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Audiencia trabalhista 09 12 17

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LEGALE – MBA DIREITO DO TRABALHO 
E PREVIDENCIÁRIO
Audiência / Técnicas de Atuação - I
Professor: Rogério Martir
Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado 
militante e especializado em Direito Empresarial e Direito 
do Trabalho, Professor Universitário, Pós Graduação e de 
Cursos Preparatórios Para Carreiras Jurídicas, Sócio da 
Martir Advogados Associados - Consultoria Jurídica 
Empresarial e para o Terceiro Setor, Consultor da Revista 
Filantropia e Autor de Diversas Obras Jurídicas pela 
Editora Saraiva. 1
BLOCO I
BLOCO I
Reflexão 
Formato da Audiência
 Desenvolvimento da Audiência
Postura do Advogado
REFLEXÃO SOBRE A AUDIÊNCIA TRABALHISTA
REFLEXÃO SOBRE A AUDIÊNCIA 
TRABALHISTA
REFLEXÃO SOBRE A AUDIÊNCIA TRABALHISTA
• PRINCÍPIOS
• Princípio da Primazia da Verdade;
• Princípio da Concentração dos Atos;
• Princípio da Oralidade;
• Princípio da Irrecorribilidade.
REFLEXÃO SOBRE A AUDIÊNCIA TRABALHISTA
• A audiência trabalhista é um grande jogo onde os 
adversários são a parte contrária é o JUIZ.
• A parte contrária busca realizar a prova e 
neutralizar a sua prova (enfraquecer, tirar a 
credibilidade).
• O Juiz visa na instrução simplificar os atos para 
facilitar o julgamento posterior (não é uma 
regra).
REFLEXÃO SOBRE A AUDIÊNCIA TRABALHISTA
• O advogado precisa sempre estar preparado para 
a audiência, conhecendo o processo e levando 
consigo uma estratégia de atuação.
• Conhecer muito bem o ônus probatório e sua 
aplicação no caso concreto.
REFLEXÃO SOBRE A AUDIÊNCIA TRABALHISTA
• O advogado precisa ser frio e calculista, e não 
deixar que a emoção domine o seu raciocínio e 
atuação na audiência.
• Respeitar sempre o JUIZ, mas impor sua vontade 
na produção da prova.
FORMATO DA AUDIÊNCIA
FORMATO DA AUDIÊNCIA
FORMATO DA AUDIÊNCIA
• UNA – Conciliação, Instrução e Julgamento
• INICIAL – Conciliação e Recebimento da Defesa
• INSTRUÇÃO – Oitiva das Partes e Testemunhas
• JULGAMENTO - Sentença
FORMATO DA AUDIÊNCIA
• CLT
• Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão 
ampla liberdade na direção do processo e velarão 
pelo andamento rápido das causas, podendo 
determinar qualquer diligência necessária ao 
esclarecimento delas.
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA 
E POSTURA DO ADVOGADO
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• EM QUE LUGAR DEVO SENTAR NA MESA DE 
AUDIÊNCIA? 
• PORQUE??
• Diante do histórico dos Juízes Classistas na Justiça 
do Trabalho os advogados, em face da parte que 
estão representando, possuem lugar certo na 
mesa de audiência.
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• O advogado do Reclamante ira sentar-se sempre 
do lado esquerdo do Juiz (lado do coração) e a 
Reclamada do lado direito.
• Invertendo a visão, ao adentrar a sala de audiência 
a esquerda da mesa estará o advogado da 
Reclamada e a direita de quem olha para a mesa o 
advogado do Reclamante.
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
Rascunho:
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• O PRIMEIRO MOMENTO
• O primeiro momento da audiência é a fase 
conciliatória que estaremos estudando com maior 
profundidade nos próximos apontamentos, onde o 
advogado deverá usar todas as suas armas caso o 
objetivo seja um acordo (técnica).
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• O SEGUNDO MOMENTO É O INTERROGATÓRIO
• Vencida a fase conciliatória é o momento do 
interrogatório das partes, onde o Juiz de ofício 
poderá dar início, ou ainda consultar as partes.
• Neste momento o Juiz poderá interrogar a parte 
diretamente e posteriormente ofertar a palavra ao 
advogado contrário, ou ainda já inicialmente 
adotar esta postura, deixando o advogado realizar 
o interrogatório (importante estar preparado).
• O advogado do interrogado não pode perguntar. 
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• OITIVA DAS TESTEMUNHAS
• Posteriormente inicia-se a oitiva das testemunhas, 
primeiramente as do Reclamante e 
posteriormente as da Reclamada, isso se o Juiz 
diante do ônus probatório não inverter a ordem.
• O Advogado jamais poderá perguntar diretamente 
a parte ou testemunha, todos os questionamentos 
deverão ser realizados ao Juiz que decidirá por 
formular ou não os mesmos.
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• PALAVRA “PELA ORDEM”
• Os advogados poderão sempre que necessário 
fazer uso da expressão “pela ordem” caso a 
condução do interrogatório ou mesmo oitiva da 
testemunha fugir ao contexto fático e legal.
• De forma similar “data venia” que significa 
permissão para falar ou com licença para falar.
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• O QUE NÃO EXISTE NOS AUTOS NÃO EXISTE NO 
MUNDO
• Importante observar ainda a correta transcrição de 
tudo que foi verbalizado pelas partes e 
testemunhas na ata de audiência, solicitando as 
inclusões quando necessário.
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• PROTESTOS
• Toda vez que for indeferida uma pergunta ou 
praticado qualquer ato contrário a ordem 
processual e ofensivo a princípios e direitos 
importante fazer consignar os “protestos”
• Condição para que se possa recorrer do ato em 
momento oportuno (irrecorribilidade das decisões 
interlocutórias).
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• REQUERIMENTOS FINAIS / RAZÕES FINAIS
• Antes de encerrar a instrução processual ainda é 
possível formular requerimentos e após encerrada 
a mesma as partes poderão fazer uso do prazo 
para alegações finais, o que estaremos abordando 
nos tópicos que seguem.
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• CONHECIMENTO E AUTO CONTROLE
• De máxima importância conhecer o processo a 
legislação que envolve o caso e a audiência, 
sempre transparecendo segurança e calma, 
lembrando sempre que até o último minuto é 
possível reverter a situação em uma audiência e, 
estando tranquilo, tudo fluirá melhor. 
BLOCO II
BLOCO II
 Técnicas de Negociação na Fase 
Conciliatória
 Aditamento a Inicial ou 
Contestação
Adiamento da Audiência
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE 
CONCILIATÓRIA
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• IMPORTANTE TER UMA BOA TESE
• A estratégia para um bom acordo nasce no 
momento que se tem uma boa tese a ser 
sustentada, e um bom argumento em face da 
parte contrária, porém, ainda existem riscos na 
instrução processual.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• O PRIMEIRO ADVERSÁRIO NA NEGOCIAÇÃO
• O primeiro adversário na negociação é o próprio 
cliente, para o mesmo o acordo tem que ser um 
bom negócio, ou seja perderia mais com uma 
sentença desfavorável do que com os valores que 
estão sendo objeto do acordo.
• Nenhum cliente gosta de falar de acordo antes de 
entender os riscos do caso e se convencer das 
reais chances.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• ESTRATÉGIA PARA COM O CLIENTE
• O acordo sugerido pelo advogado ao cliente deve 
ser sempre com uma razoável margem para maior 
ou menor dependendo do lado em que se 
encontra (estratégia), assim, consolidado o mesmo 
sempre dará um ar de vitória a conciliação.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
Rascunho:
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• ESTRATÉGIA E NÃO PREJUÍZO
• Conforme relatado anteriormente o advogado 
deve apresentar ao cliente um verdadeiro “RAIO 
X” do caso, expondo os riscos em face de cada tese 
sustentada, assim o acordo passa a ser estratégia 
no processo e não prejuízo.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• NEGOCIANDO COM A PARTE CONTRÁRIA
• No tocante a parte contrária o acordo deve ser 
oferecido em um valor inicial, aguardando, 
sempre, uma contraproposta ou ainda sugestão do 
Juiz. O Reclamante deve estar preparado para 
descer e a Reclamada para subir os valores ali 
negociados.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• Jamais ofereça em juízo o seu teto ou piso para 
acordo,sempre deixe uma margem para aumenta 
ou descer a proposta se necessário, isso tem uma 
ação psicológica sobre o Magistrado e parte 
contrária que se sentiram donos da situação.
• Para fins de acordo importante conquistar o Juiz 
nos primeiros momentos da audiência 
demonstrando as falhas da parte contrária no 
processo e demonstrando o interesse no acordo.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• AS VEZES O JUIZ E ATÉ A PARTE CONTRÁRIA NÃO 
CONHECEM O PROCESSO.
• Na maioria das vezes, conforme estudado 
inicialmente os Juízes pré-julgam o caso e adoram 
um acordo, mesmo sem ter acesso aos detalhes do 
processo, assim como, o advogado da parte 
contrária pode estar em audiência sem conhecer 
profundamente o caso, apenas para realizar a 
audiência, importante explorar esta situação!! 
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• UM JOGO DE PRESSÃO E PERSUASÃO
• O acordo é um verdadeiro jogo de pressão e 
persuasão, onde aqueles que dominam o contexto 
do caso conseguem bons resultados, por isso, 
imprescindível se preparar muito bem para esta 
fase da audiência. 
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• ATA DE AUDIÊNCIA E INFORMAÇÕES 
COMPLEMENTARES
• Leia sempre a ata de audiência antes de assinar a 
homologação do acordo, muitas vezes o Juiz inclui 
situações que podem não ser favoráveis ao 
contexto do acordo e que não foram combinadas 
entre as partes.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• Importante constar a quitação total do contrato de 
trabalho e relação jurídica.
• Atenção a incidência do INSS sobre as verbas 
salariais e inclusive sobre o acordo (20%)
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
ADITAMENTO A INICIAL OU A 
CONTESTAÇÃO
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• MOMENTO PARA APRESENTAÇÃO DA DEFESA
• Na nova regra processual trazida pela reforma 
trabalhista a contestação pode ser apresentada 
por escrito no sistema PJE até a audiência 
inaugural.
• Nestes moldes, a petição inicial poderá ser aditada 
até a defesa ser apresentada. 
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• DEFESA ORAL
• Se a opção da Reclamada for pela defesa oral nos 
termos do art. 847 da CLT o aditamento será 
possível até antes de ser finalizada a fase de 
conciliação.
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• POSSÍBILIDADE DE ADITAMENTO DA INICIAL
• Se possível o aditamento da inicial, de tal fato será 
dado ciência a Reclamada que terá prazo para 
complementar sua tese de defesa e, ocorrendo o 
aditamento em audiência, a manifestação poderá 
ser realizada na própria audiência ou ainda 
mediante nova designação. 
• Com a nova regra processual (reforma) o 
aditamento da contestação deve ser analisado por 
alguns ângulos, observe os dispositivos legais:
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• “Art. 841. ...
• 3o Oferecida a contestação, ainda que 
eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o 
consentimento do reclamado, desistir da ação.”
• Dá a entender que os polos processuais estão 
fechados e todos os demais atos dependem de 
anuência das partes.
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• “Art. 847. ...
• Parágrafo único. A parte poderá apresentar 
defesa escrita pelo sistema de processo judicial 
eletrônico até a audiência.” 
• Faculdade para apresentação na modalidade oral 
em audiência ou escrita até a audiência. Exercida a 
faculdade o polo processual está fechado, 
nascendo a preclusão. 
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• MATERIALIZAÇÃO DO ADITAMENTO
• Como a contestação no ordenamento processual 
trabalhista pode ser verbal (20 minutos) ou escrita, 
nesta última hipótese o aditamento poderá ser 
consignado em ata, uma espécie de 
complementação à defesa escrita de forma verbal.
• Com o PJE o juízes poderá solicitam que a parte 
adite a contestação digitando diretamente no 
corpo da ata, liberando o teclado na tela de 
acompanhamento.
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• ADITAMENTO DA CONTESTAÇÃO
• Como o texto legal fala até a audiência, 
poderíamos interpretar que até este momento a 
defesa poderia ser aditada.
• Mas é uma interpretação extensiva que parece 
muito injusta com o Reclamante, que poderá ser 
surpreendido dentro do processo. 
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• ADITAMENTO E OU EMENDA POR 
DETERMINAÇÃO DO JUIZ (NCPC)
• Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial 
não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou 
que apresenta defeitos e irregularidades capazes 
de dificultar o julgamento de mérito, determinará 
que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a 
emende ou a complete, indicando com precisão o 
que deve ser corrigido ou completado.
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
• Art. 321 ...
• Parágrafo único. Se o autor não cumprir a 
diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• ADITAMENTO E OU EMENDA EXPONTANEA PELA 
PARTE (NCPC)
• Art. 329. O autor poderá:
• I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a 
causa de pedir, independentemente de 
consentimento do réu;
ADIAMENTO DE AUDIÊNCIA
ADIAMENTO DE AUDIÊNCIA
ADIAMENTO DE AUDIÊNCIA
• POSSIBILIDADES
• A audiência poderá ser adiada por decisão do Juiz, 
com ou sem requerimento (art. 765 CLT)
• A audiência deverá ser adiada ainda quando uma 
testemunha convidada não comparecer isso diante 
da necessária continuidade da instrução 
processual, nos termos do Art. 825 da CLT em seu 
parágrafo único que relata que: 
ADIAMENTO DE AUDIÊNCIA
“Art. 825 - As testemunhas comparecerão à 
audiência independentemente de notificação ou 
intimação. 
Parágrafo único - As que não comparecerem 
serão intimadas, ex officio ou a requerimento da 
parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, 
além das penalidades do art. 730, caso, sem 
motivo justificado, não atendam à intimação.”
ADIAMENTO DE AUDIÊNCIA
• No rito sumaríssimo é necessário o convite escrito 
em face da testemunha
Art. 852 – G, 
§ 3º - Só será deferida intimação de testemunha 
que, comprovadamente convidada, deixar de 
comparecer. Não comparecendo a testemunha 
intimada, o juiz poderá determinar sua imediata 
condução coercitiva. 
ADIAMENTO DE AUDIÊNCIA
• CASO FORTUITO / FORÇA MAIOR
• Ainda poderá ser sustentado o “caso fortuito” e a 
“força maior”, tudo devidamente comprovado.
• Caso fortuito. É o evento proveniente de ato 
humano, imprevisível e inevitável, que impede o 
cumprimento de uma obrigação, tais como: a 
greve, a guerra etc. 
• Força maior, que é um evento previsível ou 
imprevisível, porém inevitável, decorrente das 
forças da natureza, como o raio, a tempestade etc.
BLOCO III
BLOCO III
 Réplica
 Representação das Partes em 
Audiência
 Arquivamento
 Revelia
RÉPLICA
RÉPLICA
RÉPLICA
• A Réplica também é aplicada por analogia ao NCPC 
em seus artigos 350 e 351, onde o Juiz concede à 
parte contrária a oportunidade de falar 
(manifestação) sobre a contestação e documentos 
juntados nos autos com a mesma (Contraditório).
• NCPC
• Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo, 
modificativo ou extintivo do direito do autor, 
este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, 
permitindo-lhe o juiz a produção de prova.
RÉPLICA
• NCPC
• Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias 
enumeradas no art. 337, o juiz determinará a 
oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, 
permitindo-lhe a produção de prova.
RÉPLICA
• No Rito Ordinário o Juiz poderá tanto ofertar prazo 
para tal manifestação, ou ainda, conceder tal 
oportunidade em audiência por 10 minutos 
(analogia as alegações finais), tendo em vista a 
audiência ser para instrução e julgamento.
• No Rito Sumario as alegações serão sempre em 
audiência salvo real impossibilidade conforme 
estudado anteriormente.
• No entanto com a reforma trabalhista e alteração 
da CLT, “em tese” nasce um novo momento. Logo 
após a apresentação da Contestação no PJE:
RÉPLICA
• “Art. 841. ...
• 3o Oferecida a contestação, ainda que 
eletronicamente, o reclamante não poderá, semo 
consentimento do reclamado, desistir da ação.”
RÉPLICA
• “Art. 847. ...
• Parágrafo único. A parte poderá apresentar 
defesa escrita pelo sistema de processo judicial 
eletrônico até a audiência.” 
RÉPLICA
• A RÉPLICA NA AUDIÊNCIA
• Trata-se de um momento único e que pode 
conotar “confissão” pela falta de manifestação.
• Sendo em audiência a manifestação em réplica, o 
advogado deverá com muita atenção fixar os 
pontos sustentados na defesa anotando os tópicos 
e realizar uma breve leitura sobre os mesmos.
RÉPLICA
• Em ato contínuo comparar os documentos 
juntados com os tópicos observando sua 
autenticidade e veracidade, anotando todas as 
constatações e impugnar.
• Em último caso, não chegando a uma real 
conclusão realizar manifestação genérica porém 
por tópicos usando frase de efeito para evitar 
“confissão” quanto as alegações e documentos.
RÉPLICA
• Exemplos:
• O documento de fls. é unilateral não possuindo 
real credibilidade em face da prova almejada;
• Os documentos de fls não se coadunam com o 
sustentado da Inicial e devem ser 
desconsiderados;
• Não recai qualquer credibilidade em face dos 
documentos juntados as fls ..., devendo estes 
serem desconsiderados por este douto Juízo;
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM 
AUDIÊNCIA
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• Este momento processual em audiência sofreu 
consideráveis modificações, inclusive alterando 
entendimento pacificado no TST em sede de 
Orientação Jurisprudencial (OJ) e Súmula. 
• Assim sendo, a melhor forma de estudar a 
representação das partes em audiência e seus 
efeito é através do texto legal, que segue com o 
que não foi alterado e as alterações e inclusões em 
negrito:
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão 
estar presentes o reclamante e o reclamado, 
independentemente do comparecimento de seus 
representantes salvo, nos casos de Reclamatórias 
Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os 
empregados poderão fazer-se representar pelo 
Sindicato de sua categoria.
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• § 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir 
pelo gerente, ou qualquer outro preposto que 
tenha conhecimento do fato, e cujas declarações 
obrigarão o proponente.
• § 2º Se por doença ou qualquer outro motivo 
poderoso, devidamente comprovado, não for 
possível ao empregado comparecer pessoalmente, 
poderá fazer-se representar por outro empregado 
que pertença à mesma profissão, ou pelo seu 
sindicato.
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• § 3o O preposto a que se refere o § 1o deste 
artigo não precisa ser empregado da parte 
reclamada.” (NR)
• REFLEXÃO (Preposto Profissional)
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• PROCURADOR (REPRESENTAÇÃO POR 
PROCURAÇÃO)
• Ainda existe a possibilidade da representação por 
procuração:
• Sócio Pessoa Física = Constitui Procurador
• Pessoa Jurídica (Reclamada) = Constitui Procurador
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• Não há previsão legal na CLT, mas trata-se de ato 
civil válido.
• A procuração deve ser por instrumento público.
• Como não é uma condição de representação 
unanime a mesma deve ser evitada, mesmo por que 
acabou sendo superada pela nova regra do 
Preposto.
ARQUIVAMENTO
ARQUIVAMENTO
ARQUIVAMENTO
• TEXTO DE LEI ORIGINAL
• O Art. 844 da CLT não foi alterado, no entanto 
pode gerar dúvidas quanto a sua interpretação 
diante do teor de outros artigos:
• Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à 
audiência importa o arquivamento da reclamação, 
e o não-comparecimento do reclamado importa 
revelia, além de confissão quanto à matéria de 
fato.
RÉPLICA
• “Art. 841. ... 3o Oferecida a contestação, ainda 
que eletronicamente, o reclamante não poderá, 
sem o consentimento do reclamado, desistir da 
ação.”
• “Art. 847. ... Parágrafo único. A parte poderá 
apresentar defesa escrita pelo sistema de 
processo judicial eletrônico até a audiência.” 
ARQUIVAMENTO
• FACULDADE DO JUIZ
• Art. 844
• § 1o Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz 
suspender o julgamento, designando nova 
audiência.
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• PUNIÇÃO AO RECLAMANTE
• § 2o Na hipótese de ausência do reclamante, este 
será condenado ao pagamento das custas 
calculadas na forma do art. 789 desta 
Consolidação, ainda que beneficiário da justiça 
gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze 
dias, que a ausência ocorreu por motivo 
legalmente justificável.
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• CONDIÇÃO PARA A PROPOSITURA DE NOVA 
AÇÃO
• § 3o O pagamento das custas a que se refere o §
2o é condição para a propositura de nova 
demanda.
REVELIA
REVELIA
REVELIA
• EFEITOS DA REVELIA (Confissão ficta da matéria 
de fato)
• Art. 844. ...
• § 4o A revelia não produz o efeito mencionado 
no caput deste artigo se:
• I - havendo pluralidade de reclamados, algum 
deles contestar a ação;
REVELIA
• II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
• III - a petição inicial não estiver acompanhada de 
instrumento que a lei considere indispensável à 
prova do ato;
• IV - as alegações de fato formuladas pelo 
reclamante forem inverossímeis ou estiverem em 
contradição com prova constante dos autos.
REVELIA
• PRESENÇA DO ADVOGADO EM AUDIÊNCIA
• Art. 844. ...
• § 5o Ainda que ausente o reclamado, presente o 
advogado na audiência, serão aceitos a 
contestação e os documentos eventualmente 
apresentados.
EXERCÍCIO DE POSTURA EM AUDIÊNCIA
EXERCÍCIO DE POSTURA EM 
AUDIÊNCIA
EXERCÍCIO DE POSTURA EM AUDIÊNCIA
• MÁXIMA
• Todo esforço para alcançarmos algo deve ser como 
tomar banho. Todos os dias! Lembrando que se em 
algum momento ficarmos sem tomar banho 
iremos cheirar mal, mesmo tomando banho 
constantemente por muitos anos.
EXERCÍCIO DE POSTURA EM AUDIÊNCIA
• Realizar bem uma audiência depende de muita 
prática e auto controle emocional.
• Domínio do processo e da legislação processual.
• O Juiz precisa ser encarado de igual para igual, 
com muita naturalidade.

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