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EncefalomielitesEncefalomielites virais equinasvirais equinas • Vírus da encefalomielite equina do leste; • Vírus da encefalomielite equina do oeste; • Vírus da encefalomielite equina venezuelana. São doenças semelhantes que possuem alta taxa de letalidade em equinos (do leste e venezuelana). A do leste é a mais leta, enquanto a do oeste é mais branda. A encefalomielite equina é uma enfermidade neurológica decorrente de inflamação cerebral, meníngea e medular. É uma arbovirose (vírus que se originam de animais artrópodes) e uma zoonose, tendo os mamíferos como hospedeiros acidentais, ou seja, não são alvos naturais. Os pássaros são hospedeiros fontes de infecção. Ciclo O mosquito hematófago se alimenta de aves silvestres, contraindo assim o vírus “sem querer”. Com o vírus já em seu organismo, ele é transmitido para humanos e equinos através da picada. Há vacina obrigatória para equinos. Ciclo silvestre É o ciclo natural do vírus, no qual a ave vira o reservatório. O mosquito pica a ave se tornando o vetor, e devido a necessidade de alimentação, pica o cavalo. Apenas os mosquitos Culex (meio silvestre) e Aedes (meio urbano) podem transmitir a encefalomielite equina. Etiologia Família: Togaviridae Gênero: Alphavirus Fontes e vias de transmissão • Sangue • Seringas e mosquitos hematófagos (esses que permanecem infectados durante toda sua vida) • Reservatórios: aves silvestres e domésticas • Vetor silvestre: Culex • Vetor urbano: Aedes Replicação O vírus entra na célula e libera seu genoma que é um RNA vírus de cadeia simples, positivo. É envelopado, simetricamente icosaédrico. O vírus já começa a transcrever os aminoácidos para produção de proteínas virais e saem por meio de brotamento. Epidemiologia Essa doença só circula no continente americano, e, quanto mais quente e úmido é o ambiente, mais mosquitos; há incidências de casos no verão devido a isso. No Brasil não se encontra a venezuelana. A encefalomielite equina do oeste tem uma letalidade de 20 a 30%, já a do leste, letalidade de 65% em humanos e 80 a 90% em equinos. Patogenia A picada do mosquito é a principal maneira de infecção, embora também possa ser por objetos perfurocortantes contaminados com sangue dos animais. No hospedeiro, o vírus se replica nas células e também nos linfonodos próximo ao local. Dependendo do sistema imune no animal, o vírus pode ser combatido. Caindo na corrente sanguínea, o vírus atinge órgãos onde irá se repicar novamente. Após, ele tem como objetivo o sistema nervoso central e chega até ele em torno de 1 a 3 semanas pós- infecção. Já no tecido nervoso, se replicará e destruíra a bainha de mielina, prejudicando assim a passagem dos impulsos nervosos. Há também destruição dos neurônios e dos capilares sanguíneos, ocasionando uma hemorragia. O controle motor do animal ou da pessoa atingida é prejudicado, levando a morte. Sinais clínicos Equinos: febre, falta de apetite, desequilíbrio, hipersensibilidade, cegueira, mioclonias, cabeça baixa, inquietação. Humanos: febre, falta de apetite, depressão, vômito, meningite. O período de incubação é de 3 dias e, 2 a 4 dias após o início dos sinais clínicos tem a paralisia e a morte. Diagnóstico Avaliação clínica e laboratorial, sendo coleta de sangue ou material do sistema nervoso central. Também pode ser realizado ELISA ou PCR. Tratamento Hidratação endovenosa, é administrado antitérmico para combater a febre, analgésicos e relaxantes musculares. Medidas profiláticas Em equinos, é feita a quarentena em animais novos na haras. É indicado que o local onde os animais ficam seja mais arejado e fresco, justamente para evitar a quantidade de mosquitos que é maior em lugares quentes, fazendo uso de repelentes como prevenção. Não deixar água parada e manter a higiene nos estábulos também contribui para evitar a proliferação de mosquitos. A vacinação é feita a partir dos 3 meses, com os vírus inativados do leste e oeste associados. São dadas duas doses iniciais com um mês de diferença entre elas e após, reforço anual nos cavalos de 2mL. Ainda não há vacinas para humanos.
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