Disponibilidade. Já o Gerente desse processo precisa compreen- der os requisitos do negócio para planejar a dis- ponibilidade dos serviços, além de garantir que todos os serviços desenhados possuam níveis de disponibilidade adequados aos requisitos do negócio. 6. Gerenciamento da Continuidade de Serviço De acordo com Freitas (2013), o objetivo do Processo Gerenciamento da Continuida- de de Serviço de TI é dar suporte ao Plano de Continuidade do Negócio, através da gestão dos riscos que podem afetar os serviços de TI. A continuidade dos serviços está relacionada com a capacidade da empresa em prever even- tos que possam afetar o negócio, além da sua habilidade em estar preparada para reagir, caso esses eventos ocorram. A indisponibilidade de um serviço que não esteja relacionado à função vital do negócio, será tratada como o incidente pelos processos do Ciclo Operação de Serviço. Já a indisponibilidade de um serviço considerado função vital de negócio, será denominada como desastre, devendo ser tratada como um risco de continuidade do negócio. O processo de gerenciamento de continui- dade de serviço de TI é constituído por um ciclo de atividades dividido nas quatro fases: Inicia- ção, Requerimentos e Estratégia, Implementa- ção, Operação. As fases, com suas respectivas atividades, são descritas na imagem de Freitas (2013). Figura 6: Fases do ciclo de gerenciamento da continuidade de serviços de TI Fonte: Freitas (2013) Fase de iniciação • Definição de políticas, contendo propósitos e objetivos para garantir a comunicação do Plano de Continuidade de Serviço de TI. • Especificação do escopo, contendo também as responsabilidades de todos os envolvidos no Plano de Continuidade de Serviços
Compartilhar