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CASO 3

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CASO 3 
Identificação: ACL, sexo masculino, 10 anos, residente na região metropolitana do Recife 
Queixa Principal: Cansaço aos esforços físicos há mais ou menos 3 meses 
História da Moléstia Atual: paciente admitido no Serviço de Pediatria Clínica, acompanhado pela genitora, que relata 
que o filho vinha apresentando queixa de cansaço aos esforços físicos durante atividades de alta intensidade há cerca 
três meses, levando-o a participar menos de atividades escolares como as de educação física. A criança queixava-se de 
não conseguir acompanhar o ritmo dos colegas, o que ela julgou estranho, visto que seu filho sempre foi muito ativo. 
A genitora relata que inicialmente pensava que a criança pudesse estar “fora de forma”, não dando muita atenção à 
queixa, até que há cerca de 01 semana presenciou um episódio de desmaio do paciente enquanto o mesmo brincava 
com os primos. Relata que neste dia, levou a criança para a unidade de emergência, onde foi feito o atendimento inicial, 
tendo o médico plantonista recomendado a realização de exames complementares para investigação do quadro após a 
estabilização e alta do paciente, em virtude de alteração detectada no eletrocardiograma realizado na unidade. 
Interrogatório sistemático: relata que a criança vem apresentando discreto inchaço nos pés, principalmente quando 
passa muito tempo brincando, mas que geralmente se resolvem após o repouso. Nega artropatia anterior. Demais 
segmentos corporais sem alterações dignas de nota. 
Antecedentes pessoais: nascido de parto simples a termo, sem intercorrências. A mãe relata que a criança apresentava 
quadros de amigdalite recorrentes na primeira infância. Nega alergias, cirurgias prévias ou transfusões sanguíneas. Não 
utiliza medicamentos contínuos. Cartão vacinal completo. 
Ao exame: paciente vigil e contactante, pálido e taquipneico, com discreto edema de face. Acianótico, anictérico, bem 
nutrido e hidratado. 
Tensão Arterial 110 x 60 mmHg // Frequência cardíaca: 100bpm // Frequência respiratória: 26ipm 
Dados antropométricos: 22,7 kg; Altura:121,5 cm 
Cabeça e pescoço: mucosas normocoradas, orofaringe sem alterações. À otoscopia, membranas timpânicas 
translúcidas, planas e com reflexo luminoso preservado. 
Aparelho respiratório: simétrico, sem cicatrizes ou lesões, com expansão preservada. MVBD em ambos heitóraces, 
notando-se discretos crépitos em bases. 
Aparelho cardiovascular: precórdio abaulado e impulsivo, com frêmito sistólico discreto na área mitral. Ritmo cardíaco 
irregular, notando-se estalido de ejeção na área pulmonar (+++/4) e hiperfonese acentuada do componente pulmonar 
da 2a bulha, bem como sopro holossistólico na área mitral (++/4), irradiado à axila esquerda, seguido de ruflar diastólico 
discreto. Na área tricúspide, ouvia-se também sopro holossistólico, acentuado com a inspiração. O fígado era palpável 
a 3cm abaixo da reborda costal direita e os pulmões mostravam murmúrio vesicular rude. 
Abdome: plano, cicatriz umbilical intrusa, sem lesões, ruídos hidroaéreos presentes, indolor à palpação. Não foram 
detectadas massas ou visceromegalias. 
Extremidades: TEC: 3s, com discreto edema maleolar bilateral. 
Achados laboratoriais relevantes foram: hemoglobina 12,8g/dl, leucócitos 14.500/mm 3 , títulos de antiestreptolisina 
O (AEO) 833 u Todd, mucoproteínas 5,3mg/dl, proteína C reativa negativa, albumina sérica 3,68g/dl, α2-globulinas 
1,04 g/dl e β-globulinas 1,75g/dl, uréia e creatinina normais. 
O eletrocardiograma, com ritmo sinusal, foi compatível com sobrecarga das quatro câmaras cardíacas. O 
ecodopplercardiograma mostrou IM importante e estenose mitral moderada, com espessamento das lacíneas e aspecto 
em domo, quando da excursão valvar, compatível com etiologia reumática. O raio-x é demonstrado abaixo:

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