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TXXIV Larissa Cardeal 6. FARMACOTERAPIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO - agonistas beta-2 são fármacos utilizados que atuam sobre o sistema respiratório I) ASMA - inicialmente, a doença cursa com espasmos brônquicos com estreitamento da via aérea >> sintomática evidente de dispneia > em seguida, ocorre o processo inflamatório propriamente dito >> sem o tratamento do processo inflamatório, não há resolução efetiva da problemática > terapia medicamentosa exige uso de corticoides - obs: asma crônica exige tratamento com anti- inflamatório, visto que a fisiopatologia da doença envolve a inflamação da mucosa das vias aéreas - o resultado é o mesmo: dificuldade na capacidade de realização de trocas gasosas TXXIV Larissa Cardeal - há pacientes que, a depender do grau de ocorrência da asma, podem reverter o quadro de forma espontânea; há outros casos que há a necessidade do uso de fármacos para que haja a reversão do quadro - ocorre grande produção de muco > muco espesso - ocorrência de estreitamento da luz brônquica - broncoespasmo; edema da mucosa e produção de muco - estreitamento considerado da luz bronquilar TXXIV Larissa Cardeal - no geral, há uma tentativa de evitar que os pacientes cheguem a situações de crises, pois as crises acabam implicando com alteração, inclusive, na qualidade de vida do paciente > há pacientes que devem andar sempre com uma bombinha engatilhada, pra casos de crises súbitas >> na bombinha há o salbutamol (aerolin) que trata-se de um agonista beta-2 >> efeito imediato - processo inflamatório que cursa com uma alteração completa do epitélio respiratório que resulta na produção de muco e no estreitamento dos bronquíolos - há atuação de eosinófilos, mastócitos e linfócitos > a participação dos mastócitos cursa com produção e liberação de histamina >> com a liberação da histamina na porção brônquica, ocorre o estreitamento dessa via aérea >> a histamina é produtora de espasmo brônquico > antagonistas de leucotrienos tratam-se de uma via de tratamento farmacológico para a asma > leucotrienos são mediadores de espasmos brônquicos >> a droga atua na antagonização desses leucotrienos, o que resulta em diminuição dos broncoespasmos e também na redução da produção de muco (visto que os leucotrienos também atuam sobre a via produtiva de muco); além disso, os leucotrienos também se tratam de moléculas inflamatórias - os leucotrienos são responsáveis pela formação de edema e pela contração do músculo liso - quando se utiliza anti-inflamatório para o combate à asma, o ideal é realizar o uso de corticoides > os corticoides inibem a enzima fosfolipase-2 (da cascata de inflamação) >> inibindo fosfolipase-2, não há produção de prostaglandinas e também não há produção de leucotrienos >> há corticoides de uso inalatório, que se tratam de alternativas viáveis que diminuem os riscos das reações adversas manifestas pelo uso dessa classe de fármacos >> obs: o emprego de corticoides influencia na aldosterona > paciente fica com muita sede e também com muita fome >> há consequência de aumento de peso > obs: antialérgicos não são tratamentos contra a asma brônquica, nem sempre serão prescritos >> mas por vezes, podem auxiliar na fisiopatogenia da doença, inclusive de forma preventiva >> a depender do quadro - agonistas beta-2 tratam-se de uma classe farmacológica utilizada para o tratamento de asma >> família do salbutamol >> são broncodilatadores; não atuam sobre o componente inflamatório da asma TXXIV Larissa Cardeal - os mediadores incluem histamina, leucotrieno, ácido aracdônico, prostaglandina, TNF-alfa, IL-4 > há tantos mediadores que, às vezes, apenas uma via de tratamento farmacológico não é capaz de diminuir os danos causados pela doença - há uma fase inicial e uma reação tardia, que acontece a partir da 3º e 4º hora do início do quadro - a presença e atuação dos mediadores intensifica o processo e gera sua evolução - pra fase imediata e pra fase tardia (posterior) há diferentes atuações farmacológica > agonistas beta-2: salbutamol, salmeterol, fenoterol, clembeterol, albuterol >> alguns são de ação curta, outros intermediária e outros, de ação longa - os receptores CysLT são receptores de leucotrienos (LTA4) - teofilina implica em arritmia cardíaca e com baixo índice terapêutico >> trata-se de uma alternativa, embora não seja a primeira linha de escolha >> na fase posterior, pode haver o mesmo emprego de drogas da fase inicial, visando coibir o broncoespasmo, no entanto, há maior emprego de glicocorticoides, que inibem os sintomas dessa fase >> os corticoides atuam sobre a porção inflamatória da asma e também possuem excelente ação broncodilatadora, visto que diminuem a liberação de histamina (por isso que os corticoides TXXIV Larissa Cardeal podem ser utilizados como antialérgicos, pois inibem a liberação de histamina, diminuindo a ação alérgica) > os corticoides aumentam a expressão de receptores beta-2 >> por isso a associação de corticoide + agonista beta-2 é bem vinda e eficaz > o fármaco forasec é a mistura de glicocorticoide a agonista beta-2, utilizada para enfisema e asma > os corticoides diminuem a expressão de receptores M3 (muscarínico) nos pulmões >> receptor M3 no pulmão realiza broncoespasmo quando ativado - indivíduo inalou pólen > esse pólen induziu o desenvolvimento da asma >> na primeira fase, ocorre diminuição da fração de ejeção, já na segunda fase, há uma diminuição ainda mais acentuada na fração de ejeção do paciente - há substâncias que podem causar irritação nas vias aéreas - o tratamento a longo prazo da asma pode necessitar de aumento da dose, pois com o passar do tempo, o controle da doença é dificultado . TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS TXXIV Larissa Cardeal - antagonistas muscarínicos atuam sobre receptores muscarínicos M3 presentes nos pulmões que, quando ativados, geram broncoespasmo >> quando antagonizados, inibem ou diminuem essa ação > ex: ipratróprio, tiotrópio - mecanismos de ação de agonistas beta-2, teofilina (que trata-se de uma metilxantina), antagonistas muscarínicos e adenosina (que não se trata de um fármaco utilizado para broncoconstrição, é utilizado em casos de emergências cardiovasculares) > AGONISTAS BETA-2: estimulam a adenilato ciclase a se converter em AMPc; o AMPc permite e estimula a broncodilatação || há agonistas beta-2 de ação curta, intermediária e longa >> muda o tempo de ação, mas o mecanismo de ação é o mesmo > ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS (especialmente antagonistas M3, muito presentes nos pulmões): esses antagonistas impedem a ação da acetilcolina >> a acetilcolina, ao se ligar aos receptores muscarínicos M3 geram broncoconstrição pulmonar >> sua antagonização impede a ocorrência da broncoconstrição > esses antagonistas muscarínicos atuam sobre todos os receptores muscarínicos >> o que já permite inferir a concomitância de efeitos adversos associados ao seu uso >> ex: xeroftalmia (paciente pode utilizar o medicamento e lavar a boca, em seguida); não causa muita alteração em sistema CV > são compostos à base de aminas quaternárias e, por isso, não entram no SNC > TEOFILINA: possui ação dupla de gerar broncodilatação e impedir a broncoconstrição > gera broncodilatação por inibição da fosfodiesterase (enzima) >> a fosfodiesterase converte o AMPc a AMP >> para que haja broncodilatação, é necessário a presença de AMPc (segundo mensageiro) >> ao se inibir a conversão do AMPc a AMP, fica mais AMPc livre, gerando, então, mais broncodilatação > impede a broncocontrição por inibição da adenosina >> a adenosina se liga aos seus receptorespróprios, A1 e A2 >> quando a adenosina se liga aos seus receptores, há geração de broncoconstrição >> a teofilina impede a ligação da adenosina, o que impede a geração da broncoconstrição >> problema da teofilina: baixo índice terapêutico e geração de arritmias cardíacas >> sobrecarga cardíaca - ipratróprio (atrovent) trata-se de um anticolinérgico (antagonista muscarínico) por via inalatória - no controle a longo prazo, o uso de corticoides deve ser iniciado com doses baixas >> geralmente, corticoides são utilizados em associação com fármacos beta-2 agonistas >> há medicamentos que já vêm com essa associação - metilxantinas > ex: teofilina TXXIV Larissa Cardeal - obs: os antagonistas de receptores muscarínicos (M3) são anti broncoconstritores, logo, broncodilatadores indiretos - ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS: o estímulo dos receptores muscarínicos gera um aumento de Ca intracelular, o que promove uma contração brônquica >> ao se realização a inibição do receptor muscarínico, não ocorre o aumento de Ca intracelular, logo, não ocorre a broncoconstrição >> não se aumenta a dilatação; na verdade, se diminui a broncoconstrição com o uso de antagonistas muscarínicos - XANTINAS: possuem mecanismo duplo – aumentam a quantidade de AMPc, por inibição da enzima fosfodieterase (que converte o AMPc a AMP) >> isso gera um aumento do relaxamento brônquico; outro mecanismo da xantina é a inibição dos receptores A1 e A2 da adenosina >> quando a adenosina se liga ao seu receptor, induz a broncoconstrição - a inervação pulmonar contempla receptores beta-2 adrenérgicos e receptores muscarínicos (colinérgicos) >> estímulo de beta-2 >> broncodilatação >> estímulo de M3 >> broncoconstrição > pensando na porção do SNA simpático, faz-se necessário o uso de medicamentos agonistas beta-2 adrenérgicos; ao se pensar em porção SNA parassimpático, faz-se necessário o uso de medicamentos antagonistas beta-2 adrenérgicos - agonistas beta-2 são medicamentos muito bons para retirar o paciente das crises >> porção aguda TXXIV Larissa Cardeal - obs: adrenalina pode empregada pelo estímulo a receptores beta-2 || noradrenalina não estimulam receptores beta-2, por isso, não podem ser utilizadas com o objetivo de broncodilatação - o salmeterol trata-se de uma substância muito lipossolúvel, por isso, de longa duração >> absorção rápida, mas liberação lenta - fenoterol (berotec) - isoproterenol só existe na forma injetável - terbutalina existe na forma de xarope (ex: glicanil) - substâncias lipossolúveis devem ser convertidas a formas hidrossolúveis para que sejam eliminadas; por isso, possuem ação prolongada, pois ficam mais tempo na circulação - a droga estimula o receptor beta-2 >> o receptor modula a Adenil ciclase (AC), aumentado a produção de AMPc > o AMPc ativa uma cascata que gera como resultado final o relaxamento do músculo liso >> consequentemente: broncodilatação - cursam com taquicardia como reação adversa >> não são agonistas beta-adrenérgicos seletivos >> estimulam receptores beta-2 adrenérgicos; mas estimulam também receptores beta-1 adrenérgicos, presentes no coração > obs: fenoterol/berotec pode gerar taquicardia em crianças >> cuidado com as doses - enzima mitocondrial neuronal > IMAO >> faz degradação de aminas > MAO A (degrada serotonina e noradrenalina) | MAO B (degrada dopamina) >> pacientes que utilizam inibidores da MAO, possuem aumento dessas substâncias no organismo, o que induz crises hipertensivas - obs: no pâncreas há receptores beta-2 que, quando estimulados, geram liberação de glucagon >> taxa glicêmica pode subir * digoxina trata-se de um glicosídeo >> diurese exacerbada implica em problemáticas cardíacas e liberação exacerbada de potássio TXXIV Larissa Cardeal - grande parte do fármaco se estaciona na boca e o paciente deglute >> pode gerar xeroftalmia >> indica-se que o paciente lave a boca após o uso - 1. Espaçador convencional - 2. Espaçador adaptado > as partículas maiores se estacionam no tubo e o indivíduo inala as menores partículas, que são as que realmente chegarão nos pulmões - aerolin - os espaçadores diminuem a quantidade de medicamento aerossol ingerido TXXIV Larissa Cardeal - têm mecanismo duplo > inibem a fosfodiesterase > essa inibição provoca um aumento do AMPc || inibem a ação da adenosina > subst. Broncoconstritora > resultado: aumento da broncodilatação e diminuição da broncoconstrição - as xantinas são a família da aminofilina, teofilina >> aplicação considerável para as doenças respiratórias - não são muito utilizadas, pois um de seus efeitos adversos é o aumento da FC > além disso, possui baixo índice terapêutico (pouco segura) > riscos de toxicologia - viável quanto ao mecanismo broncodilatador TXXIV Larissa Cardeal - são antagonistas muscarínicos - na porção respiratória, há os receptores muscarínicos M1 e M3 > ao serem estimulados pela Acetilcolina sofrem broncoconstrição - os 2 fármacos disponíveis como anticolinérgicos são o ipratróprio e o tiotrópio > ambos são compostos por amônio quarternário >> impedem que eles adentrem ao SNC > a diferença entre eles trata-se da afinidade pelos receptores - a seletividade do tiotóprio com relação a M3 é maior do que com relação à M1 - o M3 está majoritariamente em M. liso respiratório - o tiotrópio possui alta meia vida com relação ao M3 >> passa a agir mais sobre esse receptor || trata-se de uma droga de alto custo > atuam impedindo a broncoconstrição >> logo, ocorre broncodilatação > amplo e positivo emprego para DPOC e para enfisema pulmonar - podem ser utilizadas também para pacientes com asma - o mecanismo de atuação é o antagonismo muscarínico TXXIV Larissa Cardeal - ocorre uma modulação completa e, uma vez que o brônquio é antagonizado, ele não se contrai > mecanismo de impedimento da liberação do cálcio do RE >> o Ca é o responsável pela broncoconstrição > se ele é menos liberado, há menos broncoconstrição - broncodilatação menos intensa do que um agonista beta-2 (ex: berotec > atuação sobre adrenérgico) >> pode-se associar os 2 - afinidade do tiotrópio pelo M3 é muito mais alta que a do ipratróprio - tempo de efeito mais prolongado > pode ser que paciente utiliza apenas 1x/dia > a asma trata-se de um processo inflamatório, o qual deve ser tratado com corticoide > taquicardia >> há receptores Muscarínicos (M2) no coração > quando estimulado: bradicardia >> a antagonização dos receptores M gera inibição da bradicardia >>> geração de taquicardia > essa taquicardia só ocorre se o uso for por via parenteral, como aqui, se trata de um uso por via aerossol, não ocorre essa taquicardia - xerostomia ocorre mesmo em uso na forma de aerossol > antagonismo de receptor M1 nas glândulas salivares > orientar paciente a lavar a boca após a inalação > apenas a xerostomia ocorre em uso de aerossol, o resto, ocorre apenas em uso via parenteral - visão embaçada ocorre por ocorrência de midríase pupilar, realizada pelo antagonismo muscarínico nos TXXIV Larissa Cardeal olhos >> mesmo mecanismo de aumento da pressão intraocular - corticoides possuem alta efetividade para casos de asma - corticosteroides (glicocorticoides) podem ser utilizados de forma tópica (pomadas para pele ou aerossol/bomba para via respiratória) ou sistêmica - corticoides associados a beta-2 funcionam ainda de forma mais eficaz - beclometesona, budenisona, flucasona >> uso para sistema respiratório - obs: embora seja incomum, é possível que um paciente com asma possa precisar de tratamento sistêmico com corticoide> obs: mais utilizados na forma de asma crônica e de alta gravidade (beta e dexametasona) – o corticoide atua no núcleo da célula e não em receptor de membrana >> o efeito demora mais pra ser detectado - o efeito demora mais pra começar ocorrer - pra que ocorra o efeito do corticoide, é necessário que o esteroide (s) atravesse a membrana, se ligue e um receptor citoplasmático, com o qual ele forma um complexo > mediado pela ligação com esse receptor ele é capaz de adentrar o núcleo e, somente depois que ele alcança o núcleo é que ele altera e realiza suas funções >> realiza a transcrição de RNAm de alto peso molecular em RNA maduro que produz uma proteína que gerará uma resposta > corticoides atuam por meio da alteração de síntese proteica >> podem aumentar ou diminuir essa síntese proteica – modulam a síntese TXXIV Larissa Cardeal - os corticoides podem ser utilizados para a asma quando possui mecanismos que inibem a broncoconstrição - os corticoides atuam, ainda, na broncodilatação dos brônquios - redução do Ca diminuir broncoconstrição
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