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UC - VI - SP4 - Liga de Clínica Médica

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1 - Definir Erro médico e erro de assistência em Saúde SP4 - Liga de Clínica Médica
1. Definir Erro médico e erro de assistência em Saúde 
2. Apresentar os indicadores de qualidade e segurança hospitalar
3. Definir Imperícia, Negligência e Imprudência
4. Definir os Níveis de Acreditação (ONA - Organização Nacional de Acreditação)
5. +Responsabilidade e os Elementos Essenciais para o Preenchimento da Declaração de Óbito
Erro Médico “A falha do médico no exercício da profissão. É o mau resultado ou resultado adverso decorrente da ação ou da omissão do médico, por inobservância de conduta técnica, estando o profissional no pleno exercício de suas faculdades mentais. Excluem-se as limitações impostas pela própria natureza da doença, bem como as lesões produzidas deliberadamente pelo médico para tratar um mal maior. Observa-se que todos os casos de erro médico julgados nos Conselhos de Medicina ou na Justiça, em que o médico foi condenado, o foi por erro culposo”.
Erro de Assistência em Saúde 
Processos nos quais a ocorrência de erros e eventos adversos é mais comum:
• Identificação: ausência de uma simples pulseira ou de um registro no leito de internação, com nome e dados pessoais.
• Medicações: ausência de registros e controles adequados, ou prescrição ilegível ou incompleta de prontuário.
• Procedimentos: cirurgias mal feitas ou feitas em órgãos ou membros saudáveis, equipamentos esquecidos dentro de pacientes, exames realizados sem indicação ou na parte errada do corpo.
• Acidentes: traumas por quedas de pacientes são muito comuns.
• Lesões de pressão: também chamadas de úlceras de pressão ou escaras, ocorrem em pacientes acamados durante muito tempo na mesma posição ou em leito inadequado. 
• Infecções: Podem ocorrer por erros simples, como a deixar de lavar as mãos e fazer corretamente a assepsia antes do atendimento.
• Dispositivos de saúde: bombas de infusão, monitores, equipamentos e dispositivos médicos implantáveis aumentam risco de infecções e rejeição
• Comunicação no ambiente hospitalar: em um serviço de emergência ou centro cirúrgico, a comunicação não efetiva entre os profissionais envolvidos na assistência desencadeia inúmeros eventos adversos danosos, como, por exemplo, falhas de medicação, cirurgias, de exames, entre outras.
2 - Apresentar os Indicadores de Qualidade e Segurança Hospitalar
• Taxa de ocupação
Este, talvez, seja o mais importante dos indicadores de desempenho hospitalar. Ele demonstra se um hospital está atuando muito abaixo ou acima de sua capacidade. Ou seja, se possui leitos rotineiramente vazios ou em falta. Trata-se da relação percentual entre o número total de pacientes atendidos por dia e o número de leitos disponíveis no hospital.
• A fórmula da taxa de ocupação é: (número de pacientes por dia / número de leitos por dia) x 100
• Intervalo de Substituição
Corresponde ao tempo médio que o centro cirúrgico fica desocupado. 
• Taxas de Infecção
Também conhecido como infecção associada a cuidados de saúde, este KPI mostra quantas vezes os pacientes recebem certas infecções durante o tratamento médico. Um número menor demonstra o compromisso de um hospital em seguir as diretrizes de segurança e saneamento. É medido pelo número de pacientes infectados dividido pelo total de pacientes atendidos durante um certo período.
• Satisfação do Paciente 
Esse índice revela a qualidade da assistência e influencia diretamente na gestão de pacientes. 
• Segurança do Paciente
De acordo com o Artigo 6º da RDC nº 36/2013, esse indicador exige que os hospitais, por meio do Núcleo de Segurança do Paciente adotem os seguintes princípios e diretrizes:
I - A melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de tecnologias da saúde;
II - A disseminação sistemática da cultura de segurança;
III - A articulação e a integração dos processos de gestão de risco;
IV - A garantia das boas práticas de funcionamento do serviço de saúde
3 - Definir Imperícia, Negligência e Imprudência
Imperícia
• O médico imperito é aquele profissional que não possui conhecimento técnico, teórico e prático para exercer determinada atividade médica e mesmo assim, ele a pratica
• Um profissional que executa um procedimento, mesmo dentro de sua área de atuação, mas que não possui a capacitação suficiente, também comete imperícia
• Exemplo: Dermatologista que faz uma cirurgia cardíaca
Imprudência
• É aquele que age sem cautela, sem se preocupar com as consequências de seu ato. Nesse caso, ele tem total conhecimento sobre o risco de alguma atitude tomada, mas ignora a ciência médica e toma a decisão de agir mesmo assim.
• Quando um paciente recebe alta prematura do hospital, também é caracterizado como imprudência, pois, nesse caso, o médico sabe que o paciente não está em boas condições, mas o libera mesmo assim
Negligência
• Negligência é o ato de agir sem tomar as devidas precauções, com descuido, sem atenção.
• Um exemplo de negligência muito comum é quando um médico esquece material cirúrgico dentro do corpo do paciente. 
Resumo:
Negligência consiste em não fazer o que deveria ser feito;
Imprudência consiste em fazer o que não deveria ser feito;
Imperícia em fazer mal o que deveria ser bem feito. 
Mas, as consequências para os profissionais que cometem essas falhas são graves, pois precisarão responder judicialmente pelos seus atos.
4 - Definir os Níveis de Acreditação (ONA - Organização Nacional de Acreditação)
É uma metodologia de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde. Esses serviços podem ser: hospitais, clínicas, ambulatórios, consultórios odontológicos ou mesmo laboratórios de exames.
O processo de acreditação é baseado em três princípios fundamentais:
• É voluntário, solicitado pela própria organização de saúde;
• É periódico, com prazo de validade do certificado, necessitando nova avaliação após o vencimento;
• É sigiloso, ou seja, as informações obtidas em cada organização de saúde durante a avaliação não são divulgadas.
Dentre as principais vantagens da certificação hospitalar pela ONA, podemos citar:
• Segurança para os pacientes e profissionais;
• Busca voluntária da qualidade;
• Educação dos profissionais;
• Maior qualidade da assistência;
• Processo de construção de equipe e melhoria contínua;
• Melhoria do gerenciamento da unidade
Nível 1 – Acreditado
A organização de saúde cumpre ou supera, em 70% ou mais, os padrões de qualidade e segurança definidos pela ONA. São avaliadas todas as áreas de atividades da instituição, incluindo aspectos estruturais e assistenciais.Nível 2 - Acreditado Pleno
A organização precisa atender a dois critérios:
1) cumprir ou superar, em 80% ou mais, os padrões de qualidade e segurança;
2) cumprir ou superar, em 70% ou mais, os padrões ONA de gestão integrada, com processos ocorrendo de maneira fluida e plena comunicação entre as atividades.
Certificado válido por dois anos.
Nível 3 - Acreditado com Excelência
A organização precisa atender a três critérios:
1) cumprir ou superar, em 90% ou mais, os padrões de qualidade e segurança;
2) cumprir ou superar, em 80% ou mais, os padrões de gestão integrada;
3) cumprir ou superar, em 70% ou mais, os padrões ONA de Excelência em Gestão, demonstrando uma cultura organizacional de melhoria contínua com maturidade institucional.
Os padrões ONA podem ser adotados e avaliados nos seguintes tipos de prestadoras de serviços de saúde:
· Hospitais
· Ambulatórios
· Laboratórios
· Serviços de Pronto Atendimento
· Home Care
· Serviços Oncológicos
· Serviços de Medicina Hiperbárica
· Serviços de Hemoterapia
· Serviços de Nefrologia e Terapia Renal Substitutiva
· Serviços de Diagnóstico por Imagem, Radioterapia e Medicina Nuclear
· Serviços Odontológicos
· Serviços de Processamento de Roupas para a Saúde
· Serviços de Dietoterapia
· Serviços de Manipulação 
· Serviços de Esterilização e Reprocessamento de Materiais
6- Responsabilidade e os Elementos Essenciais para o Preenchimento da Declaração de Óbito
O que é a Declaração de Óbito (DO): A Declaração de Óbito é o documento-base do Sistema de Informações sobreMortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS). É composta de três vias autocopiativas, prenumeradas sequencialmente, fornecida pelo Ministério da Saúde e distribuída pelas Secretarias Estaduais e Municipais de saúde conforme fluxo padronizado para todo o país.
Para que servem os dados de óbitos: Além da sua função legal, os dados de óbitos são utilizados para conhecer a situação de saúde da população e gerar ações visando a sua melhoria. Para tanto, devem ser fidedignos e refletir a realidade. As estatísticas de mortalidade são produzidas com base na DO emitida pelo médico.
O papel do médico: A emissão da DO é ato médico, segundo a legislação do país. Portanto, ocorrida uma morte, o médico tem obrigação legal de constatar e atestar o óbito, usando para isso o formulário oficial “Declaração de Óbito”. O médico tem responsabilidade ética e jurídica pelo preenchimento e pela assinatura da DO, assim como pelas informações registradas em todos os campos deste documento. Deve, portanto, revisar o documento antes de assiná-lo.
O que o médico deve fazer: 
1. Preencher os dados de identificação com base em um documento da pessoa falecida. Na ausência de documento, caberá, à autoridade policial, proceder o reconhecimento do cadáver. 
2. Registrar os dados na DO, sempre, com letra legível e sem abreviações ou rasuras. 
3. Registrar as causas da morte, obedecendo ao disposto nas regras internacionais, anotando, preferencialmente, apenas um diagnóstico por linha e o tempo aproximado entre o início da doença e a morte. 
4. Revisar se todos os campos estão preenchidos corretamente, antes de assinar.
O que o médico não deve fazer 
1. Assinar DO em branco. 
2. Preencher a DO sem, pessoalmente, examinar o corpo e constatar a morte. 
3. Utilizar termos vagos para o registro das causas de morte como parada cardíaca, parada cardio-respiratória ou falência de múltiplos órgãos. 
4. Cobrar pela emissão da DO.
Em que situações emitir a DO 
1. Em todos os óbitos (natural ou violento). 
2. Quando a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento, independentemente da duração da gestação, do peso do recém-nascido e do tempo que tenha permanecido vivo. 
3. No óbito fetal, se a gestação teve duração igual ou superior a 20 semanas, ou o feto com peso igual ou superior a 500 gramas, ou estatura igual ou superior a 25 centímetros.
Em que situações não emitir a DO 
1. No óbito fetal, com gestação de menos de 20 semanas, ou peso menor que 500 gramas, ou estatura menor que 25 centímetros. 
Nota: A legislação atualmente existente permite que, na prática, a emissão da DO seja facultativa para os casos em que a família queira realizar o sepultamento do produto de concepção. 
2. Peças anatômicas amputadas. 
Itens que Compõem a DO 
A DO é composta por nove blocos de informações de preenchimento obrigatório, a saber: 
I. É a parte da DO preenchida exclusivamente pelo Cartório do Registro Civil. 
II. Identificação do falecido: o médico deve dar especial atenção a este bloco, dada a importância jurídica do documento. 
III. Residência: endereço habitual. 
IV. Local de ocorrência do óbito. 
V. Específico para óbitos fetais e de menores de um ano: são dados extremamente importantes para estudos da saúde materno-infantil.
VI. Condições e causas do óbito: destacam-se os diagnósticos que levaram à morte, ou contribuíram para mesma, ou estiveram presentes no momento do óbito. Dar especial atenção a óbitos de mulheres em idade fértil ao preencher os campos respectivos (43 e 44 do modelo vigente), visando estudos sobre mortalidade materna. 
VII. Os dados do médico que assinou a DO são importantes e devem ser preenchidos de maneira legível, pois trata-se de documento oficial, cujo responsável é o médico. Para elucidação de dúvidas sobre informações prestadas, o médico poderá ser contatado pelos órgãos competentes. 
VIII. Causas externas: os campos deverão ser preenchidos sempre que se tratar de morte decorrente de lesões causadas por homicídios, suicídios, acidentes ou mortes suspeitas. 
IX. A ser utilizado em localidade onde não exista médico, quando, então, o registro oficial do óbito será feito por duas testemunhas.

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