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Apostila - Psicopedagogia Institucional

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FCE - FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
 
 
 
FCE – Faculdade Campos Elíseos 
Núcleo de Pós Graduação em Educação 
Rua Vitorino Carmilo, 644 – Bairro de Campos Elíseos 
São Paulo / SP - CEP. 01153-000 
Telefones: 11-3661-5400 
 
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 FCE - FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS 
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DEFINIÇÃO 
De acordo com o Código de Ética dos Psicopedagogos,:- Artigo 1º -“a Psicopedagogia é um 
campo de atuação em Saúde e Educação que lida com o processo de aprendizagem humana; 
seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio - família, escola e 
sociedade - no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia”. 
A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo, portando, 
um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, 
mas alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do 
desenvolvimento, visando compreender e entender suas características evitando cobranças de 
atitudes ou pensamentos que não coadunam com a idade. O diagnóstico e tratamento 
Pedagógica e Terapeuticamente tendem a identificar, analisar, planejar, intervir através das 
etapas de desenvolvimento do processo. 
A Psicopedagogia se volta para aprendizagem humana, diante da demanda promovida pelo 
meio: o problema de aprendizagem, é focado, fundamentando-se nas duas áreas de base, a 
Psicologia e a Pedagogia. 
A nova ciência, aponta diferentes concepções de Psicopedagogia, que, para efeito de estudo, 
foram agrupadas nas seguintes categorias:- 
• Psicopedagogia e Pedagogia – foca o indivíduo Pedagogicamente. 
• Psicopedagogia e Psicologia - foca o indivíduo Psicologicamente. 
• Psicopedagogia e problemas de aprendizagem – foca as situações onde não ocorrem 
aprendizagem, mas que deveriam ocorrer. 
• Psicologia e fracasso escolar – foca o indivíduo que não adquire conhecimento traçando um 
paralelo com o contexto social e a escola. Releva fatores externos como mediadores na 
aprendizagem. 
A Psicopedagogia é uma abordagem nova em ascensão, segundo alguns didáticos. É 
multifacetado demonstrando em seu quadro teórico os seguintes aspectos: definição do 
 
 
 
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NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
 
 
 
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3 
objeto; relações com os campos psicológico e pedagógico; ênfase ao indivíduo e aos fatores 
externos ( social). Deste modo, a Psicopedagogia institucional se mostra como uma nova 
linha dentro do tema principal; abordando as faces do ensino-aprendizagem no meio escolar, 
promovendo cautela diante dos conflitos. Vale ressaltar que, sendo a Psicopedagogia uma 
área da saúde requer um trabalho preventivo e curativo. Como preventivo, o psicopedagogo 
deverá esclarecer sobre o processo evolutivo das áreas ligadas à aprendizagem escolar 
(perceptiva motora, de linguagem, cognitiva, emocional), auxiliando na organização de 
condições de aprendizagem de uma forma integrada e de acordo com as capacidades dos 
alunos. A Psicopedagogia é uma área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e 
com os mesmos problemas decorrentes, recorrendo a várias ciências, sem perder de vista o 
fato educativo nas suas articulações sociais mais amplas. A Psicopedagogia transformou-se 
em um campo de estudos dos que podem surgir no decorrer desse processo. Para responder 
à complexidade dessa questão, houve um esforço para alcançar uma visão multidisciplinar, 
que inclua contribuições de várias ciências e de estudos recentes, colocando, em pé de 
igualdade, aspectos cognitivos, afetivos, orgânicos e sociais, e descartando qualquer recorte 
de realidade que impeça uma visão mais completa do fenômeno a ser pesquisado. 
A Psicopedagogia, de acordo com César Coll (1996), é uma confluência disciplinar, um 
conjunto de saberes e um espaço profissional. Em relação ao espaço profissional dessa área, 
o psicopedagogo precisa da contribuição de diferentes profissionais como, psicólogos, 
pedagogos e psicopedagogos e assistentes sociais e também a contribuição de outras áreas 
de conhecimentos numa dimensão de interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. 
Psicopedagogia Institucional como ciência, lidar com o sujeito epistêmico , basicamente o 
ser que adquire conhecimento, não é novidade. Entretanto, havia uma lacuna que 
necessitava ser preenchida . 
Toda queixa constitui um sintoma, a função de investigar a queixa cabe a 
Psicopedagogia Institucional. 
 Entretanto, para tal fim , é necessário trabalhar com a pessoa do profissional que está 
atuando com indivíduos que não estão conseguindo aprender, que estão com dificuldades 
 
 
"conhecimento, ética e cidadania" 
de aprender ou ainda que mesmo diante do fato de estarem se profissionalizando não se 
reconhecem como futuros profissionais na respectivas áreas de atuação. A atuação do 
Psicopedagogo não se restringe, desta maneira, a análise de grades curriculares e 
planejamento de ensino " vamos trabalhar com a pessoa deste profissional em ativa relação 
com o seu saber adquirido no decorrer da sua vida , dando significado a sua prática" conclui 
Gasparin. 
http://www.faculdadecamposeliseos.edu.br/#!home/mainPage
http://www.faculdadecamposeliseos.edu.br/#!home/mainPage
http://www.definicion.org/aprender
 
 
 
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Poucos são os trabalhos dedicados a determinar como o adulto dotado das mais complicadas 
estruturas concluintes, limita sua atividade cognitiva a níveis , às vezes de regulação intuitiva 
e, só diante da estimulação especial da prova, sai de uma espécie de letargo mental que o 
reduz a dependência intelectual. É claro que uma análise sócio econômica das 
superestruturas educativas nos permite compreender porque o sujeito acaba 
sendo alienado da ignorância , mas necessitamos verificar qual estrutura possibilita a 
disfunção da inteligência e como isso acontece 
 
 "... A Antropologia , a Linguística e a Psicanálise Aplicada tem deixado de 
lado o tema do tabu do conhecimento, evidenciado na Árvore da Sabedoria, cujas tentadoras 
maçãs , arrebataram ao homem, simultaneamente, a inocência e o paraíso; quando se faz 
menção ao ato heroico do semi Deus Prometeu, cuja dádiva transformou, em homo faber, o 
selvagem nômade, não se salienta nem pontua este aspecto simbólico do mito, que não se 
contradiz com a interpretação delineada em Sobre a Conquista do fogo ". 
 
Teria uma nova ciência como a Psicopedagogia uma delimitação no campo de trabalho em 
instituições de terceiro grau , de maneira que, pudesse intervir nas estruturas concluintes que 
limitam a atividade intelectual do aluno adulto concorrendo para a má qualidade do ensino 
superior? 
 O Psicopedagogo Institucional atuaria com dificuldades nos níveis de aprender tanto do " 
professor" como do "aluno". Atuando nas condições de aprendizagem que ocorrem a nível 
externo e interno 
 "... as externas , que definem o campo do estímulo, e as internas que definem o 
sujeito... podem estudar-se em seu aspecto dinâmico, como processos, e em 
seu aspecto estrutural como sistemas. A combinatória de tais condições nos leva a uma 
definição operacional da aprendizagem, pois determina as variáveis de suaocorrência ", 
caberá ao Psicopedagogo Institucional avaliar se as motivações são ligadas à satisfação 
proveniente do próprio exercício da ação ou do prazer proporcionado pelo equilíbrio em si 
mesmo. 
O problema de aprendizagem , diante do exposto, é um sintoma no sentido de que o 
não aprender não configura um quadro permanente, mas ingressa numa constelação peculiar 
de comportamentos, nos quais se destaca como sinal de descompensação. 
 
 
"conhecimento, ética e cidadania" 
A dificuldade de aprendizagem no aluno adulto deverá ser analisada com o propósito 
de entender o significado que esta não aprendizagem representa. 
 "A hipótese fundamental para avaliar o sintoma que nos ocupa é 
não considerá-lo como um significante de um significado monolítico e substancial, 
mas pelo contrário, entendê-lo como um estado particular de um sistema que, para 
equilibrar-se, precisou adotar este tipo de comportamento que mereceria um nome 
positivo, mas que caracterizamos como não aprendizagem " afirma Paim. 
 Entretanto, o Psicopedagogo Institucional, deverá ter em mente 
que este diagnóstico é uma hipótese e que cada momento da relação com o sujeito 
através , tanto do processo diagnóstico como no "tratamento", nos remeterá ajustá-
la desde que as transformações obtidas a partir desta hipótese sejam aplicáveis por 
http://www.definicion.org/adulto
http://www.definicion.org/especie
http://www.definicion.org/mental
http://www.definicion.org/dependencia
http://www.definicion.org/alienado
http://www.definicion.org/ignorancia
http://www.definicion.org/verificar
http://www.definicion.org/antropologia
http://www.definicion.org/aspecto
http://www.definicion.org/ciencia
http://www.definicion.org/adulto
http://www.definicion.org/aspecto
http://www.definicion.org/sentido
http://www.definicion.org/aprender
http://www.faculdadecamposeliseos.edu.br/#!home/mainPage
http://www.faculdadecamposeliseos.edu.br/#!home/mainPage
http://www.definicion.org/adulto
http://www.definicion.org/sintoma
http://www.definicion.org/sistema
http://www.definicion.org/diagnostico
http://www.definicion.org/momento
http://www.definicion.org/diagnostico
http://www.definicion.org/partir
 
 
 
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5 
ela mesma. Tratando-se de um diagnóstico multifatorial as articulações e 
compensações mútuas que compõem o quadro total deverão desta forma, serem 
analisadas. 
 
 A preocupação com os problemas de aprendizagem teve origem na Europa, ainda no século 
XIX, tendo sido estudado por filósofos , médicos e os educadores. Basicamente a ênfase era 
na reeducação . Nos fins do século XIX foi formada uma equipe médico pedagógica pelo 
educador Seguim e pelo médico psiquiatra Esquilo passando a neuropsiquiatria infantil a 
estudar os problemas neurológicos que afetam a aprendizagem. Os primeiros Centros 
Psicopedagógicos onde se busca unir conhecimentos da Psicologia, Psicanálise 
e Pedagogia para tratar comportamentos socialmente inadequados de crianças, tanto na 
escola como no lar, objetivando sua readaptação. A partir de 1948, entretanto, o 
termo Pedagogia curativa passa a ser definido, segundo Debese, como 
terapêutica para atender crianças e adolescentes descapacitados que possuíam maus 
resultados. 
 A Psicopedagogia curativa introduzida no Centro de Psicopedagogia de Estrasburgo, França, 
poderia ser conduzida individualmente ou em grupos, sendo entendida como método que 
favorecia a readaptação pedagógica dos alunos uma vez que pretendia tanto auxiliar o 
sujeito a adquirir conhecimentos como também, desenvolver a sua personalidade. 
 A Pedagogia Curativa situa-se no interior daquilo que hoje chamam de Psicopedagogia, 
afirma Bossa. Confirma-se ,assim, que a preocupação com a não aprendizagem restringia-se 
a crianças e adolescentes. Entretanto, a ênfase era na reeducação. Com as mudanças de 
paradigmas , a sociedade passa a exigir um ensino que proporcione uma melhor qualidade 
de vida e a educação de adultos passa a ter relevância. A ênfase não é mais na reeducação 
mais na educação total. O Psicopedagogo Institucional numa instituição de nível superior 
atuará no desaparecimento do sintoma e na possibilidade do sujeito aprender normalmente 
em condições melhores, enfatizando a relação que ele possa ter com a aprendizagem, ou 
 
 
"conhecimento, ética e cidadania" 
seja, que o sujeito seja o agente da sua própria aprendizagem e 
conhecimento. A Psicopedagogia encontra-se em processo de maturação, como afirma o 
professor Lino de Macedo 
"a Psicopedagogia é uma nova área de atuação profissional que tem , ou 
melhor , busca uma identidade e que requer uma formação de 
nível interdisciplinar, o que já é sugerido no próprio termo Psicopedagogia”. 
OS Psicopedagogos Institucionais nas instituições de nível superior irão trabalhar as relações 
hierárquicas, a parceria , como as pessoas se comunicam o que é dito e o não dito. É 
imprescindível trabalhar o homem com sua relação consigo mesmo e com o mundo visando a 
melhoria da instituição , a instituição como parceria, não como rival... O processo de 
construção do trabalho do Psicopedagogo Institucional numa instituição de nível superior é 
gradual pois não se trata de simples reprodução pois , importa coordenar operações 
no sentido da reversibilidade do sistema do conjunto 
 
" é preciso tempo para interiorizar as ações em pensamento, porque é muito mais 
difícil representar o desenvolvimento da ação e dos seus resultados em termos de 
http://www.definicion.org/diagnostico
http://www.definicion.org/pedagogia
http://www.definicion.org/partir
http://www.definicion.org/pedagogia
http://www.definicion.org/terapeutica
http://www.definicion.org/atender
http://www.definicion.org/psicopedagogia
http://www.definicion.org/centro
http://www.definicion.org/metodo
http://www.definicion.org/auxiliar
http://www.definicion.org/desenvolver
http://www.definicion.org/interior
http://www.definicion.org/aprender
http://www.faculdadecamposeliseos.edu.br/#!home/mainPage
http://www.faculdadecamposeliseos.edu.br/#!home/mainPage
http://www.definicion.org/agente
http://www.definicion.org/superior
http://www.definicion.org/consigo
http://www.definicion.org/superior
http://www.definicion.org/sentido
http://www.definicion.org/sistema
http://www.definicion.org/representar
 
 
 
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pensamento do que limitar-se à execução material (...) a interiorizarão das ações 
supõe, assim, a sua reconstrução sobre um novo plano..." Piaget, p. 39 
 
Especificamente o Psicopedagogo Institucional no terceiro grau poderia priorizar em sua 
atuação: 
· a intervenção visando a solução dos problemas de aprendizagem tendo como enfoque o 
aprendiz ou a instituição de ensino 
· realização do diagnóstico e intervenção psicopedagógica utilizando métodos , instrumentos e 
técnicas próprias da Psicopedagogia 
· desenvolvimento de pesquisas e estudos científicos relacionados ao processo de 
aprendizagem e seus problemas 
· oferecer assessoria psicopedagógica aos trabalhos realizados no espaço da instituição 
· orientar, coordenar e supervisionar as questões de ensino aprendizagem decorrentes da 
estrutura curricular 
· acompanhar e interferir na relação professor - aluno nos aspectos subjetivos 
· reorientar nas questões vocacionais 
· assessorar e orientar no cumprimento do Projeto Pedagógico 
· acompanhar a implementação e implantação de nova proposta metodológica de ensino· promover encontros sociáveis entre corpo docente , discente, coordenadores, corpo 
administrativo e de apoio e dirigentes 
· acompanhar alunos com dificuldades de aprendizagem 
· cooperar na correção de funções cognitivas deficientes 
 
 
"conhecimento, ética e cidadania" 
· ajudar na aquisição de conceitos básicos 
· proporcionar momentos de reflexão sobre a ação educativa 
· mediar a passagem de uma atitude passiva - reprodutora de informação para a autogeradora 
Diante do exposto percebe-se que, a instituição educacional é uma 
unidade social empenhada em concretizar desejos comuns já instituídos no contexto no qual 
esta inserida. Nesta atividade, grupos interagem nas dimensões administrativas, sociológicas 
, pedagógicos proporcionando a circulação dos saberes de uma dada cultura, revelando-se 
através de um conjunto de signos que expressam e regulam a ação com 
o objetivo de facilitar a inserção das indivíduos no meio social. Percebe-se, na especificidade 
da instituição educacional como um todo, a interação que se dá nas dimensões do sujeito do 
conhecimento e do outro. E é na convergência destas dimensões , neste novo espaço 
proporcionado através da interação, que se manifesta e subsiste a instituição 
educacional e se instaura a necessidade de um profissional que interprete o fenômeno 
aprendizagem - o Psicopedagogo Institucional. É ele que a partir de uma macro visão da 
instituição, como um todo, proporcionada através do diagnóstico 
psicopedagógico institucional que a poderá tomar decisões mais acertadas nos momentos de 
crise. A previsão de tais momentos e as estratégias para evitá-los e ainda o adequado 
planejamento culminarão para o alcance dos objetivos da instituição. Evidencia-se assim, 
ser esta uma atividade constante na faculdade, principalmente em virtude da característica 
dinâmica do modelo de instituição. 
É inegável dizer que a Psicopedagogia transformou-se em um campo de amplos 
http://www.definicion.org/diagnostico
http://www.definicion.org/interferir
http://www.definicion.org/orientar
http://www.faculdadecamposeliseos.edu.br/#!home/mainPage
http://www.faculdadecamposeliseos.edu.br/#!home/mainPage
http://www.definicion.org/social
http://www.definicion.org/contexto
http://www.definicion.org/conjunto
http://www.definicion.org/objetivo
http://www.definicion.org/interprete
http://www.definicion.org/fenomeno
http://www.definicion.org/partir
http://www.definicion.org/constante
 
 
 
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conhecimentos, com o objetivo principal de analisar o processo de aprendizagem, sua 
evolução normal e patológica, bem como as interferências da família, escola e sociedade 
neste processo. Há de se entender que o Processo Psicopedagógico Institucional, não se 
prende a educandos de uma idade só, más de todas as idades; e o propósito deste trabalho é, 
abordar de forma esclarecedora que as dificuldades de aprendizagem passaram a ser 
compreendidas de acordo com a interação de diversos fatores escolares e familiares. Nesse 
sentido, a Psicopedagogia colabora com a escola, haja vista que é no âmbito desta instituição 
que a aprendizagem socialmente reconhecida acontece. O psicopedagogo atua no cotidiano 
pedagógico, mas, agora, já não procura por causas e soluções em si mesma. 
Desde os primeiros instantes de nascido o homem recebe a influência e a afetividade da 
atmosfera familiar. Consequentemente, a vida afetiva de uma pessoa tem uma longa trajetória 
pela educação nos convívios familiar e social. O psicopedagogo como profissional, vai atuar 
nas questões relacionadas ao ensino e aprendizagem, e para isso necessita compreender a 
complexa rede de relações que envolvem a formação do sujeito que aprende especialmente 
sua família, nesse sentido, completa Beauclair (2008 p. 20): olhar do psicopedagogo se 
constrói na busca permanente da reflexão teórica e através das vivências e pesquisas 
cotidianas abertas aos novos paradigmas que apontam para a transdisciplinaridade e a 
 
 
"conhecimento, ética e cidadania" 
complexidade. Sabe-se que a educação não formal constitui-se num dos pilares essenciais na 
construção do eu. O desenrolar desta implicará num desenvolvimento harmônico ou não do 
indivíduo. 
Percebe-se ser impossível o desenvolvimento do indivíduo isoladamente. A educação do 
contexto familiar influência no desenvolvimento da autoconfiança da criança, formando-a e 
constituindo-a, enquanto ser humano completo. Os anseios, os desejos e as expectativas 
familiares que envolvem a criança promovem bem-estar e equilíbrio quando dosados e 
colocados à disposição de maneira correta. As relações entre família e escola são decisivas 
na determinação do sucesso escolar do aluno, e precisam ser promovidas de forma 
consciente e planejadas pela escola (BEAUCLAIR, 2008). 
A consciência de que a fase decisiva é a que antecede a escola obrigatória tem levado um 
número crescente de estudiosos a propor que a criança seja atendida mais cedo, com única 
solução para compensar as desvantagens que atingem as crianças mais pobres, dando-lhes 
melhores chances de sucesso quando mais tarde entrarem na escola, sempre levando-se em 
conta a necessidade de promover a integração da família na escola, como forma de promover 
ainda mais o desenvolvimento da criança: Não só os pais contam com a escola, mas esta, 
igualmente, conta com eles. Por isso, a instituição escolar precisa conversar com eles, dar 
orientações, promover palestras, saber o que está acontecendo com acriança em casa, como 
ela está vivendo ou reagindo aos muitos e inevitáveis problemas existentes em qualquer 
família (doença, separação, mudança, de emprego, modos de organização da casa, 
problemas financeiros, relacionamento entre o casal, nascimento de outros filhos. 
Para a compreensão das possíveis alterações no processo de aprendizagem é necessário 
considerar-se tanto as condições internas do organismo, quanto as condições externas ao 
indivíduo. Fatores como linguagem, inteligência, dinâmica familiar, afetividade, motivação e 
http://www.faculdadecamposeliseos.edu.br/#!home/mainPage
http://www.faculdadecamposeliseos.edu.br/#!home/mainPage
 
 
 
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escolaridade devem desenvolver-se de forma integrada para que o processo se efetive. 
É comum observar como sujeitos que têm alcançado um mesmo nível intelectual fazem uso 
semelhante de sua afetividade, por pertencerem a diferentes culturas, meios sociais ou grupos 
familiares, apresentam tematizações sigficativamente distintas. Isto deriva simplesmente do 
fato de que cada contexto oferece diferentes crenças, conhecimentos, atitudes e habilidades. 
Sabe-se que as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem, geralmente, 
possuem uma baixa auto estima em função de seus fracassos e que esses sentimentos 
podem estar vinculados aos comportamentos de desinteresse por determinadas atividades, 
tempo de atenção diminuído, falta de concentração e outros. 
A alegação da falta de interesse do aluno como justificativa para o mau desempenho escolar 
precisa ser combatida de forma radical porque ela implica a própria renúncia da escola a uma 
de suas funções mais essenciais. Os equívocos a esse respeito geralmente advêm da atitude 
errônea de considerar a "aula" como o produto do trabalho escolar. A família, desconhecendo 
as necessidades da criança e a maneira apropriada de lidar com esses aspectos, muitas 
vezes, necessita de orientações que lhe dê suporte e lhe possibilite ajudar seu filho."conhecimento, ética e cidadania" 
Fatores como motivação, formas de comunicação, estresses existentes no lar, influenciam o 
desempenho da criança no processo de aprendizagem, e os psicopedagogos, muitas vezes, 
sentem-se limitados quanto às orientações a serem dadas pela falta de conhecimento 
aprofundado sobre os diversos aspectos familiares que podem contribuir para um resultado 
mais desejável. 
A prática profissional social do/a profissional de Psicopedagogia supõe o encontro com 
diversos momentos de conflito, pois (...) o profissional de psicopedagogia pode romper 
barreiras dentro de sua práxis de criar possibilidades de encontro, com a sua comunidade, 
acessando as informações que, na gama ampla da sociedade de conhecimento, podem (e 
estão) disponíveis. (BEAUCLAIR, 2008. p. 77-78) 
Acredita-se que um programa de intervenção familiar seja de fundamental importância para o 
desenvolvimento e aprendizagem da criança. O relacionamento familiar, a disponibilidade e 
interesse dos pais na orientação educacional de seus filhos são aspectos indispensáveis de 
ajuda à criança. 
 A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NA REUNIÃO DE PAIS 
Através das experiências e relações interpessoais, a família pode promover tanto o 
desenvolvimento intelectual como emocional e o social da criança. Ela pode criar situações no 
dia-a-dia que estimularão esses aspectos, desde que esteja desperta para isso. 
A família tem um papel central no desenvolvimento da criança, pois é dentro dela que se 
realizam as aprendizagens básicas necessárias para o desenvolvimento na sociedade, como a 
linguagem, sistema de valores, controle da impulsividade. As características da criança 
também são determinadas pelos grupos sociais que frequenta e pelas características próprias, 
como temperamento. 
http://www.faculdadecamposeliseos.edu.br/#!home/mainPage
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os pais se supõem responsáveis, resulta o sentimento de responsabilidade parental. Aquilo 
que distingue os pais dos filhos e talvez torne sem sentido o jogo que algumas pessoas 
gostam de jogar, por meio do qual mãe e pai esperam ser apenas "bons camaradas" de seus 
filhos. Mas as mães têm de ser capazes, afinal, de começar a permitir que suas crianças 
conheçam algo dos perigos contra os quais as protegem, e que também saibam que espécie 
de comportamento afetaria o amor e as preferências maternas. (WINICOTT, 2005. p.45). 
 As crianças possuem uma tendência natural e instintiva que as direciona ao desenvolvimento 
de suas potencialidades. Os pais devem ter conhecimento desse processo para que não 
dificultem ou impeçam o crescimento espontâneo da criança. 
Pela falta de compreensão da natureza e necessidades básicas do ser humano, o pai, muitas 
vezes, prejudica a busca da criança pelo próprio desenvolvimento, pela criança. O modo como 
os pais lidam com seus filhos pode ajudá-los no desenvolvimento das suas potencialidades e 
no relacionamento com o mundo, possibilitando-lhes o enriquecimento pessoal através das 
experiências que o meio lhes proporciona. 
O processo educativo (desenvolvimento gradativo da capacidade física, intelectual e moral do 
ser humano) familiar deve ser adequado para possibilitar à criança o sucesso no decorrer da 
 
 
"conhecimento, ética e cidadania" 
 
aprendizagem, proporcionando-lhe a motivação, o interesse e a concentração necessária para 
a apreensão do conhecimento. 
O trabalho dos pais integrado à escola torna-se essencial para que ambos falem a mesma 
linguagem, auxiliando na aprendizagem do educando. É importante que os pais participem 
constantemente das atividades proporcionadas pela escola, incentivando seus filhos para o 
mesmo, pois esta união de esforços enriquecerá todo o processo de ensino-aprendizagem 
Se o psicopedagogo exercer uma atuação de intermediador durante as reuniões escolares, 
transmitindo o pensamento do sujeito como um todo inserido na família, escola, trabalho, 
comunidade e sociedade poderá promover a inclusão, equiparação de oportunidades e a 
transformação de modelos tradicionais de aprendizagem e clássicos de atendimento na área 
de saúde . É preciso analisar e atuar com visão crítica e reflexiva sobre as questões culturais, 
políticas, da formação profissional e pessoal, dos envolvidos com o problema. 
A intervenção psicopedagógica veio introduzir uma contribuição mais opulenta no ponto de 
vista pedagógico. O processo de aprendizagem da criança é compreendido como um 
processo pluricausal, abrangente, implicando componentes de vários eixos de estruturação: 
afetivos, cognitivos, motores, sociais, econômicos, políticos etc. Os motivos do processo de 
aprendizagem, bem como das dificuldades de aprendizagem, deixam de ser localizadas 
somente no aluno e no professor e passa a ser vista como um processo maior com inúmeras 
variáveis que precisam ser apreendidas com bastante cuidado pelo professor e 
psicopedagogo. 
A adequação desse processo compreende o atendimento às necessidades da criança quanto 
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à presença dos pais compartilhando suas experiências e sentimentos, orientação firme quanto 
aos comportamentos adequados, possibilidade de escolhas, certa autonomia nas suas ações, 
organização da sua rotina, oportunidade constante de aprendizagem e respeito e valorização 
como pessoa. 
Hoje o contraste entre a escola e a família pode não ser muito grande porque a própria escola 
pública ainda não assimilou quase nada de todo o progresso da psicologia da educação e da 
didática, utilizando métodos de ensino muito próximos ou idênticos aos do senso comum 
predominantes nas relações familiares. 
Dificuldades escolares apresentadas pelas crianças, relacionadas à falta de concentração e 
indisciplina ocorrem e podem ser causadas pela ausência de limites. 
A primeira geração educou os filhos de maneira patriarcal, isto é, os filhos eram obrigados a 
cumprir as determinações que lhes eram impostas pelo pai. 
O relacionamento familiar também é fundamental no processo educativo. A criança estará 
muito mais receptiva às instruções dos pais, se os membros da família se respeitarem, 
procurando conversar e colaborar um com o outro. É importante a participação dos pais na 
vida dos filhos, numa convivência como companheiros, compartilhando emoções, o que 
contribui muito para a disciplina. 
 
 
"conhecimento, ética e cidadania" 
 
Todos esses aspectos citados e muitos outros são fundamentais para que o desenvolvimento 
da criança se efetive. Portanto, a família necessita da ajuda dos profissionais da 
psicopedagogia na aquisição desses conhecimentos básicos e essenciais para que possa 
cumprir seu papel de facilitadora do processo de aprendizagem de seus filhos, através de 
comportamentos mais adaptativos, as crianças em geral aceitam a segurança como um 
pressuposto básico. 
Acreditam numa boa assistência materna e paterna desde muito cedo, porque a tiveram. 
Possuem um sentimento de segurança que é constantemente reforçado por seus testes com 
os pais e sua família, com os professores na escola, com seus amigos e toda a espécie de 
pessoas que conhecem. 
A escola também, necessita de uma relação de cooperação com a família, pois, os 
professores precisam conhecer as dinâmicas internas e o universo sócio cultural vivenciados 
pelos seus alunos, para que possam respeitá-los,compreendê-los e tenham condições de 
intervirem na promoção de expressões de sucesso e não de fracasso diagnosticado. 
Precisa ainda, dessa relação de parceria para poderem também compartilhar com a família os 
aspectos de conduta do filho: aproveitamento escolar, qualidade na realização das tarefas, 
relacionamento com professores e colegas, atitudes, valores, respeito às regras. 
Para Caetano (2002), a educação, enquanto fenômeno universal comporta diversas tensões 
no interior de e entre seus diferentes âmbitos. Quando enfrentadas de modo produtivo, estas 
tensões podem fornecer valiosos subsídios para a reflexão e análise do fenômeno educativo. 
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Dois âmbitos educativos tensos, tanto no seu interior quanto na sua relação um com o outro, 
são a família e a escola. 
Enquanto instâncias sócio educativas formais, a família e a escola foram dois dos principais 
ambientes de formação ao longo da história, mesmo considerando que outras instâncias sócio 
educativas também tiveram um papel muito forte como, por exemplo, o Estado e a Igreja. Nos 
tempos atuais, porém, família e escola parecem perder o poder e o espaço que tiveram 
outrora no sentido da formação do indivíduo. Os "porquês" e as consequências deste fato não 
cabem nos modestos limites desta reflexão, mas devem ser considerados sempre que se 
pretender analisar mais amplamente as questões que envolvem escola e família. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O psicopedagogo que atua em âmbito educacional deve ter por objetivo, conduzir professores, 
diretores e profissionais pedagógicos a repensar o papel da escola frente à prevenção das 
dificuldades de aprendizagem da criança. No entanto, ressalta-se que mesmo a escola 
priorizando os problemas de aprendizagem, esta nunca conseguirá abrangê-los em sua 
totalidade, pois crianças mais comprometidas necessitam de atendimento psicopedagógico 
mais especializado em clínicas. Por isso, o psicopedagogo pode atuar de uma forma mais 
preventiva, objetivando reduzir ou evitar os problemas de aprendizagem em âmbito escolar ou 
de forma clínica, onde dá atendimento às crianças com maiores comprometimentos, cujas 
dificuldades não podem ser resolvidas na escola. 
 
 
 
"conhecimento, ética e cidadania" 
A atuação do psicopedagogo não engloba somente seu espaço físico de atuação, mas 
também sua maneira de pensar a Psicopedagogia e seu conhecimento a respeito da área. 
O profissional que atua na prevenção das dificuldades de aprendizagem atua no sentido de 
fazer com que um número menor de crianças sejam encaminhadas para clínicas, propiciando 
uma significativa melhoria no rendimento escolar como um todo. O Psicopedagogo que atua 
em âmbito escolar deve fazer com que a escola acompanhe o desenvolvimento de seus 
alunos e seja um verdadeiro espaço de construção de conhecimentos, oferecendo suporte 
para que todos os envolvidos neste processo compreendam a necessidade de se realizar 
transformações efetivas. 
Para que um psicopedagogo consiga ter um bom desempenho, é preciso que ele conquiste 
seu espaço dentro da escola, o que ainda não é uma tarefa fácil, pois a maior parte das 
escolas acreditam que o orientador educacional é capaz de solucionar todos os problemas. 
Também, o psicopedagogo pode atuar no sentido de avaliar como se dá o relacionamento 
entre professor e aluno, pois muitas vezes, este relacionamento pode estar acontecendo de 
forma negativa, pelo fato do professor não conhecer bem o aluno, e, portanto, distanciar-se de 
suas necessidades. Muitas vezes, também, o professor não consegue identificar a fase de 
desenvolvimento cognitivo ou afetivo em que encontra-se o aluno, ou desconhece os 
problemas pelos quais a criança está passando no ambiente familiar. 
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Por isso, é importante que o psicopedagogo escolar participe de reunião de pais, a fim de que 
possa esclarecer o que se está acontecendo com a criança na escola, auxiliando os pais na 
identificação das reais necessidades de seus filhos e ensinando-os a estimular seus filhos em 
tarefas escolares realizadas em casa. Quando necessário o psicopedagogo encontrar-se 
separadamente com alguns pais, para melhor orientá-los ou conhecer melhor o ambiente 
familiar da criança que está apresentando problemas na escola. 
Para tanto, é necessário que o psicopedagogo analise a programação da escola a fim de que 
possa obter subsídios para sua atuação. A administração de uma escola é representada pelo 
seu organograma, assim, o psicopedagogo pode dar início a seu diagnóstico escolar através 
da análise do mesmo, estudando as suas relações e estabelecendo conexões com as demais 
áreas programadas. Analisando-se cada profissional da escola, o psicopedagogo identifica se 
um determinado profissional está desempenhando sua função de forma adequada e consegue 
sugerir mudanças. 
Face ao exposto, conclui-se que a atuação do psicopedagogo escolar tem início a partir da 
análise da organização como um todo. É muito importante o trabalho em equipe, junto aos 
professores, alunos e pessoal administrativo, a fim de que busque-se por melhorias no 
relacionamento entre si e entre os grupos, visando prioritariamente o aperfeiçoamento das 
condições de aprendizagem tanto individual, como do grupo. Logo, o psicopedagogo tem sua 
importância, que é o de ser um fio condutor e alinhar todas as informações desde a escola até 
a família e a criança, fazendo com que, o código de comunicação construído e praticado na 
família seja compatível com o código da escola, estabelecendo assim um relacionamento de 
parceria e consequentemente contribuindo na formação integral da criança. 
 
 
"conhecimento, ética e cidadania" 
RESUMINDO 
 
A intervenção psicopedagógica veio introduzir uma contribuição mais elaborada ao enfoque 
pedagógico no meio escolar junto a família do educando. O processo de aprendizagem da 
criança é compreendido como um processo abrangente, implicando componentes de vários 
eixos de estruturação: afetivos, cognitivos, motores, sociais, políticos, etc. A causa do sucesso 
de aprendizagem, bem como de suas dificuldades, deixa de ser localizada somente no aluno e 
no professor e passa a ser vista como um processo maior com inúmeras variáveis que 
precisam ser apreendidas com bastante cuidado pelo psicopedagogo. Esse profissional deve 
ser flexível em sua maneira de lidar com os conflitos, utilizando-se do conhecimento de várias 
técnicas e métodos adequados, propondo que as decisões sejam tomadas em conjunto e a 
participação dos alunos é solicitada. O psicopedagogo observa e diagnostica o sistema 
escolar e, então, cria condições favoráveis para a resolução dos problemas que surgem, 
fazendo com que o ensinar e o aprender se tornem comprometidos. As reuniões de pais 
buscam a integração entre a escola e a família do aluno. Porém, muitas vezes os pais não 
comparecem ou participam sem desejo de aprofundamento sobre a vida escolar de seu filho. 
Isto se dá porque a escola, muitas vezes, transforma estes encontros em momentos 
burocráticos, sem agregar valores ao desenvolvimento do seu relacionamento com a família. 
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O psicopedagogo institucional tem condições de dinamizar as reuniões de pais, tornando-as 
mais produtivas e eficazes. Em síntese, uma escola é funcional quando conta com aliança 
entre a comunidade, o corpo docente e o administrativo, os quais trabalham os seus conflitos 
através da colaboração e diálogo. 
 
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ALTHUON, B; ESSLE, C e STOEBER, I. Reunião de Pais: sofrimento ou prazer? São Paulo: 
Casa do Psicólogo, 2000. 
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Idem, Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar e de aprendizagem. 2ª ed. 
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