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APOSTILA-TEORIA-DO-CONHECIMENTO

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1 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA DO CONHECIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUARULHOS – SP 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4 
2 TIPOS DE CONHECIMENTO ....................................................................................... 5 
2.1 Saber que..... .............................................................................................................. 6 
2.2 Conhecer............ ........................................................................................................ 8 
2.3 Saber fazer ............................................................................................................... 10 
3 O POSITIVISMO ......................................................................................................... 13 
3.1 Os Fundamentos do Positivismo .............................................................................. 14 
3.2 O Positivismo no Brasil............................................................................................. 19 
4 O ESTRUTURALISMO................................................................................................ 30 
4.1 Estruturalismo Saussuriano ...................................................................................... 35 
4.2 Estrutura Sintagmâtica ............................................................................................. 39 
4.3 Estruturalismo de Praga ........................................................................................... 40 
4.4 Estruturalismo Sapiriano .......................................................................................... 42 
5 O FUNCIONALISMO ................................................................................................... 44 
5.1 O Círculo Linguístico de Praga ................................................................................. 45 
5.1.1 As teses da Escola de Praga ................................................................................ 46 
5.1.1.1 Primeira tese – Problemas de método que decorrem da concepção de língua 
como sistema e a importância dessa concepção para as línguas eslavas. ................... 46 
5.1.1.2 Segunda tese – Tarefas necessárias para o estudo de um sistema linguístico, em 
particular o sistema eslavo. ............................................................................................ 47 
5.1.1.3 Terceira tese – Problemas das pesquisas sobre línguas de diversas funções. . 47 
5.2 O paradigma funcional ............................................................................................. 48 
5.3 A Gramática de Valências ........................................................................................ 50 
5.3.1 Actantes e circunstantes ....................................................................................... 51 
 
3 
 
 
5.3.2 Restrições de significado ....................................................................................... 52 
5.4 Gramaticalização ...................................................................................................... 53 
6 A DIALÉTICA HEGELIANA ......................................................................................... 54 
6.1 A filosofia de Hegel .................................................................................................. 55 
6.2 A dialética na filosofia hegeliana .............................................................................. 60 
6.3 A construção do conhecimento na filosofia hegeliana .............................................. 63 
7 METODOLOGIA EM CIÊNCIAS SOCIAIS .................................................................. 68 
7.1 A Metodologia dos Clássicos ................................................................................... 72 
7.2 Abordagens Contemporâneas na Pesquisa Sociológica .......................................... 75 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 79 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material é 
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase 
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer 
uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo 
hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida 
e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
2 TIPOS DE CONHECIMENTO 
Pode ser que você nunca tenha se perguntado o que é conhecimento, ou porque 
sabemos que não estamos sonhando ou como podemos saber se eu e você vemos o 
verde da mesma forma ou se vemos cores totalmente diferentes que apenas chamamos 
pelo mesmo nome. Essas são algumas das indagações da epistemologia, a disciplina 
que estuda a natureza do conhecimento. Ainda que você nunca tenha pensado sobre 
essas coisas – o que não é muito plausível –, você seguramente já usou o conceito de 
conhecimento no seu dia-a-dia. Não somente isso, mas você já deve ter se perguntado 
“mas como que você sabe isso?” ou ter debatido com alguém sobre quem 
verdadeiramente conhece um coisa ou outra. Essa é a beleza da epistemologia tal como 
exercida hoje, porque, apesar do rigor técnico e da linguagem própria que são peculiares 
de uma disciplina bem desenvolvida, a sua fixação no senso-comum e no uso cotidiano 
dos conceitos consente que qualquer um com interesse e vontade consiga entender a 
natureza dos debates epistemológicos. 
O que é, no fim das contas, a epistemologia? Uma definição provisória, e muito 
difundida, é “a disciplina que estuda o conhecimento”. Isso é verdade, mas devemos fazer 
algumas observações, pois outras disciplinas também estudam o conhecimento. A 
pedagogia, por exemplo, estuda como adquirir conhecimento, e as ciências cognitivas 
estudam os procedimentos que acontecem no nosso cérebro (e por vezes no restante do 
corpo) enquanto adquirimos conhecimento. Já a sociologia estuda, entre outras coisas, 
como o conhecimento afeta as nossas relações sociais. Essas disciplinas estudam o 
conhecimento de forma empírica, ou seja, de forma um tanto grosseira, que elas partem 
de experiências e angariam dados para suportar determinada hipótese (ROLLA, 2018). 
A epistemologia é tradicionalmente diferente dessas e das demais disciplinas que 
estudam o conhecimento de forma empírica – porque a epistemologia está preocupada 
com o conceito de conhecimento. Isso quer dizer que a investigação epistemológica está 
primariamente atribulada em como interpretar esse conceito e os seus elementos, o que 
repetidamente é entendido como a tarefa de elucidar o que é possuir conhecimento. 
Possuir conhecimento é, em uma definição ampla, estar em uma condição mental, que 
para a epistemologia é caracterizada de um modo geral: não é o estado mental de 
 
6 
 
 
conhecer tal como apresentado pelos povos europeus ou por Joãozinho neste instante, 
é o estado mental de conhecer – ponto. Não importa de quem é o conhecimento, ou 
quando e onde esse conhecimento foi adquirido, a epistemologiaestuda a natureza do 
conceito de conhecimento de uma perspectiva completamente geral. 
Essa diferença entre a epistemologia e as demais ciências que estudam o 
conhecimento de forma empírica ajuda a delimitar a tarefa tipicamente filosófica da 
epistemologia, mas ela não precisa ser tida como um traço definidor da disciplina. 
Contudo, talvez seja injusto dizer que nenhuma informação empírica é saliente para o 
estudo epistemológico, pois, parte essencial da prática epistemológica se dá em testar 
teorias a partir de contraexemplos, ou seja, situações imaginadas que ponderam a 
adequação de uma teoria. É claro, pois essas situações são imaginadas, elas não são 
obrigatoriamente reais – mas elas visivelmente servem um propósito muito semelhante 
ao de experiências empíricas no teste de teorias científicas. É por isso que quando se diz 
“epistemologia analítica”, não se exclui de todo a epistemologia naturalizada, que 
reconhece uma continuidade entre a filosofia e as outras ciências (ROLLA, 2018). 
2.1 Saber que 
Reflita por um momento sobre o que você conhece ou sabe. Foque e procure 
descrever quaisquer dos seus conhecimentos. Talvez a primeira coisa que você ateste é 
que você sabe que tem um livro em sua frente (ou um e-book). Provavelmente, você 
também compreende que está sentado. Se pensar um pouco, também perceberá que 
está em algum lugar, ou indo para algum lugar. Você também poderá facilmente 
descrever que você tem conhecimento de que as pessoas e as coisas ao seu redor têm 
determinadas características. 
Tudo isso que você descreveu são chamadas de estados epistêmicos – do grego 
‘episteme’, que quer dizer conhecimento. Como você pode ter percebido, todos os 
estados epistêmicos supracitados têm uma estrutura linguística comum, que podemos 
generalizar da seguinte forma: 
(1) Eu sei que isso é assim-e-assado. 
 
7 
 
 
Em 1, a partícula ‘que’ está em itálico pois se encontra depois do verbo epistêmico, 
que neste caso é ‘saber’, e introduz uma frase ou sentença: ‘isso é assim-e-assado’. Essa 
sentença, ‘isso é assim-e-assado’ pode ser uma definição adequada ou inadequada da 
realidade. Se ponderarmos um exemplo um pouco mais concreto, como em ‘eu sei que 
as paredes deste quarto são verdes’, percebemos que a sentença ‘as paredes deste 
quarto são verdes’ é uma definição adequada da realidade quando as paredes são 
realmente verdes, e inadequadas quando elas são de qualquer outra cor. Uma outra 
forma de colocar essa ideia é que a sentença que vem depois da partícula ‘que’ pode ser 
verdadeira ou falsa. No exemplo das paredes deste quarto serem brancas ou azuis, é 
falso que as paredes do quarto são verdes. O tipo de estrutura que pode ser verdadeira 
ou falsa é o que filósofos repetidamente chamam de proposição. Uma proposição é a 
definição de uma sentença declarativa. Para entender isso melhor, confira as seguintes 
sentenças: 
(2) Você está lendo. 
(3) Você está lendo? 
(4) Você deve ler. 
Desses três exemplos, tradicionalmente apenas a 2 é o tipo de sentença que 
demonstra uma proposição, que pode ser verdadeira ou falsa. A 3 manifesta uma 
pergunta, que claramente não é verdadeira ou falsa. Já a 4 expressa uma ordem, que 
pode ser acatada ou violada, justa ou injusta, prudente ou receosa, etc., mas que não é 
obviamente verdadeira ou falsa. É claro, aqui aparecem questões sobre o que é verdade 
ou falsidade – o que, no final das contas, faz com que uma sentença seja verdadeira ou 
falsa? Há tal coisa como a verdade – ou como alguns às vezes falam, será que há uma 
“verdade absoluta”? Essas questões são metafísicas, mas o nosso tópico é 
epistemológico, de maneira que basta entendermos a verdade como uma definição 
acurada da realidade (ROLLA, 2018). Sendo assim, uma proposição é verdadeira se ela 
expõe acuradamente uma parte da realidade. Aliás, falar em “verdade absoluta” pode 
confundir-nos desnecessariamente, pois a verdade não admite níveis: toda verdade é 
absoluta nesse sentido, por mais irrelevante que ela seja. 
‘Não está chovendo agora’ é uma verdade, e é “absoluta”, assim como “a grama é 
verde” e “2+2=4”. Existem pessoas que discordam disso, que acham que está chovendo 
 
8 
 
 
agora, que a grama não é verde e que 2+2=5? Com certeza podem existir, mas isso não 
muda em nada o status das verdades supracitadas. Então, apresentamos vários estados 
epistêmicos, e todos têm uma mesma estrutura linguística: a atribuição de um estado 
específico a um sujeito, e esse estado epistêmico é apontado pela atitude com respeito 
a uma proposição, ou seja, o significado de uma sentença declarativa. Por esse motivo, 
o tipo de conhecimento que descrevemos acima é denominado de conhecimento 
proposicional. Mais alguns exemplos podem elucidar ainda mais: 
(5) Nós sabíamos que era um risco sair sem protetor solar. 
(6) Ele sabe que o orvalho não cai do céu. 
(7) Ela sabe que nem todo filósofo tem barba e usa toga. 
(8) Todo mundo sabe que a Terra gira em torno do Sol. 
Nas sentenças de 5 a 8 acima, os sujeitos de atribuição de conhecimento (a quem 
o conhecimento é atribuído) são, respectivamente, nós, ele, ela todo mundo, e as 
proposições alvo de conhecimento são, respectivamente, era um risco sair sem protetor 
solar, o orvalho não cai do céu, nem todo filósofo tem barba e usa toga, a Terra gira em 
torno do Sol. 
2.2 Conhecer 
Com algum esforço, podemos repetir exemplos de conhecimento proposicional 
indefinidamente. Na verdade, o conhecimento proposicional tem sido o principal objeto 
da epistemologia durante a maior parte de sua história. Da mesma forma, o primeiro 
exemplo do estado cognitivo que imaginamos no início da seção anterior não é 
conhecimento proposicional acidentalmente (ROLLA, 2018). Mas o problema óbvio é: 
todo estado epistêmico é de conhecimento proposicional? Ou, para colocar de outra 
maneira: se é um estado epistêmico, então é um caso de conhecimento proposicional? 
Ou, para colocar de ainda outra maneira, talvez mais clara: existem estados epistêmicos 
que não são casos de conhecimento proposicional? 
A maioria dos epistemólogos acredita que alguns estados epistemológicos não 
são exemplos de conhecimento proposicional. (Isso levanta uma questão fora da 
epistemologia estrita, mas é muito interessante de qualquer maneira: por que o 
 
9 
 
 
conhecimento proposicional é tão importante na história da filosofia?). Se pensarmos, por 
exemplo, nas pessoas, lugares e coisas que você conhece, podemos ver claramente que 
existem outros tipos de conhecimento: talvez você conheça a pessoa ao seu lado. Você 
(provavelmente) conhece sua cidade natal. Você (quase com certeza) conhece o Brasil - 
embora provavelmente não conheça o Brasil como um todo. É claro que você conhece 
pelo menos um livro em formato físico ou digital - porque, afinal, você está lendo essas 
palavras. 
Vamos repetir o exercício anterior e tentar revelar a estrutura da frase acima. É 
fácil notar que não há partículas "o quê" em todas essas distribuições de conhecimento. 
O verbo espitémico ("saber" neste caso) segue diretamente um objeto direto: "a pessoa 
ao seu lado", "sua cidade natal", "Brasil", "este livro". Como dizem os gramáticos, o 
veredicto do verbo é um objetivo direto, ou seja, não há necessidade de inserir o elemento 
"o quê" entre o verbo e o objeto. Essa análise linguística indica um segundo estado 
cognitivo, geralmente chamado de conhecimento direto ou conhecimento de contato 
(ROLLA, 2018). 
Não analisamos os conceitos de conhecimento, conhecimento proposicional ou 
conhecimento direto, mas vimos algumas diferenças entre eles. Por exemplo, você pode 
saber que nem todo filósofo usa barba, veste uma túnica e não conheceu nenhum filósofo 
pessoalmente. Parece saber que nem todo filósofo tem barba e usa camisola, então você 
deve pelo menos acreditar nisso. Porém, se você já conheceu um filósofo, pode 
conversar com ele sobre qualquer assunto, como o tempoou a partida de futebol do dia 
anterior, sem nem mesmo acreditar que ele seja um filósofo. Nesse caso, você pode 
encontrar um filósofo - pelo menos, isso sugere a maneira como usamos as palavras - 
sem pensar nele como um filósofo. 
Da mesma forma, você pode conhecer sua cidade natal sem saber seu local de 
nascimento. Você pode aprender sobre o Brasil sem acreditar no Brasil (imagine que 
você é um turista perdido na Amazônia, pensando que está em um país vizinho). Você 
pode conhecer o livro sem acreditar no livro que está lendo (uma pessoa de confiança 
pode dizer erroneamente que se trata de um artigo ou apostila, etc.). Pelo contrário, por 
exemplo, você deve saber que muitos indianos não comiam carne vermelha até que 
nunca tivessem conhecido um índio e nunca tivessem estado na Índia. Você deve saber 
 
10 
 
 
que Cervantes escreveu Dom Quixote sem um livro, e nunca o dominou. Tudo mostra 
que você pode saber que um epistemólogo é uma pessoa que aprende conceitos de 
conhecimento e conceitos relacionados, mas não conheceu pessoalmente um 
epistemólogo. 
Todos esses exemplos mostram que o conhecimento direto (ou de contato) requer 
uma relação de contato direto entre o tópico da distribuição do conhecimento e o 
conhecimento do tópico. A este respeito, o conhecimento de conexão parece ser 
diferente do conhecimento proposicional (ROLLA, 2018). O conhecimento proposicional 
depende de pelo menos uma crença no sujeito do sujeito destinado (iremos introduzir 
este assunto com mais detalhes abaixo). 
Vimos que nem todo estado cognitivo é uma proposição. Há também o 
conhecimento direto, que não envolve crença, mas a relação de contato direto entre 
sujeito e objeto de conhecimento. Usamos "objetos" em um sentido amplo aqui, o que 
inclui coisas que não chamamos de objetos do cotidiano, como pessoas e lugares. Além 
disso, uma razão importante para o debate é determinar com quais tipos de coisas 
podemos entrar em contato diretamente. Alguns filósofos acreditam que mesmo que 
existam entidades que possam não existir mais e possamos estar errados, podemos 
entender diretamente entidades que nada têm a ver com o assunto do conhecimento 
(como pessoas, lugares, etc.). Algumas pessoas chegam a pensar que podemos fazer 
contato direto "remotamente", ou seja, fazer contato com pessoas que estiveram em 
contato com objetos. Outros filósofos acreditam que só podemos ter contato direto com 
entidades que devem existir quando as percebemos, ou seja, sabemos que elas não 
existem a nosso ver e nada pode dar errado. É claro que essas posições produziram 
muitas coisas completamente diferentes e podemos entender diretamente essas coisas 
e ter uma influência importante em outras epistemologias que decidirmos escolher. 
2.3 Saber fazer 
Outra questão que podemos levantar agora é: será que conhecimento 
proposicional e conhecimento direto exaurem a classe de estados epistêmicos que um 
sujeito pode ter? Ou seja: será verdade que, se um sujeito está em determinado estado 
 
11 
 
 
epistêmico, ou bem esse estado é de conhecimento proposicional ou é de conhecimento 
direto? 
A resposta mais intuitiva é "Não", porque existe um outro tipo de conhecimento, 
que na verdade abrange vários tipos mais específicos, e obviamente não se limita ao 
conhecimento proposicional ou direto. Talvez anteriormente você tenha listado alguns 
estados cognitivos dessa natureza, que à primeira vista não são adequados para nenhum 
dos dois estados que vimos acima. Por exemplo, saiba como fazer algo. Sei escrever, 
sei ler, algumas pessoas podem andar de bicicleta, outras podem tocar piano, outras 
podem resolver problemas matemáticos complexos, algumas pessoas podem causar 
transtornos nas reuniões do ensino médio, e assim por diante (ROLLA, 2018). 
Pense no que você sabe fazer. Imagine que uma atividade não é muito simples, 
mas também não é muito complicada. Por exemplo: saiba ler. Para a maioria das pessoas 
que estão se desenvolvendo em uma sociedade literal, identificar símbolos não é um 
problema. Por exemplo, é natural olharmos para os sinais, lermos o que está escrito e 
compreendermos o seu significado (se devemos ir à praia à esquerda, ou se não 
podemos passear com o cão aqui, localização, etc.). Sabemos o que fazer quase sem 
esforço - porque, afinal, treinamos nossas habilidades de leitura há muito tempo (por 
exemplo, em comparação com habilidades físicas mais óbvias, como a capacidade de 
ser um embaixador. Para pessoas bem treinadas e muito trabalho duro, em 
circunstâncias normais, quase não há necessidade de fazer dezenas de embaixadas. 
Agora, considere a seguinte pergunta: Você pode descrever com precisão o 
processo usado ao ler os sinais ou páginas deste livro? Sem muita consideração, a 
melhor coisa que você pode dizer é que você vê as linhas, letras, palavras e forma frases 
e aprende com elas. Isso mostra que, pelo menos à primeira vista, saber fazer isso não 
depende da crença na maneira como as coisas são feitas e, portanto, é diferente do 
conhecimento proposicional. Portanto, alguns autores usam o termo "conhecimento 
prático" para se referir a um estado cognitivo caracterizado por saber como fazê-lo. 
Talvez alguém possa argumentar - bem, você não precisa saber como fazer um 
trabalho com sucesso, mas quando você aprende como fazer um trabalho, é claro que 
você precisa obter uma certa quantidade de Fé. Isso é razoável, mas significa que o 
conhecimento prático é reduzido a conhecimento proposicional? Não me parece, porque 
 
12 
 
 
enquanto você está aprendendo a fazer algo, você pode estar exercendo certas 
habilidades, e uma dessas habilidades pode exigir que você tenha crenças (talvez 
conhecimento proposicional). No entanto, quando você é proficiente em uma atividade, 
não precisa mais dessas crenças - na verdade, você voluntariamente evitará formar 
crenças e outros estados que distorçam seu exercício e prejudiquem seu desempenho. 
Por exemplo, considere andar de bicicleta, dirigir um carro ou praticar esportes. Você 
deve entender que pode iniciar qualquer uma dessas atividades assim, mas pode dizer 
com segurança que não precisa confiar nessas crenças ao fazer essas atividades após 
o aprendizado (ROLLA, 2018). Experimente - é claro, se você estiver no estado certo e 
não estiver em risco, considere cada ação que você executa intuitivamente em uma 
atividade complexa, como as ações que mencionei. Você descobrirá que sua experiência 
se tornará perturbadora e, em última análise, impraticável. 
Naquela época vimos que você pode saber fazer algo sem saber. Mas, você pode 
ter crenças sobre certas coisas sem saber o que fazer? Parece ser um exemplo 
poderoso: imagine que alguém me mostrou um manual de como operar uma máquina 
com a qual nunca interagi. Posso ler todo o manual com atenção, acreditando que mover 
o joystick aqui fará com que sejam feitas alterações ali, é necessário apertar este botão 
para fazer a máquina realizar esta operação, realizar esta operação quando a luz 
vermelha estiver piscando, e assim por diante. Mas se finalmente me encontrar diante 
dessa máquina, saberei como fazer todas essas coisas? Isso me parece incrível. É por 
isso que experiência - para algumas atividades cognitivas tão importantes - experiência 
é o significado não viciante de nosso uso diário, hábito se refere a hábito e, em última 
instância, proficiência. Pense nisso: se você precisar de cirurgia, confiará no médico que 
lê a maioria dos livros - talvez todos os livros sobre o assunto -, mas um médico que 
realizou apenas algumas operações, ou um médico que lê apenas leituras básicas de 
livros relevantes Disciplina, mas quem fez operações mais bem-sucedidas? 
Sugeri acima que o conhecimento prático na verdade inclui algum outro 
conhecimento. Que tipo de conhecimento é esse e por que é conhecimento prático? Para 
responder a essa pergunta, podemos começar considerando, por exemplo, suacapacidade de localizar um objeto ao redor, sua capacidade de rastreá-lo e sua 
capacidade de interagir com ele. Todas essas funções podem ser entendidas como 
 
13 
 
 
estados cognitivos, variantes do conhecimento prático (saber onde, quando e como e 
como fazê-lo), e você pode realizar essas atividades com sucesso sem ter uma crença 
específica no objeto. Por exemplo, não preciso acreditar que devo levantar o braço neste 
ângulo e esticá-lo nesta direção, colocar meus dedos ao redor da xícara de café ao meu 
lado, pressioná-la com os mesmos dedos, ela se aproxima de mim e beber café em um 
ângulo próximo à minha boca. Faço tudo isso implementando certas habilidades que 
desenvolvi (e, como todo mundo, corro o risco de perder), sem ter que recorrer a 
nenhuma crença para orientar minhas ações (ROLLA, 2018). 
Como de costume, ao falar de filosofia, alguns autores questionam que o 
conhecimento prático não se reduza ao conhecimento proposicional. Uma afirmação 
possível é que todas as ações que mencionei acima realmente envolvem crenças, mas 
essas crenças são a prova subconsciente disso é que posso mostrá-las ao descrever 
minhas ações (ou pelo menos sua forma muito geral). Beba uma xícara de café. 
Conceitualmente, esta rota não é impossível, mas pode apresentar alguns problemas na 
interpretação das funções do pensamento humano. Como de costume, ao falar de 
filosofia, alguns autores questionam que o conhecimento prático não se reduza ao 
conhecimento proposicional. Uma afirmação possível é que todas as ações que 
mencionei acima realmente envolvem crenças, mas essas crenças são a prova 
subconsciente disso é que posso mostrá-las ao descrever minhas ações (ou pelo menos 
sua forma muito geral). Beba uma xícara de café. Conceitualmente, esta rota não é 
impossível, mas pode apresentar alguns problemas na interpretação das funções do 
pensamento humano. 
3 O POSITIVISMO 
O positivismo é uma filosofia determinista, por um lado, afirma ser 
experimentalismo sistemático, por outro, acredita que qualquer pesquisa sobre a causa 
última não é científica. Portanto, reconhece que o espírito humano pode alcançar 
verdades positivas ou experimentais, mas não pode resolver problemas metafísicos e 
não foi confirmado pela observação e pela experiência. Como um sistema filosófico, ele 
tenta estabelecer a maior unidade na explicação de todos os fenômenos universais, 
 
14 
 
 
conduz pesquisas sem considerar conceitos metafísicos, considera isso inacessível e 
conduz pesquisas apenas por meio de métodos empíricos ou verificação experimental 
(RIBEIRO, 1994). 
Desse modo, pelo menos em teoria, não apenas não há nenhuma afirmação sobre 
a existência de qualquer substância que não possa resistir à experiência, como também 
não há nenhuma afirmação sobre a causa interna e a última origem da coisa, e nenhuma 
afirmação sobre seu propósito. Portanto, pode-se concluir que a ciência para a qual 
aponta o método afirmativo não é apenas o estudo dos fatos e suas relações, mas os 
fatos e as relações são percebidos apenas por sentimentos externos. Portanto, pode-se 
dizer que o positivismo é dogmatismo físico e ceticismo metafísico. Este é um tipo de 
dogmatismo físico, porque afirma a objetividade do mundo físico. Este é um ceticismo 
metafísico, porque não quer comentar sobre a existência essencial de objetivos 
metafísicos. 
3.1 Os Fundamentos do Positivismo 
Augusto Comte usou o termo filosofia em um sentido amplo dado pelos antigos 
filósofos, especialmente Aristóteles, para definir o sistema geral do conhecimento 
humano. Em sua opinião, o termo "positivo" refere-se ao real frente ao quimérico, o útil 
frente ao inútil, o certo frente ao incerto, o preciso frente ao vago, o relativo frente ao 
absoluto, o orgânico frente ao inorgânico, e o simpático frente à intolerância. Seu método 
de trabalho é resumir a história genética, isto é, observar fatos, guiar os fatos por meio 
da indução das leis de coexistência e herança e inferir alguns fatos novos a partir dessas 
leis por meio de resultados e correlações experimentaram verificação. 
Este é um método de raciocínio geral derivado de todos os procedimentos 
específicos (inferência, indução, observação, experiência, nomeação, comparação, 
analogia, afiliação histórica) ao mesmo tempo. De acordo com Comte, esses 
procedimentos constituem um método objetivo. Mas Comte também usa o que chama de 
método subjetivo, que é produzido pela combinação lógica de sentimentos, imagens e 
símbolos. 
 
15 
 
 
Para estabelecer sua tendência filosófica antimetafísica, Augusto Comte partiu 
desse método, partindo da premissa de que o espírito humano reconhece que é 
impossível obter um conceito absoluto em estado positivo. Portanto, desistiu de indagar 
sobre a origem e o destino do universo, e compreendeu as razões internas do fenômeno, 
para se dedicar à descoberta de sua lei efetiva, ou seja, sua lei efetiva, somente por meio 
do uso combinado do raciocínio e observação. Relação de herança invariável e relação 
de similaridade. Portanto, como uma resposta ao idealismo, a doutrina comtiana fornece 
generalidade e particularidade. Normalmente, haverá três tipos de teorias de estados 
mentais e classificação hierárquica do conhecimento humano (RIBEIRO, 1994). 
No desenvolvimento do espírito humano, Comte reconheceu um princípio 
denominado os três estados ou as leis básicas do pensamento, que é a base para sua 
interpretação da história: teologia-estado ficcional, com diferentes estágios (fetichismo, 
politeísmo e monoteísmo ), em que o espírito humano explica os fenômenos por meio da 
vontade transcendente ou forças sobrenaturais; estados abstratos metafísicos, nos quais 
os fenômenos são explicados por forças ou entidades abstratas ocultas, como os 
princípios da vida; e explicam fenômenos o estado da ciência os faz obedecer às leis 
provadas por experimentos. 
De acordo com Comte, toda ciência passa pelos dois primeiros estados e só se 
constitui quando atinge o terceiro estado. Portanto, "estado positivo" é um termo do qual 
o espírito humano depende para sobreviver e encontrar um termo científico fixo e 
definitivo. A sociedade se desenvolve de acordo com essa lei, e o indivíduo passou pelo 
mesmo desenvolvimento em outro nível. Partindo do pressuposto de que o objeto da 
ciência é apenas afirmativo, isto é, um objeto que pode ser restringido por métodos 
observacionais e experimentais, Augusto Comte admite apenas experimentos ou 
ciências afirmativas envolvendo fatos e suas leis. Portanto, ele distingue a ciência 
abstrata da ciência concreta. 
As ciências abstratas básicas são divididas em seis grupos e organizadas de 
acordo com sua estrutura hierárquica: matemática, astronomia, física, química, biologia 
e sociologia. Segundo Comte, a mineralogia específica, a botânica, a zoologia etc. ainda 
não foram constituídas, por isso ele não as classificou. 
 
16 
 
 
A classificação da ciência abstrata é baseada na lógica e na sequência temporal 
da ciência. Na ordem lógica, segundo as regras de síntese propostas por Descartes, da 
mais simples, a mais abstrata, à mais completa, a mais concreta, é inerente à inteligência. 
Agora, nesta classificação, a primeira ciência (isto é, matemática) arranjada em ordem 
cronológica é mais simples e mais abstrata do que a segunda ciência (astronomia), 
porque de acordo com o ponto de vista de Comte, a primeira ciência constituída é a 
matemática, então a astronomia, então astronomia. Física, Química, Biologia e 
Sociologia. Mais tarde, Comte coroou a moralidade nesta categoria. 
Para esta classificação, Comte tem uma ascensão histórica real em Condorcet, 
que retrata o progresso espiritual humano, e Turgot, que vê as leis dos três estados. Na 
seção especial, o positivismo pode ser considerado sob quatro aspectos. Psicologia: Para 
Comte, a psicologia faz parte da biologia (RIBEIRO, 1994). 
Posteriormente, Comte se concentrarána psicologia biológica, chamando-a de 
moralidade teórica. Portanto, de acordo com a explicação científica de Brauses, a teoria 
de Gal e Bicart foi atualizada, e ele considerou a alma (espírito) como um conjunto de 
funções cerebrais. Aspecto ontológico: Comte nega causas efetivas e finais, causas 
infinitas e absolutas, e apenas reconhece a utilidade relativa, sensível, fenomenal e. 
"Tudo é relativo, isso é uma coisa absoluta" é o axioma básico do positivismo. Portanto, 
reduz toda causalidade à simultaneidade e herança puras. Na sociologia e na religião, o 
poder social exercido pelas elites (ou seja, líderes) começa com a divisão do poder social 
material, intelectual e moral. O positivismo não aceita classes com o significado 
comumente usados hoje. Aceita que em toda a sociedade, desde as mais primitivas, haja 
lideranças e liderados. Os líderes devem ser sempre as pessoas mais capazes, isto é, 
aqueles que influenciam a educação e a cultura humana: pastores, filósofos, cientistas, 
jornalistas, professores, etc., ou melhor ainda, teóricos que mudam o pensamento 
pessoal. Por meio de sua pregação e comportamento moral. A partir da concepção 
biológica da sociologia, Augusto Comte entendia a sociedade como um organismo cujos 
componentes são heterogêneos, mas sólidos por sua preservação para com o todo. 
Portanto, como um organismo, há uma divisão de funções especiais, nas quais a 
espontaneidade, a necessidade, a imanência e todas as suas partes estão sujeitas à 
existência do poder central e superior. 
 
17 
 
 
Segundo Comte, a sociedade tem um ritmo evolutivo incompatível com a 
revolução violenta. Dessa forma, ele sempre o concebeu de uma perspectiva 
harmoniosa. Para ele, a sociedade reflete os diferentes estados de vida de uma pessoa. 
Portanto, como os organismos não podem sofrer mutação a menos que evoluam de 
forma incremental, a sociedade deve obedecer a essa norma evolutiva. 
Partindo da ideia de que a natureza humana se desenvolve de acordo com as leis 
históricas, embora não haja mudança em si mesma, ou seja, diante dos elementos 
sempre mutantes da sociedade, o ser humano tem um fundamento eterno, mas Comte 
divide o estudo da estrutura social em duas partes. Campos principais: o estudo da ordem 
social, que chamou de estática social, e o estudo da evolução social, a chamada dinâmica 
social. O estudo estático é a relação entre o consenso (solidariedade) ou organismos 
sociais e as condições de vida, persegue a teoria da ordem, a parte dinâmica do conjunto 
de particularidades e determina o progresso geral da humanidade (RIBEIRO, 1994). 
Comte acredita que o progresso social é determinado pelos companheiros 
biológicos do indivíduo. Dessa forma, é impossível sem a estrutura social determinada 
por fatores biológicos de antemão. Na verdade, esses fatores biológicos são irredutíveis 
como o são todas as categorias de fenômenos na concepção comtiana. Portanto, a 
característica do progresso social é, como todos os desenvolvimentos orgânicos, a 
contínua especialização de funções para melhorar ainda mais a evolução dos órgãos 
privados. 
Portanto, com base na exclusão do progressivismo, os conceitos abstratos e as 
ideias universais de intervenção transcendental (que eram as características das ciências 
sociais naquela época) são excluídos, o positivismo "é a autoridade para enfrentar o 
comportamento dissolvente da metafísica e da razão humana. " O objetivo do 
desenvolvimento científico que governou todo o século 19 era usar as vantagens do 
progresso ou da evolução progressiva para realizar uma compreensão racional e 
científica das questões de ordem, determinando assim os elementos básicos de toda a 
sociedade humana. E, nessa inovação, ele aplicou o método indutivo das ciências 
naturais às ciências sociais para resistir ao romantismo do laissez-faire e apoiar projetos 
sociais. Como teoria e método, o positivismo passa a enfrentar o individualismo e uma 
 
18 
 
 
sociedade livre por meio da ordem e do progresso, Comte acredita que esta é a principal 
fonte de todo o sistema político. 
Partindo desse raciocínio, Augusto Comte partiu do conceito de unidade que 
prevalecia na sociedade e propôs uma política de paz e amor, substituindo o conceito 
sobrenatural de direito pelo conceito natural de responsabilidade. A política ativa não 
reconhece quaisquer direitos além do desempenho de suas funções, portanto, nega 
categoricamente a existência de tais direitos. O termo ciência política, utilizado por Saint-
Simon, basicamente tem o mesmo significado que Comte deu à sociologia. Aliás, ele 
emprega como expressões análogas "política positiva", "filosofia social", "teoria da 
evolução social", "ciência social", ''física social", "sociologia". Para Comte, a sociologia é 
uma ciência abstrata que estuda o fenômeno dos grupos sociais. A política é a aplicação 
prática da sociologia, e as perspectivas morais devem sempre ser consideradas ao 
estudar casos específicos. A política é a arte de aplicar corretamente o conhecimento 
abstrato da sociologia (prever para fornecê-lo). 
Em qualquer caso, para Comte, a política é uma ciência relacionada à história 
nacional e / ou à teoria e prática da organização nacional. Comte acredita que o conceito 
de direitos deve desaparecer da esfera política, ao invés do conceito de causalidade na 
esfera filosófica, porque ambos se referem a vontade indiscutível (RIBEIRO, 1994). Ele 
entende que o positivismo apenas reconhece a responsabilidade de todos para com 
todos; porque seus pontos de vista são sempre sociais e não podem conter quaisquer 
conceitos jurídicos de base pessoal). Portanto, as pessoas como indivíduos não existem 
na sociedade científica, mas como membros de outros grupos, desde o familiar (unidade 
básica excelente) até a política. 
Não há consciência livre aí. Para Comte, a consciência sozinha não pode 
determinar o modo real de existência, porque as condições materiais de vida não são 
suficientes para definir a consciência. A própria soberania popular é um termo sem 
sentido em suas políticas ativas, pois adota o princípio da força como base do governo, 
enquanto o despotismo é exercido sob a ditadura do espírito e do tempo. No entanto, a 
característica que verdadeiramente incorpora a política de Augusto Comte é sua 
orientação sobre a moralidade, e a moralidade é produzida pela fraternidade universal. 
 
19 
 
 
Portanto, a decisão final se uma decisão deve ser tomada no interesse público e / ou se 
ela está de acordo com essa moralidade é a decisão final. 
A moralidade do comunismo é baseada no império instintivo, o que nos inclina 
para os outros, o que é chamado de altruísmo (termo cunhado por Comte). As pessoas 
têm instintos egoístas e altruístas. Se o primeiro é necessário, então o último também é 
necessário, porque os humanos só podem viver em sociedade e, de acordo com Comte, 
isso só pode se desenvolver por meio de sacrifício e dedicação. Portanto, para ele, a lei 
da sobrevivência humana é a lei resumida na fórmula "Viver para outrem". É por isso que 
a moralidade é composta de instintos altruístas sobre instintos egoístas. As vantagens 
derivam inevitavelmente da educação e da ciência. Os positivistas Littré, Spencer e Stuart 
Mill aceitam essa moralidade, mas diferem na maneira como explicam a formação do 
altruísmo. A escola positivista francesa depende da fisiologia para descobrir a origem e 
a lei da evolução altruísta em nosso organismo. O inglês é baseado na psicologia e no 
darwinismo, tentando provar a evolução psicológica de nossas emoções do egoísmo ao 
altruísmo sob a influência do meio social (RIBEIRO, 1994). No entanto, para ambos, a 
moralidade é relativa e variável, porque relativas e variáveis são as tendências e a 
evolução dos organismos. 
3.2 O Positivismo no Brasil 
Olhando para as coisas, o movimento positivismo ativo e inovador penetrou todo 
o ambiente cultural do século 19,popularizou a experiência e resolveu esse problema 
com todas as realidades. O positivismo vem expondo sistematicamente a confiança da 
burguesia na transformação de sua própria estrutura. No entanto, embora o positivismo 
na Europa comprove a nova atitude da burguesia para a crença no progresso humano 
direto, nas Américas, o positivismo se apresenta de uma forma diferente do que o 
continente europeu entende, e seu cerne é o caráter político. Dessa forma, o Brasil 
estimulou as ambições revolucionárias da classe média urbana, fixando suas bases nas 
cidades e, principalmente, nas faculdades de Direito, a pretexto de criar e definir novas 
compreensões sobre a realidade do país. A ordem política e social dominante. 
 
20 
 
 
No Brasil, o liberalismo, como doutrina clássica do individualismo político e 
econômico, enfoca o racionalismo, o direito natural, a igualdade, a liberdade e a 
democracia, e seu fundamento também foi revisado. Por um lado, existem os liberais 
românticos da escola de direito natural que estão comprometidos em deduzir o estado e 
os direitos da humanidade de uma forma inalterável. Por outro lado, os cientistas são 
inspirados por realizações científicas positivas. No entanto, as condições econômicas, 
sociais e políticas são diferentes das da Europa. Aqui, o crescimento da produção 
cafeeira determina mudanças sociais, o que permite aos oligarcas rurais alcançar a 
hegemonia no país. 
O império é baseado no romantismo político, cumprindo sua missão histórica e 
salvaguardando a unidade nacional, e seu fundamento político vem da teoria política do 
famoso escritor francês Benjamin Constant, o festejado escritor de Adolphe. Benjamin 
Constant é um defensor da soberania do povo e acredita que a vontade geral é superior 
à vontade individual do monarca. No entanto, nega a autoridade absoluta e ilimitada do 
povo. Para ele, os ministros constituem o poder executivo e prestam contas ao Rei. O rei 
representa o poder neutro-moderado e é responsável por defender o equilíbrio do 
governo (RIBEIRO, 1994). 
Considerações romantismo-morais, a interpretação das crenças religiosas, a 
interpretação dos indivíduos e as visões do nacionalismo coincidem com nossos 
momentos decisivos e decisivos de nacionalidade, que traduz as mudanças em uma 
sociedade, e novos fatores aparecem nesta sociedade, E os velhos fatores mudaram 
suas percepções. Significado e poder. Para os intelectuais daquela época, pertenciam à 
aristocracia dominante, davam normas e acompanhavam os rumos do desenvolvimento. 
Nesse campo, a literatura e a política faziam fronteira, não existia uma fronteira clara 
entre elas. Portanto, a reflexão sobre as pessoas e a sociedade imprimiu de maneira 
impecável a visão romântica da vida. 
A filosofia romântica é caracterizada pelo historicismo e pela atividade criativa 
espiritual. Ela ignora a diversidade da realidade. É uma resposta à filosofia do iluminismo 
racional. Ela enche todo o pensamento europeu de idealismo, ontologia e idealismo. E 
por isso é de grande significado, o brasileiro. No entanto, o naturalismo científico 
começou a abalar a vida espiritual do século 19. 
 
21 
 
 
Nesse novo contexto, o antigo sistema não atende mais às aspirações deste 
século e a filosofia romântica não se satisfaz mais com o espírito. O Brasil está se 
modernizando com o apoio das atividades financeiras. Porém, na década de 1850, sob o 
pano de fundo econômico, o ouro começou a escoar da praça brasileira. As crises 
externas e a convertibilidade dos metais levarão a crises internas. A exportação de 
commodities coloniais foi restringida e os preços das commodities básicas continuaram 
subindo. Os bancos fixaram seus recursos em negócios com ações e não conseguiram 
fazer frente à nova situação, que desencadeou um boom financeiro. Diante do reembolso 
dos bancos brasileiros, a súbita crise de crédito acabará levando a muitas falências. Só 
no Rio de Janeiro, foram 49 falências, que vêm crescendo há vários anos. 
Devido à destinação da renda nacional do exterior, a economia nacional sofrerá 
um forte choque, que se estenderá até 1864, quando o pânico voltará a ocorrer. A 
escassez de mão de obra e as epidemias de varíola e cólera que assolaram as províncias 
agravaram a situação. Em um ambiente político, dado o sistema de governo estabelecido 
pela Constituição do Império de 1824, o Partido Liberal e o Partido Conservador se 
alternam no poder (RIBEIRO, 1994). 
Nem um nem outro tem significado ideológico e é caracterizado pela falta de 
dogma. O Partido Conservador defendeu a atual ordem constitucional, o liberalismo e 
aboliu o poder individual e a descentralização, mas todos aceitaram o conceito liberal do 
país. Seu princípio axioma é: o governo mínimo e a iniciativa máxima. Uma vez que 
ambos estavam sob o comando da aristocracia rural, o resto da população era governado 
por eles, então as diferenças políticas entre eles foram enfraquecidas, porque as pessoas 
acreditavam que era para garantir o status da classe dominante e, assim, promover a 
paz. O progresso é indispensável para garantir o conservadorismo do sistema. 
Esta situação é propícia à mediação que já dura quase uma década e é consistente 
com a prosperidade económica, com o objetivo de reconciliar para manter a unidade e 
integridade do país. Portanto, uma nova sala de conferências foi estabelecida em um 
ambiente propício para a compreensão da tendência, mesmo com o firme apoio do 
imperador. No entanto, as pessoas que participam do comício de líderes políticos ainda 
são indiferentes às conquistas políticas dos dois partidos tradicionais. Em qualquer caso, 
 
22 
 
 
este é um período em que o Partido Conservador domina e mantém o status quo evitando 
o confronto por meio de políticas administrativas de conquistas comuns. 
Portanto, uma mentalidade conservadora transforma todas as questões políticas 
em questões administrativas, o que garante que ele tenha um monopólio completo sobre 
questões de tomada de decisão. Uma pessoa vive sob a égide do romantismo. Vitória 
pessoal, liberdade, lirismo e melancolia. Originado do protesto contra a supremacia da 
razão. Indivíduos livres, comunidades orgânicas locais e nacionais e impulsos internos 
são promovidos. Quando o "eu" romântico cai na evasão e não consegue resolver o 
conflito com a sociedade, o crédito desmorona, os metais continuam imigrando para o 
exterior e aumentam as falências; por outro lado, em pura disputa de poder, as posições 
de liberais e conservadores não corresponder à realidade nacional (RIBEIRO, 1994). 
É neste contexto que os oligarcas rurais tentarão construir um sistema de relações 
sociais através do processo político para que possam impor seus próprios métodos de 
produção a toda a sociedade, ou pelo menos tentar estabelecer alianças ou subordinação 
a outros grupos ou classes. Para desenvolver uma forma econômica que atenda aos seus 
interesses e objetivos. Compatível com essa política econômica e social está o ecletismo, 
que domina o pensamento teórico e, como ferramenta conceitual para explicar a 
realidade, inspirou a sabedoria brasileira do Segundo Império. 
O ambiente histórico é favorável ao ecletismo de Victor Cousin, e o sistema será 
aplicado à ciência e à religião em resposta ao sensualismo de Locke e Condillac. Os 
primos aceitaram percepções sensíveis ao conhecimento e ideias racionais. Portanto, ele 
simplificou todos os sistemas filosóficos em quatro sistemas: sensibilidade, idealismo, 
ceticismo e misticismo, a fim de obter o que julgava útil. Portanto, o conservadorismo 
nacional tradicionalista encontrou um equilíbrio natural no ecletismo que estabiliza o 
império. 
Além dessa corrente dominante, no tradicionalismo, krausismo e rosminianismo, 
além do neotomismo, houve também um conjunto de "respostas católicas", que refletem 
a oposição à cultura oficial, e depois o empirismo e o liberalismo. O desejo do 
espiritualistamaterialista. Nem mesmo idealismo, mas idealismo indiferente ao 
Cristianismo. No entanto, nos dez anos de 1868 a 1878, esse ideal romântico de vida 
 
23 
 
 
começou a ruir. Os sinais de renovação estão ao nível dos intelectuais, confundidos com 
a quimera liberal da monarquia. 
Com ilustrações e formação científica, o "Brazil Illustrator" passou a atacar Victor 
Cousin e foi protegido por uma nova tendência: o positivismo. Mas se o primo é proibido 
pela mente dos intelectuais brasileiros, seu legado eclético permanece. O pensamento 
teórico é realizado por meio de diferentes tendências do positivismo, do evolucionismo, 
do constitucionalismo (imitadores do constitucionalismo americano) e das tradições 
liberais do imperialismo, que estão associadas ao empirismo e utilitarismo britânicos. Por 
volta de 1870, diante do desafio de um sistema político que não atendia mais aos 
interesses da classe privilegiada, os intelectuais voltaram-se para a Europa com o 
desenvolvimento do espírito humano, em busca de novas teorias e hipóteses para 
sintetizar nossos pensamentos específicos. Realidade, explique-a através do processo 
de transformação. Então, a história do pensamento brasileiro inaugurou uma nova era 
(RIBEIRO, 1994). Com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, "um monte de 
novas ideias" expressas em nome de Sílvio Romero (Sílvio Romero) passou a permear 
a vida do conhecimento, determinando o notável progresso do espírito científico. 
E o que observamos é uma coexistência de orientações, que por diversas vezes 
são antagônicas, como o monismo evolucionista de Haeckel e Noiré, o materialismo de 
Buchner e Vogt, o individualismo de Stuart MiII, de Laboulaye e de Lastárria, o positivismo 
dissidente de Littré e Taine, as concepções políticas e sociais aplicadas à psicologia de 
Le Bon, o determinismo de Fouylleé e de Buckle, as teorias do governo constitucional de 
Guizot, o experimentalismo de Leon Donnat, o federalismo de Pi y Margal, as concepções 
do Estado Nacional de Bluntschli, os programas liberal-democráticos de Tocqueville, os 
novos métodos de pesquisa sociológica de Lilienfeld, as teorias sociológicas de Roberty. 
Contudo, os nossos intelectuais também obtiveram, ainda que de modo atenuado, 
a influência dos primeiros socialistas utópicos franceses (Fourier, SaintSimon, Louis 
Blanc e outros), bem como experimentaram a repercussão da revolta comunista que 
ocorreu na Segunda República francesa, do aparecimento do Manifesto comunista de 
Marx e Engels, da fundação da Primeira Internacional e, ainda, da Comuna parisiense de 
1871. Resumindo, os dados teoréticos do despotismo esclarecido em voga no século 18 
 
24 
 
 
e os da escola teocrática do início do século 19 são corrigidos pelo espírito científico da 
escola histórica, secundada e desenvolvida pela filosofia positiva. 
De um modo geral, os intelectuais estão relacionados a duas grandes direções 
filosóficas: o positivismo de Augusto Comte, cuja intenção é substituir o pensamento 
abstrato pela razão e pela observação, lançar as bases para o estabelecimento de uma 
nova ordem social e desenvolver ao mesmo tempo a doutrina e religião da humanidade. 
A teoria da evolução social de Herbert Spencer é baseada em seu individualismo 
extremo, baseado nos princípios do progresso contínuo e da evolução social. A 
personalidade individualista do romantismo passou por uma transformação, e a elite 
intelectual, seja nas visões de Comtista e / ou Spenceriana ou na fusão de várias 
tendências, pode ver as leituras de Kant e Hegel, fazendo com que procurem uma 
ideologia política que pode lutar pelo poder dos oligarcas rurais (RIBEIRO, 1994). 
Em nossa evolução histórica, o que surgiu na luta entre o individualismo e o 
idealismo foi a reeuropeiaização. Mas o mais importante, esta é a reeuropeização do 
nível ideal da classe dominante ou de sua elite dominante. Na verdade, são as normas, 
instituições e valores sociais que são imediatamente transferidos, que irão guiar o 
comportamento da classe dominante para ajustar seus interesses sociais e econômicos 
diretos. 
Portanto, a favor dos oligarcas do café, o positivismo e a evolução se alicerçaram 
na cidade e estão dentro dos limites da classe cultural. No entanto, a abordagem de cada 
um da Europa com idealismo mínimo ou mesmo idealismo ou racionalismo (como a crítica 
de Kant e a dialética hegeliana) é diferente da maneira que a Europa entende e pratica. 
No início, o positivismo conduziu a um pensamento científico geral incompatível com o 
caráter especial da América do Sul. No entanto, junto com a teoria da evolução de 
Spencer e a liberdade constitucional americana e a democracia, ela está gradualmente 
sendo usada como um método de trabalho. Ela se tornará um pilar da classe média para 
aqueles que defendem uma república democrática e, portanto, será usada como uma 
ferramenta teórica Resultados frutíferos foram alcançados. A realidade concreta se dá na 
transformação. 
Poucos anos antes da morte de Augusto Comte (1857), positivistas haviam sido 
encontrados no Brasil, mas ainda eram elementos isolados e não afetavam a vida política 
 
25 
 
 
do Brasil, pois estavam relacionados à fisiologia, à física. Aprendizagem ou matemática 
é melhor que política ou mesmo literatura social. No Brasil, a primeira manifestação do 
positivismo foi em 1844. Justiniano da Silva Gomes ministrou uma tese para o Centro 
Médico da Bahia: o plano e os métodos dos cursos de filosofia. No entanto, a primeira 
manifestação social do positivismo remonta a 1865, quando Francisco António Brandão 
Júnior (Francisco António Brandão Júnior) publicou trabalhos sobre a escravatura no 
Brasil e, posteriormente, publicou artigos sobre agricultura e colonização no Maranhão 
(RIBEIRO, 1994). 
O positivismo penetrou no Brasil, que se dividiu em duas categorias: Pierre Laffitte, 
cuja ortodoxia dogmática da religião humana, segue estritamente o mestre pedagógico 
de Montpellier, e no processo de evangelização, Tentando mostrar o efeito unificador do 
ativismo religioso e da filosofia de Paul-Émile Littré, ele mudou da evolução do 
agnosticismo para a libertação do espírito, pensando que o ateísmo é a única religião 
adequada para o verdadeiro positivismo. Este grupo dissidente apenas despreza o 
movimento da religião humana para seguir Augusto Comte na metodologia científica e 
filosofia política de observação, experimentação e comparação. Com base em métodos 
científicos para resolver problemas humanos, a doutrina de Comte começou a discutir 
abertamente - negar a metafísica improdutiva, que caracterizou todas as expressões 
intelectuais do país com sua retórica desde sua independência - não apenas no Estado 
de Burgo e no Estado de Berna de Pernambuco no Estado de Pernambuco no Rio de 
Janeiro-Benjamin Constante Botello de Magalhães (graduado em Física e Ciências 
Matemáticas) na Escola Fan Li (Escola Normal) e sua fundadora Escola Militar lecionou, 
onde ensinou aos jovens as bases do positivismo. 
Benjamin Constant, um jovem oficial militar de prestígio, os levará a participar do 
movimento republicano. Esses soldados descobriram no positivismo que a razão para 
rejeitar a cultura política imperialista baseava-se na pesquisa jurídica, e não nas novas 
ciências naturais e sociais. E encontraram as ferramentas adequadas para defender os 
interesses de suas empresas para formular os requisitos de um novo tipo de 
autoritarismo. Nossa bandeira e sua ordem e progresso mostram o quanto o positivismo 
é aceito mesmo entre nossos republicanos de longa data. (O positivismo também se deve 
à reorganização do ensino, à separação da Igreja e do Estado, à liberdade de culto e à 
 
26 
 
 
germinação da legislação trabalhista.) Portanto, o positivismo ocupa uma posição 
dominante na consciência da classe privilegiada têm uma forte resposta nas escolas e 
afetam os jovens. Seu conhecimento e cultura são maisimportantes do que a literatura. 
Naquela época, apenas o exército, médicos e engenheiros estavam engajados na 
pesquisa científica. 
A reação positivista nascida em Pernambuco, saturada de racionalismo científico, 
sofre a oposição de Tobias Barreto, que baseado no culturalismo sociológico de Ihering 
difunde as ideias gerais que irão se compor na futura Escola de Recife, onde brilhariam 
Sílvio Romero, Clóvis Bevilaqua, Artur Orlando, Martins Júnior, Fausto Cardoso, Tito Lívio 
de Castro. Luís Pereira Barreto defendeu a ciência positiva no Rio de Janeiro (na verdade 
uma pessoa) e abriu uma nova fase para a evolução das ideias positivistas, voltando-se 
para a realidade nacional. Lá, um grupo de pensadores preocupados em restaurar a 
ordem social se conectou com os aspectos religiosos do pensamento de Comte, tentando 
estabelecer a ditadura da sociedade sobre os indivíduos em uma base individual por 
meios morais e não legais. O papel unificador da religião positivista (RIBEIRO, 1994). 
É esse positivismo holístico - método filosófico e religião da humanidade - que tem 
invadido as províncias na propaganda doutrinária organizada por Miguel Lemos e 
Teixeira Mendez, que foi tomada por Lafitte “Transformação em positivismo ortodoxo. 
Essa propaganda é realizada principalmente pelo apóstolo positivista brasileiro localizado 
na Rua do Ouvidor, Rua 7, Rio de Janeiro, Brasil. Seu principal objetivo é divulgar a 
religião humana por meio de ações orais e escritas. Por exemplo, a propaganda 
positivista não é apenas veiculada no nível de conhecimento. O livro só foi publicado no 
Rio de Janeiro por quatro jornais: "A Razão", "O Rebate", "A Crença" e "Crônica Imperial". 
No entanto, mesmo em outros jornais que não participaram da campanha em defesa dos 
ideais de Comte, ele compareceu ao encontro, como "O Mequetrefe" dirigido por Aluísio 
de Azevedo e Miguel · Artigo de Miguel Lemos e Revista do Rio de Janeiro (Revista do 
Rio de Janeiro) são liderados por Artur de Azevedo e têm uma clara orientação positivista. 
Ressalte-se que, na época, o abolicionista José do Patrocínio mostrou-se seguidor das 
ideias de Augusto Comte. 
Miguel Lemos e Teixeira Mendes e os outros elementos dos apóstolos - enfocam 
a ética positivista em seus planos para formar a consciência moral e social, de baixo, isso 
 
27 
 
 
pode estar inspirando todos os humanos, nações e idealismo social - a se dedicarem ao 
estabelecimento de venerar grandes seres, supondo que eles prometam não participar 
politicamente do movimento republicano, porque sabem que as leis do progresso serão 
fatalmente cumpridas. Além disso, contra os republicanos que seguem os princípios 
democráticos liberais da constituição dos Estados Unidos e o conceito orgânico de país, 
esses positivistas ortodoxos entendem, juntamente com Augusto Conte, que deveriam 
"libertar o Ocidente de uma democracia anárquica e de uma aristocracia retrógrada em 
favor de uma sociocracia". 
Declarando que não são democratas nem aristocratas, e que o governo da 
república deve ser totalmente temporário e temporário, mantendo total liberdade 
espiritual, e que os positivistas apostólicos favorecem uma república ditatorial para 
alcançar a ordem sem causar interferência social. E o progresso. Desta forma, o 
proletariado pode ser integrado na sociedade moderna, e a burguesia, ontologistas e 
juristas também podem ser transformados. Portanto, o processo republicano não será 
democrático no parlamento, mas o poder deve estar concentrado nas mãos de uma só 
pessoa, o ditador ou o presidente da república, suas ações serão realizadas no plano 
material sem intervenção espiritual, e seus sucessores estará nas mãos de uma pessoa. 
Como ele disse, faça a república ter continuidade e consistência, e defenda a república 
da aristocracia e da burguesia (RIBEIRO, 1994). 
Para os positivistas apostólicos, uma vez que o verdadeiro governo republicano 
exerce a ditadura, a ditadura não é nem ditadura nem ditadura. Para eles, ditadura 
significa que em um governo onde as vantagens políticas das forças materiais foram 
reconciliadas, ele ignora a supremacia da liberdade da autoridade espiritual independente 
e se preocupa apenas com o interesse público. Eles entendem que para atingir a ditadura 
basta retirar a atribuição legislativa do parlamento e torná-lo parlamentar puramente 
financeiro. Esses positivistas acreditam que a república realizará facilmente esse tipo de 
transformação, pois em todo o parlamento, o poder executivo é geralmente. 
A resposta positivista a este dogmatismo e autoritarismo não é muito esperada. 
Sua direção foi modificada para torná-la uma das forças espirituais decisivas do 
pensamento brasileiro. O positivismo na versão de Spencer começa a caracterizar a vida 
política e cultural. Os chamados positivistas dissidentes, junto com Littré, desprezam a 
 
28 
 
 
abstração metafísica do subjetivismo, centrado no "eu" individual, e agora apoiam a teoria 
da evolução liberal de Herbert Spencer, e seu incrível individualismo, mais adequado 
para ideais democráticos, desenvolvimento rápido, constitucional governo. Os 
dissidentes (eles só aceitavam o positivismo comtiano como método) romperam a 
conformidade de reconciliação inerente à época e expuseram sistematicamente os 
oligarcas do café que representavam a confiança em seus impulsos de mudança na 
sociedade. 
Para alguns, o positivismo será um simples rótulo contra o comportamento ideal 
da monarquia. Como disse José Veríssimo, esta é uma sugestão. Um exemplo típico é o 
positivismo reverberando nas arcadas da Escola de Direito de São Paulo, enfatizando a 
crítica no plano lógico e evidenciando o republicanismo revolucionário no plano da 
realidade política e social (RIBEIRO, 1994). Para outros, o positivismo adiciona o 
liberalismo científico e o liberalismo e o individualismo britânicos. Todos estão nos livros 
de Comte, Spencer e Stuart Miller II. Eles listam apenas o representante principal. No 
entanto, é de Spencer, ou mais precisamente, de Spencer, o uso da fórmula como 
organismo social, a homogeneização, a diferenciação e a relativa instabilidade do 
conhecimento, dissidentes teóricos empíricos Esforços para reconciliar teorias 
contemporâneas sobre política científica. 
Portanto, a evolução não é apenas positivismo, ela fornece um componente 
ideológico para a classe média urbana, onde a insatisfação com o regime é maior e 
existem meios para transformar a insatisfação em comportamento de "liberalização" do 
Estado. De acordo com o nível deste século, de acordo com o plano lógico de 
desenvolvimento da democracia liberal, mostra a contradição entre o modelo ideal e a 
verdadeira forma de organização social. Essas contradições expressam o conceito de 
democracia liberal e também concretizam os ideais políticos das elites governantes. 
Critério de Spencer. Democracia liberal era a palavra-chave na época. Portanto, o 
surgimento de dois tipos de positivismo e pensamento evolucionista - no Brasil, não se 
deve apenas ao interesse das notícias europeias. 
No entanto, trata-se de uma tentativa de adaptar essas novas ideias às 
coordenadas do pensamento racional, ao contrário das especulações românticas e 
idealistas em que se baseia o segundo imperialismo. Com efeito, a estrutura colonial está 
 
29 
 
 
sendo reformulada e, nessa circunstância, o positivismo moderniza o pensamento 
brasileiro e ajudará no surgimento de novos valores. Desta forma, combinando comtismo 
ortodoxo e positivismo: os dissidentes de Littré, as generalizações de Spencer e as 
conquistas livres deste século, nossos pensadores políticos estão infiltrados por esse 
espírito positivo e estão se movendo em direção a uma consciência crítica, tentando 
alcançar Seu pensamento político reflete uma observação direta da forma como a 
sociedade existe. 
Por um lado, como ferramenta de renovação do sistema, novas ideias apoiam os 
intelectuaisna constituição da ideologia do Partido Republicano, na tentativa de 
influenciar as atividades gerais dos grupos dirigentes, torná-los homogêneos e 
autoconscientes, e dar suporte para eles. Papel nos níveis econômico, político, social e 
cultural (RIBEIRO, 1994). Por outro lado, essas ideias não promoveram de forma alguma 
o progresso de sua pregação. Isso não se deve apenas à falta de apoio público, mas 
também ao constrangimento cada vez mais estreito dos oligarcas do café e ao prestígio 
e poder dos os oligarcas do café continuarão sendo mantidos. O sistema político, o 
domínio social e econômico de outras classes e grupos. No entanto, é importante 
destacar que a preocupação social de Comte permeou direta ou indiretamente a atuação 
administrativa de Getúlio Vargas, partidário do positivista gaúcho Júlio de Castilhos. Por 
exemplo, a legislação trabalhista que mais preocupa o governo de Vargas é o 
desenvolvimento das ideias contidas no artigo 74 da constituição positivista do Rio 
Grande do Sul elaborada por Giulio de Castilhos. Mendes (Teixeira Mendes) e Benjamin 
Constant (Benjamin Constante). Por outro lado, com a reforma do ensino militar, o colégio 
mudou de Realengo para as Agulhas Negras, embora o nome do militar Benjamin 
Constant esteja na rubrica “Continua a ser usado no Almanaque do Exército, mas o 
impacto da guerra no o exército só começará a declinar após 1930. “Como se ainda 
estivesse vivo, como general e fundador da República. 
 
30 
 
 
4 O ESTRUTURALISMO 
Em geral, a conceituação do estruturalismo nada mais é do que a consideração 
de Joseph Harabak, que é um microcosmo da seleção de obras da linguagem de Praga 
organizadas por Paul Calvin: 
"O estruturalismo não é uma teoria nem um método; é um ponto de vista 
epistemológico. Parte da observação de que todo conceito num dado sistema é 
determinado por todos os outros conceitos do mesmo sistema, e nada significa 
por si próprio. Só se torna inequívoco, quando integrado no sistema, na estrutura 
de que faz parte e onde tem um lugar definido. A obra científica do estruturalismo 
é, portanto, uma síntese da visão romântica — cuja base cognitiva é a dedução 
a partir de um sistema filosófico que classifica e avalia os fatos posteriormente, e 
a posição empírica do positivismo — que, ao contrário, constrói a sua filosofia a 
partir dos fatos que comprovou pela experiência. Para o estruturalista, há uma 
inter-relação entre os dados, ou fatos, e os pressupostos filosóficos, em vez de 
uma dependência unilateral. Daí se segue que não se trata de buscar u m método 
exclusivo, que seja o único correto, mas que, ao contrário, 'o material novo 
importa em regra numa mudança de procedimento científico'. Da mesma sorte 
que nenhum conceito é inequívoco antes de integrado na sua estrutura particular, 
os fatos não são inequívocos em si mesmos. Por isso o estruturalista procura 
integrar os fatos num feixe de relações que ponham em evidência a sua 
inequivocidade dentro de uma superordenação e de uma subordinação. Numa 
palavra, a estrutura global é mais do que uma súmula mecânica das propriedades 
dos seus componentes, pois determina propriedades novas". 
Portanto, vemos que o estruturalismo é a posição científica universal em todos os 
campos do conhecimento humano. Abrange o estudo da natureza e o estudo da criação 
cultural humana, portanto, os estudos da linguagem também estão envolvidos neste 
último. Em epistemologia, parece ser uma síntese da oposição dialética de Hegel entre 
empirismo e o chamado romantismo de Halaberke (isto é, idealismo que começa com 
construção transcendental). Parte-se do pressuposto de que não existem fatos isolados 
a serem conhecidos, pois todos os significados são produzidos por uma determinada 
relação. É por isso que ela não busca destacar fatos e depois adicioná-los, nem construir 
um conjunto e decompô-lo em fatos. Para o estruturalismo, os fatos são sempre parte do 
todo e só assim, e relativos ao todo, podem ser compreendidos. O princípio básico é que 
nosso conhecimento não tem nada isolado. Sempre existe uma estrutura, a relação entre 
as coisas, da qual o significado pode ser derivado (CÂMARA JR., 1973). 
Portanto, entende-se o conceito de estrutura diferente de grupo, em que as 
unidades componentes são colocadas apenas lado a lado, enquanto o conceito de 
 
31 
 
 
síntese considera que elas se fundem e desaparecem em uma unidade maior. Por outro 
lado, embora esses dois termos sejam geralmente colocados em equivalência sinônima, 
este não é o significado exato do sistema, como em certo ponto da consideração de 
Hrabák que acabamos de mencionar. 
Este sistema, por exemplo, aparece na compreensão do universo, ou a “ordem 
cósmica” desde os tempos antigos, é um conceito científico distante. Não há dúvida de 
que pressupõe estrutura, assim como a relação entre os elementos que a constituem. No 
entanto, caracteriza-se por esses elementos serem suficientes e complementares em sua 
distribuição. O todo que constituem é completo e suficiente. Portanto, há um novo 
conceito no significado do sistema, que se soma à relação entre as partes. É a estrutura 
de partes satisfatoriamente distribuídas, que são inter-relacionadas e mutuamente 
perfeitas. Cada estrutura tem como premissa um sistema, pelo menos implícito e 
realizável, e pode-se dizer que é necessário e pré-requisito para a existência (CÂMARA 
JR., 1973). 
Por outro lado, pode-se dizer que a forma produzida por essa estrutura é de 
plástico. A inter-relação entre os componentes determina inevitavelmente a configuração 
da forma na estrutura. Compreender a forma no objeto a ser estudado é o primeiro passo 
para o estruturalismo. Por exemplo, Goethe é uma forma, fornecendo evidências em 
anatomia vegetal, criando terminologia e conceitos morfológicos ou estudando forma, que 
agora se tornou parte integrante de nossa terminologia científica - incluindo biológica e 
linguística, como Cassirer apontou. 
No que diz respeito à interpretação dos fenômenos de linguagem, a síntese dos 
atos de fala é muito precoce, portanto, no geral, os atos de fala podem ser decompostos 
nela, e é o que tradicionalmente chamamos de linguagem. Desta forma, ele é substituído 
por uma unidade conceitual que fez muitos, muitos sons diferentes em diferentes 
ocasiões, pessoas diferentes e em ocasiões diferentes. Ao mesmo tempo, a linguagem 
como unidade é um grupo de unidades menores e foi estudada desde cedo por métodos 
idealistas ou "românticos", positivismo ou métodos empíricos. 
Para a gramática resultante, ainda estamos muito longe de compreender a 
estrutura. Considere a teoria da analogia na gramática greco-latina. O conceito de 
analogia serve de guia gramatical e baseia-se em semelhanças. Sem dúvida, leva à 
 
32 
 
 
expressão de conjuntos, mas não estabelece um domínio relacional em que a lama seja 
explicada por cada parte, e cada parte seja explicada por outras partes e pelo todo. 
Portanto, sob a disputa entre analogistas e anomalistas no mundo antigo, as 
pessoas dificilmente podem resolver o conflito moderno entre estruturalismo e anti-
estruturalismo. Na analogia e no ateísmo, podemos ver os fatos da linguagem. É somente 
neste ponto que a soma de fatos e fatos constitui a dependência unilateral mencionada 
por Harabak. 
O anômalo não tem soma, negando a possibilidade de gerar conjuntos por meio 
de associações elementares. A rigor, eles não alcançaram a gramática e foram reduzidos 
a gramática no uso posterior (como disse o cientista da anomalia AuloGélio, 
"consuetudinem sequens", citado por Pagliaro sobre o assunto). 
A linha de analogia que frequentemente aparece nos estudos da linguagem 
abandona o conceito de estrutura. Constitui a essência da gramática psicológica, seu 
primeiro modelo foi elaborado por Hermann Paul e inspirou-se na psicologia associativa 
de Herbart. Desde então, sua riqueza passou a ser contrária às visões estruturais 
(CÂMARAJR., 1973). 
Pode-se dizer que o comportamento anormal é absolutamente anti-estruturalismo, 
porque só vê fatos isolados e nem mesmo tenta coletá-los. Isso significa que o estudo da 
linguagem não tem gramática, e às vezes até elimina as dúvidas sobre o conceito de 
linguagem. Como apontou Pagliaro, o ato da língua na crença é uma crença abrangente, 
ou seja, "a realidade é individual, o conceito não existe". No final, a atitude de analogia 
de Schuchat em relação à gramática associativa é uma espécie de ateísmo, enquanto a 
teoria linguística de Gillilon vê apenas palavras-fatos lexicais. Pelo contrário, o princípio 
da associação é a essência da analogia. É uma forma de empirismo ou positivismo em 
linguística. No início, mencionava as palavras de Hrabach, “pelo fato de ter os seguintes 
fatos para fundamentar sua filosofia: Prova de experiência ". 
Uma atitude oposta a esta, mas também longe do estruturalismo. Esta atitude é 
uma atitude em que a gramática se explica por pressupostos lógicos. A lacuna entre 
analogistas e anomalistas perpassa o mundo antigo e, à primeira vista, parece estar 
próxima do primeiro. No entanto, é fácil ver que esta é uma outra posição voltada para a 
 
33 
 
 
linguagem. Como Hans Arens advertiu, ele aparece claramente em Aristóteles e envolve 
lógica e gramática com um entendimento único, assim como Platão. 
O que você tem é o transcendentalismo da linguagem. Ele começa com um 
conjunto de princípios lógicos idealmente declarados e tenta inferir os fatos da linguagem. 
No processo de caminhar para a gramática por analogia, encontramos o mesmo 
fenômeno da dependência unilateral, mas a direção do trabalho relacionada à 
experiência é oposta (CÂMARA JR., 1973). 
Portanto, chegamos a três posições opostas, que dominam a história do 
pensamento linguístico, até que o que podemos chamar estritamente de estruturalismo 
emergir de forma clara e inequívoca. Observações fragmentadas de fatos são então 
adicionadas por meio do processo de associação ou lato sensu, do latim grego às 
analogias neogramáticas (como vimos em Hermann Paul) à gramática psicológica geral 
ou psicologia gramatical baseada na psicologia. Indivíduo clássico e mecanismo de 
associação. 
É o oposto de construir uma gramática logicamente, deduzir componentes 
logicamente. É o núcleo dos conceitos gramaticais tradicionais. Originou-se da longa 
história de Aristóteles e Platão, consolidada em Dionísio na Trácia, estendida até a Idade 
Média, reencenada com a gramática do Porto Real e acabou sendo rejeitada pela 
linguística do século XIX. Falando francamente, é empirismo. 
Entre dois sujeitos hostis, uma terceira força (usando as últimas metáforas) é 
encontrada no anonimato, cujo princípio norteador é confirmar que os fenômenos de 
linguagem são claramente individuais e específicos. Como já vimos, foi transplantado do 
ateísmo grego para as ideias de Schuchardt e Gilliéron. Seu aspecto típico é a 
subestimação da linguística em outro campo de estudo, que é a combinação de Shukat 
e Mehringer e etnografia, por meio da doutrina do "discurso e das coisas", da escola 
Croce e Vossler A estética, ou a história social e política de Menendez Pidal. 
A quarta posição prenuncia o estruturalismo, que é uma aproximação entre a 
linguística e a biologia, e faremos uma descrição tão impressionante por Schleicher. O 
estudo da biologia adotou uma abordagem estruturalista desde cedo. É compreensível 
que lá o conceito de sistema se popularizasse rapidamente. Cassirer mostrou o que é a 
linha estruturalista, que pode guiar Cuvier na condução de anatomia comparada e 
 
34 
 
 
pesquisa paleontológica, e após sua consideração, já deu a entender que o conceito 
formal no pensamento de Goethe é muito próximo. A importância da estrutura. Em 
botânica. Ao sistematizar algumas descobertas muito antigas (substancialmente fundidas 
na tipologia comparativa de Bopp), Schleicher interpreta implicitamente a linguagem 
como uma estrutura e associa a linguagem a objetos naturais. 
No sentido do estruturalismo linguístico, o desempenho dessa doutrina foi 
esquecido, mas Scheelecher desistiu de sua posição insustentável na correção da 
linguagem, e Scheelecher foi considerado um organismo vivo. É até preocupante porque 
estabelece uma aproximação entre o estruturalismo e a biologia linguística, o que é 
errado em princípio (CÂMARA JR., 1973). 
Os primórdios mais positivos do conceito estrutural de linguagem também podem 
ser encontrados em outros lugares. Eles são a teoria das formas de linguagem 
desenvolvida por Humboldt. Vossler estava realmente bebendo em Humboldt. O anti-
estruturalismo de Vosslerian colocou Humboldt do lado de Croce, o que contradiz o 
positivismo dos neogramáticos. 
O pensamento de Humboldt é na verdade anti-positivista e não aprova o método 
empírico de observar fatos isolados para futuras reuniões irregulares. No entanto, há uma 
diferença fundamental entre o chamado idealismo e o idealismo ítalo-alemão recente: foi 
aí que Humboldt iniciou seu conceito de forma de linguagem. 
A forma representa a configuração ideal de Humboldt e, portanto, cria um objeto 
de existência espiritual. Vossler não tem existência concreta - na verdade, rejeita o 
organicismo de Schleich e a compreensão positivista da linguagem como o significado 
da soma dos fatos linguísticos considerados concretamente. No entanto, ao contrário do 
anti-estruturalismo absoluto de Vosler, essa forma de linguagem é, em última análise, um 
conceito estrutural. Humboldt não se limita a sua aplicação a materiais sólidos. Utiliza-o 
para conceber todo o mundo conceitual que termina na linguagem, pois em termos de 
suas palavras preventivas, “a combinação de dicionário e vocabulário também 
corresponde à construção de conceitos”. 
Portanto, sua famosa dicotomia entre formas externas e internas é a primeira 
afirmação clara e coerente do estruturalismo linguístico. Aliás, nessa forma inicial de 
 
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expressão, a estrutura semântica foi aceita como uma negação antes que a distinção 
arbitrária entre estruturalismo e anti-espiritualismo às vezes fosse feita. 
4.1 Estruturalismo Saussuriano 
A primeira posição do estruturalista estrito e consciente é Saussure. Assim como 
o consenso usual, esta é uma afirmação que não requer prova. A condição importante 
claramente estabelecida é a origem dessa posição e seu significado na história do 
estruturalismo linguístico. O primeiro "pensamento de poder" de Saussure é levar em 
conta o que ele chama de "estado de linguagem". 
A ideia de doença renal nega esse conceito a princípio no clima de sua formação. 
Ele começa com a visão histórica dos fenômenos humanos, e Hegel enfatizou fortemente 
a visão histórica dos fenômenos humanos e a considerou uma linguagem eterna. Nessa 
sequência ininterrupta de mudanças, ou seja, a compreensão da linguagem linguística, 
qualquer pausa que leve em conta os fatos permanentes é artificial e, portanto, não 
científica. Hermann Paul declarou: "Exceto para o estudo histórico da linguagem, não há 
outra pesquisa científica." 
Ao contrário, embora Saussure seja fiel à teoria linguística no sentido histórico, ele 
se opõe à supressão da pesquisa da linguagem como uma realidade permanente em um 
determinado momento (CÂMARA JR., 1973). Em sua opinião, Saussure parece 
inevitavelmente precisar contar. Desta forma, ele mergulhou em um certo movimento 
disperso, e outras pessoas de seus contemporâneos também participaram do 
movimento, especialmente a declaração de Marty sobre a existência de uma "lei 
descritiva". 
O próprio Paulo não suprimiu sua apreciação do valor atual da linguagem, e ele 
escapou da mudança eterna. No entanto, fiz isso à margem da linguística, por assim 
dizer, porque associo cada fato da linguagem a um determinado processo psicológico e 
o estudo de uma perspectiva psicológica. Com tal conceito, não há lugar para estudar 
todo o fato, muito menos

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