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Responsablidade civil - introdução

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Aula 2 
22/02/22 
responsabilidade civil parte introdutória 
CONCEITO 
Tomada de medidas para forçar alguém a reparar os danos causados a terceiros por suas ações 
ou omissões. O termo responsabilidade é utilizado em qualquer situação na qual alguma 
pessoa, natural ou jurídica, deva arcar com as consequências de um ato, fato ou negócio 
danoso. 
DIFERENÇA ENTRE OBRIGAÇÃO E RESPONSABILIDADE 
- A obrigação, é sempre um dever originário. 
- O segundo, a responsabilidade, é um dever sucessivo, consequente à violação do primeiro 
instituto. 
- Os conceitos se relacionam, mas se divergem em deveres originários ou sucessivos. 
EVOLUÇÃO 
1 FASE : Não se levava em consideração a culpa do agente causador do dano, bastando, tão 
somente, a ação ou omissão deste e o prejuízo sofrido pela vítima para que aquele fosse 
responsabilizado. 
É a chamada vingança privada, ou vendetta. Vigorava a Lei de Talião, sintetizada pela ideia de 
“olho por olho, dente por dente”. Bastava o dano efetivamente sofrido pela vítima para 
provocar “a reação imediata, instintiva e brutal do ofendido”. Daí a desnecessidade ou 
inaplicabilidade da culpa do ofensor. 
O período que sucedeu ao da vingança privada é o da composição, onde a vítima passou a 
perceber as vantagens e conveniências da substituição da violência pela compensação 
econômica do dano. Surgiu, então, o princípio segundo a qual o patrimônio do ofensor deveria 
responder por suas dívidas e não sua pessoa. Aparecem então as tarifações para determinadas 
formas de dano, como aquelas instituídas pelo Código de Ur-Nammu, Código de Manu e Lei 
das XII Tábuas. 
2 FASE : Posteriormente fixou-se a proibição do ofendido fazer justiça com as próprias mãos. 
Todavia, somente quando já existe uma soberana autoridade, o legislador veda à vítima fazer 
justiça pelas próprias mãos. A composição econômica, de voluntária que era, passa a ser 
obrigatória, e, ao demais disso, tarifada. É quando, então, o ofensor paga tanto por membro 
roto, por morte de um homem livre ou de um escravo. 
As ideias iniciais sobre distinção de pena e reparação foram estabelecidas pelos romanos, ante 
a diferenciação entre delitos públicos e privados. Destarte, o delito público tinha uma 
conotação mais elevada, quando havia violação de norma jurídica que o Estado considerava 
de relevante importância social, enquanto o delito privado era a ofensa feita à pessoa ou aos 
seus bens. 
3 FASE : Somente com o surgimento da Lei de Aquilia é que se inicia um princípio norteador 
para a reparação do dano. Essa norma foi um plebiscito aprovado provavelmente em fins do 
século III ou no início do século II a.C., que possibilitou atribuir ao titular de bens o direito de 
obter o pagamento de uma penalidade em dinheiro de quem tivesse destruído ou deteriorado 
seus bens. 
A Lei de Aquilia é vista como marco fundamental para a aplicação da culpa na obrigação de 
indenizar, originando a responsabilidade extracontratual, também denominada 
“responsabilidade aquiliana” a partir da qual a conduta do causador do dano é medida pelo 
grau de culpa com que atuou. 
Após este período o Estado assumiu definitivamente o ius puniendi, tomando para si a função 
de punir os ofensores da ordem jurídica. Surge então a ação de indenização derivada da 
responsabilidade civil. 
TIPOS DE RESPONSABILIDADE 
A responsabilidade civil é classificada pela doutrina tanto em função da culpa 
(responsabilidade objetiva e subjetiva), como também em função da natureza 
(responsabilidade contratual e extracontratual). 
- A diferença é que na responsabilidade civil subjetiva a vítima precisa provar a culpa do 
agente, enquanto na responsabilidade civil objetiva não há necessidade comprobatória de 
culpa. 
- Em um primeiro momento, na sociedade, surgiu a responsabilidade civil subjetiva, conceito 
clássico, no qual a vítima só poderia obter indenização se provasse a culpa do agente. E até 
certo ponto da história, a responsabilidade civil subjetiva era suficiente para dirimir os 
conflitos da sociedade. 
- Entretanto, o surgimento das máquinas e de outras invenções tecnológicas promoveu o 
desenvolvimento da indústria e o crescimento populacional. O impacto disso foi a criação de 
uma nova situação que não pôde mais ser sustentada pela culpa puramente tradicional, 
clássica. 
DIFERENCA ENTRE RESPONSABILIDADE CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL 
A responsabilidade civil pode ser dividida em contratual ou extracontratual de acordo com a 
natureza do dever jurídico violado. 
- Na responsabilidade civil contratual, configura o dano causado em decorrência do que consta 
em contrato ou negócio jurídico unilateral. 
- A responsabilidade extracontratual, também denominada Aquiliana, se baseia em 
obrigações legais derivadas da lei ou do ordenamento jurídico. 
Em suma, o dever jurídico violado não está previsto em contrato e não existe relação jurídica 
anterior entre a vítima e o lesante. a diferença entre elas está na natureza dessas 
responsabilidades. 
EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE 
- O nexo causal (vínculo da conduta do agente com o resultado); 
- A culpa exclusiva da vítima; 
- O fato de terceiro; 
- O caso fortuito (fato humano alheio à vontade da parte); 
- A força maior (fato ou ocorrência difícil ou imprevisível de prever que gera efeitos 
inevitáveis). 
No campo contratual, caso exista a cláusula de não indenizar, ela pode ser uma excludente de 
responsabilidade civil também.

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