Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Leticia Barcelos Chies UFCSPA – Fonoaudiologia Atuação Fonoaudiológica em Otoneurologia Leticia Barcelos Chies Vertigem x Tontura O que é estar em EQUILIBRIO? O equilíbrio tem uma natureza reflexa, ou seja, nós realmente não pensamos nele pois a natureza dele é reflexa, sendo inconsciente pois não pensamos nele então quando é trazido a consciência o fato do equilíbrio temos o resultado é mantermos em equilíbrio. Temos alguns reflexos corporais que nos auxiliam e que são essenciais para nos mantermos em equilíbrio, e esses reflexos têm muito a ver com a parte cerebral e corticais que estão envolvidas no labirinto, reflexos do sistema visual, corporais que são os reflexos proprioceptivos (controla pescoço e membros superiores e inferiores) e o labirinto posterior. O equilíbrio é o resultado de um trabalho conjunto de todos esses sistemas, então a integridade dos sistemas e os reflexos adequados faz com que nós nos mantenhamos em equilíbrio. Se tivermos uma “falha” em um ou mais dos sistemas e faz com que esses reflexos sejam inadequados então não temos equilíbrio, falhas em outros sistemas também podem alterar nossa percepção de ambiente e do nosso corpo. Esses reflexos serem inadequados pode ser um problema central, cerebelar ou de conexão das estruturas e aí o equilíbrio cai por terra. Como podemos definir o equilíbrio? “O equilíbrio é um estado físico corporal (inconsciente) , tal que o individuo não sente qualquer dificuldade para manter a postura, movimentar-se e orientar-se “ Chays, Florant Como podemos definir o Desequilíbrio? Incapacidade (consciente!) de se manter em equilíbrio em repouso ou em movimento. O que CAUSA o desequilíbrio? Cortando o fluxo do equilíbrio. O equilíbrio depende de estruturas e funcionamentos adequados como sistema vestibular, proprioceptivo, visual e nervoso central, se qualquer parte faltar temos a falta do equilíbrio. O sintoma mais comum é a tontura ou a vertigem. O que é TONTURA? “É uma manifestação subjetiva de perturbação do equilíbrio corporal” – SINTOMA • Sensação de que “as coisas giram” • Andar “torto” sem perceber • Sensação de estar girando • Sensação de queda • Sensação de flutuação • Instabilidade Leticia Barcelos Chies Tudo isso é tontura? Sim e não , a tontura é um grupo muito grande de sensações que engloba todos os itens anteriores e dentro da tontura temos a vertigem. O que é vertigem? É a tontura rotatória/ giratória, podendo ser egocêntrica, quando as coisas giram ao redor, e excêntrica é a sensação de que a pessoa esta girando. Sintomas – TONTURA/ VERTIGEM • Incapacidade de realizar tarefas • Impacto na qualidade de vida • Quedas • Desequilíbrio • Alterações na marcha • Perda auditiva • Hipersensibilidade á luz ou som • Zumbido • Náusea/ vômito Tontura não é uma patologia específica e sim um sintoma de alho errado em algum órgão ou sistema. O que eu tenho é labirintite? Labirintite não é o termo correto para designar os problemas do labirinto e as afecções que causam esse tipo de transtorno. Os termos corretos são LABIRINTOPATIA E VESTIBULOPATIA. Labirinte é uma patologia muito específica e relativamente rara de uma inflamação que acontece nos líquidos do labirinto. Qual a causa da tontura? • Solicita exames e fonoaudiólogo ( Fono- audiologia – otoneurologia – avaliação e reabilitação). A avalição do labirinto tem vários nomes como vestibulometria, equilibriometria e exame vestibular. 0 que é? “conjunto de procedimentos que permitem a avaliação funcional dos sistemas envolvidos na manutenção do equilíbrio corporal” (FUNCIONAL) Indicações • Tontura – 85% VESTIBULAR • Desequilíbrio • Zumbido • Perda auditiva sensório- neural • Mau desempenho escolar • Distúrbios de linguagem escrita Leticia Barcelos Chies • Enjoos sem causa • Quedas • Cinetose Objetivos • Comprometimento auditivo/ vestibular • Qual o lado lesado • Periférico ou central • Tipo de lesão • Intensidade da lesão • Auxílio na intensidade da causa • Estabelecer a orientação terapêutica – se necessário (SISTEMAS) • Sistemas somatossensorial/ proprioceptivo • Sistema visual • Sistema vestibular Anatomia e fisiologia do aparelho vestibular periférico. O labirinto nada mais é que uma escavação no osso temporal na parte petrosa e dividimos ele apenas didaticamente em labirinto anterior, audição e labirinto posterior na função vestibular- equilíbrio. Leticia Barcelos Chies • Temos dois labirintos direito e esquerdo. • Didaticamente, podemos separar a orelha interna (labirinto) conforme a função de cada parte : Anterior (audição) e Posterior (equilíbrio) • O funcionamento dele depende que os dois estejam em equilíbrio com as informações sensoriais. • Os canais semicirculares têm uma angulação específica de 30 graus para cima do canal lateral (horizontal), eles funcionam em pares como gangorra. • Dentro do labirinto ósseo está cheio de perilinfa que é rica em sódio. • No labirinto membranoso está cheio de endolinfa rica em potássio. O labirinto ósseo, como o próprio nome já explica, encontra-se externamente, como uma cápsula óssea, com a função de proteger o labirinto membranáceo., ele é composto pelos canais semicuculares e vestíbulo. Entre as duas estruturas encontra-se um líquido, a perilinfa, que é semelhante ao liquor. Dentro do labirinto membranáceo existe a endolinfa, líquido rico em potássio, semelhante ao líquido intracelular, ele é composto pelo sáculo, utrículo e ductos semicirculares. O labirinto é dividido em uma porção anterior (cóclea) e outra posterior (canais semicirculares e vestíbulo). A esses segmentos correspondem as estruturas do labirinto membranáceo: ducto coclear (no interior da cóclea), ductos semicirculares (contidos nos canais semicirculares) e sáculo e utrículo (ambos dentro do vestíbulo). Existem três canais semicirculares em cada labirinto ( total de 6 ) , sendo dois verticais – o canal anterior (ou superior) e o canal posterior – e um canal horizontal (também chamado de lateral). Esses canais apresentam-se espacialmente localizados de forma a funcionarem como pares sinérgicos: os canais laterais entre si, o canal anterior direito com o canal posterior esquerdo e o canal anterior esquerdo com o canal posterior direito. Canais semicirculares Os canais laterais são sensíveis à movimentação cefálica em rotação horizontal; os canais anteriores e posteriores, à movimentação em rotação para cima e para baixo. Cada canal semicircular possui, em uma de suas extremidades, uma dilatação chamada ampola. Dentro da ampola existe a chamada crista ampular, onde se encontram células ciliadas com função sensorial. Cada célula apresenta vários estereocílios e um cinocílio, que estão envoltos por uma massa gelatinosa chamada cúpula. Esses cílios, ao se deslocarem, permitem a percepção dos movimentos rotatórios. Leticia Barcelos Chies A densidade é a mesma para que a crista ampular seja estimulada com os movimentos da endolinfa. A densidade é a mesma para que a crista ampular seja estimulada com os movimentos da endolinfa. Quando ocorre o movimento da cabeça, a endolinfa que se encontra dentro dos canais tende a ficar parada, ou seja, é como se ela girasse na direção contrária ao movimento, pela força inercial. Esse movimento da endolinfa desloca a cúpula e, consequentemente, leva ao deslocamento dos cílios das células sensitivas. O movimento dos estereocílios em direção ao cinocílio provoca alterações eletrolíticas que levam à redução do potencial de repouso da membrana da célula, levando à “excitação” da célula. De forma oposta, o movimento dos estereocílios em direção contrária ao cinocílio leva à “inibição” celular por aumentar o potencial de repouso. Nos canais laterais,quando há um movimento da cabeça no plano horizontal, a corrente endolinfática no canal do mesmo lado do movimento é ampulípeta, ou seja, na direção da ampola. O movimento leva à flexão da cúpula na direção do utrículo, despolarizando as células sensoriais pelo movimento dos estereocílios de cada célula na direção do respectivo cinocílio. No canal lateral do lado contrário a corrente é ampulífuga. A flexão da cúpula ocorre em direção contrária ao utrículo, os estereocílios movem-se em direção contrária ao cinocílio e, consequentemente, as células são inibidas. Nos canais verticais ocorre o inverso: a corrente ampulífuga leva ao estímulo excitatório e a corrente ampulípeta, ao inibitório. Isso ocorre pela diferente localização dos cinocílios: nos canais laterais, o cinocílio é proximal ao utrículo; nos canais verticais, distal. Sáculo e utrículo Envolvendo as células ciliadas existe uma substância gelatinosa, a membrana otolítica, sobre a qual estão os otólitos, ou otocônias, ou estatocônias. A estrutura sensorial dos órgãos otolíticos é a mácula. Os otólitos são cristais de carbonato de cálcio que, diante de movimentação linear ou mudança de orientação com relação à gravidade, promovem o deslocamento dos cílios das células sensitivas. Assim como ocorre nos canais semicirculares, os estereocílios movem-se em relação ao cinocílio das células ciliadas da mácula e, dessa forma, as espolarizam. As máculas utriculares e saculares estão espacialmente dispostas de forma que seja possível perceber quaisquer movimentos do corpo. As células ciliadas possuem diferentes direções do cinocílio, permitindo que o movimento provoque estímulos excitatórios distintos em cada célula. Isso permite que o cérebro possa estimar a direção e a magnitude do movimento. Leticia Barcelos Chies Cada célula ciliada é inervada por uma ou mais fibras nervosas aferentes. Essas fibras recebem estímulos constantes que permitem que o sistema nervoso central reconheça a posição da cabeça em relação ao espaço, mesmo quando o indivíduo está imóvel. No momento em que ocorre o estímulo linear ou a movimentação em relação à gravidade, existe aumento desses estímulos nervosos aferentes de um lado e diminuição contralateral. Ao movimentar linearmente a cabeça para a direita, ocorre deslocamento dos otólitos na direção contrária. Os estereocílios deslocam-se em relação aos cinocílios, levando ao aumento dos estímulos nervosos aferentes na orelha esquerda e à diminuição desses estímulos na orelha direita. Quando os estereocílios se inclinam na direção do cinocílio, ocorre Despolarização da célula (aumentam as descargas nervosas) A inclinação da cabeça para a esquerda também move os otólitos para a esquerda e, da mesma forma, provoca aumento dos estímulos na orelha esquerda e diminuição à direita. Essa combinação de estímulos aferentes informa ao sistema nervoso central o tipo de movimento que está ocorrendo, permitindo que estímulos eferentes alterem a postura do indivíduo de forma a se adequar à nova posição. O sáculo, além de sua função relacionada à gravidade, possui capacidade de perceber estímulos vibratórios, sendo por isso considerado, por alguns autores, um órgão de transição vestibulococlear. O utrículo liga-se ao sáculo pelo ducto utriculossacular. Do ducto utriculossacular projeta-se o ducto endolinfático, que se dilata formando o saco endolinfático, responsável pela drenagem da endolinfa para o espaço subaracnóideo. A aceleração angular é percebida pelas(os) [Cristas ampulares] A aceleração linear é percebida pelas(os) [Máculas] A aceleração linear é detectada por dois órgãos otolíticos, conforme a direção da aceleração. O Sáculo detecta aceleração linear [vertical] e o Utrículo a aceleração linear [horizontal]. Inervação periférica O impulso nervoso gerado nas células pilosas – das cristas ampulares e/ou das máculas – é transmitido ao primeiro neurônio da via vestibular, situado no gânglio vestibular (de Scarpa). Esses neurônios são bipolares, possuindo um prolongamento periférico, que entra em contato com as células pilosas, e um prolongamento central, que forma o nervo vestibular. Ramos do nervo vestibular Leticia Barcelos Chies • Anterior = Mácula sacular • Superior = Mácula utricular = Cristas ampulares dos CSC anterior e lateral • Posterior = Mácula sacular = Cristas ampulares do CSC periférico O meato acústico entra no sulco bulbopontino . bem nessa junção vai estar o nervo vestibulococlear Circulação A irrigação sanguínea do labirinto vai começar da artéria basilar indo para a artéria cerebelar inferior anterior, que vai se ramificar na artéria labiríntica que a partir daí vai ter suas ramificações. Doenças como AVC, infarto cerebelar entre outros tem um impacto direto no labirinto, até contraturas podem afetar o funcionamento do labirinto. Órgãos sensoriais – O que tem em comum? Eles têm em comum as células ciliadas sensitivas pois elas funcionam da mesma forma, cada uma das células vau ter fibras nervosas saindo delas, vai ter vários esteriocilios e apenas um cinocilio que fica mais a margem da célula, todos eles são unidos por TIP-LINKS. E esses tip-links tem uma função extremamente importante, que é para todos esses cílios quando houver um movimento todos vão para om mesmo lado e daí desempenham uma mesma função. A inclinação dos extereocilios e a presença dos tip-links faz com que haja a abertura dos canais de cálcio que é por onde vai entrar a endolinfa para despolarizar a célula ou vai haver um fechamento maior para haver uma hiperpolarização das células. Então conforme esse movimento nos vamos ter uma descarga nervosa central maior ou menor. A célula ou vai estar no seu potencial de repouso (não significa ausência de sinal para o nervo) ela fica disparando um potencial tônico ativo. Se tivermos um movimento que faça a abertura dos canais entrando endolinfa fazendo a despolarização, fazendo a descarga elétrica. Quando os estereocílios se inclinam na direção do cinocílio, ocorre a despolarização da célula aumentando as descargas nervosas. A aceleração angular é percebida pelas(os) Cristas ampulares A aceleração linear é percebida pelas(os) Máculas A aceleração linear é detectada por dois órgãos otolíticos, conforme a direção da aceleração. O Sáculo detecta aceleração linear vertical e o Utrículo a aceleração linear horizontal. Leticia Barcelos Chies Anatomia e fisiologia do sistema vestibular central. Fibras nervosas dos órgãos sensoriais formam o nervo vestibular como parte no 8° par craniano se unindo ao nervo coclear no meato acústico interno, no gânglio vestibular, temos a entrada do nervo no tronco encefálico e no sulco bulbopontino). As informações vestibulares que estão indo dos órgãos sensoriais precisam ser processadas e isso ocorre no sistema nervoso central, tanto para entender o que está acontecendo como para termos respostas a essas informações. A primeira estação da via central é no tronco encefálico, no tronco encefálico temos o desenvolvimento do sistema vestibular central, sendo composto por 4 núcleos saindo 6 vias diferentes. uma dessas vias é cortical fazendo conexão com o córtex vestibular e o vestíbulo- cerebelo pois é a maior parte pois tem controle de movimentos e mobilidade. Nos CSC laterais a resposta à corrente endolinfática é: Corrente ampulípeta = [despolarização] , ou seja, [aumento das descargas nervosas] Corrente ampulífuga = [hiperpolarização], ou seja, [diminuição das descargas nervosas] O sistema vestibular central abrange 6 vias, 4 núcleos, vestibulocerebelo e córtex vestibular Núcleos – 4 • Superior • Lateral • Medial • Inferior De cada núcleo eles vão sair em formações para regiões diferentes do corpo para órgãos diferentes e sistemas diferentes. Esses 4 núcleos não só enviaminformações como recebem informações desses outros sistemas para se integrar com as informações vestibulares, servindo então tanto com aferência de informação como eferência, recebendo informações desses locais. Vias de transmissão de informação 1. Fascículo longitudinal medial fazendo sinapse com os núcleos extraoculares (movimento ocular) 2. Trato vestibuloespinal, motoneurônios inferiores (influenciam a postura) 3. Vias vestibulocólicas fazem sinapse com o núcleo do nervo acessório (influenciam a posição de cabeça) 4. Vias vestibulotalamocorticais, conscientização de postura da cabeça e seu movimento. 5. Vias vestibulocerebelares fazem conexão direta com o vestibulocerebelo (área responsável pela coordenação dos movimentos) Leticia Barcelos Chies 6. Vias vestibuloautônomas utilizam a formação reticular (náuseas e vômitos) Vestibulocerebelo • Porção que recebe informações vestibulares • Influência nos movimentos oculares e músculos posturais • Ajusta o ganho de resposta para o movimento de cabeça (1:1) ajuste de ganho da resposta. Problemas no cerebelo pode ter tontura e tem influência do movimento. Córtex Vestibular Fica uma parte no lobo parietal, occipital e no lobo frontal., tendo então uma divisão de tarefas em cada parte. Áreas : 5 e 7 • Respondem a movimentos de cabeça e orientação especial • Recebem fibras dos sistemas visual, proprioceptivo e do tálamo. • Projeções para o córtex motor • Percepção da posição do corpo e controle do movimento Área: 8, 19, 18 • Envio de impulsos • Controle dos movimentos conjugados dos olhos Tálamo • Recebe informações dos núcleos vestibulares • Faz a conexão com áreas corticais • Via de transmissão vestibular do tronco para o córtex Leticia Barcelos Chies Conexões Neurovegetativas Sistema Nervoso Autônomo Simpático Parassimpático Estresse e emergência Pressão arterial, Sudorese, redução da motilidade estomacal.. Conexões vestibulares. Ativação com estimulação Labiríntica. Náuseas e vômitos Sistemas e Reflexos do equilíbrio - SISTEMA PROPRIOCEPTIVO/ SOMATOSSENSORIAL • Nada mais é do que o conjunto de nossas juntas, musculatura, articulações, ligamentos. • Nos ajuda a ter sensações importantes para manter o equilíbrio • Órgão efetor para contrair ou relaxar a musculatura • Conforme a sensação que temos vamos readaptando para manter o equilíbrio • Sistema vestibular + sistema proprioceptivo (através do trato vestíbuloespinal e vestibulocólico) temos mudanças retificação de posição dos membros inferiores do nosso tronco, postura do pescoço. Teremos dois reflexos dessa ligação. 1. Reflexo Vestibuloespinal (RVE): conforme a informação vestibular vamos ter uma resposta da parte espinal (membros inferiores, coluna, braço) em resposta a essa informação que vier do labirinto. 2. Reflexo Vestibulocólico (RVC); relacionado a movimentos de cabeça, pescoço. • Então associando o sistema vestibular com o sistema proprioceptivo somato sensorial nós temos o RVE, o que nos permite então subir escada, caminhar adequadamente e nos manter em pé parado. • Outra associação é a do aparelho vestibular com a musculatura cervical, movimento de pescoço, temos o RVC que comanda os movimentos de cabeça . • O que é reflexo? qualquer coisa que dependa da nossa vontade. Respostas a um determinado estimulo . Leticia Barcelos Chies Sistema visual • Avaliamos o labirinto pela movimentação ocular Equilíbrio Sensação Visão De movimentos • O ‘olho’ sabe que s coisas se movimentam e num padrão esperado. • Toda informação diferente traz desconforto. • FÓVEA parte de trás do olho onde fazemos o juste do foco visual • O olho tem uma musculatura que nos permite fazer os movimentos como o de ‘procura’ 1. Reto superior 2. Reto inferior = fazendo o movimento olho para cima e para baixo 3. Reto lateral 4. Reto medial = fazendo a movimentação para os lados 5. Obliquo superior – bem na curva , ligamento 6. Obliquo inferior = fazendo o movimento de rotação do olho na diagonal e verticais. A. INERVAÇÃO III Par – Oculomotor = Reto medial Reto inferior Reto superior Obliquo inferior IV Par – Troclear = Obliquo Superior VI Par – Abducente = Reto Lateral Movimentos Oculares, RVO e Nistagmo 1. Movimentos oculares voluntários, eles têm características especificas conforme o tipo do movimento. Quando estamos olhando a vermelha e pedem para olhar a verde, então rapidamente trocamos o foco. A. Movimento sacádico, o pulo que o olho da de um ponto focal para o outro. Sacada no olhar quando trocamos o foco Leticia Barcelos Chies B. Movimento de rastreio: Acompanhamento visual de um alvo móvel – pendulo. 2. Movimentos oculares reflexos acontecem em função de algum estímulo, independente da nossa vontade. A. Reflexo optocinético (NISTGMO OPTOCINÉTICO) olho bate e volta, pois ele vai acompanhando. B. Nistagmo vestibular ou Reflexo vestibuloocular é o que une o labirinto e o olho. Então esse reflexo acontece em função das informações que vem do aparelho vestibular fazendo sinapse com os núcleos dos pares cranianos que estão relacionados com os movimentos oculares. Acontece em função de um estímulo vestibular, pelo movimento angular de cabeça. Manter o foco visual quando movimentamos a cabeça. C. Reflexo vestíbulo-ocular ( Nistagmo vestibular) estabiliza a imagem durante a movimentação de cabeça, manutenção do FOCO visual durante o movimento, olhos realizam movimento contrario ao da cabeça na mesma velocidade. • Qualquer movimento de cabeça que eu faça e consiga manter o foco visual esta utilizando o RVO. RVO terá uma via de estimulação e uma de supressão (uma via excitatória e outra inibitória) - Giro da cabeça – intenção de mudança de foco – RVO deve ser suprimido - flóculo cerebelo – ajuste de ganho – ou total supressão Corpo Cabeça Ocorre como ‘resposta’ estimulação visual Fisiológico ao movimento/estimula. Estimula. térmica Manutenção do foco visual Nistagmo Patológico movimento ocular na AUSÊNCIA de qualquer estimulo volunta. Leticia Barcelos Chies • Nistagmo (NY) principal objeto de estudo da vestibulometria! Nistagmo vestibular = movimento oculares característicos 1. Componente lenta 2. Componente rápida 3. Se sucedem alternadamente 1. Componente lenta 2. Corrente rápida Origem: labiríntico /vestibu. origem central Corrente endolinfática formação reticular VACL! Direção do ny Parte mais visível • Direção do NY - relação com o CSC ESTIMULADO - Obliquo - Torcional (rotatório)- Vertical - Horizontal Fisiopatologia da crise • Potencial de repouso +30 somatorio = zero , simetria de impulsos nervosos = sem movimento . • Despol. +50 Hiper. -10 somatorio = +40 para a direita , assimetria de impulsos = cabeça gira para a direita - Nistagmo na crise = resultados das conexçoes vestíbulo-oculares • Assimetria nos núcleos oculomotores • Desvio dos olhos • Olhos não podem desviar indefinidamente • Número de motoneuronio disponíveis • Ação dos neurônios iniobitorios • Corte no impulso dos núcleos vestibulares • Olhos voltam á posição original • NISTAGMO!! • Sinais e sintomas neurovegetativos = conexões vestibulares via formação reticular A. Núcleo dorsal do vago = náuseas e vômito B. Núcleo do frênico = vômito C. Núcleo do salvatório = sialorreia D. Núcleo ambíguo = regurgitação Leticia Barcelos Chies E. Cadeia ganglionar simpática = palidez e sudorese DESIDRATAÇÃO = ALTERAÇÃO DO EQUILIBRIO HIDROELETRICO = COMA = MORTE - Crise = reação do organismo - Compensação = SNC - Mecanismos – curto, médio e longo prazo A. Mecanismos de compensação Inibição central do núcleo vestibular sadio (cerebelo) Restauração do receptor periférico (dependendo da causa) Surgimento de neo-ritmo no núcleo comprometido B. O que pode causar a TONTURA ? Álcool e drogas, tumores, cinetose, erros alimentares, latrogenia medicamentosa, latrogenia cirúrgica, vírus, patologia auditivas (OM/OI), psicopatologias, envelhecimento, excesso de cafeína, alterações musculares, alterações vasculares, síndromes metabólicas. O exame vestibular. Anamnese. Provas Cerebelares. Provas de equilíbrio estático e dinâmico. Exame vestibular C. Conjunto de procedimentos que permitem a avaliação funcional dos sistemas envolvidos na manutenção do equilíbrio (....) ✓ Equilibriometria ✓ Vestibulometria ✓ Avaliação/ exame vestibular ✓ Avaliação / exame otoneurológico Indicações 1. Tontura ou desequilíbrio 2. Mau rendimento escolar 3. Cinetose 4. Zumbido 5. Atraso / retardo no desenvolvimento motor Leticia Barcelos Chies 6. Migrânea 7. Perda auditiva sensório-neural 8. Enjoos sem causa 9. Síndrome do pânico 10. Quedas 11. Entre outros Objetivos • Existência de comprometimento auditivo / vestibular • Lado esquerdo • Penifério x central • Tipo de lesão • Prognostico • Conduta terapêutica 1° ETAPA • Anamnese o Etapa fundamental o O que levou o paciente ao exame o Curiosidade! Investigação! • Queija = Tontura ou vertigem = Tipo de vertigem = Sintomas audiológicos = Sintomas neurovegetativo = Fator desencadeante = Mediações = Saúde geral = Antecedentes familiares = Exames complementares . 2° ETAPA • PROVAS CEREBELARES o Cérebro = equilíbrio o Cerebelo ▪ Programa os atos motores ▪ Precisão dos movimentos ▪ Ajuste do RVO ▪ Função ‘’repressora’’ • Index-Index o Tremores o Desvio Dir/ esq o Desvio Cima / baixo Leticia Barcelos Chies o Pessoa sentada com os braços esticados • Index- naso o Incoordenação o Incapacidade de realização o Um dedo da mão no nariz e o outro esticado , vai trocando os braços das funções. • Index- naso- joelho o Incoordenação o Incapacidade de realização o Um dedo no nariz e outro no joelho então vai trocando os braços de função . • Diadococinesia o Incoordenação o Incapacidade de realização o Mãos esticadas em cima do joelho então altera a palma da mão para cima e para baixo 3° ETAPA • PROVAS EQUILIBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO o Desequilíbrio vestibular o Sistema vestibuloespinal o Alterações no equilíbrio • Equilíbrio estático o Prova de Romberg ▪ Oscilações ▪ Desequilíbrio ▪ Lateropulsão ▪ Retropulsão ▪ Anteropulsão ▪ Pessoa de olhos fechados com os pés juntos o Romberg-Barré ( Romberg sensibilizasdo) ▪ Oscilações ▪ Desequilíbrio ▪ Lateropulsão ▪ Retropulsão ▪ Anteropulsão ▪ Pessoa com um pé na frente do outro de olhos fechados • Equilíbrio dinâmico o Prova de unterberger (passos de Fukuda) Leticia Barcelos Chies ▪ Desequilíbrio ▪ Deslocamentos para frente (>1 metro) ▪ Rotações em torno de seu eixo (>45°) ▪ Pessoa com olhos fechados estica os braços e marcha parada o Prova de marcha ▪ Desequilíbrio ▪ Desvios ▪ Marcha ‘’em estrela’’ ▪ Pessoa andando para frente e para trás • Desvios / lateropulsôes • Lado menos funcionante • Desvio harmônico • Disfunções periféricas Provas de Posição e Posicionamento (VPPB). (Vecto)Eletronistagmografia (ENG/VENG) - conceito e introdução ao exame. Provas Oculomotoras (parte 1). Provas de posição e posicionamento Manobras diagnosticas de VPPB O que é VPPB? • A VPPB é uma patologia vestibular [periférica], sendo caracterizada por uma alteração [mecânica] no labirinto. Ocorre o desprendimento de [otocônias] da mácula [utricular] e indo para um dos ductos semicirculares, mais comumente para o ducto semicircular [posterior], o que afeta a movimentação da endolinfa e modifica o padrão excitatório da [crista ampular]. • Vertigem posicional paroxística (tipo de convulsão ou espasmo agudo. Refere-se ao momento mais intenso de uma dor ou um ataque) benigna. • Movimento do paciente= estímulo anormal da cúpula de um (ou mais) dos CSC em função • É a maior cauda de vertigem 10,7 a 64,0 / 100. 000 pessoas o 3,2 % mulheres o 1,6% homens o 2,4% população em geral Leticia Barcelos Chies o A partir dos 40 anos – pico entre 60-70 anos – o 10% idosos • Sinais e sintomas característicos são vertigem , Nistagmo paroxístico, Associada à posição/movimento desencadeante • Causas o Distúrbios metabólicos o Latrogenia o Idiopática (50-75%) o Trauma o Neurite vestibular o Idade • Existe dois tipos de VPPB o CANALETIASE – otoconias ficam soltas no canal semicircular o CUPOLOTIASE – otoconias presas na cúpula da crista ampular o Sinais e sintomas diferentes e a reabilitação são diferentes. Canalitíase • 98% das VPPBs • NISTAGMO de curta duração • Latência • Paroxismo • Fatigabilidade Cupulolitíase • Nde longa duração • Ausência de latência • Paroxismo • Fatigabilidade • Unilateral ou bilateral • Sintomas entre crises • Recidivas • Diagnostico = manobras especificas o Para diagnosticar a VPPB é importante realizar tanto a prova de posição [Roll-test] para avaliação dos canais [laterais], como pelo menos uma das provas de posicionamento como a [Dix-Hallpike] para avaliação dos canais [posteriores]. o Objetivo ▪ Movimento ▪ Provocar sinais e sintomas o Provas de posição ▪ CSC lateral o Provas de posicionamento ▪ CSC posterior Leticia Barcelos Chies VPPB CSC LATERAL – PROVA DE POSIÇÃO • ROLL- TEST para diagnosticar, deitar em decúbito dorsal e viramos a cabeça para o lado e para outro. Esperar 10 s em cada posição em função da latência e perguntar se sentiu tontura . • Característica do nistagmo: horizontal, observado em ambos os lados, mais intenso para o lado afetado VPPB CSC POSTERIOR – MANOBRAS DIAGNÓSTICAS • Brandt- daroff • Dix- Hallpike Avaliação Otoneurológica: VENG VENG : VECTOELETRONISTAGMOGRAFIA • Exame que se baseia nos movimentos oculares, avalia o labirinto de forma indireta o observação o registro o medição • Objetivo o componentes = Lenta / Rápida o origem = Fisiológico / Patológico o normalidade = Presença se estimulado / Periférico x Central • Tenha sempre em mente objetivos !! o Periférico ou central? o Tipo de lesão o Lado acometido Leticia Barcelos Chies o Normal ou alterado ? Disfunção vestibular periférica • Labirinto • Nervo vestibular • Sinais e sintomas mais exagerados e em ‘’ crises’’Disfunção vestibular central • Núcleos vestibulares • Conexões vestibulares no encéfalo • Sinais e sintomas inesperados mais ‘’arrastados’’ Disfunção vestibular mista • Periférico+ central • Sinais e sintomas variam • Eletronistagmografia o 1° método o 1 ou 2 canais o Movimentos H e V • VENG o 3 canais o Movimentos horizontais, verticais, oblíquos. • Por que gravar os movimentos oculares ? o Comparar AO e OF o Medir VACL o Documentar com maior precisão. Como funciona? • Eletrodos ao redor dos olhos, captando os potenciais córneo-retinal • Maior amplificação do sinal pelo equipamento • Procedimentos pré- exame – orientações ao paciente o 3 dias antes não pode antidepressivos, antivertiginosos, analgésicos o 48 horas antes não pode beber o 24 horas antes evitar cafeína, chá e chimarrão o 3 horas antes não comer o No dia não fumar o Limpar a pele e não utilizar maquiagem cremes o Ambiente com claridade e temperatura controladas Leticia Barcelos Chies • Colocação dos eletrodos o Eletrodos = condutores da atividade elétrica o Antes da colocação = limpeza da pele Registro do nistagmo o Convenção interacional de Amsterdã (19533) o II simpósio interacional de genebra (1960) o Movimento horizontal ▪ Desvio ocular p/ direita= inscrição para cima ▪ Desvio ocular p/ esquerda= inscrição para baixo = canal 1 o Movimento ocular ▪ Desvio ocular p/ cima= inscrição para cima ▪ Desvio ocular p/ baixo= inscrição para baixo o Características ▪ Sucção de batimentos ▪ Componentes lenta e rápida ▪ Min. 3 batimentos em sequência ▪ Gravação = medida da VACL ▪ Componente rápida= direção de nistgmo o Sentido e direção do nistagmo ▪ Canal I : movimento horizontal dos olhos ▪ Canal II: movimento vertical dos olhos ▪ Canal III: movimento vertical dos olhos o V= VELOCIDADE o A= ANGULAR o C= COMPONENTE o L= LENTA Como medir a VACL? • Traçar uma linha sobre a reta rápida e em baixo uma linha de 1 cm , fazendo uma outra reta ate encontrar a outra. O tamanho da reta em mm vai ser o VACL. • Fazendo uma média dos três resultados e teremos o resultado Etapas do exame • Calibração dos movimentos oculares • Pesquisa do nistagmo espontâneo (AO e OF) • Pesquisa do nistagmo direcional (sem espontâneo) • Provas oculares o Movimentos sacádios randomizados ( aleatório ) Leticia Barcelos Chies o Registro pendular o Pesquisa do nistagmo opto cinético • Provas de estimulação labiríntica o Prova rotatória pendular decrescente (PRPD) o Pesquisa do nistagmo pós- calórico 1. Calibração dos movimentos oculares • Instrução inicial o Olhos a um meto do centro da barra o Cabeça imóvel o Movimento apenas dos olhos o Olhar para as luzes na barra • Calibração o Padronização do exame o Parâmetros de latência, velocidade, precisão o Medida correta da VACL (°/S) • Registro o Canal 1 (horizontal) = 1° desvio do olhar= 1mm de registro o Canais 2 e 3 (verticais)= 1° desvio do olhar= 0,5mm de registro • Resultado o Regular = irregular o Medidas quantitativas =dependem do equipamento= traçado (qualitativa) O que caracteriza qualitativamente a calibração irregular? • Ausência de movimentos oculares • Movimentos sinusoidais • Movimentos anárquicos • Achados quali e/ou quanti o Irregular = instruir novamente = repetir = auxiliar verbalmente e/ou gestos = repetir o Regular = Ok! É preciso saber o ESPERADO para cada prova ! o Calibração ⬧ Regular ▪ Normais ▪ Periféricos ▪ Centrais ⬧ Irregular ▪ Centrais = lesão cerebral Leticia Barcelos Chies 2. Pesquisa do nistagmo espontâneo (AO e OF) • Olhos abertos o Registro de 20 a 30 segundos ▪ Ausente = normal ; periférico; ; central ▪ Presente = crise ( periférico) ; central (sem tontura) o + presente VACL o – ausente ▪ Nistagmo espontâneo AO: ausente ▪ Nistagmo espontâneo: presente VACL = .... °/S p/... • Olhos fechados o Desinibição cortical o Registro 60 a 90 segundos o Cuidar tremor pallbebral o Resultados ▪ + Presente VACL = aceitável até 7°/s ; > 7°/s= alterado ▪ - Ausente = esperado ▪ Nistagmo espontâneo OF: ausente ▪ Nistagmo espontâneo OF: presente. VACL=.... °/S P/.... o NY OF presente ▪ Normal até 7°/s ▪ Periférico = lado sadio / lado lesado ▪ Central= vertical; alternante ▪ Pode influenciar outras provas VENG – Ny Direcional ao Optocinético • Semiesponatâneo • O estímulo será pela mudança da posição do olho no sentido horizontal e vertical a 30° para cada lado tendo a barra a 1 metro de distância. • Registrar de 15 a 20 segundos • Observar o olho do paciente • Cuidar posição externa • Resultados A. Ny Ausente ▪ Normal ▪ Alteração periférica ▪ Alteração central B. Ny presente ▪ Alteração periférica • Não mudar a direção • Reforço do espontâneo (unidirecional) • Presente em CRISE Leticia Barcelos Chies • Mais de uma direção (BI ou MULTIDIRECIONAL) ▪ PRESENTE MEDE O VACL E DETERMINA A DIREÇÃO E SE FOR AUSENTE APENAS AUSENTE PROVAS OCULOMOTORAS • Movimentos Sacádios Randomizados (aleatórios) o Regular 1. Normal 2. Periférico 3. Central o Irregular 1. Central • Alterações moderadas ou intensas • Lesão TE ou cerebelo o Alterações discretas não é necessariamente indicio de alteração central o Resultados : Movimentos sacádios regular / irregular • Rastreio pendular o Registro o suficiente para caracterizar o tipo do traçado o Traçado ruim BOLINHA!! o Parâmetro quantitativo = ganho = relação entre os picos de velocidade = olhos – alvo o . Caso o registro fique ruim pode ser feita a perseguição visual a um objeto (uma bolinha) em substituição às luzes da barra de leds. o . O resultado pode ser estabelecido pela análise da morfologia do traçado, sendo classificado em Tipo I, II, III ou IV. o Alterações nessa prova podem sugerir alteração central (cerebelar). o Tipos 1. Sinusóide; normal, periférico ou central 2. Sinusóide com reentrâncias; normal, periférico ou central 3. Sinusóide “serrilhada”; periférico ou central 4. Traçado anárquico; central ( cerebelar) o Alguns serviços não utilizam mais essa classificação, apenas o valor do ganho o Esta prova sofre muita influência da atenção e colaboração do paciente!! o Resultado: Rastreio pendular: tipo ..... • Pesquisa do nistagmo optocinético o É necessário realizar a medição da VACL dos nistagmos resultantes e, a partir da média da VACL nas duas direções, realiza-se o cálculo da fórmulade Jonkgees para obtenção do resultado. o A pesquisa do ny optocinético pode também ser feita no sentido vertical. o Opto esquerdo = ny para direita o Opto direito = ny para esquerda o Opto vertical superior = ny para baixo o Opto vertical inferior = ny para cima o Calculo : formula de jongkees ( AH-H / AH+H) X100 = < 17% SIMETRICO Leticia Barcelos Chies o RESULTADO: 1. Simétrico • Ate 17% • Normal ou periférico 2. Assimétrico • Periférico = ny esp ou simi presente • Optocinético simétrico ..... % • Optocinético assimétrico para a ..... = .... % PROVAS DE ESTIMULAÇÃO LABIRINTICA • Prova rotatória pendular decrescente (PRPD) o Objetivo é avaliar a resposta dos pares sinérgicos aos movimentos o Estímulo: rotação pendular da cadeira, posição da cabeça conforme par sinérgico avaliado (rotina: par sinérgico CSC laterais) o Resposta esperada: ny alterado sentido horário/ anti-horário o A Prova Rotatória Pendular Decrescente (PRPD) deve ser realizada de [olhos fechados], [com desinibição cortical] e posicionando a cabeça do paciente inclinada [30° para frente]. o O resultado dessa prova é estabelecido em [simétrico ou assimétrico] a partir da análise da VACL e da fórmula de Jonkgees. o Essa prova pode sofrer a influência do [ny espontâneo deOF], se estiver presente. o CUIDADOS ▪ Posição da cabeça ▪ Máscara ▪ Desinibição cortical o OBSERVAÇOES ▪ Registrar o suficiente para análise ▪ CSC laterais – rotina ▪ CSC verticais – n. vestibular inferior ▪ Registro de difícil análise – repetir o Resultado ▪ VACL média H e AH ▪ Formula de jongkees • Simétrica = até 30% • Assimetrica = acima de 30 % • PRPD: simétrica=..... % • PRPD: assimétrica. Predomínio direcional do nistagmo ppara a dir/esq= .......... % • Pesquisa do nistagmo Pré e Pós-Calórico A. Pré- Calórico • Objetivo: detectar ny espontâneo na posição da prova colórica, Pode interferir no resultado do pós- calórico Leticia Barcelos Chies • Registro: no mínimo 60 segundos, desinibição cortical • Resultado: nistagmo pré- calórico : ausente / nistagmo pré- calórico: presente: VACL= ...... % • Pesquisa : ausente , presente , presente mesmo lado • Quando alternante ou vertical, cuidar outros achados para considerar central. B. Pós- calórico • Objetivos: estimulação térmica, avaliar os labirintos SEPARADAMENTE, CSC LATERAIS • O objetivo da prova calórica é de avaliar os labirintos separadamente por meio de estimulação com ar ou água - ambos com temperatura quente e fria.. • Deve-se iniciar a desinibição cortical logo após o término da estimulação calórica e mantê-la durante todo o tempo de registro do pós-calórico.. • É fundamental realizar a pesquisa do EIFO após cada estimulação calórica, iniciando-a quando ainda há resposta nistágmica presente. • TEMPERATURA i. Agua = quente a 44°c / fria 30°c ii. Ar = quente 42 °c – 50°c / fria 18°c a 24°c • Pesquisa do ny i. Tempo de estimulação na agua de 40 seg, no ar 60 seg ii. Espera entre as estimulações 3 minutos , cessar sintomas iii. Registro de 40 a 60 seg , olhos fechados, desinibição cortical iv. Quente OD – quente OE – fria OE – fria OD v. Após registro do my pós-calorico – pesquisa do E.I.F.O – efeito inibitório de fixação ocular – 10 segundos – ny deve baixae pelo menos 40% • Resultados i. Ny de direção contraria á esperada = nistagmo paradoxal = posição IV de brunnings 1. Ny não muda de direção a. Presença de ny pré- calórico b. Ny latente c. Patologias periféricas 2. Ny muda de direção a. Ny pré calórico b. Ny invertido c. Patologias periféricas ou central • A prova fria produz uma corrente ampulífuga, que inibe as estruturas sensoriais e gera nistagmo na direção oposta ao labirinto avaliado; a prova quente gera uma corrente ampulípeta, que excita as estruturas sensoriais e provoca nistagmo na mesma direção do labirinto investigada Leticia Barcelos Chies • Quando o nistagmo pós-calórico aparece do lado contrário ao esperado conforme a estimulação realizada, pode ser ny [latente] em patologias periféricas ou ny [invertido] em patologias periféricas ou centrais. Prova 2 C. Pesquisa do nistagmo direcional ( sei espontâneo) A. Nistagmo sei espontâneo ( direcional ) • Registrar de 15 a 20 segundos • Observar os olhos do paciente • Cuidar posição externa • Resultados o NY AUSENTE ▪ Normal ▪ Alteração periférica ▪ Alteração central o NY PRESENTE ▪ Alteração periférica • Não mudar a direção • Reforço do espontâneo • Paciente EM CRISE ▪ Alteração central (sugestivo) • Mais de uma direção (bi ou multidirecional) o Resultados = direção ausente = ausente / direção presente = determina a VACL D. Provas oculomotoras A. Movimentos sacádios randomizados (aleatórios) • Tempo de rastreio é o suficiente para a analise • Resultados o Regular ▪ Normal ▪ Periférico ▪ Central o Irregular ▪ Central • Alterações moderadas ou intensas • Lesão TE ou cerebelo ▪ Alteração discreta não é necessário indicio de alteração central B. Rastreio pendular • Registro o suficiente para caracterizar o tipo do traçado • Traçado ruim = bolinha !! Leticia Barcelos Chies • Parâmetro quantitativo = ganho – relação entre os picos de velocidade – olhos = alvo • Parâmetro qualitativo o Tipo I = sinusóide – normal, periférico ou central o Tipo II = sinusóide com reentrâncias – normal, periférico ou central o Tipi III= sinusóide serrilhada – periférico ou central o Tipo IV = traçado anárquico – central (cerebelar) o Alguns serviços não ultilizam essa classificação, apenas o valor do ganho o Esta prova sofre muita influencia da ATENÇÃO E COLABORAÇÃO do Paciente ! C. Pesquisa do nistagmo optocinético • Formula de jongkees ; ( AH - H/ AH + H) X 100% = 17% SIMETRICO • Resultado o Simétrico ▪ Ate 17% ▪ Normal ou periférico o Assimétrico ▪ Periféricas = Ny Esp ou semi presentes ▪ Central E. Provas de estimulação labiríntica 1. Prova rotatória pendular decrescente (PRPD) • Objetivo= avaliar a resposta dos pares sinérgicos ao movimento • Estímulo o Rotação pendular da cadeira o Posição da cabeça conforme par sinérgico avaliado (rotina: par sinérgico CSC laterais) • Resposta esperada o Ny alternado sentido horário/ anti-horário • Cuidados o Posição da cabeça o Máscara o Desinibição cortical • Observações o Registrar o suficiente para Anelise o CSC laterias – rotina o CSC verticais – N. Vestibular inferior o Registro de difícil analise – repetir • Resultado = VACL média H e AH = formula de jongkees o Simétrica = até 30% o Assimétrica acima de 30 % 2. Pesquisa do nistagmo Pré e Pós- calórico • Pré – calórico i. Objetivo = detectar ny espontâneo na posição da prova calórica , pode inferir no resultado do pós – calórico ii. Registro = no mínimo 60 segundos , desinibição cortical • Pós calórico i. Objetivo – estimulação térmica (quente e fria), avaliar os labirintos SEPARADAMENTE , CSC laterais Leticia Barcelos Chies ii. Temperatura 1. Agua = quente ( 44°) , fria ( 30°) 2. Ar = quente ( 42°- 50°) , fria = ( 18 ° - 24°) iii. Tempo de estimulação – Agua = 40 s , ar 60s. iv. Espera entre as estimulações – 3 minutos , cessar sintomas v. Registro 40 a 60 seg, olhos fechados, desinibição cortical vi. Ordem = quente od, quente oe , fria oe, fria od vii. Após registro do Ny pós – calórico – pesquisa do E.I.F.O – efeito inibitório de fixação ocular – 10 seg- ny DEVE diminuir em pelo menos 40% Etapas 1. Medir as VACLs 2. Calcular a VACL media de cada prova 3. Analisar conforme parâmetros de normalidade 4. Valores absolutos 5. Valores relativos (predomínio se necessário ) VACL média • Valores absolutos o Hiporreflexia o Hiper-reflexia o Arreflexia o Normorreflexia = valores relativos ▪ Predomínio direcional do nistgmo Leticia Barcelos Chies ▪ Predomínio labiríntico ▪ Normoreflexiva o Parâmetros ▪ Valores absolutos = media da VACL ▪ Valores relativos = calculo • Não há alteração em valores absolutos • Normoreflexiva = prova calórica normal ? – prova calórica alternada ? • PDN – PL – normoreflexiva • Valores relativos – PDN ( Q OD + F OE) – (Q OE + F OD) / Q OD + Q OE = F OD + F OD X 100= ....¨% = PREDOMINIO DIRECIONAL DO NISTGMO > 17% • PL= ( Q OD + F OD) – ( Q OE + F OE) / Q OD + Q OE + F OD + F OE X 100= ... % = PREDOMINIO LABIRINTICO > 19% • COMO DECIDIR QUAL CÁLCULO USAR??? o OLHAR A RESPOSTA QUENTE E FRIA o QUAL TEVE MAIOR PROVA CALORICA = ESCOLHER ESTE TANTO NA QUENTE COMO NA FRIA o SE EM AMBAS AS SITUAÇOES (QUENTE E FRIA ) TIVERMOS O MESMOS LABIRINTO PREDOMINANDO = TEREMOS O PL . Q ESQUERDO + F ESQUERDO = PL • SE TIVERMOS ESQUERDA E DIREITA TEREMOS EM COMUM A DIREÇÃO DO NISTAGMO , ENTAO USAOS O CALCULO DE PDN: Q DIREITO( NY P/ DIR + F ESQUERDO (NY P/DIR)= PDN Leticia Barcelos Chies • Achados o Ausência de E.I.F.O = Alteração difusa em T.E ou cerebelo o Ny invertido = doenças de T.E • Cuidar o Erros técnicos ▪ Colocação de eletrodos ▪ Presença de ny congênito ▪ Perfuração timpânica(nistagmo paradoxal) 3. CONCLUINDO O EXAME VESTIBULAR • Conclusão o Normal 1. Ausência da alteração em todo o exame vestibular • Provas oculomotoras e labirínticas dentro dos padrões de normalidade • Exame vestibular normal o Alterado 1. Presença de alteração ao exame • Difusão vestibular o Periférica = deficitária / (apenas periférica ) o Central o ( apenas disfunção vestibular) • Conclusão = partir da prova calórica e considerar o conjunto de achados . Leticia Barcelos Chies Leticia Barcelos Chies vHit e VEMP VIDEO HEAD IMPULSE TEST • Teste clínico comum ativo no qual o reflexo vestíbulo-oculomotor é testado a alta frequência BASE FISIOLOGICA DO vHit? • RVO ( reflexo vestíbulo- ocular) é o reflexo responsável pela correção da visão em movimentos cervicais, fazendo com que os olhos se movam na direção oposta ao movimento, em mesma velocidade e frequência dos mesmos. • É responsável pela fixação ocular • Possibilita visão nítida e clara por estabilizar a imagem da retina • No vhit é avaliado o RVO em alta frequência • Movimentos rápidos são realizados, exigindo resposta rápida do RVO Como avaliar o HIT • O clínico coloca-se em frente ao paciente e realiza movimentos de frequência e direção não previstos pelo paciente. • Os movimentos são de baixa amplitude (10-25°), porém de lata aceleração(3000- 6000°s/2) e velocidade (150-300°/s), enquanto o paciente é orientado a manter a fixação visual em um mesmo ponto. • Quando o RVO está intacto, o paciente é capaz de manter a fixação visual • Se o RVO não for compensatório, o olho do paciente acompanhará o movimento cervical durante a rotação impulsiva e ao final do movimento, realizara uma sacada de refixação para colocar o objeto alvo na fóvea- HIT positivo. Vídeo_Hit test: Leticia Barcelos Chies • Enquanto o HIT unicamente permite a identificação da presença de sacadas após o impulso cefálico, o vHIT possibilita a gravação e quantificação da fase lenta do RVO, bem coimo as rápidas geradas após o impulso cefálico. • Na maior parte das vezes, as sacadas rápidas geradas ao impulso não são visíveis a olho nú, especialmente devido ao movimento causar também a perda de foco do observador. • O vHIT vem aprimorando a análise do RVO Sácadas ao vHit: • Pacinete com lesão unilateral desencadeiam fases lentas com latências aumentadas, não compensatórias durante o impulso ipsilateral, e movimentos oculares rápidos durante ou após o impulso, chamados Sácadas: • Sácadas covert se desencadeadas durante o impulso cefálico, dado a sua observação não ser possível a olho nu. Dependem de controle central • Sácadas overt se desencadeadas após o impulso cefálico. • Em indivíduos normais (sem alteração vestibular), as sacadas overt apresentam valores e taxas de ocorrência relativamente baixos, enquanto as sacadas covert são inexistentes. Vantagens do exame • A quantificação do movimento permite aumentar a sensibilidade e especificidade do vHit • Realizam movimentos cefálicos semelhantes aos cotidianos. • Em comparação com a VENG, que identifica 100% das lesões agudas e 65% das lesões crônicas, o vHit identifica 100% dos problemas em lesões unilaterais crônicas ou agudas. Achados comuns • Em pacientes com doença de meniere as provas impulsivas poderão ser normais nos períodos intercrise • As provas vestibulares podem ser normais e as impulsivas anormais em pacientes com patologia vestibular central Sistema de gravação • Câmeras digitais leves e pequenas, acopladas ao olho do paciente e possuem elevada taxa de detecção dos problemas (93% de efetividade) • Após calibração do sistema de vHit, são gerados impulsos cefálicos pelo clínico ou por um sistema mecânico controlado • Serão avaliadas as direções vertical e horizontal do movimento • Devem ser gerados 10 ou mais impulsos de modo a minimizar erros de gravação ou psicadas. Ganho á fase lenta do RVO • O ganho ideal seria relacionado a um movimento idêntico visual para o lado oposto ao movimento cefálico, resultado em 1 • Em outros estudos realizados, este ganho tem uma perda de inicialização do movimento. • Às padronizações, o ganho definido como normal é de 0,77 a 0,95 • Ganhos acima de 1 deverão sempre fazer suspeitar de calibração ou execessiva proximidade do alvo, que deve estar a 150cm dos olhos do paciente. Movimentos rápidos dos olhos durante impulso cefálico • São identificados como picos de aceleração bidirecionais e são classificados de acordo com o sentido relativo a: Leticia Barcelos Chies • Fase lenta • Latência em milissegundos • O pico de velocidade em °/s • A taxa de ocorrência em porcentagem • A amplitude do movimento ocular gerado. • Em situações nas quais o ganho apresenta valores superiores a normalidade (observada em pacientes em algumas patologias centrais) os movimentos rápidos podem assumir sentido contrário a fase lenta e serem igualmente classificados como sacadas de correção Na lesão vestibular unilateral aguda: • Informações podem ser obtidas quanto a lateralidade, grau de disfunção, presença de ny espontâneo e topo diagnostico • Quantifica-se a lesão através do ganho e índice de assimetria do movimento do RVO • O ganho instantâneo ou superior a 1 informa sobre topodiagnostico central, visto que nas lesões periféricas ele aumenta ao longo do impulso • Na lesão periférica o ganho é reduzido ao movimento • Nas assimetrias vestibulares dinâmicas (ao movimento), aparecem sacadas ao movimento contralesional com fases rápidas opostas ao movimento, correspondentes ao predomínio existente de função a esta lado e á existência de ny espontâneo para o mesmo lado Lesão unilateral crônica • Em alguns casos de pacientes com lesão vestibular crônica (pós labirintectomia cirúrgica ou química (terapêutica ou iatrogênica), por etiologia infecciosa ou neoplásica, não aparecem alterações á VENG ou VEMP e aparecem alterações somente a vHit • Nestes casos, a ocorrência de fortes sacadas covert (em meio ao movimento e não ao final) são evidentes ao exame registrado e calculadas de acordo com a intensidade da disfunção • Estes conhecimentos são aplicados na maioria dos casos á reabilitação vestibular, pois auxiliam no desenvolvimento de técnicas efetivas na reabilitação e reeducação vestibular. Topodiagnóstico: • São sinais de lesão de SNC: • Ausência de movimentos visual compensatório durante impulso contralesional em pacientes com ny espontâneo. • Respostas ao HIT normais em pacientes com nistagmo espontâneo • Provas calóricas normais, sem nistagmo espontâneo, e impulsividades anormais. • Inexistência de sintomas visuovestibulares em pacientes com respostas deficitárias não compensadas. Conclusões • O resultado ao vHit é negativo quando não exste alterações do RVO e positivo quando o mesmo encontra-se alterado ao exame • vHit é rápido simples de ser realizado e acessível. • Auxilia em quantificações e topodiagnistico de pacientes com sintomas otoneurologicos • Deve ser, como todo o exame otoneurológico, considerado em uma analise conjunta aos demais exames realizados. • Promove conhecimento essencial para o desenvolvimento de técnicas e estratégias de reabilitação e reeducação vestibular. Leticia Barcelos Chies VEPM – POTENCIAL EVOCADO MIOGÊNICO VESTIBULAR O QUE É? • VEMP= vestibular evoked myogenic potentials • É uma resposta miogênica de curta latência, evocada por breves pulsos de sons por via aérea, via óssea, vibratória ou por estimulação elétrica • É registrada utilizando eletrodos de superfície sobre os músculos • Exame objetivo, curto , sem desconfortos ao paciente. • Não evasivo. Fácil execução • Baixo custo Utilidade • A VEMP tem utilidade clínica na avaliação eletrofisiológica dos órgãos otólitos e da via vestibuloespinal (sáculo, utrículo) • Seuuso é auxiliar a bateria de exames, de modo que a sua contribuição é relativa e julgada no contexto clínico para se definir o diagnóstico. • Diversas publicações têm utilizado o VEMP como método para diagnosticar ou mesmo contribuir para o diagnóstico das mais diversas patologias otoneurologicas, como: • Síndrome de meniere • Discencia de canal semicircular superior • Neuronite vestibular • Schwannomas vestibulares • Controle após administração intratimpanica de gentamicina • Fistula perilinfatica Nervo que corresponde a cada órgão • Uticulo é inerado pela parte superior do nervo vestibular e sáculo para porção inferior do nervo vestibular. Objetivo • O exame de VEMP avalia a função dos órgãos otólitos: sáculo e divisão inferior do nervo vestibular; utrículo e divisão superiores do nervo vestibular. • A vemp c (cervical) com estimulação auditiva e captação de resposta no musculo esternocleidomastóideo é útil para a detecção de alterações no sistema vestibular localizadas no sáculo, nervo vestibular inferior e trato vestibuloespinal medial • Vemp O (ocular) com detecção de respostas na musculatura ocular (VEMP ocular) é útil na detecção de alterações localizadas no utrículo e nervo vestibular superior. • Vemp com estimulação galvânica e captação da resposta no musculo sóleo tem sido utilizada como instrumentos terapêuticos na reabilitação vestibular ao estimular disparos elétricos na via vestibuloespinal (pouco difundida) • Este exame não possibilita diferenciação de alterações vestibulares periféricas ou centrais. Leticia Barcelos Chies Aspectos biológicos • Por questões evolutivas, o sistema utricular e sacular tem respostas ainda a estímulos auditivos- células remanescentes auditivas. • Estímulos sonoros de alta intensidade podem estimular estas células auditivas remanescentes e gerar uma resposta. Esta resposta pode ser captada nos músculos (vemp) como resposta reflexa • Estímulos sonoros de lata intensidade geram um potencial inibitório muscular, que leva a um movimento cervical na direção do estímulo sonoro por reflexo protetivo • A resposta não é coclear e isso é evidente em pacientes com cóclea não funcional (surdos), que apresentam vemp presente • Devido a origem vestibular do estímulo, ele está ausente, por exemplo, em pacientes submetidos á neurectomia do VIII par ou acometidos por neurite vestibular. Preparo para o exame: • VEMP (potencial evocado miogênico vestibular) -adultos e crianças • Não usar maquiagem, protetor solar ou qualquer tipo de creme na região do rosto, orelhas e região cervical (pescoço); • No dia do exame manter alimentação normal • Trazer exames anteriores (caso tenha realizado) de audiometria, otoneurologico, tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética. • No dia do exame fazer a barba ou tê-la aparada • Se o paciente apresentar febre ou resfriado no dia do exame, não poderá ser realizado. Reagendá- lo. VEMP cervical • Resposta de estímulos á macula sacular • É um estímulo inibitório. Em função disso, a melhor forma de captação de respostas acontece com a musculatura em contração • Posição: paciente com a cabeça virada para o lado contralateral ao estímulo accustico • O local de realização do exame deve ser tratado acusticamente e eletricamente • É realizado limpeza com pasta abrasiva nos locais que entrarão em contato com os eletrodos e os eletrodos afixados com pasta eletrolítica ou colados, quando eletrodos descartáveis • O estímulo sonoro deve ser de alta intensidade. Locais dos eletrodos á VEMP cervical: • Eletrodo terra (preto) – comumente afixados nas bochechas do paciente. • Eletrodos ativos- é normalmente afixado no musculo esternocleidomastóideo do paciente, sendo o vermelho no musculo direito e o azul no musculo esquerdo. • Eletrodo referencia (comumente bege) – afixado na fronte • O valor da impedância dos eletrodos deve ser verificados antes do inicio do exame e encontrar- se acerca de 3 Ohms Leticia Barcelos Chies Posições Branco = testa Preto = bochecha Vermelho = SCM direito Azul == SCM esquerdo Características das ondas • Latência: latência média das respostas ocorre em 13ms e 23ms. • Morfologicamente: são duas ondas bifásicas, apresentando um pico positivo aos 13ms e um pico negativo aos 23ms. São normalmente identificados como P1 e N1 ou P13 e N23. • Amplitude do pico: é considerada a diferença de amplitude entre o ponto mais positivo de uma onda e o ponto mais negativo da outra onda. • A diminuição da amplitude de um lado em relação ao outro sugere comprometimento vestibular. Leticia Barcelos Chies
Compartilhar