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Câncer de mama

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PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
Problema 3 
Impacto psicológico! 
E.R., sexo feminino, 57 anos, branca, casada, tabagista (30 maços/ano), comerciante, sedentária, procurou a UBS do 
bairro Lagoinha para consulta médica, relatando que havia palpado um caroço na mama esquerda e já trazia uma 
mamografia realizada por conta própria. História gineco-obstétrica: menarca aos 11 anos e menopausa aos 52 anos, 
sem realização de terapia de reposição hormonal até o momento. Possui vida sexual ativa. G3 P3 A0, todos os partos 
vaginais. História familiar: mãe falecida por câncer de mama, aos 65 anos, tia em tratamento de câncer de mama há 1 
ano. Ao exame das mamas: mamas simétricas, sem retrações e sem drenagem de secreções pelos mamilos, espontânea 
ou à pressão. Presença de nódulo localizado no quadrante superior esquerdo, indolor à palpação e fixo e endurecido, 
na mama esquerda. Não se detecta linfonodomegalia à palpação das axilas. 
A mamografia apresentava como achado um nódulo irregular, com margens espiculadas, apresentando 
microcalcificações de permeio, localizado no quadrante súperolateral da mama esquerda, medindo cerca de 2,6 x 1,5 
cm. Regiões axilares livres, sem evidências de linfonodomegalias (BIRADS V). Mama direita sem alterações dignas 
de nota. 
 O médico explicou à paciente os achados dos exames e falou sobre a necessidade de realizar outros exames para 
confirmação diagnóstica. Ela foi encaminhada para o mastologista, que realizou a biopsia, confirmando o diagnóstico 
de câncer de mama, sendo, então, encaminhada ao oncologista para estadiamento e tratamento. 
 
TUTORIA 3 
1) Descrever a anatomia e histologia das mamas 
2) Analisar o câncer de mama considerando 
conceito, epidemiologia, etiopatogenia, fatores de risco, 
manifestações clínicas, evolução, propedêutica, 
diagnóstico, tratamento, prevenção e prognóstico 
3) Explicar o rastreio e o estadiamento do câncer 
de mama 
4) Descrever as diretrizes governamentais acerca 
do câncer de mama 
5) Descrever as alterações sociais e psicológicas na 
vida do paciente com câncer de mama 
MAMA 
ANATOMIA E HISTOLOGIA 
 Localizada anteriormente ao musculo peitoral 
maior 
 São órgãos dinâmicos que variam com a idade, 
ciclo menstrual e estado reprodutivo da mulher. 
 Se mantém inativas até a gravidez, período que 
assumem sua maturação morfológica e funcional 
completa. 
 Sua principal função nas mulheres é secretar o 
leite materno. 
 Histologicamente, consiste de 15-25 lóbulos de 
glândulas tubuloalveolares. 
 Cada lóbulo é separado dos vizinhos por tecido 
conjuntivo denso e tecido adiposo, possuindo seu ducto 
secretor. 
 
 A mama é formada pelo tecido glandular 
epitelial, a glândula propriamente dita ou parênquima; 
tecido adiposo, que preenche os ductos do tecido 
glandular e tecido fibroso (estroma) que atravessa e 
rodeia o tecido glandular. 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 As glândulas mamárias são glândulas 
sudoríparas apócrinas modificadas. Elas possuem uma 
estrutura dinâmica, o que significa que a sua anatomia 
muda dependendo da idade da mulher, fase do ciclo 
menstrual e status reprodutivo. 
 A produção e ejeção do leite é mediada por 
hormônios, prolactina que estimula a produção de leite 
nos ductos e ocitocina que favorece a ejeção do leite na 
papila mamaria. 
DRENAGEM LINFÁTICA 
 É importante para entender o desenvolvimento 
dos tumores na mama, pois geralmente quando ocorre 
as metástase dos tumores de mama se dá nos linfonodos 
axilares. 
 Os linfonodos dos lóbulos mamários, mamilo e 
aréola drenam para o plexo linfático subareolar. Dali, 
cerca de 75% da linfa (principalmente dos quadrantes 
laterais da mama) drena para os linfonodos peitorais, e 
em seguida para os linfonodos axilares. O restante drena 
para os linfonodos paraesternais. 
 É por isso que os linfonodos axilares são os 
primeiros a serem removidos cirurgicamente em algumas 
fases do câncer de mama. Os linfonodos axilares drenam 
para os troncos linfáticos subclávios, que também 
drenam os membros superiores. Os linfonodos 
paraesternais drenam para os troncos 
broncomediastinais, que também drenam os órgãos 
torácicos. 
 Além dos linfonodos axilares e paraesternais, 
alguma drenagem da mama pode ocorrer através dos 
linfonodos intercostais, que estão localizados ao redor 
das cabeças e colos das costelas. Os linfonodos 
intercostais drenam para o ducto torácico ou para os 
troncos linfáticos broncomediastinais. 
CÂNCER DE MAMA 
 O câncer de mama é a consequência de uma 
multiplicação desordenada de algumas células que se 
reproduzem em alta velocidade 
 Acarretando o aparecimento de tumores ou 
neoplasias malignas que podem atingir tecidos 
próximos e provocar metástases 
 O câncer mamário aparece em forma de nódulos 
e grande parte das vezes, pode ser notado pela mulher 
durante o auto exame 
 É a neoplasia mais incidente na população 
feminina, excluindo-se os tumores de pele não 
melanoma 
EPIDEMIOLOGIA 
 O câncer de mama é o câncer mais comum entre 
pessoas do sexo feminino em todo o mundo, depois do 
câncer de pele, podendo corresponder cerca de 25% de 
novos casos por ano 
 Os homens também são afetados pelo câncer de 
mama, porém um número bem menor comparado as 
mulheres, correspondendo 1% do total de casos da 
doença 
 O câncer é considerado raro antes dos 35 anos 
de idade, porém, após essa faixa etária, há um crescente 
e significativo aumento de números de casos, 
principalmente após os 50 anos 
 Para 2015 são esperados para o ano de 2016, 
57.960 novos casos de câncer de mama, o que 
representa 52,20 casos para casa 100 mil mulheres 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/linfonodos-axilares
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-membro-superior
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 
 
ETIOPATOGENIA 
 Para o desenvolvimento do câncer de mama, é 
preciso que tenha a primeira célula fundadora que irá 
perder o papel do órgão/mama e sofrer um processo de 
multiplicação celular que não sera contraposto por 
nenhum fator de vigilância periférica e com isso 
avançar no sentido de progressão. 
 
FASE DE INICIAÇÃO > a iniciação neoplásica 
ocorre em única célula (provavelmente tronco), que 
passa a se caracterizar pelo desequilíbrio entre seus 
processos de formação e morte (com predomínio do 
primeiro) e pelas condições específicas às células 
transformadas de invadir os tecidos adjacentes, 
embolizar por via linfática ou venosa, impactar em 
outro órgão à distância, onde pode passar a se 
multiplicar e sobreviver. 
 A fase de iniciação depende da atuação de 
fatores carcinogenéticos sobre a célula alvo lesando seu 
conteúdo de DNA nuclear, promovendo alteração na 
regulação de seu ciclo celular e gerando um clone 
celular modificado. A célula, assim iniciada, sofre 
modificação na sua carga genética e a transmite às 
células-filhas. 
 As alterações estruturais genéticas iniciadoras 
são basicamente de 4 tipos: translocação cromossômica 
(segmento cromossômico, genes ou parte de genes, após 
quebra da molécula do DNA, inserem-se em outros 
sítios do cromossomo), amplificação (em vez da única 
no alelo de determinado gene passa a ocorrer múltiplas 
cópias e consequentemente mais transcrição), deleção 
(perda completa ou parcial de um gene ou de segmento 
cromossômico com muitos genes), e mutação pontual 
(alteração no pareamento das bases nitrogenadas). 
 As proteínas produzidas pelos genes BRCA-1 e 
2 normais (sem mutação) atuam bloqueando a 
proliferação celular, especialmente atuando nas fases G 
1 e S e colaborando no complexo de reparação do DNA. 
 O gene BRCA-1, quando mutado, favorece a 
ocorrência de tumores de mama e ovário. Nestes casos 
a menina já nasce com predisposição genética, 
decorrente de mutação germinativaem um dos alelos 
cromossômicos, na região correspondente a 17q-21, e 
pode ocorrer durante a vida a perda de heterozigose na 
região alela correspondente o que implicaria na 
modificação necessária para desencadear a alteração no 
ciclo celular, obedecendo à teoria dos dois passos 
proposta por Knudson para a inativação de genes onco-
supressores. 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 Um segundo gene que quando mutado confere 
alta suscetibilidade ao câncer de mama foi mapeado no 
cromossomo 13 (13q12) e está relacionado igualmente 
com aparecimento de câncer de mama precoce, mas não 
implica tanto em predisposição a câncer de ovário. Esse 
gene (BRCA-2) também está relacionado ao câncer de 
mama masculino. 
 A ativação dos oncogenes também se deve a 
transtornos genéticos. Os oncogenes HER-2, c myc, 
ciclina D1, EGF, int-2 que estimulam a divisão celular 
são ativados por amplificação; o ras também 
multiplicador celular por mutação pontual; e o bcl-2, é 
ativado por translocação e inibe a apoptose (morte 
celular geneticamente programada). 
FASE DE PROMOÇÃO > Uma vez submetidas às 
alterações iniciadoras, as células geneticamente 
modificadas passam a se multiplicar, podendo ser 
estimuladas por fatores promotores. 
 Entre os fatores promotores mais importantes da 
carcinogênese mamária estão os hormônios esteróides, 
cuja potência de ação sobre a mama é dependente do 
estágio de amadurecimento e diferenciação da unidade 
ductolobular. 
 Existem dois períodos mais vulneráveis para a 
promoção do câncer de mama. O primeiro, na época do 
desenvolvimento mamário, que corresponde ao 
intervalo entre os 10 anos de idade e a primeira gestação 
a termo; o segundo, na época esperada da involução 
mamária, na pós-menopausa, quando fisiologicamente 
o tecido epitelial se atrofia. Acredita-se que um efeito 
hormonal desbalanceado nesse período possa romper o 
equilíbrio dinâmico do órgão, estimulando a atividade 
proliferativa e promovendo o crescimento tumoral. 
 Se a mulher herdar a suscetibilidade ao câncer 
de mama, por alterações de p53, BRCA-1 ou BRCA-2, 
por exemplo, as suas células da unidade ducto-lobular, 
na interface entre o sistema ductal e a origem dos 
lóbulos, são predispostas a se malignizar. Na 
adolescência, com a estimulação hormonal estrogênica, 
estas células passam a se dividir e a existir intensa 
replicação do DNA. Havendo predisposição genética, 
as células anormais proliferam-se exageradamente, e 
desta instabilidade genética pode resultar também a 
ativação dos proto-oncogenes. 
 Os estrogênios são reconhecidos como sendo os 
principais agentes estimuladores da proliferação celular 
mamária. Seu mecanismo de atuação parece ser 
primordialmente indireto, interagindo com outros 
hormônios e fatores de crescimento do epitélio e do 
estroma. 
FASE DE PROGRESSÃO > O epitélio ducto-
alveolar é disposto em duas camadas, uma de células 
epiteliais luminais e outra que a circunda, de células 
mioepiteliais. 
 As células das duas camadas são conectadas por 
caderinas, proteínas de adesão celular, que exercem 
ação reguladora de polaridade, “turn-over” e migração. 
 O sistema das caderinas é protetor contra a 
progressão tumoral, e o processo da progressão começa 
com desarranjo neste sistema, ao que tudo indica 
geneticamente determinado deste o principio, pela 
perda de heterozigose no alelo CDH 1. 
 A fase de progressão manifesta-se depois que as 
células neoplásicas já se desenvolveram a ponto de 
formar um tumor inicial e lograram invadir a membrana 
basal subepitelial e atingir o estroma subjacente. 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 A invasão é a passagem de um carcinoma “in 
situ” para infiltrativo. Isso depende da interação entre as 
células malignas e a matriz extracelular, com as células 
tendo de atravessar a membrana basal e atingir o 
estroma intersticial. A partir daí, existe condição de 
acesso aos vasos linfáticos e/ou sanguíneos e de 
metastatizar. 
 
FATORES DE RISCO 
 Há vários fatores de risco relacionados ao câncer 
de mama, assim como sexo feminino, aumento da idade, 
histórico de câncer na família, menarca precoce 
 Menopausa tardia, primeira gravidez tardia, uso 
prolongado de reposição hormonal (estrogênio-
progesterona), exposição prévia a radioterapia em 
parede torácica, mutação genética como 
BRCA1/BRCA2 
 Fatores comportamentais/ambientais: ingestão 
de bebida alcoólica, tabagismo, sobrepeso e obesidade 
na pós-menopausa e exposição à radiação ionizante 
 A obesidade é considerado um fator de risco 
principalmente na pós-menopausa, devido aumento de 
estradiol circulante 
 A menarca e menopausa influenciam 
diretamente no CA de mama. A menarca aumenta os 
níveis de produção hormonal, já a menopausa tem 
queda do esteogênio. Assim, a menarca em idades 
precoses e a menopausa em idades avançadas predispõe 
a mulher a um longo período de exposição do tecido 
mário ao estrogênio 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Os sinais e sintomas do câncer podem variar e 
algumas mulheres podem não apresentar nenhum sinal 
e sintoma 
 Os sintomas mais comuns do câncer de mama é 
o aparecimento de um nódulo ou massa 
 Um nódulo sólido, indolor e com bordas 
irregulares é muito provável que seja um tumor maligno 
 No entanto, os cânceres de mama podem ser 
sensíveis ao toque, macios ou redondos, em alguns 
casos podem ser dolorosos 
 Sinais e sintomas, como: 
 Inchaço total ou parcial da mam 
 Nódulo único endurecido 
 Irritação ou abaulamento parciald da 
mama 
 Dor na mama ou mamilo 
 Inversão do mamilo 
 Eritema na pele 
 Edema da pele 
 Espessamento ou retração da pele ou do 
mamilo 
 Secressão sanguinolenta ou serosa pelos 
mamilos 
 Linfodos aumentados 
 
EVOLUÇÃO 
 
DIAGNÓSTICO PRECOCE 
 O exame físico detalhado é a chave para um 
diagnóstico correto 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 Deve ser realizado por um profissional de saúde 
treinado que pode palpar um tumor de até 1 cm quando 
superficial 
 O exame das mamas inclui: 
1) Inspeção estática: é a primeira parte do exame 
físico. Com a paciente sentada e com o tórax desnudo e 
braços em repouso o examinador irá observar: número, 
forma, volume e simetria das mamas 
2) Inspeção dinâmica: observação associada a 
movimentos, como elevação dos braços, inclinação do 
tronco para frente e contração da musculatura peitoral. 
Sendo assim, é possível perceber abaulamentos, 
retrações por tumores fixos a planos superficiais ou 
profundos não vistos na inspeção estática 
3) Palpação da região cervical e axilar: paciente 
sentada, faz-se primeiro a palpação das regiões axilares 
e supraclaviculares para avaliação de alterações nos 
gânglios linfáticos. 
4) Palpação das mamas: realizada com a paciente 
deitada, com braços afastados do corpo e as mãos atrás 
da cabeça. Assim, as mamas se acomodam sobre a 
parede torácica anterior de forma uniforme. Começa 
pela palpação superficial, empregando-se as polpas 
digitais, em movimentos circulares, partindo da 
periferia para o centro, exercendo uma leve pressão 
para se definir as características da mama. Em seguida, 
repete-se a manobra aumentando a pressão da 
palpação (palpação profunda) e percorrer toda a 
anotomia da mama, observados os achados que não 
apareceram antes. 
 
 
 
 MAMOGRAFIA DIAGNÓSTICA 
 Pode ser solicitada em qualquer idade em 
mulheres com sinais ou sintomas de câncer de mama ou 
sempre que dúvidas existam e precisem de 
esclarecimento 
RASTREAMENTO 
 A mamografia, entre os métodos de diagnóstico 
por imagem, é o mais utilizado para screening e 
diagnóstico de câncer de mama 
 Atualmente é considerado “padrão ouro” entre 
os realizados em mastologia, principalmente pelo baixo 
custo e pela relativa acessibilidade 
 No Brasil, a rotinamais frequente é fazer o 
exame de screening anualmente entre os 40 e 50 anos 
de idade 
 No entanto, a presença de histórico familiar de 
câncer ou antecedentes de doenças proliferativas da 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
mama altera esta rotina e o início do screening de forma 
precoce (por volta dos 35 anos) 
 
 Na evolução da mamografia foi necessário 
padronizar os laudos para facilitar a informatização e 
comparação dos resultados 
 Assim, foi criado uma escala de utilização 
mundial que o BI-RADS 
 Por exemplo, calcificações puntiformes, 
menores que 1 mm, pleomórficas, concentradas numa 
determinada área da mama, são altamente sugestivas de 
malignidade 
 Sendo que se deve considerar a biopsia a partir 
do BI-RADS 4 
 
 
CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA 
 Existem vários tipos de câncer de mama e 
maneiras diferentes de descrevê-los 
 O tipo de câncer de mama é determinado pelas 
células específicas da mama afetadas 
 A maioria dos cânceres de mama são 
carcinomas, ou seja, tumores que começam nas células 
epiteliais que revestem órgãos e tecidos do corpo 
 Quando os carcinomas se formam na mama, 
geralmente são um tipo específico denominado 
adenocarcinoma, que comça nas células do ducto 
mamário ou nas glândulas produtoras de leite (lóbulos) 
 O tipo de câncer de mama também pode se 
referir se o câncer se disseminou ou não 
 O câncer in situ começa no ducto de leite e não 
cresce no restante do tecido mamário 
 O termo câncer de mama invasivo é usado para 
descrever qualquer tipo de câncer de mama que se 
disseminou no tecido mamário circundante, exemplo, 
carcinoma ductal invasico e carcinoma lobular 
invasivo 
 Alguns câmceres de mama invasivos tem 
caracteristicas especiais ou se desenvolvem de maneira 
diferentes, o que afetam seu tratamento e prognóstico 
 Doença de Paget: começa nos ductos mamários 
e se dissemina para a pele do mamilo e para a aréola 
 Angiossarcoma: começa nas células que 
revestem os vasos sanguíneos ou linfáticos. Pode 
envolver tecido mamário ou a pele da mama 
 Tumor Filoide: é um tipo de tumor muito raro, 
que se desenvolve no tecido conjuntivo (estroma), a 
maioria é benigna, porém alguns podem ser malignos 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 Carcinoma inflamatório: ocorre quando os 
ductos linfátivos que existem na pele sobre o tecido 
mamário são bloqueadas pelas células tumorais 
 
ESTADIAMENTO 
 7 critérios: 
 T. Indica o tamanho do tumor primário e se 
disseminou para outras áreas. 
 N. Descreve se existe disseminação da 
doença para os linfonodos regionais. 
 M. Indica se existe presença de metástase 
em outros órgãos, como pulmões ou fígado. 
 
 
TRATAMENTO 
 Cirurgia: consiste na retirada da lesão 
neoplásica e no restante da mama, incluindo, na maioria 
das vezes, a retirada da mama e dos linfonodos axilares 
(esvaziamento axilar). 
 A retirada da mama e dos linfonodos axilares 
consiste na mastectomia radical. 
 Existe ainda procedimento conservador 
realizado em casos com diagnóstico precoce: 
quadrantectomia (retirada do quadrante mamário 
acometido pelo tumor), linfadenectomia axilar e 
radioterapia de mama 
 
OBS: a linfadenectomia axilar pode resultar em 
consequências desagradáveis como: edema do membro 
superior correspondente, celulite, dor, erisipela, 
dormência. Portanto, para avaliar a real necessidade da 
retirada desses linfonodos, faz-se a técnica do linfonodo 
sentinela: 
 3 a 4 horas antes da cirurgia o cirurgião injeta 
um corante de cor azul na região; 
 O primeiro linfonodo a se corar é o chamado 
linfonodo sentinela; 
 O cirurgião realiza a retirada do linfonodo para 
processo de congelamento e avaliação, analisando 
possíveis células metaplásicas; 
 Se o resultado for negativo é encerrada a cirurgia 
sem a retirada dos linfonodos, partindo apenas para a 
ressecção da lesão na mama; 
 Se for positivo, é aconselhável a realização da 
quadrantectomia radical. 
OBS: Nos sarcomas, o tratamento cirúrgico indicado 
é a mastectomia total, sem linfadenectomia axilar, pois 
a metastatização ganglionar destes tumores é rara. 
 Quimioterapia antineoplásica: quimioterapia 
adjuvante- realizada após a cirurgia com intuito de 
destruir as micrometástases existentes; quimioterapia 
neoadjuvante ou primária- tem como finalidade 
reduzir tumores volumosos, facilitando o procedimento 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
cirúrgico e melhorando os resultados de sobrevida e 
intervalo livre de doença; quimioterapia do câncer 
metastático. 
 Radioterapia: está geralmente associada aos 
demais procedimentos terapêuticos, estando associada 
após a cirurgia conservadora da mama. Indicada 
também nos casos avançados, com finalidade paliativa 
e antálgica. 
 Hormonioterapia: Ablativa- é realizada através 
da oofarectomia, nas pacientes em pré-menopausa e, em 
alguns casos, da adrenalectomia; Aditiva- uso de 
tamoxifeno (dito a função mais em cima) e acetato de 
megestrol (agente progestagênico que tem atividade 
antitumoral medida através dos receptores de 
progesterona e in vitro uma ação citotóxica direta em 
cultura de células malignas humanas de câncer de 
mama). 
 Anticorpos monoclonais: 20% dos casos de 
câncer de mama apresentam células neoplásicas que 
expressão uma proteína que tem como função 
sinalização tumoral denominada de cerbB2. Os 
anticorpos monoclonais que agem sobre essas proteínas 
e diminuem a sua expressão, melhorando o prognóstico 
desses pacientes. 
PREVENÇÃO E PROGNÓSTICO 
 Estudos epidemiológicos não fornecem 
evidências conclusivas que justifiquem a recomendação 
de estratégias específicas de prevenção 
 É recomendado que alguns fatores de risco, 
como obesidade e tabagismo, sejam alvos de ações 
visando a promoção a saúde e a prevenção das doenças 
crônicas não transmissíveis em geral 
 
DIRETRIZES GOVERNAMENTAIS 
 Outubro Rosa: Celebrado desde o dia 01 de 
outubro até dia 31 de outubro. A data é celebrada 
anualmente, com o objetivo de compartilhar 
informações e promover a conscientização sobre a 
doença; proporcionar maior acesso aos serviços de 
diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução 
da mortalidade 
 Programa de qualidade em mamografia: tem 
como objetivos 
 Implementar ações nacionais com a finalidade de 
aprimorar a qualidade das mamografias, no contexto 
das ações de detecção precoce do câncer de mama, por 
meio de parcerias com Secretarias de Saúde, Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Vigilâncias 
Sanitárias Estaduais e Municipais, Colégio Brasileiro 
de Radiologia – CBR, Agência Nacional de Saúde 
Suplementar (ANS), entre outros. 
 Elaborar e implementar instrumentos de garantia da 
qualidade da imagem, do laudo/diagnóstico e da dose de 
radiação empregada (controle de risco); 
 Elaborar critérios para o credenciamento e 
monitoramento contínuo dos serviços de mamografia 
públicos ou privados, vinculados ou não ao SUS 
(Portaria GM/MS 2898/2013); 
 Elaborar e implementar um sistema automatizado 
de coleta, processamento e gerenciamento de 
informações; 
 Qualificar os recursos humanos para contribuir com 
a qualidade dos serviços de mamografia. 
 
 
 
PATRÍCIA RIBEIRO – 4º PERÍODO 
 
MÓDULO II: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 Sinais e sintomas do câncer de mama. 
ONCOGUIA, 2020 (SITE) 
 Caderno de atenção primária: rastreamento. 
Ministério da saúde. 2010 
 Tipos de câncer de mama. ONCOGUIA, 2020 
(SITE) 
 Mama: estadiamento. Diretrizes de tratamentos 
oncológicos recomendados pela Sociedade Brasileira 
de Oncologia Clínica, 2020 
 Oncologia básica. Sabas et al, 1 ed. 
 Láysa de Almeida Cardoso. Câncer de mama: 
etiopatogenia e tratamentos. FAEMA, 2016 
 Programa de qualidade em mamografia. INCA, 
2019 (SITE) 
 Oncologia:uma abordagem multidisciplinar. 
MARQUES, 2015

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