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- -1 SISTEMAS DE CONTROLE DE QUALIDADE GESTÃO DA QUALIDADE Cassius Ricardo Nascimento Ferreira - -2 Introdução Você está na unidade . Conheça aqui o conceito de controle daGestão da Qualidade qualidade, seus fundamentos e modelos. Entenda também o Sistema de Medição de Desempenho, e o Controle Estatístico da Qualidade e suas ferramentas.Benchmarking Bons estudos! 1 Sistema de Medição de Desempenho Sistema de Medição de Desempenho (SMD) pode ser entendido como um sistema de tecnologia de informação que coleta dados relevantes de desempenho a partir de várias fontes, compara dados atuais com dados históricos e metas, e comunica (OLIVEIRA, 2008).os resultados para os usuários A medição de desempenho pode ser modificada por forças externas, como a competitividade do mercado e a adoção de um novo modelo de gestão como, por exemplo, o modelo de excelência do Prêmio Nacional da Qualidade – PNQ, promovido pela Fundação Prêmio Nacional da Qualidade – FPNQ. Como tal modelo possui critérios específicos sobre a medição de desempenho, denominados Critérios de Excelência, sua adoção pode requerer novas práticas de medição de desempenho, desencadeando um processo de evolução por meio da reflexão, modificação e desdobramento de um novo Sistema de Medição de Desempenho (OLIVEIRA, 2008). A FPNQ é uma organização não-governamental sem fins lucrativos e que tem por missão estimular e apoiar as organizações para o desenvolvimento e a evolução de sua gestão, por meio da disseminação dos Fundamentos e Critérios de Excelência, para que se tornem sustentáveis, cooperativas e gerem valor para a sociedade (FPNQ, 2018). A medição sistemática e periódica dos resultados, por meio de indicadores, permite que a organização faça intervenções precisas e fundamentadas que vão agregar valor à atividade da empresa. Dessa forma, é muito importante desenvolver na organização a prática da análise do desempenho global da instituição como um todo. Cabe à alta administração promover essa atividade. Nesse ínterim, a alta administração deve estar claramente engajada na condução de ações e práticas, que dependem de atitudes e exemplos. É o elemento promotor da gestão. No entanto, para que do SMD aponte resultados reais é desejável, se não necessário, que a empresa disponha de um Planejamento Estratégico, pois é a partir deste que o SMD será delineado. - -3 1.1 Base Conceitual e Interpretativa do Sistema de Medição de Desempenho A palavra Estratégia vem do grego: : de stratos (exército) e (liderança). Ostratègós ago significado original caracterizava a "arte do general", que deixou de estar ao lado do exército para estar à distância, no alto das colinas, de onde podia observar o campo, adquirindo um maior potencial para selecionar a melhor posição e o melhor conjunto de ações para vencer a batalha. De acordo com Michael Porter, em seu livro “Estratégia Competitiva”, o objetivo de uma estratégia é encontrar uma posição dentro do mercado, de forma que a organização possa se defender contra as forças competitivas dos concorrentes ou influenciá-las a seu favor (FPNQ, 2020). Planejar é fazer plano, projetar; definir com antecipação um conjunto de ações ou intenções. Planejamento Estratégico é definir ações para encontrar uma posição dentro do mercado. O planejamento define a relação da organização tanto com o ambiente interno quanto como externo. A análise dessas relações auxilia a empresa a identificar possíveis oportunidades e ameaças, possibilitando assim novas projeções, diagnósticos e melhorias dentro da organização. Por ser o norteador dos objetivos da organização, o planejamento estratégico é considerado um importante, e indispensável, processo gerencial (LUZ, 2020). Os Critérios de Excelência constituem um modelo sistêmico da gestão adotado por inúmeras organizações denominadas de Classe Mundial; são construídos sobre uma base de fundamentos essenciais à obtenção da excelência do desempenho. Os Critérios de Excelência compõem o Modelo de Excelência da Gestão que é constituído por oito critérios – Liderança, Estratégias e Planos, Clientes, Sociedade, , e que seInformações e Conhecimento, Pessoas, Processos e Resultados subdividem em 24 itens de requisitos (18 representando os aspectos das práticas de gestão da organização e seis de resultados alcançados) (QUALIDADEONLINE, 2020). Os Critérios de Excelência da FPNQ incorporam em seus requisitos as técnicas mais atualizadas e bem-sucedidas de administração de organizações. O processo de atualização desses critérios é considerado como referencial ( ) para outrasbenchmark organizações nacionais e internacionais que administram prêmios voltados para a excelência da gestão. Utilizando os Critérios de Excelência como referência, uma organização pode realizar uma autoavaliação ou se candidatar ao Prêmio Nacional da Qualidade (QUALIDADEONLINE, 2020). Veja os critérios no recurso a seguir. Desempenho Desempenho é um modo de representar, de cumprir uma tarefa. Pode ser descrito como um processo para quantificar uma ação. - -4 Medição Medição é o ato de medir, mensurar, determinar o valor ou importância, avaliar. Sistema Sistema é um conjunto de partes e componentes que interagem entre si, com uma regra bem definida, para atingir um objetivo comum. Por exemplo, um relógio mecânico, no qual as engrenagens foram projetadas para funcionarem com a precisão necessária, interagindo entre si, para mostrar a hora corretamente. Um sistema deve ter um objetivo. Sem um objetivo não existe sistema (DEMING, 1997, p. 41). Deve ser administrado. Portanto, necessita da cooperação, não da competição. Um sistema deve criar algo de valor, resultados. Mas para obter resultados é necessário ter metas, que são determinadas pela administração. O objetivo do sistema deve incluir planos para o futuro. Cooperação Cooperação é o que faz com que as pessoas operem juntas, unidas pelo mesmo ideal, mesmo objetivo; que saiam ganhando e lucrem. Os componentes de um sistema interagem entre si com , exigindo a interdependência necessidade de comunicação e de cooperação entre si. Cada componente deve contribuir da melhor maneira possível para o sistema. Uma orquestra é um exemplo de sistema. Um Sistema de Medição de Desempenho é um conjunto de metas mensuráveis para atingir um objetivo seguindo regras bem definidas. As metas mensuráveis são denominadas indicadores de desempenho. https://player.vimeo.com/video/506211843 1.2 Arquitetura do Sistema de Medição de Desempenho A abrangência do sistema de medição é global. O desempenho global refere-se ao valor agregado às partes interessadas pela organização e à realização da sua estratégia (FNPQ, 2004, p. 8). As partes interessadas, denominadas no idioma inglês como , são compostas pela Força de Trabalho, Acionistas, Fornecedores,stakeholders Clientes e a Sociedade como um todo. A figura a seguir ilustra o relacionamento entre as partes interessadas. - -5 Figura 1 - Relação entre as partes Fonte: FNPQ, 2004, p. 8 #PraCegoVer: A figura ilustra a relação entre as partes interessadas. Há um quadrado central contendo a força de trabalho e os processos internos; nas laterais, estão os clientes, acionistas/mantenedores, os fornecedores e a sociedade; na parte inferior está o gestor. Uma organização classicamente pode ser internamente identificada por três níveis básicos de hierarquia: Estratégico, Tático ou Gerencial e Operacional. Portanto, a cada um desses níveis associa-se um conjunto de indicadores pertinentes. Veja as funções de cada nível no recurso abaixo. Nível Estratégico - -6 Os indicadores do nível estratégico avaliam os efeitos da estratégia nas partes interessadas Nível Tático ou Gerencial Os indicadores do nível tático ou gerencial avaliam os resultados dos setores internos à estratégia. Nível Operacional Os indicadores do nível operacional avaliam os resultados dos processos e rotinas individuais ao setor específico. O tema“Indicadores de Desempenho” tem sido estudado intensivamente por empresas e consultores. Destaca-se, entre outros, o trabalho desenvolvido em 1992 pelos professores da (HBS) Robert Kaplan e David Norton: Harvard Business School (BSC) – uma metodologia de medição e gestão de desempenho,Balanced Scorecard como um conjunto de indicadores que oferecem à alta gerência uma rápida porém ampla visão do negócio. Esse tema foi desenvolvido por esses autores no livro Mapas Estratégicos. No citado trabalho, foi estudada a influência das causas que influenciam os indicadores e os efeitos decorrentes. As causas são denominadas pelos termos em inglês /leading , e os efeitos pelos termos / . Usualmente conhecidos como drivers lagging outcomes e , ou “direcionadores” e “resultantes”.drivers outcomes Em um processo constituído por uma sequência de tarefas, cada qual com indicadores, ocorrerá que os resultados de uma tarefa servirão de entrada para a tarefa seguinte, ou seja, servirão de na sequência.outcomes drivers Esses indicadores serão mostrados graficamente por meio de um diagrama denominado Mapa Estratégico. É um desdobramento do planejamento estratégico para empresa no qual é possível analisar os objetivos de curto prazo e de longo prazo. Com base nessa análise, é possível identificar possíveis oportunidades e ameaças que provêm do mercado, as forças e fraquezas internas da empresa, possibilitando novas projeções, diagnósticos e melhorias dentro da organização. A figura a seguir mostra um esboço do diagrama esquemático do Mapa Estratégico desenvolvido por Klaplan e Norton (VLUZ, 2020): - -7 Figura 2 - Mapa estratégico Fonte: VLUZ, 2020. #PraCegoVer: A figura consiste em um mapa estratégico em que se inter-relacionam várias esferas de uma organização, com destaque para a financeira, os clientes, os processos internos e aprendizado e crescimento. Trata-se de uma . É dividido em níveis,combinação de blocos alinhados entre si denominados Perspectivas: Aprendizado e Crescimento, Processos Internos, Clientes e Financeiro. Horizontalmente, cada Perspectiva se desdobra em ações, indicadas por meio de setas, que agem entre si e sobre as Perspectivas superiores. Para cada uma dessas ações, pode-se associar um indicador de desempenho, que serão e outcomes , ou “resultantes” e “direcionadores”.drivers A figura a seguir apresenta um exemplo genérico de Mapa Estratégico (VLUZ, 2020). As interligações entre as Perspectivas estão indicadas por meio de setas. - -8 Figura 3 - Interligações Fonte: VLUZ, 2020. #PraCegoVer: A imagem apresenta um mapa estratégico com quatro perspectivas: de baixo para cima, há a “perspectiva recursos e infraestruturas”, a “perspectiva interna”, a “perspectiva do cliente” e, no topo, a “perspectiva financeira”. Em cada nível há elementos que se interligam e convergem para o elemento “valor para o acionista”, que ocupa o topo. O Mapa Estratégico é uma importante ferramenta para comunicação da estratégia institucional, pois traduz a missão, visão e estratégia da organização em um . É uma forma gráficaconjunto de objetivos que direcionam as ações institucionais de representação, que facilita o entendimento dos colaboradores e do público, de como a organização pretende atingir sua contribuição para a sociedade a partir de seus objetivos estratégicos (FNDE, 2020). É composto por níveis denominados Perspectivas. - -9 A figura a seguir apresenta um exemplo prático de Mapa Estratégico desenvolvido para a Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação, uma instituição do Ministério da Educação (FNDE, 2020). Como se trata de uma entidade pública, sem fins lucrativos, o nível Financeiro, ou seja, os resultados financeiros ou lucro são denominados Missão, a qual será cumprida como fim social. Figura 4 - Exemplo de mapa estratégico desenvolvido para a Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação Fonte: FNDE, 2020. #PraCegoVer: O exemplo de mapa estratégico apresenta os níveis descritos anteriormente: na base, aprendizado e crescimento; no nível médio, processos internos; e no topo, os resultados institucionais acompanhados dos valores, da missão e da visão da organização. Neste ponto, deve-se abordar o tema (FCS) comoFatores Críticos de Sucesso estruturante do SMD. São desafios, obstáculos e restrições a serem vencidos para atingir os objetivos e que resultam nos planos de ação, iniciativas e projetos. - -10 Os professores Kaplan e Norton identificaram dois grandes grupos, diferenciando-se quanto à sua natureza: fatores críticos organizacionais e fatores críticos especificamente relacionados ao processo de implementação e uso do BSC. 2 Indicadores de Desempenho Indicadores de desempenho, também chamados de KPI (do inglês: Key Performance ) são a de processos da empresa deIndicator métricas que quantificam performance acordo com seus objetivos organizacionais. Indicador de desempenho é uma informação quantitativa ou qualitativa que expressa o desempenho de um processo, em termos de eficiência, eficácia ou nível de satisfação e que, em geral, permite acompanhar sua evolução ao longo do tempo e compará-lo com outras organizações. Exemplos: lucratividade, rentabilidade, inadimplência, absenteísmo, produtividade, entre outros (FNQ, 2020). Os sistemas de indicadores refletem de maneira visível uma lógica complexa. Para ter uma análise precisa, é necessário se munir de informações que se complementam. Um conjunto de indicadores permite, por meio de modelos de causa e efeito e sob vários ângulos, compreender o comportamento e o desempenho de uma organização (FPNQ, 2020). Indicadores refletem o conceito de Qualidade centrada no cliente, pois devem ser especificados considerando as necessidades e expectativas do cliente. Uma vantagem considerável do uso de indicadores é que os resultados podem ser utilizados pelas demais áreas da empresa. O indicador permite comparação em relação aos dados passados (série histórica), comparação com o referencial de desempenho, verificação com o compromisso assumido pela empresa e comparação com a meta de desempenho estabelecida. Existe uma diferença entre os conceitos de dados, informações e indicadores. Um dos motivos dessa diferenciação é permitir comparações inerentes a outras organizações. A figura a seguir apresenta algumas características intrínsecas a esses três conceitos (FPNQ, 2020): - -11 Quadro 1 - Características intrínsecas Fonte: FNPQ, 2020. #PraCegoVer: A figura consiste em três colunas que detalham características dos conceitos de dados, informações e indicadores. Escreveu o pesquisador e professor Peter Drucker: “se você não pode medir, não pode gerenciar”. Um indicador é construído por um método de cálculo, em geral, e traduzido para .uma expressão gerencial Os principais indicadores podem ser agrupados em um único plano visual denominado Painel de Bordo. Trata-se de um quadro sinótico, desenhado com marcadores analógicos tais quais um ponteiro de leitura de dados. A apresentação física em quadro se assemelha a um painel de controle de uma aeronave, levando a essa denominação. O Painel de Bordo é uma ferramenta que possibilita a medição de desempenho cotidiano das equipes, a partir das metas, com capacidade de programar ações de prevenção ou correção, permitindo a extração de relatórios para tomada de decisão, buscando a melhoria contínua dos resultados (CONASS, 2017, p. 14). A figura a seguir apresenta um exemplo de Painel de Bordo de um Mapa Estratégico (CONASS, 2017): - -12 Figura 5 - Painel de Bordo Fonte: CONASS, 2017. #PraCegoVer: A figura é um exemplo de painel de bordo do programa Saúde da Mulher. Há nove retângulos contendo um medidor cada um; cada medidor apresenta índices referentes a diferentes questões do assunto, como número de atendimentos em aborto legal, número de médicos e número de atendimentos em DST. Deve-se considerar que, assim como em outras organizações, a importância de visualizar de formabalanceada os resultados atingidos é mais que uma medida tática ou operacional, é uma necessidade de se ter uma gerência estratégica fundamentada no equilíbrio, permitindo o envolvimento de todos os níveis gerenciais, garantindo o foco e possibilitando o alinhamento gerencial e conceitual. 2.1 Tipos de indicadores de desempenho Os indicadores de desempenho são classificados em dois tipos diferentes (VENKI, 2020). Confira no recurso abaixo. Estão focados em como a tarefa é realizada, medindo seu desempenho e se estão conseguindo atingir os objetivos determinados. Esse indicador deve ser quantificável por meio de um índice (normalmente representado por um número) que retrate o andamento do processo como um todo ou em parte. Tipos de indicadores de desempenho de processos: Indicadores de Eficiência, Indicadores de Eficácia, Indicadores de Capacidade, Indicadores de Produtividade, Indicadores de Qualidade, Indicadores de Lucratividade, Indicadores de - -13 Rentabilidade, Indicadores de Competitividade, Indicadores de Efetividade, Indicadores de Valor. Têm os objetivos determinados pela alta direção, os chamados objetivos estratégicos. Uma ferramenta muito usada para auxiliar na determinação desses objetivos é o .Balanced Scorecard 2.2 Estrutura de um Indicador de Desempenho Os indicadores devem ser cuidadosamente especificados de forma a proporcionar dados e resultados confiáveis e assegurar a sua análise e o seu uso. Trata-se de uma Ficha de Indicador de Desempenho e que deve conter as seguintes informações (TAKASHINA, 1997, p. 70): • Abreviatura: sigla ou título simplificado do indicador. • Unidade de medida. • Periodicidade: frequência da disponibilização dos dados ou resultados. • Revisão: data da última atualização do indicador. • Tipo-chave: classificação segundo os grupos de indicadores. • Arquivo: local de armazenamento dos dados ou resultados. • Título: nome por extenso do indicador. • Definição: método de cálculo do indicador. • Origem: como foi gerado o indicador. • Critério para estabelecimento de metas. • Referenciais de comparação. • Fonte: fonte de dados ou resultados. • Metodologia de medição: metodologia adotada para a coleta e processamento dos dados ou resultados. • Metodologia de análise: metodologia adotada para análise dos dados ou resultados. • Metodologia de uso: metodologia adotada para uso dos dados ou resultados (análise crítica, tomada de decisão, revisão do planejamento). • Público alvo: pessoas ou órgãos que utilizam os dados e resultados. • Responsável: pessoa ou órgão responsável pelo produto ou processo. • • • • • • • • • • • • • • • • • - -14 2.3 Comunicação Um dos fatores determinantes de integração e cooperação dos grupos e pessoas é a comunicação (EQUIPE GRIFO, 1994, p. 38). Comunicação é o processo de transmissão de dados e informações compondo uma mensagem. Um sistema de comunicação transmite uma mensagem para um receptor; é composto por um transmissor, um receptor, o meio pelo qual a mensagem será transmitida e a mensagem propriamente. A mensagem deve ser clara e objetiva, com início e fim bem definidos. A mensagem tem um emissor que a codifica e envia e um receptor que a recebe e decodifica e que a interpretará segundo a sua percepção. O receptor reage ao que interpreta. A Teoria Matemática da Comunicação foi desenvolvida por Claude Shannon em 1948 e discorre sobre esses elementos de forma metódica e sistêmica. A figura a seguir apresenta um diagrama esquemático de um sistema de comunicação. Figura 6 - Diagrama de comunicação Fonte: SHANNON; WAVER apud COMUNIQUEIRO, 2002. #PraCegoVer: A figura ilustra o processo de comunicação, que parte da fonte de informação, passando pelo transmissor, pelo canal, pelo receptor e, finalmente, chegando ao destinatário. O canal é o ponto onde pode ocorrer ruído. Para assegurar uma comunicação efetiva, o emissor (transmissor) deve (EQUIPE GRIFO, 1994, p. 38): Pedir feedback. - -15 Usar canais múltiplos de comunicação. Ser sensível ao receptor e saber ouvir. Estar atento ao significado de suas palavras. Usar linguagem simples. Repetir a mensagem quando for necessário. Se algum dos componentes do sistema de comunicação não operar corretamente, a mensagem poderá ser alterada, se tornando um ruído, alterando o seu conteúdo. Deve- se portanto buscar eliminar as fontes de ruído para aprimorar a efetividade das comunicações. São exemplos simples de sistema de comunicação: um quadro de avisos, uma carta, um e-mail, uma nota publicada, entre outros. O sistema de comunicação é um Fator Crítico de Sucesso, pois é por seu meio que as informações são transmitidas à empresa e seus trabalhadores assim como às demais partes interessadas. 3 Benchmarking O consiste na pesquisa e conhecimento profundo de quais são osbenchmarking concorrentes do setor e como eles trabalham. É uma investigação contínua de comparação de produtos, serviços e práticas empresariais entre uma organização e seus concorrentes (IBC, 2020). É um procedimento de comparar processos, práticas, funções e resultados com , para identificar as oportunidades para melhoria do desempenho. Trata-sebenchmarks de um processo contínuo. Essa comparação pode ser feita inclusive com resultados coletados em ramos de atuação diferentes do setor em que atua a organização (BRASIL, 2004, p. 104). Benchmarking é uma das ferramentas disponíveis para suporte à tomada de decisão, em níveis estratégico e operacional. O método é baseado na mensuração do desempenho de empresas e sua comparação com os concorrentes (SEBRAERS, 2020). - -16 A técnica de foi, originalmente, desenvolvida no setor privado, pelabenchmarking Xerox nos anos 1970 e, posteriormente, a partir da primeira metade da década de 1990, com a grande divulgação dos programas de qualidade, passou a ser, também, utilizada pelo setor público em vários países (FAVRET, 2000). Entendendo: é praticar o .benchmarking benchmark Então, o que é ? É a prática ou resultado considerado um referencial oubenchmark padrão de excelência, utilizado para efeito de comparação de desempenho. O melhor da classe. Dependendo da abrangência do conjunto de empresas considerado para a sua seleção, o pode ser internacional, nacional, regional ou setorialbenchmark (BRASIL, 2004, p. 104). 3.1 Objetivo O termo , criado pelos japoneses, que definia o objetivo de todas as empresasDantotsu e organizações do mundo, significa buscar ser o melhor dos melhores ou obter a .máxima empresarialperformance O processo é uma atividade contínua que estabelece meta, alvos e objetivos que forneçam à organização uma condição de superioridade no mercado (RODRIGUES, 2000). O objetivo do é melhorar as funções e processos. Por meio do bechmarking , é possível conhecer a concorrência, analisando as estratégias que sãobenchmarking aplicadas. Essa análise possibilita criar e ter ideias novas a partir do que já é realizado, tornando um processo de melhoria e aprendizado. Requer vontade para analisar e aprender o que está em desenvolvimento no mercado. Necessita de tempo de maturação e disciplina para acompanhamento. Contribuirá para melhoria do desempenho da empresa. https://player.vimeo.com/video/506210462 3.2 Tipos de Benchmarking Existem alguns tipos de , descritos no recurso a seguir (PUC MINAS,Benchmarking 2014). Benchmarking interno Para comparações de processos em uma mesma empresa. Benchmarking competitivo Comparação entre empresas. Permite verificar como a empresa está situada no mercado. - -17 Benchmarking funcional Comparação entre as áreas funcionais de uma mesma empresa ou entre empresas diferentes. Benchmarking genérico Comparação entre parâmetros funcionais de empresas, em geral, processos específicos. São quatro os princípios fundamentais do (BRASIL, 2013):benchmarking • - disposição para compartilhar informações sobre o objeto do Reciprocidade estudo com as organizações participantes. • Analogia- existência de similaridade entre os objetos comparados, independentemente do setor de atuação, do porte e de ser organização congênere ou não. • Medição - necessidade de avaliar a qualidade das práticas das organizações participantes, por meio de indicadores de desempenho. • Validade - pertinência, confiabilidade e comparabilidade das informações obtidas. 3.4 Fases do Benchmarking São identificadas cinco fases no processo de elaboração do benchmarking, conforme Robert Camp (PUC MINAS, 2014): Fase 1 – Planejamento: identificar as áreas e empresas a serem analisadas, os dados a serem coletados e o modo da coleta. Fase 2 – Análise: estudo e identificação dos processos da organização (empresa), as melhores práticas e adquirir os dados. Fase 3 – Integração: analisar os dados, comparar o desempenho e identificar melhorias dos processos envolvidos e das áreas a serem modificadas. Fase 4 – Ações: transformação dos dados coletados e analisados em ações. Adaptar e implementar as melhores práticas e monitorar os progressos. Fase 5 – Maturidade: as melhores práticas de mercado estão aplicadas nos principais processos da organização, fazendo com que se obtenha um desempenho superior. • • • • - -18 Dos resultados obtidos são delineadas medidas de referência que serão utilizadas para comparação de desempenho e para planejamento de estratégias. Dessa forma, retorna- se à fase 1 – Planejar. É um ciclo de progresso que tende a ser ascendente, em espiral, tal qual ocorre nos ciclos de progressão e desenvolvimento. 4 Controle Estatístico da Qualidade – CEQ O esforço de melhoria de produtos, e posteriormente de serviços, vem de muito tempo, de forma intuitiva, desde que o ser humano iniciou o uso de implementos e ferramentas para a sua sobrevivência. Com o advento da Revolução Industrial, tornou-se uma . No entanto, onecessidade o aprimoramento dos meios de produção desenvolvimento sistemático deu-se após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Na década seguinte, em 1924, o Dr. Walter Andrew Shewhart, pesquisador do Bell Telephone Laboratories, dos Estados Unidos, desenvolveu técnicas estatísticas para identificação de defeitos de produção e análise por meio de gráficos de controle nos processos de manufatura. Gráficos são recursos visuais muito utilizados para facilitar a leitura e compreensão das informações (IBGE, 2020). A análise consiste em verificar variações de medidas no produto acabado e no decorrer do seu processo de fabricação. Os parâmetros medidos são aqueles especificados no projeto. Por exemplo, medidas geométricas (tamanho, volume, massa), medidas elétricas, e demais, conforme o projeto e o produto. Um problema é uma situação que desejamos estudar e compreender. Problema, no pensamento científico, não é algo que necessariamente cause transtorno (BACHELARD, 1996).Nesse contexto, o problema do CEQ consiste no aprimoramento dos meios de produção. Esse aprimoramento, ao longo do tempo, conduziu o Controle Estatístico da Qualidade a ser subdividido em Controle Estatístico de Processos - CEP, Estudos de Capabilidade de Processos, Aceitação por Amostragem e Planejamento de Experimentos (WOODALL; MONTGOMERY apud REIS, 2001). O Controle Estatístico de Processos (CEP) é usualmente composto por 7 (sete) ferramentas básicas: Gráfico de Histograma ou Ramo-e-Folhas, Folha de Controle, Gráfico de Pareto, Diagrama de Causa-e-Efeito, Diagrama de Concentração de Defeitos, Diagrama de Dispersão e Gráficos de Controle. 4.1 Gráfico de Histograma ou Ramo-e-Folhas O histograma, também conhecido como distribuição de frequências, descreve a ; é a representação gráfica em colunas ou emfrequência com que varia um processo barras de um conjunto de dados previamente tabulado. A ocorrência dos dados, denominada frequências, absolutas e relativas, são agrupadas em intervalos de - -19 classes e dividido em classes uniformes ou não uniformes. Forma-se um gráfico por justaposição de retângulos; cada retângulo representa uma classe – a altura do retângulo representa a frequência relativa dos dados indicados no eixo horizontal. Possibilita um diagnóstico da forma, tendência central e dispersão dos dados. Como exemplo, considere uma equipe composta por 30 atletas. A tabela abaixo apresenta a Quantidade de Atletas por Peso; deseja-se construir um histograma com os dados de peso (kg) dos atletas e a respectiva quantidade de atletas. O gráfico a seguir apresenta um exemplo de Histograma. Tabela 1 - Quantidade de atletas por peso Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. #PraCegoVer: a tabela apresenta duas colunas, a da esquerda contendo o peso dos atletas em quilogramas, e a da direita contendo a quantidade respectiva de atletas. - -20 Figura 7 - Exemplo de histograma Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. #PraCegoVer: a imagem é um exemplo de histograma contendo, no eixo x, o peso dos atletas e, no eixo y, a quantidade de atletas. No eixo horizontal está a marcação do peso e no eixo vertical a quantidade de atletas com o peso marcado. Por facilidade, no topo de cada barra vertical (retângulo), está escrita essa quantidade. No entanto, é comum desejar agrupar informações por faixa. Por exemplo, quantidade de pessoas por faixa etária, número de produtos vendidos por faixa de preço, entre outros. Nesse exemplo simples, deseja-se agrupar por faixa de peso em quilograma (kg). Por exemplo, quantos atletas têm peso entre 60 e 65 quilos, ou entre 70 e 75? Denominam-se estratificação as técnicas estatísticas para agrupar dados por determinadas faixas de valores, denominadas classes. A seguir, está listada a sequência em 7 passos para determinar essa estratificação e a construção do gráfico correspondente. Passo 1 Determinar o tamanho da amostra (n) – quantidade de atletas n=30. Passo 2 Determinar a Amplitude (R), calculada pela diferença entre o maior e o menor valor (peso): 80-64=16. - -21 Passo 3 Calcular o número de classes (K) = n , onde n é o tamanho da amostra. Para esses dados: K= 30 = 5 classes (considerar somente a parte inteira da raiz quadrada). Passo 4 Determinar a largura da classe (h):h = R / K = 16 / 5 = 3,2 – como se trata de quantidade de classes, ou seja, um número inteiro, considerar somente a parte inteira e arredondar para 3. Passo 5 Verificar o limite de classe: o menor peso é 64. A partir desse valor, acrescenta-se a largura de classe (h=3) até a atingir a quantidade de classes calculada (K=5), ou seja, de três em três: (64, 65, 66); (67, 68, 69); (70, 71, 72); (73, 74, 75); (76, 77, 78); (79, 80, 81). Passo 6 Montar a Tabela de Frequência (apresentada abaixo). Passo 7 Traçar o Histograma com os dados obtidos na Tabela de Frequência. Tabela 2 - Tabela de frequência Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. #PraCegoVer: a tabela apresenta três colunas: na primeira, está o peso dos atletas; a segunda mostra o contador de ocorrências; e a terceira mostra a quantidade de atletas. - -22 Figura 8 - Quantidade de atletas Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. #PraCegoVer: a imagem é um exemplo de histograma contendo, no eixo x, o peso dos atletas e, no eixo y, a quantidade de atletas. As observações são visuais por leitura direta do gráfico. Por exemplo, observa-se que 16 atletas estão na classe 70-72 (faixa de peso entre 70 e 72 kg). 4.2 Folha de Controle ou Verificação O Diagrama de Folha de Controle registra o histórico passado e atual de uma variável do processo, sendo usada como entrada de dados no computador. Com os avanços computacionais, a leitura, coleta e armazenamento das informações podem ser feitos automaticamente. Ao planejar uma folha de controle, é importante: especificar o tipo de dado a ser coletado; inserir a data; registrar o operador; incluir outras informações úteis para investigação de causas que possam afetar o processo. Enfatiza-se que falhas no planejamento podem comprometer os resultados sobre a estabilidade do processo. 4.3 Gráfico de Pareto O gráfico dePareto mostra a importância relativa dos problemas por meio de . É desenhado por meio de barrasuma distribuição de frequência, ou histograma verticais, que dispõe os itens analisados, agrupados por categoria, desde o mais frequente até o menos frequente, distinguindo os itens importantes dos secundários. Essa metodologia foi criada por Vilfredo Pareto, um cientista e economista italiano que defende que 80% dos problemas são gerados por 20% das causas. De acordo com - -23 essa porcentagem, são os pequenos problemas e dificuldades que trazem resultados desastrosos aos negócios. Por isso, é essencial saber calcular a quantidade e a constância de cada crise ou obstáculo vivenciado no dia a dia organizacional, para entender a melhor maneira de lidar com cada um deles (IBC, 2020). O gráfico a seguir apresenta um exemplo de busca de redução custos com peças defeituosas produzidas por uma empresa de embalagens. Os dados coletados ao longo de um determinado período estão classificados por categoria. São 136 ocorrências de defeitos. Destes, 55 correspondem ao defeito “não selagem topo”, que corresponde a 40,4% do total de 136. Figura 9 - Diagrama de Pareto, tipos e defeitos Fonte: RODRIGUES, 2017. - -24 #PraCegoVer: a imagem contém um gráfico que relata tipos de defeitos. O eixo y apresenta a correlação entre porcentagem e frequência dos defeitos; o eixo x enumera os tipos de defeitos relatados, como não selagem topo, não selagem fundo, caixa amassada e outros. Pode-se observar que as ocorrências com operação selagem da embalagem (soma: 55+38+22=136) correspondem a 84,5% das ocorrências desses defeitos (soma das frequências: 40,4+27,9+16,2). Portanto, essa análise, de uma forma mais imediata, contribui para a decisão de investir na redução desses defeitos que ocorrem na operação “selagem”. A linha que percorre o gráfico corresponde ao percentual acumulado das barras verticais. 4.4 Diagrama de Causa-e-Efeito Desenvolvido no período de 1946-1950 por Kaouru Ishikawa, engenheiro que atuou em controle da qualidade em empresas japonesas, tem a finalidade de analisar por meio de um gráfico as possíveis causas (fatores de influência) que podem interferir em . Alternativamente, analisar os motivosum processo produtivo e levar ao insucesso (as causas) que podem conduzir ao sucesso. O gráfico desenhado se assemelha a uma espinha de peixe, sendo também conhecido por essa expressão, “espinha de peixe”. As possíveis causas são agrupadas por categoria. O gráfico é composto por um eixo central, desenhado como uma flecha horizontal, apontando para o efeito – problema a ser estudado, as pelas Categorias, as Causas e Subcausas. Em cada uma das linhas principais que representa uma espinha de peixe, associa-se uma categoria, característica da situação sob estudo. Em seguida, desmembra-se cada categoria em causas que a influenciam. A figura a seguir apresenta um exemplo de Diagrama de Causa-e-Efeito (REIS, 2001). O objetivo desse diagrama é estudar as causas que conduzem ao mau uso das técnicas de CEQ. - -25 Figura 10 - Diagrama de Causa-e-Efeito Fonte: REIS, 2001. #PraCegoVer: a imagem apresenta um exemplo de diagrama Causa-e-Efeito, cuja estrutura se assemelha a uma “espinha de peixe”. Na linha central está o problema em questão, e nas ramificações laterais estão as possíveis causas do problema. As Categorias identificadas são: Má Atitude Perante o CEQ, Equipamento Inadequado, Gerenciamento Inadequado e Treinamento Inapropriado. Desdobram-se em classes que por sua vez desmembram-se em subclasses. No idioma português, é comum escrever as Categorias com palavras que se iniciam com a letra “M”, como Material, Máquina, Mão de Obra, Método, tornando-o conhecido como diagrama 4M. Podem-se acrescentar outras categorias, como Medida e Meio Ambiente (6M). Ainda é possível acrescentar o vocábulo “Management”, que em inglês que significa Gestão, tornando o diagrama 7M. Com este último deseja-se verificar como a gestão pode influenciar no resultado final, seja para insucesso ou para alcançar - -26 o sucesso. A figura a seguir apresenta uma estrutura básica desse diagrama no formato espinha-de-peixe com essas categorias. Figura 11 - Estrutura básica do diagrama Causa-e-Efeito Fonte: ÁVILA, 2015. #PraCegoVer: a imagem é uma espinha de peixe com seis filamentos laterais. Em cada filamento está escrito um dos M’s descritos acima, e na boca do peixe está a palavra “efeito”. 4.5 Diagrama de Concentração de Defeitos O Diagrama de Concentração de Defeitos registra o histórico passado e atual de uma variável do processo, sendo usada como entrada de dados no computador. Com os avanços computacionais, a leitura, coleta e armazenamento das informações podem ser feitos automaticamente. 4.6 Diagrama de Dispersão O diagrama de dispersão é um gráfico bidimensional, em que os valores das variáveis envolvidas são representados como pares ordenados no plano cartesiano. Essas - -27 variáveis são variáveis quantitativas, medidas sobre os mesmos indivíduos (FARIAS, 2020). O diagrama de dispersão é usado principalmente para visualizar a relação/associação entre duas variáveis. É muito útil para (UFPR, 2020): • Comparar o efeito de dois tratamentos no mesmo indivíduo. • Verificar o efeito tipo antes/depois de um tratamento. Essa ferramenta estatística auxilia a análise da dispersão entre valores centrais. Considere o seguinte exemplo (UFPR, 2020): um grupo de pesquisadores realizou um estudo sobre uma população de ursos com o intuito de analisar o seu habitat natural e o desenvolvimento físico. Um dos objetivos dos pesquisadores nesse estudo é encontrar uma maneira de conhecer o peso do urso através de uma medida como comprimento, altura, perímetro do tórax, dentre outras medidas. O problema estatístico aqui é encontrar uma variável que tenha uma relação forte com o peso, de modo que, a partir de seu valor medido, possa ser calculado (estimado, na verdade) o valor peso indiretamente, através de uma equação matemática. O primeiro passo para encontrar essa variável é fazer o diagrama de dispersão das variáveis candidatas (eixo horizontal) versus o peso (eixo vertical), usando os pares de informações de todos os ursos. Você pode tentar as variáveis: idade, altura, comprimento da cabeça, largura da cabeça, perímetro do pescoço e perímetro do tórax. As figuras a seguir mostram, respectivamente, a relação entre peso e altura e entre peso e perímetro do tórax. Figura 12 - Relação entre peso e altura (A); relação entre peso e perímetro do tórax (B). Fonte: SHIMAKURA, 2008. • • - -28 #PraCegoVer: a imagem mostra dois gráficos, A e B, com eixos X e Y. O primeiro exprime uma relação entre peso e altura, e o segundo exprime uma relação entre peso e perímetro de tórax. Observa-se que tanto a altura quanto o perímetro do tórax são fortemente associados ao peso do urso, no sentido de que quanto mais alto o urso ou quanto maior a medida de seu tórax, mais pesado ele será. Mas nota-se que esse crescimento é linear para o perímetro do tórax e não-linear para a altura. Além disso, como os pontos estão mais dispersos no gráfico da altura, a variável mais adequada para estimar, sozinha, o peso, é o perímetro do tórax; a técnica estatística adequada aqui chama-se Regressão Linear Simples. 4.7 Gráficos de Controle A utilização de gráfico de controle tornou possível prever quando um processo de produção sairia de controle e diagnosticar a ocorrência de defeitos aleatórios ou sistemáticos, permitindo a realização da inspeção por amostragem, em vez da inspeção 100% (INMETRO, 2011). Há dois tipos de Gráfico de Controle: • Por variáveis: trata dados quantitativos. • Por atributos: trata dados qualitativos. O Gráfico de Controle é tipicamente composto por um par de eixos ortogonais; três linhas paralelas ao eixo horizontal, denominadas Limite Central do Processo ou Linha Central (LC), que corresponde à determinada estatística da característica de qualidadeque está sendo monitorada. Linha Superior de Controle (LSC), Limite Inferior de Controle (LIC). A figura abaixo mostra um gráfico de controle típico (MONTGOMERY apud PUC, 2020). • • - -29 Figura 13 - Gráfico de controle típico PUC Fonte: MONTGOMERY, 2004. #PraCegoVer: a imagem mostra um gráfico de controle com dois eixos: o horizontal apresenta o número da amostra ou tempo, e o vertical apresenta a amostra da característica da qualidade. O gráfico é cortado por uma linha horizontal inferior e uma superior, que são os limites de controle; a linha central mostra variação. Gráficos de Controle podem ser aplicados em processos administrativos e serviços. https://player.vimeo.com/video/506210854 Conclusão Nesta unidade, você teve a oportunidade de: você sabia? Nesta unidade, é fundamental que você fique atento às ferramentas de sistemas de controle da qualidade; importante também ter atenção ao Sistema de Medição de Desempenho e aos conceitos de .Benchmark - -30 • aprender a origem dos sistemas de controle da qualidade; • entender os princípios da gestão do controle da qualidade; • compreender os sistemas de Medição de Desempenho; • Verificar os princípios de ;Benchmark • saber sobre as ferramentas de Controle Estatístico de Processos da Qualidade. BACHELARD, G.A : Contribuição para umaFormação do Espírito Científico Psicanálise do Conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. 316p. BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento de gestão, Secretaria de Gestão. .Avaliação Continuada da Gestão Pública: Repertório / Secretaria de Gestão Brasília: MP, SEGES, 2004. BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão Pública. 2019. : GuiaPrograma Gespública – Benchmarking Colaborativo Metodológico Versão 1/2013. 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