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1 1 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período Medula espinhal e Nervos espinhais 1- Revise os tipos de terminações somáticas com sua respectiva função e fibra nervosa descritos na tabela e na figura a seguir. Fibra A: mielínica; Fibra B: SNA; Fibra C: amielínica A alfa calibre grosso (impulso rápido), informação motora A beta calibre médio sensibilidade, tato A delta calibre fino ex. agulhada, dor em pontada C amielínica (cócegas, estímulos sexuais, dor, queimação, calor, frio). 2- Quais os componentes dos nervos espinhais e quais os tecidos conjuntivos que envolvem os fascículos e as fibras nervosas observados na figura a seguir? O N. espinhal é composto por duas raízes nervosas: uma aferente (sensitiva, posterior) e outra eferente (motor, anterior). O corpo celular do neurônio da raiz motora fica dentro da medula (no corno anterior), já o corpo celular do neurônio da raiz sensitiva fica dentro do gânglio sensitivo. Após sua formação, o N. espinhal é dividido em dois ramos: dorsal (não forma plexo) e ventral (pode ou não formar plexos). A= Epineuro B= Perineuro C= Endoneuro Da porção lateral da medula saem neurônios motores viscerais (apenas no seguimento de T1 a L2 e na região sacral). Os neurônios motores somáticos (para MEE) saem da porção anterior da medula. 2 2 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 3- Qual o nome das regiões da substância cinzenta e branca da medula espinhal? Qual o nome das raízes nervosas que chegam e que saem da medula espinhal observado nas figuras a seguir? E quais os tipos de neurônios que compõem essas raízes? SUBSTÂNCIA CINZENTA DA MEDULA: Formada por corpo celular de neurônio, neuróglias e fibras. Núcleo posteromarginal Substância gelatinosa Núcleo posterior Núcleo dorsal Núcleo intermediolateral e intermediomedial Núcleo retrodorsolateral Núcleo dorsolateral Núcleo ventrolateral Núcleo acessório Núcleo periférico Núcleo ventromedial Núcleo dorsomedial Além disso, a subst. cinzenta possui 10 lâminas (laminações de XXXX). A lâmina X localiza-se ao redor do canal central da medula. 3 3 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período SUBSTÂNCIA BRANCA DA MEDULA: Fibras nervosas mielinizadas Possui 3 funículos: anterior, lateral e posterior. 1) Encéfalo medula: VIAS DESCENDENTES 2) Medula encéfalo: VIAS ASCENDENTES 3) Fibras próprias da medula: TRATOS PROPRIOESPINHAIS Raízes nervosas que chegam na medula: aferentes - Neurônios sensitivos dos sistemas nervosos somático (medial) e autônomo (lateral). Raízes nervosas que saem da medula: eferentes - Neurônios motores visceral (corno lateral) e somático (corno anterior). - Acima observa-se a medula emitindo raízes (aos pares). Anteriormente (paralelo) à medula localiza-se a cadeia simpática (cadeia ganglionar). 4 4 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período Abaixo, observe que na porção final da medula as raízes são maiores, isto é, as raízes cervicais são curtas, as torácicas, medianas e as lombares, longas. Isso ocorre porque a medula vai somente até L2 (abaixo não temos medula), por isso as raízes abaixo de L2 são muito longas. 4- Observe nas figuras e em peças anatômicas as seguintes regiões da medula espinhal: intumescência cervical, intumescência lombar, cone medular, cauda equina, filamento terminal, ligamento denticulado. Quais as sequelas quando lesa a medula espinhal acima e abaixo da intumescência cervical e lombar. A medula espinal é alargada em duas regiões relacionadas com a inervação dos membros. A intumescência cervical estende-se dos segmentos C4 a T1 da medula espinal, e a maioria dos ramos anteriores dos nervos espinais originados dela forma o plexo braquial de nervos que supre os MMSS. A intumescência lombossacral estende-se do segmento T11 ao segmento S1 da medula espinal, abaixo do qual a medula continua até diminuir e formar o cone medular. Os ramos anteriores dos nervos espinais que se originam dessa intumescência formam os plexos lombar e sacral de nervos que suprem os MMII. - As raízes nervosas lombares e sacrais são as mais longas, estendendo-se além do término da medula espinal no adulto, no nível aproximado de L2, para chegar aos forames intervertebrais lombares, sacrais e coccígeos remanescentes. Esse feixe frouxo de raízes nervosas espinais, originado na intumescência lombossacral e no cone medular e que segue dentro da cisterna lombar do líquido cerebrospinal (LCS), caudal ao término da medula espinal, assemelha-se à cauda de um cavalo, daí seu nome — cauda equina. - Ligamento denticulado: espessamento bilateral, longitudinal, entalhado da pia-máter que fixa a medula espinal no centro do canal vertebral). 5 5 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período LESÕES ABAIXO E ACIMA DAS INTUMESCÊNCIAS Acima da intumescência cervical: TETRAPLEGIA— paralisia do tronco, MMSS e MMII (tanto o plexo braquial quanto o lombossacral param de funcionar) Abaixo da intumescência cervical: PARAPLEGIA— paralisia de tronco e MMII. Acima da intumescência lombossacral: PARAPLEGIA Abaixo da intumescência lombossacral (abaixo da L2): Não lesa plexo. Pode haver rotura de algum nervo ou não causar nenhuma lesão. 5- Quantos pares de nervos espinhais saem de cada seguimento da medula espinhal? - 31 pares de nervos espinhais que emergem dos segmentos da medula espinal para inervar as estruturas do corpo: 8 pares de nervos espinhais cervicais, 12 pares torácicos, 5 pares lombares, 5 pares sacrais e 1 par coccígeo. 6- Os nervos espinhais quando saem da medula espinhal não tem correspondência com os seguimentos vertebrais. Assim, quando um indivíduo lesa uma vértebra pode lesar um seguimento diferente da medula espinhal. Para o diagnóstico, prognostico e tratamento das lesões vertebro-medulares é necessário que o médico conheça a correspondência entre o seguimento vertebral e a medula espinhal. Na prática como o médico pode fazer essa correlação? - Qdo o paciente tem uma lesão na medula, é importante que o médico saiba qual nível foi lesionado, para não ficar fazendo testes em todos os dermátomos. Assim, saberemos o grau de comprometimento do indivíduo. - É feito mesmo com o paciente inconsciente. - Qdo o paciente lesiona uma vértebra cervical, devemos lembrar que a raiz do nervo cervical é no mesmo nível. Assim: Se o pcte lesionou C2, a sequela é a partir de C3. Qdo o pcte lesiona da vértebra C4 para baixo, geralmente, devemos fazer uma conta (pois a medula é mais curta que as vértebras). Lesão nas cervicais até a T10, somamos +2. Ex.: Se paciente lesiona C5, a sequela é a partir de C7. Lesão da vértebra T10 para baixo, somamos +5. Ex.: Se paciente lesiona L1, a sequela é a partir de S1. 7- Conceitue dermátomo e observe nas figuras o campo de inervação de cada seguimento medular. - DERMÁTOMO: é o território de inervação sensorial da pele por uma única raiz dorsal. Portanto, corresponde à área unilateral de pele inervada pelas fibras sensitivas de um único nervo espinal. - Os dermátomos são formados quando o indivíduo está na fase embrionária, como demonstrado na imagem abaixo (e não na posição anatômica). 6 6 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 7 7 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período Plexos nervosos e nervos da parede torácica 8- Conceitue plexo nervoso. Quais os nervos espinhais que formam os plexos cervicais, braquiais e lombossacrais? - Plexo nervoso é uma rede de nervos entrelaçados, localizados no tronco e são divididos em 3 plexos: CERVICAL C1, C2, C3, C4, isto é, C1 a C4 (C5 também pode ser considerados um ramo). BRAQUIAL C5, C6, C7, C8, T1, isto é, C5 a T1 LOMBOSSACRAL (2 em 1) T12, L1, L2, L3, L4, L5, S1, S2, S3, S4, isto é, T12 a S4 (alguns autores afirmam ser de L1 a S4). 9- Conceitue nervo terminal. - É o nervo que sai do plexo. O nervo terminal leva o nome da região do corpo em que está localizado. Ex.: Nervos radial, femoral, ulnar, axilar. 10- Quais os nervos terminais do plexo cervical observado nas figuras a seguir? - Plexo cervical situa-se anteromedialmente aos Mm. levantador da escápula e escaleno médio e profundamente ao M. esternocleidomastoideo (ECM). Os ramos superficiais do plexo que inicialmente seguem em sentido posterior são cutâneos (sensitivos) (Figura 8.13A, C e D). Os ramos profundos que seguem em sentido anteromedial são motores, inclusive as raízes do nervo frênico (para o diafragma) e a alça cervical (Figura 8.13A e B). 11- Quais as regiões de inervação dos nervos terminais do plexo cervical? - A raiz superior da alça cervical, que conduz fibras dos nervos espinais C1 e C2, une-se momentaneamente e depois se separa do nervo hipoglosso (NC XII) enquanto atravessa a região cervical lateral (Figura 8.13). A raiz inferior da alça cervical origina-se de uma alça entre os nervos espinais C2 e C3. As raízes superior e inferior unem-se, formando uma alça secundária, a alça cervical, formada por fibras dos nervos espinais C1–C3, que se ramificam a partir da alça para suprir os músculos infra-hióideos, omo-hióideo, esternotireóideo e esterno-hióideo (Figuras 8.13, 8.14 e 8.15). O quarto músculo infra-hióideo, o tíreo-hióideo, 8 8 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período recebe fibras de C1, que descem separadas do nervo hipoglosso, distalmente à raiz superior da alça cervical (nervo para o músculo tíreo-hióideo) (Figuras 8.13A e B e 8.14B). 9 9 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 12- Em relação ao plexo braquial responda: a) Quais os nervos espinhais que formam esse plexo? C5 a T1 b) Quais os troncos e fascículos tem esse plexo e quais as relações com a artéria axilar? - TRONCOS: superior (C5 e C6); médio (C7) e inferior (C8 e T1). - FASCÍCULOS: Lateral (troncos superior e médio); Posterior (troncos superior, médio e inferior) e Medial (continuação do tronco inferior). - A nomenclatura dos três fascículos está relacionada à artéria subclávia (que depois vira artéria axilar). O fascículo lateral tem um ramo medial e lateral para formar o nervo mediano. O que sai + lateralmente é o N. musculocutâneo. Do fascículo medial sai o N. ulnar. Do fascículo posterior sai o N. toracodorsal. 10 1 0 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período c) Quais os nervos terminais que saem desse plexo com as respectivas regiões que eles inervam? N. MUSCULOCUTÂNEO: Mm coracobraquial, bíceps braquial e braquial. Depois vira N. cutâneo lateral do antebraço. N. AXILAR: entra no espaço quadrangular e inerva o M. deltoide e o M. redondo menor. N. RADIAL: sai na parte lateral do cotovelo (ao lado do M. braquiorradial). Inerva o tríceps braquial e a musculatura extensora posterior do antebraço e parte dorsal da mão (exceto as extremidades dos dedos, que será o N. mediano), além do M. braquiorradial e o M. supinador N. MEDIANO: acompanha a A. braquial e depois inerva a musculatura anterior lateral do antebraço (Mm. palmar longo, flexor radial do carpo, flexor superficial dos dedos, porção lateral do M. profundo dos dedos, pronador quadrado, pronador redondo. Inerva a região tenar—mais lateral/ polegar (quem inerva a hipotenar é o N. ulnar). N. ULNAR: passa atrás do epicôndilo medial, junta-se com a A. ulnar e vai para a mão. Inerva o M. flexor ulnar do carpo e a porção medial do M. flexor profund dos dedos. Passa abaixo do retináculo e do canal ulnar (não entra no túnel do carpo, o único que entra é o N. mediano) e vai para a mão, inervando a parte cutânea do 4º e 5º dedo, além da musculatura hipotenar e vários Mm. Interósseos. * N. supraescapular M. supra e infraespinhal. * N. toracodorsol M. grande dorsal * N. torácico longo M. serrátil anterior TUNEL DO CARPO: quem passa nele são o N. mediano e tendões dos Mm. Flexores (superficiais e profundos) que vão para os dedos. O N. mediano pode ser comprometido quando há tendinites, p. ex. 11 1 1 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 12 1 2 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 13 1 3 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período Imagem A e P (campos de inervação cutânea): N. supraclavicular Deltoide Intercostobraquial Cutâneo lateral do antebraço Cutâneo medial do antebraço Cutâneo medial do braço N. mediano N. radial N. ulnar d) Como fazer bloqueio total do plexo braquial? - Devemos conhecer bem a anatomia do local. 1º limitamos a clavícula, o trapézio e ECM (trígono lateral do pescoço). O plexo braquial fica bem no meio desse trígono cervical, mais especificamente entre o M escaleno anterior e o médio. Introduzimos a agulha na linha logo abaixo da cartilagem cricoide (A). Cuidado para não lesionar a A. subclávia e a V. subclávia. O bloqueio também pode ser parcial (muda a técnica). * Lembrar que o N. frênico passa em cima do M. escaleno anterior. e) Quais os respectivos sintomas clínicos quando ocorre lesão nos nervos terminais desse plexo? LESÃO N. RADIAL: punho caído. - Prejudica a musculatura extensora do punho e dos dedos LESÃO N. MEDIANO: Mão em benção - A flexão só é possível nos 4º e 5º dedos LESÃO N. ULNAR: Mão em garra - 4º e 5º dedos paralisados - Abaixo observe a mão em garra de um pcte com hanseníase. 14 1 4 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período - A lesão no M. mediano pode acontecer mais proximal—antes do cotovelo (MÃO EM STOP—pcte não consegue fazer flexão do punho e dos dedos) ou mais distal (lesão do túnel do carpo—atrofia da musculatura tenar e perda sensibilidade dos 3 dedos laterais). LESÃO N. AXILAR: observe uma atrofia do M. deltoide esquerdo em comparação ao deltoide direito. - Abaixo temos uma atrofia do M. redondo menor por lesão do N. axilar. 15 1 5 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período Abaixo temos uma LESÃO N. TORÁCICO LONGO (faz protrusão da escápula, ou seja, a mantém colada ao tronco fazendo movimento para frente): Síndrome da Escápula Alada—a escápula não fica presa ao tronco, ficando mais proeminente. Acima temos a lesão de ERB-DUCHENNE—geralmente lesiona o N. radial. Muito comum em partos normais. LESÃO N. MUSCULOCUTÂNEO: - Raramente é lesado devida à sua localização (perfura o M. coracobraquial e passa entre as cabeças longa e curta do bíceps). - Ocorre comprometimento dos Mm. Bíceps braquial, coracobraquial e braquial, perdendo quase totalmente a flexão do antebraço e comprometendo a flexão do braço. 16 1 6 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 13- Em relação ao plexo Lombossacral responda: a) Quais os nervos espinhais que formam esse plexo? T12 a S4 (ou L1 a S4) b) Quais os nervos terminais que saem desse plexo com as respectivas regiões que eles inervam? PLEXO LOMBAR N. ILIO-HIPOGÁSTRICO (T12 + L1): sensitivo e inerva a região que leva seu nome, isto é, região ilíaca e parte inferior do abdome (hipogástrica).Esse nervo sai na borda superior do M. quadrado lombar N ILIOINGUINAL (L1): sensitivo e inerva a região que leva seu nome, isto é, região ilíaca e inguinal (pele do escroto e grandes lábios). Cruza inferiormente o M. quadrado lombar e desce até a crista ilíaca para depois atravessar a musculatura N. GENITOFEMORAL (L1 + L2): inerva a região genital (pele do escroto, grandes lábios) e parte da região do trígono femoral. Localizado acima do M. psoas maior, atravessando o ligamento inguinal e chega na região genital. N. CUTÂNEO LATERAL DA COXA (L2 + L3): é quase em sua totalidade um nervo sensitivo e inerva a região lateral da coxa. Localizado abaixo do M. psoas maior, passando por cima do M. ilíaco e saindo abaixo do ligamento inguinal N. FEMORAL (L2 + L3 + L4, parte posterior do plexo): localizado lateralmente ao M. psoas maior (entre psoas maior e ilíaco). Inerva a musculatura anterior da coxa (sartório, parte do pectíneo, quadríceps). * Uma parte do N. femoral passa pelo canal do adutor e acompanha a V. safena magna, sendo chamado de N. safeno (inerva parte cutânea anteromedial da perna). N. OBTURATÓRIO (L2 + L3 + L4, parte anterior do plexo): inerva a região medial da coxa (adução), como os Mm. Grácil, adutores longo, curto e magno e parte do pectíneo (esse nervo passa pelo forame obturado). Localizado medialmente ao psoas maior TRONCO LOMBOSSACRAL (L4 + L5): junção do plexo lombar + sacral * N. subcostal: está abaixo da última costela, inervando a musculatura lateral do abdome. 17 1 7 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 1. N. subcostal 2.N. ilio-hipogástrico 3. N. genitofemoral 4. N. cutâneo lateral da coxa 5. N. femoral 6. N. obturatório 18 1 8 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período PLEXO SACRAL N. GLÚTEO SUPERIOR (L4 + L5 + S1): localizado acima do M. piriforme e inerva os Mm glúteo médio, glúteo mínimo e tensor da fáscia lata N. GLÚTEO INFERIOR (L5 + S1 + S2): localizado abaixo do M. piriforme e inerva o M. glúteo máximo N. ISQUIÁTICO (TRONCO LOMBOSSACRO (L4 + L5) + S1 + S2 + S3): geralmente sai logo abaixo do M. piriforme em direção à coxa. Inerva os Mm. bíceps femoral, semitendíneo, semimembranáceo e a porção flexora do adutor magno. Esse nervo é o maior nervo do corpo e na perna ele se divide em N. tibial e N. fibular comum. N. CUTÂNEO POSTERIOR DA COXA (S1 + S2 + S3): inerva a região cutânea posterior da coxa. N. PUDENDO (S2 + S3 + S4): inerva a região perianal, a musculatura do assoalho pélvico e a parte genital (pênis, clitóris, vagina, pequenos lábios) * Ramos menores do N. isquiático inervam os Mm curtos da região glútea (quadrado femoral, gêmeo superior, gêmeo inferior e obturatório interno e externo). * S5 se junta com o N. coccígeo e forma o PLEXO SACROCOCÍGEO. 19 1 9 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 1. N. obturatório 2. Tronco lombossacro 3. N. pudendo RESTANTE DO N. ISQUIÁTICO - O N. isquiático é ramificado geralmente na região sural em N. tibial (medial) e N. fibular comum (lateral). N. TIBIAL: inerva toda a musculatura posterior da perna (gastrocnêmio, sóleo, tibial posterior, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux). Passa atrás do maléolo medial e chegando atrás do maléolo se divide em ilíacos plantares lateral e medial, inervando toda a musculatura profunda do pé e os dedos do pé—parte inferior. 20 2 0 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período N. FIBULAR COMUM: divide-se em 2 nervos - N. FIBULAR PROFUNDO (anda junto com a A. tibial inferior): inerva os Mm. Tibial anterior, extensor longo do hálux e extensor longo dos dedos. O fibular profundo profundamente ao retináculo e sai na região entre o primeiro e o segundo dedo do pé, inervando essa parte cutânea do pé. - N. FIBULAR SUPERFICIAL: inerva os Mm fibular longo e fibular curto. Além de inervar a musculatura lateral da perna, inerva também a pele dessa região e o dorso do pé. * O NERVO SURAL (ramo do N. isquiático) é formado pela união do nervo cutâneo sural medial (do nervo tibial) e do ramo comunicante sural do nervo fibular comum, respectivamente (ver Figura 5.57B; Quadro 5.11). O nível de junção desses ramos é variável; pode ser alto (na fossa poplítea) ou baixo (proximal ao calcanhar). Às vezes os ramos não se unem e, portanto, não há formação de um nervo sural. Nessas pessoas, a pele normalmente inervada pelo nervo sural é suprida pelos ramos cutâneos surais medial e lateral. O nervo sural acompanha a veia safena parva e entra no pé posteriormente ao maléolo lateral para suprir a articulação talocrural e a pele ao longo da margem lateral do pé. 21 2 1 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período c) Quais os respectivos sintomas clínicos quando ocorre lesão nos nervos terminais desse plexo? MARCHA DE TRENDELEMBURG: lesão do N. glúteo superior (pode ser por injetáveis ou traumas). Causa miopatias e fraqueza muscular. MARCHA CLAUDICANTE: lesão do N. isquiático. Isso pode ocorrer também devido à síndrome do piriforme, em que, dependendo da anatomia de cada indivíduo, o N. isquiático, ao invés de passar por baixo do M. piriforme, passa dentro do músculo, o qual pode comprimir o n. isquiático, podendo fazer o indivíduo mancar. * Hérnia de disco (pega raízes do plexo lombossacral) também pode comprimir o N. isquiático, bem como traumas e acidentes. 22 2 2 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período * É de suma importância que o profissional da saúde conheça a anatomia do glúteo para realizar as injeções. O quadrante superior lateral (glúteos médio e mínimo) é o ideal, pois nele os riscos de lesões de nervos são menores. LESÃO DO N. FIBULAR COMUM: pé caído ou invertido (à esquerda) LESÃO N. FIBULAR SUPERFICIAL: dificuldade de fazer eversão (à direita). Aqui o pé NÃO fica caído. 23 2 3 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período LESÃO N. FIBULAR PROFUNDO: pé fica caido (pé direito) LESÃO DO N. TIBIAL: pcte não consegue abaixar a ponta do pé, o qual fica em dorsoflexão. * LESÃO N. ISQUIÁTICO: pé evertido + atrofia na perna toda (inclusive parte posterior da coxa) + perda da sensibilidade (somente a porção medial que fica sensível, devido ao N, safeno). O movimento se limita apenas à flexão de coxa, tendo dificuldade de fazer movimentos mais amplos. NERVOS DA PAREDE TORÁCICA - Os nervos torácicos vão de T1 a T12. - Na região torácica eles não formam plexo, exceto o nervo T1 que, além de ser um nervo intercostal, faz parte do plexo braquial (parte ventral do T1 forma o tronco inferior do plexo braquial e uma porção pequena formará o primeiro nervo intercostal). - Inervam a pele e os Mm. da região intercostal (íntimo, interno e externo) e abdominal (oblíquo interno, oblíquo externo, transverso do abdome, piramidal). - O N T1 é intercostal e vai para o plexo braquial. - O N T2 é intercostal, mas tem um ramo que vai se juntar com parte do plexo braquial e vai para a região anterior do braço—nervo intercostobraquial (junta-se com o N. cutâneo medial do braço, inervando a parte inicial medial do braço, pois o restante do braço quem inerva é outro cutâneo do plexo braquial). - Os Nn T3 a T6 são os nervos intercostais típicos, pois só ficam no espaço intercostal. - Os Nn T7, T8, T9, T10 e T11 são intercostais e também vão para aregião abdominal—chamados de nervos toracoabdominais. - O N T12 fica abaixo da última costela, logo, não é intercostal—é um nervo subcostal. * Os Nn T1, T2 e T12 são nervos intercostais especiais. 24 2 4 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período - A NAV (nervo, artéria e veia) intercostal localiza-se principalmente na borda inferior do arco costal. - Os vasos intercostais são formados por ramos da A. aorta e da A. subclávia que desce paralela ao esterno (paraesternal), as quais se anastomosam nos arcos intercostais. - Ao drenar líquido (derrame pleural, hemotórax, quilotórax) e ar (pneumotórax), fazemos uma abertura entre o arco costal T8 e T9, geralmente (às x entre T6 e T7). - O correto é introduzir a agulha sempre no meio entre as costelas, e nunca colado à borda inferior da costela, pois pode romper os nervos e os vasos intercostais. Portanto, devemos perfurar sempre mais próximo da borda superior da costela, porém, não tão colado à borda superior, para evitar pegar os ramos colaterais. 25 2 5 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período - A abertura da parede torácica pode ser feita em vários locais, como, p. ex, a nível de esterno, bem como na parede lateral (como na imagem ao lado e abaixo)—geralmente entre o 5º e o 6º, 6º e 7º, 7º e 8º arco intercostal. - Faz-se essa grande incisão pegando os Mm grande dorsal, trapézio, serrátil e intercostais. Utiliza-se o afastador para obter acesso ao tórax. - Esse procedimento é tilizado para cirurgias e retirada de sangue / líquido. 26 2 6 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período Nervos cranianos (NC) - São os nervos que fazem conexão com o encéfalo. Olfatório (NC I): telencéfalo Óptico (NC II): diencéfalo NC III ao XII: tronco encefálico - O NC IV é o único NC que sai da parte posterior do tronco encefálico (véu medular superior). Fica acima do ventrículo IV e abaixo do colículo inferior. - O NC VI sai do sulco bulbo-pontino, mas sua origem é na ponte. 27 2 7 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período COMPONENTES FUNCIONAIS DOS NCs FIBRAS AFERENTES Somáticas Gerais (ASG): provenientes da pele (sensações gerais como tato, dor, cócega, temperatura, estímulo sexual) Somáticas Especiais (ASE): olho, ouvido (visão, audição, equilíbrio) Viscerais Gerais (AVG): origem nas vísceras (dor, sede) Viscerais Especiais (AVE): olfato e paladar FIBRAS EFERENTES Somáticas: inervam os MEE derivados dos somitos (MMSS, MMII, Mm abdominais e Mm que movimentam os olhos) Viscerais Gerais (EVG): inervam os Mm. lisos, M. cardíaco e glândulas (apenas parassimpático) Viscerais Especiais (EVE): MEE derivados dos 2ºs arcos faríngeos / branquiais (músculos relacionados com funções viscerais, como os Mm da mímica, Mm da mastigação e Mm da laringe e da faringe). EXCEÇÃO: Ms trapézio e ECM, apesar de serem de origem dos somitos, são classificados como EVE. 28 2 8 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 29 2 9 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período NERVO OLFATÓRIO (NC I) - O NC I capta a sensação que chega na concha nasal superior e parte da média e no 1/3 superior do septo nasal, pois nessas regiões têm filetes nervosos que captam as informações. - Depois de captar as informações, esses filetes atravessam a lâmina cribriforme do osso etmoide, se ligam ao bulbo olfatório e trafegam em direção ao encéfalo (imagem abaixo). - A célula que capta a informação (cheiro) é um NEURÔNIO BIPOLAR, do epitélio olfatório. Esses neurônios olfatórios estão sempre em divisão (EXCEÇÃO NO CORPO, visto que neurônios não se dividem). - Uma das extremidades desses neurônios bipolares está mergulhada na mucosa olfatória, onde há receptores que detectam o odor. Daí essa informação é levada pelos nerônios bipolares que formam filetes e atravessam a lâmina crivosa do etmoide. - Ao atravessarem a lâmina crivosa, essas céls fazem sinapse com o bulbo olfatório a partir da CÉLULA MITRAL (localizada no bulbo olfatório—região dilatada do NC I). - A cél. Mitral transporta informações através do TRATO OLFATÓRIO. Qdo a informação chega perto do lobo temporal divide-se em duas estrias: estria olfatória lateral (faz sinapses em núcleos olfatórios, no uncus e no corpo amidaloide) e estria olfatória medial (atravessa para o lado oposto do cérebro através da comissura anterior). 30 3 0 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período - OBS.: As informações olfatórias chegam ao córtex cerebral sem passar pelo tálamo (EXCEÇÃO, visto que todas as informações sensitivias que chegam, exceto o olfato, passam pelo tálamo). - O olfato tem ligações tanto com o córtex quanto com o corpo amidaloide e com o lado oposto do cérebro (onde atravessa pela comissura anterior). - O olfato também está ligado às informaçoes gustativas, pois a informação olfatória pode se juntar a outras informações, como a gustativa (ocorre no centro da olfação e da gustação) 31 3 1 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período NERVO ÓPTICO (NC II) - Origem: retina - Penetra no crânio pelo CANAL ÓPTICO - Unem-se para formar o QUIASMA ÓPTICO (local de cruzamento de fibras) Ocorre cruzamento parcial das fibras As fibras continuam como TRATO ÓPTICO até o corpo geniculado lateral no tálamo. Dali, as informações são enviadas para o córtex cerebral através das radiações ópticas que levam informações cruzadas. Do campo visual que estava embaixo vai para parte superior e do campo visual que estava em cima vai para parte inferior do córtex cerebral no lobo occipital. - Função: ASE e visão 32 3 2 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período - O que enxergamos campo lateral do olho cruza no quiasma óptico. Já o que enxergamos no campo medial esquerdo, p ex, vai para a retina do olho direito e não cruza no quiasma óptico. - O que você enxerga no campo visual inferior chega no córtex (lobo occipital) na parte superior. E o que você enxerga no campo visual superior chega nas bordas do sulco calcaríneo do lobo occipital na parte inferior. Extremidade do cérebro: informação visual mais nítida. TRAJETO DA VIA ÓPTICAL: nervo óptico quiasma óptico trato óptico corpo geniculado alça de meia (voltinha) radiação óptica (passa ao redor do ventrículo lateral do cérebro) córtex do lobo occipital (em volta do sulco calcaríneo). - Os neurônios ganglionares da retina (mais especificamente os axônios) que formarão o NC II. 33 3 3 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período - PERDA DO CRISTALINO, DA CÓRNEA E DA RETINA cegueira total - LESÃO DO NERVO ÓPTICO cegueira total - LESÃO QUIASMA ÓPTICO Hemianopsia heterônima (bitemporal) completa (perda dos dois campos visuais laterais) - LESÃO PARTE LATERAL DO QUIASMA ÓPTICO Hemianopsia nasal completa do olho esquerdo (via que não cruza) - LESÃO DO TRATO ÓPTICO Hemianopsia homônima completa à direita (perda do campo nasal e temporal do olho oposto) - LESÃO DA RADIAÇÃO ÓPTICA Quadrantanopsia homônima completa (perda do quadrante) OBS.: A via óptica se liga ao colículo superior. NERVOS OCULUMOTOR (NC III), TROCLEAR (NC IV) E ABDUSCENTE (VI) - Penetram na órbita pela fissura orbital superior. - Distribuem aos Mm extrínsecos do bulbo ocular: o M. elevador da pálpebra superior (III) o M. reto superior (III) o M. reto inferior (III) o M. reto lateral (IV) o M. oblíquo superior (IV) – tróclea o M. oblíquo inferior (III)- Funções: Eferentes Somáticos e motricidade ocular. NERVO OCULOMOTOR (NC III) - Inerva quase todos os músculos extrínsecos e a musculatura intrínseca do olho. 34 3 4 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período - O NC III é EVG (parassimpático), elém de ter motricidade ocular intrínseca (Mms intrínsecos do bulbo ocular (mm lisos), M ciliar (regula a convergência do cristalino) e M esfíncter da pupila). - O núcleo relacionado à musculatura intrínseca dos olhos (parassimpática) está relacionada ao Núcleo de Edinger-Westphal (ou núcleo acessório do oculomotor). Já o núcleo motor está ligado à musculatura extrínseca do olho. LESÃO DO N. RETO SUPERIOR: ptose (total ou parcial) ESTRABISMO DIVERGENTE: olho fica + para lateral e a pupila fica dilatada (M constrictor da pupila para de funcionar) DIPLOPIA: imagem dupla 35 3 5 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período NERVO TROCLEAR (NC IV) - O NC IV passa na fissura orbital superior e inerva o M oblíquo superior do olho (extrínseco). - É um nervo bem fininho. NERVO ABDUSCENTE (NC VI) - Passa na fissura orbital superior - Função: abdução do M. reto lateral. 36 3 6 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período ESTRABISMO DIVERGENTE (olho fica na lateral): lesão NC III ESTRABISMO CONVERGENTE (olho fica na medial): lesaõ NC VI NERVO TRIGÊMIO (NC V) - O NC V tem uma raiz sensitiva que se origina no gânglio trigeminal (gânglio semilunar ou de Gasser – fica dentro do crânio). - Perifericamente, do gânglio trigeminal partem 3 ramos (divisões) do trigêmeo: o N. oftálmico (V1) – passa na fissura orbital superior o N. maxilar (V2) – passa no forame redondo o N. mandibular (V3) – passa no forame oval - Sua raiz motora acompanha o N. mandibular, que inerva os Mm da mastigação. - Função: o ASG (raiz sensitiva) temperatura, dor, pressão e tato da face; propriocepção (impulsos oriundos dos Mm. mastigatórios e articulação temporo-mandibular). o EVE (raiz motora) mastigação (Mm. temporal, masseter, pterigóideo lateral, pterigóideo medial, milo-hioideo, digástrico (ventre anterior)). * NEVRALGIA/NEURALGIA DO TRIGÊMIO: descrita como uma dor severa na face, com início súbito e errático. A dor é crônica e progressiva. Existem três tipos diferentes de neuralgia do trigêmeo: típica (ou idiopática), atípica e sintomática. A variante típica é a mais comum, não sendo possível identificar uma causa. A neuralgia sintomática do trigêmeo ocorre secundária a outras condições, ex.: esclerose múltipla, tumores, pós-infecciosa ou pós-traumática. Opções terapêuticas incluem anticonvulsivantes e cirurgia (tratamento mais eficaz), entretanto na maioria dos casos não há cura. Quando, mesmo com medicação, não há melhora, o neurocirurgião faz a cordotomia (atinge, diretamente, as fibras sensitivas intra- nevraxiais do trigêmeo) 37 3 7 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 38 3 8 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 39 3 9 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 40 4 0 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período NERVO FACIAL (NC VII) - Emerge/ sai do tronco cerebral no sulco bulbo pontino (lateralmente ao VI) - Penetra no meato acústico interno, juntamente com o VIII par - Penetra no canal facial (parte petrosa do osso temporal) - Encurva-se para trás, formando o joelho externo (geniculo do nervo facial; gânglio geniculado) - Encurva-se para trás, formando o joelho externo (geniculo do nervo facial; gânglio geniculado) - Encurva-se para baixo e emerge do crânio pelo forame estilomastóide - Atravessa a parótida (mas não a inerva) e emite diversos ramos para Mm da mímica, M estilo-hioideo e M. digástrico (ventre posterior). - Conectado a vários núcleos (motores e sensitivos) do tronco encefálico O NC VII é dividido em: RAIZ MOTORA: N facial propriamente dito (entra no MAI e desce pelo forame estilomastoideo) – inerva os Mm da mímica (EVE) RAIZ SENSITIVA: N intermédio – suas funções são: - AVE: gustação 2/3 anterior da língua (doce, salgado e pouquinho de azedo) - AVG: - ASG: capta informações da orelha (ouvido externo) - EVG (parassimpático): função lacrimal (glândulas lacrimais) e função salivar (glândulas submandibular e sublingual). 41 4 1 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período PARTE MOTORA DO NC VII - O plexo intraparotídeo possui 2 troncos: TRONCO TEMPORFACIAL: saem os Nn temporal e zigomático TRONCO CERVICOFACIAL: saem os Nn bucal, marginal da mandíbula e cervical (vai em direção ao M platisma). * N auricular posterior inerva os Mm da mímica da parte posterior da cabeça - O N nasopalatino sai no forame incisivo. 42 4 2 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período PARTE SENSITIVA DO NC VII 1ª função sensitiva do NC VII - A parte sensitiva capta gustação dos 2/3 anteriores da língua e volta a partir do N corda do tímpano, que sobe junto com o N facial, passa pelo gânglio geniculado, adentra o tronco encefálico em direção ao NÚCLEO SOLITÁRIO. 2ª função sensitiva do NC VII – NÚCLEO SALIVATÓRIO SUPERIOR - a corda do tímpano possui componente sensitivo e motor. Um componente da corda do tímpano acompanha o N lingual (ramo do NC V), forma o gânglio submandibular (antigamente submaxilar), saindo fibras pós ganglionares em direção às glândulas submandibular e sublingual (parassimpático). - A corda do tímpano tem 2 componentes: (1) SNA– vai para as glândulas submandibular e sublingual; (2) gustativo – 2/3 anteriores da língua (leva informação para o núcleo solitário). 43 4 3 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período LESÃO DO NC VII PARALISIA CENTRAL – apenas o andar inferior fica lesionado. É contralateral à lesão. PARALISIA PERIFÉRICA (de Bell) – andares superior (lagoftalmia) e inferior (rima labial caída) ficam lesionados. Acontece no mesmo lado (ipsilateral) da lesão. 44 4 4 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período NERVO VESTIBULO-COCLEAR (NC VIII) - Puramente SENSITIVO. Está ligado ao núcleo coclear (audição) e ao núcleo vestibular (equilíbrio). - Penetra na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre o VII par e o flóculo do cerebelo (ângulo ponto-cerebelar). - Ocupa o MAI (porção petrosa do osso temporal, mas não sai do crânio), juntamente com o VII. - FUNÇÃO: ASE – equilíbrio (parte vestibular) e audição (coclear). ÓRGÃO ESPIRAL DE CORTI: possui céls exterociliadas que se apoiam pela membrana tectória, as quais levam estímulo nervoso para o gânglio espiral (fica o corpo no neuronio sensitivo, o qual capta a informação). 45 4 5 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período NERVO VESTIBULO-COCLEAR (NC IX) - Possui um núcleo motor (AMBÍGUO) e outro sensitivo (SOLITÁRIO). - Liga-se também ao NÚCLEO SALIVATÓRIO INFERIOR, onde liga-se fibras parassimpáticas em direção à glândula parótida. FUNÇÕES AVE – gustação no 1/3 posterior da língua (amargo e pouquinho de azedo) AVG (sensibilidade geral) – 1/3 posterior da língua, faringe, úvula, tonsilas, tuba auditiva, seio e corpo carotídeo (quem faz essa função nos 2/3 anteriores da língua é o NC V) EVG (parassimpático) – inervação da parótida EVE: inerva os Mm da faringe e do véu medular ASG: capta sensações gerais dessas regiões e do ouvido. - Na imagem acima perceba que a parte sensitiva doglossofaríngeo sai fibras parassimpáticas do tronco encefálico, passa dentro do ouvido (formando o plexo timpânico) e chega, através do N petroso menor, no GÂNGLIO ÓTICO (que está colado ao N. mandibular). Do gânglio ótico saem fibras pós- 46 4 6 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período ganglionar através do N auriculotemporal (tem duas voltinhas e fica ao redor da A meníngea média, abraçando-a) e vai em direção à parótida. - Já a inervação simpática (que vem através do gânglio cervical superior) sobe através da A carótida interna, emitindo ramos simpáticos para a parótida. * Os gânglios pterigopalatino, submandibular e ótico possuem ramificações do N trigêmeo. - Acima do M digástrico vemos o N glossofaríngeo (+ profundo que o XII) - Abaixo do M digástrico N hipoglosso (NC XII) Lesão do IX paralisia da glândula parótida (não secreta saliva) e dificuldade de na deglutição (perda sensibilidade gustativa na parte posterior da língua e na faringe) 47 4 7 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período NERVO VAGO (NC X) - Componentes sensitivo (NÚCLEO VAGAL) e motor (inervação parassimpática (NÚCLEO DORSAL DO VAGO) das vísceras torácicas e abdominais + Mm da faringe (NÚCLEO AMBÍGUO) e da laringe) - Também está ligado ao NÚCLEO SOLITÁRIO (da gustação). FUNÇÕES - EVG – inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais. - EVE (fonação) – Mm da faringe e laringe (N. laríngeo recorrente) - AVG (sensibilidade geral – faringe, laringe, traqueia, esôfago, vísceras do tórax e abdome. - AVE – ligado à gustação. PARTE CERVICAL - O N laríngeo recorrente/inferior (inerva esôfago, traqueia e Mm intrínseca da laringe) do lado esquerdo ele faz uma voltinha e passa por baixa da A aorta (volta e cola na traqueia, indo até a laringe) e do lado direito ele passa abaixo da A subclávia direita (e sobe até a laringe). - O N laríngeo superior é + sensitivo, com exceção de um raminho motor. - O N vago desce paralelo à A carótida e à V jugular. 48 4 8 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período PARTE TORÁCICA - O vago adentra e forma dos PLEXOS CARDÍACO (fibras parassimpáticas que vão em direção ao coração) e ESOFÁGICO (parassimpático). - vago também tem função quimio e barorreceptiva do arco aórtico. 49 4 9 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período PARTE ABDOMINAL Lesão N vago: problema de motilidade intestinal e gástrica e problemas na modulação do coração. Lesão N laríngeo recorrente disfonia (1 lado) e afonia (2 lados). Essa lesão pode ocorrer em cirurgias de laringe e traqueostomia malfeitas. 50 5 0 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período - A língua tem uma inervação bem complexa: SENSITIVA GERAL – trigêmeo e glossofaríngeo MOTORA – hipoglosso GUSTAÇÃO – facial (2/3 anteriores – corda do tímpano), glossofaríngeo (1/3 posterior - petroso) e vago (epiglote – gânglio nodoso). Depois vai para o núcleo solitário, passa pelo tronco encefálico, vai para o tálamo, região inferior do giro pós-central e lobo da ínsula. NERVO ACESSÓRIO (NC XI) - Tem um componente espinhal (vai de C5, às x C6), que sobe e passa no forame magno, junta com a parte bulbar e forma o NC XI. - O acessório desce e inerva os mm ECM e trapézio (função praticamente motora), outra parte acompanha o N vago. * Alguns autores descrevem uma função proprioceptivas do trapézio e ECM feita pelo plexo cervical, que pode ter fibras que acompanham o N acessório. 51 5 1 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período - O NC XI emerge como filamentos radiculares do bulbo pelo sulco lateral posterior (raiz craniana) e dos segmentos C1- C5/C6 da medula (raiz espinhal) – A raiz espinhal penetra no crânio pelo forame magno. - Atravessa o forame jugular juntamente com os IX e X pares - Divide-se em ramos interno (fibras da raiz craniana) e externo (fibras da raiz espinhal) - O ramo interno junta-se ao vago (vai em direção à laringe – principalmente através do N laríngeo recorrente) - O ramo externo inerva os Mm trapézio e ECM. FUNÇÕES DO NC XI - EVE (ligado a arcos branquiais) – Mm da laringe (raiz craniana – N laríngeo recorrente) e Mm ECM e trapézio (raiz espinhal) - EVG (ligado ao SNA) – funções nas regiões que acompanham o N vago. Lesão do NC XI paralisia dos Mm trapézio e ECM (pescoço fica duro para um lado e a pessoa vai olhar sempre movimentando o tronco) 52 5 2 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período NERVO HIPOGLOSSO (NC XII) - É um nervo motor - Localizado próximo ao N vago, formando o TRÍGONO DO HIPOGLOSSO (no assoalho do IV ventrículo – onde há também o trígono vagal), ligado à musculatura da língua - Emerge do bulbo pelo sulco lateral anterior na forma de filamentos radiculares (entre a pirâmide e a oliva) - Emerge do crânio pelo canal do hipoglosso FUNÇÕES - Eferente Somático – MM intrínsecos e extrínsecos da língua e motricidade da língua. Lesão do NC XII paralisia ipsilateral da musculatura intrínseca e extrínseca língua
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