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Propedêutica – aula 02 Retomando a aula anterior: Sinal de godet: quando identificamos que o paciente tem um edema vamos descobri como definir especificamente esse edema, se é de uma cruz de duas, três ou quatro, ai você vem e vai fazer o sinal do cacífo que é a compressão do edema, caso vocês comprimam esse edema e você tenha edema de magnitude 2mm e o cacífo desaparece imediatamente esse edema vai ser chamado de grau I, caso você comprima até 4mm e o edema demore em torno de 15s para desaparecer e o sinal do cacífo e a parte comprimida demore em torno de 15s pra desaparecer você chama de edema de grau II, caso você comprima até 6mm e o desaparecimento leve até 1min ele é considerado de 3 cruzes com máximo de 4 que é o edema de grau III, o edema de 4 cruzes é o edema de 8mm e o desaparecimento leva de 2 a 5 min. Aula 02: Dados Vitais O que são dados vitais? São medidas que, após serem obtidas, são indicadores do estado de saúde, uma vez obtidos os dados vitais a gente vai ter uma noção de como está, a partir dai vamos saber a condição do paciente. Devido a sua importância em alguns livros elas são referidas como sinais vitais, agora vamos ver a diferença de sinais para dados vitais, os sinais são menos que os dados em sentido, mas em sentido de importância são semelhantes, mas só pra ilustrar colocarei abaixo. Temperatura A temperatura é uma medida que é feito através de um aparelho que nós vamos mensurar a temperatura do corpo do paciente, eu gosto de começar temperatura avaliando onde pode retira-la pra ter uma noção das partes do corpo, nós temos a temperatura oral que é onde você avalia da parte interna do corpo, mas é uma temperatura que tem dificuldade na realização em criança e tambem tem dificuldade na reutilização desse termômetro, ou seja, passa a ser mais um termômetro de uso pessoal do que um termometro que possa ficar trocando de paciente por paciente, é utilizada é mas tem algumas dificuldades, a temperatura axilar é sem dúvidas a mais fácil , pratica e utilizada, porém não é tão precisa, a auricular é a mais fidedigna, a temperatura mais próxima do sistema termoregulador porem seu método de realização é necessário material descartável afim de evitar infecções do conduto auditivo, e é inviável, na verdade fica de maior custo para ser utilizado nos hospitais, a temperatura retal é também interna, bastante fidedigna porém é um método que pode causar constrangimento ao paciente e uma vez o método de limpeza vai ser mais elaborado, o tipo de medida mais utilizada ultimamente é a cutânea que o aparelho que utiliza raios infravermelhos, é uma forma rápida, fácil, mas não é tão precisa por ser uma temperatura externa. A variação de temperatura não podemos deixar de comentar que há uma diferença entre febre e hipertemia, a hipertermia é a temperatura do corpo aumentada, a febre desencadeia todo um processo inflamatório por um pirogêno exógeno ( bactérias, vírus...), vai desencadear a formação dos pirógenos endógenos as interleucínas que vão formar as prostaglândinas E2 que vão atuar no centro termo regulador, aumentar a temperatura do centro termo regulador e gerar febre cutânea, então para que ele tenha a febre é necessário mexer nesse centro termo regulador mediado por esses fatores inflamatórios, a hipertermia não, você ta lá no sol, e aí alguém mede sua temperatura corpórea ela vai estar aumentada, se estiver em uma sauna, fazendo uma atividade física, a temperatura vai estar aumentada sem necessariamente ter mexido com o sistema termo regulador, quando usa a palavra hipertermia é porque não teve influência do sistema termo regulador, e a hipertermia é a temperatura do corpo abaixo. Frequência cardíaca A frequência cardíaca é o número de vezes que o coração bate por minuto, o pulso o coração vai enviar uma onda que vai ser percebida no vaso quando você comprime pra medir o pulso, então o que eu quero dizer com isso que nem todo batimento cardíaco gera uma onda de pulso adequada para que você meça o pulso, as vezes a frequência cardíaca é muito semelhante ao pulso mas as vezes há diferença entre frequência e o pulso, então comentando mais especificamente sobre a frequência cardíaca e o pulso , já foi falado que ela representa o numero de batimentos por minuto, normocardia é a frequência entre 70 e 100 no adulto normal, lembrando que alguns livros colocam entre 60 e 100, taquicardia é quando a frequência está acima do normal para a faixa etária e bradicardia é quando a frequência cardíaca está abaixo do normal para a faixa etária, antes de comentar sobre pulso queria comentar como é que nós medimos a frequência cardíaca, existem várias formas de medir a frequência cardíaca, pode ser medida através de um estetoscópio, através de um eletrocardiograma ou através do holter, habitualmente quando vamos fazer um exame físico a gente mede a frequência cardíaca com o estetoscópio. Pulso O pulso é a percepção (falando do pulso radial, pois o pulso pode ser tirado de várias partes do corpo) quando a gente for dar aula de aparelho cardiovascular, vai ser falado cada lugar que pode ser medido o pulso, como essa aula é de dados vitais vai ser limitada a falar do pulso radial, ele fica nessa região (imagem abaixo) ele é mensurado através da palpação que é utilizado o dedo médio e indicador no local aonde vai passar a artéria radial ( ela fica na parte mais externa) e ai vai ser percebida a onda de pulso percebida na compressão, quando nós vamos descrever o pulso nós vamos descrever a localização, a frequência ( quantas ondas, quantas vezes por minuto foi esse pulso, se é rítmico ou arrítmico, a simetria vai comparar sempre o pulso radial direito com o pulso radial esquerdo a amplitude se é seco ou se é cheio e a tensão se ele é duro ou mole, agora será falado de cada uma aqui agora, com relação a frequência, pode ter o paciente com o ritmo normal entre 70 e 100, pode ter o paciente com bradisfigmia, que é quando o paciente tem um pulso fino e redução da frequência, taquisfigmia que é pulso fino e aumento da frequência ou pode ter um paciente que apresente déficit de pulso que é quando você compara com a frequência cardíaca e ela é maior que a frequência de pulsação o que indica pra gente que existem contrações ineficazes do ventrículo devido a por exemplo uma fibrilação atrial, é importante que tenhamos noção pra saber qual dos três o paciente tem. Ritmo, meu paciente ta rítmico ou arrítmico, rítmico é aquele paciente que a distância entre as linhas de pulso 1 e 2 é muito semelhante as linhas 3 e 4 e assim sucessivamente, então temos o ritmo irregular dentro dele a arritmia sinusal pulsações ora mais rapida ora mais lenta, a extrasístolia pulsações prematuras de pequena amplitudes seguidas de pausas compensatórias, na fibrilação atrial ela é completa e tem constante irregularidade somado a um déficit de pulso e bloqueio cardíaco pulsos lentos e regulares, o ritmo irregular da pra perceber sem o eletro, claro que pra definir o tipo de arritmia o paciente tem apenas avaliando o pulso não é facil mas digamos que quando vai ganhando experiência de tanto ver acaba ficando mais fácil, criança é normal ter até 6 extrasístoles por minuto, vale lembrar que quando for ter uma extrasístole cardíaca tem que aoscutar por um minuto, pois quando aoscuta 15s e multiplíca por 4 isso não te dá a oportunidade de identificar alterações principalmente em relação ao pulso e principalmente quando estamos falando de pulso irregular, quando aoscuta por um minuto é possível identificar irregularidades Bom a outra alteração é amplitude é a mais fácil, o pulso ele tem uma amplitude determinado a quantidade de sangue presente na articulação , então o que vc esperam do pulso da pessoa com a arterial normal, o pulso cheio, o pulso normal, certo ? Se vc tem um paciente desidratado e vc diminui o volume corrente, vc diminui a pressão arterial, o que vc espera do pulso? um pulsofino é um pulso filiforme, a onda de pulso ela é mais fina, ela é mais fraca. E com relação atenção a dureza se o que gera a amplitude é a quantidade de sangue dentro da corrente sanguínea, o que gera atenção é o vaso, é a parede do vaso, ela pode está dura ou mole, habitualmente do vaso ela é mole, você facilmente comprime ela, se essa parede ela está mais dura mais tensa ela é causada por uma aterosclerose uma tensão maior da parede do vaso é isso aí as válvulas vão alterar, então que eu passe para pressão , o que a gente tem que avaliar no pulso: localização, frequência , ritmo , amplitude , tensão e simetria. A maioria das pessoas não colocam se tá mole ou se tá duro, a pressão arterial ela é mensurada a dois aparelhos, vc precisa do tensiômetro, esfigmomanômetro e estereoscópio . O esfigmomanômetro ele é composto por uma bolsa que é essa parte preta por um enômetro por uma pêra , válvula e manguito. O estetoscópio vc tem articulares , a tubuladura, mangueira, campana e o diafragma . Com relação à circunferência do braço a bolsa ela deve envolver 80% da circunferência do braço e o comprimento é 40%, então a distância entre o acrônimo e o cotovelo deve ser de 40 %. Quando dar a diferença do braço esquerdo pra o braço direito , pode ter diferença quando vc é portador de alguma cardiopatia congênita mais o esperado é que entre um braço e outro não receita 10 milímetros, em criança pequena tirar a pressão as vezes é um desafio as vezes vc utilizar o aparelho automático forma de vc mensurar melhor, pq a criança fica mexendo o braço ela não fica quieta e o aparelho automático vc consegue tirar mais facilmente. Aqui é outra tabela aonde ele coloca o tamanho da bolsa da borracha que vamos usar ultilizar, eu gostei porque tem escrito tudo direitinho. Largura e comprimento, sendo que a largura é de 4 cm pro recém-nascido e o comprimento de 8cm isso com relação a bolsa, não é o pano/tecido, é a bolsa que fica dentro. Na criança de 6 e 12 e na criança de 16 a 22 cm de circunferência de braço ele coloca entre 9 e 18. Adulto pequeno, adulto e adulto grande. PASSO A PASSO: Então, primeiro iremos fazer a pressão palpatória, insufulo manguito ver quando desaparece, identifica a pressão palpatória, assim que desaparecer vamos insuflar mais um pouco e desinfluga e identifica aonde ela voltou a aparecer. Eu gosto de medir a pressão palpatória insuflando até um pouquinho mais aí eu vou desinsuflando até identificar quandp ela volta, no momento que volta já identifico a pressão palpatória, a minha pressão palpatória é 140 aí eu vou para medir a pressão com estetoscópio, aí eu coloco o tensiometro eu insuflo ele até 140 + 30 = 170, então, insuflo até 170 para determinar a pressão auscultatória, em seguida o próximo passo; PAS: pressão arterial sistólica. PAD: pressão arterial diastólica / zero, quer dizer que você ouviu os batimentos até o zero. DEMONSTRANDO A IMAGEM: - Na 1º foto: ele está medindo a pressão braquial. - Na 2º foto: a posição em que o estetoscópio fica é em torno de 2 ou 2,5 de distância do tensiometro, está medindo com o paciente sentado. - Na 3º foto: ele está medindo com o paciente deitado, lembrando que você pode medir sentado, deitado e em pé se você quer determinar se existe alteração com a variação de posição, porque tem pessoas que possui hipotensão postural. Outro detalhe, a única pressão que a gente tira é no braço? Não. Eventualmente, tenho paciente com algum problema nos dois braços, então, podemos medir a pressão na coxa, na perna e cada uma delas tem um método que podemos até comentar na aula prática. OBS: não se mede apenas a pressão braquial, podemos medir a pressão no braço, na coxa colocando o estetoscópio na artéria polplítea e na perna colocando o estetoscópio na artéria no tornozelo, o fato é que temos vários locais para tirar a pressão. RUÍDOS DE KOROTKOFF: PRESSÃO ARTERIAL: OBS: o nosso foco na aula de propedêutica é que vocês fixem o valor normal. Chegaremos a cobrar valor de hipertensão, mas em propedêutica o principal é vocês saberem a pressão ótima e limítrofe. PRESSÃO ARTERIAL NA CRIANÇA: Gráfico com a faixa etária com os valores mínimo, normal e máximo. OBS: para saber a pressão arterial média somo a pressão sistólica e diastólica e divide por 2. Exemplo: 90/60 = 150 dividido por 2= 75. A média pode mascarar uma diastólica alta, é por isso que temos que temos que olhar tudo: pressão sistólica, pressão diastólica, pressão média, frequência cardíaca, frequência respiratória, perfusão, pulso cheio/fino, então, temos que olhar tudo. Se você se baseia apenas por números sua chance de errar na condução é grande, por isso vamos olhar os dados vitais. DADOS VITAIS: - A frequência respiratória, é o número de incursões respiratórias efetuada pelo paciente em 1 minuto, então, quantas vezes que o paciente está inspirando e expirando, quando falamos em frequência contamos a respiração como um todo (inspiração + expiração). O paciente pode estar eupnéico (quando tem uma frequência respiratória normal), taquipnéico (quando tem uma frequência respiratória elevada), bradipnéico (quando tem uma frequência respiratória mais baixa) e apnéico (quando não respira). Para avaliar a frequência respiratória é muito importante vocês lembrarem que o paciente não pode saber que você está contando a freq. respiratória dele, porque é natural no momento em que você falar que vai contar a frequência respiratória que o paciente modifique aquele ritmo habitual dele. Então, como é que Lídia mede a frequência respiratória da criança que sabidamente ela iria interferir no ritmo respiratório ? eu faço de conta que estou medindo o pulso, só que na verdade eu estou olhando o tórax e medindo a frequência respiratória. Um outro detalhe que vou colocar para vocês e que muita gente erra no OSCE: quando você vai avaliar o paciente ele tem que está despido não se mede frequência respiratória com o paciente de roupa, então, ele tem que tirar a blusa não esqueça disso no osce. Mesmo sendo uma paciente do sexo feminino tem que pedir para tirar a blusa e caso você não faça isso vai perder ponto, a não ser que o professor que está avaliando você no osce diga apenas para levantar a blusa da paciente, mas você pede para tirar porque essa é a forma correta. Então o tórax tem que estar desnudo para que você meça a frequência respiratória e mais uma vez lembrar que a freq. respiratória ela não é medida em 15 seg e nem em 30 seg, a frequência ela é medida em 1 minuto, com isso, vamos avaliar a freq. durante 1 min contar e registrar. Quantas vezes por minuto habitualmente uma pessoa respira? de 12 a 20. A depender o livro esse número varia 12 a 20 -- 14 a 20 ENCHIMENTO CAPILAR -O que é enchimento capilar? É o tempo que o capilar leva para encher aquela região que você comprimiu, então, você vai exercer uma compressão na falange distal do dedo ou sobre a unha em que ele está comprimindo e vai ver com quanto tempo essa falange volta a ser perfundida. Habitualmente, o tempo de enchimento capilar normal é de 0 a 2 segundos, se você for um pouco rigoroso você vai dizer que as pessoas que tem perfusão aumentada por sepse que o certo seria de 1,5 a 2 segundos com o normal e abaixo disso com o enchimento muito rápido, como alterado. Mas eu gosto de dizer que de 0 a 2 seg é o normal e acima de 2 seria sinal de má perfusão. -Quanto tempo você deve fazer a pressão? Em torno de 10 a 15 segundos para você esvaziar aquela região e esperar ela reperfundir. Obs: quando vai avaliar o enchimento capilar você NÃO deve elevar o membro para não interferir no enchimento capilar. -Em um paciente politraumatizado a má perfusão já é indício de choques? Sim, ela é utilizada como um dado que sugerechoque. Lembrando que você tem alguns tipos de trauma em que você pode ter uma compartimentalização, uma compressão de um determinado membro, caso você tem dúvida disso vai para o outro lado e ver se o enchimento está normal ou não. SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO - Hoje em dia a grande maioria das pessoas tem um oxímetro portátil para avaliar a saturação de oxigênio, é um instrumento simples e ajuda bastante na avaliação do paciente, mas tem que saber usar o oxímetro eu tenho muitos pacientes com o oxímetro na mão, mas me ligam apavorados falando que está errado ou muito baixo, mas tem que observar a onda de pulso se está boa, se a bateria está boa, se o cabo está bem conectado para que você tenha e faça um bom uso da sua tecnologia. Atentar para a temperatura do corpo que é outra coisa que também interfere, as vezes o paciente está com muito frio no ar-condicionado ou alguma coisa que deixou aquele local muito frio isso vai interferir como também o paciente em choque, então, você coloca o oxímetro e não registrou nada o paciente chocado com uma perfusão muito ruim você coloca o oxímetro e ele não consegue captar, o ideal é perfundir ele para que o oxímetro consiga trabalhar, algumas coisas podem interferir na medida e tem que ficar atenta. - Sensor adequado, o bebê precisa de um sensor que envolva e esse oxímetro da imagem não dá para um recém-nascido, então, tem gente que quer usar esse oxímetro no bebê e não consegue captar a onda de pulso de forma adequada. - Então, lembrar que o aparelho tem que está calibrado, que a onda de pulso que tem de ser ideal para que ele registre de forma correta a saturação de oxigênio e o pulso, lembrando que aqui estamos falando de onda de pulso e não de frequência cardíaca. DOR Além desses dados vitais todos que eu apresentei a vocês, a gente pode graduar a dor como uma forma subjetiva, é o paciente que gradua para você e a escala de dor a gente costuma pedir ao paciente para dar uma nota de 0 a 10. É legal mostrar essa tabelinha para o paciente para que a gente tenha uma noção da intensidade de dor, o paciente vai falando minha dor é número 7, número 8... para que você gradue isso em dor forte, dor muito forte, dor máxima, dor suave, dor moderada ou sem dor. PEEK FLOOW - Peek floow, é um aparelho que mede o tico de fluxo expiratório esse tico de fluxo é o volume de ar que você expira de forma rápida e forte, então, o paciente expira fundo e sopra bem rápido, esse sopro/ pico de fluxo expiratório é mensurado e colocado em uma tabela. - Porque se mede o pico de fluxo expiratório? Porque existem algumas doenças em que você tem dificuldade na expiração e a medida do pico de fluxo expiratório vai dá uma avaliação da intensidade da crise, estou falando mais claramente do paciente que chega com uma crise asmática. Se você sabe quanto é o peek floow dele na época em que ele está sem crise, aí você vai detectar se houve uma perda de 20% do pico normal dele, vai avaliando a gravidade a crise de asma daquele paciente, é muito legal quando você sabe o valor basal. TÉCNICA DE PEEK FLOW TABELA DE PEEK FLOW ESPERADO POR IDADE E ESTATURA