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3 2 UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE NUTRIÇÃO PROPOSTA DE AÇÃO DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL PARA IDOSOS LIMEIRA 2021 PROPOSTA DE AÇÃO DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL PARA IDOSOS Trabalho acadêmico da disciplina Atividades Práticas Supervisionadas do curso de graduação em nutrição apresentado à Universidade Paulista- UNIP. LIMEIRA 2021 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO............................................................................................................ 3 2.OBJETIVOS................................................................................................................ 6 2.1. Objetivo geral .............................................................................................. 6 2.2. Objetivos específicos...................................................................................6 3.CONTEÚDOS PROGAMÁTICOS............................................................................... 7 4.MÉTODOS................................................................................................................... 8 REFERÊNCIAS..............................................................................................................11 ANEXOS.........................................................................................................................12 1. INTRODUÇÃO A expectativa de vida do brasileiro aumentou nas últimas décadas, em grande parte graças ao avanço da medicina e da tecnologia. De acordo com o censo, de 1940 até 2018 houve um crescimento de 30,8 anos de vida na expectativa de vida, alcançando em média 76,3 anos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a dois bilhões de pessoas até 2050; isso representará um quinto da população mundial. Em 2016, o Brasil tinha a quinta maior população idosa do mundo, e, em 2030, a estimativa é que o número de idosos ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos (IBGE, 2021). Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o indivíduo começa a ser considerado idoso com idade superior a 65 anos para países desenvolvidos e 60 anos para países em desenvolvimento. No Brasil, a legislação define idoso como indivíduo com idade acima de 60 anos. (MEIRELES et al., 2007). O aumento da longevidade em todo o mundo exige maior necessidade no aprimoramento da compreensão sobre o papel de diversos profissionais que compõem as equipes de saúde na promoção e na manutenção da independência e da autonomia dos idosos. Assim, é imprescindível conhecer características de indivíduos desta etapa de vida, de maneira a promover melhores condições de saúde e qualidade de vida (GALISA et al., 2014). No envelhecimento, o cuidado nutricional não limita-se ao manejo da doença, pois a alimentação também relaciona-se a prevenção de diversas doenças Melhores escolhas alimentares e mais atividade física em todos os ciclos de vida relaciona-se ao menor custo com a área da saúde e melhor qualidade de vida para toda uma população (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2018) Na prevenção primária, a nutrição está envolvida na promoção da saúde e na prevenção de doenças, com foco na alimentação saudável. A prevenção secundária envolve a redução dos riscos e retardo no progresso de doenças crônicas relacionadas à nutrição para manter a funcionalidade e a qualidade de vida. Na prevenção terciária, o planejamento dietético envolve dietas modificadas devido a problemas de mastigação e de apetite e limitações funcionais (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2018). Algumas características típicas do processo de envelhecimento determinam particularidades na dieta do idoso. Fatores como dentição, hábitos alimentares, situação social e econômica, fatores fisiológicos e composição corporal são características que precisam ser observadas com mais detalhe para a elaboração de um plano alimentar (GALISA; ESPERANÇA; SÁ, 2008). Geralmente, nesta fase da vida as pessoas já possuem um padrão dietético estabelecido, sendo um grande obstáculo modificar o padrão de dietas entre idosos (GALISA; ESPERANÇA; SÁ, 2008). Com o avanço da idade, há maior possibilidade de redução do prazer de comer devido à diminuição da sensibilidade gustativa e diminuição da produção de secreções do sistema digestório, dificultando a digestão e absorção dos alimentos e nutrientes. O processo de mastigação também é prejudicado pelo fato da utilização de próteses inadequadas ou pela falta de dentes (GALISA; ESPERANÇA; SÁ, 2008) As mudanças que ocorrem na função gustativa devido à senescência alteram a percepção do idoso, podendo contribuir para uma alimentação desequilibrada. A menor percepção sensorial pode resultar em aumento do consumo de sal e açúcar para compensar a falta de estimulação sensorial do alimento. A perda ou redução do olfato, influencia negativamente o apetite levando a um consumo alimentar inadequado e, consequentemente, uma redução significativa na qualidade de vida do idoso. (CAMPOS; MONTEIRO; ORNELAS, 2000) As doenças crônicas também são muito comuns entre os idosos, porém este não é um fator para considerar o idoso incapaz ou não saudável. Em geral, o idoso tem a capacidade de decidir, de se organizar nas tarefas diárias sem precisar de supervisão, exceto aqueles que apresentam doenças degenerativas, por exemplo. O idoso que consegue manter sua independência para agir no seu dia a dia deve ser considerado um idoso saudável, mesmo apresentando doenças crônicas (SANTOS; ESTEVÃO; SOUZA, 2020) Pela falta de consumo de verduras e frutas e diminuição de atividades físicas, o idoso pode ter obstipação, lenta regeneração dos ossos e feridas, menor resistência às infecções, além de declínio da massa corporal magra (GALISA; ESPERANÇA; SÁ, 2008) Em conjunto com a equipe multiprofissional, o profissional de nutrição tem como objetivo preservar as funções sociais, psíquicas e físicas do idoso, a fim de adiar os possíveis efeitos das alterações biopsicossociais dessa faixa etária. Para isso, é necessário atender as recomendações nutricionais especiais em relação a essas alterações e a presença de doenças do envelhecimento, preservando o prazer à alimentação. (GALISA; ESPERANÇA; SÁ, 2008) 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Propiciar aos idosos uma maior autonomia para que possam assumir, com plena consciência, a responsabilidade pelos seus atos relacionados aos hábitos alimentares para a promoção de um envelhecimento ativo e saudável. 2.2 Objetivos Específicos Desenvolver um jogo de tabuleiro como forma de aprendizado direcionado a idosos para: - Conscientizar sobre a relação entre alimentação e envelhecimento saudável; - Apresentar opções para as melhores escolhas alimentares; - Resgatar lembranças relacionadas ao ato de se alimentar; - Incentivar a prática de atividade física. 3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO · Importância do consumo de frutas, legumes e verduras na alimentação assim como o adequado consumo de água; · Relação da alimentação com momentos de prazer e sociabilização; · Principais mitos sobre alimentação; · Benefícios de alimentos saudáveis para a prevenção e controle de doenças crônicas; · Associação da prática de atividades físicas com promoção a saúde. 4. MÉTODOS Após a análise e o estudo sobre as principais doenças e desafios presentes no ciclo da vida idosa, foi elaborado uma atividade educativa que tem como objetivo melhorar e desenvolver o pensamento crítico, estimular a memória, o raciocínio, conscientizar sobre a importância da construção de bons hábitos alimentares e de um estilo de vida saudável aos idosos, proporcionando uma ação de educação alimentar lúdica e divertida. A ação educativa consiste em um jogo de tabuleiro e de cartas, tendo como público-alvo idosos (acima de 60 anos). Os materiais necessários para a realização da atividade são: 1 tabuleiro, 1 dado, de 2 a 4 peões e 10 cartas educativas. O método de ensino escolhido para o desenvolvimento dessa atividadefoi a elaboração de cartas educativas, sendo compostas por perguntas referentes as principais problemáticas da alimentação de idosos. 4.1. O JOGO A elaboração da atividade educativa foi baseada num jogo de tabuleiro tradicional, para se jogar deve-se seguir as seguintes regras e orientações: JOGO DA SAÚDE REGRAS IDADE: A partir de 60 anos PARTICIPANTES: De 2 a 4 jogadores COMPONENTES · 1 Tabuleiro · 10 Cartas · 4 Peões · 1 Dado INTRODUÇÃO Através de 10 cartas os jogadores devem analisar, reconhecer alimentos, compartilhar seu consumo alimentar de frutas, verduras, legumes e ingestão de água, aprender sobre a importância e os benefícios de determinados alimentos essenciais nesse ciclo da vida. OBJETIVO Ser o primeiro jogador a conseguir chegar com o peão no espaço marcado “FIM”. PREPARAÇÃO As cartas devem ser embaralhadas e colocadas ao lado do tabuleiro com o verso virado para cima; Cada jogador escolhe um peão e coloca-o no espaço marcado “INÍCIO”. COMO JOGAR 1. Deve-se escolher um mediador, o qual irá mostrar e ler as cartas para os jogadores; 2. Um jogador por vez joga o dado, quem tirar o maior número inicia o jogo e o jogo é realizado então em sentido horário; 3. O jogador que iniciar deve jogar novamente o dado e andar o número de casas referente a quantidade que o dado indicar; 4. Caso o jogador caia em uma casa que contenha o desenho de uma fruta, ele deve escolher uma carta no monte e o mediador lê; 5. Após a leitura, o jogador tem a chance de dar um palpite responder sobre o que se refere à carta. 6. Caso erre a resposta, o jogador não anda nenhuma casa e a carta volta para o monte que é embaralhado novamente; 7. Se o jogador responder corretamente, ele avança 2 casas. Se for a carta coringa ele irá avançar apenas 1 casa; 8. O jogador da esquerda repetirá os mesmos passos e assim segue o jogo; VENCEDOR O primeiro jogador a chegar com seu peão ao espaço marcado “FIM” será o vencedor. REFERÊNCIAS CAMPOS, M. T. F. S.; MONTEIRO, J. B. R.; ORNELAS, A. P. R. C. Fatores que afetam o consumo alimentar e nutrição do idoso. Revista de Nutricao, 2000. GALISA, M. et al. Educação Alimentar e Nutricional . São Paulo - SP: Roca, 2014. GALISA, M. S.; ESPERANÇA, L. M. B.; SÁ, N. G. DE. Nutrição Conceitos e Aplicações. [s.l.] M. Books, 2008. IBGE - Institituo Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2021 | Expectativa de vida dos brasileiros aumenta para 76,3 anos em 2018. Disponível em: <https://censo2021.ibge.gov.br/2012-agencia-de-noticias/noticias/26103-expectativa-de-vida-dos-brasileiros-aumenta-para-76-3-anos-em-2018.html>. Acesso em: 1 abr. 2021. MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause - Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 13° ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. MEIRELES, V. C. et al. Características dos idosos em área de abrangência do Programa Saúde da Família na região noroeste do Paraná: contribuições para a gestão do cuidado em enfermagem. Saúde e Sociedade, v. 16, n. 1, p. 69–80, 2007. SANTOS, A. C. S.; ESTEVÃO, J. S.; SOUZA, R. V. C. Alimentação saudavel e Envelhecimento Ativo, 2020. ANEXOS
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