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CAROLINE LOPES SANTOS RA: N190AJ5 GASTRONOMIA AMERICANA Trabalho de Atividade Prática Supervisionada do 4° semestre do curso de graduação em Nutrição apresentado à Universidade Paulista – UNIP/SJCampos sob supervisão da Professora Dra Geovana M. X. Ebaid. Orientadora: Professora Dra Geovana Ebaid SÃO JOSE DOS CAMPOS 2018 RESUMO A culinária americana sofre várias influências de outros países, fazendo com que sua alimentação seja bastante diversificada, devido a grande taxa se imigração de países europeus. O consumo de fast-foods vem sendo um dos principais fatores da grande taxa de obesidade e doenças cardiovasculares na população deste país. Devido a popularização deste modo alimentar, 10% do total energético consumido diariamente no meio dos anos 90 eram devido ao consumo de fast-foods. Com 33% da população americana apresentando sinais de obesidade, uma iniciativa foi tomada nos anos 90, sendo recomendado uma alimentação mais saudável para o cidadão. Este trabalho visou analisar os costumes e hábitos alimentares da população americana e desenvolver e demonstrar um cardápio balanceado para um indivíduo. A ingestão de macro nutrientes deste indivíduo ficou dividida em: CHO 46,73%, PTN 22,83% e LIP 30,42%, em relação às recomendações das DRI's de 45-65% de CHO, 10-35% de PTN e 20-35% de LIP. A quantidade de macro nutrientes ficaram dentro das recomendações, já as de micro, apenas a vitamina B2 que excedeu as quantidades recomendadas. A cozinha americana é uma das mais diversas nor mundo, comprarão diferenciados de várias culturas, mas a mídia a projeta ainda com muito preconceito, visando apenas a cultura de fast-foods, ignorando sua várias preparações típicas que além de possuírem variedade, possuem também grande valor nutricional, observouse que o indivíduo recebeu uma dieta balanceada, com um alto valor de consumo de lipídios bons, ocupando 30,42% das calorias diárias, demonstrando como a cultura pode influenciar na alimentação da população. Palavras-chave: cardápio, americana, alimentação, costumes. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Bandeira nacional dos Estados Unidos da América ........................ 06 Figura 2 – Guia alimentar ................................................................................. 14 Figura 3 – Símbolos e agrupamentos de alimentos desenvolvidos pelo USDA 15 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Valor calórico total .......................................................................... 17 Tabela 2 – NDPcal ........................................................................................... 20 Tabela 3 – Cardápio diário ............................................................................... 21 Tabela 4 – Macronutrientes .............................................................................. 23 Tabela 5 – Distribuição das refeições .............................................................. 23 Tabela 6 – Micronutrientes ............................................................................... 24 Tabela 7 – Resultados x Referências ............................................................... 25 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 06 2 OBJETIVOS .................................................................................................. 07 2.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 07 2.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 07 3 CARACTERISTICAS GASTRONÔMICAS ................................................... 08 4 HÁBITOS ALIMENTARES E INFLUÊNCIAS ............................................... 08 5 IMPORTÂNCIA DA GASTRONOMIA LOCAL ............................................. 09 6 MITOS E CURIOSIDADES ........................................................................... 11 7 DESENVOLVIMENTO DE CARDÁPIO ........................................................ 17 7.1 NDPcal....................................................................................................... 20 8 RECEITA ...................................................................................................... 21 9 RESULTADOS ............................................................................................. 23 10 DISCUSSÃO ............................................................................................... 25 11 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 26 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 27 APÊNDICE A ................................................................................................ 27 6 1 INTRODUÇÃO A culinária americana se caracteriza pela grande variedade de influências de outros locais no mundo, isso se dá devido à grande taxa de imigração de países europeus para o “novo mundo”, trazendo suas tradições e costumes. A alimentação nos Estados Unidos é uma das mais comentadas no mundo gastronômico, motivo sendo o de que sua cozinha e hábitos alimentares são bem enraizados em sua população, com os mais conhecidos fast-foods sendo um dos mais comentados na mídia, pelo motivo de que seu consumo é uma das principais causas de obesidade e problemas cardiovasculares na população (Bottini, 2011). Um dos principais riscos do alto consumo de fast-foods, principalmente em crianças, seria o alto risco de obesidade, desde a origem deste tipo de alimentação em 1950. O consumo diário destes tipos ser alimentos mostrou que de 2% do total energético consumido no final dos anos 70 subiu para 10% no meio dos anos 90, indicando que estas empresas conseguiram causar um impacto alimentar nesta população (Phippi, 2014). Uma mudança nos hábitos alimentares dos americanos foi vista a partir dos anos 90, provavelmente devido à grande taxa de obesidade no país, devido a 33% da população adulta terem sido diagnosticado com obesidade, sendo recomendado o maior consumo de frutas e vegetais, e essa alta taxa de obesidade na população vem causando problemas tanto na saúde destes cidadãos como na economia medica, pois é estimado que o custo de tratamentos anuais são de mais de $147 bilhões de dólares (Bowman, Gortmarker,Ebberling, Pereira, Ludwing, 2004). Figura 1 – Bandeira nacional dos Estados Unidos da América (El País, 2018). 7 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Demonstrar os costumes e hábitos alimentares da população americana; Desenvolver um cardápio balanceado para um indivíduo especifico. 2.2 Objetivo Específico Calcular um cardápio para um indivíduo eutrófico; Desenvolver uma ficha técnica de preparação; Discutir e demonstrar adaptações alimentares para o indivíduo em questão; Calcular o NDPcal da refeição do jantar. 8 3 CARACTERISTICAS GASTRONÔMICAS Os E.U.A é uma país com uma cultura e uma gastronomia grandiosa. Assim como no Brasil, recebeu imigrantes de várias partes do mundo, como os povos ingleses, franceses, espanhóis, chineses, negros e índios, e isso contribuiu para a formação de uma gastronomia característica. É uma cozinha super moderna, pelo fato do poder aquisitivo da população ser muito alto. Os americanos consomem muita carne, steaks e os churrascos, são conhecidos também internacionalmente como a terra dos fast-foods, pelo consumo habitual de hambúrguer, batatas fritas, cachorro quente (hotdog), pizza e etc. Os Estados Unidos contam com diversos pratos típicos também como: Baked Potato (batata assada), Chili com carne (refogado apimentado de feijão com carne), Jambalaya de frutos do mar (refogado de frutos do mar, presunto e linguiça), Muffins (minibolos), Ginger Bread (pão de gengibre), Pato à Califórnia (pato com frutas), Chicken Pie (torta de frango), Waffes, Maple Syrup (xarope de maple) e Chesse Cake, que contém os principais ingredientes mais usados na região (Bottini, 2011) 4 HÁBITOS ALIMENTARES E INFLUÊNCIAS Por ser uma culinária com diversas influências de povos de variados partes do mundo, temos muitos hábitos e costumes. A cidade de New Orleans é considerada a capital gastronômica em razão da forte influência da alta cozinha francesa e mexicano- espanhola, eles utilizam muita pimenta e frutos do mar, como pode ser observado no conhecido prato de nome Jambalaya.O churrasco é uma técnica específica que se desenvolveu no Sul, fazer churrasco envolve tempero, líquido ou seco, aplicado a um pedaço de carne antes que seja assada lentamente sobre uma cova em que há um fogo aberto. No churrasco pode ser usado muitos tipos de carne. No sudeste, utiliza- 9 se sobretudo o porco, mas as carnes de boi, de frango e de caça também são boas para isso (Philippi, 2006). A alimentação e dividida em quatro refeições diárias como: breakfst (café da manhã), lunch (almoço), dinner (jantar) e snacks (lanches). O breakfast é uma refeição farta com alto teor de lipídios, contendo, pão, salsicha, pizza, ovos, bacon, frutas, sucos, Waffes, Muffins, Pancakes (panquecas doces, coberturas com mel), tortas, bolos e cereais. Os lunch são compostos por bolo de carne moída (Meat Loaf), batata assada, batata frita, tortas de frango (Chicken Pie), frango frito, e como sobremesa torta de maçã (Apple Pie) e sorvetes. Entre todas as refeições e comum o consumo de snacks (lanches) que podem ser composto de cookies e brownies, pizza, lanches, pipocas e tortas doces, hambúrguer e sorvetes. As bebidas que acompanham as refeições são leite, principalmente no jantar (dinner) , refrigerante e suco de frutas e o mais famoso milk-shaks. Observa- se a ingestão de café descafeínado várias vezes ao dia. Por ser uma país com uma dieta rica em gordura, tem um alto índice de pessoas com doenças cardiovasculares (Bottini, 2011). 5 IMPORTÂNCIA DA GASTRONOMIA LOCAL O Estados Unidos é um país com uma grande variedade de povos, ingleses, espanhóis, franceses, chineses, negros e índios, que acabaram por fazer da culinária norte americana muito rica de sabores. Os americanos tem acesso à ingredientes do mundo todo, devido ao alto padrão de vida e grande poder aquisitivo, o que faz da gastronomia local muito variada devido a presença de imigrantes vindo de várias partes do mundo (Philippi, 2006). O Estados Unidos é conhecido pelos famosos restaurantes fast-food, os alimentos oferecidos por eles não contêm os nutrientes básicos da nossa dieta diária e também são carregadas de gorduras, inclusive a trans, no sódio e no açúcar, além de conservantes, para mantê-los frescos. A comida congelada também é muito usada pelos norte-americanos, o que juntamente com os alimentos fast-food trazem grandes prejuízos à saúde. Os estados que fazem parte do Estados Unidos, possuem uma 10 cultura diversificada e de grande relevância para a gastronomia local. A Califórnia tornou-se o maior produtor agrícola, e juntamente com Washington cultivam trigo e milho. Também em Washington, a indústria de peixes e frutos do mar tem uma importante força econômica. E em Oregon, as frutas silvestres são usadas desde a colonização do estado até hoje (Philippi, 2014). Ingredientes comuns na Califórnia, Washington e Oregon: Hortaliças e frutas: alcachofras, cebolinha, alho, cebolas, azeitonas, pimenta vermelha, tomate, ervas, erva doce, pistache, maçãs, frutas silvestres, avelas, figos, melões, peras; Carnes: boi, carneiro; Peixes e frutos do mar: caranguejo, mexilhões e mariscos, ostras, peixes marinhos, salmão. No Havaí, os japoneses e os chineses trouxeram arroz e os coreanos trouxeram o churrasco coreano. Misturam-se os estilos e teve como resultado a culinária havaiana moderna, ingredientes havaianos comuns: Grãos: arroz; Vegetais e frutas: cana-de-açúcar, inhame, taro, fruta pão, coco, abacate, abacaxi, araruta, banana, frutas cítricas, goiaba, lichia, macadâmia, mamão papaia, manga, maracujá, tamarindo.; Aves: frango; Frutos do mar: atum, bonito, camarão, linguado, peixe espada, mexilhões e mariscos. A culinária da Nova Inglaterra apresenta hoje muitas técnicas de conservação dos alimentos. E já os estados do Médio Mediterrâneo possuem ricas terras de cultivo, o que causa grande impacto na cozinha dessa área, ingredientes comuns na Nova Inglaterra e Médio Mediterrâneo: Vegetais, frutas e Legumes: brotos de samambaia, feijão, oxicoco, mirtilos, maça, milho, abóbora; Carnes: boi e veado; Aves: peru; Peixes e frutos do mar: bacalhau, lagosta, linguado, mexilhões e mariscos e ostras; Adoçantes: melaço, xarope de bordo (Bottini, 2011). Os estados do Sudeste, reterão a identidade cultural na nova terra estrangeira, as receitas são passadas de geração para geração para preservar a tradição. O milho e o porco foram importantes no passado e continuam importantes atualmente. O churrasco faz parte da tradição do sudeste dos Estados Unidos, ingredientes importantes no sudeste: Grãos e Legumes: arroz e vagem; Vegetais e frutas: abóboras, batatas, berinjelas, brócolis, cebolas, couve, espinafre, feijão fradinho, folhagem de nabos, milho, nabos, pepinos, quiabo, tomates, caquis, cerejas, frutas silvestres, maças, melões, peras, pêssegos; Carnes: boi, carneiro, esquilo, gambá, guaxinim, marmota, porco, urso, veado, vitela; Aves: galinha; Peixes e frutos do mar: 11 peixe gueira azul, camarões, caranguejos, lagostim, linguado, ostras, tainha, trutas, vieiras (Bottini, 2011). O perfil culinário dos estados do Meio Oeste inclui a predileção por peixe defumado, carne e batatas, jerked beef, alimentos fervidos, carnes defumadas e alimentos energéticos em geral. Compreende enormes ranchos pecuários e fazendas de cereais. Já os estados do Sudoeste têm uma culinária tipicamente picante e podem ser complexos por conter várias especiarias, ingredientes comuns no Meio Oeste e no Sudoeste: Grãos e legumes: cevada, feijão, aveia, sorgo, soja, trigo; Vegetais e frutas: abóbora japonesa, abóbora, moranga, batata, nabo, pimentas, maças, frutas silvestres, ameixas, peras, pêssegos; Carnes: boi, carneiro, coelho, porco; Aves: frango; Peixes: robalo, truta (Bottini, 2011). E mesmo os Estados Unidos, sendo um país com grande diversidade de alimentos saudáveis e de grande valor cultural, importantes para a gastronomia local de cada região, o consumo de uma dieta com elevada quantidade de gorduras, acaba sendo a opção da maioria da população, o que deixa os norte-americanos, mais suscetível à ocorrência de doenças cardiovasculares e a uma maior prevalência de obesidade (Philippi, 2006). 6 MITOS E CURIOSIDADES Desde o início, os americanos consideraram-se com orgulho o “povo da abundância”, principalmente da riqueza nutricional. A américa foi também a pátria de inúmeros métodos que visavam limitar o consumo dessa produção de alimentos, desde as manais alimentares mais bizarras até as teorias científicas mais sensatas e respeitáveis. A criação de estradas de ferro e da criação do gado, no oeste dos Estados Unidos, tinha favorecido o consumo de carne de boi, “somos antes de tudo, um povo fanático por carne de boi, para quem comer é viver” (Flandrin, Montanari, 1998). 12 Durante a primeira guerra mundial o café tinha sido a bebida favorita das forças armadas americanas. Por ocasião do conflito seguinte, a escolhada grande maioria dos soldados voltou-se para o leite fresco. A industrialização da alimentação e a distribuição em grande escala datam principalmente os anos 60. Em compensação nos Estados Unidos alguns produtos alimentares industrializados – entre os quais a coca cola- encontram- se no mercado há mercado há mais de 100 anos ou mais. Heinz, Nabisco, Kellogg, Campbell, estão entre as maiores empresas americanas da década de 80 e 90. A paternidade dos fast-food e do primeiro Mc Donalds é atribuída a Ray Kroc, ele desenvolveu e lhe deu o impulso que o leva à atual dimensão mundial. No início vendia-se hot-dogs e não hambúrgueres (Flandrin, Montanari, 1998). A partir do final dos anos 60, os americanos, que consomes por ano dois bilhões de pizzas, resolvem o problema da produção, eles desenvolveram uma nova tecnologia, que racionaliza a produção: em vez de enrolar e trabalhar a massa, esta é preparada com antecedência e em seguida refrigerada. A rede Pizza Hult, com sede em Wichita e, atualmente, controlada pela Pepsico, aperfeiçoa o procedimento transformando em fast-food. A exemplo dos americanos, todos os europeus bebem, hoje, suco de laranja e toranja, no café da manhã, os americanos e ingleses preferem estes sucos enriquecidos com vitaminas não apreciados or um grande número de europeus, e praticamente não conhecida em diversos países (Flandrin, Montanari, 1998). As classificações de restaurantes: Fast food: cardápio curto e limitado, oferece comida padronizada, pré preparo fora do local, atendimento rápido, impessoal, porém cortês, associado à onda de obesidade que assola o país; All Can you eat: similar ao nosso bufê por preço fixo; mediante o pagamento de um valor fixo, é possível comer o quanto deseja, sem limite de quantidade e tempo à mesa; Temático: pode ser organizado por alimentos (lagosta, carne, etc), tipos de comida servida(vegetariana, macrobióticos, kasher) tipos de cozinha (italiana,indiana) e em função de temas diversos (cinema, histórias, quadrinhos, músicas, etc); Coffee-shop ou cafeteria: além de bebidas quentes como o próprio café, chás, chocolates, refrigerantes e lanches rápidos podem ser segmentados desde os mais simples até os mais sofisticados; Bistrô: decoração e clientela mais informal, com poucas mesas. O cardápio é reduzido e a cozinha está sob o comando de algum cheff promissor. Pode oferecer pratos 13 diferenciados e cobrar preços mais elevados, mas em gera, é mais acessível que os estabelecimentos mais sofisticados; Café: espécie de estabelecimento similar ao bistrô, porem com o cardápio mais simples e preços mais acessíveis; atendendo um número maior de pessoas inclusive familiar; Restaurante sofisticado:decoração especial, serviço impecável, cardápio não muito extenso, uso de ingredientes frescos e pratos com técnicas mais refinadas; Pizzaria: nos Estados Unidos, o consumo de pizza está muito associado ao delivery, sentar e comer uma pizza é comum em fastfoods (Montebello, Collaço, 2007). Lançado recentemente nos Estados Unidos, o novo Guia Alimentar entrará em vigor pelos próximos 5 anos. As novas recomendações estão sendo motivo de discussão. O "Dietary Guidelines for Americans 2015 - 2020 Eighth Edition” tem como objetivo oferecer recomendações nutricionais para os americanos, o guia atribui recomendações como limitar a ingestão de calorias de alimentos com adição de açúcar e gordura saturada, e o consumo de sódio menor que 2300mg por dia, disponibiliza também informações dobra o aumento do consumo de verduras, aumentar a variedade de frutas, grãos, vegetais, carnes magras, aves e ovos. Porém, o governo traz algumas informações que estão ainda em debate, como por exemplo a informação de que pular do café da manhã não é um habito que traz perigo a saúde, contudo o guia antigo afirmava eu essa prática estava associada com o excesso de peso. O guia também tem sido bastante criticado por não ter ideias de como se acabar com a epidemia da obesidade e sim estão vendo como uma jogada de marketing para a indústria (Montebello, Collaço, 2007). 14 O USDA foi o pioneiro no desenvolvimento de representações gráficas de Guias da dieta, embora houvessem agrupamentos anteriores, o primeiro símbolo foi a roda dos alimentos, em 1984, essa foi depois substituída pelas pirâmides de alimentos em 1992. a atual pirâmide alimentar americana, foi publicada em abril de Figura 2 – Guia alimentar ( USDA, 2005 ). 15 2005, e substituiu a primeira versão, a nova representação contém todos os grupos de alimentos da pirâmide original. Após várias pesquisas de qual forma era mais aceitável pela população, viu-se que a destruição em forma de roda não tinha os resultados esperados, pois inicialmente mostrava os alimentos divididos conforme função e com a mesma área, possibilitando diferentes interpretações e, também tratase de uma representação ultrapassada porque, segundo os entrevistados, as informações já eram conhecidas. O desenho final transformou-se em uma pirâmide com um novo padrão de faixas verticais para os grupos alimentares, degraus para simbolizar a atividade física, e uma pessoa, para enfatizar a mensagem da atividade física (USDA, 2005). Figura 3 - Símbolos e agrupamentos de alimentos desenvolvidos pelo USDA (USDA, 2010). A maioria dos alimentos caracterizados como americanos são pratos tradicionais de outros lugares que ganharam popularidade em todo o país. Embora não haja nenhuma definição perfeita da culinária tradicional americana, pratos como a sopa de mariscos, chilli, gumbo, frango frito, bolinhos de caranguejo, sanduíche de 16 lagosta, asas de frango fritas com molho picante, espiga de milho, salada de batata, hambúrgueres, cachorros-quentes e torta de maçã estariam na maioria das listas. A culinária em diferentes partes dos Estados Unidos se desenvolveu independentemente, cada região foi influenciada pela nacionalidade dos colonos que se instalaram na região e pelos ingredientes disponíveis localmente, como resultado, cada região tem ingredientes distintos, sabores e pratos próprios, por exemplo na Nova Inglaterra, frutos do mar de água fria e pescados localmente. Conhecida pela terra da carne assada Yankee, do feijão cozido de Boston, da sopa de mariscos da Nova Inglaterra e da lagosta de Maine. Já no Sudeste é o lar da “culinária sulista caseira” caracterizada pela cozinha estilo fazenda com fartura de alimentos fritos, molhos espessos e sobremesas doces. Frango frito (“deep-fried chicken”), conhecido como frango frito sulista, e bife à milanesa (ou“chicken-fried steak”) são geralmente servidos com um molho branco encorpado chamado de molho caseiro. Os sulistas também adoram churrasco, mas diferentemente dos moradores do Sudoeste, preferem molhos de churrasco à base de mostarda ou vinagre. O churrasco sulista normalmente significa carne de porco, especialmente costela de porco, bem temperada ou marinada e assada lentamente na brasa. Couve, feijão fradinho e bolo de milho são acompanhamentos comuns. Torta de noz-pecã, torta de pêssego, pudim de banana e torta de batata doce são algumas sobremesas favoritas (Embaixada dos Estados Unidos da América, 2013). Em Nova Orleans tem uma cultura distinta e culinária própria. A cozinha Creole e Cajun da cidade é uma mistura da culinária espanhola e francesa, temperada com sabores africanos e das Índias Ocidentais. Peixes e bifes são grelhados com uma mistura de pimentas e especiarias escuras picantes. Jambalaya e gumbo são ensopados de carnes, linguiça e frutos do mar temperados. Muitos pratos Cajun são bem temperados com pimentas e chili, mas nem todas são ardentes. A cozinha tradicional espanhola e francesa, com variações locais, está disponível em vários restaurantes por toda cidade (Embaixada dos Estados Unidos da América, 2013). O Sudoeste teminfluência dos ameríndios, dos primeiros colonos espanhóis e dos mexicanos. A cozinha do Sudoeste inclui uma variedade de pratos preparados com ingredientes locais e salpicados com temperos mexicanos. A culinária tex-mex é uma variante da cozinha do Sudoeste que é mais popular no Texas e ao longo da 17 fronteira com o México. Pratos populares do texmex incluem churrasco e chili. Esses pratos inspirados nos cowboys são tão populares no Sudoeste e em todo Estados Unidos que muitos lugares têm festivais anuais de chili e concursos de churrasco com prêmios para as melhores receitas. Também é a origem da salsa, nachos, tacos e burritos. A Califórnia é abundante de frutas frescas, legumes e verduras e frutos do mar em todas as estações. Sua população etnicamente diversa desenvolveu uma culinária saudável que faz uso de ingredientes frescos temperados com combinações incomuns de especiarias. Saladas verdes cobertas com abacates e frutas cítricas podem ser servidas com molho de amendoim picante asiático. Peixe pode ser levemente grelhado e servido com verduras chinesas e pão frito ameríndio. Quase qualquer combinação de estilo de comida étnica pode ser combinada na culinária da Califórnia (Embaixada dos Estados Unidos da América, 2013). 7 DESENVOLVIMENTO DE CARDÁPIO Tabela 1 – Valor calórico total V.C.T = 3081.25 Idade: 30 anos Altura:1.80 cm Peso: 80 Kg NAF:1.25 NEE= 662 – (9.53 x idade) +NAF x [(15.91x peso)+ (539.6 x altura)] NEE=662 – (9.53x30)+1.25x[(15.91x80) +(539.6x1.80)] NEE= 662-285.9 +1.25 x [1272.8+971.28] 18 NEE= 373.1+1.25 X 2244.08 NEE=376.1+2805.1 NEE=3181.2 Kcal 19 20 7.1 NDPcal NDPcal: refeição do jantar Peito de frango : 12.8 x 0.7= 8.96g Pão de forma integral de grãos: 4.8x 0.5 = 2.4 g Ovo:7.5 x 0.7 = 5.25 g NPU= 8.96+2.4+5.25= 16.61g NDPcal=16.61x4= 66.44 NDPcal % : 66.44 x 100 / 680.48 Tabela 2 - NDPcal 9,76 % 21 8 RECEITA Tabela 3 – Cardápio diário 22 23 9 RESULTADOS Tabela 4 – Macronutrientes CHO= 360.04g – 1440.16kcal – 46.73% PTN= 175.86g – 703.47kcal – 22.83% LIP= 104.18g – 937.62kcal – 30.42% Tabela 5 – Distribuição da refeição Café da manhã: 24.10 % Lanche da manhã: 6.27% Almoço: 37.68% Café da tarde: 5.20% Jantar: 22.08% Ceia: 5.09% 24 Tabela 6 - Micronutrientes Vitamina A: 2958.43g B1: 1.06mg B2: 3.58mg D: 43.79mg C: 157.98mg Ca: 1522.99mg P: 1877.02mg Fe: 16.8mg Zn: 21.36mg K: 4.43g 25 10 DISCUSSÃO Tabela 7 – Resultados x Referências 26 11 CONSIDERAÇÕES FINAIS A cozinha americana é uma das mais diversas no mundo, seus pratos diferem desde os mais comuns na Ásia até os mais elegantes da França, possuindo grande variedade de alimentos, com influências de países de todo o globo, possuem também uma grande cultura nativa, e hábitos alimentares questionáveis muitas das vezes, o que acaba causando um grande impacto na saúde da população em geral. Esses maus hábitos influenciam muito outros países, como no caso do Brasil, onde a cultura do fast-foods vem crescendo nos últimos anos. Mesmo possuindo hábitos alimentares saudáveis, pequena parte da população os prática, causando um estereótipo de que este seja um país onde a obesidade e o sobrepeso sejam algo em comum. Uma dieta balanceada é algo muito importante para a saúde da população, podendo melhorar a qualidade de vida, e a visão do mundo em relação ao país, principalmente por possuírem uma grande variedade nutricional em vários pratos típicos. Observou-se que a alimentação do indivíduo abordado neste projeto teve grande influência de uma alimentação americana, com pratos típicos da região e com uma quantidade alta de consumo de lipídios, ocupando 28,40% do total de calorias ingeridas no dia, sendo uma forma de visualizar como a cultura influência na alimentação da população local. 27 REFERÊNCIAS Bottini, RL. Chef profissional, Instituto Americano de Culinária, 4° ed rev, Senac Editoras, São Paulo, 2011. Bowman, SA. Gortmaker, SL. Ebbeling, CB. Pereira, MA. Ludwing, DS. Efeitos do consumo de fast-food sobre o consumo de energia e a qualidade da dieta entre crianças em uma pesquisa domiciliar nacional, Pediatria, Nacional Library of Medicine National Institutes of Heath dos EUA, 2004. El País, Bandeira nacional dos Estados Unidos da América, 2018. Embaixada dos Estados Unidos da América, Culinária regional reflete a diversidade nacional, Departamento de estados dos EUA Bureau de programas de informações internacionais, www.state.gov, 2013 Flandrin, JL. Montanari, M. História da Alimentação, 4° ed, Estação Liberdade, São Paulo, 1998. Montebello NP. Collaço, JHL. Cortes e Recortes, vol. 2, Gastronomia, São Paulo, 2007. Philippi, ST. Nutrição e Técnica Dietética, 2° ed. rev. Manole, 2006. Philippi, ST. Nutrição e Técnica Dietética, 3°ed. rev. Manole, 2014. USDA , United States Department of Agriculture www.cnpp.usda.gov, 2010. USDA , United States Department of Agriculture www.cnpp.usda.gov, 2005. http://www.state.gov/ http://www.state.gov/ http://www.cnpp.usda.gov/ http://www.cnpp.usda.gov/ http://www.cnpp.usda.gov/ http://www.cnpp.usda.gov/ 28 APÊNCIDE A
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