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1 Vamos continuar nossa aula de antibióticos de beta- lactâmicos e a gente parou no mecanismo de ação dos mesmos e é isso que vamos ver hoje. Só fazendo um retrospecto do que a gente já viu até então nós estamos vendo nessas duas aulas que eu tenho hoje antibióticos ß- lactâmicos e eles são divididos em quatro grupos de acordo com sua estrutura química. As penicilinas, As cefalosporinas, Monobactâmicos, E os carbapenêmicos Esses quatro grupos químicos todos eles contêm o anel ß- latctâmico que é esse anel de quatro membros aqui contendo o nitrogênio e uma carbonila. Então por isso eles são beta-lactâmicos mas tem as diferenças entre si. Então a gente falou um pouquinho do histórico começando lá com Fleming descobrindo a penicilina que foi o primeiro antibiótico ß-lactâmicos desta classe, depois as alterações estruturais das penicilinas transformaram elas em ácido resistentes, transformaram elas em ativas contra gram- negativos, transformaram elas resistentes a penicilinases e por aí vai. Temos também a cefalosporinas, falamos da primeira até a quinta geração, as diferenças nos aspectos de ação entre essas diferentes cefalosporinas e eu falei um pouco mais rapidamente dos monobactâmicos e carbapenêmicos que são antibióticos mais restritos, antibióticos que são usados geralmente quando a bactéria em questão é resistente aos ß-lactâmicos já anteriormente avaliados que são as penicilinas e cefalosporinas. Aproveitando para fazer um comentário aqui... vocês sabem como é feito um teste de sensibilidade a antibióticos? Coleta cultura de urina do paciente vocês tem noção de como é feito? (Alguém no chat disse que vimos em microbiologia). Então vocês sabem que isso requer um tempo, né? Vocês tem que coletar o material do indivíduo e primeiro ver se a cultura é positiva, vamos supor que fiz a coleta da minha urina, cultivei essa urina em um meio de cultura, tenho que esperar umas 48 horas para ver se teve contaminação, se teve crescimento bacteriano, tendo crescimento eu isolo essa colônia, plaqueio novamente e coloco os discos contendo alguns antibióticos de algumas famílias e aí observo um halo de inibição de crescimento e esse halo diz o tamanho da sensibilidade daquela bactéria. Isso requer um tempo. Não são todas as situações que vocês vão poder solicitar, primeiro porque vocês podem trabalhar em um serviço que não faz a cultura e o antibiograma, segundo porque o paciente pode estar em um quadro que não é possível esperar dois dias de crescimento da cultura depois mais 2 a 3 dias para a sensibilidade de antibiótico então muitas vezes 4 dias é demais dependendo da gravidade do paciente. A pergunta é: Como escolher? O que vai guiar vocês a nível racional para saber qual antibiótico escolher se não for possível realizar o antibiograma seja por qual motivo venha a ser ou por disponibilidade no local ou gravidade do paciente, não dá para esperar o antibiograma sair. O que faria você escolher determinado antibiótico para determinada infecção? Já pensaram nisso? Com o antibiograma é fácil né? A epidemiologia. A Ketlin colocou uma boa questão, mas que deve ser pensado é o seguinte: sei lá essa pessoa está com infecção do trato urinário, tudo bem, não costuma ser grave daria para esperar o antibiograma sair, mas só para exemplificar. Quais são os agentes etiológicos mais causadores de infecção do trato urinário? Sei lá é uma gram-negativa, eu acho que é gram-negativa, mas não lembro qual é o micro-organismo. Pyogenes? Então qual é o antibiótico? E. Coli? Massa, mas então a E. Coli é sensível, sei lá, cefalosporinas de terceira geração, de segunda geração, então a estratégia terapêutica vai ser essa pelos dados epidemiológicos, a maioria das infecções são provocadas por E. Coli, a maioria dos E. Coli são sensíveis à cefalosporinas 2ª geração. Qual vai ser a estratégia? farmacologia 2 Ketlin colocou um ponto importante que foi da gravidade do paciente. Nesse caso a gente tem um prazo, quando o tratamento com antibiótico inicia o ideal é se possível esperar até no máximo 48 horas e se não teve melhora alguma troca de antibiótico. O racional em cima de você saber qual agente etiológico é mais causador de determinada infecção é fundamental para guiar vocês quando vocês não tiverem oportunidade de fazer antibiograma, isso com certeza vai acontecer na vida de vocês em algum momento de não poder pedir o antibiograma. Mecanismo de ação dos ß- lactâmicos Vamos seguindo aqui.... Para a gente falar do mecanismo de ação dos beta-lactâmicos a gente tem que relembrar como é a estrutura das bactérias gram-positivas e das bactérias gram-negativas. Se vocês se recordarem como vocês tiveram microbiologia já devem estar carecas de saber. Mas as bactérias gram-positivas elas recebem esse nome porque elas acabam sendo coradas de lilás da coloração de Gram, então é como se o teste de Gram desse positivo. Isso acontece porque a camada mais externa da bactéria gram-positiva é a camada de mureína, que é uma camada de glicoproteína e essas camadas são ligadas de forma linear e de forma angular (isso vai ser importante para a gente entender depois). Já a gram-negativa tem uma bicamada lipídica externa e no meio como se fosse um sanduíche a camada de mureína, uma camada mais fina do que camada de mureína das gram- positivas e depois uma membrana interna citoplasmática. Com isso o corante praticamente não marca de roxo, não consegue atravessar a bicamada para marcar de roxo a mureína. Olha só o que comentei com vocês. A camada externa de mureína de uma gram-positiva tem ligações lineares e ligações angulares entre os peptidoglicanos. Essa dupla ligação angular e linear dá uma rigidez, dá uma estabilidade a essa parede celular, então é importante a manutenção dessa estrutura, qualquer intercorrência ou interferência na formação dessa camada dessa forma a gente mexe completamente no equilíbrio das bactérias. Outra coisa importante é a presença das betalactamases. Onde eu tenho betalactamases eu tenho bactéria gram- positiva nessa região circulada de azul. Olha onde eu tenho betalactamases na bactéria gram- negativa, nessa região aqui chamado de espaço periplasmático. Então acaba que a concentração de betalactamases é maior na bactéria gram-negativa do que na bactéria gram-positiva. O que que eu quero dizer com isso? Quero dizer que o espaço periplasmático é como se fosse um ambiente hostil para os betalactâmicos e quando eles conseguem atravessar a bicamada ou pelos canais de purina e acessar o espaço periplasmático, que é onde ele vai exercer seu mecanismo de ação, aqui está cheio de betalactamase que é o espaço fechado, o espaço reservado. Nas gram-positivas isso não acontece, as betalactamases estão dispostas ao redor das camadas de peptidoglicanos, mas não estão concentradas em um espaço fechado. Isso ajuda a gente a entender um pouco porque que no geral os betalactâmicos naturais eram mais sensíveis as gram- positivas do que as gram-negativas. 3 Então é importante vocês relembrarem e darem uma olhada aqui como que isso se constitui na prática. A camada de mureína é formada a partir de monômeros, monômeros de mureína e eles são esses tijolinhos do último slide, cada tijolinho é um monômero que vai formar ao final da sua polimerização essa camada polipeptídica ou polipeptidoglicano (foto anterior da parede bacteriana). Já aqui nessa imagem da síntese os constituintes da mureína são peptidoglicanos. São o NAM e o NAG. Eles são intercalados então é um tijolo de NAM e um tijolo de NAG. Cada tijolo desse aqui é um peptidoglicano diferente. Esse NAM é o ácido N-acetilmurâmico e o NAG é o N- acetilglicosamina. Então são duas estruturas que são intercaladas entre si. Acontece que no NAM no ácido N-acetilmurâmico existeum processo de incorporação de aminoácidos e peptídeos, por isso que é um glicopeptídeo. Então tem a intercalação de alanina, a intercalação de glicina, de lisina, de D-alanina, exatamente nessa sequência que vocês estão vendo aqui: Cinco aminoácidos são incorporados no NAM, no ácido n- acetilmurâmico. Então eu tenho no final das contas uma unidade monomérica que é essa aqui: E eu intercalo unidades de NAM contendo estes aminoácidos com uma de NAG. Acontece que no aminoácido L-lisina eu tenho adição de cinco glicinas, G5, então no fim das contas uma camada de mureína é um polímero de NAM e NAG onde o NAM é ligado a uma cadeia peptídica com 5 glicinas ligados a L-lisina. Acontece também que se você se lembrarem a ligação dos tijolinhos ocorre em dois sentidos, lembra que eu falei? Ocorre no sentido linear que é a ligação NAM com NAG e ocorre no sentido angular. Essa ligação no sentido angular se dá através da cadeia que vou mostrar no próximo slide. Então esse processo de ligação NAM com NAG é chamado de transglicosilação, ocorre uma transglicosilação, uma ligação de açúcares. Então beleza, aqui eu tenho uma formação dessa estrutura aqui, a partir dela eu vou começar fazendo ligações angulares ou ligações cruzadas. Como que essa ligação cruzada acontece? Um tijolinho de uma linha de baixo com o tijolo de uma linha de cima e essa ligação aqui se dá entre um resíduo de glicina e um resíduo de alanina. Para que essa ligação aconteça eu preciso de uma enzima chamada de transpeptidase, que pega resíduo de glicina de um monômero e liga a um resíduo de dealanina de um outro monômero que por eles estarem em alturas diferentes eu vou criando uma escada. Isso faz com que nós tenhamos essa escada aqui. Então eu estou falando para vocês que esse processo de ligação da glicina com a dealanina de um outro monômero de murina é chamado de transcripeptidação e que existe uma enzima chamada de transpeptidase que é responsável por fazer essa ligação. E aí aparece aqui pela primeira vez os antibióticos beta lactâmicos, todos tem como alvo esta enzima. São antagonistas da enzima, porque se essa enzima não funciona, eu não vou ter a transpeptidação, não vou ter a formação correta da parede celular bacteriana. Aqui eu tenho um mecanismo de transpeptidação normal, sem a a presença do antibiótico acontece isso. Tem uma dealanina ligada a uma dealanina. A enzima ataca esta carbonila da dealanina fazendo com que a outra dealanina se solte. Após a ação da enzima a glicina que vai se ligar a dealanina tem esse nitrogênio rico em elétrons e essa carbonila é um carbono que necessita de elétron, então é um ambiente perfeito para glicina se ligar a essa dealanina. 4 Essa quebra acontece sempre que há necessidade de síntese de parede bacteriana, já que para a bactéria se dividir, ela vai sempre necessitar dessa síntese. Se vocês entenderam essa ligação aqui, eu acho que posso mostrar para vocês o 6 apa. A transpeptidase se liga a essa carbonila, achando ela que vai dividir uma da outra, mas não é o que acontece. Quando ela se liga a um antibiótico, nesse caso aqui a penicilina, ela forma um complexo enzima penicilina e daí esse complexo não tem capacidade de reagir com a glicina que reagiria aqui com a dealanina. Então a gente diz que formou um complexo de extremidade morta. Essa região da ligação dealanina dealanina, é muito parecida com essa região do anel da delactano. Essa região é exatamente o sitio de interação com a enzima, é aqui que a enzima vai atacar. Quando a enzima ataca na dealanina dealanina, ela consegue ligar essa ligação entre os aminoácidos e deixa a dealanina terminal disposta para interagir com o nitrogênio da glicina e formar as ligações cruzadas. Quando se tem a penicilina, nós colocamos essa molécula química aqui em contato com a enzima, a transpeptidase e ela acaba se confundindo, atacando a carbonila, achando que é a carbonila da ligação dealanina dealanina. Ainda falando de similaridade estrutural, eu tenho aqui em cima a estrutura química de uma penicilina e aqui embaixo a estrutura química de uma dealanina ligado com uma dealanina. Observe gente que eu falei para vocês que são praticamente idênticos a nível de disposição, de espaçamento, atividade, os valores são muito parecidos entre praticamente toda a estrutura química. São moléculas que quando sobrepostas são muito parecidas. A penicilina é um antagonista. Ela vai interagir com a transpeptidase mimetizando, ou seja, as interações químicas são as mesmas. Elas vão agir no mesmo sítio da transpeptidase. Não importa se o alvo é uma enzima humana, bacteriana, se é um canal humano, um canal bacteriano, canal fúngico. É um antagonista da transpeptidase. Ele mimetiza a D-alanina D-alanina. É um análogo da D-alanina D-alanina. Análogo é similaridade estrutural. Antagonista, é o que provoca quando se liga ao alvo. 5 Aqui nessa figura abaixo, temos análogos, são parecidíssimos. São análogos estruturais. Transglicolização é a ligação linear de NAM com NAG. Transpeptização é a ligação entre os peptídeos formando a ligação cruzada, uma ligação angular de D-alanina com glicina. Reações adversas aos B-lactâmicos, não são poucos, apesar de serem antibióticos muito utilizados. Temos algumas reações em relação aos Beta Lactâmicos. Reações de hipersensibilidade, reações de neurotoxicidade, toxicidade hematológica, toxicidade catiônica, por aumentar os níveis de potássio e níveis de sódio, nefrite e diarreia. São poucas as reações, mas não são tão comuns assim. As mais comuns são diarreia e hipersensibilidade. A diarreia é bem comum inclusive e hipersensibilidade também. Abaixo temos uma imagem, mostrando basicamente porque os Beta-lactâmicos têm esse potencial de hipersensibilidade tão frequente em comparação com os demais. Observem só, lembram que essa carbonila, eu falei para vocês que ela é eletrofílica? Ela quer elétrons. Por quê? Porque o oxigênio puxa os elétrons do carbono para si. Com isso, esse carbono daqui ao lado da carbonila, ele fica doido por elétrons. Por isso que ele é muito reativo. E quem tem muitos elétrons para doar para esse tipo de molécula química? Grupamentos nitrogenados, as aminas. Inclusive as aminas proteicas. E qual é o B.O? O B.O é que uma proteína humana, como tem muito aminoácido, costuma ter muita amina. E as aminas dos aminoácidos das nossas proteínas costumam se ligar ao Beta-lactâmico formando um complexo. Proteína humana, uma proteína não antigênica, uma proteína que a gente não reconhece como estranha, porque é nossa. Agora a partir do momento que ela se liga ao Beta-lactamico, nosso sistema imune pensa que essa proteína não é mais nossa. É uma proteína estranha e a partir daí o anticorpo começa oh a desenvolver uma resposta antigênica contra uma proteína nossa, mas que está ligada aos Beta- lactâmicos. É por isso Marrie que a gente diz, eu até comentei com você na aula passada que no geral as reações alérgicas aos Beta- lactâmicos costumam a ser com todas as famílias. Porque Beta-lactâmicos está presente em todas as classes e é ele o causador dessa reação. Então, por isso que eu falei, são comuns às reações, as ações mais decorrentes desse mecanismo aí. Ligação e proteínas não antigênicas, proteínas humanas ao anel Beta-lactâmico, dando origem a uma proteína humana modificada, ai nosso anticorpo vai lá e creu (reconhece). 6 Esse slide é muito interessante porque ele mostra inúmeras estratégias de resistência aos antibióticos, lembro que eu usei o termo tolerância, eu acho que chamei atenção disso pra vocês. Tolerância quando o fármaco perde efeito no nosso organismo e resistência é o que o outro microrganismo desenvolve que faz com que o medicamento perca o efeito. Ok? Então se eu falarpor exemplo: Fulano desenvolveu resistência o opioide. Falso. É uma afirmação incorreta. Ele desenvolveu tolerância. A mesma coisa se eu falar: a bactéria x ela é tolerante a penicilina. Falso também. Afirmação incorreta. Resistência está restrita a microrganismos e tolerância ao nosso organismo. Então aqui tem alguns mecanismos de resistência, que são inclusive alguns de tolerância também, depende de quem desenvolve. Por exemplo: mecanismo de resistência número 1: a bactéria desenvolve alterações na sua parece celular ou membrana que impede a passagem do antibiótico. Isso pode acontecer também por uma alteração no transportador. Se for antibiótico que passa para o citoplasma bacteriano através de um transportador, a bactéria pode exercer alterações genéticas, impedindo a entrada do antibiótico dentro da bactéria. Se o antibiótico não entra na bactéria, dificilmente ele vai ter efeito. Outra estratégia de resistência é a estratégia de inativação enzimática. Essa aqui, por exemplo, é a estratégia das betalactamases. Bactérias que passam a produzir betalactamase em maior quantidade para quebrar o anel Beta-lactamico. Expressa mais proteínas, enzimas inativadoras. Terceira forma de estratégia é a alteração no alvo molecular. Qual é o alvo molecular dos Beta- lactamicos, gente? É a transpeptidase é a enzima. Então, as bactérias elas podem provocar uma mutação na trasnspeptidase fazendo com que a enzima perca a afinidade pelo betalactâmico sem perder a afinidade pela D-lanina, claro que esse mecanismo é muito difícil quando a gente fala de fármaco betalactâmicos justamente pela extrema similaridade entre o substrato original e o fármaco. Então, vai ser muito difícil da bactéria mudar a transpeptidase sem afetar a ligação com a D-lanina. Mas, algumas classes de bactérias essa resistência é bem funcional. E o quarto mecanismo é a expressão de bombas de efluxos, eu acho que falei delas em algum momento para vocês, da glicoproteína – p é a principal bom de efluxo que os organismos possuem. As bactérias costumam possuir mais tipos, elas produzem e super expressam transportadores que vão tirar/diminuir a concentração do antibiótico do meio citoplasmático. Então, quanto mais antibiótico tem no citoplasma da bactéria, menor será seu efeito antibacteriano. Está claro quanto a esses mecanismos? Dificultar entrada, super expressar enzimas ativadoras, afetar ou alterar o alvo molecular e expressar bombas de efluxos. Vocês lembram gente quando eu falei para o betalactâmico funcionar eles têm que estar com o anel betalactâmico integro? Lembram disso? Porque essa integridade faz com que eles sejam idênticos a D-lanina, se a gente abre esse anel, adeus afinidade, por isso que as betalactamases são tão efetivas como causadoras de resistência, porque elas quebram esse anel, esse anel quebrou não vai ter inativação das transpeptidases pelo betalactâmico. É por isso que evitar a ação do H+ que vai quebrar esse anel também é importante 7 para a afetividade. Tudo que mantém esse anel integro é importante para a afetividade, vocês viram agora o porquê. Aqui, a gente consegue dividir as enzimas, as betalactmases, e não os betalactâmicos, em quatro tipos com capacidades diferentes: - As bectalactamases de classe A = são aquelas e espectro ampliado, como se fosse isoformas de betalactamases diferentes. As betalactamases de classe A destroem anéis Beta-lactâmicos das penicilinas, algumas cefalosforinas, e dos carbapenens. A classe B destroem todos os beta-lactâmicos com exceção do aztreonam. As beta-lactamases de classe C destroem as cefalosporinas. E as beta-lactamases de classe D destroem a cloxacilina. E para a gente finalizar, se vocês não tiverem mais dúvidas, claro! Eu trouxe essa charge mostrando o resultado do uso indiscriminado de antibióticos. Aqui temos um Staphylus resistente à meticilina. E aqui, o dizer: o que não me mata me fortalece. Então é isso que acontece! Se nós utilizarmos os antibióticos em subdoses, em esquemas terapêuticos não convencionais, interrompendo o tratamento antes do prazo, estamos criando esse tipo de microorganismo aqui. O que aconteceu até 2012 com o número de antibióticos aprovados pelo FDA, ao longo dos anos. Entre 83/87, o FDA aprovou 16 novos antibióticos. Isso foi caindo. A cada 4 anos e isso foi caindo cada vez mais. Para você ter uma ideia, entre 2008 e 2012, nós só conseguimos aprovar no FDA 2 novos antibióticos. Depois cresceu um pouquinho mais, mas precisamos esperar esse ano para verificar esse balanço. A exigência da prescrição já foi uma medida muito importante. A gente sabe que em algumas farmácias ainda se consegue comprar sem receitas, no interior principalmente, mas isso é muito sério. Como médicos, pelos pacientes, pelos farmacêuticos, pelos enfermeiros, todo mundo da equipe de saúde. Tem que saber que a gente vai estar criando bactérias, que são cada vez mais resistentes. 8 Esse quadro, quando eu mostrei para vocês na aula passada já é bem assustador, imagina você ter exemplares de Stafilos, que são resistentes até a quarta geração de cefalosporina, isso é muito significativo. (Exato Marrie, mais dúvidas?) O que eu vou pedir de vocês seria algo assim, por exemplo. Eu não vou colocar na prova tipo assim: vai ter uma alternativa lá, cefalosporina de segunda geração são mais potentes contra E. coli, Klebisilla e Protheus. Verdadeiro ou falso? Não vai ter uma alternativa assim, mas vai ter por exemplo alternativas como: Cefalosporina de segunda geração são menos ativos contra gram positivos do que primeira geração. Então, o panorama geral, de ser mais para positivo, mais pra negativo. Alguns pontos mais chave, tipo isso aqui, terceira geração são muito potentes contra Gran negativos, isso é uma informação mais útil para mim do que saber se vocês vão decorar quais dos grans negativos são mais potentes.
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