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PATOLOGIAS DO SISTEMA NERVOSO Daniela Mello Vianna Ferrer, Dsc. I. Introdução ◼ Principal objetivo é reconhecer as doenças comuns do SN pela correlação dos achados clínicos com a localização e a natureza da lesão (identificar quais são tratáveis). ◼ A epidemiologia é extremamente importante para o diagnóstico das doenças. Cada região tem uma característica própria. ◼ Não são comuns doenças com presença de lesões discretas do SNC e sim lesões difusas causadas por vários agentes. ◼ Doenças primárias (anatômicas) / Doenças secundárias (funcionais) II. Doenças Difusas do Encéfalo 1. Hipoxia Cerebral ◼ Etiologia: ocorre quando o suprimento de O2 para o encéfalo é reduzido por qualquer razão. A síndrome aguda ou crônica desenvolve-se conforme a agudeza da privação. Todas as formas de hipoxia (anêmicas, anóxicas, histotóxicas e estagnantes) causam algum grau de hipoxia cerebral, mas os sinais referíveis de disfunção cerebral ocorrem somente quando a hipoxia é grave. a.Hipoxia cerebral secundária à hipoxia geral (sistêmica): insuficiência cardíaca aguda na deficiência grave de cobre em bovinos, acidentes anestésicos, hipoxia intraparto em bezerros de parto prolongado, pneumonias, insuficiência cardíaca congestiva terminais e intoxicações por ácido cianídrico ou nitrito. b.Hipoxia cerebral secundária à lesão intracraniana: edema cerebral e pressão intracraniana aumentada. ◼ Patogênese: SNC é extremamente sensível a hipoxia, e ocorrerá degeneração se a privação for extrema e prolongada por mais de alguns minutos. Os efeitos variam com a velocidade e com o início da gravidade. ◼ Tratamento: fornecimento de O2 (quando possível), remoção do agente causador e nos casos agudos pode ser usado um estimulante respiratório. II. Doenças Difusas do Encéfalo 2. Aumento da Pressão Intracraniana, Edema Cerebral e Tumefação do Encéfalo ◼ Etiologia: o edema cerebral difuso e a tumefação do encéfalo geralmente ocorrem de forma aguda e causam aumento da pressão intracraniana, sendo raramente doenças primárias e sempre acompanham outras doenças. a.Edema Vasogênico: quando houver um aumento na permeabilidade do endotélio capilar. b.Edema Citotóxico: quando todos os elementos do tecido cerebral, células da glia, neurônios e células endoteliais sofrerem tumefação. ◼ Patogênese: doença potencialmente de risco de vida por causa restrita de capacidade de acomodação do aumento do volume dentro dos limites do crânio. Edema cerebral ocorre em todos os estados patológicos, degenerativos ou inflamatórios, traumáticos ou neoplásicos. a.Edema Vasogênico: agressão primária na parede dos vasos sangüíneos cerebrais, permitindo o extravasamento do líquido plasmático da circulação. b.Edema Citotóxico: resulta de lesões das células glias que pertubam a regulação osmótica das células pela depleção dos estoques de energia e falência das bombas iônicas dependentes de energia, que leva a tumefação celular. II. Doenças Difusas do Encéfalo 2. Aumento da Pressão Intracraniana, Edema Cerebral e Tumefação do Encéfalo ◼ Achados Clínicos: há cegueira central e ataques periódicos de anormalidades como opistótomo, nistagmo, ataxia, tremores musculares e convulsões significativas. ◼ Patologia Clínica: depende da doença específica responsável pelo edema. ◼ Tratamento: vai responder em termos gerais ao tratamento parenteral com soluções hipertônicas (citotóxico) e corticosteróides (vasogênico). Deve se tratar a causa primária da doença e terapia de suporte. II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite ◼ Etiologia: muitas encefalites de grandes animais são causadas por vírus, mas outros agentes infecciosos também são comuns. a.Em todas as espécies: infecções virais (raiva, pseudo-raiva), infecções bacterianas (de animais neonatos) e encefalomielite verminótica. b.Bovinos: infecções virais (febre catarral maligna e herpesvírus bovino 5), infecções bacterianas (listeriose, botulismo e Haemophilus sommus). II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite ◼ Raiva (Lyssavirus): sinais cerebrais enviar pedaço de medula, cerebelo, tálamo e um pedaço de cada hemisfério em conservação de refrigeração. Caso seja um tempo acima d 24h deve se congelar a amostra. Diagnóstico: Teste de imunofluorescência, pesquisa de corpúsculo de Negri e prova biológica. Diagnóstico diferencial em bovinos com Febre Catarral Maligna (pneumonia, panoftalmia e erosão de narina) e Herpesvírus (convulsão e refluxo). Profilaxia: vacinação e controle dos vetores. ◼ Pseudoraiva ou Doença de Aujesky (Herpesvirus suis I): animais que convivem com suínos. Sinais clínicos: sialorréia, automutilação, alopecia, lambe compulsivamente, grande sensibilidade, tendo prurido intenso. Diagnóstico: Teste de imunofluorescência. ◼ Febre Catarral Maligna (Herpesvirus ovino 3): reservatórios são os carneiros. Sinais clínicos: pneumonia, panoftalmia, erosão de narina, pode andar em círculo, cegueira, opistótono, ataxia, mucosas bastantes hiperêmicas. Existe uma vasculite fibrinóide necrotizante disseminada. Diagnóstico (retirar o gânglio trigêmio): Sorologia (vírus neutralização). II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite ◼ Herpesvírus Bovino (Herpesvirus bovino 5): doença que mais se confunde com a raiva e o exame do líquor não faz diagnóstico diferencial. Incidência: 70% a 90% do rebanho tem Herpesvirus e quando sofre stress aparece a doença. Sinais clínicos: convulsão, refluxo, depressão profunda, nistagmo rotatório, opistótono, ataxia, andar em círculos, marcha para trás, cegueira, bruxismo, decúbito com movimentos de pedalagem, sinais respiratórios (não muito comuns) e sinais oculares. Diagnóstico: Presença de corpúsculo de inclusão com o diagnóstico de Imunohistoquímica e PCR. Profilaxia: vacinação. ◼ Botulismo (Clostridium botulinum): Etiologia: água estagnada, restos de cadáver (cama de frango, ossos no pasto, na silagem e no paiol), falta de uma boa mineralização, deficiência de fósforo e alimentos deteriorados. Sinais clínicos: paralisia flácida, sialorréia, paralisia de língua, depressão, restos de alimentos na boca, pode ter paralisia de cauda, decúbito lateral, pedalagem, dispnéia, se arrasta no chão, por isso tem muitas feridas. Diagnóstico: Microfixação de complemento. Profilaxia: incinerar as carcaças (ideal), eliminação das fontes, suplementação mineral e vacinação. II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite ◼ Listeriose (Listeria monocytogenes): Incidência: baixa. Sinais clínicos: cabeça encostada na parede (edema cerebral), paralisia facial (alimento acumulado do lado da lesão), paralisia de maxilar inferior e de língua, depressão, queratização seca do focinho, ataxia e ptose . Diagnóstico: isolamento do agente no tecido cerebral e no liquor. Tratamento: ATB desde que as lesões não estejam muito avançadas (Tetraciclina 10mg/kg e Penicilina). ◼ Tétano (Clostridium tetani): Incidência: alta. Sinais clínicos: opistótono, hipersensibilidade, contração muscular intensa, orelha em pé (mais comum em equinos), decúbito lateral, nistagmo, timpanismo, trisma mandibular, orelha dura e cauda em bandeira. Diagnóstico: Microfixação de complemento. Tratamento: ATB (penicilina G Procaína 10.000 a 30.000UI/kg IM ou SC) e soro antitetânico. II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite ◼ Patogênese: a barreira hematocefálica dos capilares endoteliais restringe o livreacesso dos constituintes sangüíneos. Não existe sistema linfático dentro do tecido nervoso, mas as células e antígenos do SNC drenam para a circulação e linfonodos cervicais. As características histológicas da inflamação do SNC são: manguitos perivasculares, gliose (aumento das células da glia), satelitose neural (oligodendrócitos reagem e proliferam em resposta à degeneração dos neurônios) e neurofagia (degeneração progressiva dos neurônios). Na FCM ocorre uma vasculite fibrinóide necrozante disseminada. ◼ Achados Clínicos: pelo fato das encefalites serem causadas por agentes infecciosos, geralmente são acompanhadas de febre, anorexia, depressão e aumento da freqüência cardíaca. Os achados clínicos que ocorrem são combinações de discretas e marcantes alterações de comportamento, depressão, convulsões, midríase, panoftalmia, cegueira, apoiar em paredes ou cercas, andar compulsivo ou em círculos, ataxias, nistagmo, opistótono, bruxismo, tremores, movimentos de pedalagem, paralisia de língua, sialorréia e etc.... ◼ Patologia Clínica: hemograma, sorologia e análise do LCE (líquor). ◼ Tratamento: específico de cada doença, sendo que em algumas enfermidades não existem tratamento e sim o sacrifício do animal como ocorre nos casos de raiva. Quando possível o tratamento pode se usar antibioticoterapia, fluidoterapia, alimentação por sonda, sedação na fase de excitação e estimulantes na fase de depressão. II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite (Punção de LCE) II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite (Punção de LCE) II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite (Punção de LCE) II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite (Punção de LCE) II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite (Punção de LCE) II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite (Punção de LCE) II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite (Punção de LCE) II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite (Punção de LCE) II. Doenças Difusas do Encéfalo 3. Encefalite (Punção de LCE) II. Doenças Difusas do Encéfalo 4. Encefalomalácia ou Doenças Degenerativas do SNC ◼ Etiologia: doenças degenerativas do encéfalo e por definição significa amolecimento do encéfalo. A síndrome produzida em muitas doenças degenarativas do SNC é essencialmente a de perda de função. a.Em todas as espécies: encefalopatia hepática (altos níveis de amônia), abitrofia (degeneração prematura dos neurônios devido a um erro metabólico hereditário de desenvolvimento e exclui agressões exógenas aos neurônios), intoxicações mercuriais, chumbo e também selênio e todas as causas por infecções virais intra-uterinas. b.Bovinos: BSE, intoxicação por plantas, polioencefalomalacia, doenças de armazenamento lisossômico (manidose e gangliosidose), defeitos hereditários do gado pardo suíço e parto prolongado em bezerros. II. Doenças Difusas do Encéfalo 4. Encefalomalácia ou Doenças Degenerativas do SNC ◼ Polioencefalomalacia (Necrose cerebrocortical): várias causas diferentes, como inadequação de tiamina (deficiência de tiamina) e toxidade de sulfatos. Doença esporádica de ruminantes jovens bem nutridos, alimentados com dieta que contém alta proporção de grãos, não sintetizando quantidade suficiente de tiamina. A ingestão de tiaminases pré-formadas, presentes em alguns vegetais, ou sua produção pelos microrganismos do rúmen podem, também, causará destruição da tiamina. Pode ocorrer também com bovinos de todas as idades que ingerem quantidade excessiva de sulfatos na ração e na água. Sinais Clínicos: opistótono (em pé olhar para as estrelas ou em decúbito), convulsão (muito frequente), sialorréia, paralisia de língua, andar em círculo, cegueira repentina, estrabismo medial (é muito comum), ranger dos dentes, pressão da cabeça contra obstáculos, ataxia, incoordenação e nistagmo. A morte pode ocorrer dentro de 24 - 48 horas. Tratamento: cloridrato de tiamina por via parental (10mg/kg de 6 em 6 h IV), Dexametazona (1-2mg/kg IV), Prednisona (1-4mg/kg IV), DMSO (1mg/kg diluído no soro fisiológico ou no soro glicosado), Diuréticos (furosemida 1mg/kg IV ou manitol 20% 1-2mg/kg IV), transfaunação (adultos 5 litros e bezerros só após 3 meses) e aumento da fibra na ração. II. Doenças Difusas do Encéfalo 4. Encefalomalácia ou Doenças Degenerativas do SNC II. Doenças Difusas do Encéfalo 4. Encefalomalácia ou Doenças Degenerativas do SNC II. Doenças Difusas do Encéfalo 4. Encefalomalácia ou Doenças Degenerativas do SNC II. Doenças Difusas do Encéfalo 4. Encefalomalácia ou Doenças Degenerativas do SNC II. Doenças Difusas do Encéfalo 4. Encefalomalácia ou Doenças Degenerativas do SNC II. Doenças Difusas do Encéfalo 4. Encefalomalácia ou Doenças Degenerativas do SNC II. Doenças Difusas do Encéfalo 4. Encefalomalácia ou Doenças Degenerativas do SNC II. Doenças Difusas do Encéfalo 4. Encefalomalácia ou Doenças Degenerativas do SNC II. Doenças Difusas do Encéfalo 4. Encefalomalácia ou Doenças Degenerativas do SNC II. Doenças Difusas do Encéfalo 4. Encefalomalácia ou Doenças Degenerativas do SNC ◼ Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE): depósito de ptn amilóide na célula nervosa. Epidemiologia: PI em torno de 5 anos e o prion não é inativado pelo calor. Teoria da mutação espontânea ou devido ao problema de uma infecção com o Scraipe. Sinais Clínicos: distúrbio de comportamento, alta sensibilidade cutãnea, principalmente quando vai chegando próximo da cabeça, hiperestesia mais localizada, apresenta síndrome da vaca caída, ataxia, movimentos involuntários, muita sensibilidade a luz e ao estímulo sonoro. Diagnóstico: coleta um pedaço abaixo do cerebelo (formol), faz Imunohistoquímica. A histopatologia tem característica de esponja. II. Doenças Difusas do Encéfalo 4. Encefalomalácia ou Doenças Degenerativas do SNC II. Doenças Difusas do Encéfalo 4. Encefalomalácia ou Doenças Degenerativas do SNC ◼ Patogênese: é subdividida em: distúrbios metabólicos e circulatórios (encéfalopatia hepática e hipoxia), intoxicações e toxinfecções (plantas tóxicas, metais pesados, herbicidas e inseticidas), doenças nutricionais (deficiência de vitamina A, tiamina e cobre) e doenças degenerativas hereditárias, familiares e idiopáticas (abitrofia neural, e polioencefalomalacia). ◼ Achados Clínicos: fraqueza dos 4 membros, acompanhada por embotamento ou sonolência, cegueira, ataxia, pressionamento da cabeça contra obstáculos, andar em círculos e coma terminal. ◼ Patologia Clínica e Achados de Necrópsia: não existem testes clínicopatológicos específicos para a encefalomalacia. Na necropsia as alterações macroscópicas visíveis consistem em amolecimento e necrose laminar. ◼ Tratamento: prognóstico depende da natureza da lesão, por isso o tratamento também vai depender da doença e do estágio em que ela se encontrar. II. Doenças Difusas do Encéfalo 5. Lesão Traumática do Encéfalo ◼ Etiologia: varia de acordo com o local e a extensão da lesão afetada. Pode resultar em trauma direto aplicado externamente, de estiramento ou flexão violenta da cabeça ou pescoço e migração de larvas de parasitas. ◼ Patogênese: a reação inicial no trauma ou hemorragia acentuados é o choque nervoso. O trauma craniano pode ser classificado do menos grave para o mais grave, como concussão (uma breve perda de consciência), contusão (direta ou indireta), laceração e hemorragia. ◼ Achados Clínicos: lesões de características leves a moderadas. O animal fica inconsciente por algumas horas e depois recupera o normal. As lesões graves ocorrem choque cerebral, inconsciência com ou sem convulsão. Sinais residuais (cegueira, hemiplegia e epilepsia traumática) e fraturas. ◼ Patologia e Achados de Necropsia: exames radiográficos e LCE. Necropsia: lesão hemorrágica e concussão nas lesões histológicas. ◼ Tratamento: quando o prognóstico for favorável o animal recupera a consciência, o prognóstico é desfavorável e não tem tratamento específico. III. Doenças Focais do Encéfalo 1. Abcesso Cerebral ◼ Etiologia: originam de várias formas como infecçãopor via hematógena e disseminação direta das lesões cranianas ou via nasofaringe. ◼ Patogênese: agentes infecciosos podem invadir o SNC por 4 vias: infecção retrógrada via nervos periféricos, lesões penetrantes diretas, extensão de lesões supurativas adjacentes e pela circulação sistêmica. ◼ Achados Clínicos: sinais gerais incluem depressão, incoordenação, pressão da cabeça contra obstáculos e cegueira, ataques passageiros de irritação e convulsões. Os sinais locais vão depender da localização da lesão. ◼ Patologia Clínica e Achados de Necropsia: LCE, hematologia, imagens clínicas. Necropsia: os abcessos podem ser vistos no exame macroscópico e se forem superficiais serão acompanhadas por meningite local. ◼ Tratamento: parenteral com antimicrobianos, porém os resultados são insatisfatórios. III. Doenças Focais do Encéfalo 1. Abcesso III. Doenças Focais do Encéfalo 2. Tumores ◼ Os tumores do SNC são extremamente raros em animais pecuários, produzindo uma síndrome indicativa de aumento generalizado na pressão intracraniana e destruição local do tecido nervoso. IV. DOENÇAS DAS MENINGES Meningite (Meningoencefalite) ◼Etiologia: é a inflamação das meninges que ocorre, mais comumente, como complicações de doenças pré existentes. A maioria das meningites significativas é de origem bacteriana, apesar das encefalites virais apresentarem alguns componentes de meningite. Pode acometer o cérebro ou a medula espinhal especificamente, mas na maioria das vezes afeta ambas. A meningoencefalite é comum em animais neonatos (Colibacilose, Salmonelose, secundária a onfaloflebites. Em animais adultos é comum por viroses, bacterioses e secundárias a otites e sinusites .Bovinos: doenças virais: febre catarral maligna, herpesvírus bovino 5; doenças bacterianas: Listeriose, Haemophilus somnus ◼Patogênese: inflamação das meninges causa tumefação local e interferência no suprimento sangüíneo do cérebro e medula espinhal, porém a disseminação da inflamação do trajeto dos vasos sangüíneos e no tecido nervoso é de menor importância, causando encefalite superficial. Os sinais produzidos pela meningite resultam da combinação de irritação dos SNC e SNP. Os defeitos na drenagem do LCE ocorrem tanto na inflamação das meninges agudas quanto crônicas e produzem sinais de aumento da pressão intracraniana. IV. DOENÇAS DAS MENINGES Meningite (Meningoencefalite) ◼Achados Clínicos: meningite aguda normalmente se desenvolve de forma abrupta, sendo acompanhada por febre e toxemia, além dos sinais nervosos. Há trismo, opistótono e rigidez do pescoço e costas. Ocorrem sinais de irritação motora como espasmos tônicos dos músculos do pescoço causando retração da cabeça, tremores musculares e movimentos de pedalagem. Hiperestesia cutânea pode estar presente em graus variados, distúrbios de consciência com uma fase de excitação inicial, seguida por sonolência e eventual coma. Na meningite cerebral ocorrerá sinais de problemas oculares como cegueira e alteração no reflexo pupilar. Nos quadros terminais, há quadriplegia e convulsões clônicas. Em bezerros é comum a pedalagem, convulsão, decúbito lateral, não tem paralisia de língua, pode atingir o olho e causar panoftalmia, cegueira e movimentos involuntários. ◼Patologia Clínica e Achados de Necropsia: exame do LEC e hematologia. ◼Tratamento: Antimicrobianos (Penicilina é o Atb de eleição exceto no caso do H. sommus que deve ser usada a Tetraciclina) e terapia de suporte. IV. DOENÇAS DAS MENINGES Meningoencefalite IV. DOENÇAS DAS MENINGES Meningoencefalite IV. DOENÇAS DAS MENINGES Meningoencefalite Bom dia!
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