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09/07/2018 1 II – Propriedade 1. Poderes inerentes (uso, gozo ou fruição, disposição e reivindicação) 2. Propriedade plena (todos os poderes) e limitada (poderes restritos/resolúvel) 3. Aquisição da propriedade imóvel a) Registro do título: inscrição no cartório competente b) Sucessão legítima ou testamentária: força de lei/testamento c) Usucapião - conceito: posse duradoura exercida sem a oposição do proprietário (prescrição aquisitiva) - requisitos gerais (aplicam-se a todas as modalidades): * animus domini (intenção de dono): afastada na posse contratual * decurso do tempo: fortalece a posse e reforça a inércia do proprietário * posse ininterrupta: exercida com regularidade, sem abandono * posse mansa e pacífica: exercida sem a oposição (formal) do proprietário 09/07/2018 2 - espécies mais importantes Ordinária: 5 anos, com justo título, boa-fé, aquisição onerosa e moradia ou investimento; 10 anos, apenas com justo título e boa-fé (art. 1242, CC) Extraordinária: 10 anos, com ou sem justo título, com ou sem boa-fé, moradia ou obras; 15 anos, com ou sem justo título, com ou sem boa-fé (art. 1238, CC) Especial rural: 5 anos, com ou sem justo título, com ou sem boa-fé, área de até 50 hectares, com moradia e trabalho, desde que o requerente já não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural(art. 1239, CC, e 191, CF) Especial urbana: 5 anos, com ou sem justo título, com ou sem boa-fé, área de até 250 m2, com moradia e desde que o requerente já não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural (art. 1240, CC, e 183, §§ 1º e 2º, CF) Familiar: 2 anos de abandono do lar, imóvel conjugal de até 250 m2, com moradia, desde que o requerente não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural, podendo ser usado uma só vez (art. 1240-A, CC) (FCC – Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE CE/2012) A respeito da aquisição da propriedade imóvel, considere: I. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até 250 m2, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (art. 1240, CC) II. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé. (art. 1238, CC) III. O possuidor não pode, para o fim de contar o tempo exigido para aquisição da propriedade através da usucapião, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores, havendo expressa vedação legal. (art. 1243, CC) – pode acrescentar à sua posse a dos seus antecessores IV. Aquele que exercer, por um ano ininterruptamente e sem oposição, posse direta, sobre imóvel urbano de até 250 m2 cuja propriedade divida com ex-cônjuge que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano. (art. 1240A, CC) – deve-se exercer essa posse por dois anos De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em (A) II e III. (B) II, III e IV. (C) I e IV. (D) I, II e III. (E) I e II. 09/07/2018 3 III - Direitos reais sobre coisa alheia 1. Superfície: superficiário/fundieiro - concessão de terreno, gratuita ou onerosa, por tempo determinado, para plantação ou construção - constitui-se por escritura pública registrada em cartório, pode ser alienada a terceiro e transmite-se por herança (exceção nos direitos reais) - não poderá ser estipulado, a nenhum título, pagamento pela transferência - o superficiário responde pelos encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel - não autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto da concessão - uma vez extinta, o proprietário tem a propriedade plena sobre o terreno, construção ou plantação, independentemente de indenização, salvo disposição contrária 2. Servidão: prédio serviente/prédio dominante - proveito prestado por um imóvel a outro, por prazo indeterminado - o dono do prédio serviente não poderá embaraçar o exercício legítimo da servidão - servidão de passagem/direito de passagem forçada 3. Usufruto: usufrutuário/nu-proprietário - atribui a posse, uso, administração e percepção dos frutos (exploração econômica) - legal/convencional; temporário/vitalício; gratuito/oneroso; inter vivos/causa mortis - recai em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro ou parte deste, e, salvo disposição em contrário, estende-se aos acessórios, acrescidos e utilidades do bem - o usufruto de imóveis, quando não resulte de usucapião, constituir-se-á mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis. - não pode ser transferido por alienação, mas o seu exercício pode ceder-se por título gratuito ou oneroso - o usufrutuário não é obrigado a pagar as deteriorações pelo exercício regular do direito - cabem ao usufrutuário as despesas ordinárias de conservação dos bens no estado em que os recebeu e as prestações e tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa - causas de extinção: renúncia/termo de duração/morte/cessação da causa/perecimento do objeto/confusão 4. Uso: concede ao usuário o emprego da coisa segundo sua funcionalidade natural e apenas os frutos que atendam à necessidade pessoal ou da família 09/07/2018 4 (FCC – Analista – Processual - MPU/2007) É certo que o usufruto (A) não se estende, em regra, aos acessórios da coisa e seus acrescidos, por expressa disposição legal. (art. 1392, CC) – como regra, estende-se aos acessórios e acrescidos (B) pode recair em um ou mais bens exclusivamente imóveis, abrangendo- lhe, no todo ou em parte, apenas os frutos. (art. 1390, CC) – pode recair sobre móveis e abrange, além dos frutos, as utilidades do bem (C) de imóveis constituir-se-á mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis, inclusive quando resulte de usucapião. (art. 1391, CC) – constitui-se mediante este registro desde que não resulte de usucapião (D) gera a obrigação ao usufrutuário de pagar as deteriorações resultantes do exercício regular do direito. (art. 1402, CC) – o usufrutuário não é obrigado a pagar essas deteriorações (E) não pode ser transferido por alienação, mas o seu exercício pode ser cedido por título gratuito ou oneroso. (art. 1393, CC)
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