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Fabiana Bilmayer I Manual do residente PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE (PAC) DEFINIÇÃO E ETIOLOGIA Pneumonia é uma doença inflamatória aguda de causa infecciosa que acomete os pulmões e pode ser causada por vírus, bactérias, fungos e, mais raramente, micobactérias. EPIDEMIOLOGIA A pneumonia representa um importante problema de saúde pública, figurando entre as principais causas de óbito no Brasil. A doença se manifesta durante o ano todo, com maior incidência no final do outono e durante o inverno. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2015, a principal causa de internação (excluindo-se gestação, parto e puerpério) foi a pneumonia, responsável por aproximadamente 4 milhões de eventos no período. Houve um leve predomínio do sexo masculino, e as maiores taxas de internação ocorreram nos extremos de idade (< 5 e > 70 anos). QUADRO CLÍNICO O paciente apresenta-se com sintomas de doença aguda do trato respiratório inferior: - Tosse - Expectoração - Falta de ar - Dor torácica Observam-se os seguintes achados focais no exame físico de tórax (sugestivos de consolidação): expansibilidade torácica reduzida, frêmito toracovocal aumentado, submacicez ou macicez à percussão, estertores crepitantes e subcrepitantes consonantes, sopro brônquico ou tubário, broncofonia aumentada e pectoriloquia. Entre as manifestações sistêmicas, podem ser citadas: prostração, delirium, cefaleia, sudorese, calafrios, artralgias, mialgias e febre. A ausência de alterações nos sinais vitais e de qualquer anormalidade no exame físico reduz significativamente a probabilidade de pneumonia, contudo as manifestações da doença podem ser mais frustras em indivíduos idosos ou imunossuprimidos. É importante lembrar que os sintomas da traqueobronquite bacteriana se confundem com os da pneumonia, porém sem alteração radiológica relevante. Geralmente, também precisam de antibiótico como composição do tratamento. DIAGNÓSTICO A pneumonia adquirida na comunidade refere-se à doença adquirida fora do ambiente hospitalar ou de unidades especiais de atenção à saúde ou, ainda, que se manifesta em até 48 horas após a admissão em unidade assistencial. Segundo as diretrizes brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em adultos imunocompetentes, o diagnóstico dessa condição baseia-se na presença de tosse e ≥ 1 dos seguintes sinais e sintomas: ■ Expectoração; ■ Falta de ar; ■ Dor torácica. O diagnóstico deve ser corroborado por uma alteração radiológica nova. EXAMES COMPLEMENTARES ■ Radiológicos: a presença de uma alteração radiológica nova é essencial para corroborar o diagnóstico de pneumonia, já que os sintomas são inespecíficos e podem estar presentes em infecções de vias aéreas superiores (IVAS). RX de tórax nas incidências posteroanterior e de perfil (não se pode esquecer de solicitar RX, incidências anteroposterior e perfil) é o exame mais indicado, por ser amplamente disponível e apresentar poucos riscos. - Fornece valiosas informações, incluindo extensão do acometimento pulmonar e presença de achados como opacidades, consolidações, infiltrados, cavitações, níveis hidroaéreos e derrame pleural. - A característica da alteração radiológica não é suficiente para distinguir entre as diferentes etiologias da pneumonia. Se houver dúvidas quanto à imagem obtida por meio de RX ou em determinados grupos de pacientes imunodeprimidos (p. ex., neutropênicos), TC de tórax deve ser solicitada para complementação das informações. Segundo o consenso brasileiro de pneumonia, em caso de derrame pleural com altura > 5 cm, estimada a partir do recesso posterior em RX de tórax obtida na projeção lateral em ortostatismo, ou no caso de derrame loculado, deve-se considerar a realização de toracocentese (Capítulo 298) para excluir o diagnóstico de empiema ou de derrame parapneumônico complicado. Essa conduta está fortemente indicada no caso de derrames que ocupem > 20% do hemitórax (Capítulo 12). RX de tórax deve ser repetida em todo paciente tabagista com idade > 50 anos, para afastar o diagnóstico de câncer de pulmão associado ou mimetizando o quadro da infecção. ■ Análises hematológicas e bioquímicas: em geral, não estão indicadas para pacientes que farão tratamento ambulatorial, mas têm valor no acompanhamento de pacientes internados. O hemograma fornece dados relevantes para determinar a decisão terapêutica e o prognóstico. Ht é um dos parâmetros considerados no escore de gravidade pneumonia severity index. Leucopenia e trombocitose estão associados a pior prognóstico em pacientes com pneumonia bacteriana. A dosagem de ureia sérica tem importante valor prognóstico, sendo considerada no pneumonia severity index e no escore de gravidade CURB-65. Os valores de sódio sérico e glicose sérica são também parâmetros do pneumonia severity index. DHL é uma enzima intracelular liberada após dano tecidual, e seu aumento em casos de pneumonia denota amplo acometimento do parênquima pulmonar. A proteína C-reativa (PCR) é um marcador de atividade inflamatória e deve ser seriada para complementar a avaliação da resposta ao tratamento. ■ SatO2 periférica: deve ser determinada sempre que disponível. Pode inferir o diagnóstico de pneumonia em pacientes sem sinais claros da doença e auxiliar no diagnóstico de insuficiência respiratória. Indica a necessidade de suplementação de oxigênio. ■ Gasometria arterial: é um exame que avalia a concentração de oxigênio, a ventilação e distúrbios acidobásicos. É útil para avaliar parâmetros como a relação entre pressão arterial de oxigênio e fração inspirada de oxigênio (PaO2/FiO2) ou gradiente alveoloarterial (GA-a). Sua coleta está indicada em casos graves, particularmente em casos de sepse grave ou hipóxia (SatO2 < 90%). ■ Investigação etiológica: a identificação e a caracterização dos principais agentes causadores da pneumonia deve ser feita regionalmente para embasar as recomendações sobre terapia empírica. Para isso, são necessários estudos epidemiológicos prospectivos e retrospectivos que avaliem a etiologia das pneumonias. Embora a investigação epidemiológica tenha esse papel essencial, não está claro seu benefício individual. Isso decorre de diversos motivos: — baixa sensibilidade dos métodos: a análise de estudos epidemiológicos mostra que até 50% dos casos de pneumonia ficam sem etiologia definida; — a terapia empírica recomendada geralmente é efetiva contra os microrganismos mais comuns; — existe a possibilidade de infecção polimicrobiana; — em casos de pneumonia por Streptococcus pneumoniae com bacteriemia, há provável benefício da antibioticoterapia combinada com macrolídeos, o que dificultaria o descalonamento dos antibióticos. Ainda assim, nos casos de maior gravidade é recomendado realizar a investigação do agente etiológico. Nesses casos, parece haver maior sensibilidade nos métodos: - hemoculturas: são importantes no isolamento do agente e na identificação do perfil de sensibilidade. Estão indicadas para todos os pacientes internados e devem ser colhidas antes do início do uso de antimicrobianos (preferência de 2-3 amostras de sítios diferentes); - amostra de secreção respiratória: exames diretos e culturas podem ser realizados, mas devem ter seus resultados interpretados com cautela por conta do alto risco de contaminação. Antes de semear o escarro, é necessário realizar o exame de qualidade da amostra, que deve ter > 25 polimorfonucleares e < 10 células epiteliais por campo. Outras amostras respiratórias que podem ser obtidas a depender do estado clínico do paciente são: aspirado traqueal, secreção traqueal e lavado broncoalveolar; - PCR: tem potencial para identificação de microrganismos atípicos, mas tem aplicabilidade limitada pelo alto custo; - sorologias: podem firmar o diagnóstico de infecção por microrganismos atípicos, mas têm disponibilidade limitada, sendo geralmente realizadas somente em casos de interesse para vigilância epidemiológica. A maioria dos testes baseia-se em comparação de títulos na fase aguda e de convalescença (colhidas com intervalo de 14 dias), fato quelimita a aplicabilidade e só traz resultados quando a maioria dos casos está resolvida; - antígenos urinários: disponíveis para investigação de Streptococcus pneumoniae e Legionella pneumophila sorogrupo I. São exames com boa sensibilidade e especificidade, com resultado rápido, de fácil realização, que não se alteram com o uso de antibióticos, mas com utilização limitada em larga escala por conta de seu alto custo. Em quadros mais graves ou pneumonias de repetição, é recomendada triagem sorológica para HIV (com autorização do paciente), uma vez que esse grupo de pessoas têm maior suscetibilidade a esse tipo de infecção. Apesar dos critérios apresentados, não há uma forma segura de confirmar ou excluir o diagnóstico de pneumonia, já que outras condições podem se manifestar de forma semelhante. Sendo assim, é importante ter em mente os seguintes diagnósticos diferenciais: ■ infecções virais; ■ traqueobronquite; ■ tuberculose; ■ infecção fúngica/pneumocistose; ■ abscesso pulmonar; ■ tromboembolismo pulmonar; ■ alergias respiratórias; ■ neoplasia; ■ insuficiência cardíaca congestiva descompensada; ■ vasculites; ■ doenças intersticiais pulmonares. CLASSIFICAÇÃO Todo episódio de pneumonia deve ser classificado de acordo com sua gravidade, já que isso orientará o local de tratamento e a terapêutica empírica. O escore de preferência das diretrizes brasileiras e britânicas é o CURB-65, que traz como principal vantagem a simplicidade. Seu cálculo e interpretação estão dispostos na Tabela 1. Para situações em que não será coletado nenhum exame de sangue, uma simplificação do escore CURB-65 pode ser utilizada, também com boa correlação com mortalidade (Tabela 2). Outro escore interessante é o pneumonia severity index (Tabela 3), validado por mais estudos que o CURB- -65. Esse escore leva em consideração mais parâmetros, resultando em uma análise mais complexa, que pode, porém, subestimar a gravidade em pacientes jovens e sem comorbidades. Ao se utilizar qualquer escore de gravidade, não se pode deixar de considerar outros aspectos que influenciam a decisão sobre o local de tratamento de cada paciente, como doenças associadas, capacidade de entendimento da prescrição, aceitação da medicação VO, acesso ao serviço de saúde, suporte domiciliar e julgamento clínico. TRATAMENTO Apesar de a pneumonia adquirida na comunidade ser causada por diversos agentes etiológicos, um número limitado deles é responsável pela maioria dos casos. Em todos os panoramas clínicos, o principal agente é o Streptococcus pneumoniae. Outros agentes frequentes são: microrganismos atípicos (Chlamydophila pneumoniae, Legionella pneumophila e Mycoplasma pneumoniae), Haemophilus influenzae e vírus respiratórios (influenza A e B, adenovírus, vírus sincicial respiratório e parainfluenza). São menos comuns e mais associados à gravidade: Staphylococcus aureus e bacilos Gram-negativos, incluindo Pseudomonas aeruginosa. Conforme as diretrizes brasileiras, macrolídeos (eritromicina, claritromicina e azitromicina) são a 1ª opção para tratamento empírico de pacientes ambulatoriais sem comorbidades. Existe a possibilidade de se usar amoxicilina, com a ressalva de que há falha na cobertura de microrganismos atípicos. Com isso, a amoxicilina deve ser usada em pacientes previamente hígidos e com orientação de retornar ao serviço médico caso não melhorem ou piorem. A amoxicilina + clavulanato pode ser usada pensando-se no aumento do espectro para Gram-negativos (Klebsiella, Haemophilus), porém não aumenta a atividade para o pneumococo. Não é adequado realizar o tratamento com cefalexina ou ciprofloxacino. As recomendações encontradas na maioria dos consensos nacionais e internacionais para casos de tratamento ambulatorial são: ■ amoxicilina, 500 mg, VO, a cada 8 horas, por 7 dias; ■ azitromicina: - 500 mg, VO, 1 vez ao dia, por 3 dias; - 500 mg, VO, 1° dia; 250 mg, VO, por mais 4 dias; ■ claritromicina, 500 mg, VO, a cada 12 horas, por 7 dias; ■ gemifloxacino, 320 mg, VO, por 5 dias; ■ levofloxacino: - 500 mg, VO, por 10 dias; - 750 mg, VO, por 5 dias (existe discussão de deixar doses maiores de levofloxacino - 750 mg – para garantir MIC adequados para pneumococo); ■ moxifloxacino, 400 mg, VO, por 7-10 dias. Para os pacientes internados e que não necessitam de cuidados intensivos, existe a opção de tratamento com associação de betalactâmico com macrolídeo ou quinolona respiratória (levofloxacino ou moxifloxacino). *Todas as medicações devem ser preferencialmente EV. Os betalactâmicos preferenciais são: ceftriaxona, cefotaxima e ampicilina. Para pacientes internados em UTI, a preferência é sempre pela associação de antibióticos, podendo ser um betalactâmico com um macrolídeo, ou um betalactâmico com uma quinolona respiratória. Nesses casos, os betalactâmicos preferenciais são: ceftriaxona, cefotaxima e ampicilina + sulbactam. Algumas condições determinam diferenças na frequência e no perfil de resistência dos agentes etiológicos e, portanto, a escolha empírica da antibioticoterapia deve ser alterada. Na presença de condições que aumentam o risco para aspiração, como rebaixamento do nível de consciência, déficits na deglutição e alcoolismo e, principalmente, em casos de aspiração presenciada, deve-se garantir a cobertura para agentes anaeróbios. Em casos ambulatoriais, administra-se amoxicilina + clavulanato ou clindamicina. Doença pulmonar estrutural grave, hospitalizações frequentes e uso de antibióticos nos últimos 6 meses são fatores de risco para pneumonia por patógenos portadores de resistência. Nesses casos, pode ser necessário tratar de acordo com o perfil etiológico das pneumonias nosocomiais. Pacientes com pneumonia podem apresentar diversos tipos e graus de imunossupressão causados, p. ex., por infecção pelo HIV ou terapias antineoplásicas. É importante guiar a terapia de acordo com os tipos de infecção mais prováveis conforme as características da imunossupressão. As infecções por fungos são incomuns, mas história epidemiológica minuciosa pode sugerir micose endêmica, dentre as quais se destacam a histoplasmose e a paracoccidioidomicose. A aspergilose pulmonar invasiva deve ser considerada em pacientes com fatores de risco, principalmente os que apresentam neutropenia prolongada. ● Pneumocystis carinii é um agente comum em pacientes infectados pelo HIV com baixa contagem de linfócitos T CD4 (< 200/mm3). A droga de escolha para o tratamento dessa condição é a combinação sulfametoxazol + trimetoprima. Deve-se suspeitar de tuberculose pulmonar em todo paciente com tosse > 2 semanas seguidas. Diante de um caso com suspeita de tuberculose, deve-se ter um cuidado maior ao prescrever quinolona, já que existem estudos que mostram que essa classe de antibióticos está associada a atraso no início do tratamento em casos de tuberculose e aumento de resistência do microrganismo. Além disso, o uso sem critérios dessa classe de antibiótico pode levar ao surgimento de resistência também em bactérias. O tempo ideal de tratamento da pneumonia ainda é muito discutido. A maioria dos pacientes internados apresenta boa resposta, com estabilidade dos sinais vitais até 72 horas de internação. Nesses casos, o clínico está autorizado a tratar com o tempo mínimo recomendado – 7 dias, ou 5 dias no caso dos macrolídeos. Não é necessário observar o paciente internado até o final do tratamento se ele estiver em boas condições clínicas e aceitação oral adequada. Deve-se sempre dirigir a terapia quando um agente for isolado, buscando o descalonamento e evitando pressão de resistência desnecessária. Em casos de bactérias com perfil de resistência, é recomendada a avaliação em conjunto com um infectologista. Em todos os casos de pneumonia, deve-se considerar as seguintes medidas de suporte: ■ reposição volêmica, protocolo de sepse; ■ início o mais precoce possível do antibiótico EV em caso de internação hospitalar (se possível, dentro das 6 primeiras horas pós-admissão do paciente no hospital ou na 1ª hora em casos de sepse grave/choque séptico). A dosedeve ser iniciada ainda no setor de emergência. A terapia adjuvante com corticosteróides tem sido estudada em recentes ensaios clínicos e metanálises. Os dados parecem suportar a recomendação de uso por um curto período em pacientes graves, mas ainda há um debate sobre quais pacientes se beneficiariam dessa associação e qual seria a dose recomendada. Pacientes com pneumonia levando a hipoxemia podem se beneficiar de VNI, respeitando-se as condições de estabilidade hemodinâmica e bom nível de consciência. Esses pacientes devem ser reavaliados em no máximo 2 horas para que, na impossibilidade de se melhorar a frequência respiratória, a oxigenação ou a hipercarbia, seja realizada IOT seguida de ventilação mecânica. Para os pacientes acamados e sem contraindicações, é importante prescrever profilaxia para tromboembolismo e, assim que possível, estimular a deambulação. PROGNÓSTICO Em um episódio de pneumonia, a estabilidade clínica é geralmente atingida em 48-72 horas. Se nesse período não houver melhora clínica, é importante considerar: ■ presença de outros microrganismos (p. ex., fungos ou micobactérias); ■ terapia empírica inadequada (p. ex., bactérias multirresistentes); ■ focos fechados (p. ex., abscesso ou empiema); ■ diagnósticos diferenciais (p. ex., atelectasia, tromboembolismo pulmonar, neoplasia, vasculite); ■ outros focos de infecção. Para pacientes internados, deve-se avaliar a possibilidade de troca para antibiótico VO e alta hospitalar assim que o paciente estiver clinicamente estável, aceitando bem a dieta e os comprimidos (geralmente, isso ocorre após um mínimo de 48-72 horas de internação). Os critérios necessários para tal conduta são: melhora clínica, ausência de febre, sem sinais de insuficiência respiratória e estabilidade hemodinâmica. Na alta, é importante orientar que o período de convalescença após episódio de pneumonia pode durar até 1 mês. São consideradas medidas de prevenção da pneumonia e devem ser abordadas sempre que cabíveis: ■ cessação do tabagismo; ■ vacinação para influenza: pode ser administrada para todos aqueles que desejarem reduzir os riscos de contrair gripe. Sua aplicação anual sistemática está indicada e disponibilizada pelo Ministério da Saúde para os grupos de risco (idosos, indígenas, crianças com idade de 6 meses-2 anos, gestantes, profissionais de saúde, obesos, portadores de doenças crônicas, puérperas e detentos do sistema prisional); ■ vacinação antipneumocócica: está indicada para todos os indivíduos > 65 anos de idade, para indivíduos de 2-64 anos de idade que apresentarem doenças crônicas de alto risco para aquisição ou complicação de pneumonia (p. ex., insuficiência cardíaca congestiva, doença pulmonar obstrutiva crônica, DM, alcoolismo, hepatopatia e asplenia), para indivíduos imunossuprimidos ou residentes em asilos.
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