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1 Câncer de Estômago I N TRO DU ÇÃ O ► Carcinoma – 90 a 95% dos tumores malignos do estômago ► Pólipos – lesões hiperplásicas da mucosa ▪ Pólipos inflamatórios/hiperplásico (75%) ▪ Pólipos de glândulas fúndicas ► Menos frequentes: pólipos adenomatosos ▪ Risco de transformação maligna P Ó LI PO S ► Na mucosa representam proliferação ► Podem ser séssil (A – protuberância e elevação na mucosa) ou pediculado (B- haste de tecido conjuntivo levantando essa projeção superior do pólipo) ► Desenvolvimento ▪ Esporádico − Geralmente associado a outras lesões Gastrite crônica atrófica – autoimune ▪ Associado a anastomoses gastroentéricas ▪ Relacionado com DRGE – na cárdia ► Lesões geralmente pequenas e sésseis, únicas ou múltiplas ▪ Fovéolas alongadas, tortuosas e distorcidas − Às vezes ramificadas e dilatadas, formando cistos Pólipo Hiperplásico ► 50 a 60 anos de idade ► 85% por gastrite crônica (H.pylori) ▪ Regressão pós-tratamento ► Também associada à gastropatia reativa, pós- operatório e gastrite por refluxo biliar ► Geralmente < 1cm ▪ Mais de 50% são menores que 0,5cm ► Pode ocorrer pólipos muito grandes de até 12 cm e mimetizar malignidade ▪ Formato de saca-rolhas – bem tortuosas − Fovéola normal seria alongada ▪ Podem ser dilatadas, podendo algumas estarem ramificadas ► Frequentemente múltipla ▪ Particularmente em indivíduos com gastrite atrófica ► Esses pólipos são ovoides na forma e têm uma superfície lisa ▪ Erosões superficiais podem ser comuns ► Microscopicamente, os pólipos têm glândulas foveolares alongadas, irregulares e cisticamente dilatadas ► A lâmina própria é tipicamente edematosa, com graus variáveis de inflamação aguda e crônica, e a ulceração superficial pode estar presente Pólipos de glândulas fúndicas ► Esporadicamente e em indivíduos com polipose adenomatosa familiar (PAF) ► Uso de IBP (Inibidores da Bomba de Prótons) ▪ Secreção aumentada de gastrina − Resposta à acidez gástrica reduzida e à hiperplasia glandular resultante ► Mais comum em mulheres (5:1), média de 50 anos ► Assintomáticos ou associados a náusea, vômito ou dor epigástrica Morfologia ► Ocorrem no corpo e fundo gástrico ► Lesões bem circunscritas com uma superfície lisa ► Podem ser solitários ou múltiplos ► Compostos de glândulas cisticamente dilatadas irregulares, delineadas por células parietais e principais achatadas ► Inflamação ausente ou mínima Adenoma Gástrico ► 10% de todos os pólipos gástricos ► Frequência aumenta com a idade 2 ► 50 e 60 anos ► Homens mais afetados (3:1) ► Incidência maior em indivíduos com PAF ► Risco de adenocarcnioma em adenomas está relacionado ao tamanho da lesão ▪ Elevado em lesões > 2cm diâmetro ▪ 30% dos adenomas Morfologia ► Lesões solitárias, com menos de 2 cm de diâmetro, mais comumente localizadas no antro ► A maioria dos adenomas é composta pelo epitélio colunar do tipo intestinal ▪ Apresenta diversos graus de displasia − Baixo grau − Alto grau Atipia citológica mais grave e arquitetura irregular, incluindo brotamento glandular e estruturas de glândula-dentrode-glândula, ou cribriformes Da mesma forma que os adenomas intestinais, os adenomas gástricos são lesões neoplásticas pré-malignas. No entanto, o risco de transformação para um câncer invasivo é muito maior nos adenomas gástricos − Ambos podem incluir o alargamento, o alongamento, a pseudoestratificação e a hipercromasia dos núcleos celulares epiteliais, além da aglomeração epitelial atipia citológica mais grave e arquitetura irregular, incluindo brotamento glandular e estruturas de glândula- dentrode-glândula, ou cribriformes A D ENO CARC IN OM A G ÁST RIC O ► Malignidade mais comum no estômago (90%) ► Separado morfologicamente em ▪ Tipo intestinal − Forma massas volumosas − Compostos por estruturas glandulares − Esporádicos fortemente associados a mutações que aumentem via Wnt Perda de função APC Ganho de função B-catenina ▪ Tipo difuso − Se infiltra na parede difusamente, espessando- a Composto por células em anel de sinete ► Primeiros sintomas ▪ Em ambos são semelhantes aos da gastrite crônica e da doença ulcerosa péptica, incluindo − Dispepsia − Disfagia − Náusea ▪ Frequentemente descobertos em estágios avançados − Por avaliação de sintomas adicionais Perda de peso Anorexia Plenitude gástrica (principalmente nos difusos) Anemia Hemorragia Epidemiologia ► Programas de mapeamento em massa só financeiramente viáveis em locais com alta incidência (como Japão) – detecção inicial ▪ Quando não viável – diagnóstico em fase de metástase, locais mais envolvidos − Linfonodo sentinela supraclavicular (nódulo de Virchow) − Linfonodos periumbilicais (nódulo da Irmã Mary Joseph) − Linfonodo axilar esquerdo (nódulo de Irish) − Ovário (tumor de Krukenberg) − Saco de Douglas (massa de Blumer) ► Mais comum em ▪ Grupos socioeconômicos baixos ▪ Indivíduos com atrofia mucosa multifocal ▪ Em metaplasia intestinal − Displasia e adenoma gástricos são lesões precursoras reconhecíveis associadas Fatores de risco ► Dieta ▪ Nitritos derivados de nitratos e formação de nitrosaminas e nitrosamidas* ▪ Alimentos salgados ou defumados ▪ Deficiência de fatores antioxidantes − Presentes em frutas frescas e vegetais ▪ Benzopireno, tanino ► Infecção pelo H. pylori ▪ Adquirida na infância ▪ Cepas virulentas (CagA-positivas) ► Fatores do hospedeiro ▪ Grupo sanguíneo A ▪ Polimorfismos de citocinas ► Hospedeiro + inteiração com o ambiente ▪ Gastrite crônica atrófica − Condição pré-cancerosa ▪ Úlcera péptica gástrica ▪ Adenomas gástricos ▪ Gastrectomia parcial ▪ Doença de Ménétrier ▪ Gastroenteropatia hipertrófica − Hipertrofia das pregas do fundo e corpo gástrico + hipersecreção da mucosa = gastroenteropatia perdedora de proteína ► Atrofia gástrica → hipo ou acloridria → ↑pH ▪ Crescimento de bactérias (conversão de nitrato da dieta em nitrito → nitrosamina)* H. pylori ► Aumento do risco do tipo intestinal e difuso ► Virulência bacteriana: Cepas CagA-positiva ▪ Mais comumente associadas ao AG ► Interfere no ciclo celular, modulando a proliferação celular epitelial ► Características ▪ Capacidade de promover proliferação celular − Ocorre por ação de CagA, amônia, pelo dano celular 3 ▪ Atividade inflamatória − Neutrófilos liberam compostos nitrosos sabidamente mutagênicos ▪ Indução de gastrite crônica atrófica ► Paciente com mucosa gástrica intestinal, dependendo das cepas: ▪ CagA -: ocorre uma maior associação de gastrite crônica não atrófica ▪ CagA + VacA: a gastrite crônica atrófica pode evoluir tanto para uma úlcera duodenal quanto para uma gastrite atrófica multifatorial − Ocorrendo então uma progressão para uma metaplasia intestinal, depois displasia e, por último, câncer propriamente dito ▪ Evolução depende dos fatores do patógeno (cepas) + fatores relacionados à resposta do hospedeiro + fatores de vida (dietéticos, socioeconômicos) ► Pangastrite crônica: acomete histologicamente, corpo + fundo + antro ► Coloração pelo método WS (de impregnação pela prata) ► Todos os pontos pretos são a H. pilori Condições pré-cancerosas ► Gastrite crônica atrófica (GCA) multifocal ▪ Metaplasia intestinal incompleta e displasia epitelial ▪ Atrofia da mucosa gástrica ► Úlcera péptica gástrica ▪ Aumento da proliferação celular para que o reparo tenha papel no processo ► Adenomas ► Gastrectomia parcial ▪ Coto gástrico, principalmente Billroth II − Refluxo intestinal e ↑ da proliferação celular no coto gástrico ► Doença de Ménétrier Lesões pré-cancerosas ► Metaplasia intestinal ▪ Substituição do epitélio gástrico por epitélio com fenótipo intestinal − Associado ou não ao fenótipo gástrico ► Displasia ▪ Lesão plana ▪ Atipias citológicas e arquiteturais ▪ Distúrbiosda proliferação e diferenciação celulares que se origina, na maioria dos casos, em focos de MI ► Células à direita preservadas/normais ▪ Núcleo basalmente orientados ▪ Tamanhos regulares e arredondados ▪ Musinogênese preservada ▪ Favelas normais ► Células à esquerda ▪ Epitélio displásico ▪ Quase não observa células produtoras de muco ▪ Núcleos maiores e hipercromático ▪ Perda de polaridade no endotélio 4 ► 60-70% com deleção ou supressão da P53 ► 20 – 30% cursam com alteração no HER2 Câncer gástrico familiar ► Mutação e perda de função do gene supressor CDH1 ▪ Codifica E-caderina − Perda da função da E-caderina é ponto chave no desenvolvimento do difuso Difuso hereditário apresentam ↑ risco para desenvolver ca gástrico em faixa etária mais precoce Câncer Gástrico- classificação Câncer gástrico precoce ► Carcinoma precose ► Carcinoma limitado à mucosa gástrica e/ou submucosa independentemente do status do linfonodo ▪ Se existe ou não disseminação metastática no linfonodo ► Alterações ▪ Células com citoplasmas escassos ▪ Núcleos hipertróficos e hipercromáticos ▪ Perda da polaridade ▪ Glândulas complexas − Formam padrão de parede coladas Adenocarcinoma avançado ► Invade parede gástrica além da submucosa ► Classificação dos avançados – Borrman I. Lesão exofítica II. Bem delimitada III. Úlcera de bordas um pouco mais rasas e as células neoplásicas vão infiltrar lateralmente e profundamente as camadas do estômago IV. Lesões que se infiltram de maneira difusa pela parede do estômago – deixa um aspecto esborrachado Microscopia ► Tipos intestinal e difuso 5 ► Tipo intestinal ▪ Grau histológico referente à % de formação glandular − Quanto maior melhor diferenciado ► Tipo difuso ▪ Com células em anel de sinete − Núcleo rechaçado para a periferia em virtude do acúmulo intracelular de muco Estadiamento ► Se vier com Y antes: significa que o paciente fez Quimioterapia Neoadjuvante ▪ Patologista vai avaliar se o tratamento está dando certo L IN F OM AS GÁ ST RI COS ► Linfoma Tipo MALT ► 5% dos tumores malignos do estômago são linfomas indolentes ► Linfomas de células B da zona marginal extranodal MALTomas ► Surgem em locais de inflamação crônica ▪ No estômago, MALT induzido como resultado de gastrite crônica ▪ H. Pylori como indutor mais comum − Erradicação = remissões duradouras ► Podem transformar-se em mais agressivos ► Infiltram difusamente a parede do órgão ► Células linfoides atípicas ► Relação muito forte com o adenocarcinoma gástrico ▪ As vezes trata o último e melhora o linfoma
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