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AULA-29-a-30

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09/07/2018
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II – Propriedade
1. Poderes inerentes (uso, gozo ou fruição, disposição e reivindicação)
2. Propriedade plena (todos os poderes) e limitada (poderes restritos/resolúvel)
3. Aquisição da propriedade imóvel
a) Registro do título: inscrição no cartório competente
b) Sucessão legítima ou testamentária: força de lei/testamento
c) Usucapião
- conceito: posse duradoura exercida sem a oposição do proprietário (prescrição 
aquisitiva)
- requisitos gerais (aplicam-se a todas as modalidades):
* animus domini (intenção de dono): afastada na posse contratual
* decurso do tempo: fortalece a posse e reforça a inércia do proprietário
* posse ininterrupta: exercida com regularidade, sem abandono
* posse mansa e pacífica: exercida sem a oposição (formal) do proprietário
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- espécies mais importantes
Ordinária: 5 anos, com justo título, boa-fé, aquisição onerosa e moradia ou 
investimento; 10 anos, apenas com justo título e boa-fé (art. 1242, CC)
Extraordinária: 10 anos, com ou sem justo título, com ou sem boa-fé, moradia 
ou obras; 15 anos, com ou sem justo título, com ou sem boa-fé (art. 1238, CC)
Especial rural: 5 anos, com ou sem justo título, com ou sem boa-fé, área de até 
50 hectares, com moradia e trabalho, desde que o requerente já não seja 
proprietário de outro imóvel urbano ou rural(art. 1239, CC, e 191, CF)
Especial urbana: 5 anos, com ou sem justo título, com ou sem boa-fé, área de 
até 250 m2, com moradia e desde que o requerente já não seja proprietário de 
outro imóvel urbano ou rural (art. 1240, CC, e 183, §§ 1º e 2º, CF)
Familiar: 2 anos de abandono do lar, imóvel conjugal de até 250 m2, com 
moradia, desde que o requerente não seja proprietário de outro imóvel urbano 
ou rural, podendo ser usado uma só vez (art. 1240-A, CC)
(FCC – Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE CE/2012) A respeito da aquisição da 
propriedade imóvel, considere:
I. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até 250 m2, por cinco anos ininterruptamente e 
sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que 
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (art. 1240, CC)
II. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, 
adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé. (art. 1238, CC)
III. O possuidor não pode, para o fim de contar o tempo exigido para aquisição da propriedade 
através da usucapião, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores, havendo expressa vedação 
legal. (art. 1243, CC) – pode acrescentar à sua posse a dos seus antecessores
IV. Aquele que exercer, por um ano ininterruptamente e sem oposição, posse direta, sobre imóvel 
urbano de até 250 m2 cuja propriedade divida com ex-cônjuge que abandonou o lar, utilizando-o 
para sua moradia, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro 
imóvel urbano. (art. 1240A, CC) – deve-se exercer essa posse por dois anos 
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em
(A) II e III.
(B) II, III e IV.
(C) I e IV.
(D) I, II e III.
(E) I e II.
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III - Direitos reais sobre coisa alheia
1. Superfície: superficiário/fundieiro
- concessão de terreno, gratuita ou onerosa, por tempo determinado, para plantação 
ou construção
- constitui-se por escritura pública registrada em cartório, pode ser alienada a terceiro e 
transmite-se por herança (exceção nos direitos reais)
- não poderá ser estipulado, a nenhum título, pagamento pela transferência
- o superficiário responde pelos encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel
- não autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto da concessão
- uma vez extinta, o proprietário tem a propriedade plena sobre o terreno, construção 
ou plantação, independentemente de indenização, salvo disposição contrária
2. Servidão: prédio serviente/prédio dominante
- proveito prestado por um imóvel a outro, por prazo indeterminado
- o dono do prédio serviente não poderá embaraçar o exercício legítimo da servidão
- servidão de passagem/direito de passagem forçada
3. Usufruto: usufrutuário/nu-proprietário
- atribui a posse, uso, administração e percepção dos frutos (exploração econômica)
- legal/convencional; temporário/vitalício; gratuito/oneroso; inter vivos/causa mortis
- recai em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro ou parte deste, e, 
salvo disposição em contrário, estende-se aos acessórios, acrescidos e utilidades do bem 
- o usufruto de imóveis, quando não resulte de usucapião, constituir-se-á mediante registro 
no Cartório de Registro de Imóveis. 
- não pode ser transferido por alienação, mas o seu exercício pode ceder-se por título 
gratuito ou oneroso
- o usufrutuário não é obrigado a pagar as deteriorações pelo exercício regular do direito 
- cabem ao usufrutuário as despesas ordinárias de conservação dos bens no estado em que 
os recebeu e as prestações e tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa
- causas de extinção: renúncia/termo de duração/morte/cessação da causa/perecimento do 
objeto/confusão
4. Uso: concede ao usuário o emprego da coisa segundo sua funcionalidade natural e apenas 
os frutos que atendam à necessidade pessoal ou da família
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(FCC – Analista – Processual - MPU/2007) É certo que o usufruto
(A) não se estende, em regra, aos acessórios da coisa e seus acrescidos, 
por expressa disposição legal. (art. 1392, CC) – como regra, estende-se aos 
acessórios e acrescidos
(B) pode recair em um ou mais bens exclusivamente imóveis, abrangendo-
lhe, no todo ou em parte, apenas os frutos. (art. 1390, CC) – pode recair 
sobre móveis e abrange, além dos frutos, as utilidades do bem
(C) de imóveis constituir-se-á mediante registro no Cartório de Registro de 
Imóveis, inclusive quando resulte de usucapião. (art. 1391, CC) – constitui-se 
mediante este registro desde que não resulte de usucapião 
(D) gera a obrigação ao usufrutuário de pagar as deteriorações resultantes 
do exercício regular do direito. (art. 1402, CC) – o usufrutuário não é 
obrigado a pagar essas deteriorações 
(E) não pode ser transferido por alienação, mas o seu exercício pode ser 
cedido por título gratuito ou oneroso. (art. 1393, CC)

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