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Neuroanatomia Nn espinhais, plexos nervosos e NCs

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1 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
Medula espinhal e Nervos espinhais
 
 
 
 
 
 
 
1- Revise os 
tipos de 
terminações somáticas com sua respectiva função e fibra nervosa descritos na 
tabela e na figura a seguir. 
Fibra A: mielínica; Fibra B: 
SNA; Fibra C: amielínica 
 A alfa  calibre grosso 
(impulso rápido), informação 
motora 
A beta  calibre médio  
sensibilidade, tato 
A delta  calibre fino  ex. 
agulhada, dor em pontada 
C  amielínica (cócegas, estímulos sexuais, dor, queimação, calor, frio). 
2- Quais os componentes dos 
nervos espinhais e quais os 
tecidos conjuntivos que 
envolvem os fascículos e as 
fibras nervosas observados na 
figura a seguir? 
O N. espinhal é composto por 
duas raízes nervosas: uma 
aferente (sensitiva, posterior) e 
outra eferente (motor, anterior). 
O corpo celular do neurônio da raiz motora fica dentro da medula (no corno 
anterior), já o corpo celular do neurônio da raiz sensitiva fica dentro do 
gânglio sensitivo. Após sua formação, o N. espinhal é dividido em dois 
ramos: dorsal (não forma 
plexo) e ventral (pode ou não 
formar plexos). 
A= Epineuro 
B= Perineuro 
C= Endoneuro 
Da porção lateral da medula 
saem neurônios motores 
viscerais (apenas no 
seguimento de T1 a L2 e na 
região sacral). Os 
neurônios motores 
somáticos (para MEE) 
saem da porção anterior da 
medula. 
 
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2 NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
3- Qual o nome das regiões da substância cinzenta e branca da medula 
espinhal? Qual o nome das raízes nervosas que chegam e que saem da 
medula espinhal observado nas figuras a seguir? E quais os tipos de 
neurônios que compõem essas raízes? 
SUBSTÂNCIA CINZENTA DA MEDULA:  Formada por corpo celular de 
neurônio, neuróglias e fibras. 
 Núcleo posteromarginal 
 Substância gelatinosa 
 Núcleo posterior 
 Núcleo dorsal 
 Núcleo intermediolateral e intermediomedial 
 Núcleo retrodorsolateral 
 Núcleo dorsolateral 
 Núcleo ventrolateral 
 Núcleo acessório 
 Núcleo periférico 
 Núcleo ventromedial 
 Núcleo dorsomedial 
Além disso, a subst. cinzenta possui 10 lâminas (laminações de 
XXXX). A lâmina X localiza-se ao redor do canal central da medula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUBSTÂNCIA BRANCA DA MEDULA:  Fibras nervosas mielinizadas 
Possui 3 funículos: anterior, lateral e posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1) Encéfalo  medula: VIAS DESCENDENTES 
2) Medula  encéfalo: VIAS ASCENDENTES 
3) Fibras próprias da medula: TRATOS PROPRIOESPINHAIS 
 
 Raízes nervosas que chegam 
na medula: aferentes 
- Neurônios sensitivos dos 
sistemas nervosos somático 
(medial) e autônomo (lateral). 
 Raízes nervosas que saem da 
medula: eferentes 
- Neurônios motores visceral 
(corno lateral) e somático (corno 
anterior). 
 
 
 
 
 
- Acima observa-se a medula emitindo raízes (aos pares). Anteriormente 
(paralelo) à medula localiza-se a cadeia simpática (cadeia ganglionar). 
 
 
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Abaixo, observe que na porção final da medula as raízes são maiores, isto é, as raízes 
cervicais são curtas, as torácicas, medianas e as lombares, longas. Isso ocorre 
porque a medula vai somente até L2 (abaixo não temos medula), por isso as raízes 
abaixo de L2 são muito longas. 
 
 
 
 
 
4- Observe nas figuras e em peças 
anatômicas as seguintes regiões da 
medula espinhal: intumescência 
cervical, intumescência lombar, cone 
medular, cauda equina, filamento 
terminal, ligamento denticulado. Quais 
as sequelas quando lesa a medula 
espinhal acima e abaixo da 
intumescência cervical e lombar. 
A medula espinal é alargada em duas 
regiões relacionadas com a inervação 
dos membros. A intumescência cervical 
estende-se dos segmentos C4 a T1 da 
medula espinal, e a maioria dos ramos anteriores dos nervos espinais originados 
dela forma o plexo braquial de nervos que supre os MMSS. A intumescência 
lombossacral estende-se do segmento T11 ao segmento S1 da medula espinal, 
abaixo do qual a medula continua até diminuir e formar o cone medular. Os ramos 
anteriores dos nervos espinais que se originam dessa intumescência formam os 
plexos lombar e sacral de nervos que suprem os MMII. 
- As raízes nervosas lombares e sacrais são as mais longas, estendendo-se além do 
término da medula espinal no adulto, no nível aproximado de L2, para chegar aos 
forames intervertebrais lombares, sacrais e coccígeos remanescentes. Esse feixe 
frouxo de raízes nervosas espinais, 
originado na intumescência 
lombossacral e no cone medular e 
que segue dentro da cisterna lombar 
do líquido cerebrospinal (LCS), 
caudal ao término da medula 
espinal, assemelha-se à cauda de um 
cavalo, daí seu nome — cauda 
equina. 
- Ligamento denticulado: 
espessamento bilateral, 
longitudinal, entalhado da pia-máter 
que fixa a medula espinal no centro 
do canal vertebral). 
 
 
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LESÕES ABAIXO E ACIMA DAS INTUMESCÊNCIAS 
 Acima da intumescência cervical: TETRAPLEGIA— paralisia do tronco, MMSS e 
MMII (tanto o plexo braquial quanto o lombossacral param de funcionar) 
 Abaixo da intumescência cervical: PARAPLEGIA— paralisia de tronco e MMII. 
 Acima da intumescência lombossacral: PARAPLEGIA 
 Abaixo da intumescência lombossacral (abaixo da L2): Não lesa plexo. Pode haver 
rotura de algum nervo ou não causar nenhuma lesão. 
5- Quantos pares de nervos espinhais saem de cada seguimento da medula 
espinhal? 
- 31 pares de nervos espinhais que emergem dos segmentos da medula espinal para 
inervar as estruturas do corpo: 8 pares de nervos espinhais cervicais, 12 pares 
torácicos, 5 pares lombares, 5 pares sacrais e 1 par coccígeo. 
6- Os nervos espinhais quando saem da medula espinhal não tem correspondência 
com os seguimentos vertebrais. Assim, quando um indivíduo lesa uma vértebra 
pode lesar um seguimento diferente da medula espinhal. Para o diagnóstico, 
prognostico e tratamento das lesões vertebro-medulares é necessário que o 
médico conheça a correspondência entre o seguimento vertebral e a medula 
espinhal. Na prática como o médico pode fazer essa correlação? 
- Qdo o paciente tem uma lesão na medula, é importante que o médico saiba qual 
nível foi lesionado, para não ficar fazendo testes em todos os dermátomos. Assim, 
saberemos o grau de comprometimento do indivíduo. 
- É feito mesmo com o paciente inconsciente. 
- Qdo o paciente lesiona uma vértebra cervical, devemos lembrar que a raiz do 
nervo cervical é no mesmo nível. Assim: 
 Se o pcte lesionou C2, a sequela é a partir de C3. 
 Qdo o pcte lesiona da vértebra C4 para baixo, geralmente, devemos fazer uma 
conta (pois a medula é mais curta que as vértebras). Lesão nas cervicais até a T10, 
somamos +2. 
Ex.: Se paciente lesiona C5, a sequela é a partir de C7. 
 Lesão da vértebra T10 para baixo, somamos +5. 
Ex.: Se paciente lesiona L1, a sequela é a partir de S1. 
7- Conceitue dermátomo e observe nas figuras o campo de inervação de cada 
seguimento medular. 
- DERMÁTOMO: é o território de inervação sensorial da pele por uma única raiz 
dorsal. Portanto, corresponde à área unilateral de pele inervada pelas fibras 
sensitivas de um único nervo espinal. 
- Os dermátomos são formados quando o indivíduo está na fase embrionária, como 
demonstrado na imagem abaixo (e não na posição anatômica). 
 
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Plexos nervosos e nervos da parede torácica
8- Conceitue plexo nervoso. Quais os nervos 
espinhais que formam os plexos cervicais, braquiais 
e lombossacrais? 
- Plexo nervoso é uma rede de nervos entrelaçados, 
localizados no tronco e são divididos em 3 plexos: 
 CERVICAL C1, C2, C3, C4, isto é, C1 a C4 
(C5 também pode ser considerados um ramo). 
 BRAQUIAL  C5, C6, C7, C8, T1, isto é, C5 a 
T1 
 LOMBOSSACRAL (2 em 1)  T12, L1, L2, L3, 
L4, L5, S1, S2, S3, S4, isto é, T12 a S4 (alguns autores 
afirmam ser de L1 a S4). 
9- Conceitue nervo terminal. 
- É o nervo que sai do plexo. O nervo terminal leva o nome da região do corpo 
em que está localizado. Ex.: Nervos radial, femoral, ulnar, axilar. 
10- Quais os nervos terminais do plexo cervical observado nas figuras a seguir? 
- Plexo cervical situa-se anteromedialmente aos Mm. levantador da escápula e 
escaleno médio e profundamente ao M. esternocleidomastoideo (ECM). Os 
ramos superficiais do plexo que inicialmente seguem em sentido posterior são 
cutâneos (sensitivos) (Figura 8.13A, C e D). Os 
ramos profundos que seguem em sentido 
anteromedial são motores, inclusive as raízes do 
nervo frênico (para o diafragma) e a alça cervical 
(Figura 8.13A e B). 
11- Quais as regiões de inervação dos nervos terminais do plexo cervical? 
- A raiz superior da alça cervical, que conduz fibras dos nervos espinais C1 e C2, une-se 
momentaneamente e depois se separa do nervo hipoglosso (NC XII) enquanto atravessa a 
região cervical lateral (Figura 8.13). A raiz inferior da alça cervical origina-se de uma alça 
entre os nervos espinais C2 e C3. As raízes superior e inferior unem-se, formando uma alça 
secundária, a alça cervical, formada por fibras dos nervos espinais C1–C3, que se ramificam 
a partir da alça para suprir os músculos infra-hióideos, omo-hióideo, esternotireóideo e 
esterno-hióideo (Figuras 8.13, 8.14 e 8.15). O quarto músculo infra-hióideo, o tíreo-hióideo, 
 
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recebe fibras de C1, que descem separadas do nervo hipoglosso, distalmente à raiz superior 
da alça cervical (nervo para o músculo tíreo-hióideo) (Figuras 8.13A e B e 8.14B). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12- Em relação ao plexo braquial responda: 
a) Quais os nervos espinhais que formam esse plexo? C5 a T1 
b) Quais os troncos e fascículos tem esse plexo e quais as relações com a artéria 
axilar? 
- TRONCOS: superior (C5 e C6); médio (C7) e inferior (C8 e T1). 
- FASCÍCULOS: Lateral (troncos superior e médio); Posterior (troncos superior, 
médio e inferior) e Medial (continuação do tronco inferior). 
- A nomenclatura dos três fascículos está relacionada à artéria subclávia (que depois 
vira artéria axilar). O fascículo lateral tem um ramo medial e lateral para formar o 
nervo mediano. O que sai + lateralmente é o N. musculocutâneo. Do fascículo 
medial sai o N. ulnar. Do fascículo posterior sai o N. toracodorsal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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c) Quais os nervos terminais que saem desse plexo com as respectivas regiões que 
eles inervam? 
 N. MUSCULOCUTÂNEO: Mm coracobraquial, bíceps braquial e braquial. Depois 
vira N. cutâneo lateral do antebraço. 
 N. AXILAR: entra no espaço quadrangular e inerva o M. deltoide e o M. redondo 
menor. 
 N. RADIAL: sai na parte lateral do cotovelo (ao lado do M. braquiorradial). Inerva 
o tríceps braquial e a musculatura extensora posterior do antebraço e parte dorsal 
da mão (exceto as extremidades dos dedos, que será o N. mediano), além do M. 
braquiorradial e o M. supinador 
 N. MEDIANO: acompanha a A. braquial e depois inerva a musculatura anterior 
lateral do antebraço (Mm. palmar longo, flexor radial do carpo, flexor superficial dos 
dedos, porção lateral do M. profundo dos dedos, pronador quadrado, pronador 
redondo. Inerva a região tenar—mais lateral/ polegar (quem inerva a hipotenar é o 
N. ulnar). 
 N. ULNAR: passa atrás do epicôndilo medial, junta-se com a A. ulnar e vai para a 
mão. Inerva o M. flexor ulnar do carpo e a porção medial do M. flexor profund dos 
dedos. Passa abaixo do retináculo e do canal ulnar (não entra no túnel do carpo, o 
único que entra é o N. mediano) e vai para a mão, inervando a parte cutânea do 4º 
e 5º dedo, além da musculatura hipotenar e vários Mm. Interósseos. 
* N. supraescapular  M. supra e infraespinhal. 
* N. toracodorsol  M. grande dorsal 
* N. torácico longo  M. serrátil anterior 
TUNEL DO CARPO: quem passa nele são o N. mediano e tendões dos Mm. Flexores 
(superficiais e profundos) que vão para os dedos. O N. mediano pode ser 
comprometido quando há tendinites, p. ex. 
 
 
 
 
 
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Imagem A e P (campos de inervação cutânea): 
 N. supraclavicular 
 Deltoide 
 Intercostobraquial 
 Cutâneo lateral do antebraço 
 Cutâneo medial do antebraço 
 Cutâneo medial do braço 
 N. mediano 
 N. radial 
 N. ulnar 
d) Como fazer bloqueio total do plexo braquial? 
- Devemos conhecer bem a anatomia do local. 1º limitamos a clavícula, o trapézio e 
ECM (trígono lateral do pescoço). O plexo braquial fica bem no meio desse trígono 
cervical, mais especificamente entre o M escaleno anterior e o médio. Introduzimos 
a agulha na linha logo abaixo da cartilagem cricoide (A). Cuidado para não lesionar 
a A. subclávia e a V. subclávia. O bloqueio também pode ser parcial (muda a técnica). 
* Lembrar que o N. frênico passa em cima do M. escaleno anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) Quais os respectivos sintomas clínicos quando ocorre lesão nos nervos 
terminais desse plexo? 
 LESÃO N. RADIAL: punho caído. 
- Prejudica a musculatura extensora do punho e dos dedos 
 
 
 
 
 LESÃO N. MEDIANO: Mão em benção 
- A flexão só é possível nos 4º e 5º dedos 
 
 
 
 
 LESÃO N. ULNAR: Mão em garra 
- 4º e 5º dedos paralisados 
- Abaixo observe a mão em garra de um pcte com 
hanseníase. 
 
 
 
 
 
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NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
- A lesão no M. mediano pode acontecer mais proximal—antes do cotovelo (MÃO 
EM STOP—pcte não consegue fazer flexão do punho e dos dedos) ou mais distal 
(lesão do túnel do carpo—atrofia da musculatura tenar e perda sensibilidade dos 3 
dedos laterais). 
 LESÃO N. AXILAR: observe uma 
atrofia do M. deltoide esquerdo em 
comparação ao deltoide direito. 
- Abaixo temos uma atrofia do M. 
redondo menor por lesão do N. axilar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Abaixo temos uma LESÃO N. TORÁCICO LONGO (faz protrusão da escápula, ou 
seja, a mantém colada ao tronco fazendo movimento para frente): Síndrome da 
Escápula Alada—a escápula não fica presa ao tronco, ficando mais proeminente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Acima temos a lesão de ERB-DUCHENNE—geralmente lesiona o N. radial. Muito 
comum em partos normais. 
 LESÃO N. MUSCULOCUTÂNEO: 
- Raramente é lesado devida à sua localização (perfura o M. coracobraquial e passa 
entre as cabeças longa e curta do bíceps). 
- Ocorre comprometimento dos Mm. Bíceps braquial, coracobraquial e braquial, 
perdendo quase totalmente a flexão do antebraço e comprometendo a flexão do 
braço. 
 
 
 
 
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13- Em relação ao plexo Lombossacral responda: 
a) Quais os nervos espinhais que formam esse plexo? T12 a S4 (ou L1 a S4) 
b) Quais os nervos terminais que saem desse plexo com as respectivas regiões que 
eles inervam? 
PLEXO LOMBAR 
 N. ILIO-HIPOGÁSTRICO (T12 + L1): sensitivo e inerva a região que leva seu nome, 
isto é, região ilíaca e parte inferior do abdome (hipogástrica).Esse nervo sai na 
borda superior do M. quadrado lombar 
 N ILIOINGUINAL (L1): sensitivo e inerva a região que leva seu nome, isto é, região 
ilíaca e inguinal (pele do escroto e grandes lábios). Cruza inferiormente o M. 
quadrado lombar e desce até a crista ilíaca para depois atravessar a musculatura 
 N. GENITOFEMORAL (L1 + L2): inerva a região genital (pele do escroto, grandes 
lábios) e parte da região do trígono femoral. Localizado acima do M. psoas maior, 
atravessando o ligamento inguinal e chega na região genital. 
 N. CUTÂNEO LATERAL DA COXA (L2 + L3): é quase em sua totalidade um nervo 
sensitivo e inerva a região lateral da coxa. Localizado abaixo do M. psoas maior, 
passando por cima do M. ilíaco e saindo abaixo do ligamento inguinal 
 N. FEMORAL (L2 + L3 + L4, parte posterior do plexo): localizado lateralmente ao 
M. psoas maior (entre psoas maior e ilíaco). Inerva a musculatura anterior da coxa 
(sartório, parte do pectíneo, quadríceps). 
* Uma parte do N. femoral passa pelo canal do adutor e acompanha a V. safena 
magna, sendo chamado de N. safeno (inerva parte cutânea anteromedial da perna). 
 N. OBTURATÓRIO (L2 + L3 + L4, parte anterior do plexo): inerva a região medial 
da coxa (adução), como os Mm. Grácil, adutores longo, curto e magno e parte do 
pectíneo (esse nervo passa pelo forame obturado). Localizado medialmente ao 
psoas maior 
 TRONCO LOMBOSSACRAL (L4 + L5): junção do plexo lombar + sacral 
* N. subcostal: está abaixo da última costela, inervando a musculatura lateral do 
abdome. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 1. N. subcostal 
2.N. ilio-hipogástrico 
3. N. genitofemoral 
4. N. cutâneo lateral da coxa 
5. N. femoral 
6. N. obturatório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PLEXO SACRAL 
 N. GLÚTEO SUPERIOR (L4 + L5 + S1): localizado acima do M. piriforme e inerva 
os Mm glúteo médio, glúteo mínimo e tensor da fáscia lata 
 N. GLÚTEO INFERIOR (L5 + S1 + S2): localizado abaixo do M. piriforme e inerva o 
M. glúteo máximo 
 N. ISQUIÁTICO (TRONCO LOMBOSSACRO (L4 + L5) + S1 + S2 + S3): geralmente sai 
logo abaixo do M. piriforme em direção à coxa. Inerva os Mm. bíceps femoral, 
semitendíneo, semimembranáceo e a porção flexora do adutor magno. Esse nervo 
é o maior nervo do corpo e na perna ele se divide em N. tibial e N. fibular comum. 
 N. CUTÂNEO POSTERIOR DA COXA (S1 + S2 + S3): inerva a região cutânea 
posterior da coxa. 
 N. PUDENDO (S2 + S3 + S4): inerva a região perianal, a musculatura do assoalho 
pélvico e a parte genital (pênis, clitóris, vagina, pequenos lábios) 
* Ramos menores do N. isquiático inervam os Mm curtos da região glútea 
(quadrado femoral, gêmeo superior, gêmeo inferior e obturatório interno e 
externo). 
* S5 se junta com o N. coccígeo e forma o PLEXO SACROCOCÍGEO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. N. obturatório 
2. Tronco lombossacro 
3. N. pudendo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESTANTE DO N. ISQUIÁTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- O N. isquiático é ramificado geralmente 
na região sural em N. tibial (medial) e N. 
fibular comum (lateral). 
 N. TIBIAL: inerva toda a musculatura 
posterior da perna (gastrocnêmio, sóleo, 
tibial posterior, flexor longo dos dedos, 
flexor longo do hálux). Passa atrás do 
maléolo medial e chegando atrás do maléolo se divide em ilíacos plantares lateral e 
medial, inervando toda a musculatura profunda do pé e os dedos do pé—parte 
inferior. 
 
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 N. FIBULAR COMUM: divide-se em 2 nervos 
- N. FIBULAR PROFUNDO (anda junto com a A. tibial 
inferior): inerva os Mm. Tibial anterior, extensor longo 
do hálux e extensor longo dos dedos. O fibular 
profundo profundamente ao retináculo e sai na região 
entre o primeiro e o segundo dedo do pé, inervando 
essa parte cutânea do pé. 
- N. FIBULAR SUPERFICIAL: inerva os Mm fibular longo 
e fibular curto. Além de inervar a musculatura lateral 
da perna, inerva também a pele dessa região e o dorso 
do pé. 
* O NERVO SURAL (ramo do N. isquiático) é formado 
pela união do nervo cutâneo sural medial (do nervo 
tibial) e do ramo comunicante sural do nervo fibular 
comum, respectivamente (ver Figura 5.57B; Quadro 
5.11). O nível de junção desses ramos é variável; 
pode ser alto (na fossa poplítea) ou baixo (proximal 
ao calcanhar). Às vezes os ramos não se unem e, 
portanto, não há formação de um nervo sural. 
Nessas pessoas, a pele normalmente inervada pelo 
nervo sural é suprida pelos ramos cutâneos surais medial e lateral. O nervo 
sural acompanha a veia safena parva e entra no pé posteriormente ao 
maléolo lateral para suprir a articulação talocrural e a pele ao longo da 
margem lateral do pé. 
 
 
 
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c) Quais os respectivos sintomas clínicos quando ocorre lesão nos nervos terminais 
desse plexo? 
 MARCHA DE 
TRENDELEMBURG: lesão 
do N. glúteo superior 
(pode ser por injetáveis ou 
traumas). Causa miopatias 
e fraqueza muscular. 
 
 
 
 
 
 MARCHA CLAUDICANTE: lesão do N. isquiático. Isso pode ocorrer também 
devido à síndrome do piriforme, em que, dependendo da anatomia de cada 
indivíduo, o N. isquiático, ao invés de passar por baixo do M. piriforme, passa dentro 
do músculo, o qual pode comprimir o n. isquiático, podendo fazer o indivíduo 
mancar. 
* Hérnia de disco 
(pega raízes do 
plexo 
lombossacral) 
também pode 
comprimir o N. 
isquiático, bem 
como traumas e 
acidentes. 
 
 
 
 
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* É de suma importância que o profissional da saúde conheça a anatomia do glúteo 
para realizar as injeções. O quadrante superior lateral (glúteos médio e mínimo) é 
o ideal, pois nele os riscos de lesões de nervos são menores. 
 
 
 
 
 
 
 LESÃO DO N. FIBULAR COMUM: pé 
caído ou invertido (à esquerda) 
 LESÃO N. FIBULAR SUPERFICIAL: 
dificuldade de fazer eversão (à direita). 
Aqui o pé NÃO fica caído. 
 
 
23 
 
2
3 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
 LESÃO N. FIBULAR PROFUNDO: pé 
fica caido (pé direito) 
 
 
 
 
 LESÃO DO N. TIBIAL: pcte não consegue 
abaixar a ponta do pé, o qual fica em 
dorsoflexão. 
 
 
 
 
 
* LESÃO N. ISQUIÁTICO: pé evertido + atrofia na perna toda (inclusive parte 
posterior da coxa) + perda da sensibilidade (somente a porção medial que fica 
sensível, devido ao N, safeno). O movimento se limita apenas à flexão de coxa, tendo 
dificuldade de fazer movimentos mais amplos. 
 
 
NERVOS DA PAREDE TORÁCICA 
- Os nervos torácicos vão de T1 a T12. 
- Na região torácica eles não formam plexo, exceto o nervo T1 que, além de ser um 
nervo intercostal, faz parte do plexo braquial (parte ventral do T1 forma o tronco 
inferior do plexo braquial e uma porção pequena formará o primeiro nervo 
intercostal). 
- Inervam a pele e os Mm. da região intercostal (íntimo, interno e externo) e 
abdominal (oblíquo interno, oblíquo externo, transverso do abdome, piramidal). 
- O N T1 é intercostal e vai para o plexo braquial. 
- O N T2 é intercostal, mas tem um ramo que vai se juntar com parte do plexo 
braquial e vai para a região anterior do braço—nervo intercostobraquial (junta-se 
com o N. cutâneo medial do braço, inervando a parte inicial medial do braço, pois o 
restante do braço quem inerva é outro cutâneo do plexo braquial). 
- Os Nn T3 a T6 são os nervos intercostais típicos, pois só ficam no espaço 
intercostal. 
- Os Nn T7, T8, T9, T10 e T11 são intercostais e também vão para aregião 
abdominal—chamados de nervos toracoabdominais. 
- O N T12 fica abaixo da última costela, logo, não é intercostal—é um nervo 
subcostal. 
* Os Nn T1, T2 e T12 são nervos intercostais especiais. 
 
 
24 
 
2
4 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
 
 
 
 
 
 
 
 
- A NAV (nervo, artéria e veia) intercostal localiza-se principalmente na borda 
inferior do arco costal. 
- Os vasos intercostais são formados por ramos da A. aorta e da A. subclávia que 
desce paralela ao esterno (paraesternal), as quais se anastomosam nos arcos 
intercostais. 
- Ao drenar líquido (derrame pleural, hemotórax, quilotórax) e ar (pneumotórax), 
fazemos uma abertura entre o arco costal T8 e T9, geralmente (às x entre T6 e T7). 
- O correto é introduzir a agulha sempre no meio entre as costelas, e nunca colado 
à borda inferior da costela, pois pode romper os nervos e os vasos intercostais. 
Portanto, devemos perfurar sempre mais próximo da borda superior da costela, 
porém, não tão colado à borda superior, para evitar pegar os ramos colaterais. 
 
 
 
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2
5 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- A abertura da parede torácica pode 
ser feita em vários locais, como, p. ex, a 
nível de esterno, bem como na parede 
lateral (como na imagem ao lado e 
abaixo)—geralmente entre o 5º e o 6º, 
6º e 7º, 7º e 8º arco intercostal. 
- Faz-se essa grande incisão pegando os 
Mm grande dorsal, trapézio, serrátil e 
intercostais. Utiliza-se o afastador para 
obter acesso ao tórax. 
- Esse procedimento é tilizado para 
cirurgias e retirada de sangue / líquido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2
6 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
 Nervos cranianos (NC)
- São os nervos que fazem 
conexão com o encéfalo. 
 Olfatório (NC I): telencéfalo 
 Óptico (NC II): diencéfalo 
 NC III ao XII: tronco encefálico 
 
 
 
 
 
 
- O NC IV é o único NC que sai da parte posterior do 
tronco encefálico (véu medular superior). Fica acima 
do ventrículo IV e abaixo do colículo inferior. 
- O NC VI sai do sulco bulbo-pontino, mas sua origem 
é na ponte. 
 
 
 
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2
7 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
COMPONENTES FUNCIONAIS DOS NCs 
 FIBRAS AFERENTES 
 Somáticas Gerais (ASG): provenientes da pele 
(sensações gerais como tato, dor, cócega, 
temperatura, estímulo sexual) 
 Somáticas Especiais (ASE): olho, ouvido (visão, 
audição, equilíbrio) 
 Viscerais Gerais (AVG): origem nas vísceras (dor, 
sede) 
 Viscerais Especiais (AVE): olfato e paladar 
 FIBRAS EFERENTES 
 Somáticas: inervam os MEE derivados dos somitos (MMSS, MMII, 
Mm abdominais e Mm que movimentam os olhos) 
 Viscerais Gerais (EVG): inervam os Mm. lisos, M. cardíaco e glândulas 
(apenas parassimpático) 
 Viscerais Especiais (EVE): MEE derivados dos 2ºs arcos faríngeos / 
branquiais (músculos relacionados com funções viscerais, como os 
Mm da mímica, Mm da mastigação e Mm da laringe e da faringe). 
EXCEÇÃO: Ms trapézio e ECM, apesar de serem de origem dos 
somitos, são classificados como EVE. 
 
 
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2
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NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
 
 
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9 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
NERVO OLFATÓRIO (NC I) 
- O NC I capta a sensação que chega na concha nasal 
superior e parte da média e no 1/3 superior do septo nasal, 
pois nessas regiões têm filetes nervosos que captam as 
informações. 
- Depois de captar as informações, esses filetes atravessam 
a lâmina cribriforme do osso etmoide, se ligam ao bulbo 
olfatório e trafegam em direção ao encéfalo (imagem 
abaixo). 
- A célula que 
capta a 
informação 
(cheiro) é um 
NEURÔNIO 
BIPOLAR, do 
epitélio olfatório. Esses neurônios olfatórios estão sempre em divisão 
(EXCEÇÃO NO CORPO, visto que neurônios não se dividem). 
- Uma das extremidades desses neurônios bipolares está mergulhada na 
mucosa olfatória, onde há receptores que detectam o odor. Daí essa 
informação é levada pelos nerônios bipolares que formam filetes e 
atravessam a lâmina crivosa do etmoide. 
- Ao atravessarem a lâmina crivosa, essas céls fazem sinapse com o bulbo 
olfatório a partir da CÉLULA MITRAL (localizada no bulbo olfatório—região 
dilatada do NC I). 
- A cél. Mitral transporta informações através do TRATO OLFATÓRIO. Qdo a 
informação chega perto do lobo temporal divide-se em duas estrias: estria 
olfatória lateral (faz sinapses em núcleos olfatórios, no uncus e no corpo 
amidaloide) e estria olfatória medial (atravessa para o lado oposto do 
cérebro através da comissura anterior). 
 
30 
 
3
0 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
- OBS.: As informações olfatórias chegam ao córtex cerebral sem passar pelo 
tálamo (EXCEÇÃO, visto que todas as informações sensitivias que chegam, 
exceto o olfato, passam pelo tálamo). 
- O olfato tem ligações tanto com o córtex quanto com o corpo amidaloide e 
com o lado oposto do cérebro (onde atravessa pela comissura anterior). 
- O olfato também está 
ligado às informaçoes 
gustativas, pois a informação 
olfatória pode se juntar a 
outras informações, como a 
gustativa (ocorre no centro 
da olfação e da gustação) 
 
 
 
 
 
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3
1 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
NERVO ÓPTICO (NC II) 
- Origem: retina 
- Penetra no crânio pelo CANAL ÓPTICO 
- Unem-se para formar o QUIASMA ÓPTICO (local de cruzamento de fibras) 
 Ocorre cruzamento parcial das fibras 
 As fibras continuam como TRATO ÓPTICO até o corpo geniculado lateral 
no tálamo. Dali, as informações são enviadas para o córtex cerebral através 
das radiações ópticas que levam informações cruzadas. Do campo visual que 
estava embaixo vai 
para parte superior 
e do campo visual 
que estava em 
cima vai para parte 
inferior do córtex 
cerebral no lobo 
occipital. 
- Função: ASE e 
visão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3
2 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
- O que enxergamos 
campo lateral do olho 
cruza no quiasma 
óptico. Já o que 
enxergamos no campo 
medial esquerdo, p ex, 
vai para a retina do 
olho direito e não cruza 
no quiasma óptico. 
- O que você enxerga 
no campo visual 
inferior chega no córtex 
(lobo occipital) na parte 
superior. E o que você 
enxerga no campo 
visual superior chega nas 
bordas do sulco calcaríneo do lobo occipital na parte inferior. 
 Extremidade do cérebro: informação visual mais nítida. 
TRAJETO DA VIA ÓPTICAL: nervo óptico  quiasma óptico  trato óptico  
corpo geniculado  alça de meia (voltinha)  radiação óptica (passa ao 
redor do ventrículo lateral do cérebro)  córtex do lobo occipital (em volta 
do sulco calcaríneo). 
 
 
 
- Os neurônios ganglionares da retina (mais especificamente os axônios) que 
formarão o NC II. 
 
 
 
 
 
33 
 
3
3 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
- PERDA DO CRISTALINO, DA CÓRNEA E DA RETINA  cegueira total 
- LESÃO DO NERVO ÓPTICO  cegueira total 
- LESÃO QUIASMA ÓPTICO  Hemianopsia heterônima (bitemporal) 
completa (perda dos dois campos visuais laterais) 
- LESÃO PARTE LATERAL DO QUIASMA ÓPTICO  Hemianopsia nasal 
completa do olho esquerdo (via que não cruza) 
- LESÃO DO TRATO ÓPTICO  Hemianopsia homônima completa à direita 
(perda do campo nasal e temporal do olho oposto) 
- LESÃO DA RADIAÇÃO ÓPTICA  Quadrantanopsia homônima completa 
(perda do quadrante) 
OBS.: A via óptica se liga ao colículo superior. 
NERVOS OCULUMOTOR (NC III), TROCLEAR 
(NC IV) E ABDUSCENTE (VI) 
- Penetram na órbita pela fissura orbital superior. 
- Distribuem aos Mm extrínsecos do bulbo ocular: 
o M. elevador da pálpebra superior (III) 
o M. reto superior (III) 
o M. reto inferior (III) 
o M. reto lateral (IV) 
o M. oblíquo superior (IV) – tróclea 
o M. oblíquo inferior (III)- Funções: Eferentes Somáticos e motricidade ocular. 
NERVO OCULOMOTOR (NC III) 
- Inerva quase todos os músculos extrínsecos e a musculatura intrínseca do 
olho. 
 
34 
 
3
4 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
- O NC III é EVG (parassimpático), elém de ter motricidade ocular intrínseca 
(Mms intrínsecos do bulbo ocular (mm lisos), M ciliar (regula a convergência 
do cristalino) e M esfíncter da pupila). 
- O núcleo relacionado à musculatura intrínseca dos olhos (parassimpática) 
está relacionada ao Núcleo de Edinger-Westphal (ou núcleo acessório do 
oculomotor). Já o núcleo motor está ligado à musculatura extrínseca do olho. 
 
 
 
 LESÃO DO N. RETO SUPERIOR: ptose (total ou parcial) 
 ESTRABISMO DIVERGENTE: olho fica + para lateral e a pupila fica dilatada 
(M constrictor da pupila para de funcionar) 
 DIPLOPIA: imagem dupla 
 
 
35 
 
3
5 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
NERVO TROCLEAR (NC IV) 
- O NC IV passa na fissura orbital 
superior e inerva o M oblíquo 
superior do olho (extrínseco). 
- É um nervo bem fininho. 
 
 
 NERVO ABDUSCENTE (NC VI) 
 
 
 
 
 
 
- Passa na fissura orbital superior 
- Função: abdução do 
M. reto lateral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
3
6 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
 ESTRABISMO DIVERGENTE (olho fica na lateral): lesão NC III 
 ESTRABISMO CONVERGENTE (olho fica na medial): lesaõ NC VI 
NERVO TRIGÊMIO (NC V) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- O NC V tem uma raiz sensitiva que se origina no gânglio trigeminal (gânglio 
semilunar ou de Gasser – fica dentro do crânio). 
- Perifericamente, do gânglio trigeminal partem 3 ramos (divisões) do trigêmeo: 
o N. oftálmico (V1) – passa na fissura orbital superior 
o N. maxilar (V2) – passa no forame redondo 
o N. mandibular (V3) – passa no forame oval 
- Sua raiz motora acompanha o N. mandibular, que inerva os Mm da mastigação. 
- Função: 
o ASG (raiz sensitiva)  temperatura, dor, pressão e tato da face; 
propriocepção (impulsos oriundos dos Mm. mastigatórios e articulação 
temporo-mandibular). 
o EVE (raiz motora)  mastigação (Mm. temporal, masseter, pterigóideo 
lateral, pterigóideo medial, milo-hioideo, digástrico (ventre anterior)). 
* NEVRALGIA/NEURALGIA DO TRIGÊMIO: descrita como uma dor severa na face, 
com início súbito e errático. A dor é crônica e progressiva. Existem três tipos 
diferentes de neuralgia do trigêmeo: típica (ou idiopática), atípica e sintomática. A 
variante típica é a mais comum, não sendo possível identificar uma causa. A 
neuralgia sintomática do trigêmeo ocorre secundária a outras condições, ex.: 
esclerose múltipla, tumores, pós-infecciosa ou pós-traumática. Opções terapêuticas 
incluem anticonvulsivantes e cirurgia (tratamento mais eficaz), entretanto na 
maioria dos casos não há cura. Quando, mesmo com medicação, não há melhora, o 
neurocirurgião faz a cordotomia (atinge, diretamente, as fibras sensitivas intra-
nevraxiais do trigêmeo) 
 
37 
 
3
7 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
 
 
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3
8 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3
9 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
 
 
 
 
 
 
40 
 
4
0 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
NERVO FACIAL (NC VII) 
- Emerge/ sai do tronco cerebral no sulco 
bulbo pontino (lateralmente ao VI) 
- Penetra no meato acústico interno, 
juntamente com o VIII par 
- Penetra no canal facial (parte petrosa 
do osso temporal) 
- Encurva-se para trás, formando o 
joelho externo (geniculo do nervo facial; gânglio 
geniculado) 
- Encurva-se para trás, formando o joelho externo 
(geniculo do nervo facial; gânglio geniculado) 
- Encurva-se para baixo e emerge do crânio pelo 
forame estilomastóide 
- Atravessa a parótida (mas não a inerva) e emite 
diversos ramos para Mm da mímica, M estilo-hioideo 
e M. digástrico (ventre posterior). 
- Conectado a vários núcleos (motores e sensitivos) do 
tronco encefálico 
O NC VII é dividido em: 
 RAIZ MOTORA: N facial propriamente dito (entra no MAI e desce pelo forame 
estilomastoideo) – inerva os Mm da mímica (EVE) 
 RAIZ SENSITIVA: N intermédio – suas funções são: 
- AVE: gustação 2/3 anterior da língua (doce, salgado e pouquinho de azedo) 
- AVG: 
- ASG: capta informações da orelha (ouvido externo) 
- EVG (parassimpático): função lacrimal (glândulas lacrimais) e função salivar 
(glândulas submandibular e sublingual). 
 
41 
 
4
1 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
PARTE MOTORA DO NC VII 
- O plexo intraparotídeo possui 2 troncos: 
 TRONCO TEMPORFACIAL: saem os Nn temporal e zigomático 
 TRONCO CERVICOFACIAL: saem os Nn bucal, marginal da mandíbula e 
cervical (vai em direção ao M platisma). 
* N auricular posterior inerva os Mm da mímica da parte posterior da cabeça 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- O N nasopalatino sai no forame incisivo. 
 
 
42 
 
4
2 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
PARTE SENSITIVA DO NC VII 
1ª função sensitiva do NC VII - A parte sensitiva capta gustação dos 2/3 anteriores 
da língua e volta a partir do N corda do tímpano, que sobe junto com o N facial, 
passa pelo gânglio geniculado, adentra o tronco encefálico em direção ao NÚCLEO 
SOLITÁRIO. 
2ª função sensitiva do NC VII – NÚCLEO SALIVATÓRIO SUPERIOR - a corda do 
tímpano possui componente sensitivo e motor. Um componente da corda do 
tímpano acompanha o N lingual (ramo do NC V), forma o gânglio submandibular 
(antigamente submaxilar), saindo fibras pós ganglionares em direção às glândulas 
submandibular e sublingual (parassimpático). 
- A corda do tímpano tem 2 componentes: (1) SNA– vai para as glândulas 
submandibular e sublingual; (2) gustativo – 2/3 anteriores da língua (leva 
informação para o núcleo 
solitário). 
 
 
 
 
 
 
43 
 
4
3 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
LESÃO DO NC VII 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PARALISIA CENTRAL – apenas o 
andar inferior fica lesionado. É 
contralateral à lesão. 
 PARALISIA PERIFÉRICA (de Bell) – 
andares superior (lagoftalmia) e 
inferior (rima labial caída) ficam 
lesionados. Acontece no mesmo 
lado (ipsilateral) da lesão. 
 
 
 
44 
 
4
4 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
NERVO VESTIBULO-COCLEAR (NC VIII) 
- Puramente SENSITIVO. 
Está ligado ao núcleo 
coclear (audição) e ao 
núcleo vestibular 
(equilíbrio). 
- Penetra na ponte na 
porção lateral do sulco 
bulbo-pontino, entre o 
VII par e o flóculo do cerebelo (ângulo ponto-cerebelar). 
- Ocupa o MAI (porção petrosa do osso 
temporal, mas não sai do crânio), 
juntamente com o VII. 
- FUNÇÃO: ASE – equilíbrio (parte 
vestibular) e audição (coclear). 
ÓRGÃO ESPIRAL DE CORTI: possui céls 
exterociliadas que se apoiam pela 
membrana tectória, as quais levam 
estímulo nervoso para o gânglio espiral 
(fica o corpo no neuronio sensitivo, o 
qual capta a informação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
4
5 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
NERVO VESTIBULO-COCLEAR (NC IX) 
- Possui um núcleo motor (AMBÍGUO) e outro sensitivo (SOLITÁRIO). 
- Liga-se também ao NÚCLEO SALIVATÓRIO INFERIOR, onde liga-se fibras 
parassimpáticas em direção à glândula parótida. 
FUNÇÕES 
 AVE – gustação no 1/3 posterior da língua (amargo e pouquinho de azedo) 
 AVG (sensibilidade geral) – 1/3 posterior da língua, faringe, úvula, tonsilas, 
tuba auditiva, seio e corpo carotídeo (quem faz essa função nos 2/3 
anteriores da língua é o NC V) 
 EVG (parassimpático) – inervação da parótida 
 EVE: inerva os Mm da faringe e do véu medular 
 ASG: capta sensações gerais dessas regiões e do ouvido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Na imagem acima perceba que a parte sensitiva doglossofaríngeo sai fibras 
parassimpáticas do tronco encefálico, passa dentro do ouvido (formando o 
plexo timpânico) e chega, através do N petroso menor, no GÂNGLIO ÓTICO 
(que está colado ao N. mandibular). Do gânglio ótico saem fibras pós-
 
46 
 
4
6 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
ganglionar através do N auriculotemporal (tem duas voltinhas e fica ao redor 
da A meníngea média, abraçando-a) e vai em direção à parótida. 
- Já a inervação simpática (que vem através do gânglio cervical superior) sobe 
através da A carótida interna, emitindo ramos simpáticos para a parótida. 
* Os gânglios pterigopalatino, submandibular e ótico possuem ramificações 
do N trigêmeo. 
- Acima do M digástrico  vemos o N glossofaríngeo (+ profundo que o XII) 
- Abaixo do M digástrico  N hipoglosso (NC XII) 
Lesão do IX  paralisia da glândula parótida (não secreta saliva) e dificuldade 
de na deglutição (perda sensibilidade gustativa na parte posterior da língua 
e na faringe) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
4
7 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
NERVO VAGO (NC X) 
- Componentes sensitivo 
(NÚCLEO VAGAL) e motor 
(inervação parassimpática 
(NÚCLEO DORSAL DO VAGO) das 
vísceras torácicas e abdominais + 
Mm da faringe (NÚCLEO 
AMBÍGUO) e da laringe) 
- Também está ligado ao NÚCLEO 
SOLITÁRIO (da gustação). 
FUNÇÕES 
- EVG – inervação parassimpática das 
vísceras torácicas e abdominais. 
- EVE (fonação) – Mm da faringe e laringe 
(N. laríngeo recorrente) 
- AVG (sensibilidade geral – faringe, laringe, 
traqueia, esôfago, vísceras do tórax e 
abdome. 
- AVE – ligado à gustação. 
 
PARTE CERVICAL 
- O N laríngeo recorrente/inferior 
(inerva esôfago, traqueia e Mm 
intrínseca da laringe) do lado 
esquerdo ele faz uma voltinha e 
passa por baixa da A aorta (volta 
e cola na traqueia, indo até a 
laringe) e do lado direito ele 
passa abaixo da A subclávia 
direita (e sobe até a laringe). 
- O N laríngeo superior é + 
sensitivo, com exceção de um 
raminho motor. 
- O N vago desce paralelo à A 
carótida e à V jugular. 
 
 
 
 
 
 
48 
 
4
8 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
PARTE TORÁCICA 
 
 
- O vago adentra e forma dos PLEXOS CARDÍACO (fibras parassimpáticas que 
vão em direção ao coração) e ESOFÁGICO (parassimpático). 
- vago também tem função quimio e barorreceptiva do arco aórtico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
4
9 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
PARTE ABDOMINAL 
 
Lesão N vago: problema de motilidade intestinal e gástrica e problemas na 
modulação do coração. 
Lesão N laríngeo recorrente  disfonia (1 lado) e afonia (2 lados). Essa lesão 
pode ocorrer em cirurgias de laringe e traqueostomia malfeitas. 
 
 
 
50 
 
5
0 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
- A língua tem uma inervação bem complexa: 
 SENSITIVA GERAL – trigêmeo e glossofaríngeo 
 MOTORA – hipoglosso 
 GUSTAÇÃO – facial (2/3 anteriores – corda do tímpano), glossofaríngeo 
(1/3 posterior - petroso) e vago (epiglote – gânglio nodoso). Depois vai para 
o núcleo solitário, passa pelo tronco encefálico, vai para o tálamo, região 
inferior do giro pós-central e lobo da ínsula. 
 
NERVO ACESSÓRIO (NC XI) 
- Tem um 
componente espinhal 
(vai de C5, às x C6), 
que sobe e passa no 
forame magno, junta 
com a parte bulbar e 
forma o NC XI. 
- O acessório desce e inerva os mm ECM e trapézio 
(função praticamente motora), outra parte acompanha 
o N vago. 
* Alguns autores descrevem uma função 
proprioceptivas do trapézio e ECM feita pelo plexo 
cervical, que pode ter fibras que acompanham o N 
acessório. 
 
 
 
51 
 
5
1 
NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
 
- O NC XI emerge como filamentos radiculares do bulbo pelo 
sulco lateral posterior (raiz craniana) e dos segmentos C1-
C5/C6 da medula (raiz espinhal) – A raiz espinhal penetra no 
crânio pelo forame magno. 
- Atravessa o forame jugular juntamente com os IX e X pares 
- Divide-se em ramos interno (fibras da raiz craniana) e 
externo (fibras da raiz espinhal) 
- O ramo interno junta-se ao vago (vai em direção à laringe – 
principalmente através do N laríngeo recorrente) 
- O ramo externo inerva os Mm trapézio e ECM. 
FUNÇÕES DO NC XI 
- EVE (ligado a arcos branquiais) – Mm da laringe (raiz craniana – N laríngeo 
recorrente) e Mm ECM e trapézio (raiz espinhal) 
- EVG (ligado ao SNA) – funções nas regiões que acompanham o N vago. 
Lesão do NC XI  paralisia dos Mm trapézio e ECM (pescoço fica duro para 
um lado e a pessoa vai olhar sempre movimentando o tronco) 
 
 
 
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NEUROANATOMIA – Thaís Ribeiro Garcia, XXI, 4º período 
NERVO HIPOGLOSSO (NC XII) 
 
 
 
 
 
 
- É um nervo motor 
- Localizado próximo ao N vago, formando o TRÍGONO DO HIPOGLOSSO (no 
assoalho do IV ventrículo – onde há também o trígono vagal), ligado à 
musculatura da língua 
- Emerge do bulbo pelo sulco lateral anterior na forma de filamentos 
radiculares (entre a pirâmide e a oliva) 
- Emerge do crânio pelo canal do hipoglosso 
FUNÇÕES 
- Eferente Somático – MM intrínsecos e extrínsecos da língua e motricidade 
da língua. 
Lesão do NC XII  paralisia ipsilateral da musculatura intrínseca e extrínseca 
língua

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