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Cuidados e Exames na Gravidez

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Usualmente, calcula-se o tempo de gravidez em semanas, bastante 
dividir o valor por 4 para obter a idade gestacional em meses.
Para calcular a idade gestacional semana a semana, comece a 
contagem a partir do primeiro dia da última menstruação e marque 
num calendário. A cada 7 dias, a partir desta data, o bebê terá mais 
uma semana de vida.
A idade gestacional também pode ser feita por trimestre, ou seja, 
subdivididindo agravidez de 3 em 3 meses, sendo que:
⦁ Primeiro trimestre de gestação:
1 a 4 semanas de gestação: 1 mês
5 a 8 semanas de gestação: 2 meses
10 a 12 semanas de gestação: 3 meses
⦁ Segundo trimestre de gestação:
13 a 16 semanas de gestação: 4 meses
17 a 20 semanas de gestação: 5 meses
21 a 24 semanas de gestação: 6 meses
⦁ Terceiro trimestre de gestação:
25 a 28 semanas de gestação: 7 meses
29 a 32 semanas de gestação: 8 meses
33 a 36 semanas de gestação: 9 meses
37 a 40 semanas de gestação: 10 meses
A gravidez pode durar até 41 semanas e 6 dias. Considera-se 
prematuro o bebê que nascer antes de completar as 37 semanas de 
gestação. Por norma, a data prevista do parto é aquela onde se 
completa 40 semanas. O bebê pode nascer 2 semanas antes ou até 2 
1
semanas depois desta data, sendo totalmente normal.
CONSULTA DE PRÉ NATAL
⦁ D.U.M - Data da ultima mestruação
⦁ D.P.P - Data provavél do parto
DUM conhecida
⦁ Somar 7 dias ao primeiro dia da ultima mestruação
⦁ Subtrair 3 meses do mês do DUM ou somar 9 meses ao mês da 
DUM
EX: DUM - 07/05/05
Somar mais 7 dias - 3 meses
DPP- 14/02/06
EX:DUM- 20/12/04
Somar mais 7 dias + 9 meses
DPP- 27/09/05
1° trimestre -consultas mensais até 34 semanas
34 semanas -Consultas no intervalo de 2 semanas até 38 semanas
38 semanas - Consultas semanais até o parto ou 41 semanas
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
HORMÔNIOS
⦁ FSH- Hormônio folículo estimulante produzido e liberado por uma 
glândula situada na base do cérebro adeno-hipófise este 
hormônio tem como principal função iniciar o amadurecimento 
dos óvulos no ovário.
⦁ LS- Também produzido e liberado pelo adeno-hipófise este 
hormônio visa terminar o amadurecimento do óvulo e estimular 
sua liberação para o útero.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------
2
TIPOS DE EXAMES NA GRAVIDEZ
⦁ Hemograma
Pedido pelo médico no primeiro, segundo e terceiro trimestres, esse 
exame detecta anemia e outras doenças no sangue da gestante.
⦁ Exame qualitativo de urina
Os médicos pedem que a gestante realize esse exame no primeiro, 
segundo e terceiro trimestres. O procedimento é feito para se checar 
se há alguma patologia ou anormalidade nos rins e no aparelho urinário 
da mulher.
⦁ Urocultura
Realizado no primeiro, segundo e terceiro trimestres, o exame verifica 
a existência de infecção urinária, principal causa de partos 
prematuros.
⦁ Glicemia em jejum
Indicado no primeiro e no terceiro trimestres para saber se a gestante 
é diabética.
⦁ Tipagem sanguínea/RH
Deve ser realizado no primeiro trimestre. Verifica a compatibilidade de 
sangue do casal. Caso a mãe tenha RH negativo e o pai apresente RH 
positivo, é feito o exame Coombs indireto para saber se houve, em 
alguma gestação passada, sensibilização do sistema imunológico 
materno contra o Rh positivo. Esse cenário é possível se, em uma 
gravidez anterior, a mulher tenha dado à luz um bebê de Rh positivo e 
não tenha recebido a imediata aplicação da substância que impede 
que seu organismo produza anticorpos contra o Rh positivo.
⦁ TSH e T4L
Exame feito no primeiro trimestre. Visa verificar a presença de 
hipotireoidismo subclínico na mãe.
⦁ Toxoplasmose, rubéola, VDRL (sífilis), hepatite B, hepatite C e 
anti-HIV (Aids)
São exames que precisam ser feitos no primeiro e no terceiro 
3
trimestres. Eles determinam se a gestante já teve contato com as 
doenças para que, em caso positivo, sejam tomados os cuidados 
necessários para que o bebê não seja infectado.
⦁ Exame de translucência nucal
O exame de translucência nucal é feito no primeiro trimestre da 
gestação. Por meio da medição de uma pequena prega na nuca do 
feto, procura rastrear o risco para síndromes genéticas, como Down.
COMPLICAÇÕES NO PARTO
As complicações da gravidez podem afetar qualquer mulher, mas as 
mais propensas são as que têm algum problema de saúde ou que não 
seguem corretamente o pré-natal. Algumas das possíveis 
complicações que podem surgir na gravidez são:
⦁ Ameaça de parto prematuro: Pode ocorrer quando a mulher 
passa por situações estressantes ou faz muito esforço físico, por 
exemplo. Seus sintomas incluem: Contrações antes das 37 
semanas de gestação e corrimento gelatinoso que pode ou não 
conter vestígios de sangue (tampão mucoso).
⦁ Anemia ferropriva na gravidez: Pode ocorrer se a mulher 
consumir poucos alimentos ricos em ferro ou sofrer com a má 
absorção de ferro no intestino, por exemplo. Seus sintomas 
incluem: Cansaço fácil, dor de cabeça e fraqueza.
⦁ Diabetes gestacional: Pode ocorrer devido ao consumo 
excessivo de açúcar ou fontes de carboidratos. Seus sintomas 
incluem: Visão turva ou borrada e muita sede.
⦁ Eclampsia: Pode ocorrer devido ao aumento excessivo da 
pressão sanguínea causado pela má alimentação e falta de 
exercícios físicos. Seus sintomas incluem: Pressão arterial acima 
de 140/90 mmHg, face ou as mãos inchadas e presença de uma 
concentração anormalmente elevada de proteínas na urina.
⦁ Placenta prévia: É quando a placenta recobre parcial ou 
totalmente a abertura do colo do útero, impossibilitando o 
trabalho de parto normal. É mais comum em mulheres que 
possuem miomas. Seus sintomas incluem: um sangramento 
vaginal indolor que pode ser de cor vermelho vivo e inicia no final 
da gestação que pode ser leve ou intenso.
4
⦁ Toxoplasmose: Infecção causada por um parasita chamado 
Toxoplasma gondii, pode ser transmitida por animais domésticos 
como cães e gatos, e alimentos contaminados. A doença não 
gera sintomas e é identificada num exame de sangue. Apesar de 
ser potencialmente grave para o bebê, ela pode ser facilmente 
evitada com medidas simples de higiene alimentar
SOFRIMENTO FETAL
O sofrimento fetal é uma situação, relativamente rara, que acontece 
quando o bebê não está recebendo a quantidade de oxigênio 
necessária no útero, durante a gestação ou durante o parto, o que 
acaba afetando seu crescimento e desenvolvimento.
Um dos sinais mais facilmente identificados pelo obstetra é a 
diminuição ou alteração do ritmo dos batimentos cardíacos do feto, no 
entanto, a diminuição dos movimento do bebê na barriga também pode 
ser um sinal de alarme para um caso de sofrimento fetal.
Nos casos mais graves, o sofrimento fetal pode até provocar um aborto 
e, por isso, deve ser tratado o mais rápido possível, sendo por isso 
muito importante ir a todas as consultas de pré-natal para fazer os 
exames necessários e garantir que o bebê se está desenvolvendo 
corretamente.
Principais sinais e sintomas
Alguns dos sinais mais comuns da falta de oxigênio no bebê são:
⦁ Diminuição dos movimentos fetais
Os movimentos do bebê no útero são um importante indicador de sua 
saúde e, por isso, uma diminuição na frequência ou intensidade dos 
movimentos pode ser um sinal importante de falta de oxigênio.
Dessa forma, se existir uma diminuição dos movimentos do bebê é 
importante ir ao obstetra para fazer um ultrassom e identificar se existe 
algum problema que precise ser tratado.
⦁ Sangramento vaginal
Pequenos sangramentos ao longo da gestação são normais e não 
significam que algo está errado com a gravidez, no entanto, se existir 
um sangramento abundante pode significar que existe alguma 
alteração na placenta e, por isso, pode acontecer uma diminuição dos 
5
níveis de oxigênio para o bebê.
Nestes casos, deve-se ir imediatamente ao hospital porque o 
sangramento também pode ser sinal de um aborto, especialmente se 
acontecer nas primeiras 20 semanas.
⦁ Presença de mecônio na bolsa deágua
A presença de mecônio na água quando a bolsa estoura é um sinal 
comum de sofrimento fetal durante o trabalho de parto. Geralmente, o 
líquido amniótico é transparente com uma coloração amarelada ou 
rosada, mas se estiver marrom ou esverdeado, pode indicar que o 
bebê está em sofrimento fetal.
⦁ Cãibras abdominais fortes
Embora as cãibras sejam um sintoma muito frequente durante a 
gravidez, principalmente porque o útero está alterando e os músculos 
se adaptando, quando surge uma cãibra muito intensa que provoca 
também dor nas costas pode indicar que existe algum problema com a 
placenta e, por isso, o bebê pode estar recebendo menos oxigênio.
Possíveis causas da falta de oxigênio
A quantidade de oxigênio que chega até ao feto pode estar diminuída 
devido a causas como:
⦁ Descolamento da placenta;
⦁ Compressão do cordão umbilical;
⦁ Infecção fetal.
Além disso, existe maior risco de sofrimento fetal em grávidas com pré-
eclâmpsia, diabetes gestacional ou que tenham problemas no 
crescimento do útero durante a gestação.
O que fazer em caso de sofrimento fetal
Se existir suspeita de sofrimento fetal, devido à presença de um ou 
mais sinais, é importante ir imediatamente ao pronto-socorro ou ao 
obstetra, para avaliar qual o problema que pode estar causando a 
diminuição de oxigênio e iniciar o tratamento adequado.
Na maior parte das vezes, a gestante pode precisar ficar internada 
durante algumas horas ou dias, para fazer medicamentos diretamente 
6
na veia e avaliar continuamente a saúde do bebê.
Nos casos mais em graves, em que não existe melhora do sofrimento 
fetal, pode ser necessário fazer um parto prematuro. Se o processo de 
parto já se iniciou o bebê pode nascer por parto normal, mas em muitos 
casos é preciso fazer uma cesárea.
Consequências da falta de oxigênio
A falta de oxigênio no bebê precisa ser tratada rapidamente para evitar 
sequelas como paralisia ou doenças cardíacas, por exemplo. Além 
disso, se a falta de oxigênio se mantiver por muito tempo existe o risco 
de sofrer um aborto.
DOENÇAS
O período da gestação em que elas ocorrem faz toda diferença: quanto 
antes, pior. No terceiro trimestre, o bebê já está formado e é menos 
vulnerável, embora também possa sofrer sequelas. Mas nem sempre a 
criança é infectada quando a mãe adoece. Felizmente, caso haja o 
contágio, hoje é possível tratar ou controlar a maioria dessas 
infecções. Entre as mais frequentes estão a urinária, a candidíase e a 
vaginose. Porém, todas merecem atenção. Veja a seguir quais são, 
saiba como evitá-las e conheça os tratamentos disponíveis.
⦁ Infecção urinária
Desconforto, dor e ardência ao fazer xixi: se você é mulher e nunca 
teve, a chance de que isso aconteça em algum momento é grande. 
Metade das mulheres contrai a doença pelo menos uma vez na vida e, 
se você for gestante, está no grupo de maior risco. Entre as infecções 
causadas por bactérias, as de urina são as mais comuns, segundo a 
literatura médica. “Alterações funcionais e anatômicas dos rins e das 
vias urinárias durante a gravidez facilitam infecções, assim como o 
histórico prévio e diabetes”, explica Reynaldo Augusto Machado 
Junior, ginecologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo. 
Apesar de não causar alterações fetais, se a infecção não for 
devidamente curada restringe o crescimento do bebê e leva até ao 
parto prematuro. Em casos muito graves que não são tratados, pode 
haver morte de mãe e filho. Em algumas situações, a doença deve 
passar despercebida: a chamada bacteriúria assintomática não 
apresenta sintomas e, justamente por isso, é maior o risco de evoluir 
para quadros graves. O problema é detectado com exame de urina, 
que deve ser feito pelo menos duas vezes no pré-natal. Para tratar, são 
7
usados antibióticos.
⦁ Doença periodontal
A periodontite é uma infecção causada pelo crescimento de placa 
bacteriana por baixo da gengiva, o que origina uma inflamação da 
membrana que envolve o dente. A gengiva fica inchada, avermelhada, 
sangra, apresenta mau cheiro e, em situações mais críticas, a pessoa 
pode perder os dentes. Ao observar os sintomas, a mulher deve 
procurar logo a ajuda de um periodontista. É que, se não for tratada, 
pode desencadear outras infecções por todo o organismo, além de 
acelerar o trabalho de parto. Entre as suas causas estão o aumento de 
hormônios durante a gravidez, a tendência individual a esse tipo de 
problema e a falta de cuidados higiênicos. Um estudo realizado pela 
Unicamp com 334 gestantes de baixa renda revelou que 47% delas 
tinham a infecção. O alto índice foi atribuído ao estado precário da 
higiene oral da população pesquisada. Para manter a saúde bucal, a 
mulher deve visitar o dentista a cada seis meses e pelo menos uma vez 
durante a gravidez.
⦁ Vaginose bacteriana
Trata-se de um distúrbio que afeta a flora vaginal: ele diminui os 
lactobacilos que protegem a região e eleva a quantidade de bactérias, 
como a Gardnerella vaginalis. O resultado é um corrimento de cheiro 
forte. Uma pesquisa recente da Fundação Oswaldo Cruz revelou que 
30% das gestantes estudadas apresentavam vaginose. “Essa infecção 
está associada com a ruptura da bolsa e o trabalho de parto 
prematuro”, diz o ginecologista Gutemberg Leão Filho. A doença é 
diagnosticada por meio de análise do material coletado da vagina. O 
tratamento acontece por via oral ou vaginal – por não ser uma doença 
sexualmente transmissível, não é necessário tratar o parceiro. Não há 
como prevenir, porque ela aparece na gravidez devido, 
principalmente, à baixa imunidade. Acredita-se que o estresse também 
contribua para o surgimento do quadro.
⦁ Rubéola
Na mulher, a doença é simples de tratar com analgésicos e 
antitérmicos – os sintomas são parecidos com os da gripe. O grande 
perigo é o vírus invadir a placenta e infectar o bebê, porque pode 
provocar anomalias graves, surdez e problemas na visão. No caso de 
infecção durante a gravidez, o acompanhamento médico é 
imprescindível. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), 
8
quando a mãe tem rubéola, o risco de contaminar o bebê chega a 80% 
nos primeiros três meses de gravidez. O Togavírus, que causa a 
doença, altera a reprodução de todas as células. Pode ser letal nas 
primeiras semanas ou desencadear prejuízos que só serão percebidos 
mais tarde, muito depois do nascimento. A contaminação se dá por via 
respiratória, por meio de gotículas expelidas no ar. Os médicos 
recomendam que, antes de engravidar, a mulher faça a sorologia para 
saber se está imune. Se não estiver, deve tomar a vacina tríplice viral 
(que protege contra sarampo, caxumba e rubéola), disponível na rede 
pública de saúde, três meses antes de engravidar. Estudos recentes 
mostram que o imunizante, feito com o vírus atenuado, não 
compromete a formação do bebê. Mas a maioria dos médicos ainda 
não indica tomar durante a gravidez – para evitar inseguranças 
maternas, e, como as evidências científicas não dão 100% de certeza, 
descartar a possibilidade de que ela seja a causa de algum problema 
no feto.
⦁ Toxoplasmose
Disparada por um protozoário, a infecção se manifesta com sintomas 
diversos, desde os que se confundem com os da gripe até vômitos e 
gânglios pelo corpo. Uma das formas mais comuns de transmissão é 
pelas fezes dos gatos, ainda que eles não aparentem estar doentes. 
Por isso, os médicos recomendam que as gestantes evitem fazer a 
limpeza da caixinha ou entrem em contato com gatos desconhecidos. 
Além disso, deve-se evitar a ingestão de carne crua ou malpassada e 
lavar muito bem frutas, legumes e verduras. O risco de transmissão 
para o recém-nascido é de até 2,5%. Quando a infecção acontece no 
primeiro trimestre,15% dos casos terminam em aborto ou sequelas 
graves. Se ocorrer no segundo, 25% dos bebês podem manifestar 
problemas sérios, como os oculares.
⦁ Citomegalovírus
Esse micro-organismo da família dos vírus da catapora e do herpes é 
transmitido por transfusão de sangue, via respiratória (como a gripe) 
ou da mãe para o bebê. Ele afeta entre 0,4% e6,8% dos recém-
nascidos no Brasil. Durante a gestação, pode ser combatido com 
antivirais que diminuem, porém não zeram, o risco de complicações 
para o feto. Como o vírus ataca os tecidos cerebrais, causa 
malformações no sistema nervoso central. Também é capaz de 
provocar surdez, dificuldades de aprendizado e, se for grave, pode 
matar.
9
⦁ Hepatite B
O vírus por trás da doença, o VHB, está associado à cirrose hepática e 
ao câncer no fígado. Para se prevenir, basta estar em dia com a 
vacina – são três doses e ela pode ser tomada durante a gravidez. A 
transmissão ocorre pelo contato com sangue infectado, por relações 
sexuais e durante o parto, da mãe para o filho. É possível ter parto 
normal. Logo em seguida, no entanto, o bebê deve tomar um banho, 
para reduzir a exposição ao sangue materno, e receber a vacina contra 
a doença. A Organização Mundial de Saúde não contraindica a 
amamentação caso a mãe esteja infectada.
⦁ Aids
Segundo o boletim epidemiológico de 2013 do Ministério da Saúde, no 
Brasil, 718 mil pessoas vivem com o vírus HIV, causador da Síndrome 
da Imunodeficiência Adquirida. Sintomas como febre, manchas e dores 
pelo corpo às vezes surgem poucas semanas após a contaminação. “O 
parto vaginal pode ser feito se a quantidade de vírus no organismo – a 
carga viral – for menor do que mil cópias por mililitro. Do contrário, a 
mulher deve ser submetida à cesariana antes que entre em trabalho de 
parto, para não infectar o bebê”, indica Philippe Godefroy, 
coordenador do serviço de Tocoginecologia do Hospital Estadual dos 
Lagos (RJ). Ao nascer, a criança é banhada imediatamente, para 
reduzir o contato com o sangue materno, e logo recebe a primeira dose 
do AZT xarope, droga antirretroviral. O bebê não pode ser 
amamentado no peito, porque o HIV está presente no leite.
⦁ Candidíase
Coceira na vagina, ardor, corrimento esbranquiçado e dor durante as 
relações sexuais podem ser indícios da doença, que é engatilhada por 
fungos. O problema aqui é o desconforto que a mulher sente, já que a 
infecção não acarreta males ao feto propriamente. A candidíase é 
detectada por meio de exame clínico ginecológico e está associada à 
baixa imunológica pela qual toda gestante passa. A mulher deve se 
submeter a tratamento por via vaginal, com pomadas antifúngicas 
receitadas pelo especialista. Um levantamento da Universidade de 
Buenos Aires concluiu que, de 493 gestantes pesquisadas, 28% 
apresentavam a infecção pelo fungo Candida albicans, que vive no 
nosso trato intestinal.
⦁ Sífilis
10
A doença se manifesta com manchas no corpo, lesões, verrugas e 
úlceras na vagina. Caso o micro-organismo passe pela placenta nos 
três primeiros meses de gestação, pode provocar aborto. “O risco de 
morte fetal cai a partir da metade da gravidez, mas permanece a 
chance de haver trabalho de parto prematuro”, aponta Philippe 
Godefroy. A infecção acontece por transfusão sanguínea ou relação 
sem o uso de preservativo. A cura, tanto da gestante como do bebê 
que nasce, se dá pelo uso de antibiótico por via endovenosa.
⦁ Herpes genital e catapora
O tipo 2 do vírus da família do herpes é o que causa lesões genitais. Ele 
é transmitido por atrito com a ferida. Se a infecção acontece durante a 
gravidez, é preciso cuidado, pois o primeiro contato com o vírus 
costuma ser o mais grave. Com o bebê, a preocupação é na hora do 
nascimento: se a mulher teve lesões nos 30 dias que antecedem o 
parto, é recomendável fazer cesárea para não expor a criança ao vírus. 
O tipo 3 (varicela-zóster), da catapora, contamina por via respiratória. 
Quem nunca teve a doença nem foi imunizada deve se vacinar antes de 
engravidar. Caso seja infectada, o tratamento apenas alivia os 
sintomas. Se o vírus passar para o feto, pode haver sequelas na pele e 
no cérebro e até risco de aborto.
⦁ Zika
Febre baixa, dores leves nas articulações, coceira, manchas vermelhas 
pelo corpo. Aparentemente, a doença causada pelo vírus Zika, que é 
tranmsitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, parece mais 
inofensiva que a dengue, já que seus sintomas são mais brandos. No 
entanto, no caso das gestantes, a doença pode ter efeitos graves sobre 
o feto. Ainda não se sabe ao certo de que forma o vírus Zika, que 
consegue atravessar barreira placentária, é capaz de afetar o 
desenvolvimento neurológico do bebê. O fato é que, ao que tudo indica, 
ele pode causar microcefalia, uma má-formação que está associada 
com retardo mental em 90 % dos casos, e outras síndromes como a de 
Guillain Barré. Ainda não se sabe a prevalência dessas síndromes nas 
gestantes que contraíram a Zika e nem existe por enquanto uma vacina 
capaz de prevenir a doença. A recomendação, portanto, é evitar ao 
máximo o contato com o mosquito, com a utilização de roupas de 
tecidos claros que cubram braços, pernas e pés e uso de repelentes 
próprios para gestantes nas áreas expostas.
⦁ Anemia
11
A anemia é uma das doenças na gravidez mais comum entre as 
gestantes, que precisam e uma dieta especial rica em ferro (agrião, 
lentilha, espinafre, feijão, fígado, abacate, espinafre, frutas secas 
etc).O organismo começa a trabalhar dobrado e precisa de reforço 
nutricional. Quando há deficiência de ferro ocorre a anemia, que 
costuma ser transitória, mas mesmo assim, pode afetar o 
desenvolvimento do feto. Além de um plano alimentar específico, o 
médico ou nutricionista pode receitar suplementos e vitaminas para 
reequilibrar os níveis.
ALIMENTAÇÃO
⦁ Liberdade para comer de tudo, mas com moderação
A grávida que tem mantido um ganho de peso adequado para cada 
etapa da gestação pode sentir-se mais livre nas escolhas alimentares, 
mas a qualidade da alimentação deve ser mantida. As refeições devem 
ser feitas a cada 3h - 3:30h, em pequenas quantidades e devem ser 
ricas em fibras, vitaminas e minerais.
Assim, deve-se optar por arroz integral, leite e derivados desnatados e 
frutas de sobremesa nas refeições principais e nos lanches. Carnes 
vermelhas podem fazer parte do cardápio de 2 a 3 vezes por semana, 
mas ainda é preciso evitar frituras e preparações muito gordurosas, 
além de bacon, linguiça, salame e salsicha
⦁ Comer salada antes de grandes refeições
Comer salada antes do prato principal do almoço e do jantar ajuda a 
diminuir a quantidade de comida ingerida e a evitar o aumento 
excessivo da glicemia depois da refeição. Além de ser colorida, a 
salada deve incluir vegetais verde escuros como a couve, pois são 
ricos em ácido fólico que é importante para o desenvolvimento do 
sistema nervoso do bebê. Também é importante lembrar que os 
vegetais que serão consumidos crus precisam ser muito bem lavados e 
higienizados, e que deve-se evitar esse tipo de salada ao comer fora de 
casa, pois pode estar contaminada e causar toxoplasmose. 
⦁ Evitar o excesso de sal
Deve-se evitar o excesso de sal para que não haja retenção de líquidos 
e o risco de desenvolver hipertensão, o que pode levar a riscos na 
gravidez como a pré-eclâmpsia. Além disso, as alterações hormonais 
12
que ocorrem durante a gravidez já causam retenção de líquidos, o que 
torna ainda mais importante o controle do sal durante esse período. 
Assim, deve-se reduzir a quantidade de sal adicionada para preparar 
as refeições, dando preferência às ervas aromáticas como alho, 
salsinha e tomilho, e evitar produtos industrializados ricos em sal, 
como salgadinhos de pacote e comida pronta congelada. 
⦁ Beber muitos líquidos
Durante a gravidez é ainda mais importante aumentar a ingestão de 
líquidos para 2,5 L por dia, especialmente de água. A água ajuda 
reduzir a retenção de líquidos e prevenir a prisão de ventre, além de 
ser importante para retirar produtos do metabolismo do bebê que 
devem ser eliminados. A grávida também tomar sucos naturais e chás 
sem açúcar, no entanto alguns chás são desaconselhados nesse 
período, como chá de boldo e de canela. Veja uma lista completa dos 
Chás que a grávida não pode tomar.
⦁ O que fazer com o desejo por doces
Quando o desejo por doces vier, a primeira reaçãoainda deve ser 
evitá-lo ou enganá-lo comendo frutas, pois o açúcar vicia e cada vez 
fica mais difícil de resistir ao desejo. No entanto, quando a vontade por 
doces for irresistível, deve-se optar por cerca de 2 quadradinhos de 
chocolate preto e mais raramente por sobremesas doces. Também é 
importante lembrar que a melhor hora de comer doces é após as 
grandes refeições, quando se comeu bastante salada, pois isso irá 
diminuir o efeito do açúcar no sangue.
⦁ Ter lanches saudáveis à mão
Ter lanches saudáveis em casa e na bolsa é útil para quando o desejo 
por comida surgir ou quando se está fora de casa e o horário da 
refeição chegou. Em casa, é aconselhável ter iogurte desnatado, frutas 
variadas, bolachas sem recheio, queijos brancos como ricota e pão ou 
torradas integrais, enquanto na bolsa pode-se levar frutos secos, 
amendoins e castanhas sem adição de sal para saciar a fome enquanto 
uma refeição mais completa não puder ser feita.
Assim, a mulher grávida que está com o ganho de peso adequado deve 
manter os cuidados com a alimentação, apesar de não ter restrições 
severas e proibições. Uma alimentação saudável vai manter o ganho de 
peso controlado, dar os nutrientes necessários para um bom 
desenvolvimento do bebê, manter mãe e filho saudáveis e facilitar a 
13
perda de peso da mulher após a gravidez. Veja quais são os alimentos 
proibidos para grávidas.
Tipos de gravidez
1. Gravidez intrauterina
É a gravidez que ocorre quando o óvulo fertilizado é implantado 
corretamente dentro do útero e se desenvolve normalmente, sem 
qualquer alteração. A gravidez intrauterina é a que a maioria das 
mulheres vive. Dura cerca de 40-42 semanas, desde o primeiro dia da 
última menstruação, ou aproximadamente 38 semanas a partir da 
fertilização do óvulo.
Quando o óvulo é implantado, a placenta se desenvolve. E graças ao 
cordão umbilical, o futuro bebê recebe os nutrientes de que precisa 
para crescer. Dependendo das condições ou fatores que afetam a 
saúde da mulher no momento da gravidez, podemos falar sobre 
gestações de baixo risco ou alto risco.
⦁ Gravidez de baixo risco
É a gravidez controlada de uma mulher em boa saúde. Ocorre em 
mulheres entre os 19 e os 35 anos de idade. Não há doenças que 
coloquem em risco a vida da mãe ou o desenvolvimento do feto.
⦁ Gravidez de alto risco
É quando a gravidez não é controlada. Ocorre em mulheres com menos 
de 18 anos (gravidez precoce) ou com mais de 35 anos (gravidez 
tardia).
É a gravidez que ocorre quando uma mulher começa a sofrer de 
doenças, tais como diabetes, doença cardíaca, pielonefrite (infecção 
renal) ou quando em contato com infecções, tais como rubéola, 
toxoplasmose, sífilis, vírus da imunodeficiência humana, vírus do 
papiloma humano.
Gravidez de alto risco podem chegar a um final feliz sem comprometer 
a saúde da mulher ou o desenvolvimento adequado do feto, mas é 
essencial que recebam o devido controle médico.
Além disso, há uma classificação médica no caso de receber a notícia 
de que você está grávida “não de apenas um… mas dois”, sendo o 
seguinte:
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⦁ Gêmeos Dizigóticos (gêmeos)
Cada zigoto levará a uma placenta independente e um saco amniótico. 
Existem duas placentas e duas bolsas amnióticas.
⦁ Gêmeos monozigóticos (gêmeos idênticos)
Na maioria dos casos, o embrião é dividido, mas não a placenta. 
Requer um acompanhamento maior (ultrassonografias mensais 
durante quase toda a gestação), uma vez que há uma única placenta 
que alimenta dois fetos.
1. Gravidez ectópica
Também é conhecida como gravidez extrauterina. Ela surge de uma 
complicação durante a descida do embrião pela trompa de Falópio e 
não é capaz de atingir o útero. O embrião é implantado em um local 
inadequado que não permite seu desenvolvimento.
A gravidez ectópica é muito arriscada para a vida da mãe e não 
oferece nenhuma possibilidade para o feto. Este tipo de gravidez 
geralmente não passa o primeiro trimestre. A mulher começa a sangrar 
e sente dores fortes entre a 6ª e a 8ª semana.
Se não abortar espontaneamente, o médico geralmente recomenda 
uma interrupção cirúrgica ou com certos medicamentos 
quimioterápicos, para salvar a vida da mulher. Ter tido uma gravidez 
ectópica não incapacita a mulher de ter uma gravidez intrauterina 
subsequente. No entanto, você precisará ter um controle médico 
adequado para alcançar uma gravidez normal.
A gravidez ectópica é classificada como:
⦁ Tubária
O embrião nidifica nas trompas de Falópio e produz inflamação e 
obstrução tubária.
⦁ Istmo
A implantação do embrião ocorre no istmo, no final da trompa de 
Falópio.
⦁ Ovariana
O embrião é implantado no ovário e pode ser confundido com um cisto.
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⦁ Cervical
A nidação ocorre no colo do útero.
⦁ Abdominal
O embrião se implanta dentro da cavidade peritoneal. Este tipo de 
gravidez é muito pouco frequente.
⦁ Intramural
Está localizado no miométrio, a camada muscular interna do útero. É o 
tipo mais estranho de gravidez de todos.
1. Gravidez molar
Neste tipo de gravidez, o óvulo foi fertilizado de forma anormal. A partir 
daí, a placenta cresce desproporcionalmente e se transforma em um 
conjunto de cistos chamado de mola hidatiforme. Isso traz como 
consequência:
O embrião não pode se formar bem e não sobrevive.
A gravidez molar deve ser interrompida assim que se souber de sua 
existência.
Existem dois tipos de gravidez molar:
⦁ Total
Não há sinal de normalidade nem no embrião nem no tecido da 
placenta. Todos os cromossomos pertencem ao pai, quando o normal é 
que uma metade seja da mãe e a outra do pai.
⦁ Parcial
A placenta pode mostrar sinais de normalidade, no entanto, o embrião 
se desenvolve anormalmente. Metade dos cromossomos vem da mãe, 
mas os pertencentes ao pai aparecem em dois grupos. O feto, em vez 
de ter 46 cromossomos, tem 69.
TIPOS DE PARTO
⦁ Parto natural:
Nesse parto o bebê nasce por via vaginal, mas se diferencia do parto 
normal pois é realizado sem intervenções como a analgesia e sem a 
utilização de oxitocina artificial para estimular as contrações. Também 
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não são realizados procedimentos como a episiotomia.
Nesse método, o serviço tem como foco as mulheres, respeitando suas 
necessidades e escolhas, portanto é humanizado. Dessa forma, a mãe 
pode escolher o lugar em que deseja dar à luz, por exemplo, em casa 
ou no hospital.
⦁ Parto normal:
Conhecido como parto vaginal, pois a saída do bebê ocorre pela 
vagina. De início é espontâneo e o bebê apresenta posição cefálica, ou 
seja, a cabeça do bebê se volta para a pélvis, preparando-se para o 
nascimento. Em alguns casos podem surgir dificuldades na saída do 
bebê e então uma episiotomia pode ser realizada. Essa é uma incisão 
cirúrgica feita no períneo, a região do músculo localizada entre a 
vagina e o ânus.
Os benefícios do parto normal são numerosos. Para o bebê pode 
significar a garantia de um pulmão maduro, contato com a mãe nos 
primeiros momentos de vida, oportunidade de mamar no peito logo em 
seguida, menos chances de desenvolver doenças respiratórias, entre 
outros benefícios. Para a mãe significa menos risco de hemorragia, 
recuperação mais rápida e contato com o bebê logo após o parto.
⦁ Parto na água:
É aquele no qual o nascimento do bebê ocorre com a mãe dentro da 
água em uma banheira ou uma piscina. A barriga deve estar 
completamente coberta pela água e o pai, inclusive, pode entrar na 
banheira ou na piscina para apoiar sua companheira nesse momento 
tão íntimo e importante.
Durante o parto, a mãe fica em uma piscina ou banheiro com água 
morna. O mais comum é que a mãe entre na água após uma dilatação 
cervical maior que 5 cm e quando já estiver sentindo contrações 
frequentes e intensas. Mais de 2 contrações a cada 10 minutos.
⦁ Parto de cócoras:
É realizado da mesma forma que o natural, muda apenas a posição da 
mãe que, ao invés da posição ginecológica comum, fica de cócoras. 
Geralmente, esse tipo de parto é bem rápido, já que conta também com 
a força da gravidade devido à posição vertical da mãe e costuma ser 
mais confortável para as mulheres.17
⦁ Parto com fórceps:
Esse tipo de parto é realizado quando um parto normal apresenta 
algumas dificuldades no momento da saída do bebê. O fórceps é um 
instrumento que possui dois ramos articulados e conectados que se 
curvam nas extremidades para segurar a cabeça do bebê.
É necessária a realização de episiotomia no períneo para a introdução 
do fórceps e o posicionamento da cabeça do bebê. Com o fórceps no 
lugar certo, o profissional puxa enquanto a mulher se vê obrigada a 
empurrar o bebê durante uma contração.
⦁ Parto Leboyer:
Também chamado de parto sem violência, é um tipo de parto no qual o 
objetivo é não estressar o bebê, transformando sua primeira 
experiência fora do útero em uma experiência menos traumática, por 
assim dizer. A ideia é que o nascimento ocorra em um ambiente 
tranquilo e o mais parecido o possível com o útero da mãe. Para isso, 
nesse tipo de parto há pouca luz e ambiente é aquecido a fim de 
eliminar o impacto da diferença entre o mundo intrauterino e 
extrauterino.
⦁ Parto cesárea:
É realizado através do abdômen, com uma incisão na barriga da mãe, 
por meio da qual são cortadas várias camadas de tecido até chegar ao 
feto dentro do útero e retirá-lo pela abertura realizada. Depois que o 
bebê é retirado, é realizada a eliminação da placenta.
⦁ Parto assistido em casa:
Cada vez mais as mães escolhem esse método para dar à luz. Não é 
algo que provoca tanto medo, afinal as mães se sentem mais seguras e 
livres em casa. Esse é um parto com dor, mas as mulheres se 
preparam para enfrentar esse sofrimento e o assumem como parte do 
processo. Também há alguns recursos para diminuir a dor como a 
banheira de água quente, as massagens e outras coisas.
Esse método se caracteriza pela longa duração, podendo durar 12 ou 
16 horas. A parteira tem como missão acompanhar a grávida em todos 
os momentos, segurar suas mãos, ajudar a encontrar a posição mais 
confortável, fazer massagens, entre outras coisas.
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⦁ Parto humanizado:
Esse tipo de parto é uma atitude, não um método. A mulher é a 
protagonista do nascimento do seu filho, nesse momento suas escolhas 
são respeitadas e discutidas com os profissionais, usando como base a 
medicina que segue evidências científicas.
Em poucas palavras, o parto humanizado se refere acima de tudo a um 
parto que é tratado como um processo fisiológico normal que apenas 
na minoria dos casos exige intervenções
PRE-ECLÂMPSIA
A pré-eclâmpsia é uma complicação da gravidez, e parece ocorrer 
devido a problemas no desenvolvimento dos vasos da placenta, 
levando à espasmos nos vasos sanguíneos, alterações na capacidade 
de coagulação do sangue e diminuição da circulação sanguínea. Os 
seus sintomas podem manifestar-se durante a gravidez, principalmente 
após a 20ª semana de gestação, no parto ou após o parto e incluem 
pressão alta, superior a 140 x 90 mmHg, presença de proteínas na 
urina e inchaço do corpo devido à retenção de líquidos.
Algumas das condições que aumentam o risco de ocorrer pré-
eclâmpsia na gravidez incluem quando a mulher engravida pela 
primeira vez, tem mais de 35 anos ou menos de 17 anos, é diabética, 
obesa, está grávida de gêmeos ou tem história de doença renal, 
hipertensão ou pré-eclâmpsia anterior.
Existem dois tipos de pré-eclâmpsia, porém a mais perigosa é a pré-
eclâmpsia grave, que pode evoluir para eclâmpsia, podendo levar à 
morte da mãe e do bebê, quando não tratada. Saiba como identificar a 
eclâmpsia e quais os seus riscos.
Sintomas e como identificar a pré-eclâmpsia na gravidez e no pós parto
⦁ Sintomas de pré-eclâmpsia leve
Os sintomas de pré-eclâmpsia leve incluem:
1. Pressão arterial igual a 140 x 90 mmHg;
2. Presença de proteínas na urina;
3. Ganho repentino de peso, como por exemplo, 2 a 3 kg em 1 ou 2 
dias.
Na presença de pelo menos um dos sintomas, a grávida deve ir ao 
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pronto-socorro ou hospital para medir a pressão arterial e fazer 
exames de sangue e de urina, para ver se tem ou não pré-eclâmpsia.
Como tratar a pré-eclâmpsia leve
Se a gestante tiver pré-eclâmpsia, deverá começar rapidamente o 
tratamento que pode ser feito em casa com dieta pobre em sal, 
aumento da ingestão de água para cerca de 2 a 3 litros por dia, 
repouso, sendo que a grávida deve se deitar para o lado esquerdo para 
aumentar a circulação sanguínea para os rins e o útero e remédios 
para controlar a pressão arterial, se necessário.
Durante o tratamento, é importante a grávida controlar a pressão 
arterial e fazer exames de urina para evitar que a pré-eclâmpsia piore. 
Saiba quais são são os riscos da pressão alta na gravidez e o que fazer 
para controlar.
⦁ Sintomas de pré-eclâmpsia grave
Os sintomas de pré-eclâmpsia grave incluem, além do inchaço e do 
ganho de peso:
1. Pressão arterial superior a 160 x 110 mmHg;
2. Dor de cabeça forte e constante;
3. Dor no lado direito do abdômen;
4. Diminuição da quantidade de urina e da vontade de urinar;
5. Alterações na visão, como vista embaçada ou escurecida;
6. Sensação de ardência no estômago.
Se a gestante apresentar estes sintomas, deverá ir imediatamente para 
o hospital.
Como tratar a pré-eclâmpsia grave
O tratamento da pré-eclâmpsia grave é feito no hospital. A grávida 
precisa ficar internada para receber os remédios anti-hipertensivos 
pela veia e vigiarem a sua saúde e a do bebê, que estão em risco. De 
acordo com a idade gestacional do bebê, pode ser necessário induzir o 
parto para tratar a pré-eclâmpsia.
O tratamento da pré-eclâmpsia grave deve ser feito o mais 
rapidamente possível, pois podem surgir complicações como a 
síndrome HELLP, que pode causar insuficiência renal, ruptura do 
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fígado e até mesmo morte da grávida, assim como eclâmpsia que 
ocorre quando a pré-eclâmpsia se agrava, podendo originar 
convulsões, coma e morte. Saiba mais sobre como surge, como tratar e 
as principais complicações da pré-eclâmpsia.
⦁ Sintomas de pré-eclâmpsia após o parto
Se a mulher, depois da alta do hospital, sentir algum dos sintomas 
típicos de pré eclampsia durante os primeiros 3 meses após o parto, é 
importante ir ao pronto-socorro ou hospital, pois poderá ser 
necessário continuar o tratamento para pré-eclâmpsia com remédios 
anti-hipertensivos.
Os sintomas que podem indicar pré-eclampsia pós parto, podem ser:
1. Pressão arterial superior a 140 x 90 mmHg;
2. Enjoos,
3. Vômitos;
4. Alterações na visão;
5. Dor de cabeça muito forte e constante.
Geralmente, a pré-eclâmpsia tende a normalizar após o parto com o 
desaparecimento dos sintomas.
Tipos de pré-eclâmpsia
Para diagnosticar e identificar o tipo da pré-eclâmpsia, é considerado:
⦁ Pré-eclâmpsia leve: acontece quando a pressão arterial se eleva 
acima de 140 x 90 mmHg, na gestante com 20 ou mais semanas 
de gestação, e é acompanhada por aumento na quantidade de 
proteínas na urina, com valor acima de 300 mg em 24 horas, o 
que pode ser indicado pela presença de uma urina espumosa;
⦁ Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica: quando a 
gestante já tinha uma hipertensão arterial prévia, o que é muito 
comum, e o diagnóstico é confirmado se houver aumento de 30 
mmHg da pressão arterial máxima ou de 15mmHg da pressão 
arterial mínima, acompanhado de aumento da proteína urinária 
ou inchaço generalizado;
⦁ Pré-eclâmpsia grave: acontece quando a pressão arterial passa 
a atingir valores iguais ou maiores que 160 x 100 mmHg e a 
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quantidade de proteína na urina ultrapassa valores de 2 gramas 
por dia, acompanhadas por sinais e sintomas como diminuição 
do volume de urina diário, menor que 500 ml em 24 horas, dor 
abdominal, alterações visuais, aumento das enzimas do fígado e 
redução dos números de plaquetas no sangue.
Além disso, apesar da pré-eclâmpsia ser mais comum durante a 
gestação, ela pode surgir no período após o parto, principalmente nas 
mulheres que já têm algum risco, já que, durante o trabalho de parto, 
podem ser feitos medicamentos e soro na veia, além de haver risco de 
aumento da pressão.
A evolução da pré-eclâmpsia é muitas vezes imprevisível, podendo se 
tornar gravee causar risco de vida muito rapidamente, por isso, é 
importante fazer o pré-natal regularmente e procurar atendimento 
médico sempre que surgirem sintomas que indiquem esta doença. 
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