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Usualmente, calcula-se o tempo de gravidez em semanas, bastante dividir o valor por 4 para obter a idade gestacional em meses. Para calcular a idade gestacional semana a semana, comece a contagem a partir do primeiro dia da última menstruação e marque num calendário. A cada 7 dias, a partir desta data, o bebê terá mais uma semana de vida. A idade gestacional também pode ser feita por trimestre, ou seja, subdivididindo agravidez de 3 em 3 meses, sendo que: ⦁ Primeiro trimestre de gestação: 1 a 4 semanas de gestação: 1 mês 5 a 8 semanas de gestação: 2 meses 10 a 12 semanas de gestação: 3 meses ⦁ Segundo trimestre de gestação: 13 a 16 semanas de gestação: 4 meses 17 a 20 semanas de gestação: 5 meses 21 a 24 semanas de gestação: 6 meses ⦁ Terceiro trimestre de gestação: 25 a 28 semanas de gestação: 7 meses 29 a 32 semanas de gestação: 8 meses 33 a 36 semanas de gestação: 9 meses 37 a 40 semanas de gestação: 10 meses A gravidez pode durar até 41 semanas e 6 dias. Considera-se prematuro o bebê que nascer antes de completar as 37 semanas de gestação. Por norma, a data prevista do parto é aquela onde se completa 40 semanas. O bebê pode nascer 2 semanas antes ou até 2 1 semanas depois desta data, sendo totalmente normal. CONSULTA DE PRÉ NATAL ⦁ D.U.M - Data da ultima mestruação ⦁ D.P.P - Data provavél do parto DUM conhecida ⦁ Somar 7 dias ao primeiro dia da ultima mestruação ⦁ Subtrair 3 meses do mês do DUM ou somar 9 meses ao mês da DUM EX: DUM - 07/05/05 Somar mais 7 dias - 3 meses DPP- 14/02/06 EX:DUM- 20/12/04 Somar mais 7 dias + 9 meses DPP- 27/09/05 1° trimestre -consultas mensais até 34 semanas 34 semanas -Consultas no intervalo de 2 semanas até 38 semanas 38 semanas - Consultas semanais até o parto ou 41 semanas -------------------------------------------------------------------------------------------------------- HORMÔNIOS ⦁ FSH- Hormônio folículo estimulante produzido e liberado por uma glândula situada na base do cérebro adeno-hipófise este hormônio tem como principal função iniciar o amadurecimento dos óvulos no ovário. ⦁ LS- Também produzido e liberado pelo adeno-hipófise este hormônio visa terminar o amadurecimento do óvulo e estimular sua liberação para o útero. -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2 TIPOS DE EXAMES NA GRAVIDEZ ⦁ Hemograma Pedido pelo médico no primeiro, segundo e terceiro trimestres, esse exame detecta anemia e outras doenças no sangue da gestante. ⦁ Exame qualitativo de urina Os médicos pedem que a gestante realize esse exame no primeiro, segundo e terceiro trimestres. O procedimento é feito para se checar se há alguma patologia ou anormalidade nos rins e no aparelho urinário da mulher. ⦁ Urocultura Realizado no primeiro, segundo e terceiro trimestres, o exame verifica a existência de infecção urinária, principal causa de partos prematuros. ⦁ Glicemia em jejum Indicado no primeiro e no terceiro trimestres para saber se a gestante é diabética. ⦁ Tipagem sanguínea/RH Deve ser realizado no primeiro trimestre. Verifica a compatibilidade de sangue do casal. Caso a mãe tenha RH negativo e o pai apresente RH positivo, é feito o exame Coombs indireto para saber se houve, em alguma gestação passada, sensibilização do sistema imunológico materno contra o Rh positivo. Esse cenário é possível se, em uma gravidez anterior, a mulher tenha dado à luz um bebê de Rh positivo e não tenha recebido a imediata aplicação da substância que impede que seu organismo produza anticorpos contra o Rh positivo. ⦁ TSH e T4L Exame feito no primeiro trimestre. Visa verificar a presença de hipotireoidismo subclínico na mãe. ⦁ Toxoplasmose, rubéola, VDRL (sífilis), hepatite B, hepatite C e anti-HIV (Aids) São exames que precisam ser feitos no primeiro e no terceiro 3 trimestres. Eles determinam se a gestante já teve contato com as doenças para que, em caso positivo, sejam tomados os cuidados necessários para que o bebê não seja infectado. ⦁ Exame de translucência nucal O exame de translucência nucal é feito no primeiro trimestre da gestação. Por meio da medição de uma pequena prega na nuca do feto, procura rastrear o risco para síndromes genéticas, como Down. COMPLICAÇÕES NO PARTO As complicações da gravidez podem afetar qualquer mulher, mas as mais propensas são as que têm algum problema de saúde ou que não seguem corretamente o pré-natal. Algumas das possíveis complicações que podem surgir na gravidez são: ⦁ Ameaça de parto prematuro: Pode ocorrer quando a mulher passa por situações estressantes ou faz muito esforço físico, por exemplo. Seus sintomas incluem: Contrações antes das 37 semanas de gestação e corrimento gelatinoso que pode ou não conter vestígios de sangue (tampão mucoso). ⦁ Anemia ferropriva na gravidez: Pode ocorrer se a mulher consumir poucos alimentos ricos em ferro ou sofrer com a má absorção de ferro no intestino, por exemplo. Seus sintomas incluem: Cansaço fácil, dor de cabeça e fraqueza. ⦁ Diabetes gestacional: Pode ocorrer devido ao consumo excessivo de açúcar ou fontes de carboidratos. Seus sintomas incluem: Visão turva ou borrada e muita sede. ⦁ Eclampsia: Pode ocorrer devido ao aumento excessivo da pressão sanguínea causado pela má alimentação e falta de exercícios físicos. Seus sintomas incluem: Pressão arterial acima de 140/90 mmHg, face ou as mãos inchadas e presença de uma concentração anormalmente elevada de proteínas na urina. ⦁ Placenta prévia: É quando a placenta recobre parcial ou totalmente a abertura do colo do útero, impossibilitando o trabalho de parto normal. É mais comum em mulheres que possuem miomas. Seus sintomas incluem: um sangramento vaginal indolor que pode ser de cor vermelho vivo e inicia no final da gestação que pode ser leve ou intenso. 4 ⦁ Toxoplasmose: Infecção causada por um parasita chamado Toxoplasma gondii, pode ser transmitida por animais domésticos como cães e gatos, e alimentos contaminados. A doença não gera sintomas e é identificada num exame de sangue. Apesar de ser potencialmente grave para o bebê, ela pode ser facilmente evitada com medidas simples de higiene alimentar SOFRIMENTO FETAL O sofrimento fetal é uma situação, relativamente rara, que acontece quando o bebê não está recebendo a quantidade de oxigênio necessária no útero, durante a gestação ou durante o parto, o que acaba afetando seu crescimento e desenvolvimento. Um dos sinais mais facilmente identificados pelo obstetra é a diminuição ou alteração do ritmo dos batimentos cardíacos do feto, no entanto, a diminuição dos movimento do bebê na barriga também pode ser um sinal de alarme para um caso de sofrimento fetal. Nos casos mais graves, o sofrimento fetal pode até provocar um aborto e, por isso, deve ser tratado o mais rápido possível, sendo por isso muito importante ir a todas as consultas de pré-natal para fazer os exames necessários e garantir que o bebê se está desenvolvendo corretamente. Principais sinais e sintomas Alguns dos sinais mais comuns da falta de oxigênio no bebê são: ⦁ Diminuição dos movimentos fetais Os movimentos do bebê no útero são um importante indicador de sua saúde e, por isso, uma diminuição na frequência ou intensidade dos movimentos pode ser um sinal importante de falta de oxigênio. Dessa forma, se existir uma diminuição dos movimentos do bebê é importante ir ao obstetra para fazer um ultrassom e identificar se existe algum problema que precise ser tratado. ⦁ Sangramento vaginal Pequenos sangramentos ao longo da gestação são normais e não significam que algo está errado com a gravidez, no entanto, se existir um sangramento abundante pode significar que existe alguma alteração na placenta e, por isso, pode acontecer uma diminuição dos 5 níveis de oxigênio para o bebê. Nestes casos, deve-se ir imediatamente ao hospital porque o sangramento também pode ser sinal de um aborto, especialmente se acontecer nas primeiras 20 semanas. ⦁ Presença de mecônio na bolsa deágua A presença de mecônio na água quando a bolsa estoura é um sinal comum de sofrimento fetal durante o trabalho de parto. Geralmente, o líquido amniótico é transparente com uma coloração amarelada ou rosada, mas se estiver marrom ou esverdeado, pode indicar que o bebê está em sofrimento fetal. ⦁ Cãibras abdominais fortes Embora as cãibras sejam um sintoma muito frequente durante a gravidez, principalmente porque o útero está alterando e os músculos se adaptando, quando surge uma cãibra muito intensa que provoca também dor nas costas pode indicar que existe algum problema com a placenta e, por isso, o bebê pode estar recebendo menos oxigênio. Possíveis causas da falta de oxigênio A quantidade de oxigênio que chega até ao feto pode estar diminuída devido a causas como: ⦁ Descolamento da placenta; ⦁ Compressão do cordão umbilical; ⦁ Infecção fetal. Além disso, existe maior risco de sofrimento fetal em grávidas com pré- eclâmpsia, diabetes gestacional ou que tenham problemas no crescimento do útero durante a gestação. O que fazer em caso de sofrimento fetal Se existir suspeita de sofrimento fetal, devido à presença de um ou mais sinais, é importante ir imediatamente ao pronto-socorro ou ao obstetra, para avaliar qual o problema que pode estar causando a diminuição de oxigênio e iniciar o tratamento adequado. Na maior parte das vezes, a gestante pode precisar ficar internada durante algumas horas ou dias, para fazer medicamentos diretamente 6 na veia e avaliar continuamente a saúde do bebê. Nos casos mais em graves, em que não existe melhora do sofrimento fetal, pode ser necessário fazer um parto prematuro. Se o processo de parto já se iniciou o bebê pode nascer por parto normal, mas em muitos casos é preciso fazer uma cesárea. Consequências da falta de oxigênio A falta de oxigênio no bebê precisa ser tratada rapidamente para evitar sequelas como paralisia ou doenças cardíacas, por exemplo. Além disso, se a falta de oxigênio se mantiver por muito tempo existe o risco de sofrer um aborto. DOENÇAS O período da gestação em que elas ocorrem faz toda diferença: quanto antes, pior. No terceiro trimestre, o bebê já está formado e é menos vulnerável, embora também possa sofrer sequelas. Mas nem sempre a criança é infectada quando a mãe adoece. Felizmente, caso haja o contágio, hoje é possível tratar ou controlar a maioria dessas infecções. Entre as mais frequentes estão a urinária, a candidíase e a vaginose. Porém, todas merecem atenção. Veja a seguir quais são, saiba como evitá-las e conheça os tratamentos disponíveis. ⦁ Infecção urinária Desconforto, dor e ardência ao fazer xixi: se você é mulher e nunca teve, a chance de que isso aconteça em algum momento é grande. Metade das mulheres contrai a doença pelo menos uma vez na vida e, se você for gestante, está no grupo de maior risco. Entre as infecções causadas por bactérias, as de urina são as mais comuns, segundo a literatura médica. “Alterações funcionais e anatômicas dos rins e das vias urinárias durante a gravidez facilitam infecções, assim como o histórico prévio e diabetes”, explica Reynaldo Augusto Machado Junior, ginecologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo. Apesar de não causar alterações fetais, se a infecção não for devidamente curada restringe o crescimento do bebê e leva até ao parto prematuro. Em casos muito graves que não são tratados, pode haver morte de mãe e filho. Em algumas situações, a doença deve passar despercebida: a chamada bacteriúria assintomática não apresenta sintomas e, justamente por isso, é maior o risco de evoluir para quadros graves. O problema é detectado com exame de urina, que deve ser feito pelo menos duas vezes no pré-natal. Para tratar, são 7 usados antibióticos. ⦁ Doença periodontal A periodontite é uma infecção causada pelo crescimento de placa bacteriana por baixo da gengiva, o que origina uma inflamação da membrana que envolve o dente. A gengiva fica inchada, avermelhada, sangra, apresenta mau cheiro e, em situações mais críticas, a pessoa pode perder os dentes. Ao observar os sintomas, a mulher deve procurar logo a ajuda de um periodontista. É que, se não for tratada, pode desencadear outras infecções por todo o organismo, além de acelerar o trabalho de parto. Entre as suas causas estão o aumento de hormônios durante a gravidez, a tendência individual a esse tipo de problema e a falta de cuidados higiênicos. Um estudo realizado pela Unicamp com 334 gestantes de baixa renda revelou que 47% delas tinham a infecção. O alto índice foi atribuído ao estado precário da higiene oral da população pesquisada. Para manter a saúde bucal, a mulher deve visitar o dentista a cada seis meses e pelo menos uma vez durante a gravidez. ⦁ Vaginose bacteriana Trata-se de um distúrbio que afeta a flora vaginal: ele diminui os lactobacilos que protegem a região e eleva a quantidade de bactérias, como a Gardnerella vaginalis. O resultado é um corrimento de cheiro forte. Uma pesquisa recente da Fundação Oswaldo Cruz revelou que 30% das gestantes estudadas apresentavam vaginose. “Essa infecção está associada com a ruptura da bolsa e o trabalho de parto prematuro”, diz o ginecologista Gutemberg Leão Filho. A doença é diagnosticada por meio de análise do material coletado da vagina. O tratamento acontece por via oral ou vaginal – por não ser uma doença sexualmente transmissível, não é necessário tratar o parceiro. Não há como prevenir, porque ela aparece na gravidez devido, principalmente, à baixa imunidade. Acredita-se que o estresse também contribua para o surgimento do quadro. ⦁ Rubéola Na mulher, a doença é simples de tratar com analgésicos e antitérmicos – os sintomas são parecidos com os da gripe. O grande perigo é o vírus invadir a placenta e infectar o bebê, porque pode provocar anomalias graves, surdez e problemas na visão. No caso de infecção durante a gravidez, o acompanhamento médico é imprescindível. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), 8 quando a mãe tem rubéola, o risco de contaminar o bebê chega a 80% nos primeiros três meses de gravidez. O Togavírus, que causa a doença, altera a reprodução de todas as células. Pode ser letal nas primeiras semanas ou desencadear prejuízos que só serão percebidos mais tarde, muito depois do nascimento. A contaminação se dá por via respiratória, por meio de gotículas expelidas no ar. Os médicos recomendam que, antes de engravidar, a mulher faça a sorologia para saber se está imune. Se não estiver, deve tomar a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola), disponível na rede pública de saúde, três meses antes de engravidar. Estudos recentes mostram que o imunizante, feito com o vírus atenuado, não compromete a formação do bebê. Mas a maioria dos médicos ainda não indica tomar durante a gravidez – para evitar inseguranças maternas, e, como as evidências científicas não dão 100% de certeza, descartar a possibilidade de que ela seja a causa de algum problema no feto. ⦁ Toxoplasmose Disparada por um protozoário, a infecção se manifesta com sintomas diversos, desde os que se confundem com os da gripe até vômitos e gânglios pelo corpo. Uma das formas mais comuns de transmissão é pelas fezes dos gatos, ainda que eles não aparentem estar doentes. Por isso, os médicos recomendam que as gestantes evitem fazer a limpeza da caixinha ou entrem em contato com gatos desconhecidos. Além disso, deve-se evitar a ingestão de carne crua ou malpassada e lavar muito bem frutas, legumes e verduras. O risco de transmissão para o recém-nascido é de até 2,5%. Quando a infecção acontece no primeiro trimestre,15% dos casos terminam em aborto ou sequelas graves. Se ocorrer no segundo, 25% dos bebês podem manifestar problemas sérios, como os oculares. ⦁ Citomegalovírus Esse micro-organismo da família dos vírus da catapora e do herpes é transmitido por transfusão de sangue, via respiratória (como a gripe) ou da mãe para o bebê. Ele afeta entre 0,4% e6,8% dos recém- nascidos no Brasil. Durante a gestação, pode ser combatido com antivirais que diminuem, porém não zeram, o risco de complicações para o feto. Como o vírus ataca os tecidos cerebrais, causa malformações no sistema nervoso central. Também é capaz de provocar surdez, dificuldades de aprendizado e, se for grave, pode matar. 9 ⦁ Hepatite B O vírus por trás da doença, o VHB, está associado à cirrose hepática e ao câncer no fígado. Para se prevenir, basta estar em dia com a vacina – são três doses e ela pode ser tomada durante a gravidez. A transmissão ocorre pelo contato com sangue infectado, por relações sexuais e durante o parto, da mãe para o filho. É possível ter parto normal. Logo em seguida, no entanto, o bebê deve tomar um banho, para reduzir a exposição ao sangue materno, e receber a vacina contra a doença. A Organização Mundial de Saúde não contraindica a amamentação caso a mãe esteja infectada. ⦁ Aids Segundo o boletim epidemiológico de 2013 do Ministério da Saúde, no Brasil, 718 mil pessoas vivem com o vírus HIV, causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Sintomas como febre, manchas e dores pelo corpo às vezes surgem poucas semanas após a contaminação. “O parto vaginal pode ser feito se a quantidade de vírus no organismo – a carga viral – for menor do que mil cópias por mililitro. Do contrário, a mulher deve ser submetida à cesariana antes que entre em trabalho de parto, para não infectar o bebê”, indica Philippe Godefroy, coordenador do serviço de Tocoginecologia do Hospital Estadual dos Lagos (RJ). Ao nascer, a criança é banhada imediatamente, para reduzir o contato com o sangue materno, e logo recebe a primeira dose do AZT xarope, droga antirretroviral. O bebê não pode ser amamentado no peito, porque o HIV está presente no leite. ⦁ Candidíase Coceira na vagina, ardor, corrimento esbranquiçado e dor durante as relações sexuais podem ser indícios da doença, que é engatilhada por fungos. O problema aqui é o desconforto que a mulher sente, já que a infecção não acarreta males ao feto propriamente. A candidíase é detectada por meio de exame clínico ginecológico e está associada à baixa imunológica pela qual toda gestante passa. A mulher deve se submeter a tratamento por via vaginal, com pomadas antifúngicas receitadas pelo especialista. Um levantamento da Universidade de Buenos Aires concluiu que, de 493 gestantes pesquisadas, 28% apresentavam a infecção pelo fungo Candida albicans, que vive no nosso trato intestinal. ⦁ Sífilis 10 A doença se manifesta com manchas no corpo, lesões, verrugas e úlceras na vagina. Caso o micro-organismo passe pela placenta nos três primeiros meses de gestação, pode provocar aborto. “O risco de morte fetal cai a partir da metade da gravidez, mas permanece a chance de haver trabalho de parto prematuro”, aponta Philippe Godefroy. A infecção acontece por transfusão sanguínea ou relação sem o uso de preservativo. A cura, tanto da gestante como do bebê que nasce, se dá pelo uso de antibiótico por via endovenosa. ⦁ Herpes genital e catapora O tipo 2 do vírus da família do herpes é o que causa lesões genitais. Ele é transmitido por atrito com a ferida. Se a infecção acontece durante a gravidez, é preciso cuidado, pois o primeiro contato com o vírus costuma ser o mais grave. Com o bebê, a preocupação é na hora do nascimento: se a mulher teve lesões nos 30 dias que antecedem o parto, é recomendável fazer cesárea para não expor a criança ao vírus. O tipo 3 (varicela-zóster), da catapora, contamina por via respiratória. Quem nunca teve a doença nem foi imunizada deve se vacinar antes de engravidar. Caso seja infectada, o tratamento apenas alivia os sintomas. Se o vírus passar para o feto, pode haver sequelas na pele e no cérebro e até risco de aborto. ⦁ Zika Febre baixa, dores leves nas articulações, coceira, manchas vermelhas pelo corpo. Aparentemente, a doença causada pelo vírus Zika, que é tranmsitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, parece mais inofensiva que a dengue, já que seus sintomas são mais brandos. No entanto, no caso das gestantes, a doença pode ter efeitos graves sobre o feto. Ainda não se sabe ao certo de que forma o vírus Zika, que consegue atravessar barreira placentária, é capaz de afetar o desenvolvimento neurológico do bebê. O fato é que, ao que tudo indica, ele pode causar microcefalia, uma má-formação que está associada com retardo mental em 90 % dos casos, e outras síndromes como a de Guillain Barré. Ainda não se sabe a prevalência dessas síndromes nas gestantes que contraíram a Zika e nem existe por enquanto uma vacina capaz de prevenir a doença. A recomendação, portanto, é evitar ao máximo o contato com o mosquito, com a utilização de roupas de tecidos claros que cubram braços, pernas e pés e uso de repelentes próprios para gestantes nas áreas expostas. ⦁ Anemia 11 A anemia é uma das doenças na gravidez mais comum entre as gestantes, que precisam e uma dieta especial rica em ferro (agrião, lentilha, espinafre, feijão, fígado, abacate, espinafre, frutas secas etc).O organismo começa a trabalhar dobrado e precisa de reforço nutricional. Quando há deficiência de ferro ocorre a anemia, que costuma ser transitória, mas mesmo assim, pode afetar o desenvolvimento do feto. Além de um plano alimentar específico, o médico ou nutricionista pode receitar suplementos e vitaminas para reequilibrar os níveis. ALIMENTAÇÃO ⦁ Liberdade para comer de tudo, mas com moderação A grávida que tem mantido um ganho de peso adequado para cada etapa da gestação pode sentir-se mais livre nas escolhas alimentares, mas a qualidade da alimentação deve ser mantida. As refeições devem ser feitas a cada 3h - 3:30h, em pequenas quantidades e devem ser ricas em fibras, vitaminas e minerais. Assim, deve-se optar por arroz integral, leite e derivados desnatados e frutas de sobremesa nas refeições principais e nos lanches. Carnes vermelhas podem fazer parte do cardápio de 2 a 3 vezes por semana, mas ainda é preciso evitar frituras e preparações muito gordurosas, além de bacon, linguiça, salame e salsicha ⦁ Comer salada antes de grandes refeições Comer salada antes do prato principal do almoço e do jantar ajuda a diminuir a quantidade de comida ingerida e a evitar o aumento excessivo da glicemia depois da refeição. Além de ser colorida, a salada deve incluir vegetais verde escuros como a couve, pois são ricos em ácido fólico que é importante para o desenvolvimento do sistema nervoso do bebê. Também é importante lembrar que os vegetais que serão consumidos crus precisam ser muito bem lavados e higienizados, e que deve-se evitar esse tipo de salada ao comer fora de casa, pois pode estar contaminada e causar toxoplasmose. ⦁ Evitar o excesso de sal Deve-se evitar o excesso de sal para que não haja retenção de líquidos e o risco de desenvolver hipertensão, o que pode levar a riscos na gravidez como a pré-eclâmpsia. Além disso, as alterações hormonais 12 que ocorrem durante a gravidez já causam retenção de líquidos, o que torna ainda mais importante o controle do sal durante esse período. Assim, deve-se reduzir a quantidade de sal adicionada para preparar as refeições, dando preferência às ervas aromáticas como alho, salsinha e tomilho, e evitar produtos industrializados ricos em sal, como salgadinhos de pacote e comida pronta congelada. ⦁ Beber muitos líquidos Durante a gravidez é ainda mais importante aumentar a ingestão de líquidos para 2,5 L por dia, especialmente de água. A água ajuda reduzir a retenção de líquidos e prevenir a prisão de ventre, além de ser importante para retirar produtos do metabolismo do bebê que devem ser eliminados. A grávida também tomar sucos naturais e chás sem açúcar, no entanto alguns chás são desaconselhados nesse período, como chá de boldo e de canela. Veja uma lista completa dos Chás que a grávida não pode tomar. ⦁ O que fazer com o desejo por doces Quando o desejo por doces vier, a primeira reaçãoainda deve ser evitá-lo ou enganá-lo comendo frutas, pois o açúcar vicia e cada vez fica mais difícil de resistir ao desejo. No entanto, quando a vontade por doces for irresistível, deve-se optar por cerca de 2 quadradinhos de chocolate preto e mais raramente por sobremesas doces. Também é importante lembrar que a melhor hora de comer doces é após as grandes refeições, quando se comeu bastante salada, pois isso irá diminuir o efeito do açúcar no sangue. ⦁ Ter lanches saudáveis à mão Ter lanches saudáveis em casa e na bolsa é útil para quando o desejo por comida surgir ou quando se está fora de casa e o horário da refeição chegou. Em casa, é aconselhável ter iogurte desnatado, frutas variadas, bolachas sem recheio, queijos brancos como ricota e pão ou torradas integrais, enquanto na bolsa pode-se levar frutos secos, amendoins e castanhas sem adição de sal para saciar a fome enquanto uma refeição mais completa não puder ser feita. Assim, a mulher grávida que está com o ganho de peso adequado deve manter os cuidados com a alimentação, apesar de não ter restrições severas e proibições. Uma alimentação saudável vai manter o ganho de peso controlado, dar os nutrientes necessários para um bom desenvolvimento do bebê, manter mãe e filho saudáveis e facilitar a 13 perda de peso da mulher após a gravidez. Veja quais são os alimentos proibidos para grávidas. Tipos de gravidez 1. Gravidez intrauterina É a gravidez que ocorre quando o óvulo fertilizado é implantado corretamente dentro do útero e se desenvolve normalmente, sem qualquer alteração. A gravidez intrauterina é a que a maioria das mulheres vive. Dura cerca de 40-42 semanas, desde o primeiro dia da última menstruação, ou aproximadamente 38 semanas a partir da fertilização do óvulo. Quando o óvulo é implantado, a placenta se desenvolve. E graças ao cordão umbilical, o futuro bebê recebe os nutrientes de que precisa para crescer. Dependendo das condições ou fatores que afetam a saúde da mulher no momento da gravidez, podemos falar sobre gestações de baixo risco ou alto risco. ⦁ Gravidez de baixo risco É a gravidez controlada de uma mulher em boa saúde. Ocorre em mulheres entre os 19 e os 35 anos de idade. Não há doenças que coloquem em risco a vida da mãe ou o desenvolvimento do feto. ⦁ Gravidez de alto risco É quando a gravidez não é controlada. Ocorre em mulheres com menos de 18 anos (gravidez precoce) ou com mais de 35 anos (gravidez tardia). É a gravidez que ocorre quando uma mulher começa a sofrer de doenças, tais como diabetes, doença cardíaca, pielonefrite (infecção renal) ou quando em contato com infecções, tais como rubéola, toxoplasmose, sífilis, vírus da imunodeficiência humana, vírus do papiloma humano. Gravidez de alto risco podem chegar a um final feliz sem comprometer a saúde da mulher ou o desenvolvimento adequado do feto, mas é essencial que recebam o devido controle médico. Além disso, há uma classificação médica no caso de receber a notícia de que você está grávida “não de apenas um… mas dois”, sendo o seguinte: 14 ⦁ Gêmeos Dizigóticos (gêmeos) Cada zigoto levará a uma placenta independente e um saco amniótico. Existem duas placentas e duas bolsas amnióticas. ⦁ Gêmeos monozigóticos (gêmeos idênticos) Na maioria dos casos, o embrião é dividido, mas não a placenta. Requer um acompanhamento maior (ultrassonografias mensais durante quase toda a gestação), uma vez que há uma única placenta que alimenta dois fetos. 1. Gravidez ectópica Também é conhecida como gravidez extrauterina. Ela surge de uma complicação durante a descida do embrião pela trompa de Falópio e não é capaz de atingir o útero. O embrião é implantado em um local inadequado que não permite seu desenvolvimento. A gravidez ectópica é muito arriscada para a vida da mãe e não oferece nenhuma possibilidade para o feto. Este tipo de gravidez geralmente não passa o primeiro trimestre. A mulher começa a sangrar e sente dores fortes entre a 6ª e a 8ª semana. Se não abortar espontaneamente, o médico geralmente recomenda uma interrupção cirúrgica ou com certos medicamentos quimioterápicos, para salvar a vida da mulher. Ter tido uma gravidez ectópica não incapacita a mulher de ter uma gravidez intrauterina subsequente. No entanto, você precisará ter um controle médico adequado para alcançar uma gravidez normal. A gravidez ectópica é classificada como: ⦁ Tubária O embrião nidifica nas trompas de Falópio e produz inflamação e obstrução tubária. ⦁ Istmo A implantação do embrião ocorre no istmo, no final da trompa de Falópio. ⦁ Ovariana O embrião é implantado no ovário e pode ser confundido com um cisto. 15 ⦁ Cervical A nidação ocorre no colo do útero. ⦁ Abdominal O embrião se implanta dentro da cavidade peritoneal. Este tipo de gravidez é muito pouco frequente. ⦁ Intramural Está localizado no miométrio, a camada muscular interna do útero. É o tipo mais estranho de gravidez de todos. 1. Gravidez molar Neste tipo de gravidez, o óvulo foi fertilizado de forma anormal. A partir daí, a placenta cresce desproporcionalmente e se transforma em um conjunto de cistos chamado de mola hidatiforme. Isso traz como consequência: O embrião não pode se formar bem e não sobrevive. A gravidez molar deve ser interrompida assim que se souber de sua existência. Existem dois tipos de gravidez molar: ⦁ Total Não há sinal de normalidade nem no embrião nem no tecido da placenta. Todos os cromossomos pertencem ao pai, quando o normal é que uma metade seja da mãe e a outra do pai. ⦁ Parcial A placenta pode mostrar sinais de normalidade, no entanto, o embrião se desenvolve anormalmente. Metade dos cromossomos vem da mãe, mas os pertencentes ao pai aparecem em dois grupos. O feto, em vez de ter 46 cromossomos, tem 69. TIPOS DE PARTO ⦁ Parto natural: Nesse parto o bebê nasce por via vaginal, mas se diferencia do parto normal pois é realizado sem intervenções como a analgesia e sem a utilização de oxitocina artificial para estimular as contrações. Também 16 não são realizados procedimentos como a episiotomia. Nesse método, o serviço tem como foco as mulheres, respeitando suas necessidades e escolhas, portanto é humanizado. Dessa forma, a mãe pode escolher o lugar em que deseja dar à luz, por exemplo, em casa ou no hospital. ⦁ Parto normal: Conhecido como parto vaginal, pois a saída do bebê ocorre pela vagina. De início é espontâneo e o bebê apresenta posição cefálica, ou seja, a cabeça do bebê se volta para a pélvis, preparando-se para o nascimento. Em alguns casos podem surgir dificuldades na saída do bebê e então uma episiotomia pode ser realizada. Essa é uma incisão cirúrgica feita no períneo, a região do músculo localizada entre a vagina e o ânus. Os benefícios do parto normal são numerosos. Para o bebê pode significar a garantia de um pulmão maduro, contato com a mãe nos primeiros momentos de vida, oportunidade de mamar no peito logo em seguida, menos chances de desenvolver doenças respiratórias, entre outros benefícios. Para a mãe significa menos risco de hemorragia, recuperação mais rápida e contato com o bebê logo após o parto. ⦁ Parto na água: É aquele no qual o nascimento do bebê ocorre com a mãe dentro da água em uma banheira ou uma piscina. A barriga deve estar completamente coberta pela água e o pai, inclusive, pode entrar na banheira ou na piscina para apoiar sua companheira nesse momento tão íntimo e importante. Durante o parto, a mãe fica em uma piscina ou banheiro com água morna. O mais comum é que a mãe entre na água após uma dilatação cervical maior que 5 cm e quando já estiver sentindo contrações frequentes e intensas. Mais de 2 contrações a cada 10 minutos. ⦁ Parto de cócoras: É realizado da mesma forma que o natural, muda apenas a posição da mãe que, ao invés da posição ginecológica comum, fica de cócoras. Geralmente, esse tipo de parto é bem rápido, já que conta também com a força da gravidade devido à posição vertical da mãe e costuma ser mais confortável para as mulheres.17 ⦁ Parto com fórceps: Esse tipo de parto é realizado quando um parto normal apresenta algumas dificuldades no momento da saída do bebê. O fórceps é um instrumento que possui dois ramos articulados e conectados que se curvam nas extremidades para segurar a cabeça do bebê. É necessária a realização de episiotomia no períneo para a introdução do fórceps e o posicionamento da cabeça do bebê. Com o fórceps no lugar certo, o profissional puxa enquanto a mulher se vê obrigada a empurrar o bebê durante uma contração. ⦁ Parto Leboyer: Também chamado de parto sem violência, é um tipo de parto no qual o objetivo é não estressar o bebê, transformando sua primeira experiência fora do útero em uma experiência menos traumática, por assim dizer. A ideia é que o nascimento ocorra em um ambiente tranquilo e o mais parecido o possível com o útero da mãe. Para isso, nesse tipo de parto há pouca luz e ambiente é aquecido a fim de eliminar o impacto da diferença entre o mundo intrauterino e extrauterino. ⦁ Parto cesárea: É realizado através do abdômen, com uma incisão na barriga da mãe, por meio da qual são cortadas várias camadas de tecido até chegar ao feto dentro do útero e retirá-lo pela abertura realizada. Depois que o bebê é retirado, é realizada a eliminação da placenta. ⦁ Parto assistido em casa: Cada vez mais as mães escolhem esse método para dar à luz. Não é algo que provoca tanto medo, afinal as mães se sentem mais seguras e livres em casa. Esse é um parto com dor, mas as mulheres se preparam para enfrentar esse sofrimento e o assumem como parte do processo. Também há alguns recursos para diminuir a dor como a banheira de água quente, as massagens e outras coisas. Esse método se caracteriza pela longa duração, podendo durar 12 ou 16 horas. A parteira tem como missão acompanhar a grávida em todos os momentos, segurar suas mãos, ajudar a encontrar a posição mais confortável, fazer massagens, entre outras coisas. 18 ⦁ Parto humanizado: Esse tipo de parto é uma atitude, não um método. A mulher é a protagonista do nascimento do seu filho, nesse momento suas escolhas são respeitadas e discutidas com os profissionais, usando como base a medicina que segue evidências científicas. Em poucas palavras, o parto humanizado se refere acima de tudo a um parto que é tratado como um processo fisiológico normal que apenas na minoria dos casos exige intervenções PRE-ECLÂMPSIA A pré-eclâmpsia é uma complicação da gravidez, e parece ocorrer devido a problemas no desenvolvimento dos vasos da placenta, levando à espasmos nos vasos sanguíneos, alterações na capacidade de coagulação do sangue e diminuição da circulação sanguínea. Os seus sintomas podem manifestar-se durante a gravidez, principalmente após a 20ª semana de gestação, no parto ou após o parto e incluem pressão alta, superior a 140 x 90 mmHg, presença de proteínas na urina e inchaço do corpo devido à retenção de líquidos. Algumas das condições que aumentam o risco de ocorrer pré- eclâmpsia na gravidez incluem quando a mulher engravida pela primeira vez, tem mais de 35 anos ou menos de 17 anos, é diabética, obesa, está grávida de gêmeos ou tem história de doença renal, hipertensão ou pré-eclâmpsia anterior. Existem dois tipos de pré-eclâmpsia, porém a mais perigosa é a pré- eclâmpsia grave, que pode evoluir para eclâmpsia, podendo levar à morte da mãe e do bebê, quando não tratada. Saiba como identificar a eclâmpsia e quais os seus riscos. Sintomas e como identificar a pré-eclâmpsia na gravidez e no pós parto ⦁ Sintomas de pré-eclâmpsia leve Os sintomas de pré-eclâmpsia leve incluem: 1. Pressão arterial igual a 140 x 90 mmHg; 2. Presença de proteínas na urina; 3. Ganho repentino de peso, como por exemplo, 2 a 3 kg em 1 ou 2 dias. Na presença de pelo menos um dos sintomas, a grávida deve ir ao 19 pronto-socorro ou hospital para medir a pressão arterial e fazer exames de sangue e de urina, para ver se tem ou não pré-eclâmpsia. Como tratar a pré-eclâmpsia leve Se a gestante tiver pré-eclâmpsia, deverá começar rapidamente o tratamento que pode ser feito em casa com dieta pobre em sal, aumento da ingestão de água para cerca de 2 a 3 litros por dia, repouso, sendo que a grávida deve se deitar para o lado esquerdo para aumentar a circulação sanguínea para os rins e o útero e remédios para controlar a pressão arterial, se necessário. Durante o tratamento, é importante a grávida controlar a pressão arterial e fazer exames de urina para evitar que a pré-eclâmpsia piore. Saiba quais são são os riscos da pressão alta na gravidez e o que fazer para controlar. ⦁ Sintomas de pré-eclâmpsia grave Os sintomas de pré-eclâmpsia grave incluem, além do inchaço e do ganho de peso: 1. Pressão arterial superior a 160 x 110 mmHg; 2. Dor de cabeça forte e constante; 3. Dor no lado direito do abdômen; 4. Diminuição da quantidade de urina e da vontade de urinar; 5. Alterações na visão, como vista embaçada ou escurecida; 6. Sensação de ardência no estômago. Se a gestante apresentar estes sintomas, deverá ir imediatamente para o hospital. Como tratar a pré-eclâmpsia grave O tratamento da pré-eclâmpsia grave é feito no hospital. A grávida precisa ficar internada para receber os remédios anti-hipertensivos pela veia e vigiarem a sua saúde e a do bebê, que estão em risco. De acordo com a idade gestacional do bebê, pode ser necessário induzir o parto para tratar a pré-eclâmpsia. O tratamento da pré-eclâmpsia grave deve ser feito o mais rapidamente possível, pois podem surgir complicações como a síndrome HELLP, que pode causar insuficiência renal, ruptura do 20 fígado e até mesmo morte da grávida, assim como eclâmpsia que ocorre quando a pré-eclâmpsia se agrava, podendo originar convulsões, coma e morte. Saiba mais sobre como surge, como tratar e as principais complicações da pré-eclâmpsia. ⦁ Sintomas de pré-eclâmpsia após o parto Se a mulher, depois da alta do hospital, sentir algum dos sintomas típicos de pré eclampsia durante os primeiros 3 meses após o parto, é importante ir ao pronto-socorro ou hospital, pois poderá ser necessário continuar o tratamento para pré-eclâmpsia com remédios anti-hipertensivos. Os sintomas que podem indicar pré-eclampsia pós parto, podem ser: 1. Pressão arterial superior a 140 x 90 mmHg; 2. Enjoos, 3. Vômitos; 4. Alterações na visão; 5. Dor de cabeça muito forte e constante. Geralmente, a pré-eclâmpsia tende a normalizar após o parto com o desaparecimento dos sintomas. Tipos de pré-eclâmpsia Para diagnosticar e identificar o tipo da pré-eclâmpsia, é considerado: ⦁ Pré-eclâmpsia leve: acontece quando a pressão arterial se eleva acima de 140 x 90 mmHg, na gestante com 20 ou mais semanas de gestação, e é acompanhada por aumento na quantidade de proteínas na urina, com valor acima de 300 mg em 24 horas, o que pode ser indicado pela presença de uma urina espumosa; ⦁ Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica: quando a gestante já tinha uma hipertensão arterial prévia, o que é muito comum, e o diagnóstico é confirmado se houver aumento de 30 mmHg da pressão arterial máxima ou de 15mmHg da pressão arterial mínima, acompanhado de aumento da proteína urinária ou inchaço generalizado; ⦁ Pré-eclâmpsia grave: acontece quando a pressão arterial passa a atingir valores iguais ou maiores que 160 x 100 mmHg e a 21 quantidade de proteína na urina ultrapassa valores de 2 gramas por dia, acompanhadas por sinais e sintomas como diminuição do volume de urina diário, menor que 500 ml em 24 horas, dor abdominal, alterações visuais, aumento das enzimas do fígado e redução dos números de plaquetas no sangue. Além disso, apesar da pré-eclâmpsia ser mais comum durante a gestação, ela pode surgir no período após o parto, principalmente nas mulheres que já têm algum risco, já que, durante o trabalho de parto, podem ser feitos medicamentos e soro na veia, além de haver risco de aumento da pressão. A evolução da pré-eclâmpsia é muitas vezes imprevisível, podendo se tornar gravee causar risco de vida muito rapidamente, por isso, é importante fazer o pré-natal regularmente e procurar atendimento médico sempre que surgirem sintomas que indiquem esta doença. 22
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