Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anne Caroline Maltez- LPI Dispneia O tratamento da asma abrange controle atual da doença e prevenção de riscos futuros, sendo seu principal objetivo, obter e manter o controle clínico. Ele inclui medidas preventivas para o desencadeamento da crise, tratamento da crise instalada e educação do paciente e de seus familiares para conviver com uma doença crônica. Importante antes de entender o tratamento, saber sobre o controle: Não-farmacológico: • Abordagem integral: O paciente deve ser avaliado de forma integral. A abordagem das questões psicossociais e emocionais associadas à doença, a educação e o esclarecimento em relação às dúvidas e à convivência com uma doença crônica devem ser avaliados. • Controle ambiental: Deve ser oferecido, em todas as consultas, o aconselhamento sobre cessação do tabagismo do paciente e dos familiares, bem como aconselhamento para evitar exposição aos alérgenos ambientais/ocupacionais. • Atividade física • Vacinação: Pacientes com asma em uso de corticoide inalatório devem receber a vacina da Gripe (Influenza). • Alergias e atopias: deve ser orientado sobre a possibilidade de coexistência de atopias e de outras alergias (medicamentosas e alimentares). Sempre que possível, manter o tratamento adequado para atopias (rinite alérgica). Farmacológico: Medicação de Manutenção - controle (uso contínuo): é dirigido para controlar os sintomas e prevenir exacerbações, e de forma especial no controle da inflamação. É importante, saber que vai iniciar o tratamento de acordo com a classificação da gravidade da asma e sua manutenção deve variar de acordo com o estado de controle do paciente. Havendo dúvida na classificação, o tratamento inicial deve corresponder ao de maior gravidade. O tratamento ideal é o que mantém o paciente controlado e estável com a menor dose de medicação possível. Uma vez obtido o controle sintomático por um período mínimo de três meses, pode-se reduzir as medicações e suas doses, mantendo-se o acompanhamento do paciente. →Terapia Medicamentosa da Manutenção: Tratamento de Asma LPI Anne Caroline Maltez- LPI Dispneia 1. Corticosteroides Inalados: Para começar, ele é utilizado no tratamento de manutenção, profilático e antiinflamatório, em adultos e crianças. Grande parte dos pacientes com asma leve obtém o controle com doses baixas, enquanto que outros necessitam de doses moderadas ou altas. Os principais são Beclometasona, Budesonida, etc. O tratamento reduz a freqüência e gravidade das exacerbações, o número de hospitalizações e de atendimentos nos serviços de emergência, melhora a qualidade de vida, a função pulmonar e a hiperresponsividade brônquica, e diminui a broncoconstricção induzida pelos exercícios. o Efeitos adversos: 2. Beta 2– Agonistas adrenérgicos da Ação Prolongada (LABA): Associados aos CI em pacientes acima de quatro anos, quando estes forem insuficientes para promover o controle da asma. Estão disponíveis no Brasil o formoterol e o salmeterol, têm duração de longa ação, proporcionando broncodilatação por pelo menos 12 horas. Nenhum dos dois devem ser usados para o alívio rápido de um ataque de asma agudo. A associação dos LABA ao CI pode ser utilizada como terapia inicial na asma classificada como moderada ou grave. A adição do LABA ao CI reduz o tempo para obtenção do controle da doença. A monoterapia com LABA deve ser sempre evitada. Comparação dos GC- GC+LABA inaláveis 3. Imunoterapia específica com alérgenos (IT): Consiste na administração de doses progressivamente maiores de alérgenos específicos em pacientes sensibilizados, não exacerbados, buscando a indução do estado de tolerância. Deve ser indicada apenas na asma alérgica, demonstrada pela presença de anticorpos IgE para alérgenos do ambiente, principalmente ácaros, polens, fungos e insetos. Anne Caroline Maltez- LPI Dispneia Medicação sintomática (resgate:) Beta2-agonista e anticolinérgico são broncodilatadores utilizados para aliviar os sintomas da asma e devem estar prescritos para todos os pacientes, mesmo para os pacientes com asma controlada, para o uso conforme a necessidade. →Terapia Medicamentosa do Resgate: 1. Beta 2– Agonistas adrenérgicos da Ação Curta (SABA): têm rápido início de ação (5-30 minutos) e proporcionam alívio de 4 a 6 horas. São os medicamentos de escolha para alívio dos sintomas de broncoespasmo durante as exacerbações agudas de asma e como pré-tratamento do broncoespasmo induzido por exercício. O aumento da necessidade de beta-2 agonistas inalatórios de curta duração é um sinal de descontrole da asma. A dificuldade na obtenção de broncodilatação sustentada após utilização dos beta-2 agonistas de curta duração indica a necessidade de cursos de corticosteróides orais. Estão disponíveis o salbutamol, o fenoterol e a terbutalina. Seus principais efeitos adversos são tremores de extremidades, arritmias cardíacas e hipocalemia Todos os pacientes asmáticos devem receber um inalante de curta ação. Os β2-agonistas não têm efeito anti-inflamatório e nunca devem ser usados como terapêutica única para os pacientes com asma crônica. Contudo, a monoterapia pode ser apropriada para pacientes com asma intermitente ou broncoespasmo induzido por exercício. o Efeitos Adversos: 2. Glicocorticóides orais: Estão indicados no tratamento das exacerbações graves da asma. Devem ser administrados no domicílio a pacientes em tratamento com CI durante a exacerbação, no momento da alta dos serviços de emergência, e após exacerbação grave, em cursos de cinco a dez dias. Os principais efeitos adversos surgem após o uso prolongado e/ou doses elevadas, destacando-se: alterações no metabolismo da glicose, retenção de líquidos, osteoporose, ganho de peso, fácies arredondada, hipertensão arterial e necrose asséptica da cabeça do fêmur. Anne Caroline Maltez- LPI Dispneia 3. Antagonistas colinérgicos: O brometo de ipratrópio pode ser usado no tratamento das exacerbações graves de asma, associado ao beta-2 agonista de curta duração ou em sua substituição, no caso de efeitos adversos como taquicardia e arritmia cardíaca. Os anticolinérgicos inalatórios podem ser utilizados em pacientes que não suportam os tremores de extremidades causados pelos beta agonistas. Entre os efeitos adversos dos anticolinérgicos estão incluídos secura da mucosa oral, glaucoma e retenção urinária. Fármacos na Asma Grave 1. Glicocorticoides Sistêmicos: Utilizar em dose alta, especialmente em crianças; utilizar CI em dose alta associado a LABA; associar antileucotrieno ou teofilina; utilizar corticosteróide por via oral na menor dose necessária para controle dos sintomas e/ou nas exacerbações; no caso de não obtenção do controle deve-se considerar a introdução da terapêutica com anticorpos monoclonais anti-IgE 2.Antagonistas de receptores de leucotrienos: Associar os antileucotrienos (montelucaste e zafirlucaste) podem ser úteis como medicação substitutiva aos LABA e adicional à associação entre LABA e CI. Anne Caroline Maltez- LPI Dispneia Quais efeitos dos Leucotrienos? Os leucotrienos estão aumentados em secreções, sangue e urina após infecções por vírus sincicial respiratório e a sua utilização em sibilância recorrente após bronquiolite viral aguda pode ser uma indicação clínica útil em lactentes. Efeitos adversos graves são raros. Efeitos dos Antagonistas dos Receptores de Leucotrienos: Lucastes 3. Papel das IgE O omalizumabe é um anticorpo monoclonal recombinante humanizado específico. Sua principal característica é inibir a ligação da IgE com o seu receptor de alta afinidade (FceRI). Ocasiona marcada inibição da broncoconstricção induzida por alérgeno nas fases precoce e tardia da inflamação, acarretando redução da hiperresponsividade das vias aéreas. O tratamento com a anti-IgE estáindicado para pacientes maiores de doze anos com asma alérgica de difícil controle. A dose empregada (a cada duas ou quatro semanas por via subcutânea) deve levar em conta o peso e o nível de IgE sérica total. 4. Anti-IL-5 Anticorpos monoclonais humanizados foram sintetizados contra a IL-5 (mepolizumab) e o IL- 5Ra, objetivando depletar os eosinófilos dos tecidos. Embora a administração da anti-IL-5 tenha diminuído significativamente o número de eosinófilos na submucosa brônquica, não depletou na mesma proporção os eosinófilos séricos ou do escarro. Não há evidências até agora de que a anti-IL-5 tenha afetado de maneira significativa os desfechos clínicos da asma. Tratamento da Exacerbação As crises de asma devem ser classificadas segundo sua gravidade e o tratamento deve ser instituído imediatamente Anne Caroline Maltez- LPI Dispneia →Tratamento medicamentoso: O tratamento deve ser baseado no quadro clínico e, quando possível, na avaliação objetiva da limitação ao fluxo aéreo, pela espirometria, medida do PFE, ou da saturação de oxigênio no sangue arterial, quando possível. O algoritmo de tratamento da crise de asma no pronto- socorro determina uma administração seqüencial de drogas e a necessidade de avaliação continuada da resposta clínica. Efeitos das Metil xantinas nas vias Aéreas Anne Caroline Maltez- LPI Dispneia Efeitos colaterais e interações da teofilina: PARA ADULTOS E ADOLESCENTES ACIMA DE 12 ANOS PARA PACIENTES ENTRE 6 – 11 ANOS Anne Caroline Maltez- LPI Dispneia MENORES QUE 6 ANOS GESTANTES Referência: SciELO - Brasil - IV Diretizes Brasileiras para o Manejo da Asma IV Diretizes Brasileiras para o Manejo da Asma https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/jFGKhS48wbCSJhZJ3dZCYXg/ https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/jFGKhS48wbCSJhZJ3dZCYXg/
Compartilhar