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Centro Universitário Leonardo da Vinci Núcleo de Educação a Distância GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS Tutora: Msc. Jordana D. Santos TÓPICO 1 – A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS A PARTIR DA BACIA HIDROGRÁFICA. • A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS A PARTIR DA BACIA HIDROGRÁFICA: • A gestão de bacias hidrográficas vem assumindo uma importância cada vez maior no Brasil, à medida que aumentam os efeitos da degradação ambiental sobre a disponibilidade de recursos hídricos e sobre os corpos de água em geral. Bacia Hidrográfica - Definição • Uma bacia hidrográfica é uma determinada área de terreno que drena água, partículas de solo e material dissolvido para um ponto de saída comum, situado ao longo de um rio, riacho ou ribeirão (Dunne e Leopold, 1978). Dentre as regiões hidrológicas de importância prática para os hidrólogos destacam-se as Bacias Hidrográficas ou Bacias de Drenagem, por causa da simplicidade que oferecem na aplicação do balanço de água. Devido a esta simplicidade muitos modelos de estudos de recursos hídricos têm sido conduzidos em Bacias Hidrográficas Definição: Segundo Viesmann, Haraugh e Knapp (1972), a bacia hidrográfica é uma área definida topograficamente, drenada por um curso d’água ou um sistema conectado de cursos d’água, dispondo de uma simples saída para que toda vazão efluente seja descarregada. Bacia Hidrográfica - Definição Bacia e Rede Hidrográfica Bifurcação - divisão de um rio em dois braços distintos. Confluência - nome que se aplica à junção de dois rios formando um único canal. Montante - refere-se ao trecho de um rio em direção à sua nascente. Jusante - refere-se ao trecho de um rio em direção à sua foz. P Qs Lençol Qss 1) chuvoso 2) estiagem Bacia e Rede Hidrográfica – classificação dos rios de acordo com constância do escoamento P Qs Qss Lençol P Qs Lençol Qss 1) chuvoso 2) estiagem a) Perenes: contém água durante todo o tempo. O lençol freático mantém uma alimentação contínua e não desce nunca abaixo do leito do curso d ’ água, mesmo durante as secas mais severas. b) Intermitentes: em geral, escoam durante as estações de chuvas e secam nas de estiagem. Durante as estações chuvosas, transportam todos os tipos de deflúvio, pois o lençol d ’ água subterrâneo conserva-se acima do leito fluvial e alimentando o curso d’água, o que não ocorre na época de estiagem, quando o lençol freático se encontra em um nível inferior ao do leito. c) Efêmeros: existem apenas durante ou imediatamente após os períodos de precipitação e só transportam escoamento superficial. A superfície freática se encontra sempre a um nível inferior ao do leito fluvial, não havendo a possibilidade de escoamento de deflúvio subterrâneo. Bacia Hidrográfica Bacia Hidrográfica Delimitação de uma bacia hidrográfica • Divisor de águas superficiais • Linha imaginária sobre o relevo que divide o escoamento das águas de chuva. • Divisor corta o curso d’ água apenas em um ponto: EXUTÓRIO • O divisor intercepta as curvas de nível em um ângulo aproximadamente reto, seguindo as linhas de crista das elevações. Bacia Hidrográfica – Divisores de Água Divisor: Linha de separação que divide as precipitações que caem em bacias vizinhas e que encaminha o escoamento superficial resultante para um ou outro sistema fluvial; Atravessa o curso d’água somente no ponto de saída; une os pontos de máxima cota entre bacias, o que não impede que no interior de uma bacia existam picos isolados com cota superior a qualquer ponto do divisor. Bacia Hidrográfica – Divisores de Água Bacias Hidrográficas – Curvas de nível para a sua delimitação • Identificação do divisor de águas superficiais Delimitação de uma bacia hidrográfica Bacia Hidrográfica – Delimitação Traçado dos divisores de uma bacia hidrográfica (HERAS, 1976) 1. A linha do divisor corta ortogonalmente as curvas de níveis; 2. Quando o divisor segue um aumento de altitude, corta as curvas de níveis por sua parte convexa; 3. Quando o divisor segue um decréscimo de altitude, corta as curvas de níveis por sua parte côncava; 4. Ao se cortar o terreno por uma superfície plana e ortogonal ao divisor, o ponto de intersecção ao divisor deverá ser o ponto de maior altitude do terreno; 5. Como comprovação, a linha do divisor nunca deve cortar um curso d'água, exceto na seção correspondente à descarga de toda a área. convexa côncava Exemplo: Planta do IBGE Escala 1: 50.000 Bacias hidrográficas – Curvas de nível para a sua delimitação Mas…….: Divisão de uma bacia inteira nas suas sub-bacias Software GIS Bacias Hidrográficas – Parametrização: Padrões de drenagem • Ordem dos cursos de água Principais características de uma B.H. • Robert Horton e Strahler propõem um critério para hierarquizar os cursos d’água • Um curso d’água a partir da nascente é de ordem 1 • Quando dois cursos d’água de ordem 1 se encontram formam um curso de ordem 2 • Quando dois cursos de ordem 2 se encontram, formam um de ordem 3 • Quando um curso de ordem superior encontra um de ordem inferior, a ordem do superior se mantêm. Principais características de uma B.H. Obs. O ordenamento dos cursos é sensível à escala do mapa Ex: Um mapa na escala 1:250.000 não apresenta os mesmos detalhes que um mapa na escala 1: 50.000 . 3.2 O GERENCIAMENTO DE BACIA HIDROGRÁFICA TÓPICO 2 - PRINCIPAIS BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS • A figura a seguir representa, de um modo geral, os três principais trechos de um rio, denominados aqui de curso superior e curso médio, onde existe muita declividade, águas mais turbulentas e com grande potencial de carregamento de partículas, e o trecho inferior, que se caracteriza por ter pequena declividade, formação de meandros e maior deposição de sedimentos. • Cada qual cria condições específicas para o estabelecimento de espécies. TÓPICO 2 - PRINCIPAIS BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS TÓPICO 2 - PRINCIPAIS BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS 3 PRINCIPAIS BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS • 3.1 PANORAMA GERAL DAS REGIÕES HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS • Neste sentido, considera-se como região hidrográfica o espaço territorial brasileiro compreendido por uma bacia, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas com características naturais, sociais e econômicas homogêneas ou similares, com vistas a orientar o planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos. 3 PRINCIPAIS BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS 4 POTENCIAL HIDRELÉTRICO BRASILEIRO: CARACTERÍSTICAS, IMPACTOS E CONFLITOS • Possua algumas especificidades, como: grande volume de água (caudaloso) e que apresente desníveis em seu curso, para a geração de energia potencial (água em movimento). • A força e velocidade da água, ao atravessar as turbinas, faz com que esta se movimente, transformando a energia potencial, aquela obtida pela água em movimento, em energia mecânica, gerada a partir da movimentação das turbinas. • Estas, por sua vez, estão conectadas a um gerador que transformará a energia mecânica em energia elétrica. O aproveitamento da energia gerada gira em torno de 95%, onde o custo da matéria- prima (água) utilizada é zero. • https://www.youtube.com/watch?v=psK7AWF3qPU&t=29s HIDROELÉTRICA DE BELO MONTE ❖ Esta sendo construída na bacia do Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no norte do Pará; A usina sem reservatório e que dependerá da sazonalidade das chuvas ; ❖ Sua potência instalada será de 11.233 MW; mas, por operar com reservatório muito reduzido, deverá produzir efetivamente cerca de 4.500 MW; O lago da usina inundará uma área de 516 km²; ❖ Desde seu início, o projeto de Belo Monte encontrou forte oposição de ambientalistas brasileiros e internacionais, de algumas comunidades indígenas locais e de membros da Igreja Católica Geografia, 7º ano. Os conflitos sócio-político-ambientais, decorrentes da implantação dos grandes projetos no Brasil Imagem: Mapa da Hidrelétrica de BeloMonte/ Autor desconhecido/ Domínio público Geografia, 7º ano. Os conflitos sócio-político-ambientais, decorrentes da implantação dos grandes projetos no Brasil Im a g e m : In fo g rá fi c o d o j o rn a l F o lh a d e S ã o P a u lo s o b re u s in a d e B e lo M o n te / A u to r F o lh a d e S ã o P a u lo / D o m ín io p ú b lic o IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DA HIDROELÉTRICA DE BELO MONTE ❖ Alteração do regime de escoamento do rio, com redução do fluxo de água, afetando a flora e fauna locais; Desmatamento de uma áreas de 160 km²; ❖ Redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da região; ❖ Aumento dos índices de desmatamento ilegal dentro das Terras Indígenas. Imagem: Pescador recolhe o motor do barco em um igarapé de Altamira. Área será inundada/ pelo lago de Belo Monte Autor desconhecido/ Domínio público ❖O desvio do curso do rio irá alagar regiões, como a cidade de Altamira, atingindo mais de 20 mil pessoas que terão de mudar-se para outras áreas. Geografia, 7º ano. Os conflitos sócio-político-ambientais, decorrentes da implantação dos grandes projetos no Brasil Imagem: O Mapa da Usina /Autor Revista época/ Domínio público/ Geografia, 7º ano. Os conflitos sócio-político-ambientais, decorrentes da implantação dos grandes projetos no Brasil USINA HIDROELÉTRICA DE ITAIPU ❖ A construção foi resultado de um tratado entre o Brasil e o Paraguai, pois se localiza na fronteira entre esses dois países; Foi inaugurada em 1984, possui um potencial de 14.000 MW, sendo responsável por 25% da energia consumida no Brasil; ❖ Para o material, foram usados 12 570 000 metros cúbico de concreto (o equivalente a 210 estádios do Maracanã) Uma quantidade de ferro equivalente a 380 Torres Eiffel. Geografia, 7º ano. Os conflitos sócio-político-ambientais, decorrentes da implantação dos grandes projetos no Brasil ❖O curso do rio Paraná, foi deslocado; com 50 milhões de toneladas de terra e rocha; O lago possui uma área de 1 350 km², com vinte unidades geradoras de 700 megawatts cada; Imagem: Tubos da usina de Itaipu /autor: User:Wutzofant / GNU Free Documentation License IMPACTOS CAUSADOS PELA USINA HIDROELÉTRICA DE ITAIPU ❖ Inundação de uma área de 1 500 km² de florestas e terras agrícolas; ❖ Para a instalação de Itaipu, foi desapropriada 42.444 pessoas onde 38.440 eram trabalhadores e trabalhadoras do campo. o que gerou inúmeros problemas sociais. ❖ Parte dessas famílias tornaram-se membros do Movimento dos Trabalhadores Sem terras; Imagem: Fotografia aeria da usina de Itaipu /autor:Angelo Leithold / Creative Commons Attribution/Share-Alike License; ❖Outras famílias, devido ao fato de a indenização não dá para comprar terras no Brasil, compraram no Paraguai, criando os brasiguaios - brasileiros e seus familiares que residem em terras paraguaias na fronteira com o Brasil; Geografia, 7º ano. Os conflitos sócio-político-ambientais, decorrentes da implantação dos grandes projetos no Brasil TÓPICO 3 - A EMERGÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL • O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
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