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GESTÃO DE PESSOAS NO AMBIENTE HOSPITALAR Gestão de Pessoas O termo gestão de pessoas é um conceito empregado às estratégias que objetivam atrair, reter, potencializar e administrar o capital humano de uma corporação. As empresas que possuem essa expertise entre suas políticas internas são aquelas que formam profissionais mais bem qualificados e motivados para desempenhar suas funções. O contexto da Gestão de Pessoas é formado por pessoas e organizações. As pessoas dependem das organizações onde trabalham para atingir os seus objetivos individuais e pessoais. De outro lado, as organizações dependem diretamente e irremediavelmente das pessoas para operar, produzir seus bens e serviços, atender clientes, competir nos mercados e atingir seus objetivos globais e estratégicos. A área de gestão de pessoas é um processo de planejamento, organização, direção e controle de pessoas dentro da organização. Promovendo o desempenho eficiente de pessoas, para alcançar os objetivos organizacionais e individuais, relacionados direto ou indiretamente com a empresa. (VILAS et all, 2009). Fazer a Gestão de Pessoas é uma garantia de que todas as necessidades dos funcionários serão atendidas e de que os mesmos estarão dentro dos cargos e funções que têm a capacidade para exercer. Entre os compromissos da Gestão de Pessoas de uma empresa, está fazer a seleção de pessoas que sejam ideais para cada cargo dentro da organização, avaliando não só as competências básicas dos candidatos como também se os mesmos possuem perfil adequado para integrarem os times disponíveis. A gestão de pessoas se baseia em três aspectos fundamentais: 1) As pessoas como seres humanos: dotadas de personalidade própria; profundamente diferentes entre si; possuindo uma história particular e diferenciada; com conhecimentos, habilidades, destrezas e capacidades indispensáveis. 2) As pessoas como ativadores inteligentes de recursos organizacionais: como elementos impulsionadores da organização e capazes de dotá-la de inteligência, talento e aprendizados indispensáveis à sua constante renovação e competitividade em um mundo de mudanças e desafios. 3) As pessoas como parceiros da organização: capazes de conduzi-la a excelência e ao sucesso; fazendo investimentos na organização, tendo comprometimento e responsabilidade; conferindo um caráter de reciprocidade entre o funcionário e a organização. Prover as organizações de pessoas necessárias (provisão), aplicar elas aos seus cargos e funções (aplicação), manter as pessoas trabalhando (manutenção), desenvolver as pessoas quanto as suas atribuições e funções (desenvolvimento) e controlá-las (monitoração), esses cinco processos estão interligados e são independentes na área de gestão de pessoas. (CHIAVENATO,2000). Os processos básicos da Gestão de Pessoas são: * Agregar pessoas: É o processo utilizado para encontrar novas pessoas para a empresa, incluindo o recrutamento e seleção de pessoais. * Aplicar pessoas: Esse processo desenhar as atividades que as pessoas realizarão na empresa, tendo a função de orientar e acompanhar seu desempenho. Este processo também é responsável pelo desenho, análise e descrição de cargos, além de orientação das pessoas e avaliação do desempenho. * Recompensar pessoas: Processo utilizado como incentivo para as pessoas satisfazerem suas necessidades individuais. Aqui estão inclusos recompensas, remuneração, benefícios e serviços sociais. * Desenvolver pessoas: Este processo está voltado à capacitar e desenvolver o grupo de colaboradores por meio de treinamentos e programas de mudança de carreiras. * Manter pessoas: O objetivo é criar condições ambientais e psicológicas para colaborar com a boa prática das atividades profissionais — como a administração da disciplina, higiene, segurança, qualidade de vida e manutenção de relações sindicais. * Monitorar pessoas: Acompanhar e controlar as atividades das pessoas e verificar seus resultados. Tudo para que a empresa possa manter todos os processos iniciais e manter seus colaboradores satisfeitos com a organização a longo prazo. Os Recursos Humanos foram gradativamente desenvolvidos, como uma resposta ao próprio crescimento comercial que foi impulsionado pelas revoluções industriais. Com isso, é fácil perceber que os Recursos Humanos conciliam e atuam no intermédio dos interesses da empresa com os dos colaboradores, e de acordo com as leis trabalhistas. Isso se traduz em diversas etapas, responsabilidades e atividades como: • atuar na seleção e filtragem de perfis profissionais qualificados para os cargos na empresa; • cuidar da gestão e monitoramento dos perfis comportamentais de cada colaborador; • buscar e prover incentivos financeiros para a empresa; • instituir e cuidar das políticas internas da empresa; • promover treinamentos; • cuidar de todos os assuntos trabalhistas; trabalhar o aspecto motivacional dos profissionais. https://www.xerpa.com.br/blog/treinamento-e-capacitacao-de-funcionarios/#_blank https://www.xerpa.com.br/blog/topic/leis-trabalhistas/#_blank O termo RH (Recursos Humanos) ou Gestão de Pessoas pode ter três significados diferentes: RH como função ou departamento: RH é a unidade operacional que funciona como elemento prestador de serviços nas áreas de recrutamento, seleção, treinamento, remuneração, comunicação, segurança do trabalho, benefícios etc. RH como práticas de recursos humanos: RH se refere ao modo como a organização opera suas atividades de recrutamento, seleção, treinamento, remuneração, benefícios, comunicação, higiene e segurança do trabalho. RH como profissão: RH se refere aos profissionais que trabalham em tempo integral em papéis diretamente relacionados com recursos humanos, a saber: selecionadores, treinadores, administradores de salários e benefícios, engenheiros de segurança, médicos do trabalho, etc. Recrutamento e Seleção O investimento em práticas e iniciativas no departamento de Recrutamento e Seleção é o primeiro passo para que a empresa tenha um diferencial em relação ao mercado. Para que a empresa possa atrair bons candidatos e assim selecionar os melhores, o papel dos profissionais responsáveis por esses dois processos é de extrema importância. O departamento de Recrutamento e Seleção constitui uma parte essencial da área de Recursos Humanos das empresas atualmente. Diferentemente do que acontecia no final do século XX, a área de RH passou de um simples departamento de pessoas para um dos grandes motivos de sucesso das organizações, o que fez com que acontecessem mudanças ao longo desse período. Recrutamento: segundo Chiavenato (2009,p.68), é um conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos e oferecer competências para a organização, ou seja, neste processo ás empresas buscam fontes de profissionais capacitados e comprometidos que possam agregar valor ao seu negócio. Recrutamento Interno: é o aproveitamento do capital humano já existente na empresa, serve como um grande fator de retenção e motivação. Pode ocorrer por meio de transferências, promoções, programas de desenvolvimento, planos de carreira, concursos internos. * O preenchimento de vagas e oportunidades é feito através dos próprios funcionários atuais; * Os candidatos internos, tem preferência; * Isso exige que sejam promovidos ou transferidos para novas oportunidades; * A organização oferece uma carreira de oportunidades aos funcionários. O recrutamento interno possui algumas vantagens como: - Conhecimento: possibilita uma avaliação mais segura, pois a empresa já conhece seus méritos; - Economia: com recrutamento interno, os custos, principalmente com agências, anúncios em jornais, deixam de existir; - Rapidez: o preenchimentoda vaga é mais rápido; - Proximidade: por estarem integrados á empresa, os empregados tornam-se candidatos em potencial; - Promoção: essa situação gera maior interesse por parte dos empregados, os quais desejam ser treinados com maior intensidade no sentido de aproveitar as vagas disponíveis. Recrutamento externo: O processo seletivo quando aberto externamente exige métodos diferentes de condução, onde as técnicas devem ser bem definidas e a área solicitante da vaga deve ter de forma bem clara o perfil que o RH deverá trabalhar. Para a empresa o recrutamento externo lhe dá mais opções de levantamento de perfil e a possibilidade de escolher a que mais atende as expectativas da vaga e optar por novas experiências na organização. * O preenchimento de vagas e oportunidades é feito através de admissão de candidatos externos; * Os candidatos externos, tem preferência; * Isso exige que sejam recrutados externamente e selecionados para preencher as oportunidades; * A organização oferece oportunidades a candidatos externos. As principais vantagens do recrutamento externo são: - Traz “sangue novo” para a empresa, gerando oportunidade de novas experiências; - Aproveita os investimentos em capacitação feitos por outras empresas ou pelos próprios candidatos; - Renova e enriquece os recursos humanos da organização. Seleção: processo pelo qual a organização escolhe entre os candidatos, aquele profissional que melhor atende aos critérios de seleção exigidos para atender as necessidades da empresa. O processo seletivo nem sempre é o mesmo embora seu objetivo final seja a escolha de um candidato que atinja as necessidades da empresa. Essa seleção de pessoal varia de acordo com o cargo que precisa ser preenchido. A quantidade de etapas, assim como a complexidade do processo dependem de como é o grau de exigência e o tipo de cargo em questão. Processo de seleção: *descrição e análise do cargo: atividades a executar e responsabilidades; * padrões de desempenho desejados para cada atividade; * especificações das pessoas: relações das qualificações pessoais necessárias; * comparação para verificar adequação; * fontes de informação sobre os candidatos: formulário preenchido, técnicas de seleção e referências. A seleção, utiliza o prisma da missão e visão da empresa para selecionar os candidatos que mais se adequem aos preceitos por ela definidos e desta forma, obter uma unidade de comportamento – empresa e colaborador – indispensável para a consolidação da cultura organizacional e consequente diferencial de qualidade nos produtos/serviços. Existem modelos de seleção de pessoal: Modelo de colocação: existe um só candidato e uma só vaga, que deve ser preenchida por aquele candidato. Modelo de seleção: vários candidatos e apenas uma vaga a preencher. Modelo de classificação: é a abordagem mais ampla e situacional, onde existem vários candidatos para cada vaga e várias vagas para cada candidato. Etapas indispensáveis para o processo de recrutamento e seleção: * Análise de necessidades: antes de mais nada, é preciso entender quais são as necessidades da empresa e o que ela espera de um novo colaborador. Para isso, o RH deve definir com detalhe, quais serão as funções que o novo trabalhador vai desenvolver, as habilidades e competências esperadas. * Prospecção dos candidatos: após definir as necessidades da vaga, é a hora de buscar pelos aspirantes ao cargo. Portanto, a próxima etapa do processo de recrutamento e seleção é a divulgação no mercado para atrair os candidatos ideais. * Triagem de Currículos: em seguida, é preciso realizar uma triagem para separar aqueles currículos que não possuem perfil para a vaga. Essa etapa é primordial para que o RH identifique os melhores profissionais e os passe para a próxima etapa. A triagem de currículos precisa ser precisa, cruzando as necessidades apontadas no perfil do cargo com as competências do profissional. * Entrevista inicial: ao identificar os melhores currículos, o próximo passo para um recrutamento e seleção bem-sucedido é convocar os aspirantes para uma entrevista pessoal. Assim, será possível identificar as habilidades dos profissionais, analisar seus comportamentos e checar as informações de seus currículos. * Aplicação de testes e provas técnicas: dependendo o cargo a ser ocupado, será necessário aplicar provas específicas para testar os conhecimentos técnicos dos candidatos. A empresa pode optar por provas de conhecimento, testes psicológicos, de https://www.xerpa.com.br/blog/como-atrair-talentos/#_blank https://www.xerpa.com.br/blog/o-que-e-gestao-comportamental/#_blank https://www.xerpa.com.br/blog/testes-psicologicos/#_blank personalidade e simulações grupais, onde poderão provar suas capacidades de trabalho em equipe. * Entrevista de seleção: uma das principais etapas do processo de recrutamento e seleção é a entrevista de seleção, em que a lista de candidatos já terá sido reduzida. Essa entrevista é mais profunda e permite que o recrutador escolha entre os últimos candidatos. Nessa entrevista, os diretores ou chefes da área devem estar presentes para dar todas as informações sobre o cargo detalhadamente. * Verificação de dados: após isso, o RH já terá um profissional em mente, mas antes de dar a notícia, é fundamental comprovar que todas as informações sobre ele sejam verdadeiras. Para isso, é possível entrar em contato com seus empregadores anteriores e pedir referências sobre seu desempenho e a veracidade dos dados fornecidos. * Comunique a escolha da empresa: finalmente, chegou o momento de comunicar ao profissional que ele foi escolhido. A empresa deve convidá-lo para assinar o contrato, preencher todos os documentos necessários, agendar o exame de admissão e mostrar as instalações da organização. Além disso, é importante ser cordial com os demais candidatos que participaram do processo. Portanto, um e-mail ou ligação dando um feedback educado pode passar uma imagem positiva sobre a empresa. O sucesso na contratação de funcionários aumenta a produtividade da empresa e está diretamente ligado ao planejamento e organização nas etapas do processo de recrutamento. Bons resultados na seleção e recrutamento significa que a empresa vai ter melhores resultados graças aos esforços do RH desde o início e todos ficarão felizes. Treinamento e Desenvolvimento Segundo Lacombe (2011, p. 381) as empresas que não treinam e desenvolvem seus funcionários, podem enfrentar dificuldades competitivas por falta de gente preparada para seus cargos. O objetivo desse trabalho é demonstrar que, utilizando métodos simples de redução de riscos as empresas a médio e longo prazo sentirão o retorno do investimento em forma de produção e motivação e investirão cada vez mais em diversos tipos de treinamento, alcançando um número maior de treinados. Treinamento é um processo de aprendizagem induzida que visa a suprir o hiato existente entre conhecimentos, habilidades e atitudes requeridos pela empresa. É o https://www.xerpa.com.br/blog/documentos-para-admissao/#_blank preparo da pessoa para o cargo. O treinamento tem como objetivo impulsionar a eficiência, aumentar a produtividade, elevar os níveis de qualidade, promover a segurança no trabalho e evitar que as tarefas sejam refeitas. O desenvolvimento é mais extenso e está relacionado com a preocupação em aprimorar, de forma contínua, os ensinamentos, antes aplicados pelos treinamentos, como também, a melhoria das competências de cada colaborador, incluindo o crescimento de cada um em suas funções. Com isso, enquanto o treinamento tem como objetivos, qualificar e oferecer conhecimentos, o desenvolvimento visa o funcionário de forma individual, como forma de melhoria contínua. Desenvolver as competências pessoais dos colaboradores é uma ação que deve se estender a longos prazos,após o treinamento de pessoal. Porém, é essencial para o futuro desenvolvimento de líderes e profissionais envolvidos com os processos da empresa. Treinar e desenvolver as pessoas são atividades que cada vez mais fazem parte das estratégias das empresas, principalmente pela competitividade presente no mercado que a organização está inserida. É muito importante que as organizações compreendam como é fundamental a valorização do investimento em T&D (Treinamento e Desenvolvimento), pois é essencial para que a organização possa manter e/ou ampliar a sua vantagem competitiva no mercado de trabalho, já que as empresas perceberam que a força para crescer está nas pessoas, que eram utilizadas de forma inadequada, visto que eram pouco motivadas em seu ambiente de trabalho. Com a ferramenta de T&D funcionando de forma adequada, pode-se alcançar os objetivos da organização de forma mais rápida e eficaz, pois um funcionário treinado, desenvolvido e preparado para assumir o seu cargo é muito mais motivado do que um empregado que chega para trabalhar no seu local de trabalho e não conhece a rotina a qual fará parte. Concluindo: Treinamento é orientado para o presente, Desenvolvimento é orientado para focaliza o cargo atual e busca melhorar o futuro, focaliza os cargos a serem habilidades e capacidades relacionadas ocupados futuramente na organização com o desempenho imediato do cargo. e as novas habilidades e capacidades que serão requeridas. Planejamento e Execução: é a etapa central de todo o sistema de Treinamento e Desenvolvimento, quando são delineadas e desenhadas as ações de capacitação. Tendo como etapas do planejamento: - Redigir objetivos: transforma necessidades de treinamento em objetivos. - Escolher modalidade: planeja e escolhe a modalidade de entrega da instrução. - Estabelecer a sequência dos objetivos: permite categorizar os objetivos em cognitivos, afetivos, atitudinais ou psicomotores, bem como estabelecer uma hierarquia entre eles. - Escolher ou criar os procedimentos instrucionais: seleciona/cria situações de aprendizagem. - Definir critérios: transforma os objetivos instrucionais em indicadores para a avaliação da aprendizagem. - Testar o desenho: será feita três dimensões: delineamento da validação, avaliação e ajustes no plano. Existem 6 modelos mais usuais de Treinamento e Desenvolvimento: Comunicação assertiva: saber conversar de maneira clara, objetiva e respeitosa é essencial para criar um ambiente agradável, que incentive a interação e a troca de saberes entre as pessoas. É comum que as tarefas não sejam devidamente realizadas por falta de compreensão das regras ou por atrito no diálogo entre os envolvidos. Treinamento motivacional: todo mundo está sujeito a vivenciar momentos de desânimo, desmotivação e baixa produtividade no trabalho. Antes de implementar um programa de treinamento motivacional, é importante fazer um diagnóstico empresarial para saber exatamente o que está desmotivando os funcionários. Assim fica mais fácil montar uma estratégia assertiva para solucionar o problema. Desenvolvimento de competências e habilidades: competência é o conjunto de atitudes, habilidades e conhecimentos que uma pessoa precisa ter para desempenhar bem suas atividades. Para trabalhar o desenvolvimento de competências dentro de uma empresa é preciso identificar, inicialmente, quais são as competências necessárias para a realização de cada função. Treinamento organizacional: é a capacitação da empresa como um todo, com o objetivo de organizar melhor as estratégias utilizadas e otimizar os resultados. O importante é criar uma maneira eficaz de transmitir as informações necessárias para que os colaboradores aprendam algo novo e consigam aplicar corretamente durante o trabalho. Treinamento de liderança: como o próprio nome já diz, é direcionado para os líderes das empresas. As pessoas responsáveis por liderar um departamento ou uma equipe na organização, independentemente da área, precisam dar conta de muitas atribuições e, por isso, carregam uma responsabilidade enorme. Coaching corporativo: outra forma de investir em treinamento e desenvolvimento é a implementação de um processo de coaching corporativo. O profissional responsável pelo coaching corporativo trabalha visando o alinhamento do planejamento estratégico da organização aos objetivos individuais dos profissionais. O processo tem como base a compreensão de que colaboradores motivados, qualificados e que se reconhecem como parte da empresa apresentam mais chances de alcançar os resultados esperados. Vantagens da implementação de treinamentos e capacitação •Proporciona motivação ao colaborador; •Permite que o profissional contribua com a evolução da empresa; •Diminui a rotatividade de colaboradores; •Viabiliza aos profissionais que trabalhem sem supervisão constante; •Otimiza o tempo e os esforços dos colaboradores; •Minimiza os acidentes de trabalho; •Aumenta as chances de promoção dos profissionais; •Maximiza a produtividades; •Gera vantagem competitiva à empresa e aos colaboradores. Avaliação do treinamento: essa etapa consiste em verificar se os objetivos foram alcançados e identificar pontos que favoreçam o aperfeiçoamento de futuros programas de Treinamento e Desenvolvimento. Uma gestão de pessoas eficiente se preocupa com o equilíbrio entre as pessoas e os processos da empresa, que quando bem aplicados, refletem na oferta de seus produtos ou serviços oferecidos e uma maior vantagem perante outros concorrentes. Equipes e Relacionamentos Interpessoais Equipe é considerada um “conjunto ou grupo de pessoas com habilidades complementares, comprometidas umas com as outras pela missão comum, objetivos comuns, obtidos pela negociação entre os membros envolvidos em um plano de trabalho bem difundido" (CARVALHO, 2009, p. 94). Assim, ao realizar uma atividade proposta em equipe é preciso estar em sintonia com os colegas de trabalho para chegar a um acordo final e dessa forma, alcançar o objetivo com mais eficácia. Cada vez mais o trabalho em equipe tem sido incentivado em diversas áreas profissionais, pois, torna o trabalho mais eficaz e enriquecedor, por se tratar de várias pessoas pensantes que contribuem dessa forma para a melhoria da atividade a que se propõe realizar. A gestão de equipes consiste no controle sobre o trabalho e desempenho de um determinado grupo de funcionários. Os responsáveis por essa gestão, devem manter as equipes motivadas e engajadas para aumentar a produtividade. As principais tarefas desenvolvidas pelos gestores são: •trabalhar e motivar os demais a cumprirem os objetivos da empresa; •adequar a visão dos empregados sobre a empresa e vice-versa; •equilibrar a produtividade e qualidade dos serviços; •estimular o aprimoramento profissional de cada membro do time; •incentivar o trabalho em equipe; •seguir políticas de desenvolvimento e de retenção de talentos; •tornar os colaboradores mais motivados e comprometidos com suas tarefas; •manter um clima positivo e harmonioso no ambiente de trabalho; •auxiliar seu time a melhorar os pontos negativos. Trabalhar em equipe antes de tudo significa uma boa comunicação, não basta apenas seguir ou dar ordens, é necessário que as tarefas sejam contextualizadas por prioridade, para que as tarefas importantes não sejam preteridas para outras de menor urgência. Com uma comunicação interna consolidada os resultados tendem a aparecer mais facilmente, sem a necessidade de sobrecarga de setores ou colaboradores. Desenvolver o trabalho em equipe e as relações interpessoais é umpasso fundamental que todos terão que dar dentro de uma organização, caso contrário a chance se ser rotulado como profissional de difícil convivência pode dificultar em muito as chances de ascensão profissional. Busque sempre seu desenvolvimento pessoal com base nas suas competências e acima de tudo: saiba respeitar as opiniões de terceiros, o segredo da boa comunicação é encontrar um ponto de equilíbrio entre o momento de dizer sim ou não. De acordo com Chiavenato (2010), o relacionamento interpessoal é uma variável do sistema de administração participativo, que representa o comportamento humano que gera o trabalho em equipe, confiança e participação das pessoas. “As pessoas não atuam isoladamente, mas por meio de interações com outras pessoas para poderem alcançar seus objetivos” (CHIAVENATO, 2010, p. 115). No mundo atual, transformar um grupo de colaboradores em equipe é um desafio que necessita de desenvolvimento https://www.xerpa.com.br/blog/estabelecer-metas/#_blank https://www.xerpa.com.br/blog/treinamento-e-capacitacao-de-funcionarios/#_blank https://www.xerpa.com.br/blog/retencao-de-talentos/#_blank dos envolvidos, sendo um processo de aprendizagem contínuo, para que seja estabelecida a comunicação entre todos e a construção de relações interpessoais no ambiente que convivem para, consequentemente, eliminar o trabalho isolado, se relacionar com as diversidades, experiências e visão do negócio da empresa envolvida. No mundo corporativo, o relacionamento interpessoal vai muito além de saber se relacionar com as pessoas. Na sua empresa, ele está relacionado com a maneira como você trabalha quando esta em alguma situação de desconforto. Você não pode escolher seus colegas, seus chefes, as pessoas com que convive diariamente, diferente do que acontece fora das paredes de um escritório. Por isso, você precisa lidar diariamente com pessoas e é importante ter jogo de cintura. Saber se relacionar no ambiente corporativo é quase que uma questão de sobrevivência. Se os funcionários de uma empresa, ou mesmo de uma equipe, não souberem se relacionar ou conviver em harmonia, o clima organizacional daquela empresa pode ser fortemente afetado. A relação entre os funcionários chega até níveis mais avançados, como aquela entre gestores e suas equipes, contato direto e diário para resolver questões de seus departamentos. Saber se relacionar no ambiente de trabalho é fundamental. Mas antes disso, é importante se conhecer, saber como você lida com seus sentimentos e de que maneira isso pode refletir na pessoa que você é no trabalho. A importância de um bom relacionamento interpessoal para a empresa Com o fortalecimento das relações interpessoais em uma empresa é possível prevenir problemas, antecipar soluções e enxergar novas possibilidades para aumentar os resultados organizacionais. Com isso, tem-se alguns benefícios: * Profissionais mais capacitados: para que as relações sejam saudáveis é preciso investir no autoconhecimento dos profissionais para que eles possam identificar os pontos que devem melhorar e as forças que podem aplicar em seu desenvolvimento e, assim, o colaborador, time e a empresa são favorecidos. * Melhora do clima organizacional: uma empresa que cultiva e incentiva bons relacionamentos interpessoais oferece um ambiente mais harmonioso aos colaboradores que, por sua vez, se tornam mais produtivos e motivados. https://www.sbcoaching.com.br/blog/flora-victoria/dicas-de-victoria-lideranca-positiva-e-resultados/#_blank https://www.sbcoaching.com.br/blog/flora-victoria/dicas-de-victoria-lideranca-positiva-e-resultados/#_blank * Aumento de produtividade: uma empresa que investe em relacionamentos interpessoais apresenta maior produtividade de seus colaboradores, isso porque, a atmosfera psicológica positiva aumenta a motivação e eleva a performance dos profissionais. * Profissionais mais engajados: com uma cultura organizacional mais virtuosa, os comportamentos positivos são amplificados, assim como o engajamento e uma melhor qualidade de vida no trabalho. * Maior lucratividade: com um bom clima organizacional o colaborador se sente mais motivado a realizar e atingir grandes resultados, favorecendo, no final, a lucratividade da empresa. As melhores relações interpessoais em um ambiente corporativo são aquelas que as pessoas se comunicam com paciência e sem mensagens truncadas. Ainda que haja qualquer tipo de discussão ou desentendimento, o mundo ideal é que todos saibam lidar com a situação de forma sensata e coerente. Assim, para que os relacionamentos interpessoais sejam saudáveis, é preciso fortalecer a comunicação e integração entre os membros da equipe. Por isso, é tão importante para as empresas investir no desenvolvimento individual e coletivo de seus colaboradores. O coaching é um processo que contribui para o aumento de performance e transformação pessoal e profissional em empresas, pessoas e grupos. Por meio de uma série de conceitos, técnicas e ferramentas, o coach (profissional) promove o desenvolvimento humano para que o coache (cliente) melhore suas competências e atinja seus resultados. Além do aumento de performance, o coaching ajuda o profissional a ter autoconhecimento, para melhorar seus relacionamentos pessoais e profissionais. Devido ao alto potencial de desenvolvimento na área profissional, o processo de coaching está cada dia mais presente em empresas e organizações, sendo um pré https://www.sbcoaching.com.br/blog/curso-de-formacao-em-coaching/5-dicas-para-engajar-seus-colaboradores/#_blank https://www.sbcoaching.com.br/blog/curso-de-formacao-em-coaching/5-dicas-para-engajar-seus-colaboradores/#_blank https://www.sbcoaching.com.br/blog/curso-de-formacao-em-coaching/5-dicas-para-engajar-seus-colaboradores/#_blank https://www.sbcoaching.com.br/blog/curso-de-formacao-em-coaching/5-dicas-para-engajar-seus-colaboradores/#_blank https://www.sbcoaching.com.br/blog/curso-de-formacao-em-coaching/5-dicas-para-engajar-seus-colaboradores/#_blank https://www.sbcoaching.com.br/blog/curso-de-formacao-em-coaching/5-dicas-para-engajar-seus-colaboradores/#_blank https://www.sbcoaching.com.br/blog/tudo-sobre-coaching/coaching-executivo-para-alcancar-objetivos/#_blank https://www.sbcoaching.com.br/blog/uncategorized/aumente-em-ate-30-a-performance-de-sua-empresa-e-do-seu-time/#_blank https://www.sbcoaching.com.br/blog/colaboradores/prosperidade-autoconhecimento/#_blank https://www.sbcoaching.com.br/blog/colaboradores/prosperidade-autoconhecimento/#_blank https://www.sbcoaching.com.br/blog/lideranca-e-coaching/lideres-brasileiros-e-o-clima-desmotivador/#_blank https://www.sbcoaching.com.br/blog/atinja-objetivos/aprenda-6-etapas-do-autocoaching-para-voce-se-autodesenvolver/#_blank requisito para lideres e um grande diferencial para profissionais que querem se destacar no mercado e alavancar a carreira. GESTÃO DE QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR Qualidade Total A gestão da qualidade total refere-se a uma estratégia de administração orientada a criar consciência da qualidade em todos os processos organizacionais. São pensamentos estratégicos que antecedem o agir e o produzir. É um sistema permanente e de longo prazo, voltado para o alcance da satisfação do cliente por meio de um processo de melhoria contínua dos produtos e serviços gerados pela empresa. Qualidade: é um valor conhecido por todos e, no entanto, definido de forma diferenciada por diferentes grupos ou camadas da sociedade, é o conjunto de características, intrínsecas ou extrínsecas, concretas ou abstratas que fazem com que o consumidor ou usuário prefira determinado produto ou serviço. Total: é dito Total por envolver todas as pessoas e ser exercido em todos os lugares da empresa, envolvendo todos os níveis e todasas unidades. Qualidade Total é uma forma de ação administrativa, que coloca a qualidade dos produtos ou serviços, como o principal foco para todas as atividades da empresa. Já a Gestão pela Qualidade Total é a concretização desta ação, na gestão de todos os recursos organizacionais. Princípios da Qualidade Total •Satisfação Total do Cliente: A empresa que busca qualidade estabelece um processo sistemático e permanente de troca de informações e mútuo aprendizado com seus clientes. A gestão pela qualidade assegura a satisfação de todos os que fazem parte dos diversos processos da empresa: clientes externos e internos, diretos e indiretos, parceiros e empregados. •Desenvolvimento dos Recursos Humanos: É possível ter o máximo controle sobre os empregados, determinar normas rígidas, supervisionar, fiscalizar. Mas nada será tão eficaz quanto o espírito de colaboração e a iniciativa daqueles que acreditam no trabalho. •Constância de Propósitos: A adoção de novos valores é um processo lento e gradual que deve levar em conta a cultura existente na organização. Os novos princípios devem ser repetidos e reforçados, estimulados em sua prática, até que a mudança desejada se torne irreversível. É preciso persistência e continuidade. •Gerência Participativa: É preciso criar a cultura da participação e passar as informações necessárias aos empregados. A participação fortalece decisões, mobiliza forças e gera o compromisso de todos com os resultados. É preciso eliminar o medo. E ouvir sempre o que pensam os subordinados. É preciso estimular a formação dos Times da Qualidade, com o objetivo de resolver problemas que afetam metas de trabalho. O sentido da gestão participativa ultrapassa as fronteiras da empresa, amplia a interação com seus clientes diretos, fornecedores, acionistas, controladores, sindicatos e comunidade. •Aperfeiçoamento Contínuo: O avanço tecnológico, a renovação dos costumes e do comportamento levam a mudanças rápidas nas reais necessidades dos clientes. Acompanhar e até mesmo antecipar as mudanças que ocorrem na sociedade [com o contínuo aperfeiçoamento] é uma forma de garantir mercado e descobrir novas oportunidades de negócios. Nessa nova ordem, onde o consumidor fala mais alto, não há espaço para acomodação, passividade, submissão, individualismo ou paternalismo. O sucesso empresarial está comprometido com a implantação de uma "cultura" de mudança, de contínuo aperfeiçoamento. É o que acontece quando a empresa oferece mais do que lhe é cobrado, ao superar as expectativas e ganhar a admiração dos clientes. •Garantia da Qualidade: A base da garantia da qualidade está no planejamento e na sistematização [formalização] de processos. Esta formalização estrutura-se na documentação escrita, que deve ser de fácil acesso, permitindo identificar o caminho percorrido. A formalização dos processos estrutura-se na documentação escrita, que deve ser de fácil acesso, isto é, permitir rastreabilidade (identificação do caminho percorrido desde a origem). Organizada e acessível, a documentação da garantia da qualidade permitirá: * controle de projetos e documentos; * histórico das relações com fornecedores; * registro de inspeções, testes de produtos; * ações corretivas, manuseio e armazenagem, embalagem, distribuição e auditoria. •Delegação: Delegar significa colocar o poder de decisão o mais próximo da ação. O que quase sempre é feito baseado em procedimentos escritos. O regulamento, no entanto, não pode ser embaraço à solução das situações imprevistas: o bom senso deve prevalecer. A presteza com que o cliente é atendido determina sua aproximação ou rejeição à empresa. O melhor controle é aquele que resulta da responsabilidade atribuída a cada um. Só com os três atributos divinos – onipresença, onisciência e onipotência – seria fácil ao empresário desempenhar a mais importante missão dentro da organização: relacionar-se diretamente com todos os clientes, em todas as situações. A saída é delegar competência. •Evitar Erros: O padrão de desempenho desejável na empresa deve ser o de “Zero Defeito”. Este princípio deve ser incorporado à maneira de pensar de empregados e dirigentes, na busca da perfeição em suas atividades. O erro é mais oneroso quanto mais cedo aparece no processo. Um erro na concepção do projeto pode colocar a perder todo o empreendimento. •Gerência de Processos: A gerência de processos, aliada ao conceito de cadeia cliente- fornecedor, faz cair as barreiras entre as áreas da empresa, elimina feudos e promove integração. A partir do cliente externo, os processos se comunicam: o anterior é o fornecedor, o seguinte, cliente. A empresa pode ser vista como um grande processo que tem como finalidade (missão) atender às necessidades dos seus clientes/usuários, através da produção de bens/serviços, gerados a partir de insumos recebidos de seus fornecedores e beneficiados e/ou manufaturados, através de seus recursos humanos e tecnológicos. Gerenciar processo significa: planejar, desenvolver, executar, controlar e agir corretivamente. Para que seja possível acompanhar, controlar e avaliar, é indispensável que cada processo tenha indicadores que possam mensurar aspectos relativos à produtividade (eficiência) e qualidade (eficácia). •Disseminação de Informações: A implantação da Qualidade Total tem como pré-requisito transparência no fluxo de informações dentro da empresa. A participação coletiva na definição dos objetivos da empresa é a melhor forma de assegurar o compromisso de todos com sua execução. Serve também para promover maior conhecimento do papel que a atividade de cada um representando contexto da empresa. A comunicação com os clientes, efetivos ou potenciais, como já vimos, é imprescindível. Os processos de comunicação devem ser ágeis, seletivos, precisos e confiáveis. Devem permitir a transparência da empresa junto a seus funcionários, clientes, fornecedores e sociedade. Dentre as ações para obtenção da Qualidade Total e excelência organizacional, destacam- se: •Compromisso do gerenciamento: é a boa vontade dos líderes para administrar a organização visando a melhoria da qualidade de vida de todos; •Equipe de melhoria da qualidade: é encarregada de coordenar e supervisionar recuperação da organização; •Medição da qualidade: é a avaliação da operação de vários "sistemas de apoio e processos" quanto à busca dos resultados; •Preço da não-conformidade: revela o custo e a inconveniência de se fazer as coisas de maneira diferente da planejada; •Consciência da qualidade: é o dever de todos de se comunicar continuamente para que saibam que estão no mesmo caminho; •Ação corretiva: é a identificação, correção e prevenção dos problemas que impedem o bom andamento dos negócios; •Planejamento de "zero defeitos": é a preparação para o período inicial da adoção do novo padrão de desempenho; •Educação: é o treinamento do empregado para a compreensão e implementação da qualidade, com linguagem cotidiana; •Definição dos objetivos: é a descrição das funções específicas que cada um vai desempenhar na organização; •Eliminação das causas de erros: é o sistema de identificação e remoção dos obstáculos para alcançar o padrão; •Reconhecimento: significa demonstrar gratidão; •Conselhos da qualidade: são os encontros daqueles que são responsáveis pela saúde da organização.; •Faça tudo de novo: O exemplo é a principal forma de influenciar os outros. A gestão pela qualidade total, é bastante próxima e sensível às necessidades dos consumidores, ao movimento da concorrência e, por consequência, tem uma ótica de melhoria contínua, uma vez que nem os consumidores deixam de ter mudanças em duas necessidades e nem os concorrentes estão parados sem reagir às variações do mercado e dos seus agentes. Portanto, as empresas, alémde bem satisfazerem os seus consumidores, devem também ser melhores que os seus concorrentes diretos, sob pena de terem a sua performance mercadológica prejudicada. Para Arantes (1998), uma empresa só tem razão de existir se houver pessoas dispostas a usar e pagar pelas utilidades que produz, ou seja, os clientes. Estas pessoas têm a necessidade de serem satisfeitas e atribuem valores ás utilidades e pagam por elas. Este modelo de gestão também trouxe à tona uma realidade até então desconhecida de muitos administradores ocidentais: a qualidade também tem um impacto positivo na produtividade das organizações, principalmente devido á eliminação dos retrabalhos e dos estoques intermediários. Gestão por Processos É um enfoque administrativo que busca a otimização e melhoria da cadeia de seus processos, assegurando o melhor desempenho possível do sistema integrado, a partir da mínima utilização de recursos e do máximo índice de acerto. É uma alternativa ao estilo gerencial por departamentos, seções e setores que tradicionalmente costumávamos encontrar nas empresas. E uma alternativa cada vez mais difundida e adotada, já que, hoje, as atividades raramente são realizadas por uma única área ou um único grupo de pessoas; ao contrário, há o envolvimento de vários setores em atividades específicas e processos operacionais, bem como a formação de equipes determinadas. A gestão de Processos permite identificar o conjunto de atividades capaz de gerar maior valor ao usuário/cliente que recebe um produto ou serviço, integrar e orientar para resultados as várias unidades organizacionais e auferir recursos e desenvolver competências para a consecução dessas finalidades. A orientação baseada em processo envolve a preocupação constante com a otimização, a partir da incorporação crescente de tecnologias informacionais na busca de melhorias incrementais ou de redefinições radicais, tendo em vista alcançar ou superar padrões referenciais de desempenho na satisfação das partes interessadas. A visão clara dos processos permite identificar eventuais alternativas extra organizacionais. Segundo Oliveira (2006), a administração de processos realizada de forma eficaz melhora a capacidade de uma organização de antecipar, gerir e responder ás mudanças no mercado e a maximizar as oportunidades empresariais. De uma maneira mais abrangente, uma administração orientada por processos, permite compreender como de fato produtos e serviços são criados na organização, á medida que mostra claramente os problemas e ineficiências que em uma organização tradicional seriam mais difíceis de identificar. A gestão por processos pode ser dividida em oito etapas: 1° Planejamento estratégico; 2° Entendimento do negócio; 3° Identificação dos processos críticos; 4° Requisitos dos clientes e fornecedores do processo; 5° Análise do processo atual; 6° Redesenho do processo; 7° Implementação do processo; 8° Gerenciamento do processo. Mapeamento de Processos: é fundamental para que as empresas possam entender e acompanhar cada passo de sua produção mais a fundo. Através dessa ferramenta é possível identificar todas etapas que agregam ou não valor. Assim, todas as fases que não agregam valor podem ser reduzidas ou até mesmo, excluídas em uma tentativa de reavaliar ou mudar o layout de produção. Gerenciamento do tempo: o tempo é um dos fatores críticos de qualquer organização, logo saber gerenciá-lo é essencial para o sucesso de uma empresa. Um bom gerenciamento do tempo permite inúmeros benefícios, como: - Maior controle do trabalho e dos projetos que estão sendo executados; - Alcance dos objetivos com maior segurança e precisão; - Sucesso e aumento no desempenho dos funcionários; - Sensação de realização. Além disso, a gestão por processos também destaca o tempo gasto em cada reunião, visto que é preciso analisar se toda reunião marcada é mesmo necessária. Qualidade: produtos ou serviços oferecidos são a porta de entrada tanto para a falência quanto para o sucesso de uma empresa. Logo, uma das designações do gerenciamento de processos é garantir a qualidade de todos os processos envolvidos na criação de um produto. A utilização do Procedimento Operacional Padrão (POP) é essencial para a manutenção da qualidade de cada produto ou serviço, pois por meio de padrões a serem seguidos torna-se viável assegurar o mesmo nível de produção. A administração de processos beneficia as organizações em: * Reduzir tempos de ciclos de processos; * Diminuir custos; * Melhorar a eficiência e eficácia interna; * Melhorar a qualidade do trabalho desenvolvido; O Planejamento Estratégico envolve todos os aspetos da empresa: físicos, culturais, aspectos interno e ambientais. É considerado uma etapa da Gestão por processos e ressalta a importância da realização do Planejamento Estratégico Institucional como ferramenta para obtenção de resultados mais qualificados na aplicação da Gestão por Processos. A periodicidade na realização do Planejamento Estratégico mantém a vitalidade institucional, pois novas necessidades serão escolhidas para serem atendidas e que o Planejamento Estratégico também pode ser entendido como uma carta de intenções da gestão para todos da instituição. O Planejamento Estratégico é um processo de múltiplas facetas, complexo e demorado, bem mais que o a longo prazo. Se deve considerar maneiras de pensar e agir da empresa, sempre com vistas a consolidar a sua posição no mercado e aumentar sua lucratividade. É uma ferramenta que proporciona organização e direcionamento ás ações da empresa. Uma questão estratégica é um evento futuro, interno ou externo á organização, que tende a exercer um impacto significativo sobre a capacidade da empresa para alcançar seus objetivos. Uma questão pode ser bem recebida: uma oportunidade a ser aproveitada no ambiente, ou um ponto forte interno que pode ser explorado com proveito; ou pode ser indesejado: uma ameaça externa, ou um ponto fraco interno que ponha em risco o êxito futuro da empresa, ou até mesmo sua sobrevivência. A administração de questões estratégicas oferece algumas vantagens como: * Antecipação oportuna de novos fatos * Velocidade satisfatória de reação interna * Resposta a problemas que podem ser de qualquer natureza: econômica, política, social e tecnológica * Um sistema “leve”, não afetado pelo tamanho e pela complexidade da organização * Compatibilidade com a maioria das estruturas e dos sistemas organizacionais Uma vez que, tanto a estratégia quanto os objetivos são utilizados para filtrar projetos, eles parecem ser semelhantes. No entanto, não distintos. Os objetivos representam os fins que a empresa está tentando alcançar, enquanto a estratégia é o meio para alcançar esses fins. Os objetivos são regras de decisão de nível mais alto. A estratégia e os objetivos são intercambiáveis, tanto em momentos diferentes quanto em níveis diversos de uma organização. Assim, alguns atributos de desempenho podem ser um objetivo da empresa num momento e também podem ser sua estratégia em outro momento. Auditoria Hospitalar A auditoria constitui-se em exame científico e sistemático dos livros, contas, comprovantes e outros registros financeiros de uma companhia, tendo como propósito, determinar a integridade do sistema de controle interno contábil e o resultado das operações e assessorar a companhia no aprimoramento dos controles internos, contábeis e administrativos. A auditoria hospitalar é uma atividade que corresponde a análise das atividades realizadas nos hospitais com o intuito de verificar se as ações desempenhadas estão de acordo com o planejamento realizado. No âmbito da saúde, a auditoria tem como foco verificar se os serviços disponibilizados possuem qualidade e cumpremas normas estabelecidas. A auditoria hospitalar é uma questão de aprendizagem e formação, para que todas as pessoas envolvidas no atendimento dos pacientes possam ter a melhor prestação possível. Para que uma auditoria hospitalar seja bem elaborada é preciso, geralmente, que uma equipe bem preparada esteja empenhada para agir em sintonia. Dessa maneira os esforços e a responsabilidade são distribuídos, fazendo com que os mais variados serviços oferecidos pela instituição atinjam os seus determinados objetivos de uma forma mais rápida porém com eficácia. Sob esse enfoque, a atividade de auditoria hospitalar tem se destacado como instrumento de fiscalização e controle mais adequado às necessidades de gerenciamento das informações no ambiente hospitalar, sendo considerada como uma área da empresa que fornece ao processo decisório o recurso da informação tempestivamente em um mercado altamente competitivo. Atualmente a auditoria hospitalar é vista como um instrumento de controle administrativo de grande importância para se ter um ambiente hospitalar bem planejado. A auditoria voltada para hospitais traz as seguintes vantagens: • mais qualidade; • maior assistência à saúde; • relação mais segura, justa e eficaz para todos os envolvidos; • manutenção da competitividade diante do mercado; • crescimento sustentável no âmbito financeiro. A auditoria hospitalar é comumente implantada com o objetivo de reduzir os custos e proporcionar o uso conscientes dos recursos disponíveis. Além desse, há outros benefícios da auditoria hospitalar que são fundamentais para o bom andamento das atividades de saúde. Confira alguns deles: - Identificação e correção das falhas nas atividades e processos - Incentiva a participação ativa dos colaboradores - Possibilita a avaliação dos serviços prestados A auditoria em sistemas de saúde pode ser realizada por médicos, odontólogos, enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, entre outros profissionais da saúde, e também por profissionais de diferentes formações, como exemplo: administradores, advogados, contadores, que atuem ou desejam atuar na área da saúde. De modo geral, o auditor é um médico ou enfermeiro que estão ligados à organização que efetua o pagamento das contas. Esses requisitos são necessários porque a auditoria em saúde possui algumas finalidades. Entre elas estão: • perícia; • revisão; • intervenção; • exame de contas de serviço ou de procedimentos executados por médicos. O auditor pode realizar alguns tipos de auditoria na empresa. Confira as principais modalidades existentes: * Auditoria Preventiva: É realizada para que os procedimentos sejam validados antes mesmo de acontecerem. Exercida pelos próprios médicos, a auditoria preventiva está ligada ao setor de liberações de procedimentos ou guias do plano de saúde. * Auditoria operacional: Os fatos e documentos são observados de maneira direta e depois dos procedimentos serem executados. Cabe ao auditor: • interagir com os colaboradores que atuam na assistência; • monitorar o histórico dos pacientes internados; • colaborar na liberação de medicamentos, materiais ou procedimentos; • verificar a qualidade da assistência. Além disso, a auditoria operacional inclui a de contas, que é realizada no hospital ou na fonte pagadora a fim de encontrar irregularidades ou não conformidades. Entre os serviços verificados por um auditor do tipo, estão: •Diagnósticos; •Materiais e medicamentos gastos conforme prescrição médica nos horários corretos; •Procedimentos realizados; •Padrões das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar; •Exames e laudos; •Taxas hospitalares. * Auditoria Analítica: Esta auditoria funciona a partir de uma análise cautelosa de relatórios e processos levantados pelas auditorias preventiva e operacional. Para melhor gerir os recursos organizacionais, o auditor faz uma comparação com os indicadores gerenciais da instituição em que está e outras do mercado. Para executar a auditoria analítica é necessário ter conhecimentos sobre indicadores administrativos e de saúde, além de compreender mais sobre o uso de tabelas, bancos de dados, gráficos e contratos. É assim que se pode reunir informações sobre o plano de saúde e problemas identificados em cada prestador. A Auditoria de Contas é realizada na descrição da internação e/ou procedimento enviado à empresa contratante. Trata-se de processo minucioso, onde se observam: o diagnóstico médico e de outros profissionais da equipe de saúde, os procedimentos realizados (descrição cirúrgica, ficha anestésica, exames e laudos, terapias, avaliações de especialistas), cobrança de diárias e taxas, materiais e medicamentos conforme prescrição médica, utilização de gases medicinais, relatórios da equipe multidisciplinar, entre outros (PAES e MAIA, 2005). Auditoria Retrospectiva. De forma geral, o termo se refere aos casos nos quais a análise é realizada depois da alta do paciente, com o auditor avaliando a precisão de cada cobrança lançada no prontuário. Em seguida, ele analisa: •Quantidade de materiais, medicamentos e procedimentos realizados; •Prescrição médica; •Registros de gastos de enfermagem; •Prescrição de enfermagem. A Auditoria Retrospectiva revisa dados registrados no prontuário do usuário mediante padrões preestabelecidos. Uma das propostas para trabalho desta auditoria é a que considera o número de altas/ mês e as relaciona com o número de prontuários a serem avaliados. Quando é realizada a auditoria retrospectiva (depois da alta) e a consulta ou procedimento realizado tem cobertura do convênio, o auditor do hospital analisa a conta e a envia ao mesmo. Em seguida, o auditor do convênio analisa as cobranças e aprova ou não o pagamento. Caso seja indeferido, ocorrem as glosas hospitalares (ajuste de uma cobrança apresentada por um serviço prestado) A auditoria concorrente ocorre durante a internação do paciente. Tanto os auditores do hospital quanto os do convênio podem realizar o fechamento diário da conta do paciente. Cada convênio possui suas particularidades no que diz respeito às guias de autorizações, e estas devem sempre ser repassadas à instituição. Desta forma, ela possuirá conhecimento prévio das solicitações que precisa ter para realizar os procedimentos com o paciente. Normalmente, existe ainda um auditor administrativo que avalia as questões relacionadas à necessidade do paciente, por exemplo: tipo de plano em relação ao procedimento solicitado. A organização hospitalar é considerada um sistema complexo, onde as estruturas e os processos são de tal forma interligados, que o funcionamento de um componente interfere em todo o conjunto e no resultado final, sendo assim, neste processo, não se avalia um setor ou departamento isoladamente. A acreditação é um processo de revisão que permite que as organizações de saúde demonstrem sua capacidade de atender aos requisitos e padrões regulamentares estabelecidos por uma organização de acreditação reconhecida. A acreditação reflete a dedicação e comprometimento de uma agência para atender aos padrões que demonstram um maior nível de desempenho e atendimento ao paciente. Os padrões de credenciamento foram criados por especialistas da indústria com as necessidades dos clientes em mente. A acreditação hospitalar foi definida como: “Uma autoavaliação e um processo de avaliação por pares externo usado pelas organizações de cuidados de saúde para avaliar com precisão seu nível de desempenho em relação aos padrões estabelecidos e implementar maneiras de melhorar continuamente”. Os hospitais credenciados oferecem maior qualidade de atendimento aos seus pacientes. O credenciamento também oferece uma vantagem competitiva no setor de cuidados de saúde e fortalece a confiançada comunidade na qualidade e segurança dos cuidados, tratamento e serviços. No geral, melhora a gestão de riscos e ajuda a organizar e fortalecer os esforços de segurança do paciente, criando uma cultura de segurança do paciente. Os princípios da acreditação hospitalar são pautados num caráter eminentemente educativo, métodos e técnicas que possam promover melhoria contínua dos processos. Desta forma, a qualidade passa a ser integrada a cultura da instituição, com vista à promoção das boas práticas nos processos do hospital, trazendo como principais benefícios: • Segurança para os pacientes e profissionais • Qualidade da assistência • Promoção do trabalho em equipe • Melhora do clima organizacional • Monitoramento dos processos e resultados • Melhora do desempenho institucional • Caminho para a melhoria contínua Como acontece o processo de acreditação: Começa o processo de acreditação por meio da educação: educar os líderes e os gerentes e explicar os benefícios, vantagens, processo, cronograma, etc., da acreditação. Avaliação da situação atual: é usado avaliadores (consultores internos ou externos) para uma avaliação de forma crítica e objetiva de cada área. Eles conduzirão uma avaliação detalhada da adesão atual da organização aos padrões, por meio de cada elemento mensurável. Pontuação como “Atende”, “Parcialmente Atendido” ou “Não Atende” serão atribuídas juntamente com as recomendações específicas. Também serão coletados e analisados dados de qualidade conforme exigido pelos padrões de monitoramento de qualidade (por exemplo, erros de medicação, taxas de infecção associadas ao hospital, uso de antibióticos, complicações cirúrgicas, etc.). Isso estabelece um sistema de monitoramento contínuo para coleta de dados (por exemplo, mensalmente, trimestralmente análise de dados) para identificar áreas problemáticas e rastrear o progresso na melhoria. Planejamento de ação: usando os resultados da avaliação da condição atual, se desenvolve um plano de ação detalhado começando primeiro com áreas prioritárias dos padrões principais. Responsabilidades, entregas e prazos devem ser atribuídos (por exemplo, revisar a política de consentimento informado, desenvolver uma nova declaração de consentimento informado, educar a equipe no próximo período de dois meses). Atribuição de capítulo: se procura por habilidades de gestão de pessoas, habilidades de gerenciamento de tempo e habilidades de construção de consenso e atribua supervisão de cada capítulo dos padrões a um champion ou líder respeitado que conduzirá os membros da equipe de todo o hospital e realizará o processo. Políticas e procedimentos: Além de um plano de projeto geral, muitas vezes é útil compilar uma lista de todas as políticas e procedimentos necessários que precisarão de desenvolvimento e revisão. Continue a monitorar seu progresso no cumprimento dos padrões, como por meio de uma mini avaliação de cada capítulo em intervalos regulares (por exemplo, trimestralmente). Pesquisa simulada final: É planejado uma “pesquisa simplificada” final, pelo menos, quatro a seis meses antes da data-alvo da pesquisa de acreditação. Use avaliadores (consultores internos ou externos) que não estiveram envolvidos na avaliação e preparação da acreditação. Olhe para a organização com um olho novo e objetivo. Planeje revisões finais e correções com base nos resultados da pesquisa final simulada. Cada vez mais as organizações de Saúde concentram esforços para capacitar o capital humano, padronizar processos, automatizar procedimentos administrativos, e, com isso, profissionalizar a gestão, reduzir custos e alcançar a excelência. As certificações e acreditações são instrumentos essenciais na consolidação dessas perspectivas, já que entregam maior credibilidade, garantia de eficácia nos métodos de gestão, referencial seguro para a melhoria contínua, além de diagnóstico objetivo sobre o desempenho dos processos. Embora tragam resultados semelhantes, os dois tipos de reconhecimento têm diferenças sutis. As certificações são concedidas por um organismo imparcial de notório reconhecimento público, que atesta por escrito que os produtos, processos ou sistemas de qualidade de uma instituição estão de acordo com requisitos especificados. Já as acreditações são um reconhecimento formal (por uma autoridade acreditada) da competência de um hospital para desenvolver tarefas específicas, de acordo com critérios pré-definidos. Conheça as principais: ONA (Organização Nacional de Acreditação): A ONA é uma das principais instituições brasileiras relacionadas à qualidade dos serviços de saúde e à segurança do paciente. Os hospitais e demais organizações da área de saúde optam por essa acreditação por ela permitir uma melhora nos quesitos de gestão, elevação da qualidade dos serviços, maior segurança dos profissionais e pacientes e a valorização da marca. Existem três graus de acreditação: Acreditado: é responsável por processos ligados à segurança dos pacientes. Acreditado Pleno: tem um adicional para a organização, que é ter planejamento e organização na gestão integrada. Acreditado com Excelência: é o nível mais completo. Ela engloba todas as premissas e procedimentos para fazer com que o hospital tenha excelência na gestão. Em outras palavras, além dos benefícios das duas primeiras acreditações, o último nível permite que a organização tenha uma cultura organizacional propícia para sempre buscar melhorias, visando resultados positivos e a consolidação da marca no mercado. Joint Commission International: é uma organização não governamental norte-americana, nascida em 1994, que atua em mais de 90 países. Seus critérios passam por respeito aos direitos dos pacientes e familiares, alcance de indicadores internacionais de segurança, gerenciamento de fármacos, acesso ao tratamento e continuidade, capacitação dos recursos humanos, além do gerenciamento das informações hospitalares (prontuário). Os padrões internacionais de qualidade têm por objetivo promover melhorias específicas e ações que garantam a segurança do paciente na prestação do cuidado, destacando as áreas problemáticas da assistência à saúde e apresentando soluções consensuais para esses problemas. NIAHO – Acreditação Nacional Integrada para Organizações de Saúde: tem várias normas focadas na conquista de resultados mais eficientes e eficazes. O grande diferencial dessa opção está nos ensinamentos e conhecimentos em gestão de riscos que ela proporciona. Estão entre as principais vantagens de se obter a acreditação NIAHO: • abordagem focada em gestão de riscos; • ênfase na segurança das instalações físicas, ligada à proteção da vida e saúde do paciente; • planejamento de alta hospitalar; • avaliação rígida do corpo clínico. No Brasil, ela é realizada por auditores americanos que verificam detalhadamente a conformidade das organizações de acordo com as normas. Além de prover medidas nos âmbitos da proteção à vida e da saúde do paciente, a gestão de riscos permitirá que todas as questões ligadas à avaliação de um paciente e todos os procedimentos relacionados à alta sejam mais bem controlados, evitando erros e prejuízos para a saúde dos enfermos. HIMSS – Healthcare Information and Management Systems Society: organização mundial sem fins lucrativos, centralizada na missão de otimizar a prestação de assistência à saúde por meio da tecnologia da informação (TI). Sua acreditação define requisitos mínimos que um hospital deve atender relacionados à maturidade de implementação do prontuário eletrônico. Accreditation Canada: tem como principal objetivo capacitar os hospitais a atuarem com extrema qualidade e segurança, garantindo a alta performance na operação. Fundamentado em 3 princípios (governança clínica, medicina de evidência e sobrecarga dos colaboradores),essa acreditação permite que haja um completo entendimento dos processos e na eliminação do fluxo de padronização. É importante saber a diferença entre Acreditação, Licenciamento e Certificação. Acreditação: Reconhecimento público por um organismo nacional de acreditação do atendimento a padrões de acreditação por uma instituição de saúde, demonstrado através de uma avaliação por peritos externos independentes, do nível de desempenho da instituição em relação aos padrões. Licenciamento: Processo pelo qual um governo concede permissão de autoridade, geralmente na sequência de inspeções em relação aos padrões legais mínimos, para um profissional de saúde, em caráter individual, ou a uma instituição para operar ou desenvolver uma ocupação ou profissão. Certificação: Reconhecimento formal de conformidade com as normas definidas (por exemplo, séries ISO 9000 para sistemas de qualidade) validados por auditoria externa por uma entidade autorizada. Os padrões de acreditação tratam de vários e diferenciados aspectos relacionados com os processos de segurança e cuidado ao paciente e gerência dos serviços. Esse conteúdo dos padrões apresenta aos gestores e profissionais um universo de referências e parâmetros de qualidade, que lhes possibilitam evidenciar, objetivamente, características e atributos definidos para os processos desenvolvidos nos diferentes serviços da instituição. Para o sucesso de um programa de qualidade, o hospital deve estar permanentemente sob a análise crítica produtiva, e a mesma deve ser compartilhada e disseminada em todas as direções, redistribuindo recursos segundo as prioridades dos serviços, promovendo um equilíbrio constante entre os objetivos a curto e em longo prazo. Em suma, os pacientes que utilizam os serviços de uma empresa que possui a certificação de Acreditação Hospitalar pode contar seguramente com o melhor que a instituição tem a oferecer. SERVIÇOS HOSPITALARES Farmácia Hospitalar A Farmácia Hospitalar é uma unidade clínica administrativa e econômica, dirigida pelo profissional Farmacêutico, onde se desenvolvem atividades ligadas á produção, ao armazenamento, ao controle, a dispensação e a distribuição de medicamentos e correlatos ás unidades hospitalares, bem como a orientação de pacientes internos. Os objetivos básicos da farmácia hospitalar são: •Desenvolver, em conjunto com a Comissão de Farmácia e Terapêutica ou similar, a seleção de medicamentos necessários ao perfil assistencial do hospital; •Contribuir para qualidade assistencial prestada ao paciente, promovendo o uso seguro e racional de medicamentos e correlatos; •Estabelecer um sistema eficaz, eficiente e seguro de distribuição de medicamentos; •Implantar um sistema apropriado de gestão de estoques; •Fornecer subsídios para avaliação de custos com a assistência farmacêutica e para elaboração de orçamentos; Funções da Farmácia Hospitalar • Seleção de medicamentos e correlatos necessários ao hospital; •Aquisição, conservação e controle dos medicamentos selecionados estabelecendo níveis adequados para a aquisição por meio de um gerenciamento apropriado de estoques. O armazenamento dos medicamentos deve seguir normas técnicas para preservar a qualidade dos medicamentos; •Manipulação, produção de medicamentos, seja pela indisponibilidade de produtos no mercado, para atender prescrições especiais ou por motivos de viabilidade econômica; •Estabelecimento de um sistema racional de distribuição de medicamentos para assegurar que eles cheguem ao paciente com segurança, no horário e na dose adequada; •Implantação de um sistema de informação sobre medicamentos para obtenção de dados objetivos que possibilitem à equipe de saúde otimizar a prescrição médica e a administração de medicamentos. O sistema deve ser útil na orientação ao paciente no momento da alta ou nos tratamentos ambulatoriais; •Distribuir medicamentos por dose unitária e/ou individualizada para todas as Unidades de Internação e Unidades de Apoio Propedêutico; •Manter e controlar estoque-padrão de medicamentos e produtos farmacêuticos utilizados na unidade de internação; •Manipular soluções desinfetantes e distribuí-las na diluição de uso para todas as unidades; •Preparar, aditivar e controlar a qualidade das soluções de nutrição parenteral; •Fracionar formas sólidas e líquidas para uso oral e/ou parenteral necessárias à pediatria, unidade neonatal e pacientes especiais; •Controlar a qualidade dos produtos manipulados e adquiridos, da matéria-prima e do material de envase utilizados nas preparações manipuladas no hospital; •Manter central de abastecimento farmacêutico e executar as atribuições e tarefas inerentes ao controle físico e contábil necessários à prestação de contas no hospital; •Controlar, de acordo com a legislação vigente, medicamentos que podem levar a dependência física e/ou psíquica ou que provoquem efeitos colaterais importantes; A padronização de medicamentos em hospitais busca selecionar os medicamentos que contemplam as necessidades terapêuticas da população que se deseja atender, levando em consideração as características e peculiaridades do mesmo. Por fazer parte da maior parcela de custos em um hospital, e ser de extrema importância para a promoção da saúde, deve-se promover o uso racional dos medicamentos. A Padronização de Medicamentos tem como objetivos principais: •A otimização do atendimento ao paciente através da seleção racional de medicamentos; •A garantia da segurança na prescrição e administração do medicamento, reduzindo a incidência de reações adversas; •A disciplina do receituário e uniformidade da terapêutica para o estabelecimento de protocolos criteriosos; •A redução no custo da terapêutica, sem prejuízos para a segurança e a efetividade do tratamento; •A diminuição da quantidade de produtos; •A redução dos custos com estoques de medicamentos que apresentem o mesmo fim terapêutico; •A agilidade na prescrição médica e no serviço da enfermagem; •O uso exclusivo do medicamento que tenha valor terapêutico comprovado; •A redução dos índices de erros de medicamentos; •A redução no número de fórmulas e formas farmacêuticas; •Melhoria de comunicação entre farmácia, equipe médica, pessoal de enfermagem e seções administrativas, assim como a simplificação das rotinas de aquisição, armazenamento, dispensação e controle. Fatores Que Influenciam Na Padronização De Medicamentos Características de atendimento: as características de atendimento de cada hospital determinam fortemente o tipo de padronização. Formas Farmacêuticas: devem ser compatíveis com as características da instituição. Hospitais que tratam crianças e recém-natos devem possuir, em sua padronização, produtos em formas que facilitem a sua administração e reduzam a possibilidade de erros de administração. Apresentações: a PM deve determinar a apresentação dos produtos normatizados para uso em formas e embalagens que contribuam para a diminuição dos erros, facilitem dispensação, armazenamento, manuseio e fracionamento, evitem uso inadequado, minimizem contaminações e garantam menores preços. Especialidades médicas na organização: os produtos, de acordo com os grupos terapêuticos, as classes e as subclasses terapêuticas, devem ser adquiridos preferencialmente para o tratamento dos pacientes internados em princípio, em função de patologias associadas às especialidades médicas da organização. Sistema de distribuição: a modificação ou implantação de um sistema de distribuição depende da disponibilidade de equipamentos para fracionamento e da mão-de-obra, assim como da infraestrutura do serviço de farmácia, para garantir o fornecimento do medicamento certo, no horário determinado. Sistemas de dispensação de medicamentos: Da mesmaforma que uma Farmácia pública, uma Farmácia Hospitalar precisa estar organizada para dispensar adequadamente os produtos que dispõe para os pacientes. A escolha da forma de dispensação a ser adotada deve levar em consideração as características de cada Hospital, e os recursos disponíveis para sua implantação. Um sistema hospitalar de dispensação de medicamentos deve ter alguns objetivos importantes, dos quais destacamos: •Uso racional de medicamentos; •Redução de gastos com medicamentos; •Aumentar o controle sobre o uso dos medicamentos, permitindo acesso do farmacêutico às informações do paciente; •Diminuição dos erros de administração de medicamentos; Aumentar a segurança para o paciente; Sistema de Distribuição Coletivo Distribuição baseada em reposição de quantidades fixas, solicitadas por cada unidade de atenção médica. Estas requisições são feitas em nome de setores, e não de pacientes, gerando total descontrole do uso. Vantagens: * As movimentações do estoque são registradas com facilidade; * Custo de implantação muito baixo; * Baixo número de colaboradores na farmácia; * Horário de funcionamento da farmácia: reduzido. Desvantagens: * Maior quantidade de estoque imobilizado; formação de subestoques; * Maior probabilidade de erros na medicação; * Requer tempo de trabalho da enfermagem; * Aumento dos gastos; * Difícil integração do farmacêutico à equipe de saúde; * Ausência de opções para intervir, de forma oportuna, em favor da racionalização da terapia. * Maior perda por deterioração, roubo, etc...; Sistema de Distribuição por Dose Individualizada É o sistema de distribuição baseado na prescrição médico do paciente. Neste caso, a farmácia já recebe as solicitações de medicamentos através de uma transcrição de prescrição médica feita pela enfermagem, ou mesmo através de um pedido médico, só que sem esquema posológico rígido. Vantagens: * A prescrição médica pode ser revisada pelo farmacêutico; * Maior controle sobre o material estocado, a Farmácia centraliza o estoque; * Permite calcular para cada paciente o gasto com medicamentos durante a internação; * Redução potencial de erros de medicação; * Aumento da integração do farmacêutico à equipe de saúde; * Menor quantidade de perdas e desvios. Desvantagens: * Aumento da necessidade de recursos humanos e infraestrutura da Farmácia Hospitalar, tempo integral; * Todos os inconvenientes da transcrição das prescrições médicas; * Requer excesso de tempo de trabalho da enfermagem; * Falta de controle sobre a deterioração, perdas, desvios, etc...; * Nem sempre há devolução de medicamento não utilizado. Sistema de Distribuição por Dose Unitária Sistema de dispensação que apresenta inúmeras vantagens em relação aos outros modelos, principalmente pelo controle que proporciona à Farmácia, no que se refere ao consumo de medicamentos. Neste sistema os medicamentos são dispensados de acordo com a prescrição médica, sendo separados e identificados pelo nome do paciente, número do leito e horário de administração. Objetivos: •Garantir a adequada terapia farmacológica; •Cumprir a prescrição médica evitando erros; •Prover o acompanhamento farmacoterapêutico; •Diminuir erros de medicação; •Favorecer a correta administração dos medicamentos; •Dar suporte para a implantação da farmácia clínica; •Aumentar a qualidade assistencial do paciente. Vantagens: * Segurança na farmacoterapia: otimizada; * Redução dos custos; * Disponibiliza maior tempo para a enfermagem se dedicar ao paciente; * Promove a Instituição: qualidade; Desvantagens: * Custo de implantação, embora seja facilmente recuperado a curto ou médio prazo; * Investimento em contratação de colaboradores e treinamento. Controle de estoque: Estoques são quantidades de produtos mantidos em disponibilidade para serem utilizados de acordo com as necessidades. Tem como objetivo, manter informações confiáveis sobre níveis e movimentações físicas e financeiras dos estoques necessários para atender a demanda do Hospital. Descarte de produtos: O descarte de material ou medicamento deve ser feito quando os mesmos estiverem vencidos ou deteriorados. Deve existir procedimentos descritos para cada tipo de produto descartado, pois os medicamentos não podem ser eliminados no esgoto pois podem contaminar a água e transmitir bactérias. Os produtos vencidos, antes de serem recolhidos, devem ser mantidos em lugares seguros e identificados, para que não sejam utilizados indevidamente. Dispensação: É a principal função da Farmácia, o atendimento de forma segura e eficiente dos itens necessários para os pacientes e unidades hospitalares. Este processo inicia-se a partir da solicitação dos produtos por parte dos médicos, a fim de suprir as necessidades desses produtos por um determinado período de tempo ou em atendimento a uma prescrição médica. Seja qual for o tipo de dispensação, esta deve garantir: * Rapidez na entrega; * Segurança; * Registros; * Transporte * Sistema de distribuição especial (Antibiótico e Geladeira). Lavanderia Hospitalar A lavanderia hospitalar é um dos principais serviços de apoio ao atendimento dos pacientes, responsável pelo processamento da roupa e sua distribuição em perfeitas condições de higiene e conservação, em quantidade adequada a todas às unidades do hospital. O serviço de lavanderia, rouparia e costura de um hospital é de suma importância para o bom funcionamento do hospital, pois a eficiência de seu funcionamento contribuirá para a eficiência do hospital. O planejamento de uma lavanderia hospitalar depende de suas funções, complexidade de ações e aspecto econômico das instalações. A lavanderia é de grande importância para o funcionamento das diversas unidades hospitalares e assim, qualquer que seja a sua dimensão e capacidade, deverá ser planejada, instalada, organizada e controlada com o rigor dispensado às demais unidades do hospital. Um bom sistema de processamento da roupa é fator de redução das infecções hospitalares. Estudos realizados na área de microbiologia revelaram que o processamento da roupa em um ambiente único, utilizado nas lavanderias tradicionais, propiciam a recontaminação constante da roupa limpa na lavanderia. O objetivo final do serviço de lavanderia hospitalar (LH) é transformar, em quantidade estabelecida, no tempo adequado e com segurança, a roupa suja e contaminada em roupa limpa. Processar as roupas hospitalares com qualidade, segurança e eficiência; Favorecer um ambiente de trabalho seguro aos profissionais que atuam no setor; Preservar a qualidade das roupas, em todas as fases de seu processamento; Utilizar as técnicas adequadas para o processamento da roupa. De fato, as roupas não precisam estar estéreis ao final do processo, e sim estar higienicamente limpas: livres da quantidade de microrganismos patogênicos que pudesse causar doença humana. O controle das infecções relacionadas com o processamento da roupa hospitalar, exige uma série de medidas perfeitamente coordenadas em todos os locais de trabalho, sendo a barreira de contaminação e o controle do fluxo de pessoas e roupas as medidas mais importantes contra as infecções. A principal medida introduzida para o controle das infecções, foi a instalação de barreira de contaminação, que separa a lavanderia em duas áreas distintas: 1. Área contaminada ou suja, utilizada para separação e lavagem: a área de recebimento, separação, pesagem e lavagem das roupas sujas na lavanderia é considerada crítica, pois é a mais contaminada área de todo o hospital. Podemos dizer que trata-se de uma espécie de central de microrganismos. A área caracteriza-se por apresentar: mau odor; risco de contaminação e fadiga. Ao sair desta área, deverá tomar banho e vestir roupa
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