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ALM/FAFAR/UFMG Disciplina: Bromatologia ‐ ALM027 Curso: Farmácia ‐ 5º período Alimentos com redução ou restrição de nutrientes (diet e light): Substitutos do sal, açúcares e gorduras. Coordenação: Profa. Scheilla Vitorino C. de Souza (Professor Adjunto) Participação: Profa. Renata Adriana Labanca de A. Santos , Profa. Raquel Linhares Bello de Araújo; Cláudia Aparecida de Oliveira e Silva e Verena Oliveira (Bolsistas REUNI). Revisão: 04/2013 Sal e sucedâneos Uso do sal em alimentos O sal é utilizado em processos de conservação de alimentos desde a antiguidade; Proporciona e realça o sabor de alimentos como: pães, queijos, produtos cárneos, picles, salgadinhos, chips, biscoitos. Sal – Regulamentação brasileira “Entende‐se como sal o cloreto de sódio cristalizado extraído de fontes naturais”. é classificado de acordo com sua composição em: Sal comum: Tipo I e Tipo II Sal refinado: Extra, Refinado e Úmido Sal comum, de acordo com granulometria: grosso, peneirado, triturado e moído. BRASIL, 1975. Sal – Importância para saúde Está diretamente ligado ao volume de fluidos fora das células tudo que modifica a quantidade de sal afeta a retenção de líqüidos corporais; regula as passagens de líqüido e de substâncias pela membrana das células, mantendo a pressão osmótica delas; importante para a transmissão de impulsos nervosos. A importância do sal na alteração da pressão arterial está relacionada à sua solubilidade: quanto maior a ingestão de sal maior a quantidade de líquido necessário para dissolução sobrecarga do sistema circulatório Sal – Importância para saúde Consumo de sal – Preocupação mundial OMS e FAO recomendam ingestão de sal (NaCl) < 5 g/dia/pessoa, o que equivale a 2 g de sódio; Nas Américas, o consumo de sal pode chegar ao dobro do nível; A RDC nº 360/2003 torna obrigatória a rotulagem nutricional do sódio e estabelece 2,4 g como VDR = 6 g de NaCl; BRASIL, 2003 e BRASIL, 2010. Consumo de sal – Preocupação mundial Recomendação para as Políticas Nacionais: Prevenção das doenças cardiovasculares nas Américas através da redução do consumo de sal para a toda a população, da Organização Pan‐Americana de Saúde (OPAS): consta orientações com o objetivo de reduzir o consumo de sal na dieta de todos os povos nas Américas sejam adultos, crianças ou idosos. BRASIL, 2010. Consumo de sal – Preocupação mundial BRASIL, 2010. Ações do Ministério da Saúde para implantação de políticas públicas relacionadas à alimentação e qualidade de vida 2008 – 2009: Anvisa e IBGE realizaram a aferição antropométrica de quase 200.000 indivíduos, a fim de obter uma tendência secular das variações da prevalência de sobrepeso e obesidade da população brasileira (Pesquisa de Orçamento Familiar ‐ POF; 2009: em parceria com o IAL e o INCQS, a Anvisa realizou o levantamento do perfil nutricional de alimentos processados, com foco da análise das quantidades de sódio, gorduras saturadas e açúcares nos alimentos industrializados; Os resultados destas ações estão detalhados no “Informe Técnico” nº 43/2010, Anvisa. Em 2013 foram publicados dados de novos estudos com sódio (IT 54/2013). BRASIL, 2010 e 2013. Resultados do POF 2008 ‐ 2009 Monitoramento do teor de sal em alimentos brasileiros BRASIL, 2010. Monitoramento do teor de sal em alimentos brasileiros BRASIL, 2010. Monitoramento do teor de sal em alimentos brasileiros BRASIL, 2010. Monitoramento do teor de sal em alimentos brasileiros BRASIL, 2013. Avaliação de 31 produtos diferentes; teor médio de sódio encontrado: 205 mg/100g; variação de resultados:30 mg até 430 mg (14,3 vezes entre menor e maior); é o produto com a maior diferença entre os valores extremos. Propostas de ações para melhoria do perfil nutricional de alimentos Proposta de sistema de monitoramento da redução do consumo de sal no Brasil: categorias de alimentos processados para pactuação de metas; (critérios: consumo, conteúdo de sódio, públicos vulneráveis): ‐ pães (francês, de forma, bisnaguinha); ‐ caldos e temperos; ‐ laticínios (bebidas lácteas, queijos petit suisse e mussarela, requeijão) ‐ biscoitos (cream cracker, recheados, maisena); ‐margarina; ‐ embutidos (salsicha, presunto, hamburger, empanados, linguiça, salame, mortadela); ‐macarrão instantâneo; ‐ bolos (bolos prontos e preparação para bolo); ‐ snacks (batata frita, salgadinhos de milho); ‐ derivados de cereais (cereais matinais); ‐ refeições prontas (pizza, lasanha, sopas). Consumo de sal – Planos de redução BRASIL, 2010. Consumo de sal – Planos de redução Meta de redução: 5 g/pessoa/dia até 2020; estabelecimento de metas por categorias, com o seguinte cronograma (metas já definidas): ‐massas instantâneas (2012 ‐↓~30% ao ano); ‐ pães e bisnaguinhas industrializadas (2012 e 2014 ‐ ↓~10% ao ano); ‐ pão francês, snacks, bolos prontos e misturas para bolos, até agosto de 2011; ‐ biscoitos, embutidos, caldos e temperos, margarinas, maionese, derivados de cereais, produtos lácteos e refeições prontas, até dezembro de 2011. BRASIL, 2010. Consumo de sal – Planos de redução Metas de redução de sódio em cereais matinais, escalonadas para 2013 e 2015: Metas de redução de sódio em margarinas, escalonadas para 2013 e 2015: PRODUTO TEOR MÁXIMO (mg sódio/100g) REDUÇÃO PROPOSTA META 2013 (mg sódio/100g) META 2015 (mg sódio/100g) Margarina vegetal 1660 19% ao ano 1089 715 PRODUTO TEOR MÁXIMO (mg sódio/100g) REDUÇÃO PROPOSTA META 2013 (mg sódio/100g) META 2015 (mg sódio/100g) Cereais matinais 677 7,5% ao ano até 2013 e 15% ao ano ate 2015 579 418 Consumo de sal – Planos de redução Disponível em: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/brasil/alimentos- industrializados-devem-diminuir-a-quantidade-de-sal-1.189980 Sucedâneos ‐ Sal hipossódico “elaborado a partir da mistura de cloreto de sódio com outros sais, mantendo o poder salgante semelhante ao sal de mesa, deve fornecer no máximo 50% do teor de sódio contido na mesma quantidade do cloreto de sódio”. BRASIL, 1995. Classificação e Designação Sal com reduzido teor de sódio: no máximo 50% de sódio em comparação ao sal comum; Sal para dieta com restrição de sódio: no máximo 20% de sódio em comparação ao sal comum. BRASIL, 1995. Composição Ingredientes obrigatórios: cloreto de sódio; cloreto de potássio; iodo: a adição dever ajustar‐se à legislação nacional vigente para iodação do sal (cloreto de sódio). Ingredientes opcionais: podem ser adicionados sucedâneos do NaCl. BRASIL, 1995. Sucedâneos opcionais a) sulfato de potássio e sais de potássio, cálcio e amônio dos ácidos adípico, glutâmico, carbônico, succínico, lático, tartárico, cítrico, acético, hidroclorídrico e ortofosfórico; b) sais de magnésio dos ácidos citados no item "a", misturados com outros sucedâneos de sal de magnésio; c) sais de colina dos ácidos acéticos, carbônico, lático, tartárico, cítrico e hidroclorídrico; d) ácidos livres: adípico, glutâmico, cítrico, lático e málico; e) Nos temperos à base de sal poderão ser empregados realçadores de sabor: ‐ glutamato de: sódio, amônio, cálcio,magnésio, potássio. BRASIL, 1995. Informações obrigatórias o conteúdo total de sódio e de potássio, expressos em g por 100g do produto ou na porção indicada pelo fabricante; a declaração da porcentagem da redução do teor de sódio em relação ao sal convencional (cloreto de sódio); no “sal com reduzido teor de sódio" a advertência: "Usar preferencialmente sob a orientação do médico e/ou nutricionista“; BRASIL, 1995. Informações obrigatórias no “sal para dieta com restrição do sódio" a advertência: "Usar somente sob a orientação do médico e/ou nutricionista“; no “sal com reduzido teor de sódio", poderão ser utilizados as seguintesexpressões de idioma estrangeiro, que indicam "reduzido" ou "baixo“: "light", "less", "lite", "reduced", "minus", "lower" e "low“; no “sal para dieta com restrição de sódio", poder ser utilizados a expressão "diet". BRASIL, 1995. Informações obrigatórias Os rótulos deverão ser diferenciados do sal convencional, da mesma empresa, de maneira que não induza a erro o consumidor: BRASIL, 1995. Açúcares e edulcorantes DefiniDefiniççõesões Açúcares: todos os mono e dissacarídeos presentes em um alimento que são digeridos, absorvidos e metabolizados pelo ser humano. Não se incluem os polióis. BRASIL, 2005 e 2003 (B). Açúcar: é a sacarose obtida a partir do caldo de cana‐de‐ açúcar (Saccharum officinarum L.) ou de beterraba (Beta alba L.). São também considerados açúcares os monossacarídeos e demais dissacarídeos. AAçúçúcares em alimentoscares em alimentos Doçura Energia Conservação ViscosidadeTextura Cor Substituição Alimentos menos calóricos e/ou para grupos populacionais específicos SubstituiSubstituiçção de aão de açúçúcares em alimentoscares em alimentos BRASIL, 2005 e 1997. Edulcorantes: substâncias diferentes dos açúcares, que confere gosto doce ao alimento. Constituem o princípio ativo do adoçante, ou seja, são os responsáveis por conferir o gosto doce aos adoçantes. Edulcorantes Uso industrial: em alimentos processados, para restrição ou adição controlada de açúcares; uso doméstico: adoçantes de mesa dietéticos (restrição de sacarose, glicose e frutose) ou light (edulcorantes + açúcares). Açúcares EdulcorantesEdulcorantes Propriedades ideais Poder adoçante igual ou superior ao da sacarose; disponibilidade comercial; custo comparável ao da sacarose (baixo custo/ unidade de doçura); compatibilidade química com aditivos, como aromatizantes e corantes; inertes aos demais componentes dos alimentos; incolor; ORTOLANI et al., 2008; CANDIDO & CAMPOS, 1996. EdulcorantesEdulcorantes Propriedades ideais inodoro; fácil solubilidade; estabilidade quimica e térmica; isento de toxicidade; normalmente metabolizado ou resistente à digestão; contribuir com calorias reduzidas ou ser isento de calorias. ORTOLANI et al., 2008; CANDIDO & CAMPOS, 1996. Edulcorantes Edulcorantes ‐‐ HistHistóóricorico EUA: início do consumo na década de 60; Brasil: classificados como fármacos e comercializados sob orientação médica na década de 80; eram vistos pela população como um produto exclusivo para diabéticos; Final dos anos 80: passaram a ser comercializados nas prateleiras dos supermercados, popularizando o acesso. ORTOLANI et al., 2008. Edulcorantes Edulcorantes ‐‐ ClassificaClassificaççãoão 1. Fornecimento de nutrientes: 2. Origem: 3. Intensidade de doçura: ou ORTOLANI et al., 2008. Naturais Sintéticos 1. Quanto ao fornecimento de nutrientes Nutritivos Sorbitol manitol xilitol isomaltitol eritritol lactitol maltitol Não nutritivos Sacarina ciclamato acesulfame K sucralose stévia neotame *taumatina e aspartame: apesar de calóricos, nas dosagens recomendadas têm calorias desprezíveis, por causa da capacidade de doçura. ORTOLANI et al., 2008; CANDIDO & CAMPOS, 1996. 2. Quanto a origem Naturais Manitol sorbitol stévia taumatina eritritol xilitol Artificiais Aspartame sacarina sódica ciclamato de sódio acessulfame K sucralose maltitol lactitol isomaltitol neotame ORTOLANI et al., 2008; CANDIDO & CAMPOS, 1996. 3. Quanto a intensidade de doçura* ORTOLANI et al., 2008. *Intensidade em relação à sacarose (doçura = 1,0) PRINCIPAIS EDULCORANTES PERMITIDOS NO BRASIL 1. Aspartame Descoberto acidentalmente (1965), é um éster metílico de dois aminoácidos, a fenilalanina e o ácido aspártico; É um edulcorante hipocalórico, apresentando doçura 120 a 220 vezes mais intenso que a sacarose; Obrigatoriedade da informação: “Contém fenilalanina", para os alimentos nos quais houver adição de aspartame; Muito estudado em relação à toxicidade. CARVALHO, 2007 e ORTOLANI et al., 2008. 1. Aspartame CARVALHO, 2007 e ORTOLANI et al., 2008. 1. Aspartame Fonte: www.abiad.org.br. Acesso em: 26/05/2013 2. Ciclamato ácido ciclohexilsulfâmico 2. Ciclamato Edulcorante sintético, descoberto acidentalmente em 1937; pode existir nas formas de ácido ciclâmico, ciclamato de Na, Ca ou K; obtido a partir da sulfonação da ciclohexilamina; poder de doçura de 30 a 50 vezes superior ao da sacarose; apresenta sinergismo com edulcorantes intensos como sacarina, aspartame, acesulfame‐K, sucralose, esteviosídeo e sacarose; inúmeros estudos foram realizados afim de esclarecer o metabolismo do ciclamato. CARVALHO, 2007; ORTOLANI et al., 2008; CÂNDIDO & CAMPOS, 1996. 3. Sacarina e seus sais de Na, K e Ca 3. Sacarina e seus sais de Na, K e Ca Descoberta acidentalmente em 1879; inicialmente utilizada como antisséptico e conservante e como edulcorante a partir de 1900; elevado poder edulcorante (400 a 500 > sacarose); pode ser obtida a partir do tolueno ou do anidrido ftálico; elevadas estabilidade e solubilidade em água; não higroscópica; não cariogênica e poder calórico nulo; CARVALHO, 2007; ORTOLANI et al., 2008; CÂNDIDO & CAMPOS, 1996. 3. Sacarina e seus sais de Na, K e Ca Na síntese a partir do tolueno, pode permanecer resíduo de OTSA (orto‐ tolueno‐sulfonamida), sendo sua determinação parte do controle do processo de fabricação; impurezas = gosto ligeiramente amargo; em 1959 foi classificada como “GRAS” (generally recognized as safe) pela FDA; em 1972, baseado em estudos sobre carcinogenicidade da sacarina, a FDA retirou‐a da lista de “GRAS”, estabelecendo limites restritivos para uso; diversos estudos foram realizados, mas não conduziram a uma certeza de que a sacarina causava câncer de bexiga em humanos. CARVALHO, 2007; ORTOLANI et al., 2008; CÂNDIDO & CAMPOS, 1996. 5. Polióis São álcoois polihidrícos, polióis ou açúcares álcoois conhecidos como edulcorantes de “corpo”; diferenciam‐se de outros sacarídeos devido à redução das funções cetona e aldeído; resultam da hidrogenação catalítica do grupo redutor de um sacarídeo específico: CÂNDIDO & CAMPOS, 1996. Sacarose da cana Isomerização/inversão/ separação Glicose + Frutose Hidrogenação Sorbitol + Manitol 5. Polióis A hidrogenação confere aos polióis importantes propriedades como resistência ao escurecimento, maior afinidade por água, maior resistência à fermentação; sua principal utilização está na capacidade de conferir “corpo” ao alimento; muito empregado na indústria em misturas com edulcorantes intensos; consumo em excesso: efeito laxativo. CÂNDIDO & CAMPOS, 1996. 6. Sucralose (Splenda) É obtida através de um processo patenteado que substitui seletivamente 3 grupos de hidrogênio‐oxigênio por 3 átomos de cloro na molécula da sacarose; é um pó branco cristalino com poder de doçura de 600 vezes maior que a sacarose; classificada quimicamente como carboidrato clorado; possui grande estabilidade e não é metabolizada pelo organismo. 6. Sucralose (Splenda) 7. Esteviosídeo (Stevia rebaudiana) Descoberto por cientistas em 1905, já era utilizado por índios guaranis para adoçar o mate e bebidas medicamentosas; composto químico encontrado nas folhas de stevia rebaudiana, que é uma planta perene da família Compositae, nativa da fronteira do Brasil com Paraguai; poder adoçante cerca de 300 vezes superior ao da sacarose e isento de calorias; é termoestável. CARVALHO, 2007 e ORTOLANI et al., 2008. 7. Esteviosídeo (Stevia rebaudiana) 8. Taumatina Proteína simples, com uma cadeia de 207 aminoácidos; extraída do fruto da planta africana Thaumatococcus daniellii benth (“fruto milagroso do Sudão”); cerca de 3000 vezes mais docedo que a sacarose. ORTOLANI et al., 2008; CÂNDIDO & CAMPOS, 1996. 8. Taumatina 8. Taumatina Produto natural de doçura intensa; eficaz no mascaramento de sabores; estável ao calor e pH; edulcorante de baixa caloria; sem restrições de uso; usada no Japão desde 1979, na Inglaterra e EUA, foi aprovada no Brasil em 2008. ORTOLANI et al., 2008. Edulcorantes e LegislaEdulcorantes e Legislaççãoão A legislação está sujeita à atualização de acordo com o avanço dos conhecimentos técnicos e científicos; para fundamentação de pedidos de inclusão, exclusão e extensão de uso são aceitas, principalmente, as referências do Codex Alimentarius e da União Européia. Codex Alimentarius Órgão subsidiário conjunto: • FAO (Organização para Alimentação e Agricultura); • OMS (Organização Mundial da Saúde). É um fórum internacional para: • elaboração de padrões para o comércio de alimentos; • orientação dos países na regulamentação de alimentos. Edulcorantes e LegislaEdulcorantes e Legislaççãoão JECFA (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Aditives): órgão científico consultor da FAO e da OMS; conduz avaliações toxicológicas de aditivos alimentares; fornece indicação de sua segurança para o uso em alimentos; adotado como organismo internacional de referência no Mercosul; Edulcorantes e LegislaEdulcorantes e Legislaççãoão Estabelece, quando apropriado, ingestões diárias aceitáveis para os aditivos com base em dados científicos adequados; para substâncias relativamente não tóxicas: ‐ são alocadas IDAs não especificadas; ‐ o aditivo deve ser usado de acordo com as Boas Práticas de Fabricação (BPF). Edulcorantes e LegislaEdulcorantes e Legislaççãoão Edulcorantes – Regulamentação brasileira RDC nº.18, de 24/03/2008, Anvisa: "Regulamento Técnico que autoriza o uso de aditivos edulcorantes em alimentos, com seus respectivos limites máximos”; Os limites máximos de uso dos aditivos edulcorantes referem‐se a 100g ou 100ml do alimento pronto para o consumo; As empresas tiveram três anos a contar da publicação da RDC para adequarem seus produtos (até 24/03/2011). BRASIL, 2008. Edulcorantes – Regulamentação brasileira RDC nº.18, de 24/03/2008: Autorizou três novos edulcorantes: ‐ Taumatina (INS.957); ‐ Eritritol (INS.968); ‐ Neotame (INS.961). Reduziu o limite máximo de uso de dois edulcorantes: ‐ Sacarina: 0,022 a 0,030 para 0,010 a 0,015 g/100 mL ou 100 g*; ‐ Ciclamato: 0,097 a 0,130 para 0,030 a 0,040 g/100mL ou 100 g*. BRASIL, 2008. * O limite máximo maior ou menor depende do alimento em questão (ver tabelas a seguir). Edulcorantes – Regulamentação brasileira Motivos da redução de sacarina e ciclamato: Recomendação da OMS sobre a redução do consumo de sódio (ciclamato de sódio e sacarina sódica); proibição do ciclamato nos EUA e da sacarina no Canadá, por questões toxicológicas; harmonização com as referências internacionais, como o Codex Alimentarius (Norma Geral de Aditivos Alimentares – GSFA), a União Européia e, de forma complementar, a U. S. Food and Drug Administration (FDA). BRASIL, 2009. Edulcorantes – Regulamentação brasileira Aditivo Alimento Limite máximo g/100g ou g/100mL Sorbitol Manitol Isomaltitol Taumatina Maltitol Lactitol Xilitol Eritritol Controle de peso. quantum satis Dietas com ingestão controlada de açúcares. Dietas com restrição de açúcares. Alimentos e bebidas com informação nutricional complementar. BRASIL, 2008. Edulcorantes – Regulamentação brasileira Aditivo Alimento Limite máximo g/100g ou g/100mL Acesulfame de potássio Controle de peso. 0,035 Dietas com ingestão controlada de açúcares. Dietas com restrição de açúcares. Alimentos e bebidas com informação nutricional complementar: Com substituição total de açúcares 0,035 Com substituição parcial de açúcares 0,026 BRASIL, 2008. Edulcorantes – Regulamentação brasileira Aditivo Alimento Limite máximo g/100g ou g/100mL Aspartame Controle de peso. 0,075 Dietas com ingestão controlada de açúcares. Dietas com restrição de açúcares. Alimentos e bebidas com informação nutricional complementar: Com substituição total de açúcares 0,075 Com substituição parcial de açúcares 0,056 BRASIL, 2008. Edulcorantes – Regulamentação brasileira Aditivo Alimento Limite máximo g/100g ou g/100mL Ácido ciclâmico e seus sais de cálcio, potássio e sódio Controle de peso. 0,040 Dietas com ingestão controlada de açúcares. Dietas com restrição de açúcares. Alimentos e bebidas com informação nutricional complementar: Com substituição total de açúcares 0,040 Com substituição parcial de açúcares 0,030 BRASIL, 2008. Edulcorantes – Regulamentação brasileira Aditivo Alimento Limite máximo g/100g ou g/100mL Sacarina e seus sais de cálcio, potássio e sódio Controle de peso. 0,015 Dietas com ingestão controlada de açúcares. Dietas com restrição de açúcares. Alimentos e bebidas com informação nutricional complementar: Com substituição total de açúcares 0,015 Com substituição parcial de açúcares 0,010 BRASIL, 2008. Edulcorantes – Regulamentação brasileira BRASIL, 2008. Outros edulcorantes que também possuem limites máximos estabelecidos pela RDC 18/2008: Sucralose (0,025 a 0,040 g/100mL ou 100g); Glicosídeos de esteviol (0,045 a 0,060 g/100mL ou 100g); Neotame (0,0036 a 0,0065 g/100mL ou 100g). SUBSTITUTOS DE GORDURA Funções nos alimentos: agente de textura, elasticidade, palatabilidade e cremosidade; dá origem a compostos formadores de sabor (metilcetonas, lactonas, ésteres etílicos); sensação de saciedade; excelente meio de cozimento. Gorduras em alimentosGorduras em alimentos CANDIDO & CAMPOS, 1996; MONTEIRO et al., 2006. Gorduras em alimentosGorduras em alimentos CANDIDO & CAMPOS, 1996. Substitutos de gorduraSubstitutos de gordura ““lowlow fatfat”” Produtos com atributos = lipídeos; menor valor calórico; reconhecida segurança para a saúde; propriedades funcionais e sensoriais das gorduras. Principais produtos com substituição: lácteos, chocolates, sobremesas, panificação, molhos para salada e maionese. CANDIDO & CAMPOS, 1996; MONTEIRO et al., 2006. Principais produtos com substituição: lácteos, chocolates, sobremesas, panificação, molhos para salada e maionese. Substitutos de gorduraSubstitutos de gordura Classificação com base em sua natureza química: CANDIDO & CAMPOS, 1996; MONTEIRO et al., 2006. Substitutos de gorduraSubstitutos de gordura MONTEIRO et al., 2006. Substitutos baseados em lipSubstitutos baseados em lipíídeosdeos Envolve modificações nas ligações ésteres dos lipídeos; modificando as moléculas, as lipases não são capazes de hidrolisá‐las e a absorção não ocorre; a porção glicerol pode ser substituída por outro álcool; os ácidos graxos podem ser substituídos; a ligação éster pode ser revertida ou reduzida a éter. Triacilglicerol Éster de glicerol e ácidos palmítico, oléico e linolênico CANDIDO & CAMPOS, 1996. Substitutos baseados em lipSubstitutos baseados em lipíídeosdeos Ésteres de ácidos graxos com sacarose (Olestra®): produzidos a partir de óleos vegetais e sacarose; estáveis a altas temperaturas; asseguram textura, sabor e sensação bucal semelhante às da gordura; propriedades físicas semelhantes às dos triglicerídeos; não são absorvidos nem metabolisados ‐ valor calórico nulo; foi aprovado como aditivo alimentar para aromatização de snacks e cookies pela FDA. MONTEIRO et al., 2006. Substitutos baseados em proteSubstitutos baseados em proteíínasnas Apresentam aplicações limitadas a produtos que serão submetidos a aquecimento prolongado; interagem com componentes do sabor, diminuindo‐lhes a intensidade ou contribuindo para a ocorrência de sabor desagradável; importância: formação de micropartículas= hidratação e propriedades de superfície. CANDIDO & CAMPOS, 1996. Substitutos baseados em proteSubstitutos baseados em proteíínasnas LIMA, J.R. & NASSU, R.T., 1996. Substitutos baseados em Substitutos baseados em carboidratoscarboidratos A maioria dos substitutos de gorduras pertencem a este grupo; são hidrocolóides e seus derivados, incluindo: gomas, amidos, pectinas, celulose; estabilizam espumas, emulsões e suspensões, gelatinizam, inibem a formação de cristais e a ocorrência de sinérese; usualmente são usados em associação: CANDIDO & CAMPOS, 1996. Molhos para salada: amidos modificados, goma xantana e celulose. Gelados comestíveis: amidos modificados, maltodextrinas e celulose. Pesquisas relacionadas a utilizaPesquisas relacionadas a utilizaçção de ão de substitutos de gordurasubstitutos de gordura ZAMBRANO F., HIKAGE A., ORMENESE R.C.C., MONTENEGRO F.M., RAVEN‐MIGUEL A.M. Braz. J. Food Technol., v.8, n.1, p. 63‐71, jan/mar 2005. Ciênc. Tecnol. Aliment. Campinas, 22(3): 244‐248, set‐dez. 2002. Referências Bibliográficas BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 75.697, de 06 de maio de 1975. Padrões de identidade e qualidade para o sal destinado ao consumo humano. Diário Oficial da União,Poder Executivo, 07 mai., 1975. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 54, de 04 de julho de 1995. Padrão de identidade a Qualidade para Sal Hipossódico. Diário Oficial da União; Poder Executivo, 05 jul., 1995. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 540, de 27 de outubro de 1997. Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares ‐ definições, classificação e emprego. Diário Oficial da União, 28 out., 1997. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 29, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico referente a Alimentos para Fins Especiais . Diário Oficial da União, 13 jan., 1998. Referências Bibliográficas BRASIL. Anvisa ‐ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução (RDC) nº 28, de 28 de março de 2000. Procedimentos básicos de Boas Práticas de Fabricação em estabelecimentos beneficiadores de sal destinado ao consumo humano e o roteiro de inspeção sanitária em indústrias beneficiadoras de sal. Diário Oficial da União, Poder Executivo, 30 mar., 2000. BRASIL. Anvisa ‐ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 130, de 26 de maio de 2003. Considera próprio para consumo humano o sal que contiver teor igual ou superior a 20 (vinte) miligramas até o limite máximo de 60 (sessenta) miligramas de iodo por quilograma de produto. Diário Oficial da União; Poder Executivo, 28 mai., 2003. BRASIL (B). Anvisa ‐ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução (RDC) nº 360, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados, tornando obrigatória a rotulagem nutricional. Diário Oficial da União, 26 dez., 2003. Referências Bibliográficas BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 271, de 22 de setembro de 2005. Regulamento Técnico para açúcares e produtos para adoçar. Diário Oficial da União, 23 set., 2005. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 18, de 24 de março de 2008. Regulamento Técnico que autoriza o uso de aditivos edulcorantes em alimentos, com seus respectivos limites máximos. Diário Oficial da União, 24 mar., 2008. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Informe Técnico nº. 40, de 2 de junho de 2009. Esclarecimentos sobre o uso do edulcorante ciclamato em alimentos. 2009. BRASIL. Anvisa ‐ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Informe Técnico (IT) nº 43 de 2010. Perfil nutricional dos alimentos processados. 52p., 2010. BRASIL. Anvisa ‐ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Informe Técnico (IT) nº 54 de 2013. Perfil nutricional dos alimentos processados. 21p., 2013. CÂNDIDO, L. M. B.; CAMPOS, A.M. Alimentos para fins especiais: Dietéticos. São Paulo: Varela, 1996. 423 p. Referências Bibliográficas CARVALHO, L. C. 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