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AVC: Causas, Sintomas e Tratamentos

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Rhyan Coelho 
PALESTRA 01 – AVC 
Caso clínico 
Paciente RAS, sexo feminino, 60 anos. 
Q.P: Fraqueza em braço e perna a direita 
HMA: Paciente 60 anos, hipertensa, veio a emergência trazida pelos familiares devido a paresia súbita em 
dimídio a direita, enquanto realizava as atividades domésticas. Familiares informaram que a última vez que 
viram a paciente 
 
Exame físico: 
PA: 160x90mmHg, FC: 84 bpm, FR: 14 ipm 
Paciente apresentava abertura ocular espontânea, paresia completa proporcionada a direta graduando 
força grau 3, não compreendia, não repetia, não nomeava. Retirava membros ao estímulo doloroso. Demais 
sistemas sem alterações significativas. 
 
Paciente que de repente começou ter uma fraqueza muscular, uma alteração de sensibilidade, de pares 
cranianos – sintomas neurológicos súbitos -, deve-se pensar principalmente em etiologia vascular. 
 
Acidente vascular cerebral é o surgimento de um déficit neurológico súbito devido a interrupção do fluxo 
sanguíneo no SNC, com déficit neurológico focal. 
Existem os tipos: 
• isquêmico e hemorrágico, quando acomete artérias, e 
• a trombose venosa cerebral, quando acomete veias. 
 
70-80% dos casos de AVC é isquêmico, o hemorrágico acontece em 10-20% dos casos, e a trombose venosa 
cerebral ocorre em 0,5%. 
 
 
 
As doenças cerebrovasculares são a segunda principal causa de mortes. 
• 14% dos pacientes morrem em 30 dias 
• 25% morrem em 1 ano 
• 60% morrem em 5 anos 
 
A idade de maior incidência é principalmente na fase adulta, na faixa de 50-60 anos de idade. 
 
Quando se tem um AVC de grandes vasos, sobretudo isquêmico, por segundo, se perde cerca de 30 mil 
neurônios; por minuto, 1.9 milhões de neurônios; por hora, 120 milhões de neurônios. Então tempo é 
cérebro, porque é um tecido que não se regenera. 
Rhyan Coelho 
 
Em uma área mais central no AVC, chamada de 
Core é uma área de maior isquemia irreversível. 
O que se busca salvar em um AVC, sobretudo 
isquêmico, é a área da periferia, chamada de 
Penumbra, que possui menor índice isquêmico 
em relação a gravidade. 
 
O que pode causar um AVC isquêmico: 
trombose, embolia, hipoperfusão. 
 
 
As principais fontes de êmbolos são: as artérias 
carótidas, em processo de aterosclerose, e o 
coração. 
 
No AVC hemorrágico, o vaso se rompe por 
aneurisma, má formação arteriovenosa, 
angiopatia amilóide cerebral, vasculopatia 
hipertensiva, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem fatores que podem aumentar o risco de ter um AVC isquêmico 
• Não modificáveis: 
o Idade (incidência dobra a cada 10 anos) 
o Homens 
o Fatores raciais 
o Hereditariedade 
• Modificáveis 
o HAS 
o Tabagismo 
o Sedentarismo 
o Dislipidemia 
o Diabetes 
o Abuso de álcool 
o Obesidade 
o Contraceptivos hormonais 
 
 
 
Rhyan Coelho 
HAS é o mais importante e o mais documentado fator de risco. 
A mortalidade por doença cardiovascular aumenta progressivamente com a elevação da P.A. O controle 
pressórico é a estratégia mais efetiva para prevenção tanto de AVC isquêmico como hemorrágico. 
 
➔ Quadro clínico 
O paciente tem um déficit neurológico súbito, sendo necessário levar o mais rápido possível à uma 
emergência. 
 
 
 
➔ Terapia de reperfusão – trombólise 
No momento em que o paciente acaba de ter o déficit neurológico súbito, e sendo um AVC isquêmico, pode-
se fazer uma medicação trombolítica “Alteplase” para desobstruir o vaso com a trombólise venosa, em até 
4 hora e meia do início dos sintomas ou, caso não saiba, até a última vez que se viu o paciente sem sintomas 
de déficit. Caso o paciente acorde com o déficit neurológico, deve-se considerar que o início dos sintomas e 
contabilizar o tempo de ação para o uso do trombolítico como sendo o momento em que foi dormir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rhyan Coelho 
 
➔ Atendimento hospitalar 
É a TC que vai definir se aquele quadro é mais sugestivo de AVC isquêmico ou hemorrágico. Se for 
hemorrágico, a imagem vai ser hiperdensa, e não se faz trombolítico mas sim suporte clínico. Caso seja um 
AVC isquêmico, no início há chances da TC aparecer normal, podendo demorar algumas horas para mostrar 
os sinais de isquemia no tecido (foto, brott et al, nejm). No entanto, se o quadro clínico for sugestivo de AVC 
isquêmico, com as primeiras tomografias normais, pode-se iniciar o trombolítico para tentar reverter a 
situação o mais rápido possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Tratamento de AVCI agudo 
 
• Critérios de exclusão para TPA EV 
1. Sintomas mínimos ou que melhoram completamente 
2. NIHSS < 4 ou > 25 para AVC em território anterior (relativa) 
3. Convulsões ao início dos sintomas (relativa 
4. Outro AVC, IAM ou trauma craniano nos últimos 3 meses 
5. Cirurgia extensa nos últimos 14 dias 
6. História conhecida de hemorragia intracraniana 
7. P.A sistólica sustentada > 185 mmHg 
8. P.A diastólica sustentada > 110 mmHg 
9. Necessidade de tratamento agressivo pra baixar pressão arterial 
10. Evidência de trauma (fratura) ou sangramento no exame físico 
11. Sintomas sugestivas de hemorragia subaracnóidea ou dissecção aórtica 
12. Hemorragia gastrintestinal ou genito-urinária nos últimos 21 dias 
13. Punção arterial em sítio não compressível nos últimos 7 dias 
14. Heparinização plena nas últimas 48 anos ou TTPa alargado 
15. TP > 15 segundos ou INR > 1,5 
16. Contagem de plaquetas < 100.000 
17. Glicose sérica < 50 mg/dL 
18. Hipodensidade precoce em > 1/3 do território do hemisfério cerebral 
 
 
 
 
Rhyan Coelho 
Outra terapia de reperfusão é a trombectomia, que é a retirada mecânica do trombo, feita em até 6 horas 
do início dos sintomas. Novos estudos apontam que pode ser feita em até 24 horas, para os pacientes que 
preenchem alguns critérios de imagem e outras considerações. 
 
➔ Protocolo de trombólise para AVCI (portaria n°664 de 2012) 
Apesar da aprovação em 2012 do protocolo, menos de 1% dos pacientes com AVCI no Brasil recebe 
tratamento trombolítico. 
 
➔ AVC Hemorrágico 
O que observar? 
• Localização do hematoma 
• Volume do hematoma 
• Sangue intra-ventricular 
• Sangue no espaço subaracnoide 
• Hidrocefalia 
• Desvio de linha média 
• Herniação cerebral 
 
 
 
Quadro clínico 
• Quadro similar a AVCI 
• Aparentemente mais grave 
• Deteriora mais rapidamente 
• Cefaleia forte intensidade 
• Alteração do nível de consciência 
• Náuseas ou vômitos 
 
Tratamento é mais estabilização clínica 
• Ainda não existe um tratamento específico 
• Estratégias terapêuticas em investigação na fase aguda: 
o Controle da expansão do hematoma 
o Controle agressivo da pressão arterial 
o Evacuação precoce e cirurgia minimamente invasiva 
o Drenagem da hemorragia intraventricular 
o Craniectomia para edema e feito de massa tardio 
 
➔ Prevenção secundária de AVC 
Quando um paciente tem um AVC isquêmico, em que coágulo ocluiu uma artéria, deve-se questionar de 
onde veio esse coágulo. Oclusão de artérias carótidas? Fibrilação atrial? 
Por isso deve-se investigar a etiologia do AVC isquêmico, porque quando um paciente tem um AVCI, ele pode 
ter um segundo AVCI: 
• Exame de sangue 
o Lipidograma (LDL e HDL colesterol) 
o Triglicerídeos 
o Ácido úrico 
o Glicemia em jejum 
o Hemograma completo 
o Urinálise 
o Ureia e creatinina 
Rhyan Coelho 
o Sorologia para chagas 
o Sorologia para sífilis 
o Coagulograma: TP e TPPA 
o Velocidade de hemossedimentação 
o Proteína C reativa 
o Eletroforese de proteínas (suspeita de arterite temporal) 
• ECG 
• Raio X de tórax 
• Exames de doppler 
o EcoDoppler de artérias vertebrais e artérias carótidas 
• Exame de neuroimagem 
o RM do crânio 
o Angiorressonância ou angiotomografia dos vasos extra ou intracranianos 
o Arteriografia digital 
 
Os remédios mais usados para prevenção secundária de AVCI são os anticoagulantes, sobretudo em casos 
de fibrilação atrial, ou em casos de estenose carotídia, um antiagregante plaquetário. Estatinas também são 
importantes.

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