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1. RELATÓRIO
Trata-se de pedido de Extradição de Jose Gonzalez Valencia, apresentado pelo Governo dos Estados Unidos da América, para submetê-lo, a processo penal nesse país, em razão de acusação aprovada pelo Distrito de Columbia (Washington DC), no ano de 2016, acerca do crime de Conspiração (“conspiracy”), presente no seu ordenamento jurídico através da Seção 963 do título 21, bem como da seção 2 do título 18, do US Code, pela distribuição, a uma ou mais pessoas, de 5 Kg de cocaína para importação ilegal para os Estados Unidos, substância ilícita de classe 2 no respectivo país, sendo certo que não foi anteriormente sentenciado ao delito anteriormente ao pedido de extradição. 
Conforme extraído dos autos, na lei americana, conforme o Relator tratou em seu voto, trata-se de um compromisso entre uma ou mais pessoas para a prática de ilícitos, a fim de violar uma lei criminal, ainda que a pessoa não tenha ciência de todo o “plano”, mas participe de certa parte. A pena para tal ato nos EUA é de prisão por vida, ou seja, perpétua.
 Além disso, a acusação contra Jose também imputa a ele a instigação e o auxílio para o crime. Os Estados Unidos, através da seção 2 do título 18 do US Code, entende que mesmo que a pessoa não tenha realizado o ato, ou executado o plano, ela será considerada culpada de mesmo modo, se comprovado o seu envolvimento com o delito. 
Os EUA, através de seu pedido, informou que na época do cometimento do delito, as leis estavam em vigor, bem como permaneceram após a acusação; que em se tratando de crime continuado, como o caso em tela, o prazo prescricional de 5 anos adotado pelo Código dos Estados Unidos não transcorreu, por mais que os delitos tenham começado no ano de 2006, além de que o mandado de prisão contra Jose Valencia, expedido em 26.10.2016, continua executável e válido. 	
De acordo com a leitura dos autos, Jose Gonzalez Valencia é cidadão mexicano e boliviano, integrante de Cartel de drogas de origem mexicana e que o mesmo já estaria respondendo a processo criminal no Brasil. 
Ultrapassado o contexto do delito objeto da acusação e do pedido de extradição, em 14.06.2017, foi decretada, pelo Min. Celso de Mello, efetivada em dezembro do mesmo ano. A princípio o extraditando foi transferido para o sistema prisional do Ceará, tendo posteriormente sido transferido a Penitenciária Federal de Mossoró, Rio Grande do Norte. 
O interrogatório foi realizado em 28.08.2021, tendo Gonzalez, apresentado, por meio de seu advogado, defesa técnica expressa, requerendo a revogação da prisão preventiva, a nulidade do ato de interrogatório, bem como o indeferimento do pedido de extradição sustentando a (i) ausência de dupla tipicidade, alegando que não há equiparação no ordenamento brasileiro ao crime de conspiração; (ii) ausência de equiparação das circunstâncias do delito. 
Em 23.05.2019, o Ministro Celso de Mello indeferiu o pedido de revogação de prisão, tendo, em 11.10.2019, sido apresentado parecer pela PGR, opinando pelo deferimento do pedido de suspensão e deferimento do pedido de extradição. Novamente, em 01.12.2020, foi apresentado parecer pela PGR, dessa vez, além do deferimento da extradição, opinou pelo indeferimento do pedido de suspensão e o reconhecimento da conexão entre o pedido de Extradição 1505 pelos EUA e o Pedido de Prisão Preventiva nº 857, formulado pelo México.
Regularmente processado o feito, foi proferido acórdão, publicado em 18.03.2021, julgando procedente o pedido de extradição do governo dos EUA, fundamentado no (i) respaldo constitucional pela Constituição; (ii) observância dos requisitos formais legais estabelecidos no Tratado de Extradição celebrado entre os dois países; (iii) na reciprocidade de tratamento ao Brasil; (iv) na competência do Estado estrangeiro; (v) na existência de mandado de prisão expedido nos EUA; (vi) na presença de dupla tipicidade; (vii) inocorrência de prescrição; (viii) ausência de caráter de crime político ou de opinião do delito; e (ix) ausência de família brasileira, além de ter sido reconhecida a conexão com o PPE nº 857.
Contudo, o v. acordou condicionou a entrega do extraditando “(a) ao juízo discricionário do Presidente da República; (b) à formalização, pelo Estado requerente, dos compromissos previstos no art. 96 da lei 13.445/2017 e (c) à conclusão dos processos penais a que o extraditando eventualmente responde no Brasil ou ao cumprimento das respectivas penas, na forma do art. 95, Caput, da lei 13.445/2017”.
Em 13.05.2021, foi publicada decisão, a qual requisitou o pedido de permanência do extraditando na penitenciária de Mossoró, por mais um ano, tendo em vista a necessidade de custódia, durante o processo de extradição.
Ato contínuo, foram opostos Embargos de Declaração, os quais restaram desprovidos em 08.06.2021, bem como em 16.06.2021, não conhecidos, com a consequente certificação do trânsito em julgado no dia 22.06.2021.
2. ANÁLISE DOS REQUISITOS FORMAIS PARA O DEFERIMENTO DA EXTRADIÇÃO.
Resumidamente, a extradição é um ato entre os Estados para cooperação internacional em matéria penal, na repressão de delitos, sendo assim, deve existir um tratado internacional pactuado entre o país que requereu a extradição e o país em que está o extraditando, o que configura a reciprocidade entre os países pactuantes, este é o alicerce do pedido de extradição. O caso em comento trata de extradição instrutória (art. 83, II, primeira parte, da Lei 13.445/17), na qual o acusado é requisitado para responder processo ainda em curso no Estado requerente, se já tivesse sido julgado e houvesse condenação penal definitiva, estaríamos a frente de extradição executória (art. 83, II, parte final, da Lei 13.445/17).
Assim, baseando-se no princípio da especialidade, havendo tratado entre o país solicitante e o Brasil, se aplicará, de modo subsidiário, as regras contidas na Lei de Migração (L. 13.445/17), em que se observará alguns requisitos para o deferimento de um pedido de extradição, dispostos nos artigos 82 e 83. 
O primeiro deles traduz-se na proibição, em qualquer dos casos, de extradição de brasileiro nato (art. 82, I). Nos casos de brasileiros naturalizados, esses só podem ser extraditados, quando o pedido de extradição tratar de delito cometido antes da naturalização ou quando o delito se relacionar com o tráfico de entorpecentes.
Além disso, a própria Constituição veda, em seu art. 5º, LII, a extradição por crime político ou de opinião, presente também no art. 82, VII, da Lei de Migração. Também não pode ser deferido o pedido de extradição de país que tenha como pena de morte ou de prisão perpétua para o delito praticado, exceto se houver compromisso e a entrega do extraditando seja condicionada a permuta/comutação de pena, em observância ao art. 75 do CP brasileiro. [footnoteRef:1] Não é possível, também, a extradição de refugiado, do qual o país seja o que o indivíduo tenha evadido, assim, quando solicitado o refúgio, haverá a suspensão do processo de extradição (art. 82, VIII, da Lei 13.445/17 e art. 33 a 35 da Lei nº 9.474/97). [1: 328] 
A extradição só é possível quando na presença de dupla tipicidade (art.82, II da Lei 13.445/17), isto é, quando o ato for caracterizado como crime passível de pena no ordenamento jurídico do país requerente e no do Brasil, ainda que o delito não tenha o mesmo nome[footnoteRef:2], mas possuir as mesmas circunstâncias, ou seja sua tipicidade penal. Vale lembrar que se caracterizado como ato infracional, fato atípico ou como contravenção o ato não abarcará a dupla tipicidade. [2: 329] 
Também é vedada a extradição para delito que tenha pena inferior a dois anos conforme o regramento penal do Brasil, nos termos do art. 82, IV da Lei de Migração, não importando o período de pena no estrangeiro. 
Para o deferimento da extradição, também deve ser necessário que só o Estado requerente tenha a competência absoluta para julgar o delito objeto do pedido de extradição praticado pelo extraditando, na forma do art. 82, III da Lei de Migração, assim, o Brasil deve ser incompetentepara julgá-lo. Isso ocorre por conta por conta do princípio da extraterritorialidade da lei penal, mas o concurso de jurisdição não é suficiente para o indeferimento do pedido de extradição, ainda não deve ter sido incitado processo penal em território nacional[footnoteRef:3]. [3: A extradição no ordenamento jurídico brasileiro: análise da extradição 1.462/STF e o deferimento condicionado ao cumprimento de compromissos prestados pelo estado requerente - Âmbito Jurídico - Educação jurídica gratuita e de qualidade (ambitojuridico.com.br)] 
Em observância ao princípio do non bis in idem, não pode ser extraditada a pessoa que responde ou já foi condenada pelo mesmo crime que é objeto do pedido de extradição (art. 82, IV, da Lei de Migração). 
Outro requisito é a dupla punibilidade, assim, não poderá ser extraditado o indivíduo em ocasião em que a punibilidade esteja extinta em algum dos dois países. Ou seja, se o crime estiver prescrito no Brasil ou no país requerente, o indivíduo não poderá ser extraditado. O STF já entendeu pela extensão da norma para outros casos de extinção de punibilidade que não sejam pela prescrição, nos termos do inciso VI do art. 82 da Lei de Migração, a doutrina também atua através do mesmo entendimento. 
Em conformidade, mais uma vez, com o que dispõe a Constituição Federal, em seu art. 5º, XXVII, é defeso o pedido de extradição de extraditando que poderá responder em juízo ou tribunal de exceção no Estado requerente. 
Por derradeiro, conforme supracitado, tais requisitos serão aplicados de forma subsidiária ao que o Tratado de Extradição prever. No caso em questão, o Tratado de Extradição entre os Estados Unidos da América e o Brasil, promulgado pelo Decreto nº 55.750, de 65, que observa, em geral, as mesmas premissas contidas nos requisitos da Lei de Migração, salvo algumas peculiaridades, como no caso de que se a justificativa para o pedido de extradição que tenha finalidade política for uma infração à lei comum[footnoteRef:4]. [4: *TRATADO DE EXTRADIO ENTRE OS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS DA AMRICA (oas.org)] 
3. ANÁLISE DO ACÓRDÃO PROFERIDO PELA PRIMEIRA TURMA DO EG. STF NA EXTRADIÇÃO Nº 1.505.
Neste ponto é necessário realizar a análise do acórdão proferido pela Primeira Turma do STF, nos autos da Ext nº 1505, nos termos do voto do relator Min. Alexandre de Moraes, aferindo o cumprimento dos requisitos acima elencados para saber se o deferimento do pedido de extradição realizado pelo Estados Unidos da América foi correto. 
Primeiramente, o acórdão traz à baila a questão de respaldo constitucional, por base do art. 5º, inciso LII da Constituição, o qual diz in verbis que: “LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;”, utilizando-se como fundamento que a autorização da extradição de estrangeiros é requisito preenchido pelo extraditando, uma vez que é cidadão mexicano e boliviano. Ocorre que, nesse ponto houve um mero erro material na aplicação do dispositivo coerente que justificasse a ausência de vedação à extradição de Jose em razão de ser estrangeiro. O inciso correto, que confere lógica à justificativa apresentada seria o LI do art.5º, o qual dispõe que: “LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;”. Ainda que tenha havido equívoco no dispositivo pertinente, de fato, o pleito extradicional tem amparo constitucional que encaminhe para o deferimento do pedido, nesta parte. 
O artigo IX, 2 do Tratado entre os EUA e o Brasil dispõe que:
“2. No caso de indivíduo que é meramente acusado do crime ou delito em que se baseia o pedido de extradição: uma cópia, devidamente certificada ou autenticada, do mandado de prisão ou outra ordem de detenção expedida pelas autoridades competentes do Estado requerente, juntamente com os depoimentos que servirem de base à expedição de tal mandado ou ordem e qualquer outra prova julgada hábil para o caso.”
Assim, o acórdão foi correto em relatar que o pedido foi instruído com os documentos corretos. 
Num segundo passo, a respeito da defesa apresentada pelo extraditando, de que não há dupla tipicidade na conduta, o acórdão foi coeso em afastá-la utilizando-se, para tanto, a Convenção de Palermo, ratificada por ambos os países, para suprir lacuna existente no Tratado. Além disso, ainda diante da ausência da Convenção, importar lembrar que no que for necessário aplica-se subsidiariamente o que dispor a Lei de Migração, que em seu art. 2º trata da dupla tipicidade. Assim, nos termos de tal artigo, temos que a Conspiração corresponde ao crime de associação criminosa contido no art. 288 do Código Penal brasileiro, e ao crime de associação para o tráfico, art. 35 da Lei de drogas brasileira. Preenchido o requisito de dupla tipicidade e afastada a alegação sustentada na defesa. 
Quanto à reciprocidade, como supracitado, há realmente tratado de extradição entre o Brasil e o EUA que justifique o atendimento do pedido, correto também nesta parte. 
Em que pesa a existência de processo penal deflagrado contra o estrangeiro, tal não pode afastar a competência dos EUA para solicitar a extradição, uma vez que tal processo não diz respeito ao mesmo delito que motivou o pedido de extradição, estando completamente possível o deferimento do mesmo a partir desse ponto, tal como apresentado de maneira escorreita no voto, não há bis in idem, nem hipótese de conflito de jurisdição, já que o delito objeto do pedido foi realizado nos Estados Unidos.
De mesmo modo, observou-se a presença de mandado de prisão expedido por juízo competente do Estado estrangeiro, caracterizando, como já explicitado, a extradição instrutória. Além disso, demonstrou-se que não houve sujeição do extraditando perante tribunal ou juízo de exceção. Voto coerente também nesse ponto. 
Afastou-se, de plano, a alegação de que não haveria provas quanto a autoria do delito, uma vez que ao STF compete apenas analisar a legalidade do pedido realizado pelo Estado requerente[footnoteRef:5]. Correto afirmar que o STF não deve fazer a análise do mérito e conteúdo probatório do processo realizado no Estado extraditando. [5: 329] 
Quanto à prescrição, alegação também formulada pelo extraditando, foi acertadamente afastada tendo em vista que o período para o delito de “Conspiracy” nos EUA é de 5 anos, e os seus correspondentes no ordenamento jurídico brasileiro são de 16 anos para associação para o tráfico (art. 35, da Lei nº 11.343/06) e 8 anos para associação criminosa (art. 288, CP), respectivamente, assim levando em consideração que o delito teve início em 2006, e por ser crime continuado, tendo fim até o momento do protocolo da acusação formal, em 2016, não está presente o instituto da prescrição em nenhum dos casos, perfeitamente passível de deferimento nesta parte. 
O acórdão também fez menção ao fato de inexistir caracterização de crime político e crime com pena inferior a 2 anos, não configurando hipóteses inclusas no artigo 2 da lei de migração, bem como ao fato do extraditando não ter família residente no Brasil.		
Assim, concernente a defesa do extraditando, quanto ao que se refere ao pedido de extradição formulado pelos EUA, foram devidamente afastadas as seguintes alegações: 	“(c) ausência do requisito da dupla tipicidade” e ; “(d) que “as circunstâncias relatadas no pedido, a despeito de não haver comprovação da participação do extraditando, ainda que tivesse acontecido, no direito brasileiro seria tratada como suposta cogitação, que não adentrara sequer na fase externa preparatória; portanto, não se trata de conduta antijurídica a legitimar o requerimento”, através dos requisitos expressos tanto no Tratado de Extradição quanto na Lei de Migração, além de terem sido observados outros requisitos. 
Ademais, com relação ao compromisso, pelos EUA, de observância do limite máximo para cumprimento de pena no Brasil e não aplicação da penade vida, ou seja, perpétua a qual o crime de conspiração nos Estados Unidos está sujeito, apesar de ter sido deferida a extradição, tal compromisso foi uma das condicionais para a entrega do extraditando, em conformidade do art. 96 da Lei 13.445/17 e ao artigo VI do Tratado. 
Por fim, em relação ao pedido de suspensão do processo e reconhecimento do PPE nº 857, apresentado pelo Governo do México, conforme pormenorizado, não apresentou todos os requisitos legais, sendo certo que a preferência é do Estado em que o crime foi praticado, ou seja, dos EUA.