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Slides de Aula Unidade I (1)

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Prévia do material em texto

Prof. Dr. Herbert Espuny
UNIDADE I
Gerenciamento de Crises 
e Controle de Riscos
 Definição de crise
 Segundo a etimologia (DICIONÁRIO ETIMOLÓGICO, [s.d.]): A palavra grega krísis era 
usada pelos médicos antigos com um sentido particular. Quando o doente, depois de 
medicado, entrava em crise, era sinal de que haveria um desfecho: a cura ou a morte. Crise 
significa separação, decisão, definição.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Para efeito dos estudos de gerenciamento de crises, algumas das definições expressas 
parecem ser apropriadas, especialmente nos seguintes contextos:
 Conjuntura ou momento perigoso, difícil ou decisivo: situações em que a organização 
pode vivenciar – de forma passageira ou incidental –, mas que reflete ou pode refletir 
inclusive na sobrevivência da própria organização. Por exemplo, a empresa ou organização 
se envolver em corrupção.
 Falta de alguma coisa considerada importante: situações 
em que a organização não dispõe de algo necessário e 
considerado prioritário. Por exemplo, um plano adequado para 
contingenciar algum problema.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Embaraço na marcha regular dos negócios: situações que atrapalhem o curso natural de 
uma empresa ou organização. Por exemplo, a interdição da única rodovia que permite o 
escoamento da produção de uma fábrica.
Crises e Gerenciamento de Crises
 A surpresa, a ameaça e o pouco tempo de decisão, que são atributos da crise, geram o 
estresse que pode afetar no comportamento gerencial, tais como:
 Abrangência da atenção: o gestor deve se concentrar nos detalhes do caso, não 
permitindo, por exemplo, que ideias preconcebidas afetem seu julgamento. Experiências 
passadas podem ser positivas, desde que não prejudiquem o julgamento do evento corrente.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Inflexibilidade na atitude: a crise é um evento diferente dos eventos corriqueiros. O gestor 
deve estar atento às soluções próprias para o caso. Cuidado com atitudes inflexíveis que 
podem agravar a situação.
 Perspectiva do tempo: as ações durante um evento crítico devem ser tempestivas, ou seja, 
devem atender à perspectiva do tempo. Se uma ação for demorada demais pode não gerar o 
efeito necessário para conter ou minimizar a crise.
Crises e Gerenciamento de Crises
Enfim, todo o processo consiste em:
 Busca de informações: sobre a situação em todos os detalhes possíveis e as opções 
disponíveis.
 Análises das opções e consequências: o gestor deve refletir sobre as possibilidades de 
ações que se apresentam e as possíveis consequências de cada uma, para estudar a 
melhor estratégia.
 Escolha das alternativas: após as reflexões, o gestor deve 
decidir o melhor caminho.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Tipos de crise
Crises e Gerenciamento de Crises
 
Figura 2 – Modelo Heinrich – Teoria dos Dominós 
Ambientes
de Fábrica
Ruins
Descuido
Falta de
Cuidado
Atos
Impensados
Acidente Danos
ERROS PESSOAIS
Fonte: SANTI, Stefan. Fatores humanos como causas contribuintes para acidentes e incidentes aeronáuticos na 
aviação geral. 2009. 85 f. Monografia (Especialização em Gestão da Aviação Civil)-Universidade de Brasília, 
Brasília, 2009. Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/1601/1/2009_StefanSanti.pdf. 
 Tipos de crise
Crises e Gerenciamento de Crises
 Tipos de crise
Crises e Gerenciamento de Crises
 Observações importantes na questão de crises
Muito cuidado com:
 Julgamentos e interpretações precipitadas: o foco deve ser a superação do episódio 
crítico. Após essa superação haverá tempo suficiente para a devida apuração dos fatos.
 Atribuição prematura de responsabilidades: novamente a ênfase deve ser na superação 
da crise. Identificar culpados deve ficar para a etapa seguinte, a não ser que se trate de um 
flagrante delito em que os responsáveis possam ser detidos e encaminhados para uma 
delegacia de polícia, por exemplo.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Observações importantes na questão de crises
Muito cuidado com:
 Disposição para entender e superar o episódio crítico: o gestor responsável pela crise 
deve procurar entender os fatores que levaram àquela situação e, proporcionalmente, o que 
pode ser feito para superá-la. Essa relação de causa-efeito deve estar presente sempre no 
raciocínio do gestor.
Crises e Gerenciamento de Crises
Enfim, lidar com crises exige:
 Preparação prévia: estudar o ambiente e os processos para garantir efetividade numa 
possível situação de crise.
 Ação durante o evento crítico: capacidade de lidar com o problema instalado.
 Apurar o ocorrido: verificar detalhadamente a ocorrência para apurar responsabilidades e 
evitar novas situações de crises.
Crises e Gerenciamento de Crises
O episódio de crise pode se caracterizar por:
I. Conjuntura ou momento perigoso, difícil ou decisivo;
II. Falta de alguma coisa considerada importante;
III. Embaraço na marcha regular dos negócios.
Estão corretas:
a) As afirmativas I, II e III.
b) As afirmativas II e III.
c) As afirmativas I e III.
d) As afirmativas I e II.
e) Somente uma das afirmativas.
Interatividade
O episódio de crise pode se caracterizar por:
I. Conjuntura ou momento perigoso, difícil ou decisivo;
II. Falta de alguma coisa considerada importante;
III. Embaraço na marcha regular dos negócios.
Estão corretas:
a) As afirmativas I, II e III.
b) As afirmativas II e III.
c) As afirmativas I e III.
d) As afirmativas I e II.
e) Somente uma das afirmativas.
Resposta
 Comitê de crises
 A composição dos comitês de crises está condicionada naturalmente ao tamanho da 
organização. De qualquer forma, uma boa sugestão é “reunir pessoas com experiência nas 
mais diversas áreas [...]” (ESPUNY et al, 2008, p. 33).
 Gestores da área de produção, da área financeira, de segurança, entre outros, constituem 
uma sólida formação para um comitê desse tipo. É importante, também, que um 
representante da alta direção também faça parte do comitê de crises para decisões 
estratégicas que eventualmente necessitem ser tomadas no 
curso da crise, como liberação extra de valores.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Comitê de crises
 Grandes grupos de riscos, que são (COSTA, 2018, p. 12):
 Negócio: problemas relacionados ao negócio em si. Incluem greves (com várias 
motivações), sabotagens (fraudes internas), problemas administrativos de várias matizes, 
entre outros.
 Imagem: problemas relacionados à opinião pública (sociedade, imprensa, redes sociais).
 Produto: problemas relacionados à produção, como acidentes 
industriais, quebras de equipamentos, falhas na entrega de 
pedidos, entre outros.
 Pessoas: problemas relacionados a óbitos, acidentes de 
vários tipos, ergonômicos etc.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Comitê de crises
 Um detalhe importante: quando há situações de crise que envolva a presença de criminosos 
com explosivos e/ou com reféns, os cuidados devem ser ainda mais extremados.
Crises e Gerenciamento de Crises
O criminoso ou os criminosos ameaçam com explosivos e/ou a retenção de um ou mais reféns 
com o objetivo de conseguir fugir da situação. Normalmente tais situações ocorrem quando a 
fuga é impedida por qualquer razão:
 não conseguiram fugir a tempo;
 no meio da ação criminosa foram surpreendidos por alguém;
 houve atrasos por razões não previstas.
Crises e Gerenciamento de Crises
Crises e Gerenciamento de Crises
CLASSIFICAÇÃO TIPOS EXEMPLOS (FBI)
1° GRAU ALTO RISCO
Assalto a banco promovido por uma 
ou duas pessoas
armadas de pistola ou revólver, sem 
reféns.
2° GRAU ALTÍSSIMO RISCO
Um assalto a banco por dois 
elementos armados mantendo três ou 
quatro pessoas com 
os reféns
3° GRAU
AMEAÇA 
EXTRAORDINÁRIA
Terroristas armados de metralhadoras 
ou outras armas automáticas, 
mantendo oitenta reféns a bordo de 
uma aeronave
4° GRAU AMEAÇA EXÓTICA
Um indivíduo de posse de um 
recipiente, afirmando que seu 
conteúdo é radioativoe de alto poder 
destrutivo ou letal, por um motivo 
qualquer, ameaça uma população
Quadro 2 – Graus de risco de ocorrências críticas
Fonte: Bahia (2008 p.14) (adaptado)
Crises e Gerenciamento de Crises
NÍVEL RECURSOS RESPOSTA
UM
EFETIVO ORDINÁRIO
+
CIA ESPECIAL
As guarnições do Policiamento Ordinário e 
as guarnições da Cia. Especial de área 
poderão atender à ocorrência
DOIS
EFETIVO ORDINÁRIO
+
CIA ESPECIAL
+
COE
As guarnições do Policiamento Ordinário e 
as guarnições da Cia. Especial da área com 
o apoio de Unidades Especializadas 
poderão atender à ocorrência.
TRÊS
TODOS DO NÍVEL DOIS
+
REFORÇO
As guarnições do Policiamento Ordinário e 
as guarnições da Cia. Especial da área com 
o apoio de Unidades Especializadas 
poderão atender à ocorrência, juntamente 
com outros efetivos de reforço.
QUATRO
TODOS DO NÍVEL TRÊS
+
ASSESSORA ESPECIAL
As equipes especializadas são empregadas 
com o auxílio de áreas específicas.
Fonte: Bahia (2008 p.15) (adaptado)
Quadro 3 – Respostas conforme o grau de risco
Conforme o diagnóstico de 
classificação (1°, 2°, 3° ou 4°
grau) há a disposição
de enfrentamento, conforme 
a organização e 
planejamento da instituição 
policial,
no caso a Polícia Civil do 
Estado da Bahia. Veja o 
quadro a seguir:
Crises e Gerenciamento de Crises
Resumo dos princípios organizacionais para o gerenciamento de crises 
PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS PARA O 
GERENCIAMENTO DE CRISES 
a. Princípio da prevenção Medidas baseadas no estudo e análise de riscos para evitar 
crises. 
b. Princípio da estrita 
legalidade 
Todas as atividades devem estar completamente enquadradas 
no regramento legal. 
c. Princípio da qualidade A organização que possui qualidade evita boa parte de 
possíveis crises. 
d. Princípio da ética e da 
moralidade 
Um ambiente regrado em bons princípios estimula a todos 
através de bons exemplos. 
e. Princípio da 
interdisciplinaridade 
Todos devem participar do gerenciamento da segurança, 
mesmo que não sejam da área. 
Fonte: Adaptado de Espuny et al. (2008) 
Analise as seguintes situações:
I. Crises causadas por tempestades;
II. Crises causadas por enchentes;
III. Crises causadas por terremotos.
As crises acima são do grupo de:
a) Crise decorrente de desastres industriais.
b) Crise financeira.
c) Crise decorrente de desastres naturais.
d) Crise de reputação.
e) Crise motivada por boatos.
Interatividade
Analise as seguintes situações:
I. Crises causadas por tempestades;
II. Crises causadas por enchentes;
III. Crises causadas por terremotos.
As crises acima são do grupo de:
a) Crise decorrente de desastres industriais.
b) Crise financeira.
c) Crise decorrente de desastres naturais.
d) Crise de reputação.
e) Crise motivada por boatos.
Resposta
 Princípio da prevenção
 O princípio da prevenção está relacionado com a análise antecipada de situações que 
podem gerar problemas futuros e envolve o estudo e a observação a respeito de todos os 
contextos capazes de gerar crises das mais diversas espécies. Mapear tais problemas e 
tomar providências para preveni-las permite que o gestor tenha uma vida bem mais tranquila. 
A seguir, as áreas da organização em que medidas preventivas podem ajudar a evitar 
problemas maiores.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises econômicas financeiras e/ou patrimoniais
 Em relação às crises econômicas, financeiras e patrimoniais, o controle está relacionado ao 
faturamento, às dívidas e ao fluxo de caixa. A prevenção, em tese, pode ser estabelecida 
através de algumas providências (os itens a seguir não esgotam todas as providências 
possíveis): estabelecimento de uma reserva financeira adequada para possíveis tempos de 
baixo faturamento; cuidado absoluto nas transações a fim de se evitarem apostas arriscadas 
demais; desenvolvimento de programas internos de transparência nas negociações para a 
prevenção de ocorrências de corrupção, por exemplo. Muitas organizações contam com 
setores de governança corporativa e/ou compliance.
Crises e Gerenciamento de Crises
Prevenção nas crises de desastres industriais e/ou falhas nos equipamentos:
 Em relação a ocorrências relacionadas a desastres como incêndios, explosões, entre outras, 
é necessário que todos os envolvidos na organização tenham em mente duas vertentes: a 
primeira está vinculada diretamente à questão da prevenção. Todos os cuidados técnicos 
devem ser estritamente observados. Algumas questões estão relacionadas:
Crises e Gerenciamento de Crises
Prevenção nas crises de desastres industriais e/ou falhas nos equipamentos:
 Utilização adequada de equipamentos: os equipamentos devem ser utilizados de acordo 
com a capacidade especificada pelos fabricantes e dentro dos padrões técnicos de 
utilização. Esses parâmetros obedecidos permitem um setor produtivo adequado e 
sem surpresas.
Crises e Gerenciamento de Crises
Prevenção nas crises de desastres industriais e/ou falhas nos equipamentos:
 Manutenção periódica de equipamentos: além de obedecer às especificidades para os 
quais foram projetados os equipamentos, uma rotina de manutenções é importante e 
adequada. Determinados problemas, a princípio imperceptíveis, podem ser devidamente 
identificados pelo pessoal técnico. Normalmente os equipamentos já registram a 
periodicidade adequada para essas providências.
Crises e Gerenciamento de Crises
Prevenção nas crises de desastres industriais e/ou falhas nos equipamentos:
 Manutenção periódica das instalações: todos os aspectos relacionados às instalações 
devem estar monitorados e com a manutenção em dia. Instalações elétricas, hidráulicas, 
hidrossanitárias e prediais em geral (revestimento, piso, cobertura) bem mantidas podem 
fazer grande diferença em acidentes.
 Treinamento adequado de pessoal: o princípio da prevenção também está relacionado ao 
adequado treinamento de pessoal. Muito cuidado com improvisações, nas quais pessoas não 
qualificadas acabam operando equipamentos críticos.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises de desastres naturais
 Podem ser prevenidas ou minimizadas pelo que foi discutido nas crises industriais. Contudo, 
é evidente que algumas crises por desastres naturais podem ser absolutamente 
imprevisíveis, como a ocorrência de chuvas intensas. O que foi citado em relação às 
manutenções adequadas das instalações, entretanto, certamente fará diferença. Instalações 
hidráulicas entupidas, revestimento com infiltrações, teto e piso mal cuidados podem 
maximizar problemas climáticos, como o caso já citado de chuvas intensas.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises por conta de ações criminosas
 Esse tipo de crise se origina na ação criminosa que pode instalar crises de diferentes tipos e 
intensidades na organização. O gestor deve se preocupar com uma série de fatores que 
estabeleceriam parâmetros preventivos para evitar ocorrências deste tipo.
A primeira ação relevante é propiciar um ambiente seguro, tanto na organização quanto, se 
possível, no seu entorno. Para isso há várias vertentes exploradas pela segurança patrimonial 
nesse sentido. Vejamos as mais importantes:
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises por conta de ações criminosas
 Controle de acesso: todos os indivíduos que entram na empresa devem possuir 
identificação própria, individual, que possa informar de forma exata a hora da entrada e da 
saída e, se possível, os setores que transitaram na empresa. O controle de acesso pode ser 
feito por um crachá individual, pela impressão digital, entre outros métodos.
 grau de complexidade do local – se há segredos industriais ou conhecimento 
estratégico, por exemplo;
 nível de investimento na segurança interna – tais providências 
demandam investimentos específicos nessa área, que nem 
sempre é priorizada pela empresa.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises por conta de ações criminosas
 Capacidadetecnológica da empresa: é necessário verificar se a segurança é desenvolvida 
pela própria organização ou se é feita por uma empresa terceirizada. A partir daí é 
necessário verificar a capacidade tecnológica de implementar tais providências. Há 
empresas que não dispõem de tecnologia capaz de suprir tal demanda. Nesse caso, se for 
uma empresa terceirizada, o gestor deve ponderar se demanda da própria empresa essa 
complementação (que custará investimento na aquisição de equipamentos e qualificação de 
pessoal) ou se busca outra empresa no mercado mais preparada para esse grau de 
prestação de serviços.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises por conta de ações criminosas
 Outros aspectos importantes relacionados à prevenção em relação às ações criminosas 
podem ser elencados da seguinte forma:
 Triagem de novos funcionários: a triagem de funcionários pode ser feita em função de 
uma série de pré-requisitos. Evidentemente que a formação necessária para o 
desenvolvimento de determinada função, cursos complementares que venham a auxiliar no 
desempenho profissional e, conforme o caso, experiências específicas, ajudam a escolher o 
perfil certo. Tal atividade normalmente fica a cargo do pessoal 
responsável pela área de recursos humanos da organização.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises por conta de ações criminosas
Há também a possibilidade de avaliar a situação de possíveis passagens criminais do 
candidato. Observe que a análise baseada nos antecedentes criminais segue regramento 
específico, de acordo com as diretrizes legais. Não deve ser utilizado como forma de 
discriminação ao candidato, pois há uma série de circunstâncias que acabaram por tornar a 
certidão de antecedentes criminais bastante controversa:
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises por conta de ações criminosas
 há a possibilidade de o candidato alegar dano moral pelo fato de ter sido solicitada tal 
certidão na admissão;
 mesmo que o candidato tenha sido condenado por algum crime e cumprido já a totalidade da 
pena, portanto já esteja reabilitado, nenhum registro constará na certidão;
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises por conta de ações criminosas
 há entendimento expresso pelo Superior Tribunal do Trabalho “de que a exigência da 
certidão de antecedentes criminais somente seria legítima e não caracterizaria lesão moral 
em caso de expressa previsão em lei ou em razão da natureza do ofício ou do grau especial 
de confiança exigido […]”(TST. Notícias).
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises por conta de ações criminosas
E quais seriam estas situações? O Acordão SbDI-1(TST. RR - 243000-58.2013.5.13.0023) 
deixa claro que:
1. Não é legítima e caracteriza lesão moral a exigência de Certidão de Antecedentes 
Criminais de candidato a emprego quando traduzir tratamento discriminatório ou não se 
justificar em razão de previsão em lei, da natureza do ofício ou do grau especial 
de fidúcia exigido.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises por conta de ações criminosas
2. A exigência de Certidão de Antecedentes Criminais de candidato a emprego é legítima e 
não caracteriza lesão moral quando amparada em expressa previsão legal ou justifica-se 
em razão da natureza do ofício ou do grau especial de fidúcia exigido, a exemplo de 
empregados domésticos, cuidadores de menores, idosos ou deficientes (em creches, asilos 
ou instituições afins), motoristas rodoviários de carga, empregados que laboram no setor da 
agroindústria no manejo de ferramentas de trabalho perfurocortantes, bancários e afins, 
trabalhadores que atuam com substâncias tóxicas, entorpecentes e armas, trabalhadores 
que atuam com informações sigilosas. 
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises por conta de ações criminosas
3. A exigência de Certidão de Antecedentes Criminais, quando ausente alguma das 
justificativas supra, caracteriza dano moral in re ipsa, passível de indenização, 
independentemente de o candidato ao emprego ter ou não sido admitido.
 Todo profissional de gestão deve observar uma regra básica: a atualização é uma 
necessidade. Tudo que estiver consignado neste material didático pode mudar. 
Principalmente, na área de gestão de crises que envolve leis e jurisprudência 
(entendimento dos tribunais).
Crises e Gerenciamento de Crises
Analise as seguintes situações:
I. Vazamentos de informações confidenciais;
II. Vazamentos de documentos da organização;
III. Conduta corrupta.
As crises acima são do grupo de:
a) Crise decorrente de desastres industriais.
b) Crise financeira.
c) Crise patrimonial.
d) Crise de reputação.
e) Crise motivada por boatos.
Interatividade
Analise as seguintes situações:
I. Vazamentos de informações confidenciais;
II. Vazamentos de documentos da organização;
III. Conduta corrupta.
As crises acima são do grupo de:
a) Crise decorrente de desastres industriais.
b) Crise financeira.
c) Crise patrimonial.
d) Crise de reputação.
e) Crise motivada por boatos.
Resposta
 Prevenção nas crises por conta de boatos
 A crise gerada por boatos é significativa, muito especialmente em função das redes sociais. 
Um boato publicado por jornais, revistas, rádios ou televisão é relativamente fácil de ser 
desmentido, pois tais mídias normalmente são responsáveis e, até por questões legais, 
disponibilizam espaço para desmentidos. Contudo, muitas vezes é complicada a plena 
recuperação da imagem. Mas sempre há a possibilidade de ações judiciais para cobrar 
possíveis danos morais, lucros cessantes, entre outros.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises por conta de boatos
 Há, contudo, crises de boatos mais sérias. As redes sociais não têm o mesmo controle. 
As chamadas fake news podem efetivamente ser responsáveis por danos irrecuperáveis. 
Consequências gravíssimas podem ocorrer em função da divulgação de notícias falsas. 
As fake news podem servir a interesses escusos, ou seja, nem sempre são divulgadas em 
função de um erro de interpretação ou de algum equívoco na publicação.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises por conta de questões legais
 Uma empresa envolvida em escândalos de corrupção ou em outros tipos de problemas que 
envolvam o descumprimento do regramento legal é uma empresa que não inspira confiança 
no mercado. Acionistas e clientes deixam de confiar numa estrutura que não seja 
transparente e que cumpra rigorosamente com seus compromissos trabalhistas, fiscais e 
legais, de forma geral. Ainda nessa seção há dois itens que abordam explicitamente esses 
pontos: a governança corporativa e o compliance. Quanto mais transparente e mais 
cumpridora de seus deveres, menos sujeita a crises a organização está sujeita.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Prevenção nas crises por conta de crises de reputação
 As chamadas crises de reputação ou crises de imagem possuem elementos bastante 
distintivos. A crise de imagem é a crise instalada que ganhou alguma mídia (imprensa escrita 
ou falada) ou redes sociais, ou seja, que foi divulgada para certo número de pessoas. Há um 
conflito entre o que se espera de uma organização segura e o que efetivamente se observa, 
divulga e/ou interpreta numa situação de crise (CARDIA, 2015, p. 3-24).
Crises e Gerenciamento de Crises
 Princípio da estrita legalidade
 A estrita legalidade tem a ver com o cumprimento rigoroso de todos os regramentos, sejam 
os internos, sejam os externos, ou seja, as leis municipais, estaduais e federais as quais a 
organização está sujeita.
 Não deveria ser nem objeto de observação e atenção a estrita legalidade haja vista se 
constituir em obrigação de qualquer organização.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Princípio da qualidade
 Há várias definições de qualidade. A maior parte define qualidade em função de uma 
motivação subjetiva. Por exemplo, qualidade de produtotem a ver com o que o consumidor 
deseja ou necessita de algum produto. Contudo, os desejos e necessidades variam. Claro 
que todos precisam se alimentar. Mas as opções entre um sanduíche ou uma refeição 
completa passam por várias instâncias que repousam nas necessidades e desejos de cada 
consumidor. Da mesma forma outras vertentes da qualidade também podem ser exploradas 
dentro dessa margem subjetiva.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Princípio da qualidade
 “O aspecto objetivo, mensurável da Qualidade, é o processo. É através dele que se pode 
implantar sistemas como o da ISO-9000, por exemplo. Isto pode ser aplicado desde a 
fabricação de um automóvel até a confecção de um sanduíche. Utilizemo-nos de dois 
exemplos de Qualidade nas atividades citadas: o veículo Rolls Royce e os sanduíches 
McDonald`s. Tanto um quanto o outro têm todas as suas etapas de desenvolvimento bem 
estabelecidas. É a valorização dos processos”. Continua...
Crises e Gerenciamento de Crises
 Princípio da qualidade
 “A tinta na coloração exata, as máquinas da linha de produção perfeitamente reguladas, os 
parafusos nos lugares corretos, o tempo de fabricação perfeitamente controlado, um veículo 
exatamente igual ao outro. Da mesma forma, os componentes do sanduíche sempre do 
mesmo fornecedor, a chapa de fritura aquecida na mesma temperatura, a forma do 
manuseio do sanduíche sempre com higiene resultando num produto final bastante 
parecido, independente da lanchonete que se utilize. É o chamado padrão de Qualidade” 
(ESPUNY [s.d.]).
Crises e Gerenciamento de Crises
 Princípio da ética e da moralidade
 Esse princípio está ligado ao ambiente saudável que deve permear todas as relações no 
interior de uma organização. Há uma confusão entre a questão da competitividade e da ética 
ou da boa conduta. Os gestores em geral e a alta direção das organizações precisam estar 
absolutamente conscientes de que uma empresa não consegue fixar condutas nem ter um 
desenvolvimento seguro se não estiver lastreada por boas práticas e difundir um ambiente 
de honestidade e respeito a valores éticos.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Princípio da ética e da moralidade
 Como observa Espuny et al. (2008, p. 42-43):
 O gestor deve iniciar fazendo uma reflexão dos princípios éticos da organização (...).
Departamentos e setores que cultuam o “jeitinho” com as mais variadas desculpas, tais como 
mostrar uma pseudoeficácia, devem – prontamente – ser corrigidos.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Princípio da interdisciplinaridade
 O princípio da interdisciplinaridade concerne à integração de conhecimentos. Profissionais 
qualificados que integram o Comitê de Crise devem ser oriundos dos mais diversos setores 
da organização: administrativo, operacional, da segurança e saúde do trabalho, da 
segurança empresarial, representante da alta direção, entre outros possíveis, conforme o 
tamanho da empresa.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Iniciativas da organização: vacinas contra crises
1) NRs: prevenção para todo e qualquer tipo de crise
 O gestor de gerenciamento de crises deve estimular e exigir o pleno atendimento às Normas 
Regulamentadoras (NRs) que auxiliam na segurança e saúde no ambiente de trabalho;
2) Governança corporativa
 A governança corporativa tem por objetivo desenvolver uma série de regras e práticas que 
buscam o sucesso da organização.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Iniciativas da organização: vacinas contra crises
3) Compliance
 O termo compliance advém do inglês to comply, que significa estar de acordo, cumprir, 
obedecer. No âmbito organizacional, as práticas de compliance buscam conformar as 
atividades da empresa de acordo com os regramentos externos (leis) e internos (regimentos 
internos, determinações superiores). A governança corporativa e o compliance têm 
semelhanças no que se refere à transparência.
Crises e Gerenciamento de Crises
 Iniciativas da organização: vacinas contra crises
4) Inteligência nas organizações
 A inteligência nas organizações privadas tem sido cada vez mais frequente. 
Os estudos e as pesquisas na área de inteligência sempre foram especialmente 
fomentados pela área pública.
5) Análise de Riscos
Crises e Gerenciamento de Crises
Analise as seguintes situações:
I. Sabotagens;
II. Fraudes;
III. Vandalismos.
As crises acima são do grupo de:
a) Crise decorrente de ações criminosas.
b) Crise financeira.
c) Crise patrimonial.
d) Crise de reputação.
e) Crise motivada por boatos.
Interatividade
Analise as seguintes situações:
I. Sabotagens;
II. Fraudes;
III. Vandalismos.
As crises acima são do grupo de:
a) Crise decorrente de ações criminosas.
b) Crise financeira.
c) Crise patrimonial.
d) Crise de reputação.
e) Crise motivada por boatos.
Resposta
CARDIA, Wesley. Crises de imagem e gerenciamento de crises. Rio de Janeiro: Mauad X, 2015.
COSTA, Enezio Mariano et al. A Certificação ISO 14001 e o endividamento das empresas brasileiras. 
XXV Congresso Brasileiro de Custos. Novembro de 2018. Disponível em: 
https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/4420/4421. Acesso em: 18 ago. 2019.
DICIONÁRIO ETIMOLÓGICO. Etimologia e origem das palavras. Origem da Palavra Crise. Disponível 
em: https://www.dicionarioetimologico.com.br/crise/. Acesso em: 26 mai. 2019.
ESPUNY, Herbert Gonçalves; SANTOS FILHO, Daniel Reis dos; LIMA, Eduardo Oliveira de; FERREIRA, 
Edson. Princípios Organizacionais para o Gerenciamento de Crises. Trabalho de Conclusão de MBA em 
Gestão Estratégica de Segurança Empresarial, em 2008. Orientador: Carlos Alberto Antônio Caruso. 
Universidade Anhembi-Morumbi, São Paulo – SP.
Referências 
ESPUNY, Herbert Gonçalves. O que é Qualidade? Publicado no sítio Net Saber Resumos. Disponível 
em: http://resumos.netsaber.com.br/resumo-87432/o-que-e-qualidade-. Acesso em: 04 mai. 2019.
TST. Notícias. Fábrica de biscoitos é condenada por exigir certidão de antecedentes criminais na 
admissão. Disponível em: http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/fabrica-de-
biscoitos-e-condenada-por-exigir-certidao-de-antecedentes-criminais-na-admissao?inheritRedirect=false. 
Acesso em: 24 ago. 2019.
Referências
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