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Resumo | Dificuldades no Processo Ensino Aprendizagem

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RESUMO
DIFICULDADES DO
PROCESSO ENSINO
APRENDIZAGEM
@A U G U S T O N A S C I M E N T O P S I
 
Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
 
Centro Universitário Barão de Mauá 
Disciplina: Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
Professora: Profa. Dra. Gisele Machado da Silva 
Contato: gisele.silva@baraodemaua.br 
E-mail: euaugustonascimento@gmail.com 
 
Aula: 04 de agosto de 2021. 
 
Discussão inicial: 
 
1. O que vocês entendem sobre dificuldade de 
aprendizagem? 
✓ Acho que dificuldade de aprendizagem é quando 
a criança/adolescente não consegue 
acompanhar a sua idade cronológica, aquilo 
que é esperado para uma certa idade não se 
desenvolve, na fala, na escola, em várias ações 
que deveriam ser "normais" não se 
concretizam. 
✓ Eu entendo que se criou um padrão de tempo de 
aprendizagem e o que se aprende em cada fase, e 
o que sai desse padrão é tido como dificuldade. 
 
2. Quem percebe? 
✓ Primordialmente os pais, quando existe essa 
atenção dentro de casa, ou familiares próximos, 
ou a escola, em último caso; 
✓ Principalmente a família e o educador na escola; 
✓ Mas acredito que sejam os professores por conta 
de verem o desempenho escolar. 
 
3. Quais as intervenções? 
✓ Creio que a psicologia faz a ponte (entre 
professor e aluno, colegas de classe x criança 
defasada), eu fiz estágio antes da pandemia 
numa escola pública, e lidava diariamente com 
alunos que tinham DI (dificuldade intelectual), 
estes, precisavam de materiais adaptados por 
psicopedagogas muita atenção. Existia muita 
discriminação dentro da sala, e eu atuava nessa 
parte de intervir e criar estratégias para que isso 
não ocorresse, escutar os dois lados para 
compreender o porquê havia essa discriminação 
e promover, debates, informações, porque muitas 
vezes os outros alunos da sala não entendiam o 
porquê determinado aluno fazia tarefas “mais 
fáceis”. 
✓ Acho que a psicologia ajudar muito em relação as 
atividades, como serem aplicadas, como devem ser 
abordadas e etc, mas também na construção do 
sentimento de segurança e no desenvolvimento do 
"sentir se capaz" da criança que muitas vezes pode não 
se ver dessa forma; 
✓ Acredito que a psicologia é essencial pra realizar um 
acompanhamento com a criança e também 
identificar se tem alguma CID e quais são as possíveis 
intervenções; 
✓ Penso que as intervenções são acompanhamentos que 
eventualmente, após analisar quais pontos precisam ser 
mais bem desenvolvidos, norteiam quais condutas de 
aprendizagem vão de encontro com as dificuldades da 
criança. 
✓ A psicologia pode ajudar na parte de aceitação e empatia 
dos demais. 
 
4. Dificuldades: 
SOUZA BUENO 
19:27 
“minha dificuldade era ter ansiedade demais aos 5/6 
anos, eu tinha pavor de prova, vomitava, ficava sem 
comer kkkkk” 
ALBUQUERQUE 
19:29 
“Ah, smp tive um probleminha em lembrar termos 
específicos e seus significados. aí tem que ser um pouco 
na decoreba intensiva pra fluir kkkkk além disso depois 
de mudar de escola no ensino fundamental tive uma 
queda enorme no desempenho escolar, matérias que eu 
ia muito bem foram decaindo, isso acabou gerando uma 
espécie de síndrome do impostor e ansiedade acadêmica, 
o que frequentemente leva a procrastinação etc” 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:gisele.silva@baraodemaua.br
mailto:euaugustonascimento@gmail.com
Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
 
 
Aula: 11 de agosto de 2021. 
 
Fórum "Escritores da Liberdade" 
 
Após assistirem o filme "Escritores da Liberdade", 
respondam, através do Fórum, as seguintes questões: 
 
1. Analise o contexto apresentado pelo filme 
tendo como base as relações sociais 
estabelecidas entre alunos-alunos, alunos-
escola e alunos-famílias. 
O filme relata a vivência de uma professora de Língua 
Inglesa e Literatura, Erin Gruwell, e suas experiências 
com os alunos que são considerados “incapazes.” A 
princípio isso se dá porque, naquela época, era 
instalado nos EUA, um programa de integração 
voluntária que abriu as portas das escolas para os 
adolescentes que constituíam as “minorias raciais”, 
ou seja, os imigrantes, afro-descentes, latinos e 
orientais. Porém, estes não foram realmente 
integrados e, por isso, eram segregados fazendo jus a 
violência na escola. Assim sendo, a violência da 
escola é representada com a diferenciação entre os 
estudantes, pois esta era tão notável que o ensino 
designado ao grupo estigmatizado era de baixa 
qualidade. Em meio a esse território de separações e 
preconceitos, surge essa professora branca que, 
inicialmente, é recebida como inimiga deles. A 
violência à escola pela resistência desse grupo que 
durante o processo de incentivar a leitura de livros, 
visita a museus e entrar em contato com histórias de 
sobreviventes da guerra, houve resistência por parte 
dos alunos. 
Portanto, torna-se notável após assistir e analisar o 
filme que a instituição e o método de ensino adotado 
pelo docente contribuem de forma significativa para 
que o objetivo do ensino/aprendizagem se concretize. 
Fazer com que os alunos lidem com seus estigmas e 
estereotipias abrem novas possibilidades de ver e 
significar o mundo ao seu redor, visto que a 
aprendizagem aqui é tomada não somente como 
desenvolvimento intelectual, mas também em sua 
dimensão terapêutica. 
 
 
 
2. O filme proposto aborda a situação do não aprender. 
Na sua compreensão as dificuldades de aprendizagem 
retratadas podem ser atribuídas a quais aspectos? 
Primordialmente, podemos observar problemas 
estruturais e socioeconômicos, além disso a segregação é 
um fator extremamente relevante, pois a própria 
instituição de ensino permeia e faz com essa segregação 
persista, de forma que a metodologia utilizada era de 
qualidade baixa, os métodos pedagógicos ultrapassados, o 
ambiente físico, e por motivos relacionadas com o próprio 
aluno e seu contexto de vida. 
Esta é uma atividade individual. A resposta ao Fórum e 
discussão sobre o filme proposto terão pontuação: 0-2 
pontos. 
 
Ler o artigo e buscar no filme o que viu na teoria; 
Aspectos da violência de modo geral; 
Violência física, psicológica, simbólica e institucional, 
articular com as relações abaixo: 
Violência na escola 
Violência da escola 
Violência à escola 
 
Aula: 18 de agosto de 2021 
 
Dificuldades de aprendizagem (DA) Terminologias, 
origens e definições 
 
Não há definição universalmente aceita. 
As DA são compostas por um grupo heterogêneo de 
sintomas. 
 
Mito sobre as DA 
 
Causa das DA: alocada no indivíduo; 
Indivíduo com DA: inferior em sua capacidade de 
aprendizagem acadêmica; 
DA: Requer ajuda e aulas especiais para solucionar as 
dificuldades individuais dos alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
 
Etapa 1: Fundação do campo das DA (1800 - 
1963): 
 
Gall (1800): alteração cerebral como explicação das 
dificuldades de aprendizagem- base neuropsicológica do 
problema. 
Hinshelwood (1917): dificuldades na leitura devido a 
alterações congênitas nas áreas cerebrais da memória 
visual para as palavras. 
Orton (1937): rejeita a explicação de Hinshelwood. 
Variabilidade fisiológica no estabelecimento da 
dominância cerebral. 
Propõe: Estrefossimbolia que é a alteração ou 
mudança de símbolos. Ex.: inversão de letras (p/q, 
d/b). 
Grande influência - 1949: Sociedade Orton de Dislexia. 
- Strauss: todas as crianças que não aprendem possuem 
uma "lesão cerebral mínima". 
- 1930 a 1960: propostas instrucionais. 
 
Segunda Etapa: Os primeiros anos 1963 - 1990: 
 
Reunião/ grupo de pais: filhos com dificuldades 
persistentes na aprendizagem da leitura e 
profissionais para indicar soluções e organização para 
obtenção de serviços educacionais que tratasse do 
problema. 
Kirk - "pai das DAs“ ao propor o termo Learning 
disabilities: modelo teórico de funcionamento 
psicolinguístico (aspectoviso-motor e auditivo-motor): 
processos a serem avaliados e treinados. Proposta não 
resistiu cientificamente, mas contribuiu para uma 
mudança de paradigma, da Disfunção para Proposta 
Educacional. 
Hammil e Larsen (1974): ineficácia da proposta de 
Kirk. Proposta: treinamento instrucional nas habilidades 
fonológicas. Ex.: conexões fonema-grafema, soletração. 
 Sleeter (1990): campo das DA é uma construção 
social: surge em razão de demandas sociais históricas 
concretas, provenientes do âmbito escolar. 
 
 
 
 
 
Terceira etapa: Projeção ao futuro (a partir de 
1990): 
 
Persistem os problemas de definição, etiologia, 
diagnóstico diferencial, instrução e prognóstico. 
Maior avanço: interesse interdisciplinar pelo campo: 
psicologia, educação, neurologia, neuropsicologia, 
genética e patologia da linguagem. 
 
Tendência atual: Considerar as DA ao longo de um 
contínuo de gravidade e de diferenças entre as pessoas. 
Ênfase deixa de estar no aluno e é colocada no sistema. 
Vários autores: não existe base empírica suficiente para 
uma distinção entre dificuldades de aprendizagem e 
baixo rendimento escolar. 
 
Dificuldade de aprendizagem engloba um grupo 
heterogêneo de situações, manifestando-se por meio de 
atrasos ou dificuldades de leitura, escrita, soletração e 
cálculo, em pessoas com inteligência potencialmente 
normal ou superior e sem deficiências visuais, 
auditivas, motoras, ou desvantagens culturais. 
DA pode estar relacionada a problemas de 
comunicação, atenção, memória, raciocínio, 
coordenação, adaptação social e problemas 
emocionais. 
 
Rompimento com o modelo biológico. 
 
Oliveira (2007) diz que algumas crianças podem ter 
outras dificuldades que interferem indiretamente na 
memória tanto auditiva como visual sem que haja uma 
causa orgânica. 
Martinelli (2007) acentua que se pode encontrar 
sujeitos com alto coeficiente de inteligência e 
provenientes de classe econômica favorável 
apresentando algum tipo de dificuldade de 
aprendizagem. 
Proença (2002) sustenta que, embora , médicos 
tenham procurado as causas das dificuldades de 
aprendizagem em exames a anatomopatológicos dos 
cérebros de pacientes, até então, não identificaram 
nenhuma lesão cerebral. 
Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
 
Sistemas de Classificação 
 
Etiológico: buscam-se identificar as causas e predizer 
o resultado de uma dificuldade. 
Problemas: nem todos os casos possuem uma causa 
identificável e dificuldades podem ter origem similar, 
mas apresentar manifestações diferentes. 
 
Funcional: classificação por meio da medida da 
dificuldade, avaliação do nível de atuação da criança, 
muitas vezes, alicerçada nas medidas da inteligência. 
Problemas: quanto de uma capacidade cognitiva é 
necessário para aprender determinado conteúdo? 
 
Motivação para aprendizagem: a iniciação e 
manutenção de comportamento com o objetivo de se 
atingir uma determinada meta. 
Responder: 
▪ Por que realizar esta tarefa? (estabelecimento de metas) 
▪ Como me sinto ao realizar a tarefa? (componente 
afetivo) 
▪ Consigo realizar com sucesso? (autoeficácia) 
▪ Por que tive sucesso ou fracasso? (atribuições de 
causalidade) 
Alunos com DA apresentam descrenças ou 
percepção distorcida a respeito da própria capacidade 
de realizar tarefas escolares com sucesso. 
Stipek (1988) – cinco tipos de crianças com disfunções 
motivacionais: 
Defensivas – Ex: copiam 
Desesperançosas – Ex: os burros 
Inseguras – Ex: mas querem tudo 
Satisfeitas- Ex: contente como pouco 
Ansiosas – Ex: passam mal 
 
 
 
 
Como os professores podem agir? 
✓ Estabelecer metas 
✓ Escolher atividades em que o sucesso pode ser 
vivenciado 
✓ Ter clareza nos objetivos 
✓ Verificar a compreensão 
✓ Repetir as instruções 
✓ Remoção de distrações 
 
A Reconfiguração 
 
Se é por meio do processo de apropriação da cultura que 
cada homem adquire as capacidades humanas: 
A compreensão atual acerca dos distúrbios de 
aprendizagem pode ser reconfigurada, demonstrando 
que mediações adequadas e consistentes podem ter 
caráter revolucionário para a aprendizagem, ao 
tornarem presente o talento cultural quando o 
talento biológico não se revela como esperado. 
 
Fracasso escolar, fracasso de quem? 
 
Os índices de evasão e repetência escolar na realidade 
brasileira são expressivos e se mantêm inalterados há 
décadas: 
Evidenciando a seletividade do nosso sistema 
educacional, que exclui grande parte das crianças do 
processo de escolarização. 
 
A escola e seu papel no desenvolvimento das 
funções psicológicas superiores 
Para Leontiev (1978), a aprendizagem tem extrema 
relevância. 
É o processo de apropriação da experiência 
produzida pela humanidade através dos tempos que 
permite a cada homem a aquisição das capacidades e 
características humanas, assim como a criação de novas 
aptidões e funções psíquicas. 
 
 
 
 
 
 
Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
 
Vigotski (1999) postula, também, que as funções 
psicológicas superiores - como memória, atenção, 
abstração, aquisição de instrumentos, fala e 
pensamento - terão condições de se desenvolver 
mediante a aquisição de conhecimentos transmitidos 
historicamente, os quais, necessariamente, para serem 
apropriados pela criança, precisam da mediação dos 
indivíduos mais desenvolvidos culturalmente. 
Ou seja, o desenvolvimento das funções psicológicas 
superiores se dá na interação social e por intermédio 
do uso de signos. 
 
Os signos são entendidos aqui como instrumentos 
psicológicos, cabendo-lhes a função de atuar sobre o 
psiquismo humano, modificando-o. 
O signo mediatiza não só o pensamento, mas também a 
própria produção e reprodução da sociedade humana. 
 
A linguagem é considerada um dos signos mais 
importantes empregados para impulsionar o 
desenvolvimento psicológico, pois é graças à 
generalização verbal que a criança torna-se 
possuidora de um novo fator de desenvolvimento: 
A experiência humano-social – que se transforma no 
elemento fundamental da sua formação mental 
(Leontiev, 1978). 
 
Para a Psicologia Histórico-Cultural, as funções 
psicológicas superiores existem concretamente na 
forma de atividade interpsíquica nas relações sociais 
antes de assumirem a forma de atividade intrapsíquica. 
 
Mediante o processo de internalização ocorre a 
transformação do conteúdo das relações sociais em 
funções psicológicas superiores, especificamente 
humanas. 
Assim sendo, a Psicologia Histórico-Cultural 
assume que o fator biológico determina a base das 
reações inatas dos indivíduos e sobre esta base todo o 
sistema de reações adquiridas vai se constituir, sendo 
determinado muito mais pela estrutura do meio 
cultural onde a criança cresce e se desenvolve 
(Vigotski, 2001). 
 
Assim, entendemos que ao professor cabe a função de 
mediação entre o conhecimento já existente e os 
alunos, sendo que os conteúdos trabalhados por ele no 
processo educativo criam, individualmente, nos 
aprendizes, novas estruturas mentais, decorrentes dos 
avanços qualitativos no desenvolvimento de cada criança. 
 
Quando a escola não favorece tal apropriação, colabora 
para a manutenção da ordem vigente, na medida em que o 
saber continuará sendo propriedade de uma 
determinada classe. 
 
O contexto social 
 
Assim, quanto mais se tornam complexas as relações 
sociais de produção, mais complexos ainda tornam-se os 
mecanismos ideológicos de manutenção destas 
condições, sendo a escola, como demonstra Saviani (2003), 
um espaço ora implícito, ora explícito para a luta de classes 
na sociedade capitalista. 
Pode ser predominante uma práxis educativa 
transformadora ou revolucionária ou oposto. 
 
Distúrbio de Aprendizagem é um termo genérico que 
se refere a um grupo heterogêneo de desordens, 
manifestadas por dificuldades na aquisição e no uso da 
audição, fala, escrita e raciocínio matemático. 
Essasdesordens são intrínsecas ao indivíduo e presume-se 
serem uma disfunção de sistema nervoso central. 
Entretanto, o distúrbio de aprendizagem pode ocorrer 
concomitantemente com outras desordens como 
distúrbio sensorial, deficiência intelectual, distúrbio 
emocional e social, ou sofrer influências ambientais como 
diferenças culturais, instrucionais inapropriadas ou 
insuficientes, ou fatores psicogênicos. Porém, não são 
resultado direto destas condições ou influências 
(Hammill, citado por Ciasca, 1994, p. 36, grifos nossos). 
 
Assim, pode-se afirmar que a disfunção neurológica é a 
característica fundamental que diferencia crianças com 
distúrbio de aprendizagem daquelas com dificuldades 
de aprendizagem (Rocha, 2004). 
 
 
 
Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
 
Tomando-se como base esta definição, é possível 
considerar que as dificuldades de aprendizagem são 
facilmente removíveis, por se constituírem em 
problemas no processo ensino-aprendizagem, e não 
relacionados a fatores biológicos resultantes de 
disfunções do sistema nervoso central (SNC). 
 
No que se refere à incidência, encontramos 40% da 
população em idade escolar indicada como portadora 
de dificuldade de aprendizagem, enquanto somente 
3% a 5% apresentariam distúrbio de aprendizagem 
(Campos, citado por Rocha, 2004). 
 
Diagnósticos Indevidos 
 
Resultantes, de concepções negativas sobre a criança 
e seu desenvolvimento e de práticas educacionais e 
avaliativas que desconsideram a política educacional 
do país; a qualidade da escola oferecida aos seus 
usuários; a relação professor-aluno; a metodologia de 
ensino, a adequação de currículo e o sistema de avaliação 
adotado; diferenças sociais e culturais que não são 
respeitadas no sistema de ensino; a família - que ainda é 
vista como aquela que desvaloriza a educação formal em 
detrimento do trabalho, etc., responsabilizando a criança 
pelo não-aprender. 
Estas concepções, pautadas numa visão organicista e 
naturalizada de homem e sociedade só pode conceber 
o não-desabrochar das capacidades humanas tomadas 
como espontâneas como doença, patologia, inabilidade 
e incapacidade. 
O entendimento dos processos de escolarização e a 
complexidade neles envolvida como sendo 
construídos em uma sociedade de classes onde as 
crianças são tratadas de acordo com o grupo social do 
qual fazem parte. 
Ou seja, as crianças devem ser entendidas como 
indivíduos que se desenvolvem ou não, a partir 
do meio sociocultural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
 
Centro Universitário Barão de Mauá 
Disciplina: Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
Professora: Profa. Dra. Gisele Machado da Silva 
Contato: gisele.silva@baraodemaua.br 
E-mail: euaugustonascimento@gmail.com 
 
Aula: 04 de agosto de 2021. 
 
Avaliação Psicopedagógica 
 
O que é fracasso escolar? 
Resposta insuficiente do aluno a uma exigência ou 
demanda da escola. 
Antigamente o “não aprender” era associado a família 
ser pobre, ou a criança ser desnutrida, exceto a escola; 
 
As diversas perspectivas que compõem o fracasso 
escolar 
Perspectiva da sociedade 
Perspectiva da escola 
Perspectiva do aluno 
 
A Sociedade 
Cultura, as condições e relações político-sociais e 
econômicas, a estrutura social, as ideologias dominantes 
e as relações implícitas ou explícitas desses aspectos 
com a educação escolar. 
 
O Diagnóstico Psicopedagógico 
Deve considerar as relações significativas existentes entre 
a produção escolar e as oportunidades reais de acesso à 
saúde, cultura e lazer que a sociedade disponibiliza às 
diferentes classes sociais. A criança em diagnóstico teve 
oportunidade de crescimento cultural? 
 
A Escola 
É permeada pela sociedade, define como as informações 
chegam ao aluno. A escola está qualificada para 
ensinar? A escola está prepara para motivar o aluno? 
 
O aluno 
• 10% dos casos de fracasso escolar são atribuídos a 
dificuldades reais do aluno. 
• A ansiedade do aluno na situação de aprendizagem 
gera: 
• Agitação 
• Desatenção 
• Doenças 
Importante Distinguir: 
• O aluno que não Aprende daquele que não tem a 
produção esperada pela escola e pela família. 
• Não alocar ao paciente pontos conflituosos relativos 
ao processo de ensino-aprendizagem. 
 
Pluralidade de perspectivas 
• O fracasso escolar é decorrente de múltiplas 
perspectivas. 
 
Aspectos orgânicos do aluno 
• Disfasias (descoordenação na fala-lesão) 
• Afasias (deterioração da linguagem falada ou escrita-
dificuldade em nomear objetos) 
• Dislexias (dificuldade de leitura) 
• TDA 
• TDAH 
 
Aspectos cognitivos do aluno 
• Memória • Atenção • Antecipação 
 
Aspectos Emocionais 
Exercício: 
• Qual a sua relação com o curso de Psicologia? 
Relação com o aprender 
 
Aspectos sociais 
Oportunidades 
 
 
 
 
 
mailto:gisele.silva@baraodemaua.br
mailto:euaugustonascimento@gmail.com
Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
 
Aspectos pedagógicos 
• A escola deveria contribuir para que o aluno 
desenvolvesse prazer em aprender. 
• Fornecer meios para que o aluno possa superar 
deficiências de aprendizagem. 
 
Toda aprendizagem da criança na escola tem uma pré-
história (Vygotsky, 1989). 
 
Diagnóstico 
Todo diagnóstico é uma investigação, uma pesquisa do 
que não vai bem com o sujeito em relação a uma conduta 
esperada. 
 
Queixa 
No caso do atendimento psicopedagógico a queixa é o 
não-aprender, o não revelar o que aprendeu é o aprender 
com dificuldade. 
 
Qual é o objetivo da investigação 
psicopedagógica? 
Obter uma compreensão global da forma do sujeito 
aprender e dos desvios que estão ocorrendo nesse 
processo. Os dados obtidos em relação à vida biológica, 
intrapsíquica e social devem ser organizados de forma 
única e pessoal. 
 
Sintoma 
O sintoma é aquilo que é percebido pelo indivíduo e 
pelos outros. Com o sintoma o indivíduo diz alguma 
coisa aos outros, se comunica! 
 
Desvio 
Quando aceitamos que há desvio, o desvio deve ser 
interrogado. Desvio em relação a quê? 
 
Parâmetros para delimitar o desvio 
• Classe socioeconômica • Idade cronológica • Exigência 
familiar • Formação cultural • Exigência escolar 
 
 
 
 
 
Eixos de análise diagnóstica 
• Horizontal: A-histórico, visão do presente “Aqui, agora, 
comigo”. 
• Vertical: Histórico, visão do passado, visão da 
construção do sujeito. 
 
Eixo horizontal 
• Entrevista Familiar Exploratória Situacional (EFES) 
• Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem 
(EOCA) 
• Sessões lúdicas 
• Testes e provas 
• Diagnóstico Operatório (Piaget) 
 
Eixo Vertical 
• Anamnese com a família, com a escola, com outros 
profissionais 
• Análise de laudos, relatórios, registros, álbuns 
fotográficos, da vida do bebê. 
• História escolar, história clínica, primeiras 
aprendizagens 
 
Sucesso do diagnóstico 
O diagnóstico bem-sucedido não está relacionado ao 
grande número de instrumentos utilizados, mas na 
competência do terapeuta em explorar a multiplicidade de 
aspectos revelados em cada situação. 
É importante que não se perca de vista a visão de uma 
pluricausalidade gestáltica dos problemas de 
aprendizagem por ocasião do processo diagnóstico. 
Assim, deve-se efetuar o diagnóstico da escola, da 
situação socioeconômica... 
Então o diagnóstico visa: Identificar o desvio e os 
obstáculos no Modelo de Aprendizagem do sujeito. 
 
O que é Modelo de Aprendizagem? 
Um MA é um conjunto dinâmico que estrutura o 
conhecimento que o sujeito possui, o estilo usado nessa 
aprendizagem, a mobilidade e o funcionamento 
cognitivos, os hábitos, as motivações, as defesas, os 
conflitos em relação ao aprender, o significado da 
aprendizagem para o sujeito, sua família e escola. 
 
 
 
Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
 
O esboço do MA 
Ao atingir um esboço do MA o terapeutapode refletir 
e levantar hipóteses sobre a causalidade do 
problema de aprendizagem e traçar diretrizes de 
ação. 
 
Atenção 
A relação entre Diagnóstico e Tratamento è tênue. 
Todo diagnóstico já é uma intervenção. No 
diagnóstico já existe a formação de vínculos. 
Quando o terapeuta for interromper o atendimento 
após o diagnóstico deve limitar o número de sessões. 
 
Resistências 
Quando há a percepção de resistências ao diagnóstico 
a primeira pergunta deve partir do nível real. O que está 
acontecendo no aqui e agora, conosco. 
Deve-se investigar se existem medos e ameaças 
encobertos. 
 
Condutas inconscientes 
• Do terapeuta • Do paciente 
 
Sequência Diagnóstica (Weiss) 
• Entrevista Familiar Exploratória Situacional. 
• Entrevista de Anamnese. 
• Sessões Lúdicas Centradas na Aprendizagem. 
• Complementação com provas e testes. 
• Síntese Diagnóstica- Prognóstico. 
• Entrevista de Devolutiva- Encaminhamento. 
 
Modificações comuns 
• Com pais separados: Duas anamneses. 
• Adolescentes que desejam o primeiro contato 
sozinhos. 
• Anamnese inicial. 
 
Sequência diagnóstica (Visca) 
• EOCA (Entrevista Operativa Centrada na 
Aprendizagem) 
• Testes 
• Anamnese 
• Elaboração do Informe psicopedagógico 
• Devolução 
 
Outros aspectos centrados no diagnóstico 
• Contrato /Enquadramento: Esclarecimento de papéis, 
previsão do número de sessões, definição do horário, dias 
e duração das sessões, definição do local e honorários. 
 
Referências 
• WEISS, Maria Lúcia Lemme. Picopedagogia clínica: 
Uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem 
escolar.Rio de Janeiro: Lamparina, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
 
Aula: 13 de outubro de 2021 
 
Diagnóstico: Primeiro contato 
 
No momento em que a família faz o primeiro 
contato já há um movimento interno ruma a uma 
mudança. 
• Mediante a uma solicitação de avaliação a família 
pode apresentar diferentes formas de resistência. 
Portanto, é muito importante a maneira como o 
profissional acolhe a queixa. 
 
É importante saber sobre o paciente: Nome, 
idade, série, escola, quem solicitou avaliação e por 
que razão (queixa), quem indicou o profissional, 
outros atendimentos, saber sobre concordância do 
paciente em ser avaliado e posição dos genitores 
frente a avaliação. 
 
A queixa 
• As formulações feitas pelos pais, escola e pelo 
paciente devem ser analisadas nos seus múltiplos 
significados. 
• A queixa não é apenas uma frase falada no 
primeiro contato, ela precisa ser escutada ao longo 
de todo o processo diagnóstico. 
Atenção: existem motivos manifestos e latentes. 
 
Entrevista Familiar Exploratória 
Situacional - EFES 
• Pais e criança reunidos em uma sessão conjunta com 
duração de cinquenta minutos. 
• A EFES visa a compreensão da queixa nas 
dimensões familiar e escolar, a expectativa em 
relação a atuação do terapeuta, o enquadramento 
e o esclarecimento do que é um diagnóstico 
psicopedagógico. 
 
É importante captar dentro desse 
atendimento: 
• Conhecimento que o paciente tem sobre o motivo 
da consulta ; 
• Compreensão sobre a avaliação psicopedagógica; 
• Qual o significado do sintoma na família e para a 
família. 
• É importante que os pais saiam mais tranquilos da 
entrevista, mas entendendo que o processo de 
avaliação está apenas começando; 
• É importante para as crianças e adolescentes fazer 
o primeiro contato em conjunto com os pais. 
 
Observar: 
• Se há diálogo livre 
• Se os pais permitem a interrupção do filho deixando-
o discordar e dar sua própria versão 
• O tipo de vínculo do casal 
• Se há fantasias de saúde-doença 
• Nível de ansiedade 
 
Primeiro contato a sós com o paciente 
• Nunca propor exercícios escolares formalizados; 
fazer uso do lúdico. 
• Visca (1987) propõe a Entrevista Operativa 
Centrada na Aprendizagem – EOCA. 
 
EOCA 
• Interesse em observar os conhecimentos, atitudes, 
destrezas, mecanismos de defesa, ansiedades, nível de 
operatividade. 
• A proposta e o material utilizados vão variar de 
acordo com a idade e escolaridade do paciente. 
Material comumente usado para crianças: 
Folhas brancas (A4) Papel pautado Folhas coloridas 
Lápis preto sem ponta/ apontador/ borracha/ régua/ 
caneta esferográfica/ tesoura/ cola /pedaços de papel 
lustroso/ livros e revistas. 
 
“Gostaria de que você me mostrasse o que sabe 
fazer, o que lhe ensinaram e o que você aprendeu”. 
Observar: A temática, a dinâmica e o produto das 
realizações. 
• Nível pedagógico (Leitura? Escrita? Comparação 
com pares?) 
• Hipóteses (Nível intelectual? Estágio de 
Pensamento? Vínculo com a aprendizagem escolar/ 
Coordenação motora? Organização do tempo e 
espaço? Autoestima? Atenção? Concentração? 
• Hipóteses sobre a causalidade histórica (causa 
emocional? Problema orgânico?) 
• Linhas de investigação 
 
 
Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
 
Anamnese 
• A entrevista de anamnese possibilita a integração 
das dimensões de passado, presente e futuro do 
paciente (e até da família). 
• A visão que a família traz sobre a história de vida da 
criança demonstra seus preconceitos, normas, 
expectativas, circulação de afetos e de conhecimento... 
A anamnese visa: 
• A coleta de dados significativos sobre a história de 
vida do paciente. 
• Obtenção de dados para a formulação de hipóteses 
sobre a etiologia do caso. Com quem deve ser feita a 
anamnese? Pais, tios, irmãos, avós (quem tiver algo de 
significativo a dizer sobre o paciente); 
 
Em alguns casos não é suficiente uma sessão para 
anamnese, há necessidade de continuar. O que 
determina o número de sessões não é a quantidade 
de informações, mas a qualidade, ou seja, como as 
coisas são faladas, como se trata o paciente... 
 
Durante a anamnese buscar perceber se conflitos 
dos pais são causadores do conflito dos filhos diante 
da aprendizagem. Toda anamnese já é uma 
intervenção na dinâmica familiar. 
• É comumente uma entrevista semidiretiva. 
• O relato espontâneo dos pais já é em si um dado: o 
que recordam para falar, qual sequência e 
importância dão aos fatos... 
• É importante que se estabeleça um ambiente afetivo e 
informal. 
 
Na anamnese são estudados levantamentos 
como: 
• A história das primeiras aprendizagens realizadas 
com a mãe (aprendizagens informais e escolares). 
Como eram as cobranças? 
• Evolução geral. Como se processou o 
desenvolvimento, controles, aquisição de hábitos, 
normas, fala, alimentação, sono, sexualidade, 
defasagens significativas, problemas neurológicos, 
evolução psicomotora (era seguro quando começou 
a andar?) 
 
 
História clínica: problemas e soluções do 
ambiente familiar quando a paciente tinha crise de 
bronquite, alergias, virose, o quadro geral das 
operações, internações, tratamentos realizados, 
pesquisar doenças ligadas ao SNC, verificar a 
existência de problemas visuais e auditivos. 
• História da família nuclear: contextualizar 
essa história dentro de uma perspectiva 
socioeconômica e cultural. Deve-se investigar 
vivências positivas e negativas da criança (nascimento 
de irmãos, mortes, separação) 
• História da família ampliada 
• História escolar. Como foi a escolha da escola? 
 
História escolar 
• É importante avaliar como se processou a 
alfabetização, a metodologia, as exigências, a reação 
dos pais. 
• Antes de patologizar é necessário conhecer a 
verdadeira história escolar, discriminar o que é 
falha de ensino e falta de oportunidade escolar das 
dificuldades reais do processo de aprendizagem. 
 
Sintetizando os momentos do diagnóstico 
psicopedagógico até o momento: Queixa 
►Hipótese ►EFES ►Hipótese ► Anamnese ► 
Hipótese ►Novos instrumentos. 
 
Uso do lúdico no diagnóstico 
psicopedagógico 
• O que significa lúdico?Jogar, brincar, representar, 
dramatizar. É no brincar, e somente no brincar, que o 
indivíduo, a criança ou adulto, pode ser criativo e 
utilizar sua personalidade integral: e é somente sendo 
criativo que o indivíduo descobre o eu (Winnicott, 
1975, p.80) 
 
O lúdico 
• No brincar a criança constrói um espaço de 
experimentação entre o mundo interno e externo. 
• O uso do lúdico permite compreender o 
funcionamento dos processos cognitivos e afetivo-
sociais em suas interferências mútuas no Modelo de 
Aprendizagem do paciente. 
 
Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
 
Sessão lúdica centrada na aprendizagem 
(Weiss) 
• Com crianças de até 7 anos o diagnóstico é todo 
conduzido de forma lúdica. 
• Com crianças de até 10-11 anos o jogo é alternado 
com testagem formal e avaliação pedagógica. 
• Material proposto na EOCA e paralelamente jogo de 
Dominó, Memória, Lig 4, Hora do Jogo. 
• Enquadramento 
• Escolha do material (lápis, apontador borracha, 
folhas de papel, canetinhas, cola, tesoura, revistas, 
livros, material de sucata, carpintaria e construção, 
blocos de madeira, pinos de encaixe, tintas, massinha, 
fantoches, miniaturas, flores, pires, xícaras. 
• Apresentação dos materiais: em uma caixa Sobre a 
mesa. Parte na caixa e parte sobre a mesa. 
• O terapeuta deve orientar o uso dos materiais: 
“Você pode usar esse material para brincar como 
quiser, um pouco antes de acabar o nosso tempo eu 
aviso a você” 
 
Observação e avaliação das sessões lúdicas 
• Observar o conhecimento que o paciente possui; 
• Observar o funcionamento cognitivo e os vínculos 
com o aprender; 
• Atenção para: a escolha do material e da 
brincadeira. O modo de brincar (explora os materiais, 
estrutura a brincadeira, classifica os objetos, tem 
flexibilidade no uso dos objetos, é criativa, termina as 
atividades). Relação com o terapeuta. 
 
Avaliação do nível pedagógico 
• É necessário que se pesquise o que o paciente já 
aprendeu, como articula os diferentes conteúdos, 
como faz uso dos diferentes conhecimentos nas 
situações escolares e sociais e como os usa no 
processo de assimilação de diferentes 
conhecimentos; 
• Provas clássicas só irão reproduzir a queixa. 
• Dar atenção: Análise do material escolar (verificar a 
metodologia) 
Entrevista escolar 
• Proposta: uma avaliação lúdica 
 
 
 
Itens importantes na avaliação pedagógica 
• Alfabetização: entendida como uma interação entre a 
criança e a língua escrita. Dificuldades nessa área 
podem envolver a metodologia escolar e o desrespeito 
ao ritmo individual e a aspectos emocionais como: 
“não posso ler”, “não quero crescer” 
• Leitura: É interessante o uso de material com 
significado completo. Ao final da leitura verificar se 
houve compreensão do sentido do texto, se há 
possibilidade de síntese. 
• É necessário avaliar diferente tipos de leitura: leitura 
recreativa, informativa, enunciado de problemas; 
Escrita. É interessante propor ao paciente uma escrita 
espontânea, onde se avaliam aspectos globais (coerência 
interna do significado, a fluência e criatividade, a 
temática, se há ideia de perda, fracasso, estrutura do 
texto); 
• Matemática. Deve-se atentar para aspectos como 
raciocínio matemático, cálculo, leitura de questões. 
• A avaliação do cálculo é feita em dois níveis: cálculo 
mental e escrito; 
 
Uso de Provas e Testes: 
 
O uso de testes não é indispensável no diagnóstico 
psicopedagógico; assim como não há uma bateria ideal 
de testes, eles são usados conforme a necessidade de 
cada caso. 
 
O processo de testagem 
• Durante o processo de testagem é importante que não 
se faça um levantamento apenas psicométrico dos 
testes, uma avaliação qualitativa atenta é 
imprescindível. 
• É importante que o psicopedagogo tenha clareza da 
necessidade real do uso de cada teste. 
 
Diagnóstico operatório 
• Segundo Piaget o conhecimento se constrói pela 
interação entre o sujeito e o meio, de modo que, do 
ponto de vista do sujeito ele não pode aprender algo 
que esteja acima de seu nível de competência 
cognitiva. 
 
 
Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
 
• É preciso analisar as estruturas do pensamento em 
uma visão genética global, relacionar esse 
funcionamento com o modelo de aprendizagem do 
sujeito e comparar às exigências escolares as quais está 
submetido o paciente. 
As provas operatórias têm como objetivo principal 
determinar o grau de aquisição de algumas noções- 
chave do desenvolvimento cognitivo, detectando o 
nível de pensamento alcançado pela criança. 
Material (crianças menores de 6 anos) Panelinhas, 
pratos, copos, xícaras, talheres, moveis de casa de 
boneca, frutas, legumes, flores, animais, bonequinhos, 
carrinhos, ferramentas, pedaços de tecido. O terapeuta 
pode propor uma simples arrumação dos objetos. 
Material (crianças escolares) Fichas de diferentes 
formas, cores e tamanhos, palitos, duas espécies de 
flores e frutas, copinhos plásticos transparentes de 
diferentes larguras e diâmetros, massa plástica de 
duas cores diferentes, fios de lã, balança, casinhas de 
madeira, régua, lápis, tabuleiro de papelão. 
• Administração: As “Provas Clássicas” são aplicadas 
através de um interrogatório que visa conhecer como o 
paciente pensa em relação as próprias manipulações ou 
as que observa. 
• Apresentação do material e da questão: 
• “Veja o que está aí...o que você acha de...” 
• Ordem na aplicação das provas Como há uma ordem 
na aquisição das noções o planejamento das provas 
deve seguir essa ordem; 
• Conservação • Classificação • Seriação • Pensamento 
formal (12 anos) • Espaciais 
• Respostas: 
Nível 1- ausência total de noção 
Nível 2- vacilação e instabilidade 
Nível 3- aquisição da noção 
O objetivo das provas é descobrir o processo mental 
usado pelo paciente para encontrar as respostas. 
Testes psicométricos 
• Desempenho de inteligência (wisc, Raven) 
• WISC- subtestes Verbais e de Execução. Os 
resultados brutos são transformados em resultados 
ponderados. Resultados por áreas informação, 
compreensão, raciocínio aritmético e semelhança, 
complementação de figuras... 
• Matrizes Progressivas de Raven- Não verbal 
 
 
 
 
Teste gestáltico visomotor 
• Bender- visa definir índices de maturação 
perceptomotora. 
• O teste é constituído por cartões com figuras 
simples e complexas. O sujeito à vista dos cartões deve 
fazer o melhor desenho possível. A tendência das 
avaliações é ressaltar aspectos quantitativos em que se 
colhem dados objetivos do traçado, ângulos, detalhes, 
funções. 
 
Técnicas Projetivas 
• As técnicas projetivas trabalham com situações pouco 
estruturadas, usando estímulos de grande amplitude, 
até mesmo ambíguos (TAT-Teste de Apercepção 
Temática (adolescentes e adultos),CAT- Teste de 
Apercepção Infantil, HTP). 
• O CAT pode ser aplicado como uma brincadeira: 
contar historinhas com os bichinhos que aparecem nas 
pranchas. Avaliação centrada nos aspectos 
psicológicos: autoimagem, relação com o meio, 
conflitos e defesas. 
 
Modelo do Informe Psicopedagógico 
• Dados pessoais 
• Motivo da avaliação-Encaminhamento 
• Período da avaliação e número de sessões 
• Instrumentos usados 
• Análise dos resultados nas diferentes áreas ou 
domínios 
• Síntese dos resultados-hipótese diagnóstica 
• Prognóstico 
• Recomendações e indicações 
• Observações 
 
Estádios do desenvolvimento Piaget 
• Sensório- motor: 0-2 anos. O grande salto é a 
formação do conceito do objeto permanente. 
• Pré-operatório: 2-8 anos inicia-se com o 
aparecimento da função simbólica e vai até o 
aparecimento das funções concretas. O pensamento 
não tem reversibilidade. 
• Operatório concreto: 8-12 anos. As ações vão se 
tornando reversíveis. O pensamento se baseia mais no 
raciocínio que na percepção; há noção de conservação 
de peso, massa e volume. 
Dificuldades do processoensino aprendizagem 
 
• Operatório formal: a partir dos 12 anos. Raciocínio 
lógico, abstração, hipóteses. 
 
Diagnóstico operatório 
• Hipoassimilação: Esquemas empobrecidos, déficit 
no papel antecipatório e na função criadora. 
• Hiperassimilação: Internalização prematura dos 
esquemas, predomínio do lúdico. 
– Hipoacomodação: Aparece quando o ritmo da 
criança não é respeitado (necessidade de repetir muitas 
vezes a mesma experiência). – Hiperacomodação: 
Acontece quando houve superestimulação da imitação 
“não é mau aluno, mas não tem iniciativa”. 
 
Artigos dos seminários para estudo: 
 
MEDEIROS, Paula Cristina et al. A auto-eficácia e os 
aspectos comportamentais de crianças com 
dificuldade de aprendizagem. Psicol. Reflex. Crit., 
Porto Alegre, v. 13, n. 3, 2000 . Available from 
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Access on 25 Mar. 2013. 
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D'AVILA-BACARJI, Keiko Maly Garcia; 
MARTURANO, Edna Maria; ELIAS, Luciana Carla 
dos Santos. Suporte parental: um estudo sobre 
crianças com queixas escolares. Psicol. estud., 
Maringá, v. 10, n. 1, abr. 2005. Disponível em 
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MOLINA, Renata Cristina Moreno; DEL PRETTE, 
Zilda Aparecida Pereira. Funcionalidade da relação 
entre habilidades sociais e dificuldades de 
aprendizagem. Psico-USF (Impr.), Itatiba, v. 11, n. 1, 
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Access on 01 Apr. 2013. 
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PIRES, M.G.P.; FERREIRA, L.G.; FERRAZ, 
R.C.S.N. A escrita de cabeça para baixo: um estudo 
sobre a prática docente. InterEspaço, v. 3, n. 11, p. 361-
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BORGES, Dâmaris Simon Camelo; MARTURANO, 
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ELIAS, Luciana Carla dos Santos; MARTURANO, 
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Dificuldades do processo ensino aprendizagem 
 
 
BARBOSA, A.A.G. Um estudo de caso a partir da 
atuação psicopedagógica utilizando estratégias 
lúdicas com o tdah. Monografia. João Pessoa, 2015. 
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/
2970/1/JSF06042015.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/2970/1/JSF06042015.pdf
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