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TEORIAS EDUCACIONAIS

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS TEORIAS EDUCACIONAIS 
Educação, do latim “educere” = conduzir para fora ou direcionar para fora. Possui significado amplo, 
variando conforme a sociedade, a cultura e o momento histórico, abrangendo processo e ação. 
Em algum momento e de algum modo você se envolve com a educação. Para aprender, ensinar, fazer, 
ser e até conviver, a vida mistura-se com a educação. A educação está tão impregnada na existência dos 
seres humanos que, de maneira geral, é mais vivenciada do que pensada. Com isso, ela demorou para 
se tornar uma preocupação dos teóricos. 
DEFINIÇÃO DE TEORIAS EDUCACIONAIS 
Termo “teoria” na área da educação: utilizado quando se deseja apresentar algumas ideias ou hipóteses 
que se estabeleceram historicamente (por trabalhos, estudos e observações), feitas por pesquisadores 
na área educacional. 
Termo “teoria da educação”: a ciência que pesquisa o valor e os limites da educação como processo de 
edificação e de libertação do ser humano, e que deseja explicar o verdadeiro sentido e sua dimensão, 
conceitual e fidedigno do processo educativo do indivíduo.” Sendo assim, as teorias educacionais são 
modelos de natureza, predominantemente normativa e com objetivo de prescrever as melhores formas 
de se ensinar. 
-> Concepções educacionais das teorias educacionais se estabeleceram em três níveis: 
• Nível filosófico; 
• Nível sociológico; 
• Nível pedagógico. 
IMPORTÂNCIA DAS TEORIAS EDUCACIONAIS 
 Elas demonstram o presente e apontam o futuro possível; 
 Visam a formação integral dos humanos, com desenvolvimento de suas potencialidades, tornando-
lhes sujeito de sua própria história e não objeto dela; 
 As teorias educacionais oferecem elementos básicos para a prática educativa e para sua 
transformação; 
 São um instrumento eficaz de formação do educador capaz de levá-lo a superar o senso comum, 
o ativismo inconsequente e o verbalismo estéril; 
 O estudo delas é fundamental pois servirá de base estrutural para as práticas educacionais. 
ORIGEM DAS TEORIAS EDUCACIONAIS NO MUNDO 
Historicamente identifica-se que a prática da educação é muito anterior do que o pensamento pedagógico, 
este surgiu somente com a reflexão sobre a prática da educação, de como ela deveria ser sistematizada 
e organizada para atingir certos objetivos. Na pré-história, a educação considerava a transmissão de 
saberes que possibilitassem a sobrevivência do próprio indivíduo e de seus pares na sua sociedade. 
A ORIGEM DAS TEORIAS EDUCACIONAIS NO MUNDO E NO BRASIL 
-Educação primitiva no oriente: essencialmente prática e ligada à religião. O princípio pedagógico mais 
antigo foi o taoísmo (tao=razão universal), baseado em uma vida tranquila, pacífica e quieta. 
• China tradicional - baseado em Confúcio, o ensino é dogmático, memorizado e possui sistema de 
hierarquia e obediência. 
• Educação hinduísta - baseada em classes hereditárias, ou seja, mulheres não tinham direito à 
educação. 
• Egípcios - primeiros a ter consciência da importância de ensinar com leitura, escrita, história dos 
cultos, astronomia, música e medicina. 
• Hebreus – mantiveram as informações sobre a história, assim o mundo herdou um conjunto de 
princípios e tradições até hoje. A educação hebraica era rigorosa, pregando medo a Deus e 
submissão aos pais, baseado na repetição e revisão. 
A educação primitiva no oriente ocorreu com características semelhantes, fundamentais na tradição e 
culto aos velhos. Tendências religiosas da educação primitiva: 
• Panteísmo no extremo oriente; 
• Teocratismo hebreu; 
• Misticismo hindu; 
• Magicismo babilônico. 
-Educação na Grécia: serviu de berço para a cultura, civilização e educação ocidental, bem como, atingiu 
o ideal mais avançado da educação na Antiguidade, denominada paideia (modelo de educação 
integradora, que acompanha o ser humano por toda vida, indo além dos muros escolares). 
O ambiente grego era rico em tendências pedagógicas. Alguns teóricos que se destacaram: 
• Sócrates: acreditava no autoconhecimento do educando e estimulava o diálogo crítico; 
• Platão: tinha como pressuposto a elevação do “espírito” do educando; 
• Aristóteles: é realista na sua concepção educacional, mostrando-se favorável a medidas 
educacionais, acredita que se aprende fazendo; 
• Pitágoras: pretendia realizar na vida a ordem que via no universo, estudando a matemática e sua 
afinidade com o universo; 
• Isócrates: centrava o ato educativo na linguagem e na retórica; 
• Xenofontes: primeiro a refletir sobre educação para mulheres. 
-Educação em Roma: o Estado assumiu a educação. Os estudos dos romanos eram essencialmente 
humanistas, que equivale paideia grega. (A cultura humanista é universalizada, que não se restringe ao 
ideal de homem sábio, mas se estende à formação do homem virtuoso, como ser moral, político e 
literário). 
Teóricos que se destacaram em Roma: 
• Marco Terêncio Varrão: escreveu uma enciclopédia didática na qual discute o ensino da gramática; 
• Marco Túlio Cícero: a educação integral do orador requeria cultura geral, formação jurídica, 
argumentação filosófica e o desenvolvimento de habilidades literárias e teatrais; 
• Sêneca: defendia a educação à vida e à individualidade. Enfatizava a educação moral, dando 
menos importância à retórica e partindo da premissa que educação deveria ser prática e vivificada 
pelo exemplo; 
• Plutarco: enfatizava uma educação que demonstrasse a biografia dos grandes homens, servindo 
de exemplos vivos de virtude e de caráter e reconhecia a importância da música na educação; 
• Marco Fábio Quintiliano: foi um dos mais respeitados pedagogos da época. Ele defendeu o ideal 
educacional da eloquência perfeita. Eloquente é saber falar com o público de maneira convincente 
+ sábio. Ele defendeu a utilização do lúdico no processo ensino-aprendizagem, o estudo grupal, a 
inclusão de exercícios físicos moderados e o estudo da gramática. 
-Na idade média a educação permaneceu um privilégio restrito das classes mais favorecidas 
economicamente. Houve a determinação do limite da influência da cultura Greco-romana, devido ao 
declínio do Império Romano e invasões dos bárbaros. 
• No final da Antiguidade e início do período Medieval: principal função da educação era a salvação 
da alma e a vida eterna; 
• Na igreja cristã, do ponto de vista pedagógico: Jesus foi considerado um grande educador popular 
e bem sucedido, utilizava uma pedagogia para a vida (dominava a linguagem erudita, mas sabia 
falar com os mais humildes); 
• Nos séculos VI e VII nasce o império árabe e Maomé funda o Islamismo com sua doutrina no 
Alcorão: eles não queriam acabar com a cultura grega e iniciaram a vida escolástica que busca 
harmonizar a razão histórica com a fé cristã; 
• Final: surgimento de especialistas, mestres e doutores e a criação de universidades como a de 
Paris, Bolonha, Oxford e Viena. A maior parte das mulheres ainda não tinha acesso à educação 
formal. 
Os estudos medievais eram divididos em duas partes: 
• Trivium: estudo da gramática, retórica e dialética, correspondendo ao ensino médio, mais comum 
e mais popular; 
• Quadrivium: estudo da geometria, aritmética, astronomia e música, formando categorias superior 
de ensino. 
Para muitos, a Idade Média não foi a Idade das Trevas, da ignorância e do obscurantismo, como os 
ideólogos do Renascimento afirmaram. Na verdade, ela foi cheia de luta pela autonomia, com greves e 
grandes debates livres. Na Idade Média se destacam alguns teóricos: 
• Santo Agostinho: grande pensador, o mais importante filósofo e teólogo, entre a Antiguidade e a 
Idade Média. Defendeu a ideia que toda necessidade humana, incluindo a aprendizagem, só pode 
ser satisfeita por deus. Recomendou aos educadores: jovialidade, alegria, paz e também a 
utilização de brincadeira; 
• São Tomás de Aquino: filósofo, teólogo, ativo organizador de estudos, reformador de programas 
de ensino, fundador de escolas superiorese professor. Defendeu que a educação habitua ao 
educando todas suas potencialidades. Tinha como autêntico ensino a capacidade de admirar e 
perguntar, evitando o tédio. 
-Até o início do Renascimento, o analfabetismo imperava pelos diversos países do continente europeu. 
A educação tornou-se mais prática e priorizou a formação do homem burguês. O pensamento pedagógico 
se caracterizava por uma revalorização da cultura greco-romana. O renascimento pedagógico é unido a 
fatores do progresso histórico, tais como: 
• Grandes navegações, que originaram o capitalismo comercial; 
• A invenção da imprensa, que disseminou o saber e a revolta; 
• O achado da bússola, que permitiu as grandes navegações; 
• O uso da pólvora, que impulsionou as guerras; 
• A imigração dos sábios bizantinos, que influenciou o pensamento pedagógico. 
No Renascimento, destacam-se os teóricos abaixo: 
• Vittorino da Feltre: humanista e cristão, propôs a primeira “escola nova” e uma educação 
individualizada com autogoverno dos alunos; 
• François Rabelais: criticou o formalismo da educação escolástica, valorizou as ciências da 
natureza, do homem, os estudos clássicos, porém, de forma exagerada; 
• Michel de Montaigne: repudiou a erudição, disciplina escolástica e criticou Rabelais pelo 
enciclopedismo. Para ele, os professores deveriam ter a cabeça antes melhor que provida de 
ciência. Foi considerado um dos fundadores da pedagogia na Idade Média; 
• Martinho Lutero: líder da Reforma Protestante (liberdade de consciência contra a imposição do 
catolicismo). Nos países protestantes, o controle da escola foi passado para o Estado, mas não 
consistia em uma escola pública, leiga, obrigatória, universal e gratuita. 
• Inácio de Loyola: fundador da educação jesuítica. Os jesuítas influenciavam a vida social e política, 
contrários ao espírito crítico, privilegiavam o dogma, a conservação da tradição, a educação mais 
científica e moral que humanista. No mundo colonial atuavam na formação burguesa e na 
formação catequética. 
O início das teorias educacionais no Brasil: o país era visto como uma colônia com riquezas a serem 
exploradas por Portugal, ou seja, a educação não era prioridade. 
• Em 1549 chegam os primeiros missionários religiosos católicos jesuítas da Companhia de Jesus 
e fundaram em Salvador o primeiro colégio. Eles priorizavam os valores religiosos, como um 
ensino conservador e a educação elementar, o letramento era uma consequência, não o objetivo 
inicial. A população de iletrados começa a ser devido ao sistema agrário e escravista; 
• Em 1759, com a reforma pombalina, os jesuítas foram expulsos do território português e de todas 
as suas colônias pelo Marquês de Pombal, devido a uma modificação na estrutura educacional 
portuguesa. Houve um período rico em reflexões pedagógicas, inspirado pelo iluminismo, porém, 
causou atrasos na educação, devido a descontinuidade de estudos, agravando o analfabetismo. 
• Após a monarquia ser substituída pela república, começa a se estabelecer um tipo de escola 
elementar universal, leiga, gratuita e obrigatória no Brasil. 
ATIVIDADES: 
1. Neste capítulo, você verificou a importância de estudar e compreender as teorias educacionais. 
Elabore um parágrafo de três a cinco linhas sobre o que você compreendeu da importância do 
estudo das teorias educacionais. 
O estudo das teorias educacionais é relevante pois elas oferecem elementos teóricos básicos para a 
prática educativa e sua transformação. Além disso, ao estudá-las, visa-se a formação integral dos seres 
humanos, focando no desenvolvimento de suas potencialidades e tornando-os sujeitos protagonistas de 
suas próprias histórias e não apenas objeto delas. As teorias educacionais também demonstram o 
presente e apontam um futuro possível. 
2. Você estudou várias personalidades que propuseram diferentes teorias educacionais. Escolha 
uma personalidade destacada no Oriente, na Grécia, em Roma, na Idade Média e no 
Renascimento; e faça uma pesquisa sobre a personalidade escolhida, destacando o seu papel na 
educação. 
Oriente 
Egípcios - primeiros a ter consciência da importância de ensinar com leitura, escrita, história dos cultos, 
astronomia, música e medicina. 
Grécia 
Xenofontes: primeiro a refletir sobre educação para mulheres. 
Roma 
Marco Fábio Quintiliano: foi um dos mais respeitados pedagogos da época. Ele defendeu o ideal 
educacional da eloquência perfeita. Eloquente é saber falar com o público de maneira convincente + 
sábio. Ele defendeu a utilização do lúdico no processo ensino-aprendizagem, o estudo grupal, a inclusão 
de exercícios físicos moderados e o estudo da gramática. 
Idade Média 
São Tomás de Aquino: filósofo, teólogo, ativo organizador de estudos, reformador de programas de 
ensino, fundador de escolas superiores e professor. Defendeu que a educação habitua ao educando 
todas suas potencialidades. Tinha como autêntico ensino a capacidade de admirar e perguntar, evitando 
o tédio. 
Renascimento 
Martinho Lutero: líder da Reforma Protestante (liberdade de consciência contra a imposição do 
catolicismo). Nos países protestantes, o controle da escola foi passado para o Estado, mas não consistia 
em uma escola pública, leiga, obrigatória, universal e gratuita. 
3. Utilize os termos abaixo e preencha as lacunas das frases: 
Oriente Grécia Roma Idade Média Renascimento 
a. No Renascimento, o pensamento pedagógico se caracterizava por uma revalorização da cultura 
greco-romana. 
b. Os estudos em Roma eram essencialmente humanistas. 
c. No Oriente, a educação primitiva ocorreu com características semelhantes, fundamentadas na tradição 
e culto aos velhos, porém, foi guiada por tendências religiosas diferentes. 
d. A Grécia era rica em tendências pedagógicas. 
e. Na Idade Média, a principal função da educação era a salvação da alma e a vida eterna. 
 
TEORIAS BEHAVIORISTAS 
 
Teorias da aprendizagem – se desenvolvem em um contexto descritivo, apresentando os elementos 
considerados necessários para que a aprendizagem ocorra e ainda descrevem como a aprendizagem 
acontece. Essas teorias subscrevem métodos e técnicas propostas no âmbito das teorias de educação. 
Exemplo: teorias behavioristas, neobehavioristas, cognitivistas, humanistas, socioculturais e libertadoras. 
Teorias de ensino - são de prevalência normativa e prescritiva, prescrevendo as melhores formas de 
ensinar. 
-> O behaviorismo (do inglês behavior) significa comportamento. 
Behaviorismo metodológico: caráter empirista (em que o ser humano aprende a partir de seu ambiente, 
sem heranças biológicas ao nascer) e determinista (baseada em estímulo-resposta). 
Behaviorismo radical: não pressupõe que o ser humano seja desprovido de qualquer herança fisiológica 
e genética. 
• Ivan Pavlov: fisiologista russo que teve um papel importante no desenvolvimento das teorias 
behavioristas. Pavlov realizou experimentos com cães, alimentos e sons de campainhas, 
verificando a reação dos cães a estímulos e analisando suas salivações. A partir disso, ele postulou 
que o reflexo condicionado teria um papel importante no comportamento humano e na educação. 
O trabalho de Pavlol serviu de base para John Watson fundar o comportamentalismo/behaviorismo 
no mundo ocidental. 
• John Watson: psicólogo estadunidense, considerado o fundador do behaviorismo, termo utilizado 
para enfatizar sua preocupação com os aspectos observáveis do comportamento. Suas pesquisas 
foram direcionadas mais nos estímulos do que nas suas consequências. Para ele, o 
comportamento era composto inteiramente de impulsos fisiológicos. Com isso, Watson propôs dois 
princípios para a aprendizagem: 
-Princípio da frequência: quanto mais frequentemente é associada uma dada resposta a um dado 
estímulo, mais provavelmente se associará outra vez, cabendo ao professor promover o maior número 
de vezes possível a um estímulo para que o aprendiz adquira conhecimentos. 
-Princípioda recentidade: quanto mais recentemente é associada uma dada resposta a um dado 
estímulo, mais provavelmente será associado outra vez, cabendo ao professor proporcionar ao estudante 
o vínculo mais recente possível entre a resposta que ele quer que o aluno aprenda e o estímulo a ela 
relacionado. 
• Burrhus Frederic Skinner: psicólogo, inventor, filósofo e mais famoso dos behavioristas. Sua 
concepção de ensino está relacionada ao processo de condicionamento pelo uso de reforço das 
respostas que se quer obter. Nesse método, o aluno é reforçado ao completar uma tarefa, como 
um exercício, por exemplo. O objetivo de Skinner era descobrir as leis naturais que regem as 
reações do organismo que aprende, aumentando o controle das variáveis que o afetam, com base 
no estudo científico do comportamento. 
Etapas básicas de um processo de ensino aprendizagem 
1. Estabelecer os comportamentos terminais, por meio dos objetivos instrucionais; 
2. Analisar a tarefa de aprendizagem, para ordenar sequencialmente os passos da instrução; 
3. Executar o programa, reforçando gradualmente as respostas corretas correspondentes aos 
objetivos. 
TEORIAS NEOBEHAVIORISTAS E HUMANISTAS 
A corrente neobehaviorista nasceu de uma transição entre o behaviorismo clássico e o cognitivismo. 
• Robert Gagné (psicólogo educacional): sua teoria entendia a aprendizagem como uma 
modificação na capacidade cognitiva do homem. Ativada pela estimulação do ambiente exterior 
(input) que provoca uma modificação do comportamento observada como o desempenho humano 
(output). Para ele, cabe ao professor promover a aprendizagem, por um conjunto de eventos 
planejados para iniciar, ativar e manter a aprendizagem do aluno. 
Os eventos internos que compõem o ato de aprendizagem podem ser analisados pelas seguintes fases: 
1) Fase de motivação (expectativa); 
2) Fase de apreensão (atenção seletiva); 
3) Fase de aquisição (entrada de armazenamento); 
4) Fase de generalização (transferência); 
5) Fase de rememoração (recuperação); 
6) Fase de retenção (armazenamento na memória); 
7) Fase de desempenho (resposta); 
8) Fase de retroalimentação (reforço). 
Nessa teoria, a aprendizagem estabelece estados persistentes no aprendiz, denominadas capacidades 
humanas: 
Informação verbal – habilidades intelectuais – estratégias cognitivas – atitudes – habilidades motoras 
• Edward Tolman (psicólogo): propôs uma teoria com abordagem behaviorista intencional e 
denomina “cognição” como um resultado entre estímulos e respostas que dirigem o 
comportamento. 
Algumas implicações da teoria para o ensino-aprendizagem: 
1) A intenção e a meta dirigem o comportamento e não a recompensa (reforço) em si - É importante 
o professor evidenciar ao estudante a meta que ele pode atingir, caso responda corretamente a 
um dado estímulo; 
2) As conexões que explicam o comportamento envolvem ligações entre estímulos e expectativas, 
que se desenvolvem como função de exposição a situações nas quais o reforço é possível - O 
professor deverá reforçar as conexões entre estímulos e expectativas, para que o aluno apresente 
um comportamento desejado; 
3) O que é aprendido é uma relação entre estímulos e expectativas de atingir um objetivo - O 
professor deve promover a aprendizagem do aluno pelo fortalecimento da ligação entre um sinal 
(estímulo) e um significado, confirmando a expectativa de recompensa do aluno. 
Na corrente humanista existem relações entre o desenvolvimento humano e o conhecimento. 
• Carl Rogers (psicólogo): propôs uma abordagem humanista que objetivava o crescimento pessoal 
do aluno. 
Na sua teoria, se destaca: 
1) Sistema educacional: tem como objetivo facilitar a aprendizagem e seu ponto final deve ser o 
desenvolvimento de pessoas plenamente atuantes; 
2) Professor: para que seja um facilitador, ele precisa ser uma pessoa verdadeira, autêntica, genuína, 
despojando-se do tradicional e tornando-se uma pessoa real com seus alunos, estabelecendo 
assim, uma relação duradoura de confiança e aceitação.; 
3) Aprendizagem significante: envolve a pessoa do aprendiz, sentimentos e intelecto, sendo mais 
duradoura e penetrante; 
4) Avaliação: por outros ela tem importância secundária, mas a autocrítica e a autoavaliação são 
básicas. 
TEORIAS COGNITIVAS 
A corrente cognitivista enfatiza o processo de cognição, são as teorias que pesquisam os “processos 
centrais” do indivíduo, como o comportamento. Alguns construtivistas com ênfase na cognição: 
• Jerome Brunner (psicólogo): para ele, o que é relevante no ensino é sua estrutura, ideias e 
relações. Propôs tirar a ênfase no ensino das disciplinas e colocar no contexto dos problemas que 
a sociedade enfrenta. Concluiu que a elaboração de um currículo não é suficiente para a melhoria 
da educação, pois ela é profundamente política. 
Segundo a teoria dele, há duas maneiras de ensinar: 
1) Método da descoberta: consiste em conteúdos percebidos pelo aluno em problemas, relações e 
lacunas que ele deve preencher para que a aprendizagem seja significativa. Esse método é similar 
à descoberta que um cientista faz em seu laboratório. 
2) Currículo em espiral: significa que o aluno deve ter a oportunidade de ver o mesmo tópico mais de 
uma vez, em diferentes níveis de profundidade e com diferentes formas de representação. 
• Jean Piaget (biólogo, psicólogo e epistemólogo): reconhecido por seus estudos sobre os 
processos de construção do pensamento nas crianças. O construtivismo piagetiano para o 
processo ensino aprendizagem foi muito difundido e utilizado. 
A teoria cognitiva da aprendizagem de Piaget separa o desenvolvimento cognitivo em quatro períodos: 
1) Sensório-motor: 0 a 2 anos; 
2) Pré-operacional: 2 a 7 anos; 
3) Operacional concreto: 7 a 12 anos; 
4) Operacional lógico-formal: 12 a 17 anos. 
Para Piaget, o crescimento cognitivo da criança ocorre através da assimilação e acomodação: 
-O indivíduo constrói esquemas de assimilação mentais para abordar a realidade, havendo aprendizagem 
quando o esquema de assimilação sofre acomodação. 
-Ensinar significa provocar o desequilíbrio na mente da criança, para que ela se reestruture 
cognitivamente e aprenda, a partir de um reequilíbrio. 
-> Piaget criticou a escola tradicional: pois acreditava que os sistemas tradicionais objetivavam mais 
acomodar a criança nos conhecimentos tradicionais do que formar inteligências inventivas e críticas. 
• David Ausubel (psicólogo da educação): reconhecido por propor o conceito de aprendizagem 
significativa. Nela, uma nova informação interage com uma estrutura de conhecimento específica. 
Com isso, a aprendizagem significativa ocorre quando a nova informação se aporta em conceitos 
relevantes (subsunçores) pré-existentes na estrutura cognitiva. 
Diferença entre as aprendizagens: 
1) Mecânica: uma nova informação é armazenada de maneira arbitrária e literal, não interagindo com 
aquela já existente na estrutura cognitiva. (decoreba) 
2) Significativa: uma nova informação se relaciona de maneira não arbitrária e substantiva (não-
literal) à estrutura cognitiva do aprendiz. 
Na aplicação de teoria ausubeliana, o professor precisa realizar quatro etapas fundamentais: 
1) Determinar a estrutura conceitual e proposicional de matéria, organizando os conceitos e princípios 
hierarquicamente; 
2) Identificar quais os subsunçores relevantes à aprendizagem do conteúdo a ser ensinado (que o 
aluno deveria ter na sua estrutura cognitiva para poder aprender de forma significativa); 
3) Determinar dentre os subsunçores, quais estão disponíveis na estrutura cognitiva do aluno; 
4) Ensinar utilizando recursos e princípios que facilitem a assimilação da matéria pelo aluno com 
aquisição de significados claros, estáveis e transferíveis. 
TEORIAS SÓCIO-CULTURAIS E LIBERTADORAS 
Nas correntes socioculturais e libertadoras os processos educativos não estão restritos à educação 
formal, mas direcionado a um processo de ensinoe aprendizagem inserido na sociedade. O foco é no 
sujeito, sendo ele elaborador e criador do conhecimento. 
• Lev Vygotsky (psicólogo): propôs a psicologia cultural-histórica (a sociedade e a cultura têm uma 
função efetiva na formação). Está centrada na atividade, sendo ela, a unidade de construção da 
consciência, um sistema de transformação do meio com ajuda de instrumentos e signos, sendo 
por meio dela, desenvolvidos os processos psicológicos superiores. O desenvolvimento humano 
está definido pela interiorização dos instrumentos e signos, e pela conversão dos sistemas de 
regulação externos em meios de autorregulação. 
Um dos conceitos mais originais da teoria de Vygotsky é o da zona de desenvolvimento proximal. Trata-
se de um desnível intelectual avançado em que uma criança, com o auxílio direto ou indireto de um adulto, 
pode desempenhar tarefas que ela, sozinha, não faria por estarem acima do seu nível de 
desenvolvimento. 
Pilares básicos do pensamento de Vygotsky: 
1) As funções psicológicas têm um suporte biológico, sendo produtos da atividade cerebral; 
2) O funcionamento psicológico baseia-se nas relações sociais, que se desenvolvem num processo histórico; 
3) A cultura é parte essencial da natureza humana; 
4) A relação homem/mundo é mediada por sistemas simbólicos. 
Na teoria de Vygotsky, o objetivo geral: 
• Da educação era o desenvolvimento da consciência construída culturalmente; 
• Da escola era ter um papel importante como motor desse desenvolvimento; 
• Do professor é que ele assumiria uma figura importante como elemento-chave nas interações sociais do 
estudante; 
• Da aprendizagem, depende da riqueza do sistema de signos transmitido e como são utilizados. Os sistemas 
de signos, a linguagem e os diagramas possuem um papel relevante. 
 
• Paulo Freire (educador e filósofo): propôs uma teoria do conhecimento, uma filosofia da educação. A grande 
originalidade da sua teoria está no fato de considerar a educação como libertadora, sua proposta tem 
enfoque na transformação social, ou seja, na transformação total da sociedade. 
Na teoria de Freire, o objetivo era: 
• Do conteúdo: não existia um programa de conteúdo definido previamente. Os temas debatidos eram 
estabelecidos pelo grupo e não pelos educadores; 
• Dos educadores: tinham o papel de orientar os alunos, enriquecendo os debates e propondo temas 
secundários, impulsionando o processo educativo; 
• Dos alunos era adquirir uma postura crítica; 
• O papel da escola não era próprio da pedagogia libertadora, pois a sua marca estava na atuação não formal. 
Freire também argumentava que existe uma sabedoria popular que deve ser levada em conta, no sentido de uma 
conscientização, visando a transformação social. Em relação à maneira de trabalhar, ele priorizava a hierarquia 
horizontal entre educador e educando, em que professor e alunos aprendem juntos com intensa interação, ao 
contrário da forma tradicional de ensino centrada na autoridade de um professor. No entanto, não elimina a 
hierarquia professor-aluno, apenas pressupunha uma participação igualitária de ambos no processo de 
aprendizagem. Com isso, educadores engajados do ensino escolar vêm adotando pressupostos da pedagogia 
Freireana. Porém, sua transposição para a educação formal, especialmente para o ensino de ciências, não é trivial 
e requer pesquisa. 
-> Principais contribuições de Freire: 
1) Teoria dialética do conhecimento: a melhor maneira de refletir é pensar o concreto – pensar a prática e 
retornar a ela para transformá-la; 
2) Categoria de pedagogia da conscientização: visando pela educação a autonomia intelectual do cidadão para 
intervir na realidade - a educação como um ato político.

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